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ESTADO DA PARAÍBA POLÍCIA MILITAR
CENTRO DE EDUCAÇÃO ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO CABO BRANCO
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
LORENA MEIRELES DA SILVA
BIOSSEGURANÇA: A IMPORTÂNCIA DAS PRECAUÇÕES NECESSÁRIAS AOS BOMBEIROS NO
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR.
JOÃO PESSOA 2012
1
LORENA MEIRELES DA SILVA
BIOSSEGURANÇA: A IMPORTÂNCIA DAS PRECAUÇÕES NECESSÁRIAS AOS BOMBEIROS NO
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Academia de Polícia Militar do Cabo Branco como requisito parcial para a conclusão do curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar da Paraíba, sob orientação do Professor José Alexandre Fragoso Corrêia.
Orientador: Professor José Alexandre Fragoso Corrêia
JOÃO PESSOA 2012
2
LORENA MEIRELES DA SILVA
BIOSSEGURANÇA: a importância das precauções necessárias aos bombeiros no atendimento pré-
hospitalar.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Academia de Polícia Militar do Cabo Branco como requisito parcial para a conclusão do curso de Formação de Oficiais Bombeiro Militar da Paraíba, sob orientação do Professor José Alexandre Fragoso Corrêia.
Aprovado em:____/____/____
_________________________________________________________________ Coordenação do Curso de Formação de Oficiais
Considerações:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3
Dedico este trabalho a Deus de amor e de bondade, que contribuiu para o sucesso de minha jornada.
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço antes de tudo ao bom DEUS por se fazer presente em todos os
momentos da minha vida, guiar os meus passos e fornecer-me coragem, esperança
e segurança para seguir em frente. Aos meus pais pelo apoio, compreensão, amor e
dedicação. Às minhas irmãs pelo incentivo. A todos os meus familiares que direta ou
indiretamente contribuíram e incentivaram a concretização dos meus sonhos. Ao
meu Orientador e Professor José Alexandre Fragoso Corrêia que me auxiliou
bastante na confecção desta monografia, sempre solícito às minhas dúvidas. A
todos os colegas Aspirantes 2012 pela presença sempre carinhosa nesta longa
caminhada que percorremos juntos. A todas às pessoas marcantes, e não menos
importantes, que passaram pela minha vida, compartilhando comigo diversos
momentos de felicidade e de ansiedade ao longo desta jornada.
5
“O destino do traumatizado está nas mãos de quem faz o primeiro curativo” Nicolas Senn
6
RESUMO
A Biossegurança vem conquistando bastante importância no Atendimento Pré-Hospitalar (APH) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Paraíba (CBMPB), pois a conscientização de que a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) não somente resguarda a integridade física da vítima, mas também a do socorrista em si. Apesar disso, ainda existem militares que insistem em não utilizar tais equipamentos que, infelizmente, acompanham o cotidiano dos serviços de resgate da 1ª Companhia Regional de Atendimento Pré-Hospitalar (CRAPH). Nesse contexto, é possível afirmar que a biossegurança constitui elemento essencial ao controle de transmissão de agentes patogênicos. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho monográfico é estudar a importância das precauções necessárias aos bombeiros no atendimento pré-hospitalar. Para tanto foi feita uma análise com uma amostra aleatória de 20 (vinte) militares lotados na CRAPH durante o mês de setembro de 2012, tendo sido aplicado um questionário acerca da utilização do EPI, sendo seus resultados demonstrados através de gráficos e tabelas. Para ordenar o desenvolvimento do estudo foi adotada uma abordagem dedutiva, operacionalizando a pesquisa por meio de coleta documental. Depois de analisados e interpretados os dados, conclui-se que em grande maioria os militares do CRAPH utilizam EPI’s e tem a consciência da sua importância ao deparar-se com um resgate, sobretudo quando existe contato direto com fluidos (sangue, vômito ou fezes). Palavras-chave: Biossegurança. Importância. Resgate.
7
ABSTRACT
Biosecurity has gained major importance in Pre Hospital Care at the Military Fire Station of the Estate of Paraíba, once the use of Individual Protection Equipment (IPE) aids not only the victim’s physical health but also the rescuer’s integrity. Notwithstanding, there are militarists who still resist to make use of these equipments which is, sadly, part of the daily routine in the 1st Regional Company of Pre Hospital Care (RCPHC). In this sense, it is possible to mention that biosecurity is an essential tool to control the transmission of pathogens. This academic work aims at studying the importance of mandatory precautions to be taken by firemen in Pre hospital Care. This study takes into account the analysis of 20 (twenty) questionnaire samples regarding the use of IPE by militarists based on RCHPC during the month of September 2012. The results are shown through graphics and tables. The research is based on a deductive approach, through document collection. The conclusion is that the vast majority of militarists of RCPHC are conscious of the importance of using IPE’s when facing situations such as rescues, mainly if it is a case in which there will be direct contact with fluids (blood, vomit or feaces).
Key words: Biosecurity. Importance. Rescue.
8
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES
AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
ANVISA – Agência de Vigilância Sanitária
APH – Atendimento Pré-Hospitalar
AR – Auto Resgate
AZT – Azidotimidina
CBMPB – Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba
CIOP – Centro Integrado de Operações Policiais
CME – Centro de Materiais Esterilizados
CMT – Comandante
CRAPH – Companhia Regional de Atendimento Pré-Hospitalar
DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis
EPI – Equipamento de Proteção Individual
HBV – Hepatitis B Vírus
KED – Kendrick Extrication Device
VHC – Vírus da Hepatite C
VTR– Viatura
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 -- Óculos de Proteção ....................................................................... 20
Figura 2 – Capacete ........................................................................................ 20
Figura 3 – Luva de Procedimento ................................................................... 20
Figura 4 – Máscara Facial ............................................................................... 21
Figura 5 – Lixo Tóxico ..................................................................................... 22
Figura 6 – Álcool a 70% e Detergente Neutro .................................................. 23
Figura 7 – Colares Cervicais ........................................................................... 23
Figura 8 – Vidro de Aspiradores ....................................................................... 24
10
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Disponibilidade das condições de segurança promovidas pelo
CBMPB ............................................................................................................ 27
Gráfico 2 – Tipos de EPI’s utilizados pelos socorristas .................................... 28
Gráfico 3 – Método de descarte dos materiais perfuro cortantes no CRAPH .. 29
Gráfico 4 – Tipos de substâncias para a limpeza e descontaminação da viatura
e dos materiais utilizados ................................................................................. 30
Gráfico 5 – Índice de expostos a material biológico (sangue, secreções e ex-
creções) que necessitaram de cuidados médicos posteriormente ................... 30
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 12
1.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 14
1.1.1 Objetivos Específicos ........................................................................... 14
2 EMBASAMENTO TEÓRICO ......................................................................... 15
2.1 OS AGENTES PATOGÊNICOS E AS ORIGENS DAS INFECÇÕES ........ 15
2.2 PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS ................................................... 16
2.2.1 AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) ............................... 16
2.2.2 Hepatite B ............................................................................................... 16
2.2.3 Hepatite C ............................................................................................... 16
2.2.4 Tuberculose ........................................................................................... 17
2.2.5 Meningite ................................................................................................ 17
2.2.6 Cólera ..................................................................................................... 17
2.2.7 Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) .................................. 18
2.2.8 Gripe ....................................................................................................... 18
2.2.9 Malária .................................................................................................... 18
2.2.10 Dengue ................................................................................................. 18
2.2.11 Doença de Chagas .............................................................................. 19
2.3 BIOSSEGURANÇA .................................................................................... 19
2.3.1Lavagem das Mãos ................................................................................ 19
2.3.2 Utilização de Equipamento de Proteção Individual ............................ 19
2.3.3 Descarte de materiais perfuro cortantes ............................................. 20
2.3.4 Limpeza e descontaminação da viatura e dos materiais utilizados.. 22
3 METODOLOGIA ........................................................................................... 25
4 ANÁLISE E DISCUSSÕES DO RESULTADO ............................................. 27
5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 34
APÊNDICE ....................................................................................................... 36
Apêndice A – Questionário ........................................................................... 37
ANEXO ............................................................................................................ 39
Anexo A – Entrevista com o Cabo J. Soares Comandante do Centro de Ma-
teriais Esterilizados ....................................................................................... 40
12
1 INTRODUÇÃO
O atendimento pré-hospitalar é aquele prestado precocemente a vítimas de
traumas (acidente de trânsito, queimaduras, disparo de arma de fogo), mal súbito
(emergências cardiológicas, neurológicas, respiratórias) ou distúrbios psiquiátricos.
O foco principal do APH é garantir um atendimento especializado imediato,
estabilizar a vítima até o hospital e maximizar as chances de sobrevida.
Nesse contexto, observa-se que durante os serviços de resgate os
emergencistas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Paraíba, realizam
procedimentos que exigem contato direto com as vítimas, dentre eles: partos,
controle de hemorragias, imobilizações entre outras diversas ocorrências. De acordo
com essa realidade, é incontestável a exposição dos militares a acidentes com
materiais biológicos potencialmente contaminados.
Em contrapartida, é sabido que a biossegurança é considerada uma prática
muito importante no combate a transmissão de agentes patogênicos, por isso é
necessário o conhecimento dos modos efetivos de proteção contra as infecções as
quais os emergencistas estão vulneráveis ao realizar o atendimento pré-hospitalar,
pois qualquer contato com material biológico (sangue, secreções ou fluidos
corporais) na pele não íntegra e mucosas é considerado uma emergência médica.
Com base nesta informação surgiram algumas perguntas referentes ao efetivo
do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba, tais como: se é possível afirmar que os
socorristas tomam as devidas precauções contra infecções estabelecidas pela
biossegurança a fim de proteger não só as vítimas, mas também a si mesmos e se
deve haver adoção de medidas fiscalizatórias e de orientação da equipe do resgate
para a utilização do equipamento de proteção individual, descarte correto dos
materiais pérfuro-cortantes, limpeza e descontaminação da viatura e dos materiais
utilizados a fim de reduzir os riscos de contaminação da guarnição e das vítimas.
Dentro desta perspectiva, o presente projeto de pesquisa tem a preocupação
de estudar a relação entre a biossegurança e os profissionais do resgate do Corpo
de Bombeiros da Paraíba, considerando que os militares que atuam nas viaturas do
Resgate estão frequentemente expostos a riscos biológicos e os acidentes
ocasionados por contaminação fazem com que o socorrista se torne mais uma
vítima. Para evitar esse tipo de situação, é necessário que o profissional utilize a
biossegurança, criando, efetivamente, um ambiente seguro de trabalho.
13
Portanto, este trabalho visa expor quais as medidas utilizadas para
higienização da viatura e dos materiais, informando também algumas práticas
simples de prevenção e observando se realmente os militares cumprem tais ações,
analisando se este assunto foi abordado de maneira adequada durante a formação
dos mesmos.
14
1.1 OBJETIVO GERAL
Relacionar as medidas de ações preventivas fundamentais que preservam a
saúde humana controlando os riscos de transmissão de doenças infecciosas.
1.1.1 Objetivos Específicos
• Apontar os principais equipamentos utilizados para a redução dos riscos de
transmissão de agentes patogênicos;
• Avaliar a Companhia Regional de Atendimento Pré-Hospitalar (CRAPH) e as
guarnições do resgate para averiguar se estão condizentes aos processos de
controle de infecções;
• Apresentar a situação real da higienização dos socorristas, bem como das
viaturas de resgate.
15
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
2.1 OS AGENTES PATOGÊNICOS E AS ORIGENS DAS INFECÇÕES
Segundo Oppermann e Capsi (2003), os microorganismos são seres não
visíveis a olho nu, sendo necessária a utilização de microscópio para a sua
visualização. Eles podem ser classificados como: protozoários, fungos, vírus e
bactérias.
Todos esses elementos podem transmitir doenças aos humanos causando a
infecção que é
Caracterizada pela presença de agentes infecciosos que provocam danos em determinados órgãos ou tecidos do nosso organismo causando febre, dor, eritema (vermelhidão), edema (inchaço), alterações sangüíneas (aumento do numero de leucócitos) e secreção purulenta do local afetado, muitas vezes. (Id. Ibid., p. 7).
Além da infecção, existem a contaminação (presença de agente infeccioso no
corpo) e incubação (período entre o contágio com um agente etiológico e os
primeiros sintomas da doença), podendo-se observar que são conceitos diferentes.
Então, é importante que os conheçamos para se evitar confusão. (PEDROSO, et al,
2009)
Existem duas maneiras de um microorganismo ingressar em um hóspede,
são elas:
Contágio direto: De pessoa a pessoa, ou seja, o ingresso do agente patogênico por contato com uma pessoa doente. Ex: Enfermidades respiratórias, tuberculose, gripe, cólera, doenças venéreas, etc. Contágio indireto: Por meio de seres vivos (portadores ou vetores) e objetos contaminados (intermediários). Ex: Moscas, ratos, ar, terra, água, objetos, alimentos, luvas usadas, seringas, colares, etc. (Id. Ibid., p. 3)
E durante o atendimento pré-hospitalar tanto no contato direto com o paciente
como no apoio, o socorrista irá deparar-se com material biológico (sangue,
secreções e excreções tipo vômito, urina, fezes, sêmen, leite materno, escarro,
saliva e outros fluidos corporais). Esse material pode conter microorganismos e
contaminar os equipamentos e o ambiente que tiveram contato com eles. Devido a
isso, sempre devemos tratar todos os materiais como contaminados e sempre
realizar os procedimentos com os equipamentos de segurança para a própria
proteção e dos pacientes.
16
2.2 PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS
Algumas doenças infecciosas são mais comuns, portanto é importante que o
emergencista saiba identificá-las para melhor se proteger. Para isso, é necessário o
conhecimento dos sintomas, período de transmissão (há risco de infecção direta ou
indiretamente) e profilaxia (medidas que visam à prevenção e o controle da doença).
2.2.1 AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
É uma doença que ataca o sistema imunológico tendo como transmissor o
vírus HIV. Ela pode ser transmitida pelo sangue, sêmen, leite materno e fluidos
vaginais de portadores da doença. Alguns sintomas podem se manifestar
inicialmente como febre persistente, calafrios, dores musculares e de cabeça, ínguas
e manchas cutâneas. E para a prevenção indica-se o uso de preservativo em todas
as relações sexuais; não utilizar objetos perfuro cortantes de uso comum (seringa,
agulha, alicate, etc.); Gestantes soropositivas devem fazer o pré-natal e utilizar o
azidotimidina (AZT), evitando o contágio do bebê.
2.2.2 Hepatite B
É uma inflamação do fígado causada pelo vírus da Hepatite B (HBV). Os
métodos de transmissão são por compartilhamento de matérias perfuro cortantes
contaminados, transfusões de sangue, relações sexuais sem preservativo, contato
com secreções corporais e pela mãe ao filho no momento do parto. Os sintomas
característicos dessa doença são: urina escura, coloração amarelada, coceira e
fezes claras.
2.2.3 Hepatite C
A hepatite C é uma doença causada pelo vírus da hepatite C (VHC) que
acarreta lesões no fígado ou câncer hepático. Esta doença é muito perigosa, pois na
17
maioria dos casos ela costuma ser assintomática, mas quando ela se manifesta os
sintomas são: pele amarelada, vômitos, náusea e mal-estar. Umas das maneiras de
evitá-la são: levar o próprio material quando for à manicure, não utilizar drogas
injetáveis, sexo só com preservativo e manter seu esquema de vacinação
atualizado.
2.2.4 Tuberculose
Infecção bacteriana (bacilo de Koch) que atinge principalmente os pulmões,
mas pode ocorrer também nos ossos, rins e meninges. Essa doença provoca tosse
seca com presença de muco e/ou sangue, emagrecimento excessivo, febre baixa,
fraqueza, falta de apetite e rouquidão. Para se prevenir recomenda-se manter
atualizado o esquema de vacinação, evitar ambientes fechados e não utilizar objetos
de pessoas contaminadas.
2.2.5 Meningite
É uma inflamação das meninges que pode ser causada por vírus, bactérias
ou fungos. A meningite viral costuma ser mais leve e seus sintomas se assemelham
ao da gripe comum, enquanto os da bacteriana são graves (febre alta, fortes dores
de cabeça, manchas vermelhas na pele, rigidez no pescoço e moleza). A sua
transmissão se dá por meio da saliva da pessoa infectada com os órgãos
respiratórios de uma pessoa saudável (altamente contagiosa). Para diminuir as
chances de adquirir a doença é aconselhável evitar o uso de talheres e copos
utilizados por outras pessoas, mal lavados e ambientes abafados.
2.2.6 Cólera
Infecção intestinal aguda causada pela bactéria Vibrio cholerae de fácil
propagação, pois sua manifestação pode ser assintomática e os modos de
transmissão são variados (ingestão de água, alimentos, peixes, frutos do mar e
animais de água doce contaminados por fezes ou vômitos contaminados com a
18
bactéria. Com o objetivo de reduzir os riscos de contagio indica-se lavar os
alimentos e ferver a água antes do consumo, vacinação, coleta de lixo e
saneamento básico.
2.2.7 Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s)
São doenças causadas por vários tipos de agentes etiológicos e transmitidas
principalmente pelo ato sexual com uma pessoa infectada sem o uso de camisinha
ou por meio de feridas, transfusão de sangue e da mãe para o filho na gravidez. O
tratamento pode ser fácil e de rápida solução, mas algumas vezes não tem cura e
podem levar a morte. Para evitar a contaminação é importante usar sempre
camisinha nas relações sexuais e consultas periódicas ao médico.
2.2.8 Gripe
Doença comum em todo o mundo. É caracterizada pela infecção do sistema
respiratório que se não tratada pode evoluir para uma pneumonia. A gripe causa
febre alta, tosse seca e dores musculares, de cabeça e na garganta.
2.2.9 Malária
Infecção febril aguda que tem como agente patogênico o protozoário gênero
Plasmodium. Os principais sintomas são: febre alta, sudorese, calafrios, palidez,
cansaço, falta de apetite e dores de cabeça. Como prevenção é interessante que o
indivíduo utilize repelente, calça e camisas de manga longa para se proteger da
picada do mosquito transmissor.
2.2.10 Dengue
Doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti infectado que causa febre,
dor de cabeça e dor atrás dos olhos. Existem duas formas de dengue: a clássica e a
19
hemorrágica. Como prevenção é preciso combater o acúmulo de água parada para
evitar o surgimento de focos do mosquito transmissor.
2.2.11 Doença de Chagas
Patologia causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. É transmitida pelo
inseto conhecido como barbeiro. Alguns sintomas são: febre, ínguas por todo o
corpo, inchaço do fígado e do baço e um vermelhidão no corpo semelhante a uma
alergia. O método mais eficaz de impedir a disseminação da doença é pela
eliminação do vetor, o barbeiro, por meio de medidas que tornem menos propício o
seu convívio próximo aos humanos, como a construção de melhores habitações.
2.3 BIOSSEGURANÇA
Devido à diversidade de agentes patogênicos e maneiras de contaminação,
os profissionais utilizam precauções padrão que garantem o bloqueio da
transmissão dos agentes patogênicos e evitam a contaminação do emergencista,
paciente e do ambiente de trabalho, a citar:
2.3.1 Lavagem das Mãos
É um ato simples que elimina a sujeira visível ou não (microorganismos),
sendo aconselhável antes e depois de iniciar um atendimento ao paciente.
2.3.2 Utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI)
Os profissionais do resgate ao prestarem um atendimento devem sempre
usar o equipamento de proteção individual disponibilizado pela Organização
Bombeiro Militar (OBM). Os equipamentos mais importantes consistem em: luvas de
procedimento, uniforme, óculos de proteção, máscara facial e capacete. Esses
materiais podem atuar de forma a proteger contra impactos ou evitar o contato direto
da pele ou mucosas com o as substâncias biológicas dos acidentados.
20
Figura 1 - Óculos de Proteção
Fonte: http://www.luarmodas.com.br/produto-culos-de-proteo-58
Figura 2 - Capacete
Fonte: http://www.protexfire.com.br/protecao-para-cabeca-epi/capacete-para-trabalho-em-altura.php
Figura 3 - Luva de Procedimento
Fonte: http://www.lagrotta.com.br/descartaveis/luvas/luva_latex_procedimento.asp
21
Figura 3 - Máscara Facial
Fonte: http://loja.lojamaisfacil.com.br/loja/produto-182105-1225-mascara_protdesc
2.3.3 Descarte de Materiais Perfuro Cortantes
Os materiais perfuro cortantes impregnados com fluidos corporais ou sangue
devem ser manipulados com extrema cautela e alguns cuidados facilitam a proteção
contra contaminação. Os reutilizáveis devem ser esterilizados e conferidos antes de
utilizar em outro paciente, sempre certificando se os materiais descartáveis não
estão sendo reaproveitados.
Para o descarte apropriado deve existir uma caixa rígida e impermeável
localizada próxima a área em que os materiais são usados. Os reutilizáveis devem
ser transportados para a área de limpeza e esterilização em caixa de inox ou
bandeja.
Figura 4 - Caixa rígida e impermeável para descarte de materiais perfuro
cortantes.
Fonte: ttp://www.dicasodonto.com.br/2010/07/28/biosseguranca-com-o-dr-a-zedo-parte-3/
22
Figura 5 - Lixo Tóxico
Fonte: http://www.mundialmed.com.br/index.php?acao=detalhes&id_prod=16
2.3.4 Limpeza e Descontaminação da Viatura e dos Materiais Utilizados
Segundo Pedroso et al. (2009), os procedimentos de limpeza e
descontaminação da viatura (VTR) e dos objetos utilizados no resgate começa com
a desinfecção dos pisos e paredes das VTR que deve ser informada a central de
operações, pois o veículo ficará desativado. Para a realização do procedimento é
necessário o uso de EPI e a retirada de todo o material da viatura. O processo
começa com a descontaminação da área menos contaminada para a mais
contaminada, a limpeza deve ser feita com água e sabão retirando toda a sujeira.
Após secar, aplica-se o produto específico para a descontaminação (hipoclorito de
sódio, álcool a 70%) e espera-se agir.
Para vidros e superfícies externas de equipamentos metálicos, macas
mobílias e bancadas a desinfecção utiliza-se álcool a 70% friccionando o local.
Repete-se o processo por três vezes, expondo por dez minutos até que o mesmo
seque completamente.
23
Figura 6 - Álcool a 70% e Detergente Neutro
Fonte: Imagem própria.
Já a limpeza dos equipamentos de imobilização - prancha, colar cervical,
tirantes, Kendrick Extrication Device (KED) e talas de imobilização - é feita com
álcool a 70%, água e sabão por três vezes. Os equipamentos acessórios de
respiração devem ser limpos logo após o uso com lavagem em água e auxílio de
escovas, deixando em solução de hipoclorito de sódio a 1% por pelo menos
quarenta e cinco minutos. Em seguida, enxaguar em água limpa e guardar em local
limpo e isento de umidade e poeira.
Figura 7- Colares Cervicais
Fonte: Imagem própria.
24
Por fim, a higienização dos frascos de aspiração de secreções deve ser feito
logo após o uso colocando-os em solução de hipoclorito de sódio a 1%, por trinta
minutos. Troca-se o líquido dos frascos a cada 24 horas, ainda que, aparente
estarem limpos. Os frascos contaminados são descartados em lixo ou esgoto, em
unidade de rede hospitalar.
FIGURA 8 - Vidros de Aspiradores
Fonte: Imagem própria
25
3 METODOLOGIA
O presente trabalho é um estudo sobre a relação da biossegurança com o
atendimento pré-hospitalar realizado pelo CBMPB, levando em consideração a
importância dessas medidas preventivas. Para tanto, foram esboçados alguns
procedimentos a fim de conferir um maior grau de cientificidade à pesquisa.
Este projeto é de natureza quantitativa, que segundo Gomes, Lima e Silva o
pesquisador não se restringe somente ao que pode ser coletado em uma entrevista,
ele investiga outros aspectos e outras ocasiões, podendo utilizar fontes documentais
e dados estatísticos.
O Método de Abordagem a ser utilizado neste estudo é o Dedutivo que de
acordo com Marina Marconi e Eva Lakatos o método dedutivo é aquele “que,
partindo das teorias e leis, na maioria das vezes prediz a concorrência dos
fenômenos particulares”. O referido método se adéqua ao presente estudo, pois
apresenta uma breve explanação do conceito de biossegurança com foco
direcionado na importância aos bombeiros no atendimento pré-hospitalar, apontando
os principais problemas que surgem com a não utilização das precauções padrão. O
embasamento para esta pesquisa foi a preocupação em saber se os bombeiros
realmente estão trabalhando de acordo com o Emergencista Pré-Hospitalar 2.
Este estudo teve como público alvo os militares do Corpo de Bombeiros que
atuam no CRAPH, situada nas dependências do Hospital de Emergência e Trauma.
Ademais, foi feita uma avaliação do efetivo do CRAPH que lida com a exposição aos
agentes patogênicos durante o serviço, além de apresentar o panorama real das
guarnições do Resgate, demonstrando as medidas adotadas pelos militares para
sua proteção.
Como material para a coleta de dados foi utilizado um questionário com 10
(dez) perguntas, entrevista com o comandante da Central de Materiais Esterilizados
(CME) e fotos. Com o intuito de analisar as condições de trabalho e os
procedimentos dos que realizam o APH. Para desenvolver o trabalho foram
necessários alguns equipamentos como: câmera digital, prancheta, caneta e
notebook.
As visitas ao CRAPH foram realizadas nos dias 17 e 24 de setembro
(segundas-feiras) pela manhã, pois é o horário onde se pode encontrar o maior
26
número de militares. Os horários das visitas foram realizados no intervalo das
09h:00 às 11h:30. A conclusão da coleta foi analisada do decorrer de um mês.
Um obstáculo encontrado na aplicação do questionário está relacionado à
dificuldade em fazer com que a guarnição que estava de serviço nos dias 17 e 24 de
setembro respondesse ao questionário, pois a mesma não estava no local devido a
necessidade do pronto-atendimento às ocorrências.
No tocante à análise de dados, os questionários terão uma leitura
interpretativa, através da qual será reunido material que comprove o nível de
comprometimento dos profissionais do bombeiro com a biossegurança.
27
4 ANÁLISE E DISCUSSÕES DO RESULTADO
Esta pesquisa visou promover um esboço da realidade nos atendimentos de
Resgate com relação à utilização das medidas preventivas. Os 20 (vinte)
participantes que responderam os questionários encontram-se caracterizados
conforme graduação/posto, gênero e faixa etária.
Os militares, tanto do sexo masculino como do sexo feminino, que
participaram da pesquisa tem entre menos de 2 a mais de 10 anos de serviço
prestado como socorristas. O questionário é composto de 10 perguntas, as quais
merece atenção a de número 4, a qual versa sobre a frequência da utilização dos
EPI’s pelos emergencistas.
Observou-se que todos os entrevistados têm consciência da exposição e que,
consequentemente, estarão propensos a contrair doenças quando da realização do
atendimento à vítima. Embora todos tenham essa concepção, ainda houve um
socorrista que respondeu negativamente ao ser perguntado se ele sempre utilizava
EPI nas ocorrências. Mesmo que em minoria, esta resposta é preocupante, pois
mostra a existência confirmada de uma probabilidade de contaminação evidente.
Quanto ao CBMPB promover as devidas condições de segurança (luvas,
capacete, óculos de proteção e máscara facial) para os emergencistas nas
ocorrências, 35% (trinta e cinco) afirmaram que as condições de segurança são
disponibilizadas, 60% (sessenta) responderam que não e 5% (cinco) não opinaram.
Gráfico 1 - Disponibilidade das condições de segurança promovidas pelo
CBMPB.
Sim
Não
Não respondeu
28
Com relação aos tipos de EPI’s utilizados, ficou evidente que o capacete e
óculos de proteção são os menos utilizados pelos militares do resgate, quando
perguntados se havia outros tipos de proteção, alguns adicionaram os seguintes
equipamentos: caneleira, joelheira, cotoveleira e luva de raspa.
Gráfico 2 - Tipos de EPI’s utilizados pelos socorristas.
No tocante ao método de descarte dos materiais perfuro cortantes o lixo
hospitalar constatou predominância em relação ao lixo comum e ao coletor
específico.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
Série1
29
Gráfico 3 - Método de descarte dos materiais perfuro cortantes no CRAPH.
Quando indagados da existência de autoclaves para a descontaminação dos
uniformes expostos a fluidos corporais comprovou-se que o CRAPH não
disponibiliza desse material, pois todos os militares entrevistados responderam não
a pergunta número sete.
De acordo com os resultados dos questionários verificou-se que o CRAPH
dispõe de várias substâncias para a limpeza e descontaminação da viatura e dos
materiais utilizados, pois 60% (sessenta) confirmaram haver cinco diferentes
produtos para esterilização dos materiais e viaturas.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Lixo Hospitalar Lixo Comum ColetorEspecífico
Série1
30
Gráfico 4 - Tipos de substâncias para a limpeza e descontaminação da viatura
e dos materiais utilizados.
Em relação ao índice de expostos a material biológico (sangue, secreções e
excreções) que necessitaram de cuidados médicos posteriormente, apenas 5%
(cinco) respondeu que foi exposto e necessitou de assistência médica, porém o
CBMPB não promoveu auxílio ao militar.
Gráfico 5 - Índice de expostos a material biológico (sangue, secreções e
excreções) que necessitaram de cuidados médicos posteriormente.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Água, sabão,detergente,álcool 70% eHipoclorito
de sódio
Água,detergente,álcool 70% eHipoclorito
de sódio
Água, sabão,álcool 70% eHipoclorito
de sódio
Água, álcool70% e
Hipocloritode sódio
Outros
Série1
Série2
Nunca foi exposto amaterial bilógico
Foi exposto e necessitoude cuidados médicos
31
A pergunta 10 (dez) foi elabora visando testar o conhecimento dos socorristas
sobre a possibilidade de: em uma ocorrência acontecer infecção cruzada entre as
vítimas. Esperava-se que todos respondessem positivamente, entretanto 5% (cinco)
acreditam que não existe essa possibilidade. Isso prova que é necessária a
instalação de cursos de reciclagem periódicos para que os socorristas fiquem
atualizados aos novos procedimentos do atendimento pré-hospitalar.
32
5 CONCLUSÃO
Por tudo o que foi exposto no presente trabalho monográfico, conclui-se que,
os militares da CRAPH/PB apresentam consciência da necessidade do uso das
precauções padrão e as utilizam para garantir a preservação da saúde física do
socorrista e da vítima.
O bom desenvolvimento do Centro de Materiais Esterilizados está
intrinsecamente ligado ao índice de infecções que dizem respeito ao atendimento
pré-hospitalar, isto é, se o procedimento de desinfecção estiver sendo executado
corretamente irá diminuir a probabilidade de proliferação de agentes patogênicos na
viatura e nos materiais do resgate.
Dentre tais circunstâncias, pode-se destacar a questão da disponibilização
dos EPI’s pelo CBMPB, tendo em vista ser inadmissível o Corpo de Bombeiros não
promover um ambiente seguro de trabalho para uma profissão de risco (infecções)
que atua diretamente com a vida humana.
É sabido que, diante do cenário em que se encontra o CRAPH atualmente, a
biossegurança do local aumentou significativamente, um fator a ser levado em
consideração foi a criação do CME no decorrer deste ano. E, sob esta perspectiva, o
Resgate/PB vem buscando enaltecer a visão dos militares no sentido de que um
ambiente livre de microorganismos depende da colaboração de todos.
Garantir a segurança da vítima é responsabilidade do socorrista, que,
atendendo aos requisitos e necessidades da biossegurança, tem o dever de utilizar
o equipamento de proteção individual, sendo, de extrema relevância para qualquer
tipo de ocorrência, em especial, quando estiver em contato com fluidos biológicos.
No caso de descontaminação dos uniformes, as autoclaves ainda não foram
adquiridas pelo CBMPB, sendo assim, a higienização é realizada pelos próprios
emergencistas. Conforme se pode observar, esta é uma dificuldade que tem que ser
analisada pelo Comando da CRAPH para que em um futuro próximo este problema
seja resolvido.
33
O local onde ocorre processo para a descontaminação dos materiais
manuseados no serviço do Resgate/PB ainda necessita de modificação, apesar dos
esforços empreendidos pelo Cabo J. Soares e a Soldado Elaine, uma reforma faz-se
necessária, pois os objetos esterilizados não podem entrar em contato com o meio
externo, pois se isto ocorrer o material torna-se inutilizável para a operação.
Não existem dados oficiais quanto ao índice de militares expostos a material
biológico (sangue, secreções e excreções) na Paraíba. Entretanto, de acordo com o
questionário realizado no decorrer deste trabalho ficou constatado a existência de
um socorrista infectado e não auxiliado pelo Corpo de Bombeiros/PB. Tal fato é
demasiadamente preocupante por diversas razões, pois informa que mesmo o
militar sempre precavido esta sujeito a possibilidade de contaminação, e se esse
evento vier a acontecer, a Corporação pode não lhe assistir.
Com base no que foi estudado, faz-se necessária a implementação de
campanhas que abordem a importância da biossegurança, promovidas pelos
comandantes das respectivas unidades de APH da Paraíba, pois este problema
aflige a todos que lidam diretamente com operações de resgate. E que sejam
tomadas medidas fiscalizatórias e punitivas para quem não estiver de acordo com as
normas da biossegurança.
34
REFERÊNCIAS
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Atendimento Pré Hospitalar: uma revisão integrativa. Porto Alegre: UFRS, 2010.
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Autor desconhecido. Disponível em:
<http://www.lagrotta.com.br/descartaveis/luvas/luva_latex_procedimento.asp>.
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35
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ed. São Paulo: Atlas, 2004. p. 91.
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cortante entre trabalhadores de enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem 2004
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<http://www.protexfire.com.br/protecao-para-cabeca-epi/capacete-para-trabalho-em-
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SOUZA, Ana Paula. Bombeiro Militar do Estado de Santa Catarina: Cuidados em
Acidentes com Materiais Biológicos. Santa Catarina: BMSC, 2011.
36
APÊNDICE
37
APÊNDICE A
Questionário
ESTADO DA PARAÍBA POLÍCIA MILITAR
CENTRO DE EDUCAÇÃO ACADEMIA DE POLICIA MILITAR DO CABO BRANCO
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS
QUESTIONÁRIO
Graduação/Posto:_________________________________
Idade: ___________________________________________
Sexo: ___________________________________________
Data de Ingresso no CBMPB: _______/_______/_________
1) Há quanto tempo aproximadamente você trabalha no CRAPH?
( ) menos de 2 anos; ( ) entre 2 e 5 anos; ( ) entre 5 e 10 anos; ( ) mais de
10 anos;
2) Você se considera exposto a contrair doenças quando realiza o atendimento
pré-hospitalar?
SIM ( ) NÃO ( )
3) Você considera que o CBMPB promove as devidas condições de segurança
(luvas, capacete, óculos de proteção e máscara facial) para os emergencistas
nas ocorrências?
SIM ( ) NÃO ( )
4) Você sempre utiliza EPI nas ocorrências?
SIM ( ) NÃO ( )
38
5) Marque os tipos de EPI frequentemente utilizados por você nas ocorrências.
( ) Luva de procedimento; ( ) Capacete;
( ) Óculos de proteção; ( ) Máscara facial;
( ) Outros: _________________________________________________________
6) Qual o método de descarte de materiais perfuro cortantes utilizado no
CRAPH?
( ) Lixo comum;
( ) Lixo hospitalar;
( ) Outros: _________________________________________________________
7) O CRAPH dispõe de autoclaves para descontaminação dos uniformes
expostos a fluidos corporais utilizados no serviço?
SIM ( ) NÃO ( )
8) Quais são os materiais utilizados na limpeza e descontaminação da Viatura
e dos materiais utilizados?
( ) Água; ( ) Álcool 70%;
( ) Sabão; ( ) Glutaraldeído;
( ) Detergente; ( ) Hipoclorito de Sódio;
( ) Outros: _________________________________________________________
9) Em alguma ocorrência você já foi exposto a material biológico (sangue,
secreções e excreções) e necessitou de cuidados posteriormente?
SIM ( ) NÃO ( )
Se sim, você se sentiu assistido pelo Corpo de Bombeiros no que diz respeito
ao tratamento médico?
SIM ( ) NÃO ( )
10) Existe a possibilidade de em uma ocorrência acontecer infecção cruzada
entre as vítimas?
SIM ( ) NÃO ( )
39
ANEXO
40
ANEXO A
Entrevista com o Cabo J. Soares Comandante do Centro de Materiais
Esterilizados
Com o objetivo de apresentar a realidade das condições de biossegurança no
CRAPH, foi realizada do dia 17 de setembro de 2012 uma entrevista com o
Comandante (CMT) do Centro de Materiais Esterilizados (CME), Cabo J. Soares.
Como são feitas as esterilizações no CRAPH dos materiais utilizados nas
ocorrências?
Existe o CMT fundado há aproximadamente três meses que tem como função
promover as esterilizações de diversos materiais utilizados pelo socorrista no APH,
tais como: pranchas, macas, colares, talas e cânulas (materiais avulsos em geral).
O departamento CME fica lotado no térreo do prédio do CRAPH e dispõe de
duas salas: uma de armazenamento dos materiais esterilizados e a outra de
descontaminação. Os responsáveis pelo CME são o Cabo J. Soares e a Soldado
Elaine, ambos com curso superior de enfermagem.
Quais são as substâncias utilizadas na desinfecção dos materiais e VTR?
Para a higienização dos materiais ou VTR, existe a disposição de substâncias
como hipoclorito de sódio a 1%, sabão neutro, detergente enzimático e álcool a
70%.
Com que frequência é realizada a descontaminação completa da viatura?
A descontaminação geral da VTR acontece uma vez por mês e é chamada de
terminal
Como é o procedimento adotado no CRAPH para a limpeza da VTR e dos
materiais utilizados?
41
O procedimento utilizado para a VTR é realizado da seguinte forma: informa-
se ao Centro Integrado de Operações Policiais (CIOP) que a Auto Resgate (AR) irá
ficar desativada, é feita a retirada de todo o material da ambulância, o motorista faz
a limpeza da cabine e o socorrista faz higiene da área de transporte do paciente.
Primeiramente a limpeza é feita com água e sabão, em seguida, coloca-se a solução
de hipoclorito de sódio a 1% e álcool a 70% deixando agir por vinte e quatro horas.
O modo utilizado nos materiais consiste em: submergi-los em recipiente
contendo detergente enzimático por 10 (dez) minutos. Em seguida, enxagua-se com
água, aplica-se hipoclorito de sódio a 1% deixando agir por 30 (trinta) minutos,
enxagua novamente e secando-os com ar comprimido. Depois de terminada a
limpeza os materiais são embalados e estão prontos para serem utilizados nas
viaturas.
O novo ambiente de desinfecção (CME) encontra-se de acordo com as normas
da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA)?
Devido à implementação das instalações serem recentes, faz-se necessário
uma reforma no local, pois a área de higienização precisa ser isolada do contato
com o meio externo. Depois que as devidas modificações forem concluídas, o CME
irá ser submetido à fiscalização da ANVISA para receber o certificado de
funcionamento.
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