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EPIDEMIOLOGIA

Grego Epi=Sobre Demos=Povo Logos=estudo " ciência do que ocorre com o

povo"

EPIDEMIOLOGIA Epidemiologia é uma ciência que

estuda quantitativamente a distribuição dos fenômenos de saúde/doença, e seus fatores condicionantes e determinantes, nas populações humanas. Alguns autores também incluem na definição que a epidemiologia permite ainda a avaliação da eficácia das intervenções realizadas no âmbito da saúde pública.

EPIDEMIOLOGIA " A ciência que estuda o processo saúde

doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos a saúde e eventos associados a saúde coletiva, propondo medidas de prevenção, controle e erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde.

Rouquayrol & Goldbaum (2003)

A EPIDEMIOLOGIA NA PRÁTICA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

A EPIDEMIOLOGIA NA PRÁTICA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

A EPIDEMIOLOGIA E A ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE

O uso da epidemiologia nas práticas sanitárias não é novo, mesmo em nosso país. O Estado de São Paulo, por exemplo, já em 1894 criava um sistema de acompanhamento de estatísticas vitais e, a partir dos anos 20 deste século, organizava um sistema de informação referente a doenças de notificação compulsória razoavelmente bem estruturado.

Se, por um lado, o uso da epidemiologia na saúde pública já trilhou em nosso país uma longa trajetória, por outro, deve existir uma preocupação de aprimorar a sua aplicação, adequando-a a uma nova realidade, em que a organização dos serviços de saúde caminha para a descentralização.

Para tanto, é indispensável a delimitação das áreas de aplicação da epidemiologia no Sistema Nacional de Saúde e, em particular, nos serviços locais de saúde. O pressuposto para atingirmos tal objetivo é o desenvolvimento e a implementação de programas de formação e capacitação de epidemiologistas.

Desde meados da década de 80, tem sido amplamente aceita a existência de quatro grandes áreas de aplicação da epidemiologia nos serviços de saúde:

 

Análise da situação de saúde.  Identificação de perfis e fatores de risco.  Avaliação epidemiológica de serviços.  Vigilância em saúde pública.

BREVE INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA ASPECTOS CONCEITUAIS A epidemiologia é uma disciplina básica

da saúde pública voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos individuais

Como ciência, a epidemiologia fundamenta-se no raciocínio causal; já como disciplina da saúde pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas para a proteção e promoção da saúde da comunidade

A epidemiologia constitui também instrumento para o desenvolvimento de políticas no setor da saúde. Sua aplicação neste caso deve levar em conta o conhecimento disponível, adequando-o às realidades locais.

Se quisermos delimitar conceitualmente a epidemiologia, encontraremos várias definições; uma delas, bem ampla e que nos dá uma boa idéia de sua abrangência e aplicação em saúde pública, é a seguinte:

"Epidemiologia é o estudo da freqüência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde." (J. Last, 1995)

Estudo: a epidemiologia como disciplina básica da saúde pública tem seus fundamentos no método científico.

Freqüência e distribuição: a epidemiologia preocupa-se com a freqüência e o padrão dos eventos relacionados com o processo saúde-doença na população. A freqüência inclui não só o número desses eventos, mas também as taxas ou riscos de doença nessa população

. O conhecimento das taxas constitui ponto de fundamental importância para o epidemiologista, uma vez que permite comparações válidas entre diferentes populações.

O padrão de ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença diz respeito à distribuição desses eventos segundo características: do tempo (tendência num período, variação sazonal, etc.), do lugar (distribuição geográfica, distribuição urbano-rural, etc.) e da pessoa (sexo, idade, profissão, etnia, etc.).

Determinantes: uma das questões centrais da epidemiologia é a busca da causa e dos fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença.

Com esse objetivo, a epidemiologia descreve a freqüência e distribuição desses eventos e compara sua ocorrência em diferentes grupos populacionais com distintas características demográficas, genéticas, imunológicas, comportamentais, de exposição ao ambiente e outros fatores, assim chamados fatores de risco.

Em condições ideais, os achados epidemiológicos oferecem evidências suficientes para a implementação de medidas de prevenção e controle

Estados ou eventos relacionados à saúde: originalmente, a epidemiologia preocupava-se com epidemias de doenças infecciosas. No entanto, sua abrangência ampliou-se e, atualmente, sua área de atuação estende-se a todos os agravos à saúde.

Estados ou eventos relacionados à saúde: originalmente, a epidemiologia preocupava-se com epidemias de doenças infecciosas. No entanto, sua abrangência ampliou-se e, atualmente, sua área de atuação estende-se a todos os agravos à saúde.

Específicas populações: como já foi salientado, a epidemiologia preocupa-se com a saúde coletiva de grupos de indivíduos que vivem numa comunidade ou área.

Aplicação: a epidemiologia, como disciplina da saúde pública, é mais que o estudo a respeito de um assunto, uma vez que ela oferece subsídios para a implementação de ações dirigidas à prevenção e ao controle. Portanto, ela não é somente uma ciência, mas também um instrumento.

Boa parte do desenvolvimento da epidemiologia como ciência teve por objetivo final a melhoria das condições de saúde da população humana, o que demonstra o vínculo indissociável da pesquisa epidemiológica com o aprimoramento da assistência integral à saúde.

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS A expressão “doença transmissível” é

termo técnico de uso generalizado e definido pela organização Pan-americana de saúde: “É qualquer doença causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão deste agente ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado”.

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS A expressão doença transmissível pode

ser sintetizada como doença cujo agente etiológico é vivo e é transmissível.São doenças transmissíveis aquelas em que o organismo parasitante pode migrar do parasitado para o sadio, havendo ou não uma fase intermediária de desenvolvimento no ambiente.

A maioria das doenças infecciosas está associada à pobreza e ao subdesenvolvimento. Nas economias fracas, dependentes, a com causalidade das doenças transmissíveis, especialmente as chamadas doenças tropicais, está tão fortemente vinculada à miséria que, como suporte para as medidas de controle dessas doenças, poder-se-ia propor a remoção da miséria e seu cortejo (falta de acesso a terra, à escola, à água etc.).

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL

A situação das doenças transmissíveis no Brasil apresenta um quadro complexo, que pode ser resumido em três grandes tendências:

Doenças transmissíveis com tendência descendente

Doenças transmissíveis com quadro de persistência

Doenças transmissíveis emergentes e reemergentes.

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COM TENDÊNCIA DESCENDENTE

Êxitos importantes do Brasil Instrumentos de medidas eficazes de

prevenção e controle,contribuem para que algumas doenças encontrem-se em declínio, com reduções drásticas nos índices de incidência

EPIDEMIOLOGIA

Tradicionalmente dividida: Descritiva: estuda a frequência e a

distribuição dos parâmetros de saúde ou de fatores de risco das doenças nas populações.

Analítica: testa hipóteses de relações causais

MEDIR SAÚDE E DOENÇA Medir saúde e doença é fundamental

para a prática da epidemiologia. Diversas medidas são utilizadas para

caracterizar a saúde das populações. O estado de saúde da população não é

totalmente medido em muitas partes do mundo, e essa falta de informações constitui um grande desafio para os epidemiologistas.

DADOS Existe a necessidade de dados

fidedignos e completos para gerar as informações.

Registro dos dados: - Forma contínua: óbitos, nascimentos,

doenças de notificação obrigatória; - Forma periódica: recenseamento da

população; - Forma ocasional: pesquisas realizadas com

fins específicos: conhecer a prevalência da hipertensão arterial em uma comunidade, em determinado momento.

DADOS Dados relevantes à saúde: - População: número de habitantes, idade, sexo, etc; - Sócio-econômicos: renda, ocupação, classe social, tipo de

trabalho, condições de moradia e alimentação; - Ambientais: poluição, abastecimento de água, tratamento

de esgoto, coleta e disposição de lixo; - Serviços de saúde: hospitais, ambulatórios, unidades de

saúde, acesso aos serviços; - Morbidade: doenças que ocorrem na comunidade e; - Eventos vitais: óbitos, nascidos vivos e mortos.

Esses dados refletem a saúde – ou ausência dela – da população que se deseja estudar.