View
222
Download
3
Category
Preview:
Citation preview
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
FICHA TÉCNICA
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA Lucia Gomes Vieira Dellagnelo – Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável Amir Hamad – Diretor de Desenvolvimento Econômico
Márcia Helena Neves – Gerente de Desenvolvimento Econômico
CONSELHO DELIBERATIVO DO SEBRAE/SC Alcantaro Corrêa – Presidente do Conselho Deliberativo
Sérgio Alexandre Medeiros – Vice-Presidente do Conselho Deliberativo
ENTIDADES Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – FAESC
Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – FAMPESC Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina – FCDL Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina – FECOMÉRCIO Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina – BADESC
Banco do Brasil S.A. – BB Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE
Caixa Econômica Federal – CAIXA Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI/DR–SC Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
DIRETORIA EXECUTIVA DO SEBRAE/SC
Carlos Guilherme Zigelli – Diretor Superintendente Anacleto Angelo Ortigara – Diretor Técnico
Sérgio Fernandes Cardoso – Diretor Administrativo Financeiro
ORGANIZAÇÃO Ricardo Monguilhott de Brito – Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo – UAC
Roberto Tavares de Albuquerque – Coordenador do Núcleo da Indústria – UAC Claudio Ferreira – Analista Técnico – UGE
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
CONSULTORIA TÉCNICA
ÁGAPE ASSESSORIA COMERCIAL LTDA. Marcos Durval Sabota Breda – Diretor administrativo
Daniel Marques de Lucena, Msc. – Responsável técnico Gustavo Gallo – Economista – Analista técnico de dados secundários
Davi Wazlawick – Analista técnico de dados secundários Elmo Tambosi Filho, Dr. – Consultor técnico de dados secundários.
Mara Denise Brum – Analista técnica de dados primários Jean Carlos Schroder – Analista técnico de dados primários Paulo Queiroz – Pesquisador de levantamento qualitativo
João Luis Pasquali Savi – Pesquisador de levantamento qualitativo Alexandre Moura – Suporte e gestão de dados
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
SUMÁRIO GERAL
INTRODUÇÃO ______________________________________________________________ 9 I. APRESENTANDO O ESTUDO SETORIAL _________________________________________ 9 II. PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC ___________________________________________ 9 III. O SETOR ECONÔMICO DE CALÇADOS DE SANTA CATARINA ______________________ 10 RESUMO EXECUTIVO _______________________________________________________ 13 I. PANORAMA DO SETOR ____________________________________________________ 13 II. VISÃO DOS ESPECIALISTAS _________________________________________________ 15 III. VISÃO DO EMPRESÁRIO ___________________________________________________ 18 IV. PANORAMA DE NOVOS MERCADOS _________________________________________ 21 V. PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS ________________________________________ 24 CAPÍTULO I – PANORAMA DO SETOR __________________________________________ 27 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _____________________________________ 33 1.1 APRESENTAÇÃO ___________________________________________________ 33 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO ______________________________________________ 35 1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO _________________________________________ 35 1.3.1 Tipo de pesquisa __________________________________________________ 35 1.3.2 Critérios de análise _________________________________________________ 36 1.4 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE _____________________________________ 37 1.5 CONTEXTO ATUAL _________________________________________________ 38 2 DADOS MACROECONÔMICOS _______________________________________ 39 2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA ___ 39 2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA _______ 40 3 PANORAMA DA ATIVIDADE CALÇADISTA E DE ARTEFATOS EM COURO ______ 42 3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE__________________________________ 42 3.1.1 Considerações gerais _______________________________________________ 42 3.1.2 Produção e consumo mundial ________________________________________ 42 3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE ________________________________ 43 3.2.1 Importância da atividade na economia nacional __________________________ 43 3.2.2 Principais indicadores setoriais _______________________________________ 43 3.2.3 Quantidade de empresas por região natural (Brasil) ______________________ 46 3.2.4 Perfil dos empresários do setor _______________________________________ 46 3.2.5 Mão de obra empregada na atividade _________________________________ 48 3.2.6 Investimentos realizados e previstos ___________________________________ 49 3.2.7 Principais polos produtores nacionais __________________________________ 50 3.2.8 Principais polos consumidores nacionais _______________________________ 50 3.2.9 Importação e exportação ____________________________________________ 51 3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE ______________________________ 54 3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense _______________________ 54 3.3.2 Principais indicadores setoriais _______________________________________ 55 3.3.3 Participação catarinense no mercado nacional ___________________________ 57 3.3.4 Perfil dos empresários do setor _______________________________________ 58
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.5 Mão de obra empregada na atividade _________________________________ 59 3.3.6 Investimentos realizados e previstos ___________________________________ 59 3.3.7 Principais polos produtores e consumidores catarinenses __________________ 60 3.3.8 Importação e exportação ____________________________________________ 60 4 POLOS SETORIAIS DO ESTUDO _______________________________________ 64 4.1 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DO SETOR DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE
COURO EM SANTA CATARINA ________________________________________ 64 4.1.1 Coordenadoria regional da Foz do Itajaí ________________________________ 65 4.1.2 Coordenadoria regional Sul __________________________________________ 65 4.2 APRESENTAÇÃO DOS POLOS DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO DE
SANTA CATARINA __________________________________________________ 66 4.2.1 Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas _________________________ 66 4.2.2 Polo Setorial de Calçados da Região Sul ________________________________ 67 4.3 NÚMERO DE EMPRESAS POR POLO ____________________________________ 67 4.4 EMPREGOS GERADOS POR POLO _____________________________________ 68 4.5 MÉDIA SALARIAL POR POLO _________________________________________ 69 4.6 COMPARATIVO DE VAF, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E
COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE _____________________________ 70 4.7 COMPARATIVO DE EXPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE
ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ________ 72 4.8 COMPARATIVO DE IMPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE
ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ________ 72 5 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE _________________________________________ 73 5.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL,
NACIONAL E ESTADUAL _____________________________________________ 73 5.2 OPORTUNIDADES DE MERCADO ______________________________________ 74 5.3 AMEAÇAS DE MERCADO ____________________________________________ 75 5.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR _______________________________ 75 REFERÊNCIAS _____________________________________________________________ 78 ANEXOS ________________________________________________________________ 81 ANEXO A - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL DO VALE DO ITAJAÍ E QUANTIDADE DE
EMPRESAS POR CIDADE _____________________________________________ 81 ANEXO B - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL SUL E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR
CIDADE __________________________________________________________ 82 ANEXO C - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA @SC _____________________ 83 CAPÍTULO II – VISÃO DOS ESPECIALISTAS ______________________________________ 87 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _____________________________________ 91 1.1 APRESENTAÇÃO ___________________________________________________ 91 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS ________________________________________ 91 2.1 TIPO DE PESQUISA _________________________________________________ 91 2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA __________________________ 92 2.3 COLETA DOS DADOS _______________________________________________ 93 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ___________________________________________ 94 3 ANÁLISE DOS DADOS_______________________________________________ 94
7
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO EM SANTA CATARINA ________________________________________________________ 95
3.1.1 Perspectivas de crescimento _________________________________________ 95 3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR DE CALÇADOS E
ARTEFATOS DE COURO EM SANTA CATARINA ___________________________ 97 3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor __________________________ 97 3.2.2 Situação da concorrência do setor ____________________________________ 99 3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO DE
SANTA CATARINA _________________________________________________ 101 3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor de calçados e artefatos de couro ____ 101 3.3.2 Expectativas de mercados consumidores potenciais para o setor de calçados
e artefatos de couro _______________________________________________ 103 3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de calçados e artefatos de couro ____ 105 3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE CALÇADOS E
ARTEFATOS DE COURO DE SANTA CATARINA ___________________________ 107 3.4.1 Infraestrutura logística do setor de calçados e artefatos de couro___________ 107 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ___________________________________________ 109 ANEXOS _______________________________________________________________ 113 ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO _______________ 113 CAPÍTULO III – VISÃO DO EMPRESÁRIO _______________________________________ 117 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ____________________________________ 121 1.1 APRESENTAÇÃO __________________________________________________ 121 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _____________________________________________ 122 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _______________________________________ 123 2.1 TIPO DE PESQUISA ________________________________________________ 123 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ___________________________________________ 123 2.3 COLETA DOS DADOS ______________________________________________ 124 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA __________________________________________ 124 3 ANÁLISE DOS DADOS______________________________________________ 125 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS _______ 125 3.1.1 Descrição da atividade econômica ___________________________________ 126 3.1.2 Região, município e polo das empresas________________________________ 128 3.1.3 Início das atividades das empresas ___________________________________ 130 3.1.4 Número de colaboradores das empresas ______________________________ 133 3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas ____________________ 135 3.1.6 Gênero dos entrevistados __________________________________________ 137 3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados _______________________________ 138 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS
ATENDIDAS ______________________________________________________ 140 3.2.1 Mercados consumidores atendidos ___________________________________ 140 3.2.2 Gênero dos clientes _______________________________________________ 142 3.2.3 Faixa etária dos respondentes _______________________________________ 143 3.2.4 Classe social dos respondentes ______________________________________ 145 3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais __________________________ 146 3.2.6 Fatores que influenciam as vendas ___________________________________ 148
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.2.7 Influência sazonal de consumo ______________________________________ 149 3.2.8 Meses de variação sazonal _________________________________________ 152 3.2.9 Prospecção de clientes finais ________________________________________ 155 3.2.10 Pesquisas de satisfação com clientes finais _____________________________ 156 3.2.11 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais ______________________ 157 3.2.12 Grau de satisfação dos clientes finais _________________________________ 158 3.2.13 Frequência da pesquisa de satisfação _________________________________ 160 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE
PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE _______________________________ 161 3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes ________________________________ 161 3.3.2 Região de origem dos clientes finais __________________________________ 163 3.3.3 Região de origem dos fornecedores __________________________________ 166 3.3.4 Região de origem dos concorrentes __________________________________ 169 3.3.5 Nível de concorrência do mercado ___________________________________ 172 3.3.6 Percepção sobre o mercado ________________________________________ 174 3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio ___________ 175 3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa _________ 177 3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa ____________ 179 3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa __________________________ 181 3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa ____ 183 3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidos na empresa___________________________ 185 3.3.13 Impacto das inovações na empresa ___________________________________ 186 3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente ___________________ 188 3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa _________________________ 190 3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados ______ 191 3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa ______________________ 193 3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa _________________________________ 195 3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS _____________ 196 3.4.1 Modelos logísticos ________________________________________________ 197 3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas ______________________ 199 3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais _________________________________ 201 3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores _______________ 203 3.4.5 Movimentação da produção na empresa ______________________________ 205 3.4.6 Canais de fornecedores da empresa __________________________________ 207 3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa _______________________ 208 3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa ______________________________ 210 3.4.9 Quantidade de clientes na empresa __________________________________ 213 3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa __________ 215 3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa ___ 217 3.4.12 Gestão de estoque na empresa ______________________________________ 218 3.4.13 Software de logística ______________________________________________ 219 3.4.14 Cadeia logística da empresa ________________________________________ 221 3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa ___________ 223 3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos ____________________ 225 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ___________________________________________ 226 4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS ___________________________________________ 227
9
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
4.1.1 Perfil das empresas _______________________________________________ 227 4.1.2 Percepção do mercado atual – demandas atendidas _____________________ 228 4.1.3 Percepção do mercado atual – cadeia de players e conjuntura da atividade ___ 229 4.1.4 Análise das características de logística das empresas _____________________ 231 ANEXOS _______________________________________________________________ 233 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 233 CAPÍTULO IV – PANORAMA DE NOVOS MERCADOS _____________________________ 243 1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 249 1.1 APRESENTAÇÃO __________________________________________________ 249 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _____________________________________________ 250 1.3 ASPECTOS METODOLÓGICOS _______________________________________ 250 1.3.1 Tipo de pesquisa _________________________________________________ 250 1.3.2 Critérios de análise ________________________________________________ 251 2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA _________________________________________ 252 3 PANORAMA NACIONAL____________________________________________ 252 4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL ________________________________ 253 4.1 REGIÃO NORDESTE________________________________________________ 256 5 PANORAMA DOS ESTADOS _________________________________________ 257 5.1 ESTADO DE SANTA CATARINA _______________________________________ 258 5.2 ESTADO DE SÃO PAULO ____________________________________________ 261 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ___________________________________________ 264 REFERÊNCIAS ____________________________________________________________ 266 CAPÍTULO V – PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS _____________________________ 267 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ____________________________________ 271 1.1 APRESENTAÇÃO __________________________________________________ 271 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _____________________________________________ 272 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _______________________________________ 272 2.1 TIPO DE PESQUISA ________________________________________________ 272 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ___________________________________________ 273 2.3 COLETA DOS DADOS ______________________________________________ 274 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA __________________________________________ 274 3 ANÁLISE DOS DADOS______________________________________________ 274 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS _______ 275 3.1.1 Região e município das empresas ____________________________________ 276 3.1.2 Descrição da atividade econômica ___________________________________ 278 3.1.3 Início das atividades das empresas ___________________________________ 279 3.1.4 Número de colaboradores das empresas ______________________________ 282 3.1.5 Porte e classificação das empresas ___________________________________ 285 3.1.6 Gênero dos entrevistados __________________________________________ 287 3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados _______________________________ 288 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS __ 291 3.2.1 Mercados atendidos ______________________________________________ 291 3.2.2 Canais de vendas _________________________________________________ 293
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.2.3 Origem dos principais clientes _______________________________________ 295 3.2.4 Produtos adquiridos do setor de calçados e artefatos de couro_____________ 297 3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de calçados e artefatos de
couro __________________________________________________________ 299 3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de calçados e
artefatos de couro ________________________________________________ 301 3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro ___ 303 3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia
de calçados e artefatos de couro _____________________________________ 306 3.2.9 Aspectos da cadeia de calçados e artefatos de couro que necessitam de
melhoramentos __________________________________________________ 308 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA
AMOSTRA _______________________________________________________ 310 3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas _____________ 310 3.3.2 Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas ____ 312 3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro ________ 315 3.3.4 Investimentos em produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de couro
no ano de 2012 __________________________________________________ 317 3.3.5 Contato com fornecedores de Santa Catarina___________________________ 320 3.3.6 Aquisição de produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro
com fornecedores catarinenses ______________________________________ 322 3.3.7 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da
indústria de calçados e artefatos de couro _____________________________ 324 3.3.8 Tipos de fornecedores demandados __________________________________ 326 3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM
FORNECEDORES DA INDÚSTRIA CALÇADISTA E ARTEFATOS DE COURO _______ 328 3.4.1 Estrato da demanda potencial por grupo e atividade econômica ___________ 329 3.4.2 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços ______ 332 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ___________________________________________ 336 4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS ___________________________________________ 336 4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas _________________________ 336 4.1.3 Características da demanda _________________________________________ 339 ANEXOS _______________________________________________________________ 341 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 341
9
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
INTRODUÇÃO
I. APRESENTANDO O ESTUDO SETORIAL
Este documento é fruto da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento
Econômico Sustentável de Santa Catarina e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas de Santa Catarina – Sebrae/SC, para a realização de uma robusta análise
econômica intitulada “Estudo Setorial de Calçados de Santa Catarina”. O trabalho faz
parte da análise de doze setores econômicos no contexto Catarinense, os quais se
dividem em quarenta e sete polos industriais, que subsidia informações para o
Programa Nova Economia@SC.
II. PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC
O Programa Nova Economia@SC é uma parceria do Serviço de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas de Santa Catarina – Sebrae/SC, com o Governo do Estado de Santa
Catarina, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável – SDS, que visa aumentar a competitividade da economia e dos polos
industriais catarinenses.
Além do Projeto Polos Industriais, o programa Nova Economia@SC conta com
outros projetos: Juro Zero, Polos de Economia Verde e Desenvolvimento Territorial.
O Projeto de Fortalecimento de Polos Industriais tem como objetivo promover
a inovação das micro e pequenas empresas, agrupadas em 47 polos setoriais regionais
de setores industriais estratégicos do estado de Santa Catarina, objetivando ganhos de
qualidade e produtividade e a inserção dessas empresas em novos mercados.
O Setor de calçados é um dos polos industriais selecionados do Programa Nova
Economia@SC, conforme discriminado na Tabela 1.
10
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Tabela 1 - Lista de setores estudados e quantitativo de polos por setor
Setores estudados Número de polos por setor
Alimentos e Bebidas 4
Confecção de Vestuário e Acessórios 11
Calçados e Artefatos de Couro 2
Produtos de Madeira 3
Produtos de Borracha e de Plástico 2
Construção Civil 3
Eletrometalmecânico 9
Móveis 6
Tecnologia da Informação e Comunicação 4
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica 1
Náutico 1
Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria 1
Total 47 Fonte: Elaborado pela empresa Ágape Consultoria Ltda.
III. O SETOR ECONÔMICO DE CALÇADOS DE SANTA CATARINA
O referido estudo buscou reunir informações de mercado sobre o cenário
econômico recente e atual das empresas catarinenses com atividades na cadeia
produtiva de calçados em dois polos industriais definidos neste estado, descritos a
seguir, no Capítulo 1. O período para sua completa realização, iniciada em outubro do
ano de 2012, teve a duração de 18 meses.
A análise de um setor econômico representa a iniciativa e o esforço em buscar
informações que representem e expliquem um determinado contexto econômico em
uma região, zona, distrito, atividade ou campo de ação. Para efeitos do presente
estudo, as atividades do setor em pauta são descritas em âmbito regional, estadual e
nacional, envolvendo o esforço de pesquisa de cinco levantamentos complementares,
descritos como capítulos ou etapas deste Estudo Setorial e correspondem aos
seguintes títulos:
I. Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina II. Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa
Catarina III. Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa
Catarina IV. Panorama de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro
de Santa Catarina
11
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
V. Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O primeiro capítulo – Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de
Santa Catarina contempla um estudo exploratório de dados secundários, extraídos de
fontes de informação oficiais brasileiras, tais como da RAIS, IBGE e AliceWeb. Trata-se
da coleta e organização de informações, opiniões publicadas de instituições de classe e
outros estudos setoriais para fins comparativo e descritivo do cenário do setor de
calçados em Santa Catarina.
O segundo capítulo – Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos
de Couro de Santa Catarina vai além, complementando o primeiro com um
levantamento qualitativo com a realização de 11 entrevistas em profundidade,
observando a opinião dos representantes das entidades de classe e empresários deste
setor no estado de Santa Catarina. A ideia é que a opinião de onze especialistas
descreva a atual conjuntura do setor, apontando os desafios, problemas enfrentados
pelo empresariado, oportunidades e capacidades da cadeia de mercado.
Uma vez que a etapa anterior buscou profundidade de informações pela
discussão de conteúdo qualitativo, o Capítulo III – Visão do Empresário do Setor de
Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina – caracteriza o mercado catarinense
de empresas da cadeia produtiva do setor calçadista e de artefatos de couro em um
levantamento quantitativo descritivo, observando a opinião de 92 gestores de
empresas espalhados pelos dois polos deste estado. Nessa etapa são tratadas
informações de perfil socioeconômico destas empresas, a percepção do mercado e
aspectos logísticos concernentes a cada natureza produtiva da amostra.
Os Capítulos IV - Panorama de Novos Mercados para o Setor de Calçados e
Artefatos de Couro de Santa Catarina e V - Prospecção de Novos Mercados para Setor
de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina respectivamente, somam forças
para explicar os mercados potenciais de entrada para empresas catarinenses do setor
de calçados e artefatos de couro. Estes possíveis novos mercados são apontados pelos
entrevistados nos capítulos II e III e observados em um estudo exploratório de dados
secundários para quantificação de indicadores econômicos de crescimento (capítulo
IV), seguido por um levantamento quantitativo descritivo com empresas destes
12
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
mercados potenciais (Capítulo V). Nesta última parte, a pesquisa prioriza a descrição
de três mercados, a Região Nordeste, o catarinense e o paulista, os quais somam 400
entrevistas. Esta última etapa limita-se a analisar estes três mercados geográficos, por
entender, no decorrer do estudo, como os mais promissores e viáveis para fomento,
sem descartar quaisquer outras possibilidades em âmbito nacional.
13
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
RESUMO EXECUTIVO
O Estudo do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina busca a
compreensão do contexto econômico do setor por meio de cinco levantamentos
complementares. Apresenta-se a seguir, a síntese das principais conclusões acerca dos
resultados encontrados.
I. PANORAMA DO SETOR Pouco antes da metade do século XX, grandes mudanças começam a acontecer
na indústria calçadista, como a substituição do couro pela borracha e a agregação de
outros materiais sintéticos. Desde então a indústria de calçados e artefatos de couro
não parou de evoluir, alcançando uma produção mundial de mais de 20 bilhões de
pares de sapato em 2010, segundo informações publicadas pela Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial – ABDI, em 2012 durante a realização da COUROMODAS
naquele ano.
O Brasil é um país com forte presença neste segmento manufatureiro no
mercado mundial, sendo o terceiro colocado em manufatura calçadista e o quinto
consumidor neste mercado, conforme informações da ABICALÇADOS. Internamente o
setor de calçados movimentou mais de R$ 50 bilhões de Receita Líquida de Vendas
(RLV) de atividades industriais em 2010, representando 2,92% do total nacional. No
ano de 2011 o número de empresas no segmento era de 26.220, segundo o MTE, que
geravam mais de 408 mil empregos diretos. As indústrias calçadistas encontram-se
distribuídas por todo o país, sendo que as regiões sudeste (44,11%) e sul (41,87%)
concentram o maior número de empresas. Em se tratando de Polos Produtores, tem-
se a Região Sudeste com o maior número de polos, seguida da Região Sul, Nordeste,
Centro Oeste e Norte.
No estado de Santa Catarina este setor tem sua produção distribuída em dois
principais Polos, sendo um pertencente à Região do Vale do Rio Tijucas, cujo destaque
é a cidade de São João Batista. O outro Polo é na região Sul do estado, tendo como
cidades membro deste polo Sombrio, Araranguá e Criciúma, além das cidades de
Imbituba e Turvo que se destacam pelo número de mão de obra empregada,
14
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
sugerindo que nestas cidades estão as plantas industriais maiores. Um fato inconteste
é a forte presença das micro e pequenas empresas no setor de confecção em Santa
Catarina.
Este setor industrial confere importância à Santa Catarina no cenário nacional,
conforme alguns indicadores, como o Valor Bruto de Produção, respondemos por
2,45% do montante nacional em 2010 segundo o IBGE, e 2,43% da Receita Líquida de
Venda (RLV) em 2011. Sobre o movimento financeiro do setor em nosso estado,
constatou-se um crescimento de 29,91% da Receita Líquida de Vendas no ano de 2010
em relação a 2009. Enquanto o Brasil registrou um decréscimo na exportação em
dólares do setor, no mesmo triênio (2010-2012) Santa Catarina registrou um aumento
significativo na ordem de 64,77%, com um valor total de mais de US$ 93 milhões em
2012.
Em se tratando de números, este setor em nosso estado possui 968 empresas,
que geram mais de 10 mil dos empregos diretos no ano de 2011. Neste indicador
dentre os polos o que mais tem empresas é a Região do Vale do Rio Tijucas, que se
sobressai também no cenário de Santa Catarina. Com relação ao número de empregos
a posição do polo destaque se repete em ambos os indicadores (empresas e
empregos). No ano de 2011, o estado de Santa Catarina arrecadou um Valor
Adicionado Fiscal (VAF)1 de mais de R$ 116 bilhões, sendo que este setor no mesmo
ano resultou num VAF de mais de R$ 260 milhões, o equivalente a 0,23% da
participação neste quesito. Na comparação por Polos, o Polo de Calçados do Sul
contribuiu com 7,03%, enquanto o Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
com 92,97% do VAF naquele ano.
Com relação ao comércio internacional no estado, temos uma exportação do
setor de mais de 93 milhões de dólares, e uma importação de mais de 159,5 milhões
de dólares. Neste prospecto o Polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, no ano de 2011,
respondeu por 0,5% das exportações de pares de calçados brasileiros, o equivalente a
1 Valor Adicionado Fiscal é um indicador econômico-contábil utilizado pelo Estado para calcular o índice de
participação de uma região no repasse de receita do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte e de Comunicação para um determinado ano civil.
15
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
500 mil pares, e por 0,6% de todo o valor em dólares exportado pelo Brasil, o que
representou US$ 8,3 milhões.
Sobre as tendências deste setor, constata-se crescimento e competição
internacional, em especial para as empresas que têm maior competitividade em
termos de preço e qualidade. Neste prospecto a indústria calçadista brasileira
precisará inovar, reduzir custos, e aumentar sua produtividade. Com este intento em
mente, na FIMEC de 2012, por exemplo, foi apresentada uma nova forma de
produção, onde mais de um modelo de calçados poderá ser produzido no mesmo
trilho, reduzindo assim custos de produção. Outra novidade neste evento foi
anunciada, a criação do Sistema de Otimização da Logística, que prioritariamente
ampliará o acesso aos fornecedores, por parte das micro e pequenas empresas
atuantes nesta cadeia produtiva.
Outra tendência, a brasilidade que tem se mostrado um fator diferenciador na
concorrência internacional. Além deste, o uso do couro ecológico, cadarços feitos da
reciclagem do pet, produção mais limpa, atividades sustentáveis, tudo isso aponta para
a responsabilidade sócio ambiental, e a necessidade de promover uma produção com
menos geração de resíduos e/ou mais aproveitamento dos mesmos.
Para o setor em nível nacional, as condições econômicas internas apontam para
boas oportunidades e novos mercados, por conta da elevação da renda das classes
menos abastadas e o aumento da presença da mulher no mercado de trabalho. Mas
algumas condições adversas podem retardar o aproveitamento destas oportunidades,
principalmente o ingresso crescente de produtos importados (especialmente os
chineses). Ademais o efeito nocivo da elevada carga tributária e o modal de
transporte, cujo elevado custo impacta nos preços, também são percalços a serem
vencidos pelo empresariado catarinense e brasileiro. Outrossim, a exportação para
países dos Emirados Árabes e para a Rússia, segundo estudos da Apex-Brasil.
II. VISÃO DOS ESPECIALISTAS A análise qualitativa por entrevista em profundidade, aplicada com
especialistas egressos de diversas empresas do setor de Calçados e Artefatos de Couro
e de entidades de classe do estado de Santa Catarina revela que o mercado de atuação
16
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
dos especialistas é amplo e devido a este fator, a percepção dos respondentes não é
unânime quanto à evolução do mercado do setor.
Grande maioria dos entrevistados pontua o declínio no mercado do setor no
âmbito estadual, sendo fato gerador para este quadro a retração do consumo interno
associado à elevação do número de inadimplentes no país. Destaca-se a guinada do
setor calçadista – outrora exportador – para o mercado interno como fator de
decréscimo do mercado externo, para o empresariado catarinense. Por outro lado, os
especialistas observam a expansão do setor, apesar do ingresso de produtos asiáticos,
baseada num equilíbrio entre a oferta e a demanda, o que permite a expansão dos
negócios.
A escassez de mão de obra qualificada do profissional disponível no mercado é
apontada para a totalidade dos especialistas da amostra, no que concerne a
dificuldades enfrentadas. Além disso, a legislação tributária é caracterizada como
onerosa ao empresariado, indo na contramão da demanda do setor produtivo da
indústria calçadista no estado.
A dificuldade da modernização segundo os especialistas é percebida como
outro impeditivo ao desenvolvimento qualitativo do setor no âmbito estadual, visto a
caracterização regional ser composta principalmente por pequenas empresas, que
apresentam maior dificuldade para o investimento na ampliação da infraestrutura e no
acesso ao crédito.
A dificuldade de exportar o produto local é citada através da intersecção entre
a volatilidade cambial com a elevada competição com produtos estrangeiros no
mercado, principalmente chineses. A partir desta análise, é observável que o produto
local limita-se ao mercado nacional e segundo o relato de um especialista, a ausência
de um trabalho focado no marketing do produto catarinense, associado à
competitividade e a capacidade de disputar o mercado brasileiro com marcas mais
renomadas, incorre em perda de espaço de venda do produto catarinense no âmbito
nacional.
No que concerne à existência da concorrência dentro do setor, todos os
entrevistados da pesquisa destacam a incidência desta ao empresariado catarinense.
Geograficamente, citam concorrentes no âmbito interno, sobressaindo a Região de
17
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Franca em São Paulo e o estado do Rio Grande do Sul como principais polos de
competição para o produtor catarinense. A entrada de empresas estrangeiras ao
mercado interno brasileiro e a deslealdade da concorrência asiática são percebidos
como percalço à expansão do setor.
Há ainda os que acreditam nos benefícios provenientes da concorrência, visto
que esta suscita a necessidade da adequação da produção local à demanda
consumidora. Ainda neste quesito, um inquirido destaca a existência da relação
saudável entre o empresariado local, todavia devido ao produto em questão ser um
produto da moda, e todos os empresários buscarem a máxima eficiência e o maior
lucro, torna-se complexo existir uma relação de troca mais aprofundada entre os
competidores.
Novos mercados para o setor, segundo os especialistas, associam-se com a
vasta gama de atuação deste no âmbito nacional. A agregação de valor ao produto
também é observada, além da interiorização do setor, buscando outros mercados
dentro do próprio estado de Santa Catarina. A expansão para outras regiões do país é,
sendo que as Regiões Norte e Nordeste obtiveram diversas citações, pois estas regiões
possuem elevadas temperaturas durante o ano inteiro. Para atingir esta demanda é
citada a necessidade de adequar a produção local a estes nichos, visto que a produção
de calçados para o calor tem maior produtividade o que exige maquinário menos
especializado.
Em se tratando de oportunidades para o setor calçadista catarinense, o grupo
aponta a necessidade de o empresariado adequar-se às mudanças do setor, visto as
transformações do mundo da moda e neste aspecto, o destaque é que a
responsabilidade do empreendedor é posicionar-se frente à busca por melhorias na
produção, através da inovação, conforto e com preços acessíveis.
A elevação do poder de compra da classe média na última década é vista como
oportunidade de acesso a um amplo mercado consumidor, todavia cabe ao produtor
adaptar o seu produto frente aos anseios e desejos deste público, ávido por qualidade
associada a preços compatíveis com a sua realidade financeira.
A conjuntura do setor relata a existência de expectativas e de frustrações para
o empresariado. Os especialistas observam a necessidade do fortalecimento das
18
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
marcas regionais atrelado ao fomento perante o associativismo local como demandas
do empresariado para o crescimento do setor no mercado estadual. Por outro lado, há
a necessidade de mudanças drásticas no setor para dar maior dinamicidade do
empreendedor local. Esta dinamicidade associa-se à adequação ao fast fashion, aquela
moda que nasce e perece de forma veloz.
A preferência do poder público por outros setores, a extensiva concorrência
presente no setor são pontos de frustração. A intersecção destes fatores infere o
desânimo a este grupo de especialistas frente às previsões futuras para o setor.
Quanto à infraestrutura logística em suas regiões de operação, é verificável a
existência da necessidade da adequação desta em relação à demanda produtora do
setor, conforme maioria dos especialistas. O alto custo da logística e a dificuldade do
escoamento da produção local são abordados. Para findar estes percalços, citam a
urgência do investimento na ampliação da malha rodoviária nacional, bem como a
ampliação do uso de outros modais à cadeia logística brasileira, principalmente os
modais ferroviário e hidroviário. A qualificação da cadeia logística nacional e a
privatização da infraestrutura de transportes surgem como outras sugestões para
melhorar a cadeia logística do setor.
III. VISÃO DO EMPRESÁRIO
A pesquisa de levantamento com os empresários e gestores do setor de
Calçados e Artefatos de Couro em Santa Catarina apresenta a opinião destes acerca do
seu mercado, sua empresa e aspectos logísticos. O presente estudo revela em primeira
instância que empresas do Polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas atuam
principalmente na fabricação de partes para calçados, enquanto no Polo de Calçados
da Região Sul a atividade de maior relevância é a fabricação de calçados de couro.
Neste setor, é verificável a consolidação das empresas, com idade média de 13
anos de atividade no mercado. No quesito porte das empresas, é observável que no
polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas a predominância é de Microempresas,
enquanto no polo de Calçados da Região Sul a concentração de Microempresas e de
Empresas de Pequeno Porte possuem o mesmo percentual participativo. Seus gestores
19
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
são predominantemente homens, e o ensino superior completo é o nível de
escolaridade dominante.
Na amostra estudada, o atendimento às empresas é mais significativo que o
atendimento ao consumidor final pessoa física. A faixa etária do público é
majoritariamente formada por adultos, seguido pelo público jovem, sendo que o
destaque no atendimento quanto à classe social ocorre nas classes B e C, segundo a
amostragem, para aqueles que atendem ao consumidor final. Nos polos do estudo, a
qualidade do produto/serviço é a principal razão para a compra dos clientes, seguida
pelo preço. Outrossim, segundo mais de 3/5 da amostra, a ação do promotor/vendedor
é a que mais influencia no momento da compra.
A sazonalidade afeta este setor diretamente no faturamento e no volume de
vendas, sendo que para mais de ¼ dos entrevistados esta influência é positiva, ou seja,
promove elevação das vendas, frente a 31,5% dos inquiridos que indicam a influência
sazonal de forma negativa.
Nos Polos estudados foi constatado considerável número de empresas que
agem na busca ativa de clientes, ou seja, executa a prospecção direta, fato revelado
em destaque no Polo de Calçados do da Região Sul.
Fato relevante apontado pelo estudo é que 91,3% dos entrevistados não
realizam pesquisa de satisfação, e dentre aqueles que realizam este procedimento de
análise, oito entrevistados utilizam a equipe interna para tal finalidade, para este fim.
Embora exista este elevado índice de não utilização formatada de pesquisa de
satisfação, os entrevistados informam significativo nível de satisfação com seus
produtos e serviços, informação fruto da percepção dos respondentes.
O varejo é o canal de venda preferencial das empresas, em especial no Polo do
Vale do Rio Tijucas, o que não se repete para os respondentes do Polo de Calçados da
Região Sul, cuja preferência recai no atacadista/distribuidor. É fatídico que os clientes
dos entrevistados, em ambos os Polos, encontram-se fora dos limites do bairro de
instalação das empresas, espraiando-se além-fronteiras municipais.
No tocante ao abastecimento das empresas estudadas, constata-se que a
dependência de fornecedores locais é maior no Polo do Vale do Rio Tijucas,
contraponto ao Polo de Calçados do Sul, cuja fonte de fornecimento concentra-se em
20
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
outros estados do sul do país. Sobre a concorrência constata-se que a mesma situação
se repete, em ambos os Polos, ou seja, localmente nas empresas do Vale do Rio
Tijucas, e externamente aos limites municipais no Polo da Região Sul.
Acerca da percepção atual do mercado, quase metade dos entrevistados
destacam o crescimento deste, enquanto 37% dos inquiridos apontam a estabilidade
do mesmo. A percepção do mercado corrobora o sentimento em relação ao
desempenho de suas próprias empresas no momento atual, ou seja, o índice de 57,6%
dos entrevistados pontua o sentimento de crescimento das vendas, nos dois Polos.
Inquiridos sobre uma possível taxa de crescimento, foi apontada uma média de 16%
em relação ao ano anterior.
A profissionalização de toda a empresa é a prática mais comum dentre o grupo
de entrevistados que pontuam o crescimento nas atividades das suas empresas,
seguido por melhoramentos no processo interno e pelo investimento em tecnologias.
Todavia, para aqueles que pontuam a estabilidade ou declínio das atividades do setor,
a concorrência acirrada é citada como fator preponderante para esta situação.
No tocante a inovações realizadas dentro da empresa, praticamente 4/5 dos
entrevistados não realizam estas ações. Entretanto no grupo restante, aqueles que
realizam estas ações, 18,5% destes apontam impactos positivos sobre seus negócios
por conta destas ações.
Referente à procura por novos mercados é observável que esta busca não é
comum aos entrevistados, ou seja, elevado número de entrevistados não atua com
propósito específico de acessar novos mercados. Todavia, para aqueles que a realizam,
vender pela internet ou atuar em nova cidade do estado são os maiores destaques da
pesquisa, com mais relevância no Polo de Calçados da região Sul. Resultados obtidos
com estas ações, incremento nas vendas em até 10% em relação ao ano anterior,
alcança o maior índice de respondentes.
Referindo-se a expectativas para o próximo ano, a ampliação de vendas neste
período é destacada por mais da metade dos entrevistados, seguido por 21,7% dos
entrevistados que expectam crescimento superior aos dez pontos percentuais para o
próximo ano, inferindo otimismo ao empresariado entrevistado na pesquisa.
21
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O estudo revela que o modelo logístico de compra insumos - produz produto
acabado - vende para empresas, predomina na amostra total. Este modelo conduz a
outra realidade, qual seja, a natureza da compra, que se mostra como sendo a mais
usual dentre os entrevistados. A relação com fornecedores para ¾ dos entrevistados
transcorre sem dificuldades, especialmente para as empresas do Polo de Calçados do
Vale do Rio Tijucas. Já metade dos respondentes do Polo de Calçados da região Sul
relata a falta de fornecedores locais.
Comprar de fornecedores diretamente do fabricante é a prática mais usual,
segundo a maioria dos pesquisados, em ambos os polos esta preferência se consolida.
A intermediação da compra ocorre preferencialmente por contato pessoal com o
vendedor. As empresas do estudo operam com 21 fornecedores em média, e vendem
para 296 clientes em média. A movimentação da compra é predominantemente feita
por veículo pesado, contrapondo à movimentação da venda que é feita por veículo
leve. A gestão do estoque ocorre na maioria das empresas, sendo que deste conjunto,
quase 1/3 o fazem com auxílio de software.
Os principais gargalos ou problemas da atual cadeia logística dos entrevistados
são a falta de mão obra qualificada e o não cumprimento de prazo de entrega.
Objetivando reduzir o impacto destes problemas, as empresas entrevistadas apontam
a melhoria na estrutura operacional da empresa e o investimento em qualificação dos
funcionários. Ainda com este propósito, os respondentes relatam a necessidade de
investir em áreas da empresa, como por exemplo, nos setores da produção (57,6%), de
marketing (37%) e financeiro (34,8%).
IV. PANORAMA DE NOVOS MERCADOS A análise exploratória de mercados potenciais buscou em dados econômicos
governamentais demonstrar o grau de importância do comércio varejista de artigos do
vestuário e acessórios, do comércio varejista de calçados e artigos de viagem e do
comércio atacadista de calçados e artigos de viagem. Geograficamente, o estudo tem
base de análise nas Regiões Nordeste e os estados de Santa Catarina e de São Paulo.
A priori, o desempenho econômico destes segmentos foi medido segundo os
critérios da evolução dos indicadores de Receita Líquida de Vendas da Indústria,
22
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Receita Bruta de Revenda do Comércio e o Número de Empresas. A relevância deste
levantamento é subsidiar informações com significância para descrever de forma
preliminar o comportamento da demanda dos referidos mercados, descritas como
promissores a serem novos mercados consumidores para a indústria de Calçados e
Artefatos de Couro de Santa Catarina. Estes mercados – ou potenciais novos mercados
– foram indicados nos levantamentos primários de dados deste Estudo Setorial,
considerando aquilo que afirmam os empresários, formadores de opinião ou
especialistas entrevistados.
A Região Nordeste é responsável por 15% da distribuição da Receita Bruta de
Revenda de Mercadorias do país e por 18% do número de empresas deste setor no
âmbito nacional. No que tange a distribuição de empresas por tipo de comércio, no
atacado geral, o índice de empresas oriundas da Região Nordeste no presente estudo é
de 14%, frente a 18% do total das empresas do varejo do setor. A evolução histórica de
Receita Bruta de Revenda de Mercadorias na região Nordeste ascendeu neste período,
com crescimento total superior a oitenta pontos percentuais, quando comparados os
dados de 2011 com os dados de 2007. Os três tipos de comércio indicados nesta
pesquisa apresentam evolução no histórico de crescimento do número de empresas
nesta esfera do estudo, destaque para a expansão de 15,17% no comércio varejista de
confecções no (quinquênio), com uma taxa média anual de crescimento de 8,28%.
Santa Catarina, no que cerne a distribuição da Receita Bruta de Revenda de
Mercadorias, tem 93% deste incidente para o segmento do atacado em geral,
enquanto os 7% restantes ficam a cargo do varejo ligado à revenda de tecidos, artigos
de armarinho, vestuário e calçados. A evolução histórica da Receita Bruta de Revenda
de Mercadorias no estado tem maior destaque para a expansão do setor de atacado
geral, com expansão de mais de oitenta e cinco pontos percentuais na arrecadação
deste setor no período analisado (2007/2011), com uma taxa média anual de
crescimento de 33,95%. No tocante ao número de empresas dentre os três setores
indicados no estudo, o destaque é favorável ao comércio varejista de calçados, com
evolução de pouco mais de 5% no número de empresas no período entre 2008 e 2012,
com a criação de 114 novas empresas do referido setor.
23
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O estado de São Paulo, por sua vez, no tocante à distribuição da Receita Bruta
de Revenda de Mercadorias, tem 91% deste incidente para o segmento do atacado
geral, enquanto os 9% restantes ficam a cargo do varejo ligado à revenda de tecidos,
artigos de armarinho, vestuário e calçados. A evolução histórica da Receita Bruta de
Revenda de Mercadorias no estado tem maior destaque para a expansão do varejo
ligado à revenda de tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados, com elevação
de mais de 100,00% na arrecadação deste tipo de comércio no período pesquisado,
entre 2007 e 2011. Saliente-se ainda que para este comércio, a taxa média anual de
crescimento foi de 20,29%. No tocante ao número de empresas dentre os três setores
indicados no estudo, o destaque é favorável ao comércio atacadista de calçados, com
evolução próxima de 24% no número de empresas no período entre 2008 e 2012. Em
termos de aumento no número de empresas, a criação de 261 empresas ligadas ao
comércio varejista de calçados é destaque. Isto porque os demais tipos de comércio
apresentam redução no número de empresas, quando se compara o ano de 2012 com
2011, ressalta-se o elevado quantitativo de 847 empresas que deixaram de operar no
comércio varejista de confecções.
A indústria da moda traz o uso de novos materiais e de novos conceitos à
indústria calçadista, bem como infere a manutenção da demanda por calçados, visto a
associação destes aos novos estilos lançados pela indústria da confecção. A análise dos
segmentos destacados no estudo aponta o crescimento do comércio relacionado à
receita das empresas do setor de Calçados e Artefatos de Couro. Embora existam
diferenças entre as taxas, o crescimento é registrado nas três esferas da pesquisa,
tanto no número de empresas presentes no setor quanto na evolução histórica da
Receita Bruta de Revenda de Mercadorias.
A partir da análise dos dados preliminares apresentados no estudo do
Panorama de Novos Mercados, é possível inferir que o cenário econômico destas
regiões observa a possibilidade de uma elevação da demanda por produtos da cadeia
produtiva do setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina. Tanto na
Região Nordeste, quanto nos estados de São Paulo e inclusive em Santa Catarina, é
verificável a necessidade que o empreendedor tem de conhecer as características da
24
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
demanda de cada mercado, com vias de encontrar condições para escoar sua
produção, diversificar riscos e adentrar em novos mercados.
V. PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS
O último levantamento do estudo setorial apresenta as opiniões dos
empresários dos setores produtivos do comércio e da indústria, principalmente nas
atividades descritas na etapa anterior (IV), acerca das suas demandas e aptidões em
trabalhar com empresas do setor do plástico e borracha provenientes de Santa
Catarina.
Respondendo diretamente à questão macro, sobre o interesse das empresas
entrevistadas em trabalhar com fornecedores catarinenses deste setor, a resposta é
positiva para pouco mais de 70% da amostra, sobretudo para as empresas do próprio
estado de Santa Catarina, onde praticamente 80% das empresas afirmam o interesse
em trabalhar com fornecedores catarinenses. O segmento do varejo de calçados e
acessórios é a atividade econômica que possui maior concentração de interessados em
produtos deste setor com fornecedores catarinenses. A maior demanda da amostra é
por calçados em geral, com ênfase a esta necessidade tanto na segmentação
geográfica do estudo quanto na segmentação por atividade econômica desenvolvida
pelos entrevistados.
Sobre o mercado no estado de São Paulo, é possível afirmar que a aptidão por
produtos de fornecedores catarinenses é menor, caso comparada às empresas
catarinenses e nordestinas neste levantamento, visto que 60,9% dos entrevistados
deste estado afirmam que “Sim, com certeza” ou “É provável que sim” no que tange
ao interesse em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de calçados e
artefatos de couro. Por sua vez, a Região Nordeste tem 71,4% de seus integrantes
nestas faixas de resposta, ao passo que o grupo do próprio estado de Santa Catarina
tem 77% de seus inquiridos situados nas faixas “Sim, com certeza” ou “É provável que
sim”.
Quando inquiridos sobre o interesse por produtos da cadeia de calçados e
artefatos de couro, toda a amostra nas diversas esferas do estudo aponta, como
demanda potencial principalmente calçados em geral, secundariamente por
25
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
bolsas/acessórios/produtos esportivos e finalmente por confecções em geral. Ademais
os entrevistados revelaram alguns atributos que os fornecedores deveriam apresentar,
dentre estes a qualidade do produto vendido, preços competitivos, flexibilidade nas
negociações e atendimento às numerações especiais dos compradores.
26
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
27
Estudo Setorial Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
CAPÍTULO I – PANORAMA DO SETOR
28
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
29
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
LISTA DE SIGLAS
ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
ABICALÇADOS Associação Brasileira das Indústrias de Calçados
APICCAPS Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos
APL Arranjos Produtivos Locais
ASSINTECAL Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BRIC Brasil, Rússia, Índia e China
CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
CNAE Classificação Nacional de Atividade Econômica
CONCLA Comissão Nacional de Classificação
FGV Fundação Getúlio Vargas
FIEMG Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
FIMEC Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes
FINEP Financiadora de Estudos e Projetos
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
IEL Instituto Euvaldo Lodi
IEMI Instituto de Estudos e Marketing Industrial
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
MPE Micro e Pequena Empresa
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PIA Pesquisa Industrial Anual
PIB Produto Interno Bruto
Pnad Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PRODEC Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense
RAIS Relação Anual de Informações Sociais
RLV Receita Líquida de Vendas
RMBH Região Metropolitana de Belo Horizonte
SDS Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável
SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina
UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
UNISUL Universidade do Sul de Santa Catarina
UNOESC Universidade do Oeste de Santa Catarina
VAF Valor Adicionado Fiscal
VBP Valor Bruto de Produção
30
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
31
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ___________________________________ 33 1.1 APRESENTAÇÃO _________________________________________________ 33 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO ____________________________________________ 35 1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO _______________________________________ 35 1.3.1 Tipo de pesquisa ________________________________________________ 35 1.3.2 Critérios de análise _______________________________________________ 36 1.4 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE ___________________________________ 37 1.5 CONTEXTO ATUAL _______________________________________________ 38 2 DADOS MACROECONÔMICOS _____________________________________ 39 2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA _ 39 2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA _____ 40 3 PANORAMA DA ATIVIDADE CALÇADISTA E DE ARTEFATOS EM COURO ____ 42 3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE________________________________ 42 3.1.1 Considerações gerais _____________________________________________ 42 3.1.2 Produção e consumo mundial ______________________________________ 42 3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE ______________________________ 43 3.2.1 Importância da atividade na economia nacional ________________________ 43 3.2.2 Principais indicadores setoriais _____________________________________ 43 3.2.3 Quantidade de empresas por região natural (Brasil) ____________________ 46 3.2.4 Perfil dos empresários do setor _____________________________________ 46 3.2.5 Mão de obra empregada na atividade _______________________________ 48 3.2.6 Investimentos realizados e previstos _________________________________ 49 3.2.7 Principais polos produtores nacionais ________________________________ 50 3.2.8 Principais polos consumidores nacionais _____________________________ 50 3.2.9 Importação e exportação __________________________________________ 51 3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE ____________________________ 54 3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense _____________________ 54 3.3.2 Principais indicadores setoriais _____________________________________ 55 3.3.3 Participação catarinense no mercado nacional _________________________ 57 3.3.4 Perfil dos empresários do setor _____________________________________ 58 3.3.5 Mão de obra empregada na atividade _______________________________ 59 3.3.6 Investimentos realizados e previstos _________________________________ 59 3.3.7 Principais polos produtores e consumidores catarinenses ________________ 60 3.3.8 Importação e exportação __________________________________________ 60 4 POLOS SETORIAIS DO ESTUDO _____________________________________ 64 4.1 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DO SETOR DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE
COURO EM SANTA CATARINA ______________________________________ 64 4.1.1 Coordenadoria regional daFoz do Itajaí _______________________________ 65 4.1.2 Coordenadoria regional Sul ________________________________________ 65 4.2 APRESENTAÇÃO DOS POLOS DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO DE
SANTA CATARINA ________________________________________________ 66 4.2.1 Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas _______________________ 66 4.2.2 Polo Setorial de Calçados da Região Sul ______________________________ 67 4.3 NÚMERO DE EMPRESAS POR POLO __________________________________ 67
32
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
4.4 EMPREGOS GERADOS POR POLO ___________________________________ 68 4.5 MÉDIA SALARIAL POR POLO _______________________________________ 69 4.6 COMPARATIVO DE VAF, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E
COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ___________________________ 70 4.7 COMPARATIVO DE EXPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE
ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ______ 72 4.8 COMPARATIVO DE IMPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE
ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE ______ 72 5 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE _______________________________________ 73 5.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL,
NACIONAL E ESTADUAL ___________________________________________ 73 5.2 OPORTUNIDADES DE MERCADO ____________________________________ 74 5.3 AMEAÇAS DE MERCADO __________________________________________ 75 5.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR _____________________________ 75 REFERÊNCIAS ___________________________________________________________ 78 ANEXOS ______________________________________________________________ 81 ANEXO A -LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL DO VALE DO ITAJAÍ E QUANTIDADE DE
EMPRESAS POR CIDADE ___________________________________________ 81 ANEXO B - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL SUL E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR
CIDADE ________________________________________________________ 82 ANEXO C - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA @SC ___________________ 83
33
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1 APRESENTAÇÃO
As atividades econômicas têm convergido de forma não programada para
aglomerados produtivos, ou polos econômicos, em uma mesma região geográfica. Este
fenômeno pode ser observado em nível mundial e, a título deste estudo, em âmbito
regional no que concerne ao contexto catarinense e também brasileiro.
Polo econômico pode ser descrito como um conglomerado de empresas com
atividades afins, ou complementares, situadas em um ambiente de fácil intercâmbio2.
No caso de um polo Calçadista e de Artefatos de Couro, podemos defini-lo como uma
concentração de empresas e instituições de pesquisa que atuam desde o
processamento do couro cru (curtumes), passando pela confecção de assessórios em
couro (malas, cintos, bolsas, equipamentos de montaria etc.), calçados e partes de
calçados (solas, cadarços, palmilhas, ilhoses, gáspeas saltos etc.) até a distribuição e
formação de mão de obra especializada.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais (ver ANEXO C),
onde são observados em uma análise conjuntural de conglomerados para fins de
embasamento analítico de mercados, que subsidia informações para o Programa Nova
Economia@SC, descrito no item 1.2 deste relatório.
Especificamente para este estudo, são analisados diferentes dados
macroeconômicos com enfoque nas atividades do Setor de Calçados e Artefatos de
Couro catarinense e em seus dois polos de atuação.
A seguir, apresentam-se diferentes indicadores de mercado e análises de fontes
de dados confiáveis. Esses dados foram revisados e adaptados a este estudo
(mantendo a fidedignidade e origem intactas) para fazer-se a interpretação sob o
contexto de importância dos Polos Setoriais de Calçados e Artefatos de Couro
analisado nas diferentes esferas geográficas apresentadas.
2CARVALHO JR. L. C.; CAIRO, S. A.; SEABRA, F. Polos Industriais do Sul do Brasil: experiências de competitividades e
empreendedorismo. Florianópolis: FAPEU, 2007. 202 p.
34
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Os polos analisados neste relatório são:
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas;
Polo Setorial de Calçados da Região Sul.
A composição de atividades econômicas incluídas no molde analítico desta
pesquisa provém da Classificação Nacional de Atividade Econômica, ou simplesmente
CNAE, sendo este o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade
econômica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da
Administração Tributária do país, contribuindo para a melhoria da qualidade dos
sistemas de informação que dão suporte às decisões e ações do Estado.3 Tendo como
estrutura:
Seção (Formato “x”)
Divisão (Formato “xx”)
Grupo (Formato “xxx”)
Classe (Formato “xxx-x”)
Subclasse (Formato “xxx-xx”)
Como demonstrado, a estrutura CNAE segue a seguinte hierarquia de
classificação: Seção, Divisão, Grupo, Classe e Subclasse. Com mais detalhamento e
descrições de atividade econômica à medida que se subdivide em uma classificação
cada vez mais específica.
Trata-se de um detalhamento da CNAE, versão 2.0, aplicada a todos os agentes
econômicos que estão engajados na produção de bens e serviços, podendo
compreender estabelecimentos de empresas de natureza privada ou pública,
estabelecimentos agrícolas, instituições sem fins lucrativos e agentes autônomos
(pessoa física). A CNAE resulta de um trabalho conjunto das três esferas de governo,
elaborado sob a coordenação da Secretaria da Receita Federal e orientação técnica do
3CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas - Subclasses. Disponível em: <http://subcomissaocnae
.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1>. Acesso em: 26 jul. 2013.
35
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, com representantes da União, dos
Estados e dos Municípios.4
As CNAE analisadas neste relatório são as indicadas na Tabela 1.
Tabela 1 - Lista de CNAE do estudo setorial de Calçados e Artefatos de Couro1
Divisão CNAE Descrição
Divisão 15 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados
Grupo 151 Curtimento e outras preparações de couro
Grupo 152 Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro
Grupo 153 Fabricação de calçados
Grupo 154 Fabricação de partes para calçados, de qualquer material
Fonte: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA); IBGE. Programa Nova Economia Catarinense.
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO
Este estudo tem como objetivo identificar as características sobre o setor de
Calçados e Artefatos de Couro, com dados de abrangências diversas, de forma a
contextualizar os grupos de empresas que compõem a população deste conglomerado
industrial de Santa Catarina. Para tanto, utilizam-se pesquisas e estudos como fontes
secundárias para coleta de dados, como por exemplo: dados do IBGE, dados do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS), dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), dados do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, além de dados de outras fontes
institucionais e privadas.
1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO
1.3.1 Tipo de pesquisa
A presente pesquisa é caracterizada por método exploratório que reúne
informações preexistentes sobre o assunto em pauta, identifica informações que
4BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Disponível em:
<http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridi/cacnaefiscal/ txtcnae.htm>. Acesso em: 4 mar. 2013.
36
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
possam ser reunidas para a investigação, fontes e questões reais que possam ser
usadas como questões de mensuração e para estruturar a análise.
O nível de informação é classificado como fonte secundária de dados, formada
por interpretações de dados primários, tais como enciclopédias, livros, manuais,
artigos de revistas e jornais, estudos de pesquisas e publicações de entidades de
classe, governos, universidades e empresas públicas ou privadas, dentre outros.
1.3.2 Critérios de análise
Como critério de análise, são coletados, das referidas fontes, os dados mais
atuais disponíveis, em geral observando uma evolução de triênio, ou seja, dos três
últimos anos a contar da base de dados mais recente, disponibilizada pelos principais
órgãos públicos responsáveis pela disponibilização de informações econômicas no
Brasil. Considera-se essencialmente a busca de resultados das CNAE analisadas neste
relatório, para os dados a seguir indicados:
Empregos diretos (fonte: RAIS) – Anos analisados: 2009, 2010, 2011;
Número de empresas (fonte: RAIS) – Anos analisados: 2009, 2010, 2011;
Valor Adicionado Fiscal (Fonte: Secretaria do Estado da Fazenda de SC) – Ano
analisado: 2010;
Valor Bruto de Produção industrial ou somente de Produção, dependendo
da atividade (de acordo com a CNAE) analisada, (Fonte: IBGE) – Anos
analisados: 2008, 2009, 2010;
Valor Líquido de Vendas (Fonte: IBGE) – Anos analisados: 2008, 2009, 2010;
Movimentação da importação/exportação (Fonte: AliceWeb) – Anos
analisados: 2010, 2011, 2012.
37
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
1.4 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE5
Foi no Rio Grande do Sul, com a chegada dos primeiros imigrantes alemães, em
junho de 1824, que teve início o processo de desenvolvimento econômico da indústria
calçadista brasileira. Esses imigrantes, além de atuarem na agricultura e na criação de
animais, também trouxeram a cultura do artesanato, principalmente nos artigos de
couro, e instalaram-se no Vale do Rio dos Sinos. No entanto, foi com a Guerra do
Paraguai (de 1864 a 1870) que a produção, inicialmente caseira e caracterizada pela
confecção de arreios de montaria, ganhou mais força, surgindo a necessidade de
ampliar o mercado comprador, não só de arreios, mas também de calçados. Surgiram
então alguns curtumes e a fabricação de algumas máquinas, industrializando a
produção.
A primeira fábrica de calçados surgiu em 1888, justamente na região do Vale do
Rio dos Sinos, implantada por Pedro Adams Filho, que também possuía uma fábrica de
arreios e era filho de imigrantes alemães. A demanda do estado gaúcho por calçados
aumentava gradativamente, levando à expansão da produção e fazendo surgir, com o
passar do tempo, um dos maiores clusters calçadistas mundiais da atualidade.
Porém, foi somente no início da década de 60 que surgiu a necessidade de
ampliar a comercialização de calçados para o mercado internacional, em contraponto
com a exportação de couro salgado, tendo a primeira exportação brasileira em larga
escala ocorrido em 1968, para os Estados Unidos, com o embarque das sandálias
Franciscano, da empresa Strassburguer.
Naquela década inicial, a produção era de 80 milhões de pares anuais e, com o
surgimento de novos mercados no exterior, os negócios prosperaram: “As empresas
faziam os contatos com os compradores internacionais e trabalhavam diretamente
com os line builder – responsáveis pela criação das linhas”.
Em Santa Catarina, o surgimento do Polo Calçadista do Vale do Rio Tijucas
remonta a 1926, com a instalação das primeiras sapatarias no município de São João
Batista. Estas empresas foram fundadas por grupos familiares, alguns provindos da
5O conteúdo desta seção, quando não indicada outra fonte, tem como referência: ABICALÇADOS. ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS. Disponível em: <http://www.abicalcados.com.br/historico.html>. Acesso em: 25 fev. 2013.
38
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
região calçadista do Rio Grande do Sul. Este caráter de empresas familiares mantém-se
até hoje.
Assim como no polo do Vale do Rio Tijucas, o polo de produção de calçados da
Região Sul iniciou sua história com a chegada de profissionais da área dos calçados do
Rio Grande do Sul em Santa Catarina e com a iniciativa e ousadia de sapateiros da
região que montaram suas empresas6.
1.5 CONTEXTO ATUAL
Em 2011, a indústria calçadista nacional possuía mais de oito mil fábricas e
empregava 340 mil trabalhadores. Mais de 150 países recebem o calçado brasileiro,
cujas exportações, em 2012, atingiram US$ 3bilhões com o embarque de 113 milhões
de pares7.
Segundo ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS –
ABICALÇADOS, estima-se que 95% da produção brasileira seja destinada ao público
feminino. O restante fica distribuído entre os segmentos infantil e de acessórios4.
A principal região produtora em Santa Catarina é o Polo Calçadista do Vale do
Rio Tijucas. Localizada na Coordenadoria Regional da Foz do Itajaí Sebrae/SC, este polo
é formado pelas cidades de Tijucas, Canelinha, Nova Trento, Major Gercino e São João
Batista, sendo este último o município que concentra o maior número de empresas e
empregos. O Vale do Rio Tijucas contava, em 2011, com mais de 400 fábricas de
calçados8.
O polo calçadista da Região Sul de Santa Catarina possui a maior concentração
de empresas calçadistas nas cidades de Sombrio, Araranguá e Criciúma, mas as cidades
de Imbituba e Turvo também se destacam pelo número de mão de obra empregada,
sugerindo que nestas cidades estão plantas industriais maiores. Localizada na
Coordenadoria Sul do Sebrae/SC, a região é marcada por vocações naturais não
6 SECCHI, L; GUIMARÃES, V. N. Reflexos da introdução de novas tecnologias de produção sobre o desemprego.
Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1998_ART489.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2013. 7ABICALÇADOS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS. Disponível em:
<http://www.abicalcados.com.br/historico.html>. Acesso em: 25 fev. 2013. 8Idem.
39
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
focadas na confecção de calçados, fato este que dificultou a pesquisa por informações
sobre o polo.
2 DADOS MACROECONÔMICOS
2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA
A participação de Santa Catarina no PIB Nacional, juntamente com a taxa de
crescimento real do PIB, evoluiu entre os anos de 1996 e 2009, com um crescimento
praticamente constante, segundo o Caderno de Indicadores (2012). Este crescimento
passou de 3,54% em 1996, para 4,01% em 2009, ainda que, neste ano tenha havido
queda no PIB Estadual em razão da crise internacional e da economia Catarinense.
De acordo com os dados do referido Caderno, a evolução do número de
empregados por setor econômico na última década evidencia o crescimento da mão
de obra empregada e da estrutura produtiva do estado em diferentes setores.
O emprego aumentou em média 91,25% no estado, passando de 1.077.929
postos, em 2000, para 2.061.577, em 2011. No período de 2000 a 2010, o crescimento
do setor de Construção Civil foi de 137%, enquanto o Comércio cresceu 117,8% e o
setor de Serviços cresceu 93%. A indústria da transformação, que é o segmento que
mais emprega no estado, cresceu 70% no mesmo período, acompanhando o ritmo da
produção industrial e do crescimento do emprego no âmbito nacional.
Seguindo a análise do Caderno de Indicadores (2012), em relação às
exportações em 2011, verifica-se um aumento da participação dos produtos
originários de Santa Catarina, tais como motores, carnes congeladas e fumo, entre
outros. Naquele ano, estes produtos representavam 54,2% das exportações do estado,
enquanto em 2000 os mesmos produtos detinham 34,9% deste total, evidenciando
uma concentração da produção exportada no período analisado. Destaca-se também a
importância das exportações de produtos cárneos, do fumo, da soja e dos motores
elétricos na balança comercial catarinense.
Em relação à infraestrutura, verifica-se um aumento per capita no número de
automóveis nas regiões Catarinenses, o que ilustra a forte expansão da frota de
automóveis no estado, a qual duplicou em 10 anos, passando de 988.214 veículos em
40
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
2000, para 1.982.129 unidades em 2010, obtendo crescimento de 100,6%. Embora
haja um ritmo de crescimento diferenciado entre as regiões do estado, observa-se que
em todas elas houve um crescimento substancial.
Ainda observando os dados de crescimento no estado, a frota de caminhões
cresceu 27,9%, a de motos 258% e a de camionetas 132%. Como consequência deste
acentuado crescimento em apenas uma década, sem o suficiente investimento em
infraestrutura viária e nos transportes coletivos, houve o congestionamento de
veículos nos principais polos urbanos do estado, o que representa um grande desafio a
ser solucionado e também um gargalo logístico para as empresas catarinenses.
Tabela 2- Indicadores econômicos do Brasil e de Santa Catarina2
Indicadores Nacional Catarinense
PIB 2011 R$ 4.143.013.000.000,00 R$ 169.050.000.000,00
Valor Bruto Produção Industrial 2011 R$ 2.034.912.695.000,00 R$ 96.968.855.000
Emprego 2012 47.458.712 2.103.002
Exportações 2012 US$ 209.225.190.379,00 US$ 8.234.028.075,00
Importação 2012 US$ 206.977.406.917,00 US$ 14.003.344.148,00
Taxa de juros (Selic - junho 2014) 10,9% ao ano -
Inflação oficial (IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 05/2014
0,46% -
IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) em 06/2014
-0,64% -
Reservas internacionais em 07/2013
US$ 373.643.000.000,00 -
Salário Mínimo em 2014 R$ 724,00 -
Fontes: IBGE; RAIS; CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados; AliceWeb2 MDIC; Banco Central do Brasil; FGV; portalbrasil.net.
2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA9
Analisando comparativamente os dados coletados junto ao IBGE sobre a
população brasileira e catarinense no ano de 2010, apresentados na Tabela 4,
constatou-se que no referido ano 3,28% dos brasileiros habitavam o estado de Santa
Catarina e, assim como no Brasil, esta população era em sua maioria composta por
mulheres, sendo que a expectativa de vida da população catarinense era 2,5 anos a
9 O conteúdo desta seção tem como referência: SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno
de Indicadores. 2012. Florianópolis, 2012.
41
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
mais do que a nacional. Em relação à densidade demográfica, Santa Catarina possuía
quase três vezes mais habitantes por km2 do que a média brasileira.
Tabela 3 - Indicadores demográficos do Brasil e de Santa Catarina3
Indicadores demográficos de 2010 Nacional Catarinense
População Total 190.755.799 de habitantes 6.248.436 de habitantes
Densidade demográfica 22,4 habitantes/km² 65,29 habitantes/km²
População - Mulheres 97.348.809 3.148.076
População - Homens 93.406.990 3.100.360
Expectativa de vida 73,48 anos 76 anos
Fontes: IBGE; Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios); SIS (Síntese de Indicadores Sociais).
A dinâmica demográfica, isto é, as transformações no ritmo de crescimento, na
distribuição e na estrutura da população, segundo o Caderno de Indicadores (2012), é
uma variável fundamental na identificação daquilo que impulsiona a economia e atua
nas condições de vida da população.
Esse tipo de dinâmica é de extrema importância para o estado de Santa
Catarina, uma mudança que é especialmente relevante devido às oportunidades que
abre e pelos desafios que propõe às políticas públicas. Também deve ser considerado
nessa dinâmica o movimento migratório, de análise mais complexa e que ocorre
principalmente nas regiões litorâneas do estado.
O estado de Santa Catarina atualmente passa por uma situação em que a taxa
de dependência – “definida como a razão entre a população inativa (soma das pessoas
com até 15 anos e com mais de 65 anos de idade) e a população potencialmente ativa
(entre 15 e 64 anos)” – deverá diminuir de 47,7% para 43,7%, entre 2010 e 2030, além
de que a sua composição também deverá mudar. Ainda segundo expectativas, a razão
entre a população jovem e a população em idade ativa passará de 21,8% para 17%, e a
razão equivalente à população com mais de 65 anos aumentará de 10,5% para 13,3%,
nesse mesmo período.
Considerando a expansão dos contingentes populacionais por faixa etária entre
2000 e 2010, faz-se uma projeção para 2030. A população jovem tende a cair, girando
em torno de 1.202.000 de pessoas no final da próxima década e “a população de 15 a
64 anos, que constitui a maior parte da força de trabalho potencial, aumentará dos
42
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
4.452.680 observados em 2010 para 4.929.000 em 2030, revelando, nessas duas
décadas, uma taxa de crescimento média de 0,9% ao ano”. A quantidade de idosos
(acima de 65 anos) é o que mais deverá crescer, com taxas de variação de 3,9% ao ano,
entre 2010 e 2030.
Essa mudança no perfil demográfico levará a um movimento na demanda por
novos produtos que atendam a esse perfil, além de criar espaços para investimentos
na melhoria dos produtos já existentes e na melhoria da qualidade de atendimento.
3 PANORAMA DA ATIVIDADE CALÇADISTA E DE ARTEFATOS EM COURO
3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE
3.1.1 Considerações gerais
A cadeia mundial de calçados e artigos de couro tem vivido profundas
mudanças em seu fluxo de produção mundial nos últimos anos. Dentre estas
mudanças, a mais significativa é a transferência das áreas de produção para países em
desenvolvimento, como China, Vietnã, Taiwan e Brasil, dentre outros, onde os
menores custos de mão de obra representam um diferencial competitivo em relação
aos países desenvolvidos.
Com isto, fabricantes de países tradicionais em produção de moda, como Itália,
Estados Unidos, França e Espanha, cada vez mais concentram seus esforços na criação
do design das peças, e terceirizam a produção para as regiões onde os custos,
especialmente os relacionados à mão de obra, são mais baixos10.
3.1.2 Produção e consumo mundial
De acordo com a APICCAPS – Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado,
Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos, a produção de calçados mundial
ultrapassou 20 bilhões de pares em 2010. Os calçados computados nestes dados não
10
INSTITUTO EUVALDO LODI. Calçados. IEL/Sistema FIEMG, 2010.
43
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
são exclusivamente feitos de couro, mas também foram contabilizados os calçados
fabricados com outros materiais, como borracha, plásticos, têxteis e materiais à prova
d’água. Existe a expectativa para 2025 é de 30 bilhões de pares11.
Os maiores exportadores de calçados e artigos de couro são China, Vietnã e
Itália, respectivamente12. Os maiores importadores de calçados e artigos de couro são
EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido e França, respectivamente13. Os maiores
consumidores de calçados e artigos de couro são EUA, China, Índia, Japão e Brasil,
respectivamente14.
3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE
3.2.1 Importância da atividade na economia nacional
Segundo IBGE (PIA 2011), o setor Industrial de Calçados e Artefatos de Couro
foi responsável por 3,04% de toda Receita Líquida de Vendas de atividades industriais
nacional no ano de 2008 e 2,94%, em 2009, chegando a contabilizar R$
51.806.965.000,00 de Receita Líquida de Vendas de atividades industriais em 2010,
representando 2,92% do total nacional que foi de R$ 1.771.564.814.000,00.15
3.2.2 Principais indicadores setoriais
Os principais indicadores setoriais analisados do setor de calçados descrevem a
quantidade de empresas e sua evolução no Brasil e por região, o Valor Bruto de
Produção nacional, a Receita Líquida de Vendas nacional e o número de empregos do
setor no Brasil. Na sequência, outros indicadores são apresentados e discutidos, por
meio dos quais é possível observar a participação e a importância do setor na
economia.
11
AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL – ABDI. Couromodas 2012: abertura positiva. Disponível em:<http://www.abdi.com.br/Paginas/noticia_detalhe.aspx?i=2134>. Acesso em: 7 mar. 2013. 12
Idem. Ibidem. 13
Idem. Ibidem. 14
Idem. Ibidem. 15
Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE, (PIA 2011 – Tabelas 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
44
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O Valor Bruto de Produção nacional deste setor registrou uma queda de
10,59% entre os anos de 2008 e 2009, partindo de mais de R$ 24,5 bilhões para R$ 22
bilhões, o que foi balanceado pelo ano seguinte, em que um crescimento de 17,93%
transformou o montante em mais de R$ 26 bilhões em 2010. Resultando então em um
incremento da ordem de 5,45% no triênio, ressaltando um crescimento significativo
em um setor que demanda produtos de qualidade, contribuindo assim para a
economia nacional, mesmo em momentos de crise.
Gráfico 1 - Valor Bruto de Produção industrial nacional1
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
Em relação à Receita Líquida de Vendas nacional, verifica-se um crescimento de
5,88% entre os anos de 2008 e 2010. Analisando os dados do gráfico, constata-se que
esse setor, apesar de ter apontado uma queda de 9,3% de 2008 a 2009, transformando
o valor de quase R$ 25 bilhões em pouco mais de R$ 22,5 bilhões, recuperou-se em
2010 com o incremento de 16,73% totalizando mais de R$ 26 bilhões no final do
triênio.
R$24.682.473.000,00
R$22.069.284.000,00
R$26.026.847.000,00
2008 2009 2010
45
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 2 - Receita Líquida de Vendas nacional2
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
Já em relação ao número de empresas do setor no Brasil, observou-se uma
queda de 0,89%, pois em 2009 existiam 26,4 mil empresas e em 2010 foram
contabilizadas 26,1 mil empresas. No ano seguinte (2011) houve uma pequena reação
na ordem de 0,16%, aumentando o montante de empresas para 26,2 mil, o que não
impediu uma taxa negativa de 0,73% de crescimento total do triênio.
Gráfico 3 - Número de empresas no território nacional3
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
No tocante ao número de empregos no setor, verifica-se um crescimento na
importância de 8,91%, entre 2009 e 2010, chegando a quase 420 mil empregos no
setor. De 2010 a 2011 houve uma queda de 2,67%, totalizando 408,7 mil empregos. No
total do triênio analisado houve um crescimento de 6%.
R$24.909.019.000,00 R$22.592.301.000,00 R$26.373.054.000,00
2008 2009 2010
26.413 26.177 26.220
2009 2010 2011
46
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 4 - Número de empregos do setor no Brasil4
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
3.2.3 Quantidade de empresas por região natural (Brasil)
As regiões Sul e Sudeste lideram o ranking do Brasil em quantidade de
empresas, abrigando mais de 85% do total nacional, com 10.978 e 11.565 empresas
respectivamente.
Tabela 4 - Número de empresas por região4
Região natural Quantidade de empresas
Norte 190
Nordeste 2.475
Sudeste 11.565
Sul 10.978
Centro-Oeste 1.012
Total 26.220
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
3.2.4 Perfil dos empresários do setor
O perfil traçado acerca dos empresários calçadistas está baseado nos estudos já
existentes e realizados por agentes locais, como o SEBRAE e universidades.
Em Minas Gerais, 46,3% das empresas de calçados têm mais de 10 anos. A
maioria delas possui estrutura familiar (49,1%) e são, também em sua maioria, micro
(69,1%) ou pequenas empresas (23,6%). Os empresários são bem escolarizados, sendo
385.610 419.973 408.761
2009 2010 2011
47
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
que 60% possuem nível superior e outros 39,7% possuem o ensino médio completo ou
superior incompleto16.
No polo calçadista de Jaú/SP, 92% das empresas são de pequeno ou médio
porte. Os empresários deste polo possuem em geral experiência no ramo, uma vez que
82% estão na atividade há mais de 10 anos. Ainda sobre estes empresários, 44% deles
possuem ensino superior, e aqueles que possuem o ensino médio respondem por 40%
do total de empresários. A maioria (55%) tem a idade entre 36 e 45 anos, 28% possui
mais de 46 anos e 17% possuem até 35 anos17. Estes dados, levantados pelo SEBRAE,
indicam que uma parcela significativa dos empresários tem formação em nível superior
e são jovens adultos.
No polo de Franca/SP, o perfil dos empresários apresenta algumas diferenças.
Por exemplo, 34% têm mais de 5 anos de atividade, 51% são micro ou pequenos
empresários. A média de idade é de 40 anos, 87% possuem o ensino médio e 57% têm
sua origem na própria indústria de calçados, inclusive atuando em operações dentro
das empresas.18 Este perfil aponta para um desenvolvimento empresarial na atividade
fim.
Nos polos da região Nordeste, nota-se que grande parte dos proprietários já
conhecia o ofício de costureiro antes de se estabelecer como empresa. Pequenos e
microempresários são originários de outras empresas, inclusive do setor de confecção,
em que trabalhavam como funcionários. Outros, ainda, buscaram na atividade uma
alternativa de sobrevivência sem ligação anterior com o segmento.
A mentalidade do empresário desse segmento é bastante heterogênea, tendo
em vista a amplitude do universo. No entanto, a falta de profissionalização dos
empresários das microunidades é considerada um ponto sensível do segmento que
reflete diretamente na estrutura e no funcionamento da empresa. A experiência
empresarial pode ser avaliada a partir do tempo de permanência das empresas no
mercado.
16
INSTITUTO EUVALDO LODI – IEL. Sistema FIEMG, 2010. 17
SEBRAE. Estudo da atividade empresarial setor calçadista: fabricação de calçados femininos. JAÚ/ SP, 2003. 18
CIA, J. N. S.; SMITH, M. S. J. O papel da contabilidade gerencial nas PMEs (Pequenas e Médias Empresas): um estudo nas empresas de calçados de Franca-SP. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnANPAD/enanpad_2001/CCG/CCG510.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2013.
48
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Um levantamento da Secretaria da Fazenda do Ceará aponta que 6,3% das
empresas de calçados dos municípios estão produzindo há mais de 12 anos, enquanto
52% têm tempo de experiência entre 2 e 6 anos e 19,4% menos de 2 anos. A
participação de empresas mais novas na estrutura industrial é mais significativa no
segmento composto de microempresas, onde 23,2% das empresas desse subconjunto
está há menos de dois anos no mercado, e 55,4% estão no mercado entre 2 e 6 anos.
No geral, os empresários proprietários das unidades de menor porte não se
interessam em participar de associações que congreguem interesses divergentes, por
não visualizarem benefícios imediatos19.
3.2.5 Mão de obra empregada na atividade
Com relação ao grau de escolaridade dos funcionários, observamos um baixo
grau de escolaridade dos empregados do setor calçadista. Essa realidade representa
um importante desafio para as empresas que, em sua maioria, considera a baixa
qualificação da mão de obra como o principal responsável pelas deficiências
encontradas nas suas áreas de produção.
Essa é, inclusive, uma característica das empresas do setor. Estudo de 2010,
realizado pelo Instituto Euvaldo Lodi – IEL, nas regiões produtoras de Nova
Serrana/MG, Novo Hamburgo/SP e Franca/SP, aponta que a mão de obra é pouco
escolarizada. Se considerarmos em termo de níveis completos, no Brasil, cerca de 30%
dos trabalhadores desse setor completaram o ensino médio20.
Entre os municípios analisados, o que possui a mão de obra mais escolarizada é
Franca/SP, onde cerca de 40% dos trabalhadores desse setor já completaram o ensino
médio, número acima da média nacional. Já em Novo Hamburgo, apenas 17,5% dos
trabalhadores têm o ensino médio completo, enquanto aproximadamente 45% não
completaram o ensino fundamental, percentual acima da média nacional.
Situação parecida é observada em Nova Serrana, onde cerca de 50% dos
funcionários não concluíram o ensino fundamental. Para esses três municípios, com
19
MELO, M. C. P. Competitividade da pequena produção industrial do Nordeste: uma análise das potencialidades e limites do setor de confecções. In: Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 31, n. 2, p. 236-261, jan-mar. 2000. 20
INSTITUTO EUVALDO LODI. Calçados. IEL/Sistema FIEMG, 2010.
49
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
um quadro semelhante ao da Região Metropolitana de Belo Horizonte RMBH em
termos de escolaridade dos trabalhadores, a maior concentração de empresas faz com
que, em geral, essa mão de obra já tenha acumulado experiência e conhecimento a
respeito do setor, tornando o ambiente mais propício ao crescimento das empresas.
Referente às características da mão de obra do setor calçadista nacional,
considerando as CNAE relevantes ao estudo, os dados de 2012 e aqueles disponíveis
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, identifica-se que mão de obra em 2012 era
composta de 48,84% de trabalhadores masculinos e 51,16% femininos. Com relação à
faixa etária, 6,9% tinham até 17 anos; 36,46% estavam entre 18 e 24 anos; 17,91%
estavam entre 25 e 29 anos; 22,54% tinham de 30 a 39 anos; 11,99% estavam entre 40
e 49 anos; 4,09% ocupavam a faixa entre 50 e 64 anos e, por fim, 0,1% tinham mais de
65 anos.
Sobre o grau de instrução da mão de obra, 0,23% eram analfabetos; 26,64%
tinham o ensino fundamental incompleto; 18,92% completaram o ensino fundamental;
17,41% tinham o ensino médio incompleto; 34,26% completaram o ensino médio;
1,57% possuíam o ensino superior incompleto e 0,97% completaram o ensino superior.
Os salários mensais estavam distribuídos de forma que 15,64% ganhavam até 1
salário mínimo; 78,1% ganhavam mais de 1 até 2 salários mínimos; 4,01% ganhavam
mais de 2 até 3 salários mínimos; 0,96% ganhavam mais de 3 até 4 salários mínimos;
0,44% ganhavam mais de 4 até 5 salários mínimos; 0,44% ganhavam mais de 5 até 10
salários mínimos e 0,08% ganhavam mais de 10 salários mínimos. Um percentual de
0,33% não tinha classificação.
3.2.6 Investimentos realizados e previstos
A indústria de couro e calçados nacional consolidou-se baseada na demanda
interna por esses produtos. Os investimentos iniciais se deram na formação de plantas
industriais, aquisição de máquinas e equipamentos. Com a abertura econômica, as
empresas nacionais passaram a competir com o produto estrangeiro, muitas vezes
mais barato e de melhor qualidade, como no caso dos produtos asiáticos.
50
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Para o BNDES, o setor calçadista só continuará competindo, tanto nos
mercados interno como no externo, se houver investimentos em design, qualidade,
estudos de criação de novos materiais, além de um controle na distribuição e na
cadeia produtiva21.
3.2.7 Principais polos produtores nacionais
No Brasil, oito Estados se destacam na produção de calçados e artigos em couro
e pela existência de polos bem definidos da atividade. No estado do Ceará, temos o
Polo Calçadista da Região do Cariri, Polo da Região de Fortaleza e Polo Calçadista de
Sobral. Ainda na Região Nordeste, podemos localizar o Polo Calçadista da Bahia e o
Polo Calçadista da Paraíba.
Na região Centro-Oeste, destaca-se o Polo Calçadista de Goiás, na cidade de
Goianira.
A Região Sudeste é a que possui o maior número de polos. No estado de Minas
Gerais encontram-se os polos de: Nova Serrana, Belo Horizonte e Uberlândia. Em São
Paulo estão os polos calçadistas de: Franca, Birigui, Jaú e Santa Cruz do Rio Pardo.
Por fim, na região Sul, no estado do Rio Grande do Sul, berço da indústria
coureira e calçadista nacional, localizam-se os polos calçadistas: do Vale do Rio dos
Sinos, do Vale do Paranhana e o da Serra Gaúcha. No estado de Santa Catarina, os
polos da Foz do Itajaí e da Região Sul, abordados neste estudo, são os destaques.
3.2.8 Principais polos consumidores nacionais
Estudo apresentado pela Couromoda (2012) e realizado pela Focal Pesquisas,
de Canoas/RS, revelou quais os Estados brasileiros onde mais se compra calçados. Uma
característica interessante da pesquisa revelou que dependendo da estação do ano há
21
RODRIGUES, A. C.; GUIDOLIN, S. M. Setor precisa investir em inovação para continuar no mercado global: Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Institucional/Sala_de_Imprensa/Galeria_Arquivos/Setor_Calxados.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2013.
51
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
uma mudança no ranking. A pesquisa aponta que no inverno a ordem dos Estados que
mais consomem este artigo é: RS, SP, RJ, DF, PE e MG22.
Já no verão, a ordem dos Estados que mais compram calçados é: RS, RJ, SP, MG,
DF e PE16.
3.2.9 Importação e exportação
As importações nacionais por período em dólares tiveram uma alta de 30,64%
entre os anos de 2010 e 2011, partindo de menos de US$ 844 milhões para mais de
US$ 1,1 bilhão. No ano seguinte as importações chegaram a mais de US$ 1,17 bilhão
com uma taxa de 6,84% de aumento em relação a 2011. O triênio fechou com uma
taxa positiva de 39,57%.
Gráfico 5 - Importação nacional por período em dólares5
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
A importação nacional por peso líquido apresentou uma queda de 2,82% entre
os anos de 2010 e 2012. No período de 2010 e 2011 ocorreu uma alta de 13,08%,
quando mais de 141 mil toneladas de calçados passou a totalizar quase 160 mil
toneladas. No período seguinte, de 2011 a 2012, uma queda de 14,06% transforma o
total em pouco mais de 137 mil toneladas.
Inversamente ao apresentado pela importação nacional em peso líquido, a
importação nacional por quantidade mostrou um incremento de 18,4% no mesmo
22
COUROMODA. Pesquisa revela hábitos de consumos femininos. Disponível em: <http://www.couromoda.com/noticias/setor_gerais/Gnoticia_3700.html>. Acesso em: 8 mar. 2013.
$843.874.406,00
$1.102.464.631,00 $1.177.823.347,00
2010 2011 2012
52
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
triênio. Cronologicamente, houve grande aumento entre 2010 e 2011 no valor de
75,3%, seguido de uma queda de 32,46% em 2012.
Gráfico 6 - Importação nacional por período em peso líquido (kg)6
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
Gráfico 7 - Importação nacional por período em quantidade7
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
Em relação à exportação nacional por período em dólar, após uma alta de
4,04% entre 2010 e 2011, chegando a mais de US$ 3 bilhões em 2011, houve uma
queda na ordem de 6,37% para o ano seguinte, totalizando menos de US$ 3,38 bilhões
e uma retração de 2,59% no período total. Resultado da alta competitividade do
mercado asiático.
Apesar de exportar a maior parte de sua produção para o mercado
internacional, o Brasil vem qualificando seus produtos, acarretando um aumento de
preço que em um primeiro momento pode afetar o volume das exportações.
141.177.531 159.643.324
137.200.204
2010 2011 2012
278.732.569
488.611.790
330.025.894
2010 2011 2012
53
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 8 - Exportação nacional por período em dólares8
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
Na medida em que a exportação nacional por período (2010-2012) em peso
líquido aumenta, a exportação nacional por período em quantidade apresenta
comportamento inverso.
As exportações nacionais em peso líquido mostraram uma queda de 3,2% entre
2010 e 2011, resultando em quase 419,5 milhões de quilos exportados, que logo no
ano seguinte foi reforçado por um incremento de 9,26% nas exportações, fechando o
ano de 2012 com mais de 458 mil toneladas e o triênio com uma taxa positiva de
5,76%.
Já no caso das exportações nacionais em quantidade, houve também um
decréscimo no primeiro biênio na ordem de 5,22%, caindo de mais de 291 milhões de
unidades em 2010 para pouco mais de 281,5 milhões em 2011, mesmo seguido de um
incremento na ordem de 3,1% no ano de 2012, o que aumentou o valor total para
pouco mais de 458 milhões, não alterou a negatividade na taxa de crescimento do
período total (2010-2012) que ficou em 2,28%.
$3.460.885.903,00 $3.600.633.800,00 $3.371.123.197,00
2010 2011 2012
54
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 9 - Exportação nacional por período em peso líquido (kg)9
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
Gráfico 10 -Exportação nacional por período em quantidade10
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE
3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense
Com a crise cambial de 2006, as exportações brasileiras tiveram uma retração.
Para contornar este problema, os fabricantes do Polo Calçadista do Vale do Rio Tijucas
investiram em qualidade, design e no redirecionamento das vendas para o mercado
interno23.
Atualmente, a participação governamental com o Programa de
Desenvolvimento da Empresa Catarinense – PRODEC– incentiva o investimento das
empresas catarinenses por meio da postergação do pagamento do Imposto sobre
23
SEBRAE/SC. Notícias para MPE’S. São João Batista pisa firme no crescimento. Disponível em: <http://www.sebrae-sc.com.br/noticias/default.asp,<materia=11944>. Acesso em: 11 mar. 2003.
433.282.385,00 419.430.691,00 458.249.362,00
2010 2011 2012
297.162.110 281.646.055
290.374.658
2010 2011 2012
55
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Circulação de Mercadorias e Serviços, equivalente a um percentual predeterminado
sobre o valor do ICMS.
Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina, essa medida
auxiliou o setor de Calçados e Artefatos de Couro a ser responsável por 0,22% de todo
valor adicionado fiscal do estado de Santa Catarina em 2010. Chegando a contabilizar
R$ 221.344.931,9124.
O setor coureiro/calçadista de Santa Catarina respondeu, em 2011, por 3,69%
das empresas nacionais e 2,46% dos empregos do setor. Com relação à participação
econômica, o setor de calçados no mesmo ano o VAF foi de R$ 260 milhões, o
equivalente a 0,23% da participação do VAF catarinense.
3.3.2 Principais indicadores setoriais
O Valor Bruto de Produção industrial do setor no estado registrou um total de
mais de R$ 651 milhões em 2008, seguido de uma queda de 23,29% para o ano
seguinte, em que fechou em menos de R$ 500 milhões. Já no ano de 2010, este
número subiu novamente para mais de R$ 637,5 milhões, uma alta de 27,61%. A
retração verificada entre os anos de 2008 e 2010 representa um decréscimo
significativo em relação aos valores nacionais em um setor que em Santa Catarina já
atingiu a maturidade.
24
Fonte: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Fazenda, Valor Adicionado Fiscal, Índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS. Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15). Nota: Calculado anualmente pelo Governo do Estado, o Valor Adicionado Fiscal (VAF) é o índice formado pelas informações dos contribuintes, relativo aos seus movimentos econômicos, que servirão de base para os repasses constitucionais sobre os valores das receitas de impostos recolhidos pelos Estados e pela União.
56
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 11 - Valor Bruto de Produção industrial catarinense11
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
Analisando os dados do Gráfico 11, constata-se que esse setor em Santa
Catarina vem apresentando uma tendência inversa ao cenário nacional. Em 2009, a
Receita Líquida de Vendas de Santa Catarina caiu 24,45% em relação a 2008, passando
de R$ 652,4 milhões para menos de R$ 493 milhões. Apesar de ter registrado uma alta
de 29,91% no ano seguinte, chegando a contabilizar mais de R$ 640 milhões, ainda
assim fechou o triênio com uma taxa de crescimento negativa em 1,85%.
Gráfico 12 - Receita Líquida de Vendas catarinense12
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
No que diz respeito ao número de empresas no território catarinense, verifica-
se uma retração da ordem de 2,52% entre os anos de 2009 e 2011. Analisando o
Gráfico 13, é possível constatar que esta queda tem base no período de 2009 a 2010,
em que a baixa de 4,23% no número de empresas acabou deixando o estado com
apenas 951 empresas no setor, o que se sobressaiu à pequena reação do ano seguinte,
quando foi registrado um incremento na ordem de 1,79% apenas, aumentando o
número total de empresas no setor para 968 em 2011.
R$651.328.000,00
R$499.633.000,00
R$637.592.000,00
2008 2009 2010
R$652.441.000,00
R$492.928.000,00
R$640.368.000,00
2008 2009 2010
57
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 13 - Número de empresas no território catarinense13
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
Apesar da queda no número de Empresas em Santa Catarina houve um
comportamento inverso em relação ao número de empregos do setor no estado. De
2009 a 2010, registrou-se um acréscimo de 9,94%, passando de 9,6 mil para 10,6 mil o
número de empregos registrados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Já no
ano seguinte, houve uma queda de 5,45%, fechando este valor em pouco mais de 10
mil empregos, o que, de forma geral, no período de 2009 a 2011, gerou uma taxa
positiva de 3,95%.
Gráfico 14 - Número de empregos no setor14
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
3.3.3 Participação catarinense no mercado nacional
O setor coureiro/calçadista de Santa Catarina respondeu, em 2011, por 3,69%
das empresas nacionais e 2,46% dos empregos do setor. Com relação à participação
econômica, em 2010, foi levantado que Santa Catarina respondeu por 2,45% do Valor
Bruto de Produção nacional e por 2,43% da Receita Líquida de Vendas deste setor no
Brasil no mesmo ano.
993 951
968
2009 2010 2011
9.664 10.625 10.046
2009 2010 2011
58
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.4 Perfil dos empresários do setor
A maior concentração de empresas do setor de couro e calçados está localizada
no município de São João Batista. Somente este município possui mais que o dobro de
empresas (4.775) presentes nos demais municípios dos polos da Região Sul e do Vale
do Rio Tijucas (2.015 empresas em 37 municípios). Deste modo, esta análise se dá
sobre os empresários de São João Batista, não só pela sua importância e tamanho, mas
também pela falta de material sobre os demais.
Em um trabalho realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC–
em 2006, foi apontado que a faixa etária da maioria dos empresários calçadistas de
São João Batista situa-se entre 41 a 50 anos, pois 48% dos sócios-proprietários estão
nesta faixa etária e 32% possuem entre 31 a 40 anos. Os mais jovens, com idade até 30
anos, representam 12% e 8% dos empresários que já passaram dos 50 anos. Os
fundadores das empresas preferem passar o cargo para seus descendentes (mudando
no contrato social a propriedade da empresa) e ficam só auxiliando na direção, já na
condição de aposentado. Os empresários entre 21 a 30 anos são donos de
microempresas, não existindo, nesta faixa etária, proprietários de empresas de
pequeno e médio porte25.
O grau de instrução dos sócios-proprietários das empresas da indústria de
calçados de São João Batista é distribuído entre o ensino médio e o ensino superior,
com ocorrência de 36% em cada um deles. Empresários que possuem apenas o ensino
fundamental gerenciam 20% das empresas. De maneira geral, 60% dos empresários
não possuem formação acadêmica e apenas 4% tem instrução de pós-graduação26.
O baixo grau de instrução dos empresários é resultado da constituição de
empresas por pessoas que antes trabalhavam na produção, atuando como
funcionários e que não investiram em sua formação escolar, porém, por
desempenharem durante muito tempo várias funções dentro das fábricas, adquiriram
grande conhecimento da atividade e perceberam a oportunidade de se tornarem
proprietários e aumentarem sua renda. Assim, eles abrem seus negócios, deixando de
25
FRASSETTO, L. L. A indústria de calçados de São João Batista (SC): caracterização do sistema de produção. 2006. Monografia (Ciências Econômicas) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006. 26
Idem. Ibidem.
59
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
ser empregados e passando a ser empresários. Verificou-se também que os
empresários que herdaram as empresas de seus pais possuem grau de instrução mais
elevado27.
3.3.5 Mão de obra empregada na atividade
Em 2006 o total de trabalhadores, 80% são operários atuantes no processo de
produção e 20% ocupam cargos na parte administrativa da empresa19.
Referente às características da mão de obra do setor calçadista catarinense,
considerando as CNAE relevantes ao estudo, os dados de 2012 e aqueles disponíveis
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, identifica-se o seguinte perfil: a mão de obra
em 2012 era composta de 45,34% de trabalhadores masculinos e 54,66% femininos.
Com relação à faixa etária, 9,87% tinham até 17 anos; 36,91% estavam entre 18
e 24 anos; 16,39% estavam entre 25 e 29 anos; 21,15% tinham de 30 a 39 anos;
12,23% estavam entre 40 e 49 anos; 3,36% ocupavam a faixa entre 50 e 64 anos e, por
fim, 0,09% tinham mais de 65 anos.
Sobre o grau de instrução da mão de obra, 0,17% eram analfabetos; 20,3%
tinham o ensino fundamental incompleto; 20,5% completaram o ensino fundamental;
16,41% tinham o ensino médio incompleto; 39,52% completaram o ensino médio;
1,67% possuíam o ensino superior incompleto e 1,44% completaram o ensino superior.
Os salários mensais estavam distribuídos de forma que 3,49% ganhavam até 1
salário mínimo; 86,38% ganhavam mais de 1 até 2 salários mínimos; 8,2% ganhavam
mais de 2 até 3 salários mínimos; 1,11% ganhavam mais de 3 até 4 salários mínimos;
0,45% ganhavam mais de 4 até 5 salários mínimos; 0,34% ganhavam mais de 5 até 10
salários mínimos e 0,02% ganhavam mais de 10 salários mínimos.
3.3.6 Investimentos realizados e previstos
Um trabalho de pesquisa realizado em 1999 em 11 indústrias de calçados de
Nova Trento e São João Batista apontou que 91% destas empresas não adotavam um
27
FRASSETTO, L. L. A indústria de calçados de São João Batista (SC): caracterização do sistema de produção. 2006. Monografia (Ciências Econômicas) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.
60
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
programa de qualidade. Em relação à capacitação da mão de obra, 82% dessas
indústrias se preocupavam com a qualidade de seus empregados, entretanto,
nenhuma delas fornecia treinamento, ficando isso a cargo de agentes externos. Neste
mesmo trabalho, foi apontado que a decisão das empresas em investir era baseada, no
caso de 64% delas, em função de necessidades, outras 27% investiam por imposição
do mercado, e apenas 9% investiam baseadas em planejamento28.
Relatório realizado em 2012 pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial –
IEMI, e comentado pela ABICALÇADOS29, revela que os investimentos realizados em
2011 somaram R$ 521 milhões e foram destinados à modernização do parque
industrial, principalmente por meio da aquisição de máquinas e equipamentos (58%) e
em P&D (31%).
3.3.7 Principais polos produtores e consumidores catarinenses
Em relação à produção, Santa Catarina possui 2 polos calçadistas bem
definidos. O principal é o Polo Calçadista do Vale do Rio Tijucas, e o segundo é o Polo
Calçadista da Região Sul.
Já os principais polos consumidores de calçados e artigos de couro catarinenses
são aqueles que possuem uma alta relação entre População (principalmente feminina)
x Renda. Encontramos esta relação nos principais centros urbanos catarinenses, tais como
Florianópolis, Joinville, Blumenau, Criciúma e Lages. Nestas cidades, existe uma alta
concentração populacional, também melhores salários.
3.3.8 Importação e exportação
Entre os anos de 2010 e 2012 ocorreu um significativo aumento da importação
em dólares, na ordem de 82%. De 2010 a 2011 o incremento de 72,41% nas
importações aumentou o valor de US$ 87,7 milhões de 2010, para mais de US$ 151
28
CASAGRANDE, N. G.A gestão da informação como estratégia de acesso ao Mercosul pelas pequenas empresas de Santa Catarina: um diagnóstico do setor calçadista. 1999. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999. 29
ABICALÇADOS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS. Disponível em: <http://www. abicalcados.com.br/site/>. Acesso em: 25 fev. 2013.
61
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
milhões em 2011 que, somado ao incremento de 5,45% do ano seguinte, fechou o ano
de 2012 com mais de US$ 159,5 milhões.
Gráfico 15 - Importação catarinense por período em dólares15
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
A importação por peso líquido do estado mostrou um crescimento de 32,56%
de 2010 a 2011, com 30,2 mil toneladas em 2011. Porém no ano seguinte, houve uma
queda de 12,23%, somando no total 26,5 mil toneladas e concluindo o triênio com
crescimento positivo de 16,34%.
Já o crescimento da importação em quantidade foi mais constante com
seguidas altas. No primeiro biênio (2010-2011), uma taxa positiva incrementando
32,62% o total, que passou de 43 milhões de unidades para 57,2 milhões. Taxa esta
que foi seguida de outra taxa positiva de 6,94%, aumentando o total para mais de 61
milhões.
Tal fenômeno ocorre, pois essa indústria importa produtos de alto valor
agregado (produtos de grifes internacionais etc.) com valor extremamente alto (fato
semelhante ao cenário nacional). O investimento em tecnologia proporciona o
desenvolvimento de produtos de qualidade com maior valor agregado.
$87.763.415,00
$151.308.960,00 $159.549.512,00
2010 2011 2012
62
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 16 - Importação catarinense por período em peso líquido (kg)16
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
Gráfico 17 - Importação catarinense por período em quantidade17
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
Enquanto o Brasil registrou um decréscimo na exportação em dólares do setor, no
mesmo triênio (2010-2012) Santa Catarina registrou um aumento significativo na ordem
de 64,77%, com um valor total de mais de US$ 93 milhões em 2012. Nos biênios
estudados registrou-se um crescimento de 39,12% entre 2010 e 2011, partindo de quase
US$ 56,5 milhões para mais de US$ 78,5 milhões, seguido de outra taxa positiva de 18,44%
de 2011 a 2012.
22.824.173
30.255.030 26.554.055
2010 2011 2012
43.143.286
57.217.281 61.189.511
2010 2011 2012
63
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 18 - Exportação catarinense por período em dólares18
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
A exportação catarinense por período em peso líquido segue a mesma tendência
para o triênio, com crescimento de 69,48% no período. O que diferencia este crescimento
daquele apontado no Gráfico 18 é que a maior taxa de crescimento se apresentou no
segundo biênio estudado, ou seja, entre 2011 e 2012 houve uma taxa significativa de
55,17%. De 2010 a 2011, o crescimento foi de 9,22%. Cronologicamente os totais são de
6,65 mil toneladas, 7,27 mil toneladas e 11,28 mil toneladas em 2010, 2011 e 2012
respectivamente.
Gráfico 19 - Exportação catarinense por período em peso líquido (kg)19
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
Com relação à exportação catarinense em quantidade, de 2010 a 2011 houve
um crescimento de 16,55%, passando de 3,5 milhões de unidades para quase 4,2
milhões. No período seguinte (2011-2012), a taxa de crescimento foi de 38,30%,
elevando este total para mais de 5,7 milhões de unidades e fixando a taxa em 61,19%
de crescimento.
$56.454.606,00
$78.539.257,00
$93.021.943,00
2010 2011 2012
6.657.094
7.270.863
11.282.505
2010 2011 2012
64
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 20 - Exportação catarinense por período em quantidade20
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
4 POLOS SETORIAIS DO ESTUDO
4.1 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DO SETOR DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO EM SANTA CATARINA
Neste capítulo serão analisados, mais detalhadamente, os polos calçadistas do
Vale do Rio Tijucas e da Região Sul, em relação às mesorregiões econômicas e
coordenadorias do SEBRAE onde estão situadas.
Figura 1 - Coordenadorias do SEBRAE deste estudo
Fonte: Elaborado pela empresa Ágape.
3.589.698
4.183.663 5.786.153
2010 2011 2012
Foz do Itajaí
Região Sul
65
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
4.1.1 Coordenadoria regional da Foz do Itajaí
Inserida na Mesorregião do Vale do Itajaí, a região da coordenadoria da Foz do
Itajaí é litorânea e tem sua origem na colonização germânica. A pesca e maricultura
dividem espaço com as economias têxtil e de confecção. Suas principais cidades são
Itajaí, Brusque, Balneário Camboriú e Itapema. A seguir, a tabela 6 apresenta os
principais dados geoeconômicos relativos coordenadoria regional da Foz do Itajaí
Sebrae/SC.
Tabela 5 - Informações geoeconômicas da coordenadoria da Foz do Itajaí5
Total de Municípios 19
População 661.993
PIB (bilhões de R$) 26.4
PIB per capita (R$) 39.954
Densidade Demográfica (hab./km²) 196,9
Fontes: Total de Municípios: Unidade de Gestão Estratégica (UGE). População: IBGE Senso populacional 2010. PIB (bilhões de R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010. PIB per capita (R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010.
4.1.2 Coordenadoria regional Sul
Grande parte da população desta Região do Estado é descendente de
imigrantes italianos, cuja característica está marcada na cultura, na comida, nos
hábitos locais, nas vinícolas e nas festas típicas. O extrativismo mineral e indústria
cerâmica são as principais atividades econômicas. A mesorregião Sul do Estado tem
estações hidrotermais e cânions ricos em biodiversidade. Suas principais cidades em
porte são Criciúma, Tubarão, Gravatal, Araranguá e Urussanga.30 A seguir, a tabela 7
apresenta os principais dados geoeconômicos relativos coordenadoria Regional Sul do
Sebrae/SC.
30
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Caderno de Indicadores 2012. Florianópolis/SC, 2011.
66
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Tabela 6 - Informações geoeconômicas da coordenadoria do Sul6
Total de Municípios 43
População 788.224
PIB (bilhões de R$) 16,2
PIB per capita (R$) 20.588
Densidade Demográfica (hab./km²) 94,4
Fontes: Total de Municípios: Unidade de Gestão Estratégica (UGE). População: IBGE Senso populacional 2010. PIB (bilhões de R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010. PIB per capita (R$): IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2010.
4.2 APRESENTAÇÃO DOS POLOS DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO DE SANTA CATARINA
Em Santa Catarina, no ano de 2011, existiam 968 empresas de calçados, 1,79% a
mais que em 2010. Neste mesmo ano, estas empresas respondiam por 10.046 dos
empregos diretos.31
Atualmente, Santa Catarina possui 2 polos calçadistas consolidados, sendo o polo
da Região do Vale do Rio Tijucas o mais importante deles.
4.2.1 Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
Inserido nesta coordenadoria está o Polo do Vale do Rio Tijucas, formado pelas
cidades de Canelinha, Nova Trento e São João Batista. São João Batista é a cidade com
maior número de empresas e recebeu o título de Capital Catarinense do Calçado. A
maior parte da produção deste polo é destinada ao mercado interno. No ano de 2011,
este polo respondeu por 0,5% das exportações de pares de calçados brasileiros,
equivalente a 500 mil pares, e por 0,6% de todo o valor em dólares exportado pelo
Brasil, o que representou US$ 8,3 milhões.
31
MTE (2011).
67
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
4.2.2 Polo Setorial de Calçados da Região Sul
O polo da Região Sul não possui muita expressão se comparado ao Polo do Vale
do Rio Tijucas. Sua produção é na sua maioria dedicada ao mercado exterior. As
cidades de maior destaque no polo são: Sombrio, Araranguá, Criciúma, e Balneário
Gaivota.
4.3 NÚMERO DE EMPRESAS POR POLO
Em 2011, o Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas contemplava 440
empresas com variações de -3,09% entre os anos de 2009 e 2010 e, posteriormente,
de 7,84% entre 2010 e 2011, taxa superior à média nacional, conforme pode-se ver na
Tabela 8. Já o Polo setorial de Calçados da Região Sul contemplava 170 empresas em
2011, com variações de -1,57% em 2009 e 2010, e de -9,57% entre os anos de 2010 e
2011.
Tabela 7 - Comparativo das empresas entre os polos7
Polo Setorial Número de empresas em 2011
Variação do Número de empresas entre
2009 e 2010
Variação do Número de empresas entre 2010 e
2011
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
440 -3,09% 7,84%
Polo Setorial de Calçados da Região Sul
170 -1,57% -9,57%
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
No gráfico 21, observa-se que Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
contém a maior concentração de empresas de Santa Catarina com 46% em 2011. Por
sua vez o Polo da Região Sul, concentra 18%.
68
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 21 - Empresas no mercado catarinense21
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
4.4 EMPREGOS GERADOS POR POLO
Em relação à quantidade de empregos no mercado calçadista em Santa
Catarina em 2011, o Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas contemplava
5.385 empregos, apresentando variações de 6,07% entre 2009 e 2010, e -7,28% entre
2010 e 2011. Já o Polo setorial de Calçados da Região Sul contemplava 855 empregos
em 2011, apresentando uma alta de 21,02% entre os anos de 2009 e 2010, e com uma
variação de -10,00% entre os anos de 2010 e 2011. As retrações observadas entre
2010 e 2011 têm suas causas no aumento no nível de salários, ocasionado pela
especialização da mão de obra para preparação de abertura do mercado externo.
No gráfico 22, observa-se que Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
contém a maior concentração de emprego com 56% em 2011, ao passo que o Polo da
Região Sul, concentra apenas 9%.
46%
18%
36% Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
Polo Setorial de Calçados da Regiao Sul
Outros
69
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Tabela 8 - Comparativo de emprego entre os polos8
Polo Setorial Número de empregos em 2011
Variação do Número de empregos entre
2009 e 2010
Variação do Número de empregos entre 2010 e
2011
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
5.385 6,07% -8,03%
Polo Setorial de Calçados da Região Sul
855 21,02% -10,00%
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
Gráfico 22 - Quantidade de empregos no mercado de calçados e artigos de couro em SC22
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
4.5 MÉDIA SALARIAL POR POLO
No que diz respeito à média salarial no mercado calçadista em Santa Catarina em
2012, o Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas teve média salarial de R$ 883,32
com crescimentos de 5,17% entre 2010 e 2011, e 1,69% entre 2011 e 2012. No Polo
setorial de Calçados da Região Sul verifica-se uma média salarial de R$ 889,75 em 2012,
com altas mais significativas de 11,15% entre 2010 e 2011, e 11,77% entre os anos de
2011 e 2012.
56%
9%
35%
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
Polo Setorial de Calçados da Região Sul
Outros
70
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Tabela 9 - Comparativo dos salários por polo9
Polo Setorial Salário Médio do Profissional do setor de calçados e artefatos de couro em Dezembro de
2012(R$)
Crescimento entre Dezembro de 2010 e Dezembro de 2011
Crescimento entre Dezembro de 2011 e Dezembro de 2012
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
883,32 5,17% 1,69%
Polo Setorial de Calçados da Região Sul
889,75 11,15% 11,77%
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (CAGED Dezembro de 2012). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15). Nota: Resultado obtido por meio da divisão entre o total de salários pagos no mês de referência pelo número de pessoas empregadas no mesmo mês. Meses de referência: Novembro 2010, Novembro 2011, Novembro 2012.
4.6 COMPARATIVO DE VAF, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE
Valor Adicionado Fiscal (VAF) é um indicador econômico-contábil utilizado pelo
estado para calcular o índice de participação de uma região no repasse de receita do
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte (interestadual, intermunicipal ou internacional) e de
Comunicação (ICMS) para um determinado ano civil. São consideradas todas as
operações com mercadorias e produtos que constituem fato gerador do ICMS, desde
que caracterizadas como mercadorias ou insumos utilizados na produção ou
comercialização; as prestações de serviços de transportes e comunicação; e as imunes
do imposto, tais como operações com mercadorias ao exterior, operações de
prestações de serviços de transporte e de comunicação para o exterior, as remessas,
para outra unidade da Federação, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis
dele derivados, e de energia elétrica, quando destinados à comercialização ou à
industrialização, e a circulação de livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua
impressão.32
32
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais. Disponível em: <http://www.fazenda.mg.gov.br/governo/assuntos_municipais/vaf/nocoes.htm>. Acesso em: 5 ago. 2013.
71
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
No ano de 2011, o estado de Santa Catarina arrecadou um VAF de mais R$ 116
bilhões, sendo que para o setor de calçados no mesmo ano o VAF foi de R$ 260
milhões, o equivalente a 0,23% da participação do VAF catarinense.
Em relação ao mercado Calçadista em Santa Catarina em 2011, o Polo Setorial
de Calçados do Vale do Rio Tijucas participou via VAF com mais de R$ 116 milhões no
ano de 2011. No mesmo ano, não houve registro sobre VAF da atividade de curtimento
e outras preparações de couro. Já em relação à fabricação de artigos para viagem e de
artefatos diversos de couro, o VAF registrado também em 2011 foi de quase R$ 700
mil. O VAF da atividade de fabricação de calçados respondeu por mais de R$ 155
milhões, e a fabricação de partes para calçados de qualquer material registrou mais
de R$ 9 milhões.
O Polo Setorial de Calçados da Região Sul contribuiu com um VAF de mais de R$
12,5 milhões em 2011. A fabricação de calçados contribuiu com pouco mais de R$ 6
milhões. A fabricação de partes para calçados de qualquer material contribui com
mais de R$ 73 mil. O curtimento e outras preparações de couro participaram via VAF
com mais de R$ 4 milhões. Por fim, as atividades de fabricação de artigos para viagem
e de artefatos diversos de couro, participaram com mais de R$ 2 milhões.
Tabela 10 - Comparativo dos VAF por polo10
Polo Setorial Curtimento e
Outras Preparações de couro
(R$)
Fabricação de Artigos para Viagem e de
Artefatos Diversos de Couro(R$)
Fabricação de Calçados
(R$)
Fabricação de Partes para Calçados, de
Qualquer Material(R$)
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
- 697.073,76 156.898.039,92 9.112.961,52
Polo Setorial de Calçados da Região Sul
4.244.901,70 2.248.354,60 6.057.838,31 73.357,12
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do SEF de SC (Valor Adicionado 2011 por Município e Grupo CNAE). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
72
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
4.7 COMPARATIVO DE EXPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE
Em relação ao processo de exportação, o mercado Calçadista em Santa
Catarina, em 2012, foram movimentados, no Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio
Tijucas, mais de US$ 37 mil relacionados com a fabricação de artigos para viagem e de
artefatos diversos de couro. A fabricação de calçados participou com quase US$ 7,5
milhões. Por fim, a fabricação de partes para calçados, de qualquer material, foi de
pouco mais de US$ 1 milhão.
O Polo Setorial de Calçados da Região Sul contribuiu com mais de US$ 5,5 mil,
relacionados com a fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro.
Já em relação à fabricação de calçados, o polo contribuiu com mais de US$ 173 mil.
Tabela 11 - Comparativo das exportações por polo11
Polo Setorial Curtimento e
Outras Preparações de
couro (USD)
Fabricação de Artigos para Viagem e de
Artefatos Diversos de Couro(USD)
Fabricação de Calçados
(USD)
Fabricação de Partes para Calçados, de
Qualquer Material (USD)
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
- $37.258,00 $7.405.713,00 $1.155.249,00
Polo Setorial de Calçados da Região Sul
- $5.650,00 $173.011,00 -
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
4.8 COMPARATIVO DE IMPORTAÇÃO POR POLO, SEGUNDO GRUPO DE ATIVIDADE ECONÔMICA E COORDENADORIAS REGIONAIS DO SEBRAE
Em relação ao processo de importação, o mercado Calçadista em Santa
Catarina em 2012, foram movimentados, no Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio
Tijucas, quase US$ 81,5 mil relacionados com curtimento e outras preparações de
couro. Já em relação à fabricação de partes para calçados, de qualquer material, o polo
participou com mais de US$ 4 mil. Já o Polo Setorial de Calçados da Região Sul
contribuiu com quase US$ 61 mil, relacionados com o processo de curtimento e outras
73
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
preparações de couro. Em relação à fabricação de artigos para viagem e de artefatos
diversos de couro, o polo participou com mais de US$ 357 mil. E, finalmente, em
relação à fabricação de calçados, o polo contribuiu com pouco mais de US$ 725 mil.
Tabela 12 - Comparativo das importações por polo12
Polo Setorial
Curtimento e Outras Preparações de couro
(USD)
Fabricação de Artigos para Viagem e de
Artefatos Diversos de
Couro
(USD)
Fabricação de Calçados
(USD)
Fabricação de Partes para Calçados, de
Qualquer Material
(USD)
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas
$81.487,00 - - $4.170,00
Polo Setorial de Calçados da Região Sul
$60.927,00 $357.388,00 $725.143,00 -
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2, 2012). Nota: Considera o somatório dos produtos compreendidos pelos códigos CNAE da divisão 15: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados.
5 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE
5.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL, NACIONAL E ESTADUAL
A Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e
Equipamentos para Calçados e Curtumes – FIMEC – é uma importante vitrine para as
novas tendências e tecnologias do setor calçadista mundial. Na FIMEC, realizada em
março de 2013 na cidade de Novo Hamburgo/RS, foi apresentado um novo conceito de
produção onde mais de um modelo de calçado poderá ser produzido em um mesmo
trilho, possibilitando a redução nos custos de produção. Este conceito já está sendo
testado pela fábrica West Coast33.
No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior –
MDIC anunciou na FIMEC, dia 13/03/2013, a aplicação de medidas para
33
ABICALÇADOS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS. Disponível em: <http://www.abicalcados.com.br/noticias_fabrica-conceito-produzira-12-mil-pares-na-fimec.html>. Acesso em: 13 mar. 2013.
74
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
desburocratização do setor calçadista, reduzindo os custos de produção34. Também foi
anunciado na feira a criação do Sistema de Otimização Logística, desenvolvido pela
parceria entre a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados – Abicalçados,
Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos
– Assintecal, e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI35.
Este sistema tem por objetivo a ampliação do acesso de fornecedores, em
especial de micro e pequeno portes, às cadeias de compras de empresas; o estímulo
das empresas compradoras, a maior integração com pequenos fornecedores
homologados; a facilitação das relações comerciais entre fornecedores e empresas
compradoras pelo uso de uma plataforma de relacionamento comercial; a
identificação padronizada dos produtos e das unidades logísticas (código de barras ou
etiquetas de radiofrequência); e a troca eletrônica de documentos entre as empresas
(eliminação do papel).
5.2 OPORTUNIDADES DE MERCADO
Desde 2000, a Abicalçados vem realizando ações de promoção internacional do
calçado brasileiro, por meio do Programa Brazilian Footwear, em parceria com a Apex-
Brasil. O projeto abrange a participação de empresas em eventos internacionais, como
feiras e showrooms, e realiza missões de prospecção em busca de novos mercados.
Um estudo de inteligência comercial realizado pela Apex-Brasil36, e divulgado
em seminários na cidade de São Paulo, indica as vantagens à exportação para o
mercado árabe, tendo os empresários brasileiros, o apoio do Centro de Negócios da
Agência em Dubai (Emirados Árabes Unidos), que atende toda a região do Oriente
Médio37.
34
ABICALÇADOS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS. Disponível em: <http://www.abicalcados.com.br/noticias_governo-federal-vai-soltar-novas-medidas-para-desburocratizar-e-reduzir-custos-de-producao.html>. Acesso em: 13 mar. 2013. 35
ABICALÇADOS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS. Disponível em: <http://www.abicalcados.com.br/noticias_abicalcados-e-parceiros-apresentam-sistema-de-otimizacao-logistica.html>. Acesso em: 13 mar. 2013. 36
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. 37
ABICALÇADOS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS. Disponível em: <http://www.abicalcados.com.br/noticias_apex-brasil-promove-evento-sobre-oportunidades-de-negocios-na-arabia-saudita.html>. Acesso em: 14 mar. 2013.
75
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
A Rússia é outro mercado promissor, sendo este predominantemente
importador além de possuir uma economia crescente, o que nos dá uma margem de
oportunidade bastante expressiva.
Atualmente, a Argentina revogou as “licenças não automáticas” para os
calçados, o que auxilia na desburocratização das exportações para o país38.
5.3 AMEAÇAS DE MERCADO
A abertura comercial da década de 90 possibilitou a modernização do parque
industrial brasileiro, assim como entrada de novos produtos no mercado nacional. Ao
mesmo tempo, o Brasil teve acesso a novos mercados consumidores e aos efeitos de
uma economia globalizada.
Atualmente, o setor calçadista nacional tem na crescente importação dos
calçados asiáticos, a causa da sua retração. As indústrias chinesas vêm inundando os
mercados mundiais de calçados com produtos de qualidade similar ao nacional, mas
de preços inferiores. Esta condição pode provocar desindustrialização no setor. O
Relatório Anual da Indústria de Calçadas do Brasil publicado em 2012 aponta a entrada
dos produtos asiáticos como a causa da retração das exportações de calçados em
2011.
5.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR
A busca por diferenciação dos modelos fabricados pelas empresas brasileiras
começa pelo setor de componentes para calçados. As indústrias investem em pesquisa
e desenvolvimento de novos materiais para atender a esse pedido do mercado.
Materiais como metais, cortiça, palha, chifre, pedras naturais, acrílico, tramas naturais,
cordas, madrepérola estão sendo incorporados aos calçados nacionais, dando-lhes
uma identidade abrasileirada. Essa brasilidade tem se mostrado um fator diferenciador
na concorrência internacional.
38
ABICALÇADOS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS. Disponível em: <http://www.abicalcados.com.br/noticias_argentina-acena-com-flexibilizacao-das-importacoes.html>. Acesso em: 14 mar. 2013.
76
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O uso de tecnologias limpas e novos materiais também foram soluções
encontradas pelos empresários brasileiros para diferenciação do calçado nacional
frente ao mercado mundial. Para obtenção do calçado ecológico de couro, utilizando
tecnologia limpa de produção, foi desenvolvida uma modelagem que emprega
materiais não agressivos ao meio ambiente, o que exigiu modificações no
desenvolvimento de componentes e insumos, bem como no processo de construção39.
Experimentos como o da marca de sapatos Olsenhaus, que desenvolveu uma
coleção outono/inverno com microfibra de poliéster, feita com a tela de televisões
quebradas, é outra forma de atingir os consumidores ecologicamente corretos40.
Outras empresas adotaram a política de sustentabilidade. A Simple Shoe é uma
marca de sapatos sustentáveis femininos, masculinos e infantis. Os cadarços dos tênis
são feitos com garrafas PET recicladas, os tecidos são todos feitos com algodão
orgânico e a sola é feita com pneu de carro reciclado. Apesar de entregarem somente
na Europa por enquanto, a For your Earth tem uma linha de algodão orgânico e outra
de garrafas PET recicladas.
A sola é uma mistura de borracha reciclada e natural, o que, segundo a marca,
garante uma durabilidade do produto. Os corantes são livres de substâncias tóxicas e a
palmilha também é feita com materiais reciclados. A Olsenhaus cria sapatos de salto
alto utilizando materiais incomuns, como telas de aparelhos de televisão recicladas.
Além disso, a marca apoia iniciativas da Peta, ONG contra abusos em animais. Já a
Moschino criou uma sapatilha de plástico 100% em parceria com a Kartell, uma marca
de objetos de decoração.
A marca Um por Um faz sapatinhos no modelo da antiga Alpargatas para uma
boa troca: a cada par vendido, um sapato novo é doado para uma criança. Disponíveis
em vários tecidos, os sapatos podem ser comprados na internet. A linha Natureza, da
Via Uno, tem cuidados sustentáveis em todas as etapas da sua linha de produção. Para
amenizar a poluição que não pode evitar, a marca realiza o plantio de árvores para
39
SERRANO, M. L. R.; REICHRRT, I. K.; SCHIMDT, M. Uso de tecnologia limpa na Indústria de Calçados. Centro Tecnológico do Calçado – SENAI. Novo Hamburgo/RS 40
COLETIVO VERDE. Sapatos feitos com televisão reciclada! Sim, televisão. Disponível em: <http://www.coletivoverde.com.br/sapatos-feitos-de-televisao/>. Acesso em: 14 mar. 2013.
77
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
neutralização de gases nocivos. O forro da sapatilha é feito com fibra de bambu e o
solado com cortiça recuperada41.
41
ATITUDE SUSTENTÁVEL. Diferentes técnicas e tecidos são utilizadas em indústrias nacionais e internacionais. Disponível em: <http://atitudesustentavel.uol.com.br/blog/2010/08/23/sapatos-usam-materiais-alternativos-e-reciclados/>. Acesso em: 14 mar. 2013.
78
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
REFERÊNCIAS
ABICALÇADOS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS. Histórico. Disponível em: <http://www.abicalcados.com.br/site/>. Acesso em: 25 fev. 2013.
AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESEMVOLVIMENTO INDUSTRIAL - ABDI. Couromoda 2012: abertura positiva. Disponível em: <http://www.abdi.com.br/Paginas/ noticia_detalhe.aspx?i=2134>. Acesso em: 7 mar. 2013. ATITUDE SUSTENTÁVEL. Diferentes técnicas e tecidos são utilizadas em indústrias nacionais e internacionais. Disponível em: <http://atitudesustentavel.uol.com.br /blog/2010/08/23/ sapatos-usam-materiais-alternativos-e-reciclados/>. Acesso em: 14 fev. 2013.
BNDES. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/or.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2013. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria de Comércio Exterior. Balança Comercial Brasileira - Municípios. Disponível em: <http:// www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/index.php?area=5>. Acesso em: 24 abr. 2013. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PIB dos Municípios. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/servidor_arquivos_est/>. Acesso em: 15 fev. 2012. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. SIDRA. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ servidor_arquivos_est/>. Acesso em: 16 fev.2012. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação das estatísticas do trabalho. Bases estatísticas RAIS/CAGED. Fevereiro, 2012. Disponível em: <http://www3. mte.gov.br/pdet /index.asp>. Acesso em: 20 maio 2013. ______. Secretaria da Receita Federal. Disponível em: <http://www.receita.fazenda. gov.br/pessoajuridica/cnaefiscal/txtcnae.htm>. Acesso em: 4 mar. 2013. CARVALHO JR. L. C.; CAIRO, S. A.; SEABRA, F. Polos Industriais do Sul do Brasil: experiências de competitividades e empreendedorismo. Florianópolis: FAPEU, 2007. 202 p.
79
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
CASAGRANDE, N. G. A gestão da informação como estratégia de acesso ao Mercosul pelas pequenas empresas de Santa Catarina: um diagnóstico do setor calçadista. 1999. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999. CIA, J. N. S.; SMITH, M. S. J. O papel da contabilidade gerencial nas PMEs (Pequenas e Médias Empresas): um estudo nas empresas de calçados de Franca-SP. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/diversos/ trabalhos/EnANPAD/enanpad_2001/CCG /CCG510.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2013. COLETIVO VERDE. Sapatos feitos com televisão reciclada! Sim, televisão. Disponível em: <http://www.coletivoverde.com.br /sapatos-feitos-de-televisao/>. Acesso em: 14 mar. 2013.
COUROMODA. Pesquisa revela hábitos de consumos femininos. Disponível em: <http: //www.couromoda.com/noticias/setor_gerais/Gnoticia_3700.html>. Acesso em: 8 mar. 2013. FRASSETTO, L. L. A Indústria de Calçados de São João Batista (SC):Caracterização do Sistema de Produção: Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Setembro de 2006. INSTITUTO EUVALDO LODI. Calçados. IEL/Sistema FIEMG, 2010. MELO, M. C. P. Competitividade da pequena produção industrial do Nordeste: uma análise das potencialidades e limites do setor de confecções. In: Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 31, n. 2, p. 236-261, jan-mar. 2000. RODRIGUES, A. C.; GUIDOLIN, S. M. Setor precisa investir em inovação para continuar no mercado global: Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/ bndes_pt/Institucional/ Sala_de_Imprensa/Galeria_Arquivos/Setor_Calxados.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2013. SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno de Indicadores. 2012. Florianópolis, 2012. SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Secretaria de Estado da Fazenda. Valor Adicionado Fiscal, Índice de participação dos municípios no produto da arrecadação do ICMS. Florianópolis, 2011. SEBRAE. Estudo da atividade empresarial setor calçadista: fabricação de calçados femininos. JAÚ/ SP, 2003. SEBRAE/SC. Notícias para MPE’S. São João Batista pisa firme no crescimento. Disponível em: <http://www. sebrae-sc.com.br/noticias/default.asp?materia=11944>. Acesso em: 11 mar. 2003.
80
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
SECCHI, L; GUIMARÃES, V. N. Reflexos da introdução de novas tecnologias de produção sobre o desemprego. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/ biblioteca/ENEGEP1998_ART489.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2013. SERRANO, M. L. R.; REICHRRT, I. K.; SCHIMDT, M. Uso de tecnologia limpa na Indústria de Calçados. Centro Tecnológico do Calçado – SENAI. Novo Hamburgo/RS.
81
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
ANEXOS
ANEXO A - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL DO VALE DO ITAJAÍ E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR CIDADE
Município-Região do Vale do Itajaí Quantidade de empresas em 2011
Apiúna 0
Ascurra 1
Blumenau 29
Gaspar 3
Ibirama 4
Indaial 1
Ituporanga 4
Piçarras 3
Pomerode 2
Presidente Getúlio 1
Rio dos Cedros 1
Rio do Sul 2
Rodeio 2
Taió 0
Timbó 7
Trombudo Central 0
Vitor Meireles 0
Total 60 Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
82
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
ANEXO B - LISTA DAS CIDADES DA REGIONAL SUL E QUANTIDADE DE EMPRESAS POR CIDADE
Município-Região Sul Quantidade de empresas em 2011
Araranguá 40
Armazém 1
Balneário Gaivota 8
Braço do Norte 1
Capivari de Baixo 1
Criciúma 15
Gravatal 1
Içara 0
Imaruí 1
Imbituba 3
Jacinto Machado 1
Jaguaruna 1
Morro da Fumaça 2
Nova Veneza 2
Orleans 4
Passo de Torres 3
Praia Grande 3
Santa Rosa do Sul 4
São João do Sul 2
Siderópolis 1
Sombrio 68
Tubarão 5
Turvo 3
Total 170 Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011). Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas por: Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigo para viagem e calçados. (Divisão 15).
83
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
ANEXO C - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA @SC
Polo Região
Produtos Alimentícios e Bebidas
Polo Setorial da Indústria de Alimentos do Extremo Oeste
EXTREMO OESTE
Polo Setorial da Indústria de Alimentos e Bebidas do Meio Oeste
MEIO OESTE
Polo Agroindustrial do Oeste catarinense OESTE
Polo Setorial da Indústria de Alimentos do Vale do Itajaí
VALE DO ITAJAÍ
Calçados
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Calçados da Região Sul SUL
Confecções
Polo Setorial de Confecções da Região Extremo Oeste
EXTREMO OESTE
Polo Setorial da Indústria de Moda Íntima e Praia de Ilhota
FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Confecção de Brusque e Região FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Confecções do Vale do Rio Tijucas
FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Confecções da Grande Florianópolis
GRANDE FPOLIS
Polo Setorial da Indústria de Moda da Região do Meio Oeste
MEIO OESTE
Polo Setorial da Cadeia da Indústria Têxtil e de Confecções da Região Norte
NORTE
Polo Setorial de Confecções da Região Oeste OESTE
Polo Setorial de Confecção e Ateliês da Região Sul
SUL
Polo Setorial do Setor de Confecções do Vale do Itajaí
VALE DO ITAJAÍ
Polo Setorial do Setor de Confecções de Rio do Sul e Região
VALE DO ITAJAÍ
Construção Civil
Polo Setorial da Construção Civil da Foz do Itajaí FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial da Construção Civil do Sul SUL
84
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Polo Setorial da Construção Civil na Região de Blumenau
VALE DO ITAJAÍ
Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria
Polo Setorial de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria do Estado de Santa Catarina
SC
Eletrometalmecânico
Polo Setorial Eletrometalmecânico do Extremo Oeste Catarinense
EXTREMO OESTE
Polo Setorial Metalmecânico da Foz do Itajaí FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial Metalmecânico do Meio Oeste MEIO OESTE
Polo Setorial da Cadeia do Metalmecânico da Região do Norte Catarinense
NORTE
Polo Setorial Metalmecânico e Aço Inox do Oeste
OESTE
Polo Setorial Metalmecânico da Região de Lages SERRA
Polo Setorial de Eletrometalmecânico do Sul SUL
Polo Setorial Eletrometalmecânico do Vale do Itajaí
VALE DO ITAJAÍ
Polo Setorial Eletrometalmecânico de Rio do Sul e Região
VALE DO ITAJAÍ
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
Polo Setorial de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
SC
Madeira
Polo Setorial das Indústrias Madeireiras da Região Meio Oeste
MEIO OESTE
Polo Setorial Madeireiro do Oeste Catarinense OESTE
Polo Setorial das Indústrias de Madeira do Planalto Serrano
SERRA
Móveis
Polo Setorial de Móveis e Aberturas do Extremo Oeste Catarinense
EXTREMO OESTE
Polo Setorial das Indústrias de Móveis da Região Meio Oeste
MEIO OESTE
Polo Setorial de Móveis do Norte NORTE
Polo Setorial de Móveis do Oeste OESTE
Polo Setorial das Indústrias de Móveis do Planalto Serrano
SERRA
Polo Setorial de Móveis e Madeira da Região Sul SUL
85
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
de SC
Náutico
Polo Setorial Náutico do Litoral Catarinense SC
Plástico
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da Região Norte
NORTE
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e Borracha do Oeste
OESTE
Tecnologia da Informação e Comunicação
Polo Setorial de Tecnologia da Informação da Grande Florianópolis
GRANDE FPOLIS
Polo Setorial da Cadeia da Indústria de Software e TI da Região Norte
NORTE
Polo Setorial de Software e TI da Região Oeste OESTE
Polo Setorial de Tecnologia da Informação do Vale do Itajaí
VALE DO ITAJAÍ
86
Panorama do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
87
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
CAPÍTULO II – VISÃO DOS ESPECIALISTAS
88
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
89
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ___________________________________ 91 1.1 APRESENTAÇÃO _________________________________________________ 91 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS ______________________________________ 91 2.1 TIPO DE PESQUISA _______________________________________________ 91 2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA ________________________ 92 2.3 COLETA DOS DADOS _____________________________________________ 93 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA _________________________________________ 94 3 ANÁLISE DOS DADOS_____________________________________________ 94 3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO EM SANTA
CATARINA ______________________________________________________ 95 3.1.1 Perspectivas de crescimento _______________________________________ 95 3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR DE CALÇADOS E
ARTEFATOS DE COURO EM SANTA CATARINA _________________________ 97 3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor ________________________ 97 3.2.2 Situação da concorrência do setor __________________________________ 99 3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO DE
SANTA CATARINA _______________________________________________ 101 3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor de calçados e artefatos de couro __ 101 3.3.2 Expectativas de mercados consumidores potenciaispara o setor de calçados
e artefatos de couro _____________________________________________ 103 3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de calçados e artefatos de couro __ 105 3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE CALÇADOS E
ARTEFATOS DE COURO DE SANTA CATARINA _________________________ 107 3.4.1 Infraestrutura logística do setor de calçados e artefatos de couro_________ 107 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _________________________________________ 109 ANEXOS _____________________________________________________________ 113 ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO _____________ 113
90
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
91
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1 APRESENTAÇÃO
Este relatório de pesquisa aplicada corresponde à análise de entrevistas em
profundidade com lideranças e especialistas do setor de Calçados e Artefatos de Couro
de Santa Catarina e tem, como objetivo maior, prover informações sobre a percepção
destas lideranças quanto à dinâmica atual do mercado em pauta e procurou levantar
conhecimentos sobre o mercado, os principais problemas ou ameaças enfrentados
pelas empresas, as oportunidades evidentes de mercados e as questões logísticas do
setor neste estado.
O estudo de caráter exploratório foi realizado com 11 profissionais do setor de
Calçados e Artefatos de Couro atuantes do estado de Santa Catarina, os quais
representam empresas com destaque reconhecido no mercado regional ou com
representantes de entidades de classe, tais como sindicatos e associações.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais observados em
uma análise conjuntural de conglomerados para fins de embasamento analítico de
mercados, o que subsidia informações para o Programa Nova Economia@SC.
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Para o alcance dos objetivos pretendidos pela pesquisa, dada a natureza do
problema a ser trabalhado, o delineamento metodológico a ser seguido consta dos
aspectos descritos a seguir.
2.1 TIPO DE PESQUISA
A pesquisa é caracterizada por método qualitativo de caráter exploratório, em
que se busca conhecer um cenário econômico através da percepção dos sujeitos de
pesquisa. O método usado para a coleta de dados foi de entrevista individual em
profundidade, técnica qualitativa que explora um assunto a partir da busca de
92
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
informações, percepções e experiências de informantes para analisá-las e apresentá-
las de forma estruturada. Realizada por um entrevistador com um entrevistado,
representa uma abordagem flexível, que permite ao informante definir os termos da
resposta e ao entrevistador ajustar livremente as perguntas no momento da
entrevista. Procura intensidade nas respostas e não a quantificação ou representação
estatística.
A entrevista em profundidade é uma técnica, um recurso metodológico que
busca nas teorias e pressupostos definidos pelo investigador, recolher respostas a
partir da experiência de uma fonte, selecionada por deter informações que se deseja
conhecer. Desta forma os dados não são apenas colhidos, mas resultado de
interpretação e reconstrução pelo pesquisador, permitindo explorar um assunto ou
aprofundá-lo, descrever processos e fluxos, compreender o passado, analisar, discutir
e fazer prospectivas42.
Estas características são necessárias para o cumprimento do objetivo deste
trabalho e expressas por meio de aplicação de entrevista com roteiro semiestruturado,
que permite flexibilizar a narrativa da coleta de dados, sem perder a consistência das
informações.
2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA
Para o cumprimento dos objetivos propostos, em conformidade com as
necessidades expressas pelo Sebrae/SC, foram entrevistados 11 formadores de opinião
para compor a amostra de especialistas do mercado de Calçados e Artefatos de Couro
estadual. Estes especialistas são empresários com experiência no setor, bem como
representantes de entidades de classe que defendem a categoria.
No caso de entrevistas em profundidade, a literatura assume que a amostra
não tem seu significado mais usual, o de representatividade estatística em
determinado universo. Está ligada a capacidade que as fontes têm de fornecer
informações confiáveis. Aqui, especificamente, as fontes selecionadas foram de
42
DUARTE, J; BARROS, A. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2009.
93
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
sujeitos com poder suficiente para representarem as entidades de classe pelas quais
estão vinculados. A lista dos especialistas entrevistados é descrita a seguir na Tabela 1:
Tabela 1 - Lista de especialistas entrevistados na pesquisa1
PARTICIPANTE CARGO OCUPADO ENTIDADE/EMPRESA REPRESENTADA
Romildo Guollo Diretor Vuldafor
Aldo Apolinário João Presidente Sindicato das Indústrias de Calçados de
Criciúma – SINDICAL
Rosenildo de Amorim Diretor Executivo Sindicato das Indústrias de Calçados de São
João Batista – SINCASJB
Wanderley Zunino Presidente Sindicato das Indústrias de Calçados de São
João Batista – SINCASJB
Shirley Elizabeth Gerente Comercial Raphaella Booz
Juliana F. Mafessoli Marketing e
Desenvolvimento Dalpasso Indústria de Calçados Ltda
Gilberto Coelho Representante Comercial Azuos – Comércio e Representação de
Produtos para Calçados Ltda
Estevan do Nascimento Presidente Ampevale – Associação das Micro e
Pequenas Empresas do Vale do Rio Tijucas
Moacyr E. de Aguiar Junior
Gerente de Compras Belle Modas
Jandir A. Sagaz Proprietário Indústria e Comércio de Cintos Dyjas
Juliani Correa de Souza Gerente Comercial Angeli Indústria de Calçados Ltda
Fonte: Dados da pesquisa.
2.3 COLETA DOS DADOS
A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista pessoal in loco, com
entrevistadores experientes e treinados em técnicas de coleta de dados qualitativas.
As entrevistas ocorreram nas sedes das entidades ou empresas representadas, via
entrevista pessoal ou por meio digital de teleconferência. As entrevistas foram
realizadas entre os meses de janeiro e agosto de 2013 com o consentimento dos
entrevistados registrado no momento das entrevistas, que foram realizadas sob o
tempo médio de uma hora. Todas as entrevistas foram gravadas para posterior
edição.
94
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA
As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos
especialistas participantes, mas podem ser aplicáveis às entidades pelas quais
representam, formando opinião do mercado de entidades de classe. Os comentários e
opiniões descritos no corpo deste trabalho estão limitados geograficamente à região
de Santa Catarina, exceto para as afirmações sobre o contexto nacional e
internacional.
3 ANÁLISE DOS DADOS
Neste capítulo são apresentados os resultados da pesquisa com base no
conjunto de respostas encontradas nas entrevistas em profundidade, bem como
descritas em quatro dimensões em torno das quais esta investigação foi organizada:
percepção do cenário geral do setor em Santa Catarina e Brasil, as dificuldades e
desafios do setor, as oportunidades de mercados e a conjuntura da infraestrutura
logística do setor no estado ou região.
Nota-se que a análise omite os nomes dos entrevistados e apresenta o
resultado do conjunto de apontamentos convergentes (refletem o pensamento da
maioria dos entrevistados) juntamente com os divergentes (observações singulares,
únicas ou distintas das convergentes). Este formato de análise foi escolhido para
preservar as opiniões individuais, destacando o conjunto de respostas em sua
interpretação.
Apesar da forma individual de contato das entrevistas realizadas entre
pesquisador e entrevistado, é parafraseado o pensamento do grupo de entrevistados
nas análises a seguir, quando pertinente ao contexto. Esta forma de apresentação
inclui o termo “grupo” para representar o pensamento generalizado pelo conjunto de
entrevistas individuais formadas para esta pesquisa.
Antes do início de cada entrevista, uma breve discussão sobre o papel de cada
associação de classe ou entidade representada pelo especialista foi debatida, no
sentido de posicionar e orientar as perguntas e respostas do roteiro semiestruturado
que segue. Como forma de introdução central da pesquisa, após a explicação do seu
95
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
objetivo principal, o texto a seguir foi narrado ao entrevistado, dando prosseguimento
nas perguntas-chave.
O objetivo deste roteiro de pesquisa é obter o máximo de insights do especialista entrevistado, sobre o mercado em pauta. A pergunta central é: Quais as deficiências, dificuldades, tendências e oportunidades dos setores industriais (deste Estudo)? A seguir o conjunto de perguntas acessórias deverá ser respondido conforme o seu conhecimento e experiência sobre o mercado específico pelo qual foi contatado. (Texto introdutório do roteiro semiestruturado de entrevistas, 2013)
3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO EM SANTA CATARINA
Esta parte inicial da análise observa as opiniões dos especialistas entrevistados
quanto à tendência de crescimento ou declínio das atividades econômicas da indústria
de Calçados e Artefatos de Couro no estado de Santa Catarina.
3.1.1 Perspectivas de crescimento
PERGUNTA 01: Em linhas gerais, você percebe que o mercado do setor de
Calçados e Artefatos de Couro está em crescimento ou em declínio? Comente os
indicadores ou motivos.
Quando questionados sobre a percepção do mercado de Calçados e Artefatos
de Couro no estado, não houve unanimidade no grupo dos especialistas. A análise de
um dos respondentes destaca a constante mutação do mercado para o setor, sendo
observável a necessidade do empresariado transformar-se e adaptar-se às
condicionantes deste mercado, como ilustra o trecho a seguir:
96
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
[...] O mercado está em transformação. Atualmente, o Brasil é o país com maior equilíbrio entre demanda e oferta, e desta forma o mercado está adequadamente abastecido, fomentando a competitividade dentro do segmento. Esse processo de transformação acentuou-se nos últimos cinco anos e o aumento do custo neste período subiu demasiadamente, sufocando algumas indústrias do setor calçadista. A busca dentro do mercado atual se dá em função da diferenciação do produto, a preços competitivos. [...]
Somado ao alto custo da manutenção das empresas no setor, seis
respondentes citam o declínio no mercado calçadistas catarinense, destacando a
retração do consumo interno, bem como a elevação do índice de inadimplentes no
país como razões preponderantes para este decréscimo, como demonstra o excerto a
seguir:
[...] Atualmente, o mercado passa por dificuldades. Desde o ano passado esta dificuldade vem ocorrendo mais fortemente, devido à retração do mercado nacional e ao crescente número de importados chineses, além do aumento do número de brasileiros que viajam ao exterior para fazer compras. Desta forma, o mercado calçadista teve leve declínio neste último ano. Destes fatores, é possível citar o endividamento das famílias brasileiras como maior razão para a retração do mercado consumidor interno brasileiro. [...]
Outro fato citado por um especialista como preponderante ao declínio das
atividades do setor é a falta de incentivos e políticas do poder público voltados ao
setor calçadista, tanto em âmbito estadual quanto em âmbito federal. Outrossim, um
respondente cita como fator ímpar para o decréscimo do setor no âmbito estadual a
guinada do setor calçadista gaúcho – outrora exportador – para o mercado interno, no
momento subsequente à crise econômica mundial de 2008. Este entrevistado destaca
que a demanda não conseguiu abarcar toda a oferta, visto a extensão deste polo no
Rio Grande do Sul e cita o fechamento de diversas empresas catarinenses nos últimos
anos devido a este fator.
Por outro lado, cinco dos entrevistados percebem a expansão do mercado do
setor calçadista no âmbito estadual. Neste grupo, a estabilidade entre a demanda e a
oferta do setor são destaques para os respondentes, inferindo equilíbrio no mercado.
97
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Apesar da existência da concorrência proveniente do continente asiático, como cita
um especialista, o mercado cresce continuamente e o empresariado do setor mostra-
se otimista em relação ao futuro do segmento de Calçados e Artefatos de Couro no
estado de Santa Catarina. Ainda um dos entrevistados cita a estabilização do mercado
nos últimos dez anos, devido à elevação da concorrência associada ao declínio da
demanda. Acerca da expansão do setor no estado, um dos especialistas teceu
interessante análise do mercado catarinense, como ilustra o trecho a seguir:
[...] A atual fase do setor indica crescimento, embora este crescimento não seja por ventura representado em números, e sim em uma fase de ascensão e melhorias em termos tecnológicos e de desenvolvimento no estado. [...]
3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO EM SANTA CATARINA
Esta parte é referente às necessidades de investimento e descrição dos
problemas e performance da concorrência que o setor de Calçados e Artefatos de
Couro catarinense enfrenta para atender suas demandas.
3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor
PERGUNTA 02: Quais seriam as principais dificuldades e ameaças que o setor
de Calçados e Artefatos de Couro enfrenta em Santa Catarina? E no Brasil?
Relativo às dificuldades ao desenvolvimento do setor, unanimemente, os
entrevistados trouxeram à tona uma questão conjuntural inerente ao período de
emergência econômica nacional: a escassez de mão de obra qualificada. Quando
encontrada, entretanto, tem elevado o custo para o empreendedor local, segundo dois
entrevistados. A análise de um dos especialistas ilustra este entrave à expansão do setor:
[...] A escassez de mão de obra é um fator agravante ao desenvolvimento do setor, regionalmente falando. A mão de obra local, além de pouco qualificada, é relativamente custosa para o
98
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
setor. Há uma enorme necessidade de formação e qualificação da mão de obra, visto a carência regional por bons profissionais. [...]
Associada a esta debilidade, sete dentre os especialistas inferem como segundo
maior percalço ao crescimento do setor um descompasso estrutural da economia
brasileira: a legislação tributária. Acerca desta, o descontentamento da classe refere-se
ao elevado custo que esta acarreta ao setor, caminhando na contramão das
necessidades e demandas à expansão da indústria calçadista no estado.
[...] A maior dificuldade é a elevada carga tributária incidente sobre o setor produtivo. A alta tributação incidente sobre a produção é negativa para o segmento calçadista, visto o impedimento que este custo traz ao empreendedor, inviabilizando investimentos no aprimoramento da competitividade do produto nacional. [...]
Além destas tributações, um dos especialistas destaca o fato de que manter o
nome de uma marca dentro do mercado nacional tornou-se caro e cita, ademais, que o
empreendedor tem trabalhado cada vez mais para atingir a mesma lucratividade
outrora atingida com menor esforço.
Outrossim, um especialista citou a premissa da inovação dentro do setor
calçadista, devido à transformação abrupta da demanda consumidora. Neste aspecto,
de acordo com quatro especialistas, a dificuldade da modernização é outro limitante
ao desenvolvimento do setor no estado, visto a caracterização regional composta,
mormente por pequenas empresas, com dificuldades para maiores investimentos na
ampliação da infraestrutura local. Assim, o difícil acesso para as pequenas empresas a
empréstimos e incentivos para modernização e inovação do parque fabril contribui
para a estagnação das empresas do setor, de acordo com este grupo de entrevistados.
Outros fatores citados em menor escala pelo grupo são a dificuldade de exportar o
produto local, a volatilidade cambial, bem como a dificuldade de competir com os
produtos estrangeiros no mercado – tanto nacional quanto internacional. Neste
prospecto, o mercado chinês tem destaque para cinco entrevistados. A intersecção
destes fatores faz com que o produtor local esteja voltado ao mercado interno e, por
ventura, deixe de expandir o seu mercado para além das fronteiras nacionais, de
acordo com a análise dos relatos dos especialistas. A disputa com marcas de renome
99
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
no mercado nacional é lembrada por dois respondentes e neste prospecto, um destes
faz elucidativa análise acerca da dificuldade de penetração de mercado pelo
empreendedor local:
[...] Uma dificuldade para o empresariado catarinense do setor calçadista é a ausência de um trabalho focado no marketing, aliado a competitividade e a capacidade de disputar o mercado com marcas de maior renome no cenário nacional. Assim, a maior dificuldade vista no setor é a penetração e o posicionamento da marca no mercado. Esta debilidade está correlacionada ao elevado custo que uma boa estratégia de marketing implica ao empreendedor, incorrendo em perda de competitividade ao empresariado local devido a este custo. [...]
3.2.2 Situação da concorrência do setor
PERGUNTA 03: Comente sobre a situação atual da concorrência do setor de
Calçados e Artefatos de Couro na região de Santa Catarina, Brasil e mundo:
Quando questionados acerca da existência da concorrência dentro do setor de
Calçados e Artefatos de Couro, a opinião da totalidade dos empresários e
representantes de entidades de classe destaca a incidência desta dentro do mercado.
Um destes cita a voracidade da concorrência, com o surgimento de novas marcas
dentro do setor, bem como proveniente da criação de novos produtos.
A presença da concorrência é citada no âmbito interno (mercado brasileiro) e
impacta no setor de várias formas, exigindo das empresas maior capacidade de
investimentos financeiros, maior capacidade produtiva, tecnologia mais avançada,
bem como a capacidade da competição por preços. Do grupo dos entrevistados,
quatro destacam a concorrência com outros produtores no âmbito interno,
compreendendo empresas de diferentes regiões do país, sendo que em razão da
localização desta concorrência no âmbito doméstico, a região de Franca em São Paulo
e o estado do Rio Grande do Sul foram citados como principais polos na fabricação de
calçados masculinos e com intensa presença no estado de Santa Catarina. Neste
cenário, um dos especialistas destaca a guinada para o mercado interno de empresas
100
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
outrora exportadoras, enquanto outro destaca o polo calçadista sul-rio-grandense
como grande concorrente para o produto local, como ilustram os excertos a seguir:
[...] A maior dificuldade percebida dentro do segmento é o aumento da oferta, em detrimento do crescimento da demanda. Inúmeras empresas outrora exportadoras retomaram o foco do mercado interno e desta forma, a competição tornou-se acirrada pela busca de mercados dentro do segmento. [...]
[...] Até pouco tempo, o Rio Grande do Sul produzia muito para exportação. Todavia, com a crise na Europa, eles vieram para o mercado interno, tomaram uma fatia deste mercado e a concorrência ficou maior. Pelo fato de o Rio Grande do Sul ser um grande polo do setor, os pequenos polos do estado não tem como competir com o produto gaúcho, devido ao fato de eles deterem mão de obra especializada e custo mais barato que o custo da mão de obra catarinense. [...]
A contraponto, um especialista cita a entrada de empresas estrangeiras como
agravante para a concorrência no setor. Este infere a necessidade de organizar a
estrutura empreendedora local para superar períodos de crise, visto que, para o
respondente, durante estes períodos inúmeras empresas saem do mercado devido à
falta de uma gestão com visão global de mercado. Outro respondente menciona a
deslealdade advinda de países asiáticos como fator impeditivo à expansão do setor, ao
passo que dois dos especialistas percebem a concorrência como fator salutar para o
desenvolvimento qualitativo do setor, visto a necessidade de adequação da produção
que esta concorrência imprime ao produtor local, obrigando-o a estar atendo às
transformações do mercado, bem como às variações da demanda consumidora. O
excerto a seguir destaca a opinião de um dos especialistas e ilustra a ideia da
concorrência como algo benéfico ao setor:
[...] A concorrência leal é sadia para a evolução do setor, visto a necessidade de diferenciar o produto intrínseco a esta concorrência. Esta realidade faz com que as empresas precisem sempre estar atentas ao que o consumidor está demandando, acompanhando as tendências, em busca da diferenciação e da inovação para conquistar os inúmeros nichos de mercado dentro do setor. [...]
101
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Um dos entrevistados, por sua vez, cita que os micro e pequenos
empreendedores são prejudicados no quesito concorrência, e as razões destacadas
por este respondente são duas: as grandes empresas tem condições de oferecer
melhores formas de pagamento aos seus clientes, bem como prazos mais estendidos.
Outro especialista cita a relação saudável entre o empresariado, todavia destaca que
pelo fato de o produto do setor ser um produto da moda, onde todos buscam a
melhor produção em escala, com maior ganho em custo-benefício, é complexo existir
uma relação de troca com os competidores.
3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO DE SANTA CATARINA
Esta parte da análise abrange as oportunidades de mercado, mercados
emergentes e de consumidores que o setor de Calçados e Artefatos de Couro
catarinense tem demandado.
3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor de calçados e artefatos de couro
PERGUNTA 04: E quais seriam as maiores ou mais interessantes
oportunidades de mercado que você percebe para este setor? Percebe diferenças
regionais? País? Mundo? Comente.
Tratando-se de oportunidades mercadológicas para o setor, é necessário citar a
vasta gama de segmentos de atuação do setor de Calçados e Artefatos de Couro no
país. Neste panorama, a totalidade dos entrevistados cita a existência de
oportunidades na indústria calçadista no âmbito interno. Dentre as oportunidades de
ascensão a novos mercados para o produtor catarinense, um dos especialistas
destacou a premência da agregação de valor ao produto local, bem como a expansão
ao interior do estado, nicho até então inexplorado, de acordo com a análise deste
entrevistado, como destaca o trecho a seguir:
102
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
[...] A competitividade com outras empresas brasileiras é, por vezes, inviável devido ao grande porte destas empresas. Sob esta ótica, a maior oportunidade de mercado vislumbrada pelo empresariado é a diferenciação do produto local, com o intuito de agregar valor a este produto, a fim de potencializar a sua entrada no mercado interno. Devido à dificuldade da competição com outras empresas brasileiras, um nicho a ser estudado e explorado são as pequenas cidades do interior do estado, a fim de mostrar o produto local a estes consumidores. Cabe ao empresariado criar uma identidade em torno do produto local, e tornar este produto atrativo aos olhos do consumidor. [...]
Cinco especialistas, por sua vez, citam a expansão para outras regiões do país
como grande oportunidade ao produtor local. As regiões Norte e Nordeste foram
citadas por quatro destes, ao passo que a região Sudeste foi destacada por outro
entrevistado. O mercado nordestino é visto como um nicho mercadológico em veloz
expansão e, devido às diferenças climáticas, é necessária a adequação da produção
local a este nicho, sendo esta região destaque para o empresariado local quando
tratado acerca de oportunidades para o setor. O trecho a seguir exacerba a análise de
um destes entrevistados:
[...] O foco da nossa produção é o mercado das regiões Norte e Nordeste, visto que estas regiões têm calor durante o ano inteiro, e a produção de calçados para o calor tem maior produtividade e exige maquinário menos especializado. [...]
Outro nicho apontado como oportuno ao empresariado do setor é o mercado
feminino, visto o aumento da entrada feminina no mercado de trabalho, que
consequentemente eleva o poder aquisitivo da mulher. Neste prospecto, uma
oportunidade de mercado é aperfeiçoar a produção com vias de melhor atender a
demanda feminina por calçados, visto que estes não são vistos apenas como adereços
pelas mulheres, e sim como desejos, de acordo com o especialista. Ademais, um dos
especialistas cita dois pontos preponderantes para a qualitativa expansão do setor: a
profissionalização dos gestores e a criação de um espírito associativo por parte do
empresariado, como destaca o excerto a seguir:
103
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
[...] Outro ponto de relevante análise dentro do setor de Calçados e Artefatos de Couro é a profissionalização da gestão empresarial, visto a constante busca pelo aperfeiçoamento do empreendedor do segmento. Além desta profissionalização, outro ponto a ser observado é a relevância da expansão do associativismo empresarial, com vias de elevar a qualidade do produto regional em sua totalidade dentro do mercado nacional. [...]
A inovação no processo produtivo do setor é lembrada por um dos
entrevistados e é citada como oportunidade mercadológica, visto a redução de custos
intrínseca a este aperfeiçoamento dos processos de produção. O trecho a seguir ilustra
esta análise:
[...] Uma grande oportunidade de mercado perpassa pela inovação no processo produtivo: a injeção direta, uma forma de fazer sapatos mais competitivos. A fabricação de um sapato envolve vários processos: montar, lixar, passar a cola e, finalmente, aplicar a sola. Este processo envolve vários profissionais e é extremamente dispendioso. Com a injeção direta, todo o processo produtivo é o mesmo, todavia a sola é injetada no sapato por uma máquina. Em calçados que são moldados, o processo com a máquina é chamado moldagem direta e nos demais é chamado injeção direta. Isto nos dá uma vantagem competitiva muito grande em relação ao processo normal. A qualidade permanece a mesma, com alterações insignificantes, e a produção é mais rápida, com custo inferior. A meu ver, é uma oportunidade a ser explorada, citada por alguns como o futuro do setor calçadista. [...]
Outro especialista cita a globalização do mercado, e infere neste prospecto a
necessidade de um olhar amplo para todo o país, quando tratado sobre oportunidades
de expansão mercadológica para o setor calçadista estadual.
3.3.2 Expectativas de mercados consumidores potenciais para o setor de calçados e artefatos de couro
PERGUNTA 05: E quanto às expectativas de novos mercados consumidores
para este setor? Comente também por região, país e mundo, se puder.
104
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O crescimento das atividades de qualquer empresa depende da expansão de
suas operações para novos mercados, sendo que esta expansão pode ocorrer através
da venda para novas regiões geográficas, da produção de produto próprio, da entrada
em nova cadeia produtiva ou da sobreposição do produto nacional em relação ao
importado. Neste prospecto, sete especialistas destacam a necessidade de adequação
às mudanças do setor, visto a constante transformação do mundo da moda e citam,
ademais, que cabe ao empresariado posicionar-se frente à busca por melhorias na
produção, através da inovação, conforto e, preferencialmente, a preços acessíveis. A
análise de dois entrevistados ilustra esta expectativa frente a novos mercados
consumidores para o setor, como destaca o trecho seguinte:
[...] A transformação da moda é constante e neste aspecto cabe ao empresariado manter-se atento a estas mudanças e adequar a sua produção às transformações globais. [...]
[...] Uma tendência para novos mercados consumidores é a busca pela customização do produto nacional. O sapato atualmente deve ter tecnologia, design e conforto. Referente a estes pontos, a busca pelo suprimento destas necessidades deve ser incessante pelo empresariado do segmento, visto a premência de adequar a produção à demanda consumidora. O consumidor busca produtos novos, não aceita mais a mesmice. O consumidor quer calçados com um design diferente e com maior conforto. [...]
A elevação do poder de compra da classe média nos últimos dez anos é citada
como oportunidade relevante de mercado a ser explorada pelo empresariado, de
acordo com um dos entrevistados. O e-commerce foi citado por outro entrevistado
como oportunidade para abarcar novos mercados. Como supracitado,
geograficamente falando, quatro especialistas citam uma expectativa para novos
mercados de consumo na exploração dos mercados norte/nordestino, devido ao
crescimento que estas regiões vêm apresentando nos últimos anos, visto o crescente
número de empresas lá instaladas.
105
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de calçados e artefatos de couro
PERGUNTA 06: Na sua opinião, como o empresariado percebe este setor na
conjuntura atual? Quais suas expectativas e/ou frustrações?
A percepção acerca da conjuntura do setor infere disparidade na opinião dos
especialistas, destacando boas expectativas para o futuro do setor
concomitantemente às frustrações frente às ações do poder público em relação ao
setor. O excerto a seguir destaca esta análise acerca do poder público:
[...] A realidade perceptível no setor é de muita competitividade e dificuldade para o empresariado. Em relação ao governo, a questão da carga tributária infere elevação dos custos do calçado, incorrendo dificuldades para aqueles que trabalham no mercado formal. O nível de vendas não é satisfatório e está complicado atingir as metas, visto que não existem clientes fiéis no mercado calçadista. É necessário estar sempre atento para as mudanças do mercado, com vias de adequar a produção à demanda e atender ao público final. [...]
Um dos entrevistados destaca esta discrepância na visão do empresariado, e
cita o otimismo de parte dos empresários e representantes de entidades de classe,
bem como observa o pessimismo de outra parte considerável deste grupo.
Relacionado às expectativas quanto ao futuro do setor calçadista, cinco entrevistados
destacam pontos positivos da atual conjuntura do mercado. Um destes cita a
retomada do crescimento no setor, bem como infere a necessidade do fortalecimento
das marcas regionais, atrelado ao fomento perante o associativismo local como
demandas do empresariado para o crescimento do setor no mercado estadual. Um dos
entrevistados, entretanto, postula que o momento vivenciado pelo setor urge
mudanças drásticas para imprimir maior dinamicidade do produto local e,
consequentemente, transmitir maior segurança ao empreendedor catarinense:
[...] A expectativa gira em torno da atenção do poder público em relação à demanda produtiva do setor calçadista, com maiores investimentos em busca da reestruturação deste setor, bem como acerca da redefinição das legislações vigentes, demasiadamente onerosas ao empresariado. [...]
106
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Um dos entrevistados cita a adequação ao fast fashion como grande
expectativa ao empresariado catarinense, embora cite ressalvas acerca deste, como
ilustra o excerto a seguir:
[...] O momento vivenciado atualmente para o setor calçadista é o fast fashion, a moda rápida, que perece de forma extremamente veloz. A adequação a esta dinâmica de desenvolvimento é que garante a venda para sustentar a estrutura da empresa e o atendimento das nossas metas de produção. O contrário deste processo é prejudicial ao empresariado. Atualmente, é necessário ser dinâmico para permanecer no mercado. O setor tem muito para expandir e melhorar e isto nem sempre significa aumento no número de pares produzidos, mas uma melhoria tecnológica e competitiva, um reconhecimento de marca maior. Então avalio como um setor muito promissor, como sempre foi, mas, com dificuldades maiores do que já tivemos no passado em função da alta competitividade e da época que estamos vivendo, ou seja, do fast fashion, da moda rápida. [...]
A contraponto, as frustrações são relatadas por seis dentre os respondentes.
Um deles afirma a preferência por outros setores da economia pelo poder público e
destaca a necessidade da união em torno de ideais comuns pelo empresariado do
setor como meio de fortalecer o setor. O excerto a seguir ilustra a análise deste
especialista:
[...] Apesar do crescimento do segmento calçadista, é visível a preferência do setor público por outros setores da economia nacional. A falta do incentivo governamental faz com que seja ainda mais relevante a união entre o empresariado de diferentes estados, com vias de fortalecer o setor e impulsionar a sua expansão. [...]
Outro ponto frustrante levantado por dois entrevistados é a extensiva
concorrência presente no setor calçadista. Um entrevistado associa a alta tributação
sobre o setor produtivo como fator negativo para o empresariado, sendo outro fator
que imprime perda de competitividade ao produto local, frente a importados. O trecho
a seguir faz elucidativa análise sobre este prospecto:
107
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
[...] A maior dificuldade para o setor é ter que competir com uma concorrência predatória, que faz com que as empresas brasileiras convivam com uma realidade praticamente inviável para que se mantenham no mercado. A maior frustração citada pela classe empresarial são as altas tributações incidentes ao setor produtivo, fator este que retira do produto nacional competitividade frente a produtos importados. Os empresários brasileiros vivem cheios de surpresas e por vezes o esforço é mais no intuito de sobreviver do que no intento de expandir as atividades para outros mercados. [...]
Neste prospecto, um dos especialistas destaca o desânimo do empresariado
frente às previsões futuras para o setor de Calçados e Artefatos de Couro no estado,
devido à intersecção dos fatores supracitados.
3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO DE SANTA CATARINA
Esta última parte da análise procura integrar as percepções dos entrevistados
sobre aspectos da infraestrutura logística que atende ao mercado de Calçados e
Artefatos de Couro.
3.4.1 Infraestrutura logística do setor de calçados e artefatos de couro
PERGUNTA 07: Como está a infraestrutura logística deste setor? Bem ou mal
estruturada? Com muitos ou poucos players (fornecedores, intermediários,
varejistas, consumidores)? O que seria, neste caso, uma boa infraestrutura para
atender as demandas atuais e futuras?
A gestão da cadeia logística (do inglês: Supply Chain Management)43, também
conhecida como gestão da cadeia de suprimentos ganhou bastante popularidade,
apesar de existir confusão sobre o seu significado. Esta noção é comumente utilizada
43
CHOPRA, Sumil e MEINDL, Peter. Supply Chain Management: Strategy, Planning, and Operation. New
Jersey: Prentice-Hall, Inc., 2001
108
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
como um substituto de logística. No entanto, a definição de gestão da cadeia logística
é mais abrangente que o conceito de logística.
Na cadeia logística padrão, as matérias-primas são procuradas e os bens são
produzidos em uma ou mais fábricas, transportadas para depósitos como
armazenamento intermédio, e depois transportadas para os atacadistas distribuidores
e/ou clientes. A cadeia logística consiste de fornecedores, centros de fabricação,
armazéns e centro de distribuição, assim como matérias-primas, produtos no processo
de fabricação, e produtos finais que circulam entre as fábricas e os consumidores.
Neste prospecto, os entrevistados foram instigados a comentar sobre a
condição atual da infraestrutura logística do setor, seus atores e sobre qual seria a
estrutura desejada para atender as demandas atuais e futuras. Acerca da qualidade da
infraestrutura logística, oito entrevistados destacam a adequação desta em relação à
demanda do empresariado do setor calçadista. Os textos a seguir ilustram o ponto de
vista de dois especialistas:
[...] Existe muita oferta, uma capacidade de logística satisfatória, o setor hoje não tem esta dificuldade. Existe uma grande oferta de transportadoras que possibilita a eficiência da logística. Então hoje percebo que a dificuldade não está na logística em si, mas está dentro da cadeia produtiva, perpassando a pontualidade do término destes pedidos para a logística de entrega e distribuição. [...]
[...] Regionalmente, o setor é bem atendido neste quesito. A constante mudança do setor infere a necessidade do cumprimento de prazos e metas, com excelência logística. Obviamente, esta excelência tem um custo ao produtor, entretanto, o segmento calçadista não sofre com as debilidades da infraestrutura logística
vistas no país.[...]
Como exposto no trecho supracitado, o alto custo da logística nacional é citado
por sete respondentes, sendo caracterizado como fator negativo à expansão do setor,
visto o encarecimento da produção devido a este custo. Três dos especialistas cita a
inadequação da atual infraestrutura logística em relação à demanda produtora,
inferindo a dificuldade no escoamento da produção local, ocasionando a perda de
prazos devido à dificuldade da mobilidade dentro do país. Este afirma, ademais, que a
infraestrutura logística é precária no país, como ilustra o excerto a seguir:
109
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
[...] A infraestrutura logística é um caos para o Brasil. Todavia, a proximidade de fornecedores minimiza esta dificuldade para o empresariado local. O maior problema é a dificuldade da exportação do produto local, visto o alto custo deste transporte, além da demora intrínseca ao mesmo. [...]
Com vias de solucionar o problema logístico nacional, três especialistas citam a
necessidade do investimento na ampliação da malha rodoviária nacional e a ampliação
de outros modais como melhor opção para o setor produtivo brasileiro,
principalmente os modais ferroviário e hidroviário, visto a possibilidade de reduzir os
custos produtivos e dar ao empreendedor a possibilidade de ser competitivo dentro do
mercado interno. Um entrevistado destaca a ausência de políticos com visão de futuro
e afirma que as obras referentes à logística nacional são baseadas no imediatismo, sem
planejamento a médio e a longo prazo. Uma opção levantada por um dos
entrevistados destaca a privatização da infraestrutura de transportes no país como
saída para o problema logístico nacional, atribuindo esta responsabilidade às mãos da
iniciativa privada.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A interpretação das opiniões dos especialistas entrevistados buscou
objetivamente identificar e descrever quais as deficiências, dificuldades, tendências e
oportunidades do setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Cantarina. As
informações coletadas e descritas neste relatório tencionam a formar um panorama
econômico deste setor para que apontamentos possam ser realizados em ações de
fomento ao mercado, em geral identificou-se com a pesquisa:
O setor de calçados e artefatos de couro apresenta ampla abrangência de nichos
mercadológicos a serem explorados, bem como é verificável a constante mutação
deste mercado. Esta mutação infere alto custo à manutenção das empresas no
segmento e devido a estes fatores, parte do grupo acredita no declínio do setor
calçadista catarinense, visto a retração da demanda consumidora atrelada aos
110
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
fatores supracitados. Ademais, a guinada do polo calçadista gaúcho para o
mercado interno é outro fator negativo para o empresariado catarinense. Por
outro lado, cinco dos entrevistados percebem a expansão do mercado do setor
calçadista no âmbito estadual. Neste grupo, a estabilidade entre a demanda e a
oferta do setor são destaques para os respondentes, inferindo equilíbrio no
mercado. Apenas um especialista acredita na estabilização do mercado,
associando o declínio da demanda à concorrência intensa vista no setor.
Acerca de dificuldades para o setor calçadista, unanimemente, os entrevistados
destacaram a escassez de mão de obra qualificada para atender a demanda
produtiva, bem como seu custo elevado, quando encontrada. Associada a esta
debilidade, mais da metade dos especialistas apontam como segundo maior
percalço ao crescimento do setor um descompasso estrutural da economia
brasileira: a legislação tributária. Outro percalço ao empresariado é o alto custo
inerente à inovação dentro do setor, devido à transformação abrupta da demanda
consumidora. Outros fatores citados em menor escala pelo grupo são a dificuldade
de exportar o produto local, a volatilidade cambial, bem como a dificuldade de
competir com os produtos estrangeiros no mercado – tanto nacional quanto
internacional. Por fim, a dificuldade de penetração da marca no mercado é citada
como grande percalço ao desenvolvimento do setor visto o alto custo da
implantação de uma adequada estratégia de marketing ao empresariado local.
A incidência da concorrência é destacada pela totalidade dos respondentes. Um
especialista cita a voracidade desta, com o surgimento constante de novas marcas
dentro do setor, bem como devido à criação de novos produtos. A presença da
concorrência das empresas brasileiras, segundo os respondentes, é percebida em
Santa Catarina, sendo esta representada pela região de Franca - São Paulo e o polo
do Rio Grande do Sul, principais polos na fabricação de calçados masculinos. A
entrada de empresas estrangeiras é outro agravante para a concorrência no setor.
Um respondente menciona a deslealdade advinda de países asiáticos como fator
impeditivo à expansão do setor. Outros especialistas percebem a concorrência
como fator salutar para o desenvolvimento qualitativo do setor.
Devido à vasta gama da atuação do setor calçadista, a totalidade dos entrevistados
cita a existência de oportunidades na indústria calçadista no âmbito do mercado
interno. Para aproveitá-las destaca-se a agregação de valor ao produto local, bem
como a expansão ao interior do estado, abarcando nichos até então inexplorados.
111
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Quase a metade dos especialistas cita a expansão para outras regiões do país como
grande oportunidade do produtor local. Os mercados norte e nordestino são
apontados como nichos mercadológicos em veloz expansão, bem como o mercado
feminino devido ao aumento da entrada da mulher no mercado de trabalho, que
consequentemente, eleva o poder aquisitivo deste público. Fato relevante
apontado no estudo, a necessidade de profissionalizar os gestores locais, bem
como criar um espírito associativo por parte do empresariado, com vias de dar ao
empreendedor local segurança para a prospecção de novos mercados. Destaca-se
a inovação no processo produtivo do setor como importante oportunidade de
mercado, permitindo a redução de custos intrínseca a este aperfeiçoamento nos
processos de produção.
Acerca de novos mercados consumidores para o setor calçadista, parte dos
especialistas aborda a necessidade de adequação às mudanças do setor, visto a
constante transformação do mundo da moda e citam, ademais, que cabe ao
empresariado posicionar-se frente à busca por melhorias na produção, através da
inovação, conforto e, preferencialmente, a preços acessíveis. Como supracitado, o
mercado nordestino destaca-se como proeminente nicho a ser explorado, devido
ao crescimento desta região nos últimos anos, bem como o mercado da região
Norte do país. Ademais, a elevação do poder de compra de classes menos
favorecidas socialmente na última década é outra oportunidade relevante para o
mercado calçadista estadual.
Relacionado às expectativas quanto ao futuro do setor calçadista, o grupo destaca
pontos positivos da atual conjuntura do mercado. A retomada do crescimento no
setor, a necessidade do fortalecimento das marcas regionais, atrelado ao fomento
perante o associativismo local como demandas do empresariado para o
crescimento do setor no mercado estadual. Ademais, é pontada a adesão ao fast
fashion como grande expectativa para o empresariado catarinense, inferindo
dinamicidade ao produtor local. Por outro lado, algumas frustrações são
ponderadas pelos respondentes, como por exemplo, a preferência por outros
setores da economia pelo poder público e a extensiva concorrência no setor
calçadista, incorrendo em dificuldades para o empresariado local. A alta tributação
sobre o setor produtivo é vista como fator negativo para o empresariado, sendo
que imprime perda de competitividade ao produto local frente aos importados.
112
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Tratando-se da infraestrutura logística, oito respondentes relatam a adequação
desta em relação à demanda produtora, entretanto sete dos entrevistados
acredita no elevado custo da logística nacional, sendo caracterizado como fator
negativo à expansão do setor, visto o encarecimento da produção devido a este
custo. Por outro lado, três especialistas citam a inadequação da atual
infraestrutura logística em relação à demanda produtora, inferindo a dificuldade
no escoamento da produção local, ocasionando a perda de prazos devido à
dificuldade da mobilidade dentro do país. Como solução para este percalço, duas
alternativas são apontadas pelos entrevistados: a implantação dos modais
ferroviário e hidroviário como melhores opções para o setor produtivo brasileiro,
reduzindo os custos produtivos e dando ao empreendedor a possibilidade de ser
competitivo no mercado interno, e a privatização da infraestrutura de transportes
do país como forma de suprir este gargalo nacional.
113
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
ANEXOS
ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO
O objetivo deste roteiro de pesquisa é obter o máximo de insights do especialista
entrevistado, sobre o mercado em pauta. A pergunta central é: Quais as deficiências,
dificuldades, tendências e oportunidades dos setores industriais em pauta? A seguir
o conjunto de perguntas acessórias deverá ser respondido conforme o seu conhecimento
e experiência sobre o mercado específico pelo qual foi contatado.
CONTROLE
Esta parte integra os dados do respondente e o setor da economia pelo qual irá comentar.
1. Nome completo do participante: _____________________________________________________________________
2. Cargo do participante: _____________________________________________________________________
3. Empresa ou instituição a qual é vinculado: _____________________________________________________________________
4. Endereço completo da empresa ou instituição: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Telefone para contato: _____________________________________________________________________
6. E-mail do participante: _____________________________________________________________________
7. CNPJ da empresa ou instituição:
8. Atividade principal da empresa ou instituição: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
114
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
9. Setor da economia pelo qual tecerá comentários neste questionário:
1. Produtos alimentícios e bebidas 7. Eletrometalmecânico
2. Confecção do vestuário e acessórios 8. Móveis
3. Calçados e artefatos de couro 9. Tecnologia da informação e comunicação
4. Produtos de madeira 10. Acessórios, gemas, joias e cristais
5. Prod. de borracha e de plástico 11. Náutica
6. Construção civil 12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria
QUESTÕES SOBRE O MERCADO
As seguintes perguntas devem ser respondidas com maior ou menor intensidade, dependendo do
conhecimento e experiência do participante da pesquisa sobre o assunto em pauta.
10. Em linhas gerais, você percebe o mercado do setor de ____ em crescimento ou em declínio?
Comente os indicadores ou motivos. _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
11. Quais seriam as principais dificuldades e ameaças que o setor ______ enfrenta em Santa
Catarina? E no Brasil? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
12. Comente sobre a situação atual da concorrência deste setor na região de Santa Catarina, Brasil
e mundo: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
13. E quais seriam as maiores ou mais interessantes oportunidades de mercado que você percebe
para este setor? Percebe diferenças regionais? País? Mundo? Comente. _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
115
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
14. E quanto às expectativas de novos mercados consumidores para este setor? Comente também
por região, país e mundo, se puder.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
15. Como está a infraestrutura logística deste setor? Bem ou mal estruturada? Com muitos ou
poucos players (fornecedores, intermediários, varejistas, consumidores)? O que seria, neste caso,
uma boa infraestrutura para atender as demandas atuais e futuras? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
16. Na sua opinião, como o empresariado percebe este setor na conjuntura atual? Quais suas
expectativas e/ou frustrações? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Aceito participar deste projeto e atesto a veracidade das informações por mim
prestadas, sendo estas disponibilizadas para publicação referente ao Estudo dos Polos
Industriais do PREC para o Programa Nova Economia@SC.
Assim subscrevo:
Nome:________________________________________________________________
RG:______________________________________
Assinatura:____________________________________________________________
Entrevistado
Data: __/__/____
Local:________________________________________________________________
116
Visão dos Especialistas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
117
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
CAPÍTULO III – VISÃO DO EMPRESÁRIO
118
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
119
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES __________________________________ 121 1.1 APRESENTAÇÃO ________________________________________________ 121 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO ___________________________________________ 122 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _____________________________________ 123 2.1 TIPO DE PESQUISA ______________________________________________ 123 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _________________________________________ 123 2.3 COLETA DOS DADOS ____________________________________________ 124 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ________________________________________ 124 3 ANÁLISE DOS DADOS____________________________________________ 125 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS _____ 125 3.1.1 Descrição da atividade econômica _________________________________ 126 3.1.2 Região, município e polo das empresas______________________________ 128 3.1.3 Início das atividades das empresas _________________________________ 130 3.1.4 Número de colaboradores das empresas ____________________________ 133 3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas __________________ 135 3.1.6 Gênero dos entrevistados ________________________________________ 137 3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados _____________________________ 138 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS
ATENDIDAS ____________________________________________________ 140 3.2.1 Mercados consumidores atendidos _________________________________ 140 3.2.2 Gênero dos clientes _____________________________________________ 142 3.2.3 Faixa etária dos respondentes _____________________________________ 143 3.2.4 Classe social dos respondentes ____________________________________ 145 3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais ________________________ 146 3.2.6 Fatores que influenciam as vendas _________________________________ 148 3.2.7 Influência sazonal de consumo ____________________________________ 149 3.2.8 Meses de variação sazonal _______________________________________ 152 3.2.9 Prospecção de clientes finais ______________________________________ 155 3.2.10 Pesquisas de satisfação com clientes finais ___________________________ 156 3.2.11 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais ____________________ 157 3.2.12 Grau de satisfação dos clientes finais _______________________________ 158 3.2.13 Frequência da pesquisa de satisfação _______________________________ 160 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE
PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE _____________________________ 161 3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes ______________________________ 161 3.3.2 Região de origem dos clientes finais ________________________________ 163 3.3.3 Região de origem dos fornecedores ________________________________ 166 3.3.4 Região de origem dos concorrentes ________________________________ 169 3.3.5 Nível de concorrência do mercado _________________________________ 172 3.3.6 Percepção sobre o mercado ______________________________________ 174 3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio _________ 175 3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa _______ 177 3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa __________ 179 3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa ________________________ 181
120
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa __ 183 3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidas na empresa _________________________ 185 3.3.13 Impacto das inovações na empresa _________________________________ 186 3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente _________________ 188 3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa _______________________ 190 3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados ____ 191 3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa ____________________ 193 3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa _______________________________ 195 3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS ___________ 196 3.4.1 Modelos logísticos ______________________________________________ 197 3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas ____________________ 199 3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais _______________________________ 201 3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores _____________ 203 3.4.5 Movimentação da produção na empresa ____________________________ 205 3.4.6 Canais de fornecedores da empresa ________________________________ 207 3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa _____________________ 208 3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa ____________________________ 210 3.4.9 Quantidade de clientes na empresa ________________________________ 213 3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa ________ 215 3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa _ 217 3.4.12 Gestão de estoque na empresa ____________________________________ 218 3.4.13 Software de logística ____________________________________________ 219 3.4.14 Cadeia logística da empresa ______________________________________ 221 3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa _________ 223 3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos __________________ 225 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _________________________________________ 226 4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _________________________________________ 227 4.1.1 Perfil das empresas _____________________________________________ 227 4.1.2 Percepção do mercado atual – demandas atendidas ___________________ 228 4.1.3 Percepção do mercado atual – cadeia de players e conjuntura da atividade _ 229 4.1.4 Análise das características de logística das empresas ___________________ 231 ANEXOS _____________________________________________________________ 233 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ______________________________ 233
121
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1 APRESENTAÇÃO
A etapa de pesquisa de mercado, intitulada Visão do Empresário é uma
iniciativa do Programa Nova Economia@SC e procura em sua abordagem, analisar o
cenário das empresas do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina, no
que diz respeito às percepções do empresariado sobre o seu mercado, buscando
conhecer a interação com os agentes econômicos (clientes, mercado consumidor e
fornecedores) e os aspectos da sua logística aplicada.
Neste cenário de pesquisa em âmbito estadual, serão considerados os polos
econômicos, também conhecidos como arranjos produtivos locais, do setor de
Calçados e Artefatos de Couro em Santa Catarina, pelos quais serão caracterizados em
aspectos de mercado e logística neste Estudo.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais (descritos no
item 6 - Anexos), onde são observados em uma análise conjuntural de conglomerados
para fins de embasamento analítico de mercados, que subsidia informações para o
Programa Nova Economia@SC.
Os Polos analisados neste relatório são:
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas;
Polo Setorial de Calçados da Região Sul.
122
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Figura 1 - Coordenadorias regionais dos polos de Calçados1
Fonte: Elaborado pela empresa Ágape.
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO
Objetivo de levantar e caracterizar as principais percepções do empresariado
do setor de Calçados e Artefatos de Couro em cada polo regional, referente aos
aspectos da atividade, suas vantagens, desvantagens, dificuldades enfrentadas,
caracterizar o perfil da empresa, produção, empregados, faturamento e tempo de
atividade, bem como caracterizar o perfil do empresário e sua atuação no setor e
levantar informações sobre associativismo e participação em atividades setoriais.
Neste trabalho também se observa a caracterização da cadeia de distribuição e
produtiva, transporte e armazenagem de mercadorias, insumos e produtos.
Foz do Itajaí
Região Sul
123
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Para o alcance dos objetivos da presente pesquisa, dada à natureza deste
estudo, o delineamento metodológico seguido consta dos seguintes aspectos:
2.1 TIPO DE PESQUISA
A pesquisa é caracterizada por método quantitativo (mensuração da
quantidade de respostas, que possibilita a aplicação de inferência), de caráter
exploratório e descritivo (busca mensurar atitudes e opiniões da população de
empresas-alvo da pesquisa), com o processo de amostragem não probabilístico, com
amostra selecionada por casos típicos (empresas com características semelhantes,
sendo estas da indústria de calçados catarinense e de micro e pequeno porte). O corte
da pesquisa é transversal, ou seja, a coleta dos dados ocorre num só momento.
2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população da pesquisa é formada por pessoa jurídica, empresas de porte
pequeno e micro, pertencentes ao setor de Calçados e Artefatos de Couro, instaladas
em dois polos industriais do estado de Santa Catarina e que somam 968 empresas
segundo dados da RAIS, 2011. Porém, a soma de empresas dos quatro polos
econômicos deste levantamento, indicados na Tabela 1, soma o total de 610 empresas
neste ano, e, cuja diferença entre o total e a soma dos polos é a quantidade de
empresas nas demais regiões geográficas do estado. A amostra é formada por 92
empresas, extraída da margem de erro de 7% com índice de confiabilidade de 95%.
124
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Tabela 1 - Distribuição amostral da pesquisa1
Polo Regional Total de Empresas Amostra Realizada
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas 440 78
Polo Setorial de Calçados da Região Sul 170 14
Total 610 92 Fonte: dados da pesquisa.
A Tabela 1 revela a proporção da amostra realizada por polo regional de Santa
Catarina e considera empresas de atividades com CNAE das divisões: Divisão 15 –
preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e
calçados, grupo 151 - curtimento e outras preparações de couro, grupo 152 -
fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro, grupo 153 -
fabricação de calçados, grupo 154 - fabricação de partes para calçados, de qualquer
material.
2.3 COLETA DOS DADOS
A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista pessoal in loco, em
empresas referentes aos segmentos do setor de Calçados e Artefatos de Couro,
descritos na Tabela 1 e detalhados no Gráfico 1 de análises. A abordagem com
empresas deu-se pela sua especificidade de atuação e disponibilidade em fornecer os
dados através de seus gestores, responsáveis pelo fornecimento das informações da
pesquisa e sujeitos de análise. As entrevistas ocorreram entre os meses de março e
junho de 2013, sendo a aplicação de entrevista via questionário estruturado com
perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha, previamente aprovadas pela
comissão responsável pela realização deste trabalho, do Sebrae/SC.
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA
As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos
empresários e gestores entrevistados do setor de Calçados e Artefatos de Couro,
inseridos no respectivo polo econômico regional catarinense.
125
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3 ANÁLISE DOS DADOS
Esta parte tem como finalidade apresentar e analisar os resultados da
investigação sobre a percepção das empresas industriais catarinenses (setores e polos
identificados no capítulo 2), quanto aos aspectos do mercado onde estão inseridas, sua
percepção de futuro para o negócio e seu processo logístico. Está organizado em três
partes: na primeira são apresentados e analisados os dados relativos às características
socioeconômicas das empresas pesquisadas; a segunda analisa o mercado das
empresas; e a terceira descreve características de logística envolvidas no negócio.
No quesito apresentação das tabelas e gráficos do relatório, a dinâmica de
leitura é realizada na sequência em que as perguntas de pesquisa foram aplicadas aos
entrevistados (instrumento de coleta de dados consta em anexo). A análise segue
apresentando o gráfico sobre o total de respostas, seguido dos cruzamentos da
variável em questão com as regiões - polo do estudo (expresso no Gráfico 3) e da
possibilidade de outros gráficos de correlação expressivos, mas há exceções em que o
gráfico cruzado substitui o total por conter esta informação. Ao término, uma síntese
geral apresenta as principais conclusões do trabalho.
Ressalta-se que, ao longo da análise, diversos gráficos são de múltipla resposta,
fator em que a soma das citações de pesquisa excede o total de respondentes,
ultrapassando 100% do total de respostas indicadas em gráficos desta natureza
(múltipla resposta). A análise cruzada realizada de uma variável de múltipla resposta
também pode ultrapassar o total de respondentes. Optou-se por este método em
razão da melhor interpretação do comportamento dos dados percentuais, sempre
apresentando os dados pelo total de empresas, ou seja, indicando quantas “empresas
entrevistadas” indicam cada alternativa de resposta do levantamento e não somente
quantas vezes uma alternativa foi marcada/indicada.
3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS
As categorias de análise das características das empresas pesquisadas foram:
ramo de atividade e o porte das empresas, o número de funcionário por empresa e o
nível de escolaridade dos entrevistados, cidade de instalação da empresa, data de
126
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
início das atividades, faturamento e entidades associadas às empresas, e conforme
demonstram os resultados a seguir.
3.1.1 Descrição da atividade econômica
Descreva sua principal atividade econômica:
Gráfico 1 – Atividade principal1
Fonte: dados da pesquisa.
As atividades principais das empresas entrevistadas, algumas, são
complementares entre si e outras são de áreas diferentes, conforme exposto no
Gráfico 1. Entre as oito atividades apresentadas, podemos citar que o ramo mais
frequente é a fabricação de partes para calçados, com 35,9% do total dos
respondentes, seguido pela fabricação de calçados de couro, com 33,7% dos
respondentes. A atividade com o menor percentual de respondentes é o segmento de
fabricação de máquinas e equipamentos para indústria de calçados, apenas 1,1% da
amostra total.
RAMO DE ATIVIDADE
Fabricação de partes para calçados 33 35,9%
Fabricação de calçados de couro 31 33,7%
Fabricação de calçados de qualquer material 12 13,0%
Fabricação de calçados sintéticos, profissionais 5 5,4%
Fabricação de embalagens para calçados 4 4,3%
Fabricação de artigos de cutelaria 4 4,3%
Fabricação de artigos/artefatos de couro 2 2,2%
Fabricação de máquinas e equipamentos para indústria de calçados 1 1,1%
Total 92 100,0%
127
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 1.1 – Atividade principal X Região-Polo2
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 1.1 correlaciona os índices do Gráfico 1 ao polo econômico a que este pertence. A fabricação de partes para calçados tem
amplo destaque no polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, com 39,7% dos respondentes desta esfera do estudo nesta faixa de resposta. Os
respondentes da fabricação de calçados de couro são maior número no polo de Calçados da Região Sul, com 64,3% dos entrevistados desta
esfera da pesquisa. Já a fabricação de calçados de qualquer material destaca-se no polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas (14,1%), ao passo
que a fabricação de artigos/artefatos de couro apresenta maior número de respondentes no polo de Calçados da Região Sul (14,3%).
ATIVIDADE PRINCIPAL / POLO EM SC
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Fabricação de partes para calçados
Fabricação de calçados de couro
Fabricação de calçados de qualquer material
Fabricação de calçados sintéticos, profissionais
Fabricação de artigos de cutelaria
Fabricação de embalagens para calçados
Fabricação de artigos/artefatos de couro
Fabricação de máquinas e equipamentos para indústria de calçados
Total
31 39,7% 2 14,3%
22 28,2% 9 64,3%
11 14,1% 1 7,1%
5 6,4% 0 0,0%
4 5,1% 0 0,0%
4 5,1% 0 0,0%
0 0,0% 2 14,3%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
128
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.1.2 Região, município e polo das empresas
Cidade região onde a empresa está instalada:
Gráfico 2 – Região-polo de instalação das empresas3
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 2 correlaciona os municípios de instalação das empresas pesquisadas
e o respectivo polo econômico a que esta pertence. A orientação do gráfico é a leitura
pelo total de 92 empresas partícipes oriundas de Santa Catarina. É observável a maior
concentração de respondentes no polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, com 84,5%
dos respondentes pertencentes a esta esfera da pesquisa, frente a 15,2% dos
inquiridos instalados no polo de Calçados da Região Sul.
129
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 2.1 – Município X Região-polo de instalação das empresas4
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 2.1 apresenta o cruzamento entre a cidade de instalação das
empresas entrevistadas com o seu polo econômico. Neste prospecto, a maior
concentração de empresas instaladas num único município é vista em São João Batista,
com 91% dos entrevistados do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas oriundos deste
município, seguido por distantes 6,4% de Tijucas. Enquanto Sombrio detém metade
dos respondentes do polo de Calçados da Região Sul, 28,6% dos entrevistados deste
polo econômico são provenientes do município de Araranguá.
130
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.1.3 Início das atividades das empresas
Data de início das atividades: (Questão convertida para “idade das empresas no
mercado”).
Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2013)5
Fonte: dados da pesquisa.
Segundo o gráfico acima, a média da idade das empresas pesquisadas é 13
anos, fato que infere a elevada maturidade operacional destas. Apenas uma empresa
pesquisada tem um ano de atividade no mercado. O índice de maior expressividade é
na faixa de 10 a 19 anos, com 32,6% do total inquirido, seguido pela faixa de 5 a 9
anos, que detém 29,3% da amostra do estudo. A faixa com 30 anos ou mais de
atividades no mercado do setor corresponde a 5,4% dos entrevistados do presente
estudo. A média geral da idade das empresas é de 13 anos.
131
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 3.1 – Idade das empresas X Região-Polo (referência de 2013)6
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 3.1 cruza os dados entre o polo pesquisado e o tempo de atividade
das empresas respondentes, sendo que a faixa de destaque para o polo de Calçados do
Vale do Rio Tijucas é entre 10 a 19, com 1/3 dos respondentes deste polo econômico
incidente a esta faixa de resposta. Já o polo de Calçados da Região Sul tem maior
destaque na faixa entre 20 a 29 anos ou mais de atividade no setor, com 35,7% dos
respondentes. Observa-se que a única empresa da amostra com apenas um ano de
atividade no setor é proveniente do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas. Na faixa
de 2 a 9 anos (acumulada) o Polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas supera,
percentualmente, o Polo de Calçados da Região Sul, 50% e 28,5% respectivamente.
POLO EM SC / TEMPO EM ATIVIDADE
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
1
De 2 a 4
De 5 a 9
De 10 a 19
De 20 a 29
30 e mais
Total
0 0,0% 1 1,3%
1 7,1% 15 19,2%
3 21,4% 24 30,8%
4 28,6% 26 33,3%
5 35,7% 8 10,3%
1 7,1% 4 5,1%
14 100,0% 78 100,0%
132
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 3.2 – Idade média das empresas X Região-Polo (referência de 2013)7
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 3.2 relaciona a média de idade das empresas por polo, com idade
média variando de 12 a 17 anos nos segmentos das pesquisas. Estes valores são
observados respectivamente no polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas e no polo de
Calçados da Região Sul.
POLO EM SC / TEMPO EM ATIVIDADE
TEMPO EM ATIVIDADE
Média Mín Máx
Calçados da Região Sul
Calçados do Vale do Rio Tijucas
Total
17 4 33
12 1 47
13 1 47
133
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.1.4 Número de colaboradores das empresas
Número de colaboradores da empresa:
Gráfico 4 – Número de colaboradores8
Fonte: dados da pesquisa.
Dentre as empresas entrevistadas, segundo o Gráfico 4, é verificável a
diversificação do número de colaboradores nos respondentes. O número mais
significativo situa-se na faixa de 10 a 19 colaboradores, com índice de 27,2% dos
respondentes. Dentre o grupo pesquisado, 26,1% dos respondentes tem até cinco ou
menos colaboradores, ao passo que 29,3% das empresas possuem mais de trinta. A
média é de 27 colaboradores por empresa. Comparativamente à média corrigida, que
diminui consideravelmente para 19 colaboradores, obtendo ainda, índice alto. Nota-se
que a média corrigida considera a massa de dados entre 10% e 90% dos valores
indicados de respostas, considerando a massa de dados de 80% dos respondentes com
as respostas mais aproximadas.
NÚMERO DE COLABORADORES
Média = 27 Desvio-padrão = 32
Mín = 1 Máx = 150
m (10,0% - 90,0%) = 19
1 2 2,2%
De 2 a 3 9 9,8%
De 4 a 5 13 14,1%
De 6 a 7 4 4,3%
De 8 a 9 4 4,3%
De 10 a 19 25 27,2%
De 20 a 29 8 8,7%
De 30 a 49 12 13,0%
De 50 a 99 8 8,7%
100 e mais 7 7,6%
Total 92 100,0%
134
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 4.1 – Número de colaboradores X Região-polo9
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O cruzamento entre o número de colaboradores das empresas e seu respectivo
polo é apresentado no Gráfico 4.1. Para os dois polos econômicos pesquisados a faixa
de destaque é entre 10 a 19 colaboradores por empresa, sendo o índice mais elevado,
28,6% da amostra do polo de Calçados da Região Sul, e 26,9% no Polo de Calçados do
Vale do Rio Tijucas, nesta faixa de resposta. Outrossim, o polo de Calçados do Vale do
Rio Tijucas detém 34,6% dos entrevistados na faixa abaixo de 10 colaboradores, frente
a 35,7% dos entrevistados do polo de Calçados da Região Sul nesta mesma faixa de
resposta, acumulada.
NÚMERO DE COLABORADORES / POLOS DE SC
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
1
De 2 a 3
De 4 a 5
De 6 a 7
De 8 a 9
De 10 a 19
De 20 a 29
De 30 a 49
De 50 a 99
100 e mais
Total
0 0,0% 2 2,6%
2 14,3% 7 9,0%
3 21,4% 10 12,8%
0 0,0% 4 5,1%
0 0,0% 4 5,1%
4 28,6% 21 26,9%
0 0,0% 8 10,3%
2 14,3% 10 12,8%
2 14,3% 6 7,7%
1 7,1% 6 7,7%
14 100,0% 78 100,0%
135
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 4.2 – Número médio de colaboradores X Região-Polo10
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico acima, 4.2, destaca as médias e a variação mínima/máxima de
colaboradores por empresa e atividade econômica no estado. O polo com menor
média é o polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, com vinte e seis colaboradores em
média por empresa. Já a maior média, trinta e três colaboradores por empresa, ocorre
no polo de Calçados da Região Sul.
3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas
Porte/Classificação da empresa (anual):
Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa11
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 5 apresenta a classificação das empresas entrevistadas segundo o seu
faturamento declarado. A maioria de 51,1% das empresas da pesquisa é
Microempresas e faturaram em 2012 até R$ 360 mil. Já 43,5%, são Empresas de
Pequeno Porte, com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões.
POLO EM SC / NÚMERO MÉDIO DE COLABORADORES
NÚMERO DE
COLABORADORES
Média Mín Máx
Calçados da Região Sul
Calçados do Vale do Rio Tijucas
Total
33 2 150
26 1 112
27 1 150
136
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 5.1 – Porte/Classificação da empresa X Região-Polo12
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 5.1 indica a disposição das empresas por porte/classificação de
acordo com seu faturamento por polo econômico em Santa Catarina. O gráfico revela
que a concentração de Microempresas é superior à concentração de Empresas de
Pequeno Porte no polo e Calçados do Vale do Rio Tijucas, onde 52,6% dos
entrevistados situam-se nesta faixa de resposta. No polo de Calçados da Região Sul
observa-se equilíbrio no número de respondentes, pois as Microempresas e as
Empresas de Pequeno Porte apresentam o mesmo percentual de 42,9% da amostra
deste polo. Uma empresa do estudo é considerada Empresa de Grande Porte, com
faturamento acima dos R$ 48 milhões, proveniente do polo de Calçados da Região Sul.
137
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.1.6 Gênero dos entrevistados
Sexo do entrevistado:
Gráfico 6 – Gênero dos respondentes13
Fonte: dados da pesquisa.
De acordo com a leitura do Gráfico 6 – Gênero dos respondentes, 60,9% dos
entrevistados são homens, enquanto 39,1% do grupo é composto por mulheres.
Gráfico 6.1 – Gênero dos respondentes X Região-Polo14
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
GÊNERO DO ENTREVISTADO
Masculino 56 60,9%
Feminino 36 39,1%
Total 92 100,0%
60,9%
39,1%
GÊNERO DOS ENTREVISTADOS / POLO DO SETOR EM SC
Calçados do Vale
do Rio Tijucas
N % obs.
Calçados da Região
Sul
N % obs.
Masculino
Feminino
Total
47 60,3% 9 64,3%
31 39,7% 5 35,7%
78 100,0% 14 100,0%
138
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O gráfico acima apresenta a distribuição por polo do setor do gênero dos
respondentes. O sexo masculino é maioria nos dois polos do estudo, com
concentração variando entre 60,3% e 64,3%, índices observados respectivamente no
polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas e no polo de Calçados da Região Sul.
3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados
Grau de escolaridade do entrevistado:
Gráfico 7 – Grau de escolaridade dos respondentes15
Fonte: dados da pesquisa
A análise do Gráfico 7 indica que 28,3% do total inquirido possui Ensino
Superior Completo. O índice de respondentes com Ensino Médio Completo ocupa a
segunda posição no estudo, com 26,1% do total da amostra. Dois entrevistados da
amostra possuem Mestrado, ao passo que três respondentes têm Especialização.
GRAU DE ESCOLARIDADE DO ENTREVISTADO
Ensino Fundamental Incompleto 7 7,6%
Ensino Fundamental Completo 10 10,9%
Ensino Médio Incompleto 3 3,3%
Ensino Médio Completo 24 26,1%
Superior Incompleto 17 18,5%
Superior Completo 26 28,3%
Especialização 3 3,3%
Mestrado 2 2,2%
Total 92 100,0%
139
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 7.1 – Grau de escolaridade dos respondentes X Região-Polo16
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 7.1 apresenta o nível de escolaridade dos entrevistados de acordo
com o polo econômico em que estes estão localizados. É observável que no polo de
Calçados da Região Sul o destaque é o índice de 35,7% dos respondentes com Ensino
Superior Completo, enquanto no polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas o índice de
maior expressividade é o de inquiridos com Ensino Médio Completo, com 28,2% dos
respondentes nesta faixa de resposta. Cabe salientar que dois entrevistados da
pesquisa possuem Mestrado, sendo um destes oriundos de cada polo econômico do
estudo. Ressalta-se que na opção de resposta “ensino fundamental incompleto”,
constata-se o quantitativo elevado (6) de respondentes pertencentes ao Polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas, comparativamente aos respondentes (1) do Polo de
Calçados da Região Sul, embora os percentuais sejam muito parecidos.
140
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS ATENDIDAS
Esta seção apresentará os resultados da análise das características da demanda
das empresas estudadas, suas características e práticas de gestão de clientes. É
composta por quatorze variáveis que explicam a demanda das empresas de Calçados e
Artefatos de Couro em Santa Catarina.
3.2.1 Mercados consumidores atendidos
Quais mercados a sua empresa atende?
Gráfico 8 – Mercados atendidos17
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 9 refere-se à distribuição de mercados atendidos pelas empresas
pesquisadas. Atender as Empresas é a preferência da maioria dos respondentes, 93,5%
dentre o grupo, seguido pelo atendimento ao consumidor final pessoa física, com
índice de 19,6% das respostas.
MERCADOS ATENDIDOS
Empresas 86 93,5%
Consumidor f inal pessoa física 18 19,6%
Total 92
141
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 8.1 – Mercados atendidos X Região-Polo18
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 9.1 cruza as informações dos polos econômicos com seus respectivos
mercados atendidos. É relevante salientar que uma mesma empresa do setor pode
atender a diversos mercados. O foco majoritário das empresas pesquisadas é
principalmente no atendimento a empresas privadas, quase a totalidade dos
entrevistados são incidentes a esta faixa de resposta em ambos os polos. O
atendimento ao consumidor final pessoa física tem menor proeminência no polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas, com 16,7% dos entrevistados nesta faixa de resposta.
142
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.2.2 Gênero dos clientes
Sexo (predominante) dos clientes:
Gráfico 9 – Gênero dos clientes19
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 9 refere-se ao gênero predominante dos clientes das empresas
pesquisadas. Dentre aqueles que responderam ao levantamento, 8,7% dos
entrevistados relatam o atendimento a ambos os sexos, em seguida, empresas
voltadas ao público feminino respondem por 7,6% da amostra total e apenas 3,3%
representam empresas voltadas exclusivamente ao público masculino.
O alto percentual (80,4%) de “Não resposta” representa a quantidade de
respondentes que atendem exclusivamente a clientes pessoa jurídicas.
GÊNERO PREDOMINANTE DE CLIENTES
Não resposta 74 80,4%
Ambos 8 8,7%
Feminino 7 7,6%
Masculino 3 3,3%
Total 92 100,0%
80,4%
8,7%
7,6%3,3%
143
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 9.1 – Gênero dos clientes X Região-Polo20
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
De acordo com o cruzamento entre o gênero dos clientes e o polo econômico
dos respondentes, apresentado no Gráfico 9.1, é verificável que a predominância do
atendimento aos clientes de ambos os sexos ocorre no polo de Calçados da Região Sul,
onde 21,4% dos respondentes o destacam. Este Polo também contém o maior
percentual de atendimentos ao sexo masculino, 14,3% da amostra. Já no polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas, o destaque é para aqueles que atendem
exclusivamente o público feminino, com 9% dentre os entrevistados desta região da
pesquisa.
3.2.3 Faixa etária dos respondentes
Faixa Etária (predominante) dos clientes:
Gráfico 10 – Faixa etária dos clientes21
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
POLO EM SC / GÊNERO PREDOMINANTE DE CLIENTES
Calçados do Vale
do Rio Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Ambos
Feminino
Masculino
Total
5 6,4% 3 21,4%
7 9,0% 0 0,0%
1 1,3% 2 14,3%
78 100,0% 14 100,0%
FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE DE CLIENTES
Não resposta 74 80,4%
Adultos 13 14,1%
Jovens 6 6,5%
Todas as faixas 4 4,3%
Crianças 1 1,1%
Idosos 1 1,1%
Total 92
144
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O Gráfico 11 ilustra a faixa etária dos clientes atendidos nos polos estudados.
Majoritariamente, o público-alvo é formado por adultos, com 14,1% das respostas,
seguido pelo público jovem, com 6,5% da amostra. Dentre o grupo, 80,4% dos
entrevistados não responderam a este questionamento, por atenderem
exclusivamente a clientes pessoa jurídicas.
Gráfico 10.1 – Faixa etária dos clientes X Região-Polo22
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 10.1 cruza os dados entre faixa etária predominante dos clientes da
amostragem e seu respectivo polo econômico. O predomínio do público adulto faz-se
presente em todos os segmentos pesquisados, com índice mais significativo para o
polo de Calçados da Região Sul, onde 28,6% dos respondentes afirmam atender
principalmente a este público. Apenas respondentes do polo de Calçados do Vale do
Rio Tijucas atendem a crianças e a idosos, com um respondente deste polo econômico
incidindo nestas opções de resposta.
POLO EM SC / FAIXA ETÁRIA PREDOMINANTE DE CLIENTES
Calçados do Vale
do Rio Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Adultos
Jovens
Todas as faixas
Crianças
Idosos
Total
9 11,5% 4 28,6%
5 6,4% 1 7,1%
3 3,8% 1 7,1%
1 1,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
145
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.2.4 Classe social dos respondentes
Classe social (predominante) dos clientes:
Gráfico 11 – Classe social dos clientes23
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 11 analisa o perfil dos clientes por classe social, sendo verificável que
80,4% das empresas não responderam a este levantamento por atenderem
exclusivamente a clientes pessoa jurídicas. Dentre aqueles que distinguem as classes B
e C têm índice de maior expressividade, com 8,7% das empresas respondentes
incidentes a cada uma destas faixas de resposta. Aqueles que não diferem seus
clientes por classe social representam apenas 4,3% da amostra pesquisada.
Gráfico 11.1 – Classe social dos clientes X Região-Polo24
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
CLASSE SOCIAL PREDOMINANTE DE CLIENTES
Não resposta 74 80,4%
Classe A 4 4,3%
Classe B 8 8,7%
Classe C 8 8,7%
Classe D 1 1,1%
Classe E 0 0,0%
Todas as classes 4 4,3%
Total 92
POLO EM SC / CLASSE SOCIAL PREDOMINANTE DE CLIENTES
Calçados da Região
Sul
N % obs.
Calçados do Vale
do Rio Tijucas
N % obs.
Classe A
Classe B
Classe C
Classe D
Todas as classes
Total
0 0,0% 4 5,1%
0 0,0% 8 10,3%
3 21,4% 5 6,4%
1 7,1% 0 0,0%
2 14,3% 2 2,6%
14 100,0% 78 100,0%
146
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O Gráfico 11.1 cruza os dados entre classe social predominante dos clientes dos
respondentes e o polo econômico das empresas pesquisadas. A Classe C é
predominante no polo de Calçados da Região Sul, com 21,4% dos representantes desta
esfera do estudo incidentes a esta faixa de resposta. No polo de Calçados do Vale do
Rio Tijucas, o destaque é o atendimento à Classe B, 10,3% de seus integrantes
incidentes a esta faixa de escolha. O atendimento a todas as classes é mais citado
pelos respondentes do Polo de Calçados da Região Sul, 14,3% da amostra do polo.
3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais
Quais as principais razões de compra dos clientes da empresa?
Gráfico 12 – Principais razões de compra dos clientes finais25
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 12 destaca os atributos citados pelos clientes finais como principais
razões na hora da compra, de acordo com os empresários. É verificável a
complementaridade entre estes atributos, razão pela qual a totalidade das respostas
ultrapassa 100%. O ponto citado com maior significância é a qualidade do produto ou
serviço ofertado, atingindo 95,7% das respostas, seguido por preço competitivo, com
PRINCIPAIS RAZÕES DE COMPRA
Qualidade 88 95,7%
Preço 64 69,6%
Beleza/design 34 37,0%
Prazo de entrega 16 17,4%
Forma de pagamento 5 5,4%
Marca 2 2,2%
Outro 1 1,1%
Total 92
147
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
POLO DO SETOR / PRINCIPAIS RAZÕES DE COMPRA
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Qualidade
Preço
Beleza/design
Prazo de entrega
Forma de pagamento
Marca
Outro
Total
75 96,2% 13 92,9%
51 65,4% 13 92,9%
28 35,9% 6 42,9%
15 19,2% 1 7,1%
3 3,8% 2 14,3%
0 0,0% 2 14,3%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
69,6% das respostas; e em terceiro lugar, amplamente atrás dos dois primeiros
atributos citados, está a beleza/design do produto, com 37% do grupo entrevistado.
Gráfico 12.1 – Principais razões de compra X Região-Polo26
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 12.1 indica o cruzamento das principais razões de compra dos
clientes com o polo do setor das empresas pesquisadas. A totalidade dos polos destaca
a qualidade como principal razão de compra dos clientes, atingindo 96,2% dos
entrevistados de Calçados do Vale do Rio Tijucas. O fator preço é outro atributo de
compra consideravelmente importante para os clientes, com índice exacerbado de
92,9% dos respondentes de Calçados da Região Sul. Para os entrevistados de Calçados
do Vale do Rio Tijucas, o prazo de entrega aos clientes é citado por 19,2% do total dos
entrevistados. A marca é um atributo relevante para os respondentes do polo de
Calçados do Sul, com 14,3%, assim como a forma de pagamento, que possui o mesmo
percentual. Razões ligadas à Beleza/design aparecem como terceira condição mais
apontada nos dois polos analisados, com relativo grau de importância.
148
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.2.6 Fatores que influenciam as vendas
Quem ou o que principalmente influencia a compra dos produtos da sua empresa?
Gráfico 13 – Principais influências na venda dos produtos da empresa27
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 14 destaca as principais influências na venda dos produtos das
empresas respondentes, sendo a ação de promotor/vendedor indicada por 77,2% dos
entrevistados, seguida pela indicação de terceiros, com 28,3% da amostra e em
terceiro propaganda, com 15,2% dos respondentes.
Gráfico 13.1 – Principais influências na venda dos produtos da empresa X Região-Polo28
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
PRINCIPAL INFLUÊNCIA NA VENDA
Promotor/Vendedor 71 77,2%
Indicação de terceiros 26 28,3%
Propaganda 14 15,2%
Vitrine/PDV 5 5,4%
Total 92
POLO EM SC / PRINCIPAL INFLUÊNCIA NA VENDA
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Promotor/Vendedor
Indicação de terceiros
Propaganda
Vitrine/PDV
Total
60 76,9% 11 78,6%
21 26,9% 5 35,7%
8 10,3% 6 42,9%
1 1,3% 4 28,6%
78 100,0% 14 100,0%
149
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O Gráfico 13.1 correlaciona os fatores que influenciam a venda de produtos e
serviços do setor e o polo econômico das empresas pesquisadas. A ação de
promotor/vendedor apresenta maior poder influenciador em todos os polos.
Numericamente, a indicação de terceiros tem maior expressividade no polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas, com 21 dentre os 78 respondentes da pesquisa
incidentes a esta faixa de resposta com procedência neste polo econômico.
Percentualmente, a propaganda é mais citada no Polo de Calçados da Região Sul, por
42,9% dos respondentes.
3.2.7 Influência sazonal de consumo
Há alterações sazonais de compra/consumo dos produtos da empresa (por parte dos clientes)?
Gráfico 14 – Alterações sazonais de consumo29
Fonte: dados da pesquisa.
As alterações sazonais de consumo expressam a variação no volume de vendas
das empresas entrevistadas em um determinado intervalo de tempo, envolvendo a
periodicidade em meses que há aumento ou queda significativa nas vendas ou receitas
das empresas.
O gráfico acima indica que para a maioria dos respondentes, 75%, há influência
sazonal significativa nas vendas de seus produtos e serviços. Por outro lado, 25% dos
entrevistados afirmam não haver influência significativa da sazonalidade no volume de
venda de seus produtos e serviços.
INFLUÊNCIA SAZONAL
Sim 69 75,0%
Não 23 25,0%
Total 92 100,0%
150
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 14.1 – Alterações sazonais de consumo X Região-Polo30
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 14.1 cruza a influência sazonal com o polo em que as empresas
estudadas estão instaladas. A influência sazonal no consumo é característica dos dois
polos do estudo, com exacerbação no polo de Calçados da Região Sul, onde 85,7% dos
entrevistados afirmam sentir influência sazonal significativa nas vendas de seus
produtos e serviços. Por outro lado, no polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, 26,9%
dos respondentes afirmam não existir influência da sazonalidade nas vendas de seus
produtos e serviços.
Gráfico 14.2 – Importância da alteração sazonal de consumo31
Fonte: dados da pesquisa
SAZONALIDADE POSITIVA X NEGATIVA
Insignif icante 40 43,5%
Negativa (de queda em vendas/faturamento) 29 31,5%
Positiva (de crescimento) 23 25,0%
Total 92 100,0%
43,5%
31,5%
25,0%
151
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Quando existe aumento de vendas advindo da influência sazonal, afirma-se que
esta é positiva ao empresariado, enquanto no momento de queda de vendas ou
faturamento no período indica influência sazonal negativa. Dentro da amostra, 31,5%
dos inquiridos creem na influência sazonal de forma negativa, ao passo que para 25%
dos entrevistados esta influência eleva as vendas ou o faturamento no período. É
relevante citar que o maior índice da pesquisa é de entrevistados que afirmam que a
sazonalidade é insignificante para o seu negócio, 43,5% dos entrevistados.
Gráfico 14.3 – Importância da alteração sazonal de consumo X Região-Polo32
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 14.3 cruza a alteração sazonal com o polo econômico das empresas
pesquisadas. A sazonalidade positiva tem maior expressividade no polo de Calçados da
Região Sul, com 78,6% dos representantes desta faixa de resposta. Todos os
entrevistados que acreditam na influência negativa da alteração sazonal são oriundos
do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas. Entretanto, 47,4% dos entrevistados deste
mesmo polo pontuam a influência sazonal como algo insignificante. Cabe ressaltar que
onze dentre os catorze entrevistados do polo de Calçados da Região Sul pontuam a
sazonalidade como positiva para suas empresas.
152
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.2.8 Meses de variação sazonal
Em caso positivo, quais? (citar meses em que há variação sazonal nas vendas)
Gráfico 15 – Meses de variação sazonal33
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 15 destaca os meses com maior alteração sazonal para as empresas
entrevistadas. Observa-se que 26,1% dos entrevistados não sabem responder a este
questionamento, sendo passível de inserção a premissa da ausência de um estudo em
relação a este tópico. Dentre aqueles que responderam ao levantamento, o período
mais significativo de variação ocorre nos meses de janeiro e junho, com índices
respectivamente de 41,3% e 37% dos respondentes da amostra incidindo a estas faixas
de resposta. O mês com a menor variação sazonal é abril, com 5,4% de indicações.
MESES DE VARIAÇÃO SAZONAL
Não resposta 24 26,1%
Jan 38 41,3%
Fev 25 27,2%
Mar 10 10,9%
Abr 5 5,4%
Mai 19 20,7%
Jun 34 37,0%
Jul 28 30,4%
Ago 8 8,7%
Set 8 8,7%
Out 8 8,7%
Nov 12 13,0%
Dez 19 20,7%
Total 92
153
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 15.1 – Meses de variação sazonal X Região-Polo34
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 15.1 correlaciona os meses de variação sazonal com o polo
econômico das empresas pesquisadas. Para o polo de Calçados da Região Sul, metade
dos respondentes cita o mês de fevereiro como mês da maior variação sazonal. Para os
entrevistados do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, 42,3% dos entrevistados
destacam janeiro como mês de maior variação sazonal.
MESES DE VARIAÇÃO SAZONAL / POLO EM SC
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Total
5 35,7% 33 42,3%
7 50,0% 18 23,1%
2 14,3% 8 10,3%
2 14,3% 3 3,8%
2 14,3% 17 21,8%
3 21,4% 31 39,7%
4 28,6% 24 30,8%
3 21,4% 5 6,4%
3 21,4% 5 6,4%
3 21,4% 5 6,4%
3 21,4% 9 11,5%
1 7,1% 18 23,1%
14 100,0% 78 100,0%
154
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 15.2 – Meses de variação sazonal X Importância da alteração sazonal de consumo35
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 15.2 evidencia a relação entre os meses em que há influência sazonal
nas vendas e o resultado desta influência, positiva (aumento em vendas) ou negativa
(queda nas vendas/faturamento). A maior sazonalidade negativa das empresas
entrevistadas foi indicada no mês de junho, com 65,5% dos respondentes. O resultado
mais expressivo na sazonalidade positiva ocorre no mês de fevereiro, com 47,8%
dentre os inquiridos estabelecidos nesta faixa de resposta.
MESES DE VARIAÇÃO SAZONAL / SAZONALIDADE POSITIVA X NEGATIVA
Negativa (de
queda em
vendas/fat
uramento)
N % obs.
Positiva (de
crescimento)
N % obs.
Insignif icante
N % obs.
Não resposta
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Total
0 0,0% 1 4,3% 23 57,5%
15 51,7% 10 43,5% 13 32,5%
9 31,0% 11 47,8% 5 12,5%
4 13,8% 4 17,4% 2 5,0%
2 6,9% 3 13,0% 0 0,0%
10 34,5% 6 26,1% 3 7,5%
19 65,5% 6 26,1% 9 22,5%
13 44,8% 7 30,4% 8 20,0%
1 3,4% 5 21,7% 2 5,0%
0 0,0% 5 21,7% 3 7,5%
0 0,0% 5 21,7% 3 7,5%
2 6,9% 6 26,1% 4 10,0%
5 17,2% 8 34,8% 6 15,0%
29 100,0% 23 100,0% 40 100,0%
155
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.2.9 Prospecção de clientes finais
A empresa realiza prospecção de clientes?
Gráfico 16 – Prospecção dos clientes finais36
Fonte: dados da pesquisa.
Baseado em respostas diretas dos respondentes, o Gráfico 17 destaca a
questão da prospecção ou não prospecção de clientes, influenciando na pró-atividade
acerca da captação de novos clientes para a empresa. A diferença entre os índices
positivo e negativo é elevada, visto que realizam prospecção de clientes são 64,1%, ao
passo que 35,9% não realizam prospecção de clientes, de acordo com os entrevistados.
Gráfico 16.1 – Prospecção dos clientes finais X Região-Polo37
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
REALIZA PROSPECÇÃO DE CLIENTES
Sim 59 64,1%
Não 33 35,9%
Total 92 100,0%
156
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O Gráfico 16.1 mostra os polos econômicos em que as empresas mais
realizaram atividades prospectivas para o seu negócio. O índice mais relevante para os
dois polos é dos entrevistados que realizam a prospecção de clientes, com destaque
para o polo de Calçados da Região Sul, responsável por 78,6% dos entrevistados que
realizam esta prospecção de clientes. Analisando os polos, constata-se que 38,5% da
amostra do Polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas não executa a prospecção de
clientes.
3.2.10 Pesquisas de satisfação com clientes finais
A empresa realiza pesquisa de satisfação de clientes?
Gráfico 17 – Pesquisa de satisfação com clientes finais38
Fonte: dados da pesquisa.
De acordo com o gráfico acima, 91,3% das empresas entrevistadas não realizam
pesquisa de satisfação com seus clientes, enquanto apenas 8,7% dos respondentes
afirmam realizar este procedimento de análise.
Gráfico 17.1 – Pesquisa de satisfação com clientes finais X Região-Polo39
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
REALIZA PESQUISA DE SATISFAÇÃO
Não 84 91,3%
Sim 8 8,7%
Total 92 100,0%
91,3% 8,7%
157
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Segundo o Gráfico 17.1, o polo econômico onde está o maior número de
entrevistados que não realiza pesquisa de satisfação com clientes é o polo de Calçados
do Vale do Rio Tijucas, responsável por 97,4% dos respondentes que não realizam este
procedimento de análise. Por outro lado, o índice daqueles que utilizam este
procedimento de análise é composto em sua maioria, 42,9% do total, por
respondentes do polo de Calçados da Região Sul.
3.2.11 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais
Como realiza pesquisa de satisfação de clientes?
Gráfico 18 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais40
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 18 demonstra que dentre aqueles que realizam pesquisa de
satisfação, oito entrevistados utilizam a equipe interna para este fim, enquanto apenas
um respondente contrata empresa de pesquisa para a realização desta.
Gráfico 18.1 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais X Região Polo41
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
158
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O cruzamento do tipo de pesquisa de satisfação com clientes com o polo
econômico das empresas pesquisadas indica a predominância do índice dos
entrevistados que não realizam este procedimento analítico em todos os polos do
estudo. Dentre aqueles que fazem uso deste utensílio de análise, percebe-se que
42,9% do polo de Calçados da Região Sul usam a equipe interna para tal finalidade.
3.2.12 Grau de satisfação dos clientes finais
Qual o grau de satisfação dos clientes?
Gráfico 19 – Grau de satisfação dos clientes finais42
Fonte: dados da pesquisa
De acordo com a pesquisa, 91,3% dos entrevistados afirmam que seus clientes
encontram-se satisfeitos ou muito satisfeitos com a empresa que vende o produto ou
presta o serviço em questão. Estas informações são fruto da percepção dos
entrevistados, não sendo originadas da aplicação de ferramenta de pesquisa
especificamente.
159
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 29.1 – Grau de satisfação dos clientes finais X Região-Polo43
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 29.1 relaciona o grau de satisfação dos clientes e polo econômico das
empresas pesquisadas. No polo de Calçados da Região Sul encontra-se o maior índice
de clientes Satisfeitos ou Muito Satisfeitos da amostra, sendo que a totalidade dos
respondentes da região situa-se nestas faixas de resposta. Observa-se que apenas
respondentes do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas afirmam que seus clientes
não estão satisfeitos com seus produtos ou serviços, sendo que 5,1% dos entrevistados
estão na faixa de resposta Ruim.
160
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.2.13 Frequência da pesquisa de satisfação
Qual a frequência destas pesquisas?
Gráfico 20 – Frequência da pesquisa de satisfação44
Fonte: dados da pesquisa.
Como anteriormente mostrado, 91,3% das empresas não utilizam este
procedimento de análise. Dentre aqueles que utilizam, 5 respondentes (62,5%) o
fazem trimestralmente, enquanto 3 (37,5%) o fazem anualmente.
Gráfico 20.1 – Frequência da pesquisa de satisfação X Região-Polo45
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
FREQUÊNCIA EM PESQUISA DE SATISFAÇÃO
Anual 3 3,3%
Semestral 0 0,0%
Bimestral 0 0,0%
Trimestral 5 5,4%
Mensal 0 0,0%
Esporadicamente 0 0,0%
Não faz pesquisa 84 91,3%
Total 92 100,0%
161
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
De acordo com o Gráfico 20.1, o índice de empresas que fazem pesquisas
trimestralmente é destaque no polo de Calçados da Região Sul, com 35,7% dos
entrevistados. Para o polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, todos os entrevistados
que realizam pesquisa de satisfação com seus clientes o fazem anualmente.
3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE
Esta seção apresentará os resultados da análise das características de
suprimentos da cadeia de mercado ou players (clientes, fornecedores e concorrentes)
e da conjuntura da atividade da empresa ante o mercado (práticas, problemas
enfrentados, novos mercados). É composta por dezenove variáveis que explicam a
conjuntura do mercado das empresas de Calçados e Artefatos de Couro em Santa
Catarina.
3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes
E quais seriam os seus canais de vendas?
Gráfico 21 – Canais de venda46
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Os canais de vendas utilizados pelos entrevistados são abordados no Gráfico
21. O maior índice de respondentes, 68,5%, destaca o uso de varejista como melhor
forma de acessar seus clientes ou potenciais clientes para venda de seus
produtos/serviços. Outros canais de venda aparecem atrás do varejo, são eles:
162
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
atacadista/distribuidor, com 43,5% dos respondentes, e a venda direta, com 31,5%,
principalmente.
Gráfico 21.1 – Canais de venda do cliente X Região-Polo47
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A análise do Gráfico 21.1 é o cruzamento entre canais de vendas e os polos
econômicos do estudo, tendo como premissa a utilização de diversos canais de vendas
para o cliente por uma mesma empresa. O uso de varejistas é predominante no polo
de Calçados do Vale do Rio Tijucas, onde 48,7% dos entrevistados afirmam utilizar este
canal de venda para acessar seus clientes. O uso de Atacadista/Distribuidor é
destacado no polo de Calçados da Região Sul, onde 71,4% da amostra se utiliza deste
canal de venda. A venda por meio da internet só é citada pelos respondentes do Polo
de Calçados do Vale do Rio Tijucas, com 3,9% (acumulado).
POLO EM SC / CANAIS DE VENDA MAIS USADOS
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Varejista
Atacadista/Distribuidor
Venda direta ao cliente f inal
Outros
Internet via site próprio
Internet via outros sites ou redes sociais
Total
38 48,7% 6 42,9%
30 38,5% 10 71,4%
24 30,8% 5 35,7%
20 25,6% 0 0,0%
2 2,6% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
163
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.2 Região de origem dos clientes finais
Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:
Gráfico 22 – Região de origem dos clientes finais48
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
De acordo com o Gráfico 22, é observável que a origem dos clientes finais situa-
se fora dos limites do bairro em que a empresa está instalada, de acordo com 48,9%
dos entrevistados. Sequencialmente, 28,3% dos respondentes indicam que os clientes
são de outras regiões do país. Apenas um entrevistado aponta que seus clientes são do
exterior. Segundo 50% (acumulado) da amostra, os clientes são oriundos de outros
estados do Sul do Brasil e outras regiões do Brasil.
REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS CLIENTES
Do bairro onde a empresa está localizada 8 8,7%
De outros bairros do município 45 48,9%
Da região onde sua empresa se localiza 19 20,7%
De outras regiões do estado 11 12,0%
De outros estados do sul do Brasil 20 21,7%
De estados de outras regiões do Brasil 26 28,3%
Do exterior 1 1,1%
Total 92
164
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 22.1 – Região de origem dos clientes finais X Região-Polo49
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 22.1 correlaciona o polo econômico das empresas estudadas e a
região em que seus clientes estão instalados, baseando-se na premissa de que uma
mesma empresa tem diversos clientes, oriundos de diferentes regiões. Clientes
oriundos de outros bairros do município são apontados por 55,1% do total
entrevistados no Polo de Calçados do Rio Tijucas. Para o grupo do polo de Calçados da
Região Sul, existe um empate entre o número de inquiridos que pontuam o
atendimento a clientes de estados de outras regiões do país e aqueles que pontuam o
atendimento a clientes de outros estados do sul do país, ambas as faixas de resposta
com 57,1% das citações dos inquiridos desta esfera da pesquisa.
POLO EM SC / REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS CLIENTES
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
De outros bairros do município
De estados de outras regiões do Brasil
De outros estados do sul do Brasil
Da região onde sua empresa se localiza
De outras regiões do estado
Do bairro onde a empresa está localizada
Do exterior
Total
43 55,1% 2 14,3%
18 23,1% 8 57,1%
12 15,4% 8 57,1%
14 17,9% 5 35,7%
9 11,5% 2 14,3%
8 10,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
165
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 22.2 – Descrição da região de origem dos clientes finais - Composto de 3 gráficos50
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 22.2 está relacionado ao Gráfico 22 o qual descreve a origem de
instalação dos clientes das empresas entrevistadas (respostas espontâneas) e
representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua origem respostas
diferentes para as categorias de respostas apresentadas no Gráfico 22 e foi
particionado da seguinte forma:
O Gráfico “1: Origem dos clientes – Regionais SC” apresenta a distribuição de
respostas por mesorregiões do estado em que os clientes estão instalados e que
foram citadas na alternativa “De outras regiões do estado” no Gráfico 22. As
regiões mormente citadas são a Região Norte do estado e a Foz do Itajaí, com
9,8% e 6,5% dos respondentes, respectivamente.
O Gráfico “2: Origem dos clientes – Estados” apresenta a distribuição de
respostas por Estados do Brasil. São Paulo, Paraná e o Rio Grande do Sul detêm
os maiores índices de respondentes neste levantamento, respectivamente
19,6%, 9,8% e 8,7% dos respondentes. Estas respostas foram citadas na
alternativa “De Estados de outras regiões do País” no Gráfico 22;
O Gráfico “3: Origem dos clientes – Países” apresenta a distribuição de respostas
por outros países em que os clientes estão instalados e que foram citadas na
alternativa “Do exterior” no Gráfico 22. Quase que em sua totalidade, os
1: ORIGEM DOS CLIENTES - REGIONAIS SC
Não resposta 76 82,6%
Foz do Itajaí 6 6,5%
Grande Florianópolis 4 4,3%
Norte 9 9,8%
Sul 2 2,2%
Vale do Itajaí 4 4,3%
Total 92
2: ORIGEM DOS CLIENTES - ESTADOS
Não resposta 67 72,8%
BA 1 1,1%
ES 1 1,1%
GO 1 1,1%
MG 7 7,6%
MT 2 2,2%
PB 1 1,1%
PR 9 9,8%
RJ 3 3,3%
RS 8 8,7%
SP 18 19,6%
Total 92
3: ORIGEM DOS CLIENTES - PAÍSES
Não resposta 1 1,1%
Brasil 91 98,9%
Total 92 100,0%
166
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
negócios dos respondentes situam-se dentro de limítrofes nacionais, sendo que
apenas um entrevistado da amostra respondeu a este questionamento, mas não
precisou o país destino do seu produto.
3.3.3 Região de origem dos fornecedores
Seus principais Fornecedores são originários, em sua maior parte:
Gráfico 23 – Região de origem dos fornecedores51
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Neste levantamento, o índice total ultrapassa 100%, devido à possibilidade de
múltiplas respostas por um mesmo entrevistado. De acordo com o Gráfico 23, as
empresas pesquisadas têm elevada dependência de fornecedores locais, com ápice no
índice de 39,1% dos entrevistados que afirmam que seus fornecedores são oriundos de
outros bairros do município onde as empresas estão situadas. É observável, ademais, a
relevância de fornecedores situados fora dos limites estaduais para os entrevistados,
sendo que a soma das faixas de respostas que extrapolam as divisas catarinenses
somam o produto de 58,7% das citações da pesquisa.
REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS FORNECEDORES
Do bairro onde a empresa está localizada 1 1,1%
De outros bairros do município 36 39,1%
Da região onde sua empresa se localiza 12 13,0%
De outras regiões do estado 16 17,4%
De outros estados do sul do Brasil 35 38,0%
De Estados de outras regiões do Brasil 18 19,6%
Do exterior 1 1,1%
Total 92
167
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 23.1 – Região de origem dos fornecedores X Região-Polo52
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 23.1 relaciona o polo econômico em que a empresa atua com o local
em que seus fornecedores estão instalados, levando em consideração a premissa de
que uma mesma empresa tem diversos fornecedores. Neste prospecto, o polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas é predominantemente abastecido por fornecedores de
outros bairros do município onde as empresas estão situadas, conforme 44,9% dos
respondentes. Por outro lado, o polo de Calçados da Região Sul tem maior
proeminência para os entrevistados com fornecedores de outros estados do sul do
Brasil, com 85,7% dos entrevistados deste polo nesta faixa de resposta.
Gráfico 23.2 – Descrição da região de origem dos fornecedores - Composto de 3 gráficos53
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
POLO EM SC / RELAÇÃO DE INSTALAÇÃO DOS FORNECEDORES
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
De outros bairros do município
De outros estados do sul do Brasil
De Estados de outras regiões do Brasil
De outras regiões do estado
Da região onde sua empresa se localiza
Do bairro onde a empresa está localizada
Do exterior
Total
35 44,9% 1 7,1%
23 29,5% 12 85,7%
13 16,7% 5 35,7%
16 20,5% 0 0,0%
10 12,8% 2 14,3%
1 1,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
1:ORIGEM DOS FORNECEDORES-REGIONAIS SC
Não resposta 88 95,7%
Sul 2 2,2%
Vale do Itajaí 1 1,1%
Grande Florianópolis 1 1,1%
Total 92 100,0%
2: ORIGEM DOS FORNECEDORES-ESTADOS
Não resposta 49 53,3%
RS 40 43,5%
SP 12 13,0%
PR 4 4,3%
Total 92
3: ORIGEM DOS FORNECEDORES-PAÍSES
Brasil 92 100,0%
Total 92 100,0%
168
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O Gráfico 23.2 está relacionado ao Gráfico 23 o qual descreve a origem de
instalação dos fornecedores das empresas entrevistadas (respostas espontâneas) e
representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua origem respostas
diferentes para as categorias de respostas apresentadas no Gráfico 24 e foi
particionado da seguinte forma:
O Gráfico “1: Origem dos fornecedores – Regionais” apresenta a
distribuição de respostas por mesorregiões do estado em que os
fornecedores estão instalados e que foram citados na alternativa “De
outras regiões do estado” no Gráfico 23. A Região de maior destaque neste
levantamento é a Região Sul, com ínfimos 2,2% dos entrevistados desta
pesquisa incidindo a esta faixa de resposta.
O Gráfico “2: Origem dos fornecedores – Estados” apresenta a distribuição
de respostas por Estados do Brasil, onde seus fornecedores estão
instalados e que foram citados na alternativa “De Estados de outras regiões
do País” no Gráfico 23. Neste prospecto, o Rio Grande do Sul e São Paulo
são os estados com maior número de fornecedores para o empresariado
catarinense, com índices respectivamente de 43,5% e 13% dos
entrevistados citando estes estados como origem de seus fornecedores.
O Gráfico “3: Origem dos fornecedores – Países” apresenta a distribuição
de respostas por outros países em que os fornecedores estão instalados e
que foram citados na alternativa “Do exterior” no Gráfico 23. A
dependência do empresariado catarinense em relação ao fornecimento é
exclusiva do país, visto que inexistem fornecedores de fora do país para os
entrevistados do presente estudo.
169
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.4 Região de origem dos concorrentes
Seus principais concorrentes são originários, em sua maior parte:
Gráfico 24 – Região de origem dos concorrentes54
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
De acordo com o Gráfico 24, é verificável que para as empresas pesquisadas, a
concorrência é oriunda principalmente de outros bairros do município onde a empresa
está situada, com índice de 62%, seguido pelo índice de 18,5% dos entrevistados com
afirmativa de que a concorrência provém da região onde a empresa está localizada.
Para 29,4% dos entrevistados (acumulado), a concorrência advém de fora dos limites
estaduais, sejam de estados vizinhos ou de estados longínquos.
REGIÃO DE INSTALAÇÃO DOS CONCORRENTES
Do bairro onde a empresa está localizada 9 9,8%
De outros bairros do município 57 62,0%
Da região onde sua empresa se localiza 17 18,5%
De outras regiões do estado 5 5,4%
De outros Estados do sul do Brasil 11 12,0%
De Estados de outras regiões do Brasil 16 17,4%
Total 92
170
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 24.1 – Região de origem dos concorrentes X Região-Polo55
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 24.1 relaciona o polo econômico das empresas pesquisadas com o
local que os concorrentes estão instalados, levando em consideração a premissa de
que uma mesma empresa tem diversos concorrentes. O destaque para o polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas são concorrentes de outros bairros do município onde
as empresas estão localizadas, com índice de 69,2% dos entrevistados para esta faixa
de resposta. Fato originado por conta do elevado número de empresas operando
neste polo. Concorrentes de estados de outras regiões do país têm destaque no polo
de Calçados da Região Sul, com 57,1% das citações dos pesquisados desta esfera da
amostra. Neste mesmo polo salienta-se a citação sobre concorrentes de outros
estados do sul do país, com metade dos inquiridos desta esfera do estudo, nesta faixa
de resposta.
171
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 24.2 – Descrição da região de origem dos concorrentes - Composto de 3 gráficos56
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 24.2 está relacionado ao Gráfico 24 o qual descreve a origem ou
localização de instalação dos concorrentes das empresas entrevistadas (respostas
espontâneas) e representa um seccionamento deste em 3 gráficos que têm em sua
origem respostas diferentes para as categorias apresentadas no Gráfico 25 e foi
particionado da seguinte forma:
O Gráfico “1: Origem dos concorrentes – Regionais SC” apresenta a
distribuição de respostas por mesorregiões do estado em que os
concorrentes estão instalados e que foram citados na alternativa “De
outras regiões do estado” no Gráfico 24. As regiões mais citadas são a
região Norte do estado, a Serra e o Vale do Itajaí, cada uma com 2,2% dos
entrevistados da pesquisa.
O Gráfico “2: Origem dos concorrentes – Estados” apresenta a distribuição
de respostas por Estados do Brasil, onde seus concorrentes estão
instalados e que foram citados na alternativa “De Estados de outras regiões
do País” no Gráfico 24. Dentre os estados de origem de seus concorrentes,
São Paulo aparece como maior fonte de concorrência dos produtores
catarinenses, com 9,8% das citações da pesquisa, seguido pelo Rio Grande
do Sul, com 7,6% do total dos entrevistados.
1: ORIGEM DOS CONCORRENTES - REGIONAIS
Não resposta 84 91,3%
Foz do Itajaí 1 1,1%
Grande Florianópolis 1 1,1%
Norte 2 2,2%
Serra 2 2,2%
Vale do Itajaí 2 2,2%
Total 92 100,0%
3: ORIGEM DOS CONCORRENTES - PAÍSES
Brasil 92 100,0%
China 2 2,2%
Total 92
2: ORIGEM DOS CONCORRENTES - ESTADOS
Não resposta 81 88,0%
ES 1 1,1%
RJ 2 2,2%
RS 7 7,6%
SP 9 9,8%
Total 92
172
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O Gráfico “3: Origem dos concorrentes – Países” apresenta a distribuição
de respostas por outros países em que os concorrentes estão instalados e
que foram citados na alternativa “Do exterior, quais países” no Gráfico 24.
É observável, segundo a totalidade dos respondentes, que a concorrência
advém de dentro dos limites territoriais brasileiros. Por outro lado, apenas
dois entrevistados citam a concorrência proveniente de fora dos limítrofes
nacionais, do mercado chinês, especificamente.
3.3.5 Nível de concorrência do mercado
E como você percebe o mercado concorrente atual, na área de atuação da sua
empresa?
Gráfico 25 – Nível de concorrência do mercado57
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 25 indica o nível de concorrência no mercado, sendo que de acordo
com a opinião de 65,2% dos entrevistados, existem muitos concorrentes no setor, ao
passo que 7,6% do total da amostragem acreditam na existência de poucos
concorrentes dentro do setor. Um terceiro índice, daqueles que acreditam em um
equilíbrio da concorrência – nem muitos e nem poucos concorrentes – tem índice de
27,2% dentre os respondentes.
NÍVEL DE CONCORRÊNCIA
Muitos concorrentes 60 65,2%
Nem poucos nem muitos concorrentes 25 27,2%
Poucos concorrentes 7 7,6%
Total 92 100,0%
173
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 25.1 – Nível de concorrência do mercado X Região-Polo58
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 25.1 cruza o nível de concorrência de mercado com o polo econômico
das empresas pesquisadas. Nos dois polos da pesquisa o destaque é para o índice de
respondentes que acreditam na existência de muitos concorrentes dentro do setor,
com exacerbação no índice do polo de Calçados da Região Sul, onde 85,7% dos
respondentes do grupo estão inclusos nesta faixa de resposta. Aqueles que acreditam
em poucos concorrentes dentro do setor são maior número no polo de Calçados do
Vale do Rio Tijucas, com 7,7% dos entrevistados desta esfera da pesquisa, frente a
30,8% dos respondentes deste polo econômico que acreditam no equilíbrio no que
cerne ao quesito concorrência.
POLO EM SC / NÍVEL DE CONCORRÊNCIA
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Muitos concorrentes
Nem poucos nem muitos concorrentes
Poucos concorrentes
Total
48 61,5% 12 85,7%
24 30,8% 1 7,1%
6 7,7% 1 7,1%
78 100,0% 14 100,0%
174
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.6 Percepção sobre o mercado
Como você (enquanto empresário) percebe o mercado onde atua, em termos de expansão, nos últimos 12 meses?
Gráfico 26 – Impressão sobre o mercado de atuação59
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 26 mede a impressão sobre o mercado de atuação dos entrevistados.
O destaque, 48,9% dos entrevistados, indica o crescimento do mercado de atuação das
empresas do setor, enquanto 37% indicam a estabilidade deste. Apenas 14,1% dos
entrevistados postulam o declínio do mercado de atuação no setor.
Gráfico 26.1 – Impressão sobre o mercado x Região-Polo60
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
De acordo com o Gráfico 26.1, a maioria dos entrevistados dos dois polos
acredita que o mercado está em crescimento. Dentre o grupo que pontua o
crescimento do mercado, 4/5 provém do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, frente
SITUAÇÃO DO MERCADO DE ATUAÇÃO
Está em crescimento 45 48,9%
Está estável (não cresce nem encolhe) 34 37,0%
Está decrescente ou em queda 13 14,1%
Total 92 100,0%
175
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
a ¼ dos provenientes do polo de Calçados da Região Sul. Com vantagem percentual
das empresas do Sul do estado de Santa Catarina. No que se refere à estabilidade nas
vendas, 41% das empresas do polo de Rio Tijucas corroboram, índice muito superior
aos 14,3% das empresas da região Sul neste quesito. As empresas que indicam queda
nas vendas representam 12,8% do polo de Rio Tijucas e 21,4% das empresas da região
Sul, embora, neste último, sejam apenas 3 empresas.
3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio
E a sua empresa está em qual fase? Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas?
Gráfico 27 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas61
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 27, por sua vez, apresenta a opinião dos respondentes acerca da
situação da sua própria empresa, considerando crescimento, estabilidade ou queda no
nível de vendas. A maior parte dos entrevistados, 57,6%, afirmam que a sua empresa
está em fase de crescimento, enquanto 33,7% indicam a estabilidade do nível de
vendas desta. Apenas 8,7% dentre os respondentes postulam queda no nível de
vendas da empresa em que atuam.
ESTÁGIO DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA
Está em crescimento 53 57,6%
Está estável (não cresce nem encolhe) 31 33,7%
Está decrescente ou em queda 8 8,7%
Total 92 100,0%
176
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 27.1 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas X Região-Polo62
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 27.1 destaca o estágio do ciclo de vida da empresa por polo
econômico das empresas pesquisadas. Os entrevistados dos dois polos econômicos
estudados têm maioria na faixa daqueles que indicam o crescimento no nível de
vendas das empresas, com ápice no índice de 57,7% dos respondentes do polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas nesta faixa de resposta. A estabilidade, por outro lado,
tem maior proeminência para 35,7% dos entrevistados do polo de Calçados da Região
Sul. A percepção de queda é mais evidenciada por 9% dos entrevistados do polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas.
POLO EM SC / ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Está em crescimento
Está estável (não cresce nem encolhe)
Está decrescente ou em queda
Total
45 57,7% 8 57,1%
26 33,3% 5 35,7%
7 9,0% 1 7,1%
78 100,0% 14 100,0%
177
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa
Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa está crescendo em relação ao último ano em termos de faturamento e vendas (caso tenha marcado "Está em crescimento" na questão anterior).
Gráfico 28 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas63
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 28 é o desdobramento da questão anterior e indica a taxa percentual
de crescimento médio para as empresas que apresentam situação atual de
crescimento em faturamento e vendas. O maior número de respondentes indica
crescimento entre 10 e 19 pontos percentuais, com índice de 62,3% das respostas,
seguido por 17% dos entrevistados que citam o crescimento inferior a dez pontos
percentuais. Apenas um entrevistado indica crescimento igual ou superior a 100%.
178
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 28.1 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo64
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 28.1 é o cruzamento da taxa anual de crescimento em faturamento e
vendas com o polo econômico das empresas pesquisadas. Para os dois polos
pesquisados observa-se a predominância na faixa de crescimento entre 10 a 19 pontos
percentuais, sendo o índice de maior expressividade observado no polo de Calçados do
Vale do Rio Tijucas, 64,4% dos entrevistados nesta faixa de resposta. O único
entrevistado que citou crescimento superior a 100 pontos percentuais é integrante
deste mesmo polo econômico, enquanto 25% dos entrevistados do polo de Calçados
da Região Sul inferem o crescimento inferior a dez pontos percentuais.
POLO EM SC / TAXA DE CRESCIMENTO DE FATURAMENTO
[ESTÁGIO DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA] In "Está em
crescimento"
Calçados da Região
Sul
N % obs.
Calçados do Vale
do Rio Tijucas
N % obs.
Menos de 10
De 10 a 19
De 20 a 29
De 30 a 39
De 40 a 49
De 50 a 59
100 e mais
Total
2 25,0% 7 15,6%
4 50,0% 29 64,4%
1 12,5% 3 6,7%
0 0,0% 1 2,2%
0 0,0% 2 4,4%
1 12,5% 1 2,2%
0 0,0% 1 2,2%
8 100,0% 45 100,0%
179
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 28.2 – Taxa média anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo65
Fonte: dados da pesquisa
3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa
Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa perdeu em faturamento e vendas em relação ao último ano (caso tenha marcado "Está em queda" na questão anterior).
Gráfico 29 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa66
Fonte: dados da pesquisa
POLO EM SC / MÉDIA DA TAXA DE CRESCIMENTO DE FATURAMENTO
[ESTÁGIO DO CICLO DE VIDA DA EMPRESA] In "Está em
crescimento"
TAXA DE CRESCIMENTO -
FATURAMENTO
MédiaDesvio-
padrãoMín Máx
Calçados da Região Sul
Calçados do Vale do Rio Tijucas
Total
17 14 5 50
15 16 5 100
16 16 5 100
180
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Dentre as 8 empresas da a mostra que informaram queda em faturamento
(expresso Gráfico 28), 3 respondentes registraram queda entre 10 e 19% de resultado.
Já25% das empresas registrou queda igual ou superior a 50 pontos percentuais Com
mesmo índice 12,5%, uma empresa indica queda na faixa de 30 a 39% e a outra na
faixa de 20 a 29%. Apenas um respondente indica queda de menos de 10% nas vendas.
Gráfico 29.1 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo67
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 29.1 cruza os dados de taxa anual de queda com o polo econômico
das empresas respondentes. O polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas contém 42,9%
dos entrevistados com taxa de declínio de faturamento entre 10 a 19 pontos
percentuais. Já o único respondente do polo de Calçados da Região Sul se situa na faixa
entre 20 a 29 pontos percentuais quanto ao declínio de faturamento.
181
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 29.2 – Taxa média anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo68
Fonte: dados da pesquisa.
3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa
O que a sua empresa está fazendo hoje para atingir este crescimento? Indique (caso tenha informado "em crescimento” no item 3.3.7).
Gráfico 30 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa69
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
POLO EM SC / MÉDIA DA TAXA DE DECLÍNIO DE FATURAMENTO
TAXA DE DECLÍNEO - FATURAMENTO
MédiaDesvio
-padrãoMín Máx
Calçados da Região Sul
Calçados do Vale do Rio Tijucas
Total
20 20 20
27 20 5 50
26 18 5 50
PRÁTICAS DE CRESCIMENTO
Não resposta 40 43,5%
Profissionalizando toda a empresa 23 25,0%
Melhoramentos no processo interno 18 19,6%
Adquirindo tecnologias 18 19,6%
Formando parcerias 13 14,1%
Desenvolvendo novos produtos 12 13,0%
Investindo em qualif icação profissional 11 12,0%
Criando inovação 11 12,0%
Atuando em novos mercados 6 6,5%
Outro 2 2,2%
Aperfeiçoando a logística 1 1,1%
Total 92
182
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
As práticas de crescimento utilizadas nas empresas são expressas no Gráfico 30.
Aqui as alternativas tentam responder ao que as empresas estão fazendo para atingir o
crescimento. Dentre as alternativas, a prática mais utilizada pelos respondentes é a
profissionalização de toda a empresa, com índice de 25% das respostas. Em seguida,
aparecem melhoramentos no processo interno e, o investimento em tecnologias,
ambas as opções, com 19,6% dos respondentes. Formar parcerias é a prática apontada
por 14,1% da amostra, como prática para crescer.
Gráfico 30.1 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa X Região-Polo70
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O cruzamento das práticas de crescimento utilizadas nas empresas pesquisadas
com o polo econômico das empresas pesquisadas é descrito no Gráfico 30.1. De
acordo com o estudo, as principais práticas de crescimento para o polo de Calçados da
Região Sul são o desenvolvimento de novos produtos e melhoramentos no processo
interno das empresas, ambas as faixas com 42,9% dos entrevistados. Para o polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas, todavia, o destaque é o índice de 29,5% daqueles que
indicam a profissionalização de toda a empresa como a prática de crescimento mais
utilizada pelas empresas da amostra, seguido pela aquisição de tecnologia, com 17,9%
das citações.
PRÁTICAS DE CRESCIMENTO / POLO EM SC
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Adquirindo tecnologias
Aperfeiçoando a logística
Atuando em novos mercados
Criando inovação
Desenvolvendo novos produtos
Formando parcerias
Investindo em qualif icação profissional
Melhoramentos no processo interno
Outro
Profissionalizando toda a empresa
Total
4 28,6% 14 17,9%
0 0,0% 1 1,3%
4 28,6% 2 2,6%
4 28,6% 7 9,0%
6 42,9% 6 7,7%
2 14,3% 11 14,1%
0 0,0% 11 14,1%
6 42,9% 12 15,4%
0 0,0% 2 2,6%
0 0,0% 23 29,5%
14 100,0% 78 100,0%
183
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa
Se a empresa apresenta um quadro de estabilidade ou declínio em vendas ou faturamento, indique os principais motivos.
Gráfico 31 – Motivos da estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa71
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 31 expressa os motivos da estabilidade ou declínio das empresas
pesquisadas, sendo que o principal motivo do declínio apontado pelas empresas é a
concorrência acirrada no setor, com 23,9% dos respondentes. A percepção de um
mercado em crise, também é apontada pela amostra, num total de vinte citações.
MOTIVOS DO DECLÍNIO
Não resposta 54 58,7%
Concorrência acirrada 22 23,9%
Mercado em crise 20 21,7%
Mão-de-obra não qualif icada 5 5,4%
Falta de recursos próprios para capital de giro 3 3,3%
Falta de recursos para investimentos 3 3,3%
Recursos f inanceiros escassos para promoção/marketing 2 2,2%
Falta de modernização tecnológica 2 2,2%
Problemas de distribuição 1 1,1%
Custo elevado dos produtos ou insumos comprados 1 1,1%
Total 92
184
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 31.1 – Motivos de estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo72
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 31.1 apresenta os motivos de estabilidade ou queda no faturamento
das empresas estudadas. A análise dos dados infere que a concorrência acirrada é o
destaque no polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, onde 26,9% dos entrevistados
situam-se nesta faixa de resposta. Cabe ressaltar que 21,4% dos entrevistados do polo
de Calçados da Região Sul pontuam a mão de obra não qualificada como motivos para
a estabilidade ou queda no faturamento das empresas da amostra. Apontar o mercado
em crise como possível motivo para estabilidade ou queda no faturamento, foi a opção
de 23,1% dos entrevistados do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas e 14,3% dos
respondentes do Polo de Calçados da Região Sul.
MOTIVOS DO DECLÍNIO / POLO EM SC
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Concorrência acirrada
Mercado em crise
Mão-de-obra não qualif icada
Falta de recursos para investimentos
Falta de recursos próprios para capital de giro
Falta de modernização tecnológica
Recursos f inanceiros escassos para promoção/marketing
Custo elevado dos produtos ou insumos comprados
Problemas de distribuição
Total
21 26,9% 1 7,1%
18 23,1% 2 14,3%
2 2,6% 3 21,4%
2 2,6% 1 7,1%
1 1,3% 2 14,3%
1 1,3% 1 7,1%
1 1,3% 1 7,1%
0 0,0% 1 7,1%
0 0,0% 1 7,1%
78 100,0% 14 100,0%
185
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidos na empresa
Caso tenha realizado, quais os tipos de inovação a sua empresa desenvolveu ou
desenvolve?
Gráfico 32 – Tipos de inovação desenvolvidos na empresa73
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Conforme mostra o Gráfico 32, constata-se que 79,3% dos entrevistados não
realizaram ações de inovações. Para aqueles que o fizeram, contabiliza-se 14,1% das
empresas que introduziram novos processos ou métodos de trabalho, seguido por
10,9% de respondentes que informam a introdução de novos produtos e serviços para
novos segmentos de mercado. Significativo percentual, 7,6% da amostra, relata
mudanças no seu modelo de negócio.
Gráfico 32.1 – Tipos de inovação desenvolvidos na empresa X Região-Polo74
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
TIPOS DE INOVAÇÃO REALIZADAS
Não realizou essas ações de inovação no período 73 79,3%
Introduziu novos processos ou métodos de trabalho 13 14,1%
Introduziu novos produto/serviços em novos segmentos 10 10,9%
Introduziu mudanças no seu modelo de negócio 7 7,6%
Criou produtos e fez modificações nas atributos do produto, não patenteadas 3 3,3%
Criou produtos ou fez modificações nos atributos do produto patenteado 2 2,2%
Total 92
POLO EM SC / TIPOS DE INOVAÇÃO REALIZADAS
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Criou produtos e fez modif icações nas atributos do produto, não patenteadas
Criou produtos ou fez modif icações nos atributos do produto patenteado
Introduziu mudanças no seu modelo de negócio
Introduziu novos processos ou métodos de trabalho
Introduziu novos produto/serviços em novos segmentos
Não realizou essas ações de inovação no período
Total
1 7,1% 2 2,6%
0 0,0% 2 2,6%
6 42,9% 1 1,3%
7 50,0% 6 7,7%
5 35,7% 5 6,4%
6 42,9% 67 85,9%
14 100,0% 78 100,0%
186
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Este gráfico apresenta e analisa os principais tipos de inovação que os polos
adotaram. A maioria das empresas do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, 85,9%
dos entrevistados, não realizaram ações de inovações no período. Já dentre as
empresas que realizaram estas ações, o polo de Calçados da Região Sul destaca-se na
introdução de novos processos ou métodos de trabalho, com metade dos
entrevistados nesta opção de resposta. Ademais, este Polo contém 42,9% de
entrevistados que introduziu mudanças em seu modelo de negócio.
3.3.13 Impacto das inovações na empresa
Com relação às inovações realizadas por sua empresa, você diria que:
Gráfico 33 – Impacto das inovações na empresa75
Fonte: dados da pesquisa.
De acordo com o Gráfico 33, 79,3% da amostra afirma que não realizou as
ações de inovação. Da amostra total, 18,5% dos respondentes indicam que o impacto
foi positivo no negócio, ao passo que 1,1% ainda estão em fase de implementação das
ações de inovações, não sendo possível mensurar os resultados destas ações. Apenas
1,1% das empresas da amostra total acreditam que não houve impacto nem positivo
nem negativo na implementação de ações de inovação.
187
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 33.1 – Impacto das inovações na empresa X Região-Polo76
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
No Gráfico 33.1, é visto que metade dos respondentes do polo de Calçados da
Região Sul afirma o impacto positivo destas inovações em seu negócio, frente aos
12,8% dos entrevistados do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas. Apenas um
respondente deste informa ainda estar em fase de implementação destas ações.
188
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente
Gostaria de comentar sobre os principais problemas/desafios que sua empresa enfrenta atualmente?
Gráfico 34 – Problemas ou desafios enfrentados pela empresa77
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 34 apresenta os problemas e desafios enfrentados pelas empresas
entrevistadas. Por ser uma questão de múltiplas respostas, uma empresa pode ter
vários tipos de problemas ou desafios enfrentados. Dentre os comentários dos
entrevistados, os mais lembrados são de: falta de mão de obra qualificada, com 32,6%
dos respondentes, seguido por falta de capital de giro, carga tributária elevada e falta
de capital para investimento, com respectivamente 15,2%, 14,1% e 12% dos
entrevistados. Apenas 9,8 % dos entrevistados não pontuam problemas significativos
enfrentados pela empresa.
PROBLEMAS ENFRENTADOS
Falta mão de obra qualif icada 30 32,6%
Falta de capital de giro 14 15,2%
Carga tributária elevada 13 14,1%
Falta capital para investimentos 11 12,0%
Sem problemas signif icativos 9 9,8%
Concorrência acirrada/desleal 7 7,6%
Insegurança do mercado/crise 5 5,4%
Ausência de representantes comprometidos com a empresa 3 3,3%
Não cumprimento de prazos de entrega 3 3,3%
Queda nas vendas 3 3,3%
Dificuldade na gestão do negócio 3 3,3%
Ausência de fornecedores 2 2,2%
Absenteísmo 1 1,1%
Aumento da inadimplência 1 1,1%
Total 92
189
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 34.1 – Problemas ou desafios enfrentados pelo cliente X Região-Polo78
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 34.1 mostra os maiores valores percentuais dos problemas mais
relevantes e evidencia que a falta de mão de obra qualificada é o percalço mais
sensível para as empresas do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, com 34,6% dos
respondentes. A falta de capital para investimentos tem maior expressividade no polo
de Calçados da Região Sul, com 35,7% dos entrevistados do polo nesta faixa de
resposta. O índice de maior expressividade daqueles que não apresentam problemas
significativos enfrentados pelas empresas ocorre neste mesmo polo econômico, com
14,3% dos respondentes. Problemas relacionados à carga tributária elevada e a falta
de capital de giro, ambos com percentual de 16,4%, são apontados como percalços aos
respondentes do Polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas.
PROBLEMAS ENFRENTADOS / POLO EM SC
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Falta mão de obra qualif icada
Falta de capital de giro
Carga tributária elevada
Falta capital para investimentos
Sem problemas signif icativos
Concorrência acirrada/desleal
Insegurança do mercado/crise
Dificuldade na gestão do negócio
Queda nas vendas
Ausência de representantes comprometidos com a empresa
Não cumprimento de prazos de entrega
Ausência de fornecedores
Aumento da inadimplência
Absenteísmo
Total
27 34,6% 3 21,4%
12 15,4% 2 14,3%
12 15,4% 1 7,1%
6 7,7% 5 35,7%
7 9,0% 2 14,3%
4 5,1% 3 21,4%
5 6,4% 0 0,0%
2 2,6% 1 7,1%
2 2,6% 1 7,1%
2 2,6% 1 7,1%
3 3,8% 0 0,0%
1 1,3% 1 7,1%
1 1,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
190
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa
A sua empresa realizou alguma dessas ações de acesso a novos mercados nos últimos 12 meses?
Gráfico 35 – Ações de acesso a novos mercados na empresa79
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Apresentar as ações das empresas para ingressar em novos mercados é a
premissa do Gráfico 35. Nota-se que 82,6% das empresas não realizaram quaisquer
ações para acessar novos mercados. Todavia 8,7% dos entrevistados citaram a venda
pela internet como ação para acessar novos mercados, enquanto 6,5% dos
respondentes destacaram a atuação em nova cidade do estado. Já para 4,3%, a
atuação em outro estado para ter acesso a novos clientes é a estratégia adotada.
Gráfico 35.1 – Ações de acesso a novos mercados na empresa X Região-Polo80
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
AÇÕES PARA NOVOS MERCADOS
Não realizou estas ações 76 82,6%
Vendas pela internet 8 8,7%
Atuação em nova cidade no Estado 6 6,5%
Atuação em outro Estado 4 4,3%
Nova filial ou ponto de venda na mesma cidade 3 3,3%
Outra, qual? 1 1,1%
Total 92
POLO EM SC / AÇÕES PARA NOVOS MERCADOS
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Não realizou estas ações
Vendas pela internet
Atuação em nova cidade no Estado
Atuação em outro Estado
Nova filial ou ponto de venda na mesma cidade
Outra, qual?
Total
69 88,5% 7 50,0%
4 5,1% 4 28,6%
4 5,1% 2 14,3%
2 2,6% 2 14,3%
2 2,6% 1 7,1%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
191
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O cruzamento das ações para acessar novos mercados por polo econômico das
empresas pesquisadas apresenta índices extremamente elevados daqueles que não
realizaram estas ações nos dois polos da pesquisa, com destaque para o polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas, com 88,5% dos entrevistados nesta faixa de resposta.
Vender pela internet é destaque para 28,6% dos inquiridos, do polo de Calçados da
Região Sul. Já para 5,1% dos respondentes do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas,
atuar em nova cidade do estado é uma ação para ter acesso a novos mercados. Atuar
em outro estado é citado por 14,3% da amostra do Polo de Calçados da Região Sul.
3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados
Caso tenha realizado ações de acesso a novos mercados, estas:
Gráfico 36 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados81
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 36 indica que, dentre as empresas da amostra total que realizaram ações
para acessar novos mercados, 7,6% desta amostra informa que o resultado das ações superou
as vendas em até 10% em relação ao mesmo período do ano passado (Considerar o período da
entrevista, conforme citado nos Aspectos Metodológicos). Para 6,5%, da mesma amostra total,
o aumento nas vendas foi maior do que 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, e
para 3,3% não houve aumento nas vendas, não incorrendo em resultados positivos.
192
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 36.1 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados X Região-Polo82
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em linha.
O polo de Calçados da Região Sul tem 14,3% dos respondentes que afirmam que não houve resultado no aumento de vendas
decorrente das ações de prospecção a novos mercados. Por outro lado, 21,4% dos entrevistados deste polo econômico informam que as ações
de prospecção a novos mercados resultaram em aumento de vendas de até 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Já 5,1% dos
representantes do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas indicam que estas ações resultaram no aumento de vendas superior a 10% em
relação ao mesmo período do ano passado. Nota para 88,5% do cluster do Vale do Rio Tijucas, que não realizou ações para acessar novos
mercados, contra metade das empresas do agrupamento de Calçados da Região Sul.
193
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa
Descreva o que seria uma oportunidade para um novo mercado na sua região ou fora dela, considerando o mercado em que sua empresa atua?
Gráfico 37 – Oportunidades de novos mercados83
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 37 apresenta as respostas espontâneas dos empresários sobre a
percepção do que seria uma oportunidade de mercado para a sua empresa na região
ou fora desta. As oportunidades mais citadas são expandir a venda ao mercado
nacional e ampliar as vendas ao mercado catarinense, com respectivamente 21,7% e
12% do total entrevistado. Para 7,6% da amostra, exportar é uma oportunidade de
mercado. É observável, no entanto, que metade do grupo não percebe oportunidades
de novos mercados.
194
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 37.1 – Oportunidades de novos mercados X Região-Polo84
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 37.1 apresenta as oportunidades citadas pelas empresas de acordo
com o polo econômico destas. Expandir as vendas ao mercado nacional é destaque nos
dois polos estudados, com destaque para o polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas,
com 23,1% dos entrevistados desta esfera da pesquisa incidentes a esta faixa de
resposta. Vendas pela internet é destaque para 14,3% dos inquiridos do polo de
Calçados da Região Sul. Vale ressaltar que o índice dos respondentes sem perspectivas
varia entre 42,9% e 50% dos entrevistados, índices pertencentes respectivamente ao
polo de Calçados da Região Sul e ao polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas.
OPORTUNIDADES DE MERCADO / POLO DO SETOR
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Sem perspectiva
Expandir a venda ao mercado nacional
Ampliar venda ao mercado estadual/SC
Exportar (países europeus, américa do sul, EUA)
Fabricação de calçados masculinos
Fabricar calçados femininos
Vendas pela internet
Trabalhar com corte de materiais
Fabricar acessórios para moda praia
Fabricar novos tipos de palmilha
Explorar ramo de serigrafia/brindes
Agregar linha econômica para classe C
Fabricar calçados infantis
Abrir um outlet na região da empresa
Total
39 50,0% 6 42,9%
18 23,1% 2 14,3%
10 12,8% 1 7,1%
6 7,7% 1 7,1%
2 2,6% 0 0,0%
2 2,6% 0 0,0%
0 0,0% 2 14,3%
1 1,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
0 0,0% 1 7,1%
0 0,0% 1 7,1%
1 1,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
195
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa
E quais as suas expectativas em relação ao seu negócio, para o próximo ano?
Gráfico 38 – Expectativas estratégicas da empresa85
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
As expectativas das empresas entrevistadas quanto ao seu negócio,
considerando as respostas espontâneas e múltiplas, revelam-se mais significativas para
a ampliação das vendas, com 57,6% dos entrevistados, seguido do crescimento
superior aos dez pontos percentuais, citado por 21,7% dos pesquisados. A expectativa
mais crítica refere-se a queda nas vendas com 16,3% da amostragem.
EXPECTATIVAS ESTRATÉGICAS
Ampliar as vendas 53 57,6%
Crescimento acima de 10% 20 21,7%
Expectativa de queda nas vendas 15 16,3%
Aumentar a produção 6 6,5%
Estabilidade/Manter a cartela de clientes 5 5,4%
Aumentar em 100% as vendas 2 2,2%
Abrir novos pontos de venda 1 1,1%
Expandir para o mercado nacional 1 1,1%
Fidelizar novos clientes 1 1,1%
Total 92
196
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 38.1 – Expectativas estratégicas da empresa X Região-Polo86
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
A análise por polo econômico apresenta a expectativa dos empresários para o
próximo ano em relação ao seu negócio, conforme descreve o Gráfico 38.1 e indica
que o destaque para o polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas é a ampliação de
vendas, com 64,1% dos respondentes. O polo de Calçados da Região Sul, por sua vez,
destaca-se no índice de empresas com expectativas de crescimento superior a 10%
para o próximo ano, com 57,1% do total da amostra deste polo econômico incidente a
esta faixa de resposta.
3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS
Esta seção apresentará os resultados da análise das características de
suprimentos logísticos (como atendem clientes ou são atendidos por fornecedores) e
da conjuntura logística atual da atividade (características do processo de atendimento,
problemas enfrentados e necessidades). É composta por dezessete variáveis que
explicam o sistema logístico das empresas de Calçados e Artefatos de Couro em Santa
Catarina.
EXPECTATIVAS DA EMPRESA / POLO EM SC
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Ampliar as vendas
Crescimento acima de 10%
Expectativa de queda nas vendas
Aumentar a produção
Estabilidade/Manter a cartela de clientes
Aumentar em 100% as vendas
Expandir para o mercado nacional
Fidelizar novos clientes
Abrir novos pontos de venda
Total
50 64,1% 3 21,4%
12 15,4% 8 57,1%
14 17,9% 1 7,1%
4 5,1% 2 14,3%
4 5,1% 1 7,1%
1 1,3% 1 7,1%
0 0,0% 1 7,1%
0 0,0% 1 7,1%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
197
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.1 Modelos logísticos
Quais dos seguintes modelos logísticos mais se assemelham ao da sua empresa?
Gráfico 39 – Características do suprimento logístico87
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 39 apresenta os modelos logísticos aplicáveis às empresas
pesquisadas, no que tange a forma de produção dos seus produtos e serviços
ofertados. Para metade das empresas do estudo, se compra insumos, produz o
produto acabado e vende-se diretamente para empresas. Para 26,1%, se compra
insumos, produz-se produto acabado e vende-se ao consumidor final, enquanto que
para 19,6% compra-se o produto acabado, monta-se o produto final e revende-se para
empresas. Cerca de 6 empresas informaram que utilizam outro modelo logístico, não
especificado.
MODELO LOGÍSTICO APLICADO
Compra insumos - produz produto acabado - vende para empresas 46 50,0%
Compra insumos - produz produto acabado - vende ao consumidor f inal 24 26,1%
Compra produto acabado - monta produto f inal - revende para empresas 18 19,6%
Compra serviços de terceiros - cria produtos - vende por encomenda 9 9,8%
Outros 6 6,5%
Total 92
50,0
%
26,1
%
19,6
%
9,8
%
6,5
%
198
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 39.1 – Características do suprimento logístico X Região-Polo88
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em linha.
O Gráfico 39.1 apresenta o cruzamento das características do suprimento logístico, tidos como processos básicos de entrada e saída de
insumos e mercadorias nas empresas estudadas por polo econômico. A caracterização de comprar insumos para produzir o produto acabado e
vender para empresas tem ampla maioria de seus respondentes provenientes do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, com 74,4%
acumulado) dos entrevistados desta faixa de resposta oriundos deste polo econômico. Cabe ressaltar que no polo de Calçados da Região Sul,
85,8% dos respondentes indicaram o mesmo modelo logístico.
199
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas
No que diz respeito à logística da sua empresa, especifique o(s) tipo(s) de produto(s)
que a sua empresa compra, para realizar a sua produção/operação.
Gráfico 40 – Natureza da compra de mercadorias das empresas89
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 40 aponta a natureza da compra de matéria-prima das empresas
entrevistadas pela pesquisa. O percentual mais significativo, 57,6% da amostra, é para
aqueles que afirmam comprar matéria-prima (partes e/ou peças) para fabricar produto
acabado. Em segundo, com 50% da amostragem, aparecem os entrevistados que
compram a matéria-prima para montagem, e apenas 6,5% contratam serviços de
terceiros.
NATUREZA DA COMPRA DE MATÉRIA PRIMA
Matéria prima (partes e/ou peças) para fabricar produto acabado 53 57,6%
Matéria prima (partes e/ou peças) para montagem 46 50,0%
Contrata serviços de terceiros 6 6,5%
Total 92
57,6%
50,0%
6,5%
200
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 40.1 – Natureza da compra de mercadorias das empresas X Região-Polo90
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em linha.
O Gráfico 40.1 apresenta o tipo ou natureza de compra das empresas por polo econômico, e indica que o polo de Calçados da Região
Sul compra principalmente a matéria-prima (partes e/ou peças) para fabricar produto acabado com 92,9% dos respondentes nesta faixa de
resposta, observa-se que a contratação de serviços de terceiros apresenta maior expressividade neste mesmo polo. Por outro lado, pouco mais
da metade dos entrevistados do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas compram matéria-prima (partes e/ou peças) para montagem.
201
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais
A sua empresa tem alguma dificuldade em encontrar e trabalhar com fornecedores da sua região? Se positivo, cite quais.
Gráfico 41 – Dificuldades com fornecedores locais91
Fonte: dados da pesquisa Nota 1: A soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 41 apresenta as principais dificuldades das empresas da pesquisa
junto à cadeia de fornecedores do seu negócio. Para 75% dos entrevistados não
existem dificuldades, enquanto a falta de fornecedores locais é destacada por 15,2%
dos inquiridos neste estudo. Fornecedores que não cumprem prazos é um percalço
para 3,3% da amostra estudada.
DIFICULDADES COM FORNECEDORES
Sem dificuldades 69 75,0%
Faltam fornecedores locais 14 15,2%
Fornecedores não cumprem prazos de entrega 3 3,3%
Fornecedores com custo elevado 2 2,2%
Falta matéria prima com qualidade 2 2,2%
Não trabalha com fornecedores locais 2 2,2%
Alto custo da matéria prima 1 1,1%
Total 92
202
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 41.1 – Dificuldades com fornecedores locais X Região-Polo92
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
As dificuldades das empresas para com seus fornecedores, cruzada com o polo econômico das empresas pesquisadas é mostrada no
Gráfico 41.1 e indica que para 9% dos entrevistados do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas a falta de fornecedores locais é uma dificuldade
para o setor, frente a 50% dos entrevistados do polo de Calçados da Região Sul para esta opção de resposta. Cabe salientar que a maior parte
dos respondentes dos dois polos da pesquisa destaca a ausência de dificuldades junto à cadeia de fornecedores de seu negócio, exacerbado
índice de 80,8% de respondentes do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas.
DIFICULDADE COM FORNECEDORES / POLO EM SC
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Sem dif iculdades
Faltam fornecedores locais
Fornecedores não cumprem prazos de entrega
Não trabalha com fornecedores locais
Falta matéria prima com qualidade
Fornecedores com custo elevado
Alto custo da matéria prima
Total
63 80,8% 6 42,9%
7 9,0% 7 50,0%
2 2,6% 1 7,1%
1 1,3% 1 7,1%
2 2,6% 0 0,0%
2 2,6% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
203
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores
Avalie o poder de barganha da sua empresa em relação a seus fornecedores.
Gráfico 42 – Poder de barganha da empresa X fornecedores93
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 42 avalia o poder de barganha da empresa para com seus
fornecedores. Nem alto/Nem baixo é citado por 48,9% dos entrevistados. Todavia
41,3% dos respondentes afirmam que este poder é alto, o qual se resume à capacidade
da empresa em conseguir negociar prazos, preços e condições de pagamento. Dentre a
amostra total, 9,8% dos entrevistados afirmam que este poder é baixo, ou seja, que a
empresa não consegue negociar prazos, preços ou condições de pagamento junto a
seus fornecedores.
PODER DE BARGANHA DA EMPRESA
Nem alto/Nem Baixo 45 48,9%
Alto, (minha empresa consegue negociar prazo/preço e condições) 38 41,3%
Baixo, minha empresa não consegue negociar prazo/preço ou condições de pagamento 9 9,8%
Total 92 100,0%
204
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 42.1 – Poder de barganha da empresa X fornecedores X Região-Polo94
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em linha.
O Gráfico 42.1 apresenta o cruzamento entre o poder de barganha das empresas por polo econômico estudado. É verificável que o
maior índice de entrevistados ocorre no polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas na faixa Nem alto/Nem baixo. Cabe ressaltar que no polo de
Calçados da Região Sul, existe um empate no número de entrevistados nas faixas de Nem alto/Nem baixo e Alto, cada uma com seis dos
inquiridos deste polo econômico.
205
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.5 Movimentação da produção na empresa
A movimentação de insumos e matérias-primas na sua empresa é realizada por qual tipo de equipamento?
Gráfico 43 – Movimentação da produção na empresa95
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 43 mostra a movimentação da produção internamente nas empresas
e infere que esta é realizada manualmente ou através de carrinho por 69,6% dos
respondentes. Índice relevante de empresas que fazem uso de esteiras, com 50% do
total entrevistado. Outros 20,7% da amostra revelam o uso de empilhadeira na
movimentação interna da produção.
MOVIMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO INTERNA
Manual ou carrinho 64 69,6%
Esteiras 46 50,0%
Empilhadeira 19 20,7%
Veículo leve 16 17,4%
Veículo pesado 4 4,3%
Ponte rolante 1 1,1%
Total 92
206
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 43.1 – Movimentação da produção na empresa X Região-Polo96
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 43.1 cruza o tipo de equipamento usado na movimentação interna da
produção com o polo econômico das empresas estudadas e demonstra que esta é
realizada principalmente de forma manual ou através de carrinho nos dois polos da
pesquisa, com ápice no índice de 73,1% dos entrevistados do polo de Calçados do Vale
do Rio Tijucas incidentes a esta faixa de resposta. O uso de veículo leve tem maior
expressividade no polo de Calçados da Região Sul, com 21,4% da amostra, percentual
igual relacionado ao uso da esteira, para movimentar a produção internamente.
POLO EM SC / MOVIMENTAÇÃO DA PRODUÇÃO INTERNA
Calçados do Vale
do Rio Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Manual ou carrinho
Esteiras
Empilhadeira
Veículo leve
Veículo pesado
Ponte rolante
Total
57 73,1% 7 50,0%
43 55,1% 3 21,4%
18 23,1% 1 7,1%
13 16,7% 3 21,4%
4 5,1% 0 0,0%
0 0,0% 1 7,1%
78 100,0% 14 100,0%
207
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.6 Canais de fornecedores da empresa
Considerando a cadeia logística da sua empresa, qual ou quais canais de fornecedores com que a sua empresa trabalha?
Gráfico 44 – Canais de fornecedores da empresa97
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Sobre os canais de fornecedores utilizados pelas empresas da pesquisa, tem-se
no acesso direto ao fabricante a forma mais utilizada pelas empresas, citada por 78,3%
dos entrevistados, seguida pela compra de atacadistas, destacada por 41,3% da
amostra. Já a compra através de representantes comerciais tem 23,9% das citações.
Gráfico 44.1 – Canais de fornecedores da empresa X Região-Polo98
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
FORMA DE COMPRA COM FORNECEDORES
Compra direto do fabricante 72 78,3%
Compra de atacadistas 38 41,3%
Compra de representante comercial 22 23,9%
Utiliza prestação de serviço de terceiros 7 7,6%
Compra de cooperativa 5 5,4%
Compra no varejo 3 3,3%
Total 92
POLO EM SC / FORMA DE COMPRA COM FORNECEDORES
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Compra direto do fabricante
Compra de atacadistas
Compra de representante comercial
Utiliza prestação de serviço de terceiros
Compra de cooperativa
Compra no varejo
Total
59 75,6% 13 92,9%
30 38,5% 8 57,1%
12 15,4% 10 71,4%
7 9,0% 0 0,0%
5 6,4% 0 0,0%
3 3,8% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
208
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O cruzamento dos canais de fornecedores com o polo econômico das empresas
pesquisadas é descrito no Gráfico 44.1 e infere que a compra direta do fabricante é
destaque no polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, onde o índice de respondentes
que se utiliza deste canal de fornecedor atinge 75,6% dos entrevistados desta esfera
da pesquisa. O segundo canal de compra utilizado pelos entrevistados deste Polo, e a
compra de atacadistas, com 38,5% de citações. A compra de representante comercial
tem maior expressividade no polo de Calçados da Região Sul, com 71,4% dos
respondentes, enquanto a compra de atacadistas tem seu maior índice de citações,
57,1% dentre os entrevistados deste mesmo polo econômico.
3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa
A sua empresa negocia as suas compras de que forma?
Gráfico 45 – Formas de negociação das compras99
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
A forma mais comum de negociação das compras dos fornecedores é
pessoalmente com o vendedor, citada por 91,3% dos respondentes, seguida da
intermediação por telefone, lembrada por 83,7% destes. Para 42,4% o uso do e-mail é
a opção mais usual. Apenas um entrevistado negocia as compras através do site do
fornecedor.
FORMA DE INTERMEDIAÇÃO DE COMPRA
Pessoalmente com vendedor 84 91,3%
Por telefone 77 83,7%
por email 39 42,4%
através do site da empresa 1 1,1%
Total 92
209
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 45.1 – Formas de negociação das compras X Região-Polo100
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 45.1 cruza as formas de negociação das compras com fornecedores
com o polo econômico das empresas estudadas. No polo de Calçados da Região Sul, o
contato mais realizado é por telefone, citado pela totalidade dos respondentes deste
polo econômico. O polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, por sua vez, apresenta
maior expressividade na faixa daqueles que realizam esta intermediação pessoalmente
com o vendedor, sendo que 92,3% dos inquiridos desta esfera da pesquisa situam-se
nesta opção. A intermediação via e-mail tem maior destaque no grupo de
entrevistados do polo de Calçados da Região Sul, sendo que 85,7% destes
respondentes pontuam esta forma de intermediar suas compras com os fornecedores.
POLO EM SC / FORMA DE INTERMEDIAÇÃO DE COMPRA
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Pessoalmente com vendedor
Por telefone
por email
através do site da empresa
Total
72 92,3% 12 85,7%
63 80,8% 14 100,0%
27 34,6% 12 85,7%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
210
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa
A sua empresa trabalha com quantos fornecedores diferentes?
Gráfico 46 – Quantidade de fornecedores101
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 46 expressa a quantidade de fornecedores para as empresas da
pesquisa. A faixa de maior destaque é entre 10 a 19 fornecedores, com 32,6% dos
entrevistados nesta faixa, seguida por 13% dos respondentes da faixa entre 20 a 29
fornecedores. A média geral são 21 fornecedores por empresa.
QUANTIDADE DE FORNECEDORES
Média = 21 Desvio-padrão = 25
Mín = 1 Máx = 100
m (10,0% - 90,0%) = 15
1 10 10,9%
De 2 a 4 10 10,9%
De 5 a 9 8 8,7%
De 10 a 19 30 32,6%
De 20 a 29 12 13,0%
De 30 a 39 9 9,8%
De 40 a 49 3 3,3%
De 50 a 69 3 3,3%
70 e mais 7 7,6%
Total 92 100,0%
10,9%
10,9%
8,7%
32,6%
13,0%
9,8%
3,3%
3,3%
7,6%
211
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 46.1 – Quantidade de fornecedores x Região-Polo102
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 46.1 cruza a quantidade de fornecedores com o polo econômico das
empresas da pesquisa. A faixa de 10 a 19 fornecedores é o destaque no polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas, com 1/3 dos respondentes desta esfera da pesquisa
incidindo nesta faixa de resposta. O polo de Calçados da Região Sul, por sua vez,
destaca-se na faixa de 20 a 29 fornecedores, com 42,9% dos respondentes da região
nesta faixa de resposta. Ademais, cabe ressaltar que este polo não apresenta nenhum
entrevistado com quatro ou menos fornecedores, ao passo que 25,6% dos
respondentes do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas estão nesta faixa de resposta.
QUANTIDADE DE FORNECEDORES / POLO EM SC
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
1
De 2 a 4
De 5 a 9
De 10 a 19
De 20 a 29
De 30 a 39
De 40 a 49
De 50 a 69
70 e mais
Total
0 0,0% 10 12,8%
0 0,0% 10 12,8%
1 7,1% 7 9,0%
4 28,6% 26 33,3%
6 42,9% 6 7,7%
0 0,0% 9 11,5%
0 0,0% 3 3,8%
1 7,1% 2 2,6%
2 14,3% 5 6,4%
14 100,0% 78 100,0%
212
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 46.2 – Quantidade média de fornecedores x Região-Polo103
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 46.2 apresenta quantidades médias de fornecedores distintas entre
os polos do estudo, que vai de 20 a 29 fornecedores por polo. Destaque para o Polo de
Calçados da Região Sul, que apresenta média superior à média da amostra.
POLO EM SC / MÉDIA DA QUANTIDADE DE FORNECEDORES
QUANTIDADE DE
FORNECEDORES
Média Mín Máx
Calçados da Região Sul
Calçados do Vale do Rio Tijucas
Total
29 8 100
20 1 100
21 1 100
213
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.9 Quantidade de clientes na empresa
E trabalha/atende quantos clientes (atualmente)?
Gráfico 47 – Quantidade de clientes104
Fonte: dados da pesquisa.
A média geral de clientes por empresa da pesquisa entrevistada é de 296,
porém a média corrigida entre 10% e 90% das respostas (tirando valores extremos) é
de 109 clientes por empresa da amostra.
Na distribuição de frequência, nota-se que 15,2% dos entrevistados têm entre
100 a 249 clientes. O índice de 9,8% dos respondentes, segundo maior percentual da
QUANTIDADE DE CLIENTES
Média = 296 Desvio-padrão = 928
Mín = 1 Máx = 8 000
m (10,0% - 90,0%) = 109
1 9 9,8%
De 2 a 4 7 7,6%
De 5 a 9 6 6,5%
De 10 a 19 9 9,8%
De 20 a 29 9 9,8%
De 30 a 39 5 5,4%
De 40 a 49 5 5,4%
De 50 a 69 4 4,3%
De 70 a 99 2 2,2%
De 100 a 249 14 15,2%
De 250 a 499 8 8,7%
De 500 a 999 7 7,6%
De 1 000 a 4 999 6 6,5%
5 000 e mais 1 1,1%
Total 92 100,0%
9,8%
7,6%
6,5%
9,8%
9,8%
5,4%
5,4%
4,3%
2,2%
15,2%
8,7%
7,6%
6,5%
1,1%
214
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
pesquisa, repete-se em três faixas de resposta, são elas: com apenas 1 cliente, de 10 a
19 clientes e de 20 a 29 clientes. É observável que apenas um entrevistado aponta ter
mais de cinco mil clientes. Cabe ressaltar que 8,7% dos inquiridos têm entre 250 e 499
clientes.
Gráfico 47.1 – Quantidade de clientes X Região-Polo105
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A quantidade de clientes por polo econômico é apresentada no Gráfico 47.1 e é
visível que os dois polos da pesquisa destacam-se na faixa com 100 ou mais clientes,
com ápice no índice de 57,1% dos entrevistados do polo de Calçados da Região Sul
nesta faixa de resposta. Para o polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas, o segundo
índice de maior expressividade na pesquisa ocorre na faixa com apenas um cliente,
215
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
destaque para 11,5% dos entrevistados desta esfera da pesquisa, enquanto nenhum
respondente do polo de Calçados da Região Sul possui menos de cinco clientes.
Gráfico 47.2 – Quantidade média de clientes X Região-Polo106
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 47.2 reúne as médias gerais de clientes por empresas de cada polo do
estudo. O polo de Calçados da Região Sul detém a maior média, 896 clientes por
empresa e o polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas tem a menor média, 189 clientes
por empresa.
3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa
Como a sua empresa realiza o transporte para a compra de insumos e matérias-
primas?
Gráfico 48 – Meios de transporte utilizados na compra de matérias-primas107
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
POLO EM SC / MÉDIA DA QUANTIDADE DE CLIENTES
QUANTIDADE DE CLIENTES
Média Mín Máx
Calçados da Região Sul
Calçados do Vale do Rio Tijucas
Total
896 7 8 000
189 1 3 000
296 1 8 000
MEIO DE TRANSPORTE - LOGÍSTICA/COMPRA
Veículo pesado 61 66,3%
Veículo leve 47 51,1%
Total 92
216
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O Gráfico 48 apresenta os meios de transportes usados na compra de insumos
e matérias-primas das empresas entrevistadas. Para 66,3% dos respondentes o meio
de transporte mais utilizado na compra são veículos pesados, enquanto os veículos
leves são usados por 51,1% das empresas.
Gráfico 48.1 – Meios de transporte para compra de matérias-primas X Região-Polo108
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 48.1 cruza os meios de transportes usados na compra de insumos e
matérias-primas das empresas entrevistadas com o polo econômico destas. A análise
do gráfico revela em todas as esferas do estudo o uso principalmente de veículos
pesados, com destaque para o polo de Calçados da Região Sul, onde a totalidade de
respondentes situa-se nesta faixa de resposta. O índice de respondentes atinge 53,8%
da amostra do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas para aqueles que usam veículos
leves como meio de transporte usado na compra de insumo e matérias-primas.
POLO EM SC / MEIO DE TRANSPORTE DE LOGÍSTICA E COMPRA
Calçados do Vale do
Rio Tijucas
N % obs.
Calçados da Região
Sul
N % obs.
Veículo pesado
Veículo leve
Total
47 60,3% 14 100,0%
42 53,8% 5 35,7%
78 100,0% 14 100,0%
217
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa
Como a sua empresa realiza o transporte para a venda de insumos e produtos?
Gráfico 49 – Meios de transporte utilizados na venda de insumos e produtos109
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O transporte para a venda é feito principalmente por veículos leves, de acordo
com 63% dos entrevistados, e os veículos pesados são utilizados por 53,3% da
amostra. O cliente busca o seu produto, de acordo com 5,4% da amostra entrevistada.
Gráfico 49.1 – Meios de transporte utilizados na venda de produtos X Região-Polo110
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 49.1 revela que o polo de Calçados da Região Sul utiliza
principalmente veículos pesados para a logística da venda de seus produtos, com
índice de 92,9% dos entrevistados da região nesta faixa de resposta. A utilização de
veículos leves tem maior expressividade no polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas,
MEIO DE TRANSPORTE - LOGÍSTICA/VENDA
Veículo leve 58 63,0%
Veículo pesado 49 53,3%
Cliente busca 5 5,4%
Não se aplica 3 3,3%
Total 92
POLO EM SC / MEIO DE TRANSPORTE DE LOGÍSTICA E VENDA
Calçados do Vale do
Rio Tijucas
N % obs.
Calçados da Região
Sul
N % obs.
Veículo leve
Veículo pesado
Cliente busca
Não se aplica
Total
54 69,2% 4 28,6%
36 46,2% 13 92,9%
5 6,4% 0 0,0%
2 2,6% 1 7,1%
78 100,0% 14 100,0%
218
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
citada por 69,2% dos entrevistados da região, frente a 6,4% dos inquiridos desta região
que afirmam que o cliente busca o seu produto.
3.4.12 Gestão de estoque na empresa
E como a sua empresa realiza a gestão do estoque na empresa?
Gráfico 50 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal111
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 50 destaca a gestão de estoque das empresas apontando que 43,5%
dos entrevistados utilizam o processo informal de gestão de estoque, enquanto 31,5%
utilizam o processo formal com software e 14,1% dos entrevistados utilizam o
processo formal sem software. Cabe ressaltar que apenas 10,9% dentre os
entrevistados não realizam a gestão de estoque.
Gráfico 50.1 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal X Região-Polo112
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
GESTÃO DE ESTOQUE
Processo informal 40 43,5%
Processo formal com softw are 29 31,5%
Processo formal sem softw are 13 14,1%
Não realiza 10 10,9%
Total 92 100,0%
POLO EM SC / GESTÃO DE ESTOQUE
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Processo informal
Processo formal com softw are
Processo formal sem softw are
Não realiza
Total
36 46,2% 4 28,6%
24 30,8% 5 35,7%
11 14,1% 2 14,3%
7 9,0% 3 21,4%
78 100,0% 14 100,0%
219
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
O Gráfico 50.1 demonstra que 46,2% dos entrevistados do polo de Calçados do
Vale do Rio Tijucas realizam processo informal de gestão de estoque. O destaque no
uso de processo formal com software ocorre no polo de Calçados da Região Sul, onde
35,7% dos entrevistados indicaram esta conduta. Ademais, este polo tem o maior
percentual daqueles que não realizam gestão de estoque, com 21,4% do total da
amostra desta esfera da pesquisa.
3.4.13 Software de logística
A sua empresa utiliza software que integra a logística de compra, transporte, armazenamento e venda?
Gráfico 51 – Software integrado de logística113
Fonte: dados da pesquisa
Quanto ao uso de software que integre a logística de compra, transporte,
armazenamento e venda pelas empresas entrevistadas, o Gráfico 51 mostra que
apenas 34,8% das empresas utilizam esse software, ao passo que 62% das empresas
não utilizam um software que integra os sistemas nas suas empresas.
SOFTWARE DE LOGÍSTICA
Não 57 62,0%
Sim 32 34,8%
Não se aplica 3 3,3%
Total 92 100,0%
62,0%
34,8%
3,3%
220
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 51.1 – Software integrado de logística X Região-Polo114
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 51.1 aponta que a maioria dos entrevistados do polo de Calçados do
Vale do Rio Tijucas não utiliza o software integrado de logística, com o índice de 64,1%
dos respondentes para esta faixa de resposta. Por outro lado, metade dos inquiridos
do polo de Calçados da Região Sul utilizam-se deste software, sendo o polo com maior
percentual de adeptos ao software que integra a logística de compra, transporte,
armazenamento e venda.
POLO EM SC / SOFTWARE DE LOGÍSTICA
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Não
Sim
Não se aplica
Total
50 64,1% 7 50,0%
25 32,1% 7 50,0%
3 3,8% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
221
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.14 Cadeia logística da empresa
Por favor, comente quais seriam os gargalos ou problemas mais sérios da sua cadeia logística atual?
Gráfico 52 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística115
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Quando questionados sobre os problemas que enfrentam junto à cadeia
logística de suas empresas, 63% dos empresários afirmam que não possuem
problemas significativos em sua logística. Dentre aqueles que pontuam problemas na
cadeia logística, o índice de 10,9% dos respondentes se repete em duas opções de
resposta, são elas: falta de mão de obra qualificada e não cumprimento de prazos de
entrega. Já 6,5% da amostra, aponta o alto custo do frete como um gargalo na sua
cadeia logística.
PROBLEMAS NA CADEIA LOGÍSTICA
Sem problemas signif icativos 58 63,0%
Falta de mão de obra qualif icada 10 10,9%
Não cumprimento de prazo de entrega 10 10,9%
Alto custo do frete 6 6,5%
Baixa produção 3 3,3%
Falta do capital de giro 2 2,2%
Necessidade de ampliação da estrutura de operação 2 2,2%
Localização ruim da empresa 1 1,1%
Alto custo da matéria prima/insumos 1 1,1%
Alto custo com tributação de transporte/combustível 1 1,1%
Grande distância dos fornecedores 1 1,1%
Falta da matéria prima 1 1,1%
Oscilação de preço da matéria prima 1 1,1%
Total 92
222
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 52.1 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística X Região-Polo116
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Quanto aos problemas logísticos apontados por polo econômico das empresas
pesquisadas, verifica-se expressivo número de entrevistados no polo de Calçados do
Vale do Rio Tijucas que não têm problemas significativos na cadeia logística, 74,4%
nesta faixa de resposta. Por outro lado, no polo de Calçados da Região Sul, constata-se
a existência de um maior número de gargalos logísticos, já que ninguém informou não
ter problemas, entre eles foram citados, todos com 28,6% das citações, não
cumprimento de prazo de entrega, falta de mão de obra qualificada e o alto custo do
frete.
PROBLEMAS NA CADEIA LOGÍSTICA / POLO EM SC
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Sem problemas signif icativos
Não cumprimento de prazo de entrega
Falta de mão de obra qualif icada
Alto custo do frete
Baixa produção
Necessidade de ampliação da estrutura de operação
Falta do capital de giro
Alto custo com tributação de transporte/combustível
Localização ruim da empresa
Grande distância dos fornecedores
Falta da matéria prima
Oscilação de preço da matéria prima
Alto custo da matéria prima/insumos
Total
58 74,4% 0 0,0%
6 7,7% 4 28,6%
6 7,7% 4 28,6%
2 2,6% 4 28,6%
3 3,8% 0 0,0%
0 0,0% 2 14,3%
2 2,6% 0 0,0%
0 0,0% 1 7,1%
0 0,0% 1 7,1%
0 0,0% 1 7,1%
0 0,0% 1 7,1%
0 0,0% 1 7,1%
1 1,3% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
223
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa
Em sua opinião, o que seria necessário para melhorar a infraestrutura e logística do seu negócio?
Gráfico 53 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa117
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 53 apresenta as sugestões de melhorias na infraestrutura e logística
dos respondentes. Dentre o grupo, 68,5% da amostra não têm opinião formada sobre
este apontamento, enquanto 14,1% dos respondentes afirma ser a melhoria na
estrutura de operação da empresa uma sugestão de aprimoramento da logística das
empresas. Já 4,3% dos respondentes pontuam o acesso ao crédito e o investimento na
qualificação dos funcionários como sugestão para a evolução qualitativa da
infraestrutura e da logística das empresas pesquisadas.
SUGESTÕES DE MELHORIA NA LOGÍSTICA
Sem opinião formada 63 68,5%
Melhoria na estrutura operacional da empresa 13 14,1%
Acesso a crédito 4 4,3%
Investir em qualif icação dos funcionários 4 4,3%
Diminuir custos com tributação de transporte 3 3,3%
Melhorar controle de estoque/sistemas 2 2,2%
Estabelecer parcerias (público/privada) 1 1,1%
Contratação de funcionários 1 1,1%
Aquisição de sede própria 1 1,1%
Melhorar infraestrutura viária 1 1,1%
Encontrar fornecedores na região 1 1,1%
Aumento da oferta de transportadoras 1 1,1%
Total 92
224
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 53.1 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa X Região-Polo118
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
As sugestões de melhorias na infraestrutura e logísticas cruzadas por polo
econômico das empresas do estudo estão descritas no Gráfico 53.1 e indicam que
42,9% dos respondentes do polo de Calçados da Região Sul acreditam na melhoria da
estrutura de operação da empresa como uma ação de melhoria na logística das
empresas do polo. Esta resposta é a faixa de destaque também para os entrevistados
do polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas. É observável que o índice daqueles que
não tem opinião formada sobre a questão, é o destaque neste polo econômico, com
78,2% das citações dos entrevistados desta esfera da pesquisa.
SUGESTÕES DE MELHORIA LOGÍSTICA / POLO EM SC
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Melhoria na estrutura operacional da empresa
Sem opinião formada
Investir em qualif icação dos funcionários
Diminuir custos com tributação de transporte
Melhorar infraestrutura viária
Acesso a crédito
Encontrar fornecedores na região
Aumento da oferta de transportadoras
Aquisição de sede própria
Estabelecer parcerias (público/privada)
Contratação de funcionários
Melhorar controle de estoque/sistemas
Total
7 9,0% 6 42,9%
61 78,2% 2 14,3%
3 3,8% 1 7,1%
1 1,3% 2 14,3%
0 0,0% 1 7,1%
1 1,3% 3 21,4%
1 1,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
1 1,3% 0 0,0%
0 0,0% 2 14,3%
78 100,0% 14 100,0%
225
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos
Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de novidades ou aprimoramentos tecnológicos?
Gráfico 54 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos119
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
As áreas ou setores internos que as empresas da amostra apontam como mais
carentes de novidades ou aprimoramentos tecnológicos são a produção, de acordo
com 57,6% dos respondentes, marketing, conforme 37% destes e por fim, o setor
financeiro, de acordo com 34,8% dos inquiridos.
ÁREAS COM NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS
Produção 53 57,6%
Marketing 34 37,0%
Financeiro 32 34,8%
Vendas 31 33,7%
Softw are integrado (tipo ERP ou B.I.) 7 7,6%
Logística e distribuição 7 7,6%
Softw are CRM ou Banco de Dados de clientes 5 5,4%
RH ou Gestão de Pessoas 5 5,4%
Outros 4 4,3%
Total 92
226
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 54.1 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos X Região-Polo120
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
As áreas ou setores internos em que as empresas da amostra mais precisam de
novidades ou aprimoramentos tecnológicos versus o polo econômico das empresas
pesquisadas é apresentado no Gráfico 54.1. Esta análise revela que os dois polos do
estudo destacam a necessidade de investimento na produção, com ápice no índice de
64,3% nesta faixa de resposta vista no polo de Calçados da Região Sul. O marketing
tem maior expressividade para os respondentes oriundos do Polo do Vale do Rio
Tijucas, 39,7% da amostra da região. Os setores financeiros e as vendas são destacados
principalmente pelos entrevistados do polo de Calçados da Região Sul, ambos com
metade das citações dos inquiridos deste polo econômico da pesquisa.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados da pesquisa com o mercado empresarial Catarinense de Calçados
e Artefatos de Couro apontam para índices e distribuições de frequências de grau
contundente de significância, observando a concentração de respostas de cada
variável pesquisada e de seus cruzamentos e correlações interessantes.
Neste cenário das empresas de Calçados e Artefatos de Couro entrevistadas, as
percepções dos empresários quanto a seus mercados de atuação, gargalos produtivos,
POLO EM SC / ÁREAS COM NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS
Calçados do
Vale do Rio
Tijucas
N % obs.
Calçados da
Região Sul
N % obs.
Produção
Marketing
Financeiro
Vendas
Logística e distribuição
Softw are integrado (tipo ERP ou B.I.)
RH ou Gestão de Pessoas
Softw are CRM ou Banco de Dados de clientes
Outros
Total
44 56,4% 9 64,3%
31 39,7% 3 21,4%
25 32,1% 7 50,0%
24 30,8% 7 50,0%
5 6,4% 2 14,3%
6 7,7% 1 7,1%
4 5,1% 1 7,1%
5 6,4% 0 0,0%
4 5,1% 0 0,0%
78 100,0% 14 100,0%
227
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
aspiração de crescimento, inovações aplicadas, interesse em mercados não atendidos
e em logística são demonstrados seguindo um roteiro de perguntas de pesquisas que
buscam o objetivo de descrever estas percepções e moldar um cenário mercadológico.
4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS
4.1.1 Perfil das empresas
O perfil da amostra entrevistada revela que as empresas do polo de Calçados
do Vale do Rio Tijucas atuam principalmente na fabricação de partes para calçados,
enquanto para os respondentes do polo de Calçados da Região Sul a atividade de
maior relevância é a fabricação de calçados de couro. Em se tratando de destaques
municipais por Polo, São João Batista no Polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas e
Sombrio no Polo de Calçados da Região Sul, sobressaem-se dentre as demais cidades.
A idade média das empresas do estudo é 13 anos. A idade média das empresas
por polo varia entre 12 e 17 anos, valores vistos respectivamente no polo de Calçados
do Vale do Rio Tijucas e no polo de Calçados da Região Sul. Em se tratando de volume
de colaboradores contratados, a média da quantidade de colaboradores por empresa é
27, sendo destaque a faixa entre 10 a 19 colaboradores.
Sobre o enquadramento tributário, é possível afirmar que a maioria dos
participantes do estudo é Microempresas, com 51,1% do total da pesquisa. Dentre o
restante dos entrevistados, 43,5% são provenientes de Empresas de Pequeno Porte. A
predominância de Microempresas é verificável no polo de Calçados do Vale do Rio
Tijucas, onde 52,6% dos respondentes enquadram-se nesta faixa de resposta. Por
outro lado, Empresas de Pequeno Porte tem o mesmo índice de Microempresa no polo
de Calçados da Região Sul, 42,9% dos inquiridos. Apenas uma empresa dentre as
entrevistadas é considerada Empresa de Grande Porte, proveniente do polo de
Calçados da Região Sul.
Em se tratando do gênero dos gestores respondentes, o estudo indica a
predominância do sexo masculino (60,9%) em relação ao feminino (39,1%), indicando
que na gestão deste setor econômico os homens ocupam mais cargos de gestão. O
grau de escolaridade dos gestores da amostra demonstra predomínio no grupo com
228
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Ensino Superior Completo, 28,3% do total do estudo, enquanto 26,1% do grupo possui
Ensino Médio Completo. O polo de Calçados da Região Sul segue a mesma tendência.
No polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas é observável que o índice de respondentes
com Ensino Médio Completo supera o índice de respondentes com Ensino Superior
Completo. Dois entrevistados da amostra possuem Mestrado, sendo um proveniente
de cada polo econômico do estudo.
4.1.2 Percepção do mercado atual – demandas atendidas
No que concerne ao perfil do mercado atendido pelas empresas pesquisadas, é
observável a predominância do atendimento a empresas, com 93,5% dos
respondentes, seguido pelo consumidor final pessoa física, com 19,6% do total da
amostra. Oportuno salientar que esta predominância do atendimento às empresas é
verificável nos dois polos da pesquisa, com índices superiores a 90% dos respondentes
em todos eles, atingindo 93,6% das citações dos respondentes do polo de Calçados do
Vale do Rio Tijucas. Dentre aqueles que relatam atender pessoa física, o índice de
maior expressividade é o atendimento a consumidores adultos de ambos os sexos,
com destaque para classes econômica B e C.
O principal atributo citado pelos entrevistados como razão de compra dos seus
clientes é a qualidade, seguida pelo fator preço, com 69,6% das citações. Beleza/design
influencia o cliente na hora da compra, segundo a amostra de entrevistados do Polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas. Como elementos influenciadores na decisão de
compra, o conjunto da amostra declara a força da ação do promotor/vendedor como
maior poder de influenciar o cliente.
A sazonalidade também foi objeto de estudo e a sua influência é sentida por
3/4 dos respondentes. É observável que a maioria dos entrevistados dos dois polos
estudados percebe a interferência da sazonalidade no volume de venda de seus
produtos e serviços, com ápice no índice de 82,6% dos respondentes do polo de
Calçados do Vale do Rio Tijucas nesta opção de resposta. Os efeitos negativos têm
mais destaque do que os positivos no que tange ao resultado da sazonalidade na
totalidade do estudo. Os meses com maior impacto negativo por conta da variação
229
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
sazonal são respectivamente janeiro e junho, com 51,7% e 65,5% das citações dos
respondentes.
4.1.3 Percepção do mercado atual – cadeia de players e conjuntura da atividade
A busca ativa por clientes é sinônimo de prospecção, e neste aspecto, 64,1% do
grupo afirma prospectar o cliente final para seu produto ou serviço. O índice de maior
expressividade para a prospecção de clientes ocorre no polo de Calçados da Região
Sul, 78,6% dos entrevistados, enquanto o polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas é o
detentor de elevado número de empresas que não realizam a prospecção de clientes,
30 das 78 empresas da amostra.
Os canais de vendas destacados pelos entrevistados são o varejista, citado por
60,5% dos respondentes, atacadista/distribuidor, com 43,5% da amostra e a venda
direta, com 31,5% deste grupo. Cabe salientar que os entrevistados do polo de
Calçados da Região Sul utilizam-se principalmente de atacadista/distribuidores, em
detrimento do uso de varejistas. Em se tratando da localização do mercado atendido,
percebe-se que a maioria dos entrevistados aponta como área de influência o
município. Mas significativos 28,3% dos respondentes indicam que os clientes das
empresas pesquisadas são de outras regiões do país. Os fornecedores, porém são em
maioria locais ou do oriundos de Santa Catarina. A concorrência também é local.
Na visão dos empresários, Quando inquiridos sobre a sua percepção sobre o
seu mercado de atuação, o conjunto da amostra relata que o movimento é de
crescimento (48,9%) frente à estabilidade (37%), mas apesar da visão de crescimento
prevalecer, é evidente o alto índice de percepção de mercado “estável”, ou seja, que
não cresce ou encolhe. A percepção de crescimento de mercado corrobora com a
percepção da maioria dos respondentes em relação ao momento que suas empresas
passam, qual seja, momento de crescimento, segundo 57,6%, que crescem a uma taxa
média de 16% ao ano. Existem exceções no conjunto de entrevistados que inferem que
o momento atual é de queda e representam 14,1% do total.
Sobre práticas que impulsionaram o crescimento nas empresas analisadas
neste estudo, constatou-se que o investimento na profissionalização de toda empresa
230
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
foi a ação mais utilizada (25%), seguida pelo melhoramento no processo interno e
aquisição de tecnologias, ambas com 19,6%. Concernente aos polos observa-se que no
Polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas o investimento na profissionalização ocorreu
para 29,5% da amostra. Já no Polo de Calçados da Região Sul, os melhoramentos no
processo interno juntamente com o desenvolvimento de novos produtos foram as
ações que mais impulsionaram o crescimento.
Segundo aqueles respondentes que informaram que o mercado está
estabilizado, os principais motivos são a concorrência acirrada e o mercado em crise. A
ausência de mão de obra qualificada somada à falta de recursos próprios para capital
de giro, também são motivos para a estabilidade nas vendas neste conjunto da
amostra. Estes motivos estão presentes em ambos os Polos estudados.
Cerca de 20,7% das empresas entrevistadas realizaram inovação nos últimos 12
meses. Dentre estas, 52,6% aplicou inovação em processos e obtiveram em sua
maioria, impacto positivo no seu negócio. Porém, cerca de 8 entre 10 empresas
entrevistadas não realizaram ações para acessar novos mercados.
Neste prospecto o Polo de Calçados da Região Sul contém os maiores
percentuais de citações nestas ações, comparativamente ao Polo de Calçados do Rio
Tijucas. O índice daqueles que indicam impacto positivo destas ações no negócio é de
12,8% da amostra do Polo do Vale do Rio Tijucas, frente a 50% dos entrevistados no
polo de Calçados da Região Sul.
Quando abordados sobre os maiores problemas ou desafios à expansão da
empresa no setor, inúmeros fatores foram apontados, sendo que o empresariado
indica a falta de mão de obra de qualidade como o maior entrave ao setor, com índice
de 32,6% de citações pelos entrevistados, seguido pela falta de capital de giro, com
índice de 15,2% da amostra. Regionalmente, o polo de Calçados do Vale do Rio Tijucas
destaca a falta de mão de obra qualificada como maior percalço ao desenvolvimento
das empresas do setor, ao passo que a falta de capital para investimentos é a faixa
com maior expressividade para o polo de Calçados da Região Sul.
Quanto às expectativas das empresas entrevistadas quanto ao negócio, 57,6%
dos entrevistados esperam a ampliação das suas vendas, enquanto 21,7% do grupo
ressalta o crescimento superior aos dez pontos percentuais. O polo de Calçados do
231
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Vale do Rio Tijucas segue a tendência geral e destaca-se pela expectativa em relação à
ampliação de suas vendas, enquanto o polo de Calçados da Região Sul destaca-se no
índice de empresas com expectativas de aumento superior a dez pontos percentuais
para o próximo ano, com 57,1% do total da amostra deste polo econômico incidente a
esta faixa de resposta.
4.1.4 Análise das características de logística das empresas
Dentre as características do suprimento logístico, os modelos logísticos
aplicáveis às empresas pesquisadas destacam principalmente a compra de insumos, a
produção do produto acabado com venda à empresa, citado por metade da amostra,
com ápice no índice de 51,3% dos respondentes do polo de Calçados do Vale do Rio
Tijucas nesta faixa de resposta. Sobre o poder de barganha frente aos fornecedores, o
estudo mostra que 41,3% afirmam acreditar ter alto poder de barganha, ao passo que
9,8% relatam baixo poder. A compra direta do fabricante como formato mais usado
nesta fase da cadeia logística, com índice de 78,3%, seguido pela compra de
atacadistas, 41,3%. Já para a compra através do representante comercial, tem-se
23,9% das respostas da amostra. A média de fornecedores para cada empresa de
calçados em Santa Catarina é 21, o que pode explicar o bom poder de barganha. O
número médio de clientes por empresa é de 296.
A compra direta é o índice de maior expressividade nos dois polos da amostra,
cujo destaque é o polo de Calçados da Região Sul, onde 92,9% dos entrevistados da
pesquisa afirmam comprar diretamente do fabricante assim como, a compra de
representantes comerciais, é o índice de maior expressividade dentre os entrevistados
deste mesmo polo, com 71,4% das citações. Em se tratando de meios de
intermediação da compra, o estudo aponta que o contato pessoal com o vendedor é o
mais utilizado por quase a totalidade da amostra.
Observa-se que 32,6% dos entrevistados estão situados na faixa de 10 a 19
fornecedores, sendo verificável que esta faixa é a no polo de Calçados do Rio Tijucas,
com 1/3 das citações. O polo de Calçados da Região Sul, por sua vez, destaca-se na
faixa de 20 a 29 fornecedores, com 42,9% dos respondentes da região. Cabe ressaltar
que este polo não apresenta nenhum entrevistado com menos de cinco fornecedores,
232
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
ao passo que 25,6% (acumulado) dos respondentes do polo de Calçados do Vale do Rio
Tijucas estão nesta faixa de resposta.
A abrangência da empresa em relação ao número de clientes destaca que a
média geral do estudo é de 296 clientes por empresa. A faixa entre 100 e 249 clientes
é a que possui o maior número de citações, 15,2%. Os dois polos econômicos da
pesquisa têm seus índices de maior expressividade na faixa de 100 ou mais clientes,
sendo o ápice verificável no polo de Calçados da Região Sul, com 57,1% dos
entrevistados. A média de clientes por polo econômico difere-se altamente entre uma
região e outra, sendo a menor média observada no polo de Calçados do Vale do Rio
Tijucas, com 189 clientes por empresa, enquanto a maior média é observada no polo
de Calçados da Região Sul, com 896 clientes por empresa.
Acerca de problemas junto à cadeia logística de suas empresas, a maioria dos
entrevistados afirma não possuir problemas significativos em sua logística. Sobre
sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa, aqueles que
apontaram possíveis gargalos, com 14,1% dos respondentes afirmam ser a melhoria na
estrutura de operação da empresa. Não obstante, o acesso ao crédito e o investimento
na qualificação dos funcionários é citado por 4,3% das empresas (percentuais iguais),
como possíveis ações para evolução da sua infraestrutura logística.
As áreas da empresa que necessitam de maior investimento são três: produção,
marketing e o setor financeiro, com 57,6%, 37% e 34,8% das citações,
respectivamente. A necessidade de investimento, principalmente na produção é o
destaque da pesquisa nos dois polos estudados, sendo que 64,3% dos inquiridos do
polo de Calçados da Região Sul situam-se nesta faixa de resposta. Neste mesmo polo,
observa-se que metade dos entrevistados cita a necessidade de investimento no setor
financeiro, por outro lado, os outros 50% pontuam a necessidade de investimento em
vendas.
233
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
ANEXOS
ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
QUESTIONÁRIO - VISÃO DO EMPRESÁRIO Esta pesquisa é referente ao projeto de perfil das indústrias catarinenses
desenvolvido pelo Sebrae/SC. Tem como objetivo levantar as principais percepções dos
empresários sobre o seu mercado e processo logístico.
FICHA DE INSCRIÇÃO
Dados da empresa
1. Nome fantasia: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2. Razão social _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. Descreva sua principal atividade econômica (Ramo de atividade): _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. CNPJ: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Descrição CNAE: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6. Contato (nome completo do respondente empresário) _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
7. Sexo do entrevistado:
1. Masculino
2. Feminino
8. CPF do entrevistado: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
234
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
9. Grau de escolaridade do entrevistado:
1. Sem escolaridade
2. Ensino Fundamental incompleto
3. Ensino Fundamental completo
4. Ensino Médio incompleto
5. Ensino Médio completo
6. Superior incompleto
7. Superior completo
8. Especialização
9. Mestrado
10. Doutorado
10. Data de nascimento do entrevistado:
______________
11. Endereço completo da empresa: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
12. Cidade: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
13. CEP: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
14. Telefone da empresa _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
15. E-mail de contato do entrevistado ou da empresa: _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
16. Data de início das atividades:
___/___/______
17. Número de colaboradores
______________
18. Porte/Classificação da empresa:
1. Empreendedor Individual - até R$ 60.000,00
2. Micro Empresa - Até R$ 360.000,00
3. Pequeno Porte - R$ 360.000,01 até 3.600.000,00
4. Médio Porte
5. Grande Porte
235
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
19. Faturamento anual e 2011(R$)
1. R$ 0,00 a R$ 360.000,00
2. R$ 360.000,01 a R$ 2.400.000,00
3. R$ 2.400.000,01 a R$ 3.600.000,00
4. Acima de R$ 3.600.000,00
20. Categoria:
1. Produtos alimentícios e bebidas
2. Confecção do vestuário e acessórios
3. Calçados e artefatos de couro
4. Produtos de madeira
5. Prod. de borracha e de plástico
6. Construção civil
7. Eletrometalmecânico
8. Móveis
9. Tecnologia da informação e comunicação
10. Acessórios, Gemas, Joias e Cristais
11. Náutica
12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria
21. Quais mercados a sua empresa atende?
1. Consumidor final pessoa física: (característica)
2. Empresas (citar segmento)
3. Governos municipais
4. Governos Estaduais
5. Governo Federal
6. Empresas públicas
7. Outros
22. A empresa faz parte de alguma associação de classe? Qual ou quais? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
236
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
CARACTERÍSTICAS DO MERCADO
23. Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:
1. Do bairro onde a empresa está localizada
2. De outros bairros do município
3. Da região onde sua empresa se localiza, qual?
4. De outras regiões do estado, quais?
5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?
6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?
7. Do exterior, quais países?
24. Seus principais Fornecedores são originários, em sua maior parte:
1. Do bairro onde a empresa está localizada
2. De outros bairros do município
3. Da região onde sua empresa se localiza, qual?
4. De outras regiões do estado, quais?
5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?
6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?
7. Do exterior, quais países?
25. Seus principais Concorrentes são originários, em sua maior parte:
1. Do bairro onde a empresa está localizada
2. De outros bairros do município
3. Da região onde sua empresa se localiza, qual?
4. De outras regiões do estado, quais?
5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?
6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?
7. Do exterior, quais países?
26. E como você percebe o mercado concorrente atual, na área de atuação da sua empresa?
1. Muitos concorrentes
2. Nem poucos nem muitos concorrentes
3. Poucos concorrentes
27. Como você (enquanto empresário) percebe o mercado onde atua, em termos de crescimento
real, nos últimos 12 meses?
1. Está em crescimento
2. Está estável (não cresce nem encolhe)
3. Está decrescente ou em queda
Em termos de produção e faturamento
237
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
28. E a sua empresa está em qual fase? Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas?
1. Está em crescimento
2. Está estável (não cresce nem encolhe)
3. Está decrescente ou em queda
29. Em termos perceptuais, indique o quanto a sua empresa está crescendo em relação ao último
ano em termos de faturamento. (Caso tenha marcado "Está em crescimento" na questão anterior). ______________
30. Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa perdeu em faturamento em relação ao
último ano. (Caso tenha marcado "Está em queda" na questão anterior). ______________
31. O que a sua empresa está fazendo hoje para atingir este crescimento? Indique: (caso tenha
informado “em crescimento” na q 32).
1. Atuando em novos mercados
2. Melhoramentos no processo interno
3. Adquirindo tecnologias
4. Desenvolvendo novos produtos
5. Formando parcerias
6. Criando inovação
7. Aperfeiçoando a logística
8. Investindo em qualificação profissional
9. Profissionalizando toda a empresa
10. Outro, qual?
32. Caso tenha realizado, quais os tipos de inovação a sua empresa desenvolveu ou desenvolve?
1. Introduziu novos processos ou métodos de trabalho
2. Introduziu novos segmentos de produtos ou serviços
3. Introduziu mudanças no seu modelo de negócio
4. Criou produtos e fez modificações nos atributos do produto, não patenteados
5. Criou produtos ou fez modificações nos atributos do produto patenteado
6. Não realizou essas ações de inovação no período: Outro:
33. Com relação às inovações realizadas por sua empresa, você diria que:
1. Não realizou ações de inovação
2. Impactaram negativamente no seu negócio
3. Não impactaram nem positiva nem negativamente
4. Impactaram positivamente no seu negócio
5. Ainda em fase de implementação das ações de inovação
238
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
34. Se a empresa apresenta um quadro de estabilidade ou declínio em vendas ou faturamento (caso
tenha informado “em declínio” na q 32) indique os principais motivos:
1. Problemas de distribuição
2. Custo elevado dos produtos ou insumos comprados
3. Mão de obra não qualificada
4. Recursos financeiros escassos para promoção/marketing
5. Falta de modernização tecnológica
6. Qualidade da matéria-prima
7. Qualidade dos produtos finais
8. Fornecedores inadequados
9. Inadequação dos produtos às necessidades dos clientes
10. Localização ruim dos pontos de vendas
11. Falta de recursos próprios para capital de giro
12. Falta de recursos para investimentos
13. Concorrência acirrada
14. Outra. Qual?
35. Gostaria de comentar sobre os principais problemas/desafios que sua empresa enfrenta
atualmente? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
36. A sua empresa realizou alguma dessas ações de acesso a novos mercados nos últimos 12 meses?
1. Vendas pela internet
2. Nova filial ou ponto de venda na mesma cidade
3. Atuação em nova cidade no estado
4. Atuação em outro estado
5. Atuação em outro país
6. Não realizou estas ações
7. Outra. Qual?
37. Caso tenha realizado ações de acesso a novos mercados, estas:
1. Não resultaram em aumento de vendas
2. Resultaram em aumento de vendas de até 10% em relação ao mesmo período do ano passado
3. Resultaram em aumento de vendas superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado
4. Não realizou ações para acessar novos mercados
38. Descreva o que seria uma oportunidade para um novo mercado na sua região (ou fora dela)? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
39. E quais as suas expectativas em relação ao seu negócio, para o próximo ano? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
239
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
CARACTERÍSTICAS DA LOGÍSTICA
40. Quais dos seguintes modelos logísticos mais se assemelham ao da sua empresa:
1. Compra insumos - produz produto acabado - vende ao consumidor final
2. Compra produto acabado - monta produto final - revende para empresas
3. Compra insumos - produz produto acabado - vende para empresas
4. Compra serviços de terceiros - desenvolve/cria produtos - vende por encomenda
5. Outros
41. No que diz respeito à logística da sua empresa, especifique o(s) tipo(s) de produto(s) que a sua
empresa COMPRA, para realizar a sua produção/operação.
1. Matéria-prima (partes e/ou peças) para produto acabado
2. Matéria-prima (partes e/ou peças) para montagem
3. Insumos para alimentos
4. Compra serviços de terceiros
5. Outro:
42. A movimentação de insumos e matérias-primas na sua empresa é realizada por qual tipo de
equipamento?
1. Esteiras
2. Empilhadeira
3. Veículo leve
4. Veículo pesado
5. Retroescavadeira
6. Guindaste
7. Ponte rolante
8. Outros:
43. Considerando a cadeia logística da sua empresa, qual ou quais os tipos de fornecedores com que
a sua empresa trabalha:
1. Compra direto do fabricante
2. Compra de atacadistas
3. Compra de representante comercial
4. Compra no varejo
5. Utiliza prestação de serviço de terceiros
6. Outros
44. A sua empresa negocia as suas compras de que forma?
1. Por telefone
2. Pessoalmente com vendedor
3. Por email
4. Através do site da empresa
5. Através do site do fornecedor
6. Outro:
240
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
45. A sua empresa trabalha com quantos fornecedores diferentes? ______________
46-47. Transporte logístico: 1 : Veículo leve, 2 : Veículo pesado, 3 : Navio/Cabotagem, 4 : Avião, 5 : Outro:, 6 : Não se aplica
1 2 3 4 5 6
Como a sua empresa realiza o transporte para a compra de insumos, mercadorias,
produtos, etc. ?
Como a sua empresa realiza o transporte para a venda de insumos, mercadorias,
produtos, etc. ?
48. E como a sua empresa realiza a gestão do estoque na empresa?
1. Processo informal
2. Processo formal sem software
3. Processo formal com software
4. Não realiza
49. A sua empresa utiliza software que integra a logística de compra, transporte, armazenamento e
venda?
1. Sim
2. Não
3. (Não sabe)
4. Não se aplica
50. Por favor, comente quais seriam os gargalos ou problemas mais sérios da sua cadeia logística
atual? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Pode ser referente ao desempenho de seus fornecedores, da cadeia como um todo ou de um quesito em particular.
51. Na sua opinião, o que seria necessário para melhorar a infraestrutura e logística do seu
negócio? _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
241
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
52. Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de novidades ou aprimoramentos
tecnológicos?
1. Produção
2. Logística e distribuição
3. Financeiro
4. Vendas
5. Marketing (CRM ou Banco de dados)
6. RH ou Gestão de Pessoas
7. Software integrado (tipo ERP ou B.I.)
8. Outros:
242
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
243
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
CAPÍTULO iv – PANORAMA DE NOVOS MERCADOS
244
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
245
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
LISTA DE SIGLAS
CNAE Classificação Nacional de Atividade Econômica IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MTE Ministério do Trabalho e Emprego PAC Pesquisa Anual do Comércio PIA Pesquisa Industrial Anual RAIS Relação Anual de Informações Sociais RLV Receita Líquida de Vendas RBRM Receita Bruta de Revenda de Mercadorias SECEX Secretaria de Comércio Exterior
246
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
247
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
SUMÁRIO
1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES ____________________________________ 249 1.1 APRESENTAÇÃO ________________________________________________ 249 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO ___________________________________________ 250 1.3 ASPECTOS METODOLÓGICOS _____________________________________ 250 1.3.1 Tipo de pesquisa _______________________________________________ 250 1.3.2 Critérios de análise ______________________________________________ 251 2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA _______________________________________ 252 3 PANORAMA NACIONAL__________________________________________ 252 4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL ______________________________ 253 4.1 REGIÃO NORDESTE______________________________________________ 256 5 PANORAMA DOS ESTADOS _______________________________________ 257 5.1 ESTADO DE SANTA CATARINA _____________________________________ 258 5.2 ESTADO DE SÃO PAULO __________________________________________ 261 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS _________________________________________ 264 REFERÊNCIAS __________________________________________________________ 266
248
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
249
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES
1.1 APRESENTAÇÃO
O presente relatório faz parte da análise setorial do mercado de calçados em
Santa Catarina e compreende a descrição de alguns setores econômicos selecionados
no contexto nacional. Estes setores são observados em uma análise conjuntural de
dados secundários de conglomerados para fins de embasamento analítico de novos
mercados, que subsidia informações para o Programa Nova Economia@SC.
Novos mercados ou novo mercado a priori, compreende ao sinônimo de
mercado potencial de entrada para organizações e empresas que anseiam atender
estes mercados. Aqui se verifica o tamanho e característica econômica dos setores e
segmentos inseridos nestes, para fins de estudo da condição mercadológica de
crescimento destes mercados, fornecendo subsídios para se criar estratégias de
penetração a todos àqueles interessados.
Especificamente para este estudo, são analisados diferentes dados
macroeconômicos com enfoque nas atividades dos segmentos de varejistas e
atacadistas, na Região Nordeste e nos estados de Santa Catarina e São Paulo, bem
como sua importância no Brasil.
A composição de atividades econômicas incluídas no molde analítico desta
pesquisa provém da Classificação Nacional de Atividade Econômica - CNAE, sendo este
o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos
critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da Administração
Tributária do país, contribuindo para a melhoria da qualidade dos sistemas de
informação que dão suporte às decisões e ações do estado.44As CNAE analisadas neste
relatório estão indicadas na Tabela 1.
44
CNAE. Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Subclasses. Disponível em: <http://subcomissao cnae.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1>. Acesso em: 26 jul. 2013.
250
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Tabela 1 - CNAE de Comércio do Estudo1
CNAE DO COMÉRCIO DE CALÇADOS
CALÇADOS
47814 COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS
47822 COMÉRCIO VAREJISTA DE CALÇADOS E ARTIGOS DE VIAGEM
46435 COMÉRCIO ATACADISTA DE CALÇADOS E ARTIGOS DE VIAGEM
Fonte: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA); IBGE.
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO
Descrever os principais indicadores econômicos do comércio na Região
Nordeste e nos estados de Santa Catarina e São Paulo, de modo a identificar
oportunidades à entrada de empresas de calçados em mercados potenciais.
A escolha dos setores econômicos, para a realização desta análise foi originada
a partir dos resultados de outros dois estudos: Visão dos Especialistas e Visão do
Empresário, que objetivaram, também, detectar possíveis oportunidades de negócios
para novos mercados ou mercados potenciais. A escolha por estudar indicadores dos
setores produtivos de indústria e comércio se justifica para analisar a composição da
cadeia de mercado em que estes segmentos aqui listados estão inseridos, os quais
estão descritos na Tabela 1.
1.3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
1.3.1 Tipo de pesquisa
A presente pesquisa é caracterizada por método exploratório que reúne
informações preexistentes sobre o assunto em pauta. A priori identifica informações
que possam ser reunidas para a investigação, identifica fontes de dados reais que
possam ser usadas como questões de mensuração para estruturar a análise.
O nível de informação é classificado como fonte secundária de dados, formada
por interpretações de dados primários gerados por instituições governamentais, tais
como IBGE, Ministério do Desenvolvimento de Indústria e Comércio, através do site
AliceWeb, e Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS). Também foram consultadas
informações pertinentes e complementares em enciclopédias, livros, manuais, artigos
251
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
de revistas e jornais, estudos de pesquisas e publicações de entidades de classe,
governos, universidades e empresas públicas ou privadas.
1.3.2 Critérios de análise
Como critério de análise, são coletados, das referidas fontes, os dados mais
atuais disponíveis, em geral observando uma evolução de quinquênio, ou seja, dos
cinco últimos anos a contar da base de dados mais recente, disponibilizada pelos
principais órgãos públicos responsáveis pela disponibilização de informações
econômicas no Brasil. Considera-se essencialmente a busca de resultados das CNAE
analisadas neste relatório, para os dados a seguir indicados:
Empregos diretos (fonte: RAIS) – Ano 2012;
Número de empresas (fonte: RAIS) – Ano 2012;
Receita Bruta de Revenda de Mercadorias - RBRM da Pesquisa Anual do
Comércio – PAC – Anos analisados 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011.
O indicador – Receita Bruta de Revenda de Mercadorias – RBRM, segundo o
Normativo: RIR/1999, art. 279; IN SRF nº 51, de 1978; e ADN CST nº 19, de 1981,
compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o resultado
auferido nas operações de conta alheia e o preço dos serviços prestados. Deve ser
adicionado à receita bruta, para cálculo da receita líquida, o crédito‐prêmio de IPI
decorrente da exportação incentivada ‐ Befiex. Na receita bruta não são incluídos os
impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e
adicionados ao preço do bem ou serviço e do qual o vendedor dos bens ou o prestador
dos serviços seja mero depositário (IPI). Da mesma forma, para que a apuração dos
resultados não sofra distorções, não se computam, no custo de aquisição das
mercadorias para revenda e das matérias‐primas, os impostos não cumulativos que
devam ser recuperados (IPI, ICMS). O ICMS integra a receita bruta e é considerada uma
parcela redutora para fins de apuração da receita líquida.
252
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Para a análise de evolução dos indicadores econômicos apresentados nesse
trabalho, aplicou-se a Análise de Índice Simples45, onde a comparação entre as
grandezas de duas épocas (t0 e t1) se faz através da razão entre as mesmas (t1/t0)
resultando em um indicador de evolução (i1). De mesmo modo, o índice de evolução
total para “n” períodos é realizada através do produto dos índices calculados
(i1*i2*i3...*in). De posse do índice de evolução total de “n” períodos, obtêm o índice
médio de evolução através da raiz “n” deste produto (n i1*i2*i3...*in).
2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA
As limitações encontradas em relação à coleta dos dados em fontes
secundárias concernem aos valores do IBGE referentes à Receita Bruta de Revenda de
Mercadorias – RBRM, da Pesquisa Anual do Comércio – PAC. O filtro por grupos de
CNAE consideram os 3 primeiros dígitos da numeração, conforme a classificação das
tabelas da PAC. Nota-se que todos os resultados envolvendo estes dados foram
adequados aos grupos de forma mais detalhada possível.
3 PANORAMA NACIONAL
De acordo com os dados coletados junto ao Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), no ano de 2012 no Brasil havia mais de 950 mil trabalhadores empregados em
quase mais de 4542 mil empresas do setor de comércio (atacado e varejo) ligado ao
setor industrial de calçados, como demonstrado na Tabela 2.
Tabela 2 - Número de empregos/empresas do comércio em 20122
Número de empregos Número de empresas
Nacional 956.24646 425.62747
Fonte: MTE - RAIS - Acesso 31-10-2013
45
Técnica de cálculos utilizada para análise em estudos econômicos. 46
Soma das atividades comerciais limitadas as CNAE: Classe 47814, 47822 e 46435.
253
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL
Em relação ao faturamento do comércio nacional distribuído por região
geográfica, foram analisados os dados da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias
(RBRM) disponíveis na última Pesquisa Anual de Comércio (PAC) do IBGE. Observou-se
que mais da metade da RBRM do total do comércio está concentrada na região
Sudeste. A região Sul responde pela segunda maior concentração de RBRM, seguida
pelas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
A receita do comércio da região Sudeste em relação às demais regiões, no ano
de 2011, foi 2,8 maior que a receita da região Sul, 3,6 mais que a receita da região
Nordeste, 5,8 vezes mais que a receita da região Centro-Oeste e de 15 vezes mais que
a receita da região Norte.
Gráfico 1 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias por regiões do Brasil em 20111
Fonte: IBGE - PAC - Total do comércio - Acesso 31-10-2013
A distribuição das empresas dos três setores do comércio de artigos do
vestuário, acessórios, calçados e artigos de viagem, distribuídos pelo território nacional
R$83.101.101.000,00 4%
R$349.755.418.000,00 15%
R$1.248.831.684.000,00 53%
R$452.413.075.000,00 19%
R$216.377.547.000,00 9%
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
254
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
no ano de 2012, e divulgada na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revelou que a região Sudeste detém a maior
concentração das mesmas, seguida pela região Sul, que ocupa segundo lugar. Na
sequência estão as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
A concentração dessas empresas na região Sudeste em relação às demais
regiões, no ano de 2012, foi 2,1 maior que a Receita Bruta de Revenda de Mercadorias
(RBRM) da região Sul, 2,7 mais que a RBRM da região Nordeste, 5,9 vezes mais que a
RBRM da região Centro-Oeste e mais de 10,9 vezes mais que a RBRM da região Norte.
Gráfico 2 - Distribuição de Empresas por Regiões do Brasil 20122
Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 14-10-2013
Analisando separadamente a distribuição por regiões naturais das empresas do
comércio atacadista (Gráfico 03) e varejista (Gráfico 04), evidencia-se a manutenção da
mesma ordem de concentração presente no Gráfico 02. Nota-se que a relação entre o
número de empresas do varejo pelo número de empresas do atacado é maior na
região Nordeste em comparação às demais regiões do país, significando que poucas
empresas atacadistas atendem muitas empresas varejistas. A região Sudeste tem a
menor relação entre essas empresas no território nacional.
18.555 4%
75.008 18%
201.747 47%
96.258 23%
34.059 8%
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-oeste
255
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 3 - Distribuição de Empresas de Atacado por Regiões do Brasil 20123
Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 31-10-2013
Gráfico 4 - Distribuição de Empresas do Varejo por Regiões do Brasil 20124
Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 31-10-2013
108 4%
386 14%
1.423 52%
635 23%
199 7%
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-oeste
18.447 4%
74.622 18%
200.324 47%
95.623 23%
33.860 8%
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-oeste
256
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
4.1 REGIÃO NORDESTE
É a região brasileira que possui o maior número de estados (nove no total):
Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco (incluindo o Distrito
Estadual de Fernado de Noronha e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo), Rio
Grande do Norte, (incluindo a Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas) e Sergipe.
Possuía uma população de 53 081 510 hab. e um PIB em 2010 que representa 13,5%,
segundo dados do IBGE; e uma renda per capita de R$ 8.167,75 no ano e 2009.
Analisando a evolução histórica do total do comércio, observa-se elevação da
RBRM em todos os anos do período compreendido entre 2007 a 2011, segundo a PIA
do IBGE. No final do período, o comércio nordestino acumulou uma elevação da RBRM
de 82,71%, apresentando uma taxa média anual de crescimento de 16,26%.
Gráfico 5 - Evolução Histórica de Receita Bruta de Revenda de Mercadorias da Região Nordeste5
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 31-10-2013
A evolução do número de empresas dos setores do comércio nordestino no
período entre 2008 e 2012 foi realizada analisando os dados do último Relatório Anual
de Informações Sociais (RAIS) de Ministério do Trabalho e Empregos (MTE). O setor
varejista de confecção que registrou melhor variação percentual dentro do período
analisado, acumulando alta de 15,17% no número de empresas. O setor varejista de
Total do Comércio
2007 R$191.428.836.000,00
2008 R$226.921.773.000,00
2009 R$257.697.180.000,00
2010 R$306.964.675.000,00
2011 R$349.755.418.000,00
257
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
calçados obteve alta de 13,57%, e o setor de atacadista de calçados acumulou
crescimento de 3,21% no final do quinquênio. Em relação à taxa média anual de
crescimento, o setor varejista de confecções ocupa a primeira posição, com 3,59%, em
seguida o setor varejista de calçados com 3,23%, finalmente o setor atacadista de
calçados com a menor taxa média, 0,79%.
Observa-se que os dois setores do comércio (atacado e varejo) ligados à
calçados obtiveram crescimento nos cinco anos da análise. No setor de varejo ligado a
confecções, após o expressivo aumento de 59,95% no número de empresas no ano de
2009 em relação a 2008, contata-se uma significativa redução no número de empresas
em 2010, mais precisamente, 26.861 deixaram de existir.
Gráfico 6 - Histórico de crescimento do número de empresas por setor indicado na Região Nordeste6
Fonte: MTE - RAIS - Acesso 31-10-2013
5 PANORAMA DOS ESTADOS
A seguir, analisaremos a evolução de alguns indicadores econômicos de Receita
Bruta de Revendas de Mercadorias e evolução do número de empresas para os
estados de Santa Catarina e São Paulo.
COMÉRCIO ATACADISTA - Calçados COMÉRCIO VAREJISTA - Confecções COMÉRCIO VAREJISTA - Calçados
2008 374 54.848 10.087
2009 377 87.727 10.514
2010 381 60.866 10.907
2011 381 63.375 11.320
2012 386 63.166 11.456
258
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
5.1 ESTADO DE SANTA CATARINA
Estado detentor de uma economia bastante diversificada, fortemente ancorada
no setor industrial com expressiva participação nos segmentos da agroindustria,
metalmecânica, têxtil e cerâmica, ocupou a sexta posição na economia brasileira, no
ano de 2011, com um PIB aproximado de R$ 170 milhões de reais e PIB per capita de
R$ 26.760,82, (IBGE, 2013). Sua população atual é de 6.634.254, com uma densidade
demográfica de 65,27 hab/km². Em se tratando de exportações, segundo dados da
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Santa Catarina exportou em 2012 um total de
U$ 8,9 bilhões de dolares, tendo como destaque a exportação de frangos, motores
elétricos, bombas de ar dentre outros produtos. Também possui uma punjante
indústria tecnológica, especialmente no setor de desenvolvimento de softwares, que já
superou em faturamento o setor de turismo, também expressivo neste Estado.
Em relação ao faturamento do comércio catarinense, foram analisados os
dados da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias (RBRM) disponíveis na última
Pesquisa Anual de Comércio (PAC) do IBGE, para o setor de atacado em geral e para o
setor de varejo ligado à revenda de tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados.
Observou-se que no ano de 2011 o setor de atacado geral obteve uma receita treze
vezes maior que o setor de varejo especializado.
259
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 7 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias do estado de Santa Catarina em 20117
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 31-10-2013
Analisando a evolução histórica dos dois setores comerciais indicados,
constatamos que todos obtiveram crescimento da Receita Bruta Revenda Mercadorias
- RBRM no período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a Pesquisa
Anual do Comércio – PAC do IBGE. O setor de atacado Geral possui o maior
crescimento dentre eles, variação de 85,53%. O setor de varejo de Tecidos, Artigos de
Armarinho, Vestuário e Calçados obteve alta de receita de 53%. Analisando a taxa
média anual de crescimento, contata-se que o setor do atacado Geral detém a maior
taxa, 19,71%, e o setor do varejo especializado a menor, com 11,22%.
R$ 51.061.084.000,00 93%
R$3.926.500.000,00 7%
ATACADO - Geral
VAREJO - Tecidos, Art Armarinho, Vestuário e Calçados
260
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 8 - Evolução Histórica de Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de Santa Catarina8
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 31-10-2013
A evolução do número de empresas catarinenses dos setores indicados da
indústria e comércio catarinense no período de 2008 a 2012 foi realizada analisando os
dados do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) de Ministério do
Trabalho e Empregos (MTE). O setor que registrou a maior variação percentual foi o
varejista de calçados com alta de 5,33%, seguido pelo setor varejista de confecções
com alta de 3,77%, e por fim esta o setor atacadista de calçados com alta de 0,83%.
Analisando o comportamento do numero de empresas ao longo do período
desta análise, observa-se que os dois ramos do varejo analisado (calçados e
confecções) apresentam comportamento similares, inclusive registrando queda no ano
de 2011 e uma recuperação abaixo de 1% no ano seguinte.
Dentre os três setores analisados neste estudo, contata-se que a maior taxa
média anual de crescimento pertence ao comércio varejista de calçados, com 1,31%.
Os demais tipos de comércio, varejista de confecções e atacadista de calçados,
apresentaram taxa médias anuais de crescimento de 0,93% e 0,21% respectivamente.
ATACADO - Geral VAREJO - Tecidos, Art de Armarinho, Vestuário e
Calçados
2007 R$27.521.736.000,00 R$2.566.340.000,00
2008 R$33.620.209.000,00 R$2.950.835.000,00
2009 R$35.259.446.000,00 R$3.054.031.000,00
2010 R$44.175.047.000,00 R$3.579.221.000,00
2011 R$51.061.084.000,00 R$3.926.500.000,00
261
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 9 - Histórico de crescimento do número de empresas por setor indicado no estado de Santa Catarina9
Fonte: MTE - RAIS - Acesso 31-10-2013
5.2 ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo é o estado mais rico do Brasil, o qual concentra a maior densidade
populacional e de empresas. Possui o maior PIB dentre os estados brasileiros e o
segundo maior PIB per capita da Federação. Em 2011 o valor deste PIB era
aproximadamrnte de R$ 1,3 trilhoes de reias, e a um valor exato de R$ 32.454,91 de
PIB per capita, no referido ano. Possui uma economia diversificada, composta por
indústrias metal-mecânica, sucroalcooleira, têxtil, química, automobilística,
aeronáutica e de informática, além da prestação de serviços, centro financeiro e
alimentos. Em termos populacionais, São Paulo é o Estado mais populoso do Brasil,
com 41,2 milhões de residentes em seus 645 municípios, o que representa 21,6% da
população brasileira; e apresenta densidade demográfica de 166,2 hab./km47.
Em relação ao faturamento do comércio paulista foi analisado os dados da
Receita Bruta de Revenda de Mercadorias (RBRM) disponíveis na última Pesquisa
47
Fundação Sistema de Análise de Dados do estado de São Paulo.
COMÉRCIO ATACADISTA - Calçados COMÉRCIO VAREJISTA - Confecções COMÉRCIO VAREJISTA - Calçados
2008 121 19.153 2.137
2009 117 19.571 2.182
2010 123 19.937 2.245
2011 124 19.846 2.244
2012 122 19.875 2.251
262
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Anual de Comércio (PAC) do IBGE, para os setores do atacado geral e do varejo de
tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados. Observou-se que no ano de 2011 o
setor de atacado geral representou 91% da RBRM da amostra, e o setor de tecido,
artigos de armarinho, vestuário e calçados representou 9%.
Gráfico 10 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de São Paulo em 201110
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 31-10-2013
Analisando a evolução histórica dos setores comerciais do atacado geral e do
varejo de tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados, constatamos que todos
obtiveram crescimento da Receita Bruta de Revenda de Mercadoria - RBRM no
período compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PAC do IBGE. O setor
de varejo especializado possui o maior crescimento, 108,41%, quando comparado ao
setor de atacado geral computou uma alta de 68,76%. O contraponto, a taxa média de
crescimento anual do varejo de tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados foi
maior do que a do comércio do atacado geral. O primeiro obteve 20,15% e o segundo,
13,98% de taxa média anual de crescimento.
R$ 353.817.968.000,00 91%
R$37.061.481.000,00 9%
ATACADO - Geral
VAREJO - Tecidos, Art Armarinho, Vestuário e Calçados
263
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 11 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de São Paulo11
Fonte: IBGE - PAC - Acesso 31-10-2013
A evolução do número de empresas paulistas dos setores indicados da indústria
e comércio paulista no período de 2008 a 2012 foi realizada analisando os dados do
último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) de Ministério do Trabalho e
Empregos (MTE). O tipo de comércio que registrou a melhor variação percentual foi o
atacadista de calçados com alta de 23,88%, seguido pelo setor varejista de calçados
com alta de 16,19%, e por fim esta o setor varejista de confecção com alta de 0,83%.
O setor do comércio varejista de calçados foi o único dentre os três observados
na análise que obteve crescimento em todos os anos da do período entre 2008 e 2012,
porém, o comércio atacadista de calçados e varejista de confecções somente
registraram quedas no último ano da análise.
Em relação a taxa média anual de crescimento, as classificações se mantém, ou
seja, o comércio atacadista de calçados possui a maior taxa (5,50%), seguido pelo
varejo de calçados (3,82%) e na terceiro posição, o varejo de confecções (2,34%).
Oportuno destacar que em se tratando de taxa média anual de crescimento, o
atacadista de calçados, registrou o maior crescimento entre o ano de 2010 e 2011,
com um crescimento de 10,11%.
ATACADO - Geral VAREJO - Tecidos, Art de Armarinho, Vestuário e
Calçados
2007 R$209.656.682.000,00 R$17.782.790.000,00
2008 R$242.181.441.000,00 R$22.733.751.000,00
2009 R$255.097.061.000,00 R$25.753.651.000,00
2010 R$296.349.784.000,00 R$29.932.487.000,00
2011 R$353.817.968.000,00 R$37.061.481.000,00
264
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Gráfico 12 - Histórico de crescimento do número de empresas por setor indicado no estado
de São Paulo12
Fonte: MTE - RAIS - Acesso 31-10-2013
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A indústria de calçados ao longo dos anos vem diversificando seus produtos,
fazendo uso de novos materiais e de novos conceitos surgidos pela moda. A moda
também é um dos motivos da manutenção da demanda por calçados, já que estes
devem acompanhar os novos estilos lançados pela indústria de confecção. Observar o
comportamento do comércio calçadista e de confecção é um importante termômetro
para a determinação de novos mercados para os calçados produzidos pelas indústrias
catarinenses.
No âmbito nacional, observa-se que a maior concentração das empresas de
comércio geral, por conseguinte da RBRM do comércio nacional, se encontram na
região Sudeste, seguida pelas regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Entretanto,
ao dividirmos a RBRM do comércio da região pelo número de empresas da região,
observamos que a Região Centro-Oeste obtém a melhor RBRM média, seguida pelas
regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Norte.
COMÉRCIO ATACADISTA - Calçados COMÉRCIO VAREJISTA - Confecções COMÉRCIO VAREJISTA - Calçados
2008 804 84.093 14.167
2009 863 87.624 14.854
2010 910 90.779 15.411
2011 1.002 93.086 16.199
2012 996 92.239 16.460
265
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
Na Região Nordeste estão alguns dos principais polos produtores de calçados
do Brasil. No estado do Ceará, temos o Polo Calçadista da Região do Cariri, Polo da
Região de Fortaleza e Polo Calçadista de Sobral. Ainda na Região Nordeste, podemos
localizar o Polo Calçadista da Bahia e o Polo Calçadista da Paraíba. A análise da
evolução da RBRM do comércio nordestino revela que o aumento da receita das
empresas foi muito superior ao crescimento do número destas, demonstrando um
aumento no potencial de investimentos das mesmas. Nesta região, o número de
empresas dos comércios varejistas de calçados e de confecção demonstraram, nos
cinco anos da análise, as maiores taxas de crescimento.
No estado de Santa Catarina também observa-se crescimento dos setores
comerciais durante o período da análise. O setor de varejo especializado obteve um
crescimento bem superior ao crescimento do número de empresas do varejo
calçadista e de confecção, demonstrando assim, que o comércio catarinense
especializado vem aumentando sua capacidade de ampliar seus estoques.
O estado de São Paulo é centro consumidor do país. A grande quantidade de
empresas do comércio ligadas aos setores de calçados e de confecção existentes nesse
estado ainda encontram condições para expandirem a taxas de crescimento superiores
ao estado de Santa Catarina. A população paulista, ávida por consumo, proporcionou
no período de 2008 a 2012, um índice de crescimento da receita das empresas do
varejo especializadas superior a 100%.
Podemos notar que, tanto na região Nordeste, quanto nos estados de Santa
Catarina e São Paulo, a indústria calçadista catarinense, se observadas às
características regionais de cada mercado, encontrará condições para escoar sua
produção e adentrar em novos mercados.
266
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior – AliceWeb2. Fevereiro, 2012. Disponível em: <http://www3. mte.gov.br/pdet /index.asp>. Acesso em: 14 out. 2013.
______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Anual do Comércio – PAC. Disponível em: http://questionarios.ibge.gov.br/downloads-questionarios/pac-pesquisa-anual-de-comercio. Acesso em: 14 out. 2012. ______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Industrial Anual – PIA. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pia/empresas/defaultempresa.shtm. Acesso em: 10 out. 2013.
______. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação das estatísticas do trabalho. Bases estatísticas RAIS. Disponível em: <http://www3.mte.gov.br/pdet /index.asp>. Acesso em: 14 out. 2013.
267
Visão do Empresário do Setor de Calçados e Artefatos de Couro de Santa Catarina
CAPÍTULO V – PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS
268
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
269
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES __________________________________ 271 1.1 APRESENTAÇÃO ________________________________________________ 271 1.2 OBJETIVO DO ESTUDO ___________________________________________ 272 2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _____________________________________ 272 2.1 TIPO DE PESQUISA ______________________________________________ 272 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _________________________________________ 273 2.3 COLETA DOS DADOS ____________________________________________ 274 2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ________________________________________ 274 3 ANÁLISE DOS DADOS____________________________________________ 274 3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS _____ 275 3.1.1 Região e município das empresas __________________________________ 276 3.1.2 Descrição da atividade econômica _________________________________ 278 3.1.3 Início das atividades das empresas _________________________________ 279 3.1.4 Número de colaboradores das empresas ____________________________ 282 3.1.5 Porte e classificação das empresas _________________________________ 285 3.1.6 Gênero dos entrevistados ________________________________________ 287 3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados _____________________________ 288 3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS 291 3.2.1 Mercados atendidos ____________________________________________ 291 3.2.2 Canais de vendas _______________________________________________ 293 3.2.3 Origem dos principais clientes _____________________________________ 295 3.2.4 Produtos adquiridos do setor de calçados e artefatos de couro___________ 297 3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de calçados e artefatos de
couro ________________________________________________________ 299 3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de calçados e
artefatos de couro ______________________________________________ 301 3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro _ 303 3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia
de calçados e artefatos de couro ___________________________________ 306 3.2.9 Aspectos da cadeia de calçados e artefatos de couro que necessitam de
melhoramentos ________________________________________________ 308 3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA
AMOSTRA _____________________________________________________ 310 3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas ___________ 310 3.3.2 Necessidadesde aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas ___ 312 3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro ______ 315 3.3.4 Investimentos em produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de couro
no ano de 2012 ________________________________________________ 317 3.3.5 Contato com fornecedores de Santa Catarina_________________________ 320 3.3.6 Aquisição de produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro
com fornecedores catarinenses ____________________________________ 322 3.3.7 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da
indústria de calçados e artefatos de couro ___________________________ 324 3.3.8 Tipos de fornecedores demandados ________________________________ 326
270
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM FORNECEDORES DA INDÚSTRIA CALÇADISTA E ARTEFATOS DE COURO _____ 328
3.4.1 Estrato da demanda potencial por grupo e atividade econômica _________ 329 3.4.2 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços ____ 332 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _________________________________________ 336 4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _________________________________________ 336 4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas _______________________ 336 4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas338 4.1.3 Características da demanda _______________________________________ 339 ANEXOS _____________________________________________________________ 341 ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ______________________________ 341
271
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1 APRESENTAÇÃO
O estudo setorial da demanda por Calçados e Artefatos de Couro em Santa
Catarina contempla este relatório de pesquisa de novos mercados, que representa o
último levantamento que compõe os cinco relatórios complementares de dados
setoriais e que procura, especificamente neste trabalho, sobre diferentes perspectivas
quantitativas, caracterizar o perfil das empresas que podem demandar por produtos e
serviços de fornecedores catarinenses da cadeia calçadista. Este trabalho é
caracterizado como uma pesquisa quantitativa descritiva com empresas de diferentes
segmentos (Varejo de Calçados, Varejo de Calçados/Confecções, Varejo de Calçados e
Acessórios). Ao todo, a amostra entrevistada é de 400 empresas destes segmentos,
instaladas em Santa Catarina, São Paulo e na Região Nordeste.
A priori, estas entrevistas, realizadas com empresários e gestores, prioriza o
entendimento do sujeito pesquisado sobre o seu mercado de atuação enquanto
empresa, atendendo ao preenchimento de perguntas sobre a empresa, a relação e
situação da empresa com o seu mercado (clientes, fornecedores, concorrentes) e
sobre a aptidão em demandar por produtos do setor de calçados e artefatos de couro.
Mas por que estudar novos mercados? Em tese este trabalho busca uma
reflexão sobre possibilidades de novas demandas para as empresas catarinenses, ainda
que estas demandas estejam em grande parte dentro deste estado (SC), ou
concentradas em São Paulo ou mesmo noutras Regiões do País. O que se busca aqui é
o construto de mercado, especificamente apontando para três regiões estratégicas
para as empresas dentro de Santa Catarina, no estado mais populoso e industrializado
do Brasil (São Paulo) e na Região Nordeste.
Referencialmente, novos mercados são, de fato, mercados potenciais que
podem gerar demandas economicamente viáveis, ainda que, a viabilidade de cada
negócio em particular, não seja objeto deste levantamento, mas sim o seu
apontamento e descrição.
272
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
A escolha destes novos mercados foi realizada com base nos estudos
anteriores, previamente citados, tais como a pesquisa qualitativa com formadores de
opinião e visão do empresário.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais onde são
observados em uma análise conjuntural de conglomerados para fins de embasamento
analítico de mercados, que subsidia informações para o Programa Nova
Economia@SC.
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO
O estudo tem como objetivo identificar as características de setores de
atividades promissoras a demandarem por produtos calçadistas e de artefatos de
couro, com ênfase a priorizar potenciais demandas às empresas instaladas em Santa
Catarina. Para efeitos de levantamento de dados, são considerados os estados de
Santa Catarina e São Paulo, bem como a Região do Nordeste.
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Para o alcance dos objetivos pretendidos pela pesquisa, dada a natureza do
problema trabalhado, o delineamento metodológico seguido consta dos seguintes
aspectos:
2.1 TIPO DE PESQUISA
A pesquisa é caracterizada por método quantitativo (mensuração da
quantidade de respostas, que possibilita a aplicação de inferência), de caráter
exploratório e descritivo (busca mensurar atitudes e opiniões da população de
empresas-alvo da pesquisa), com o processo de amostragem não probabilístico, com
amostra selecionada por casos típicos (empresas com características semelhantes de
atividades). O corte da pesquisa é transversal, ou seja, a coleta dos dados ocorre num
só momento.
273
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população da pesquisa é formada por pessoa jurídica, empresas pertencentes
a setores produtivos do comércio, principalmente nos Estados de Santa Catarina e São
Paulo, e na Região Nordeste e que somam mais de 450 mil empresas, segundo dados
da secretaria da fazenda (2013). A amostra é formada por 400 empresas, calculada
com base na margem de erro de 5% com índice de confiabilidade de 95%. A amostra
foi subdividida por segmentos de atuação, previamente selecionados nos demais
estudos que compõem este Estudo Setorial.
Tabela 1 – Proporção amostral aplicada na pesquisa de campo1
Segmentos Pesquisados Regiões Total de Empresas Amostra
Varejo de confecções e acessórios
Santa Catarina 236.624 63
São Paulo 41.584 39
Nordeste 130.424 43
Total do Setor
408.632 145
Varejo de calçados
Santa Catarina 25.206 107
São Paulo 3.053 76
Nordeste 13.742 72
Total do Setor
42.001 255
450.633 400
Fonte: Elaborado pela empresa Ágape
A Tabela 1 apresenta a distribuição da amostra e considera empresas de
setores heterogêneos entre si, segmentados por estados e regiões. Foram abordados
neste estudo os setores do varejo de calçados e do varejo de confecções,
predominando assim, empresas varejistas.
Para tratamento e consistência de dados, a amostra das regiões é agrupada por
estado da federação. A distribuição da amostra prioriza o quantitativo catarinense em
razão da importância do estado neste estudo, qual enfatiza as demandas por produtos
catarinenses.
274
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
2.3 COLETA DOS DADOS
A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista telefônica. A abordagem
com empresas deu-se pela sua especificidade de atuação e disponibilidade em
fornecer os dados através de seus gestores, responsáveis pelo fornecimento das
informações da pesquisa e sujeitos de análise. As entrevistas ocorreram entre os
meses de janeiro a março de 2014. A aplicação de entrevista foi realizada via
questionário estruturado com perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha,
previamente aprovadas pela comissão responsável do Sebrae/SC.
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA
As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos gestores
e empresários dos setores entrevistados. A distribuição das entrevistas em
determinadas regiões não obteve a devida consistência numérica em razão da
dificuldade de penetração nestes mercados. A proporção amostral viável para análise é
a apresentada nos gráficos do capítulo 3.
3 ANÁLISE DOS DADOS
Esta parte do estudo tem como finalidade apresentar e analisar os resultados
da investigação sobre a percepção dos sujeitos de pesquisa, acerca dos aspectos que
caracterizam estas empresas, o grau e caracterização do consumo atual sobre
produtos da indústria de calçados e artefatos de couro e do interesse e aptidão por
produtos e serviços desta cadeia setorial econômica.
A análise dos dados está organizada em três partes: na primeira são
apresentados e analisados os dados relativos às características socioeconômicas das
empresas pesquisadas; na segunda, analisa-se o mercado das empresas; e na terceira
descrevem-se as características da demanda por produtos do setor em estudo,
principalmente relacionados a fornecedores catarinenses. Nesta última parte, uma
seção é dedicada a comparar os dados da amostra em sua totalidade com o segmento
275
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
da amostra que indicou interesse expresso em comprar de fornecedores catarinenses
do setor de Calçados e Artefatos de Couro.
No quesito apresentação das tabelas e gráficos do relatório, a dinâmica de
leitura é realizada na sequência em que as perguntas de pesquisa foram aplicadas aos
entrevistados (instrumento de coleta de dados consta em anexo). A análise segue
apresentando o gráfico de cada variável sob o total de respostas, seguido dos
cruzamentos da variável em questão com a região de instalação da empresa e a
atividade econômica da amostra (expressos nos Gráficos 1 e 2).
Ressalta-se que, ao longo da análise, diversos gráficos são de múltipla resposta,
fator em que a soma das citações de pesquisa excede o total de respondentes,
ultrapassando 100% do total de respostas indicadas em gráficos desta natureza
(múltipla resposta). A análise cruzada realizada de uma variável de múltipla resposta
também pode ultrapassar o total de respondentes. Optou-se por este método em
razão da melhor interpretação do comportamento dos dados percentuais, sempre
apresentando os dados pelo total de empresas, ou seja, indicando quantas “empresas
entrevistadas” indicam cada alternativa de resposta do levantamento e não somente
quantas vezes uma alternativa foi marcada/indicada.
3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS
As categorias de análise das características das empresas pesquisadas foram:
ramo de atividade ou atividade principal, localização de instalação da empresa, a data
de início das atividades, o número de funcionários por empresa, o porte/faturamento
das empresas, gênero e o nível de escolaridade dos entrevistados, conforme
demonstram os resultados a seguir.
276
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.1.1 Região e município das empresas
Região onde a empresa está instalada:
Gráfico 1 – Estado de instalação da amostra1
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 1 revela a proporção de entrevistas realizadas entre os
estados/região dos respondentes desta amostra. Santa Catarina ocupa a primeira
posição neste levantamento, com 42,5% do grupo entrevistado, enquanto 28,8% das
empresas são oriundas do estado de São Paulo, mesmo índice de empresas
provenientes da Região Nordeste.
277
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Tabela 2 – Região de instalação das empresas entrevistadas2
Estados Regionais Quantidade Empresas
% Total
Nordeste Bahia 98 24,50%
Pernambuco 5 1,25%
Ceará 12 3,00%
Total 115 28,75%
Santa Catarina Região Extremo Oeste 3 0,75%
Região Foz do Itajaí 17 4,25%
Região Grande Florianópolis 28 7,00%
Região Meio Oeste 7 1,75%
Região Norte 38 9,50%
Região Oeste 9 2,25%
Região Serra 5 1,25%
Região Sul 45 11,25%
Região Vale do Itajaí 18 4,50%
Total 170 42,50%
São Paulo Região de Araraquara 2 0,50%
Região de Assis 2 0,50%
Região de Bauru 4 1,00%
Região de Campinas 8 2,00%
Região de Itapetininga 1 0,25%
Região de Marília 1 0,25%
Região de Piracicaba 1 0,25%
Região de Presidente Prudente 1 0,25%
Região de Ribeirão Preto 6 1,50%
Região de São José do Rio Preto 1 0,25%
Região do Vale do Paraíba Paulista 13 3,25%
Região Macro Metropolitana Paulista 3 0,75%
Região Metropolitana de São Paulo 72 18,00%
Total 115 28,75%
Total geral 400 100%
Fonte: dados da pesquisa
A Tabela 2 apresenta a distribuição da amostra pelas regiões geográficas dos
estados de Santa Catarina, São Paulo e Região Nordeste, com maior índice para o
estado de Santa Catarina (42,5%).
278
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.1.2 Descrição da atividade econômica
Descreva sua principal atividade econômica
Gráfico 2 – Atividade econômica principal2
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Dentre as atividades econômicas das empresas partícipes deste levantamento,
o segmento do varejo de calçados detém o mais significativo, com 63,8% da amostra,
contra 36,3% de empresas do varejo de calçados e acessórios.
279
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 2.1 – Estado de instalação X Atividade econômica principal3
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Quando cruzadas as atividades econômicas das empresas da amostra com o
estado/região de localização destas, verifica-se similaridade entre os dados nas três
esferas da pesquisa. Neste aspecto, é fatídico que mais de 60% dos inquiridos das três
regiões do estudo são provenientes do varejo de calçados.
3.1.3 Início das atividades das empresas
Data de início das atividades: (Questão convertida para “idade das empresas no
mercado”).
Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2014)4
Fonte: dados da pesquisa
280
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
O Gráfico 3 apresenta a idade das empresas entrevistadas no mercado de
atuação. A data de início das atividades foi convertida em tempo de atuação em anos,
mediante a diferença entre o ano corrente de 2014. A distribuição de frequência indica
que nenhuma empresa tem menos de dois anos de atuação no mercado e que apenas
4% das empresas entrevistadas têm 40 ou mais anos de atividades no mercado de
Calçados e Artefatos de Couro. A tendência cresce entre 10 a 19 anos, com 33,5% das
citações do estudo, seguido pela faixa de 5 a 9 anos, com 27,8% da amostragem. A
média de idade das empresas da amostra é de 16 anos de atuação no mercado.
Gráfico 3.1 – Estado de instalação X Idade das empresas (referência de 2014)5
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A distribuição das empresas por estado e idade das empresas indica padrão
semelhante nas três esferas do estudo, sendo observável que em todas elas a faixa de
destaque ocorre entre 10 a 19 anos de atividades no mercado, com relevância na
Região Nordeste, onde 41,7% dos entrevistados situam-se nesta faixa de resposta. A
segunda posição, ademais, é ocupada pela faixa de 5 a 9 anos em todas as esferas da
pesquisa. Cabe salientar que o maior índice de empresas com quarenta anos ou mais
de atividades dentro do setor ocorre no estado de São Paulo, onde 6,1% dos
entrevistados situam-se nesta faixa de resposta.
281
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 3.2 –Atividade Econômica X Idade das empresas (referência de 2014)6
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 3.2 cruza a atividade econômica das empresas pesquisadas com a
idade destas. É verificável que nos três segmentos do estudo a faixa de destaque é
entre 10 a 19 anos de atividades dentro do setor, com destaque para o varejo de
calçados e confecções, onde 32,7% dos entrevistados situam-se nesta faixa de
resposta. Outrossim, este segmento detém o maior percentual de respondentes com
menos de quatro anos de atividade no setor, com 7,8% de seus respondentes . Nota
para 6,2% de empresas do varejo de confecção, acessórios e calçados com 40 ou mais
anos de atividade no setor.
282
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.1.4 Número de colaboradores das empresas
Quantos colaboradores têm a sua empresa:
Gráfico 4 – Número de colaboradores7
Fonte: dados da pesquisa
O número de colaboradores das empresas entrevistadas varia principalmente entre 10
e 19, com 30% dos entrevistados nesta faixa de resposta. A média aritmética é de 34
funcionários por empresa. A média corrigida, calculada com base em 80% da variação principal
das respostas do desvio padrão é de 14 colaboradores por empresa. Cabe ressaltar que 12,1%
dos inquiridos possui cinquenta ou mais colaboradores dentro de suas empresas.
283
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 4.1 – Estado de instalação X Número de colaboradores8
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Considerando a distribuição por estados/regiões pesquisados (Gráfico 4.1), a
Região Nordeste apresenta 38,3% das empresas com 10 a 19 colaboradores. São Paulo
e Santa Catarina também destacam esta faixa de resposta, com respectivamente 20%
e 31,2% de seus integrantes nesta opção de escolha. Cabe salientar, ademais, que a
soma das faixas com mais de trinta colaboradores por empresa atinge 37,4%
(acumulado) da amostra do estado de São Paulo.
284
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 4.2 – Atividade Econômica X Número de colaboradores9
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Na distribuição por setor produtivo, a variação principal da quantidade de
colaboradores se concentra entre 5 e 19 colaboradores para os dois segmentos do
estudo, com destaque para o varejo de confecções, acessórios e calçados com 34,7%.
Este segmento também se destaca com o maior índice de respondentes com 100 ou
mais colaboradores, 7,6% ao passo que o varejo de calçados contém 40,9%
(acumulado) de seus entrevistados que declaram possuir no máximo nove
colaboradores.
285
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.1.5 Porte e classificação das empresas
Porte/Classificação da empresa (anual):
Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa10
Fonte: dados da pesquisa
A classificação por porte e faturamento da amostra apresenta o destaque da
pesquisa para Empresas de Pequeno Porte, com 45% do grupo pesquisado, seguido
por 39,8% dos respondentes provenientes de Microempresas. Apenas um entrevistado
da pesquisa classifica-se como Empreendedor Individual.
Gráfico 5.1 – Estado de instalação X Porte/Classificação da empresa11
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A distribuição por estado/região da classificação por porte e faturamento das
empresas pesquisadas destaca que tanto na Região Nordeste quanto no estado de São
Paulo a proeminência das empresas estudadas é de Empresas de Pequeno Porte, com
respectivamente 52,2% e 40% dos integrantes nesta classificação tributária. Santa
Catarina, por sua vez, detém maior expressividade para o grupo de respondentes de
286
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Microempresas, com 49,4% de seus. Empresas de Grande e Médio Porte tem maior
destaque no estado de São Paulo, com respectivamente 12,2% e 18,3% de seus
respondentes incidentes a estas faixas de escolha.
Gráfico 5.2 – Atividade Econômica X Porte/Classificação da empresa12
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 5.2 revela que as Microempresas se destacam no varejo de calçados,
com 40,9% de seus integrantes neste enquadramento tributário. Por outro lado,
ambos segmentos demonstram destaque de seus integrantes enquadrados como
Empresas de Pequeno Porte, com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões. Os
índices destes segmentos são de 47,9% e 40%, respectivamente.
287
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.1.6 Gênero dos entrevistados
Sexo dos entrevistados:
Gráfico 6 – Gênero dos entrevistados13
Fonte: dados da pesquisa
Gráfico 6.1 – Estado de instalação X Gênero dos entrevistados14
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Os entrevistados da amostra são predominantemente do sexo feminino, com
70% dos inquiridos, ao passo que os 30% restantes são homens. O Gráfico 6.1
apresenta o estado/região dos entrevistados cruzado com o gênero destes. As
mulheres predominam nos cargos de gestão em todas as esferas da pesquisa, com
288
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
ápice no estado de Santa Catarina, onde 76,5% dos entrevistados são do sexo
feminino.
Gráfico 6.2 – Atividade Econômica X Gênero dos entrevistados15
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O gráfico acima apresenta a distribuição do gênero dos entrevistados por
atividade econômica, onde se verifica a predominância feminina nos segmentos
analisados, com destaque para o varejo de calçados com 71,2%.
3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados
Grau de escolaridade do entrevistado:
Gráfico 7 – Grau de escolaridade do entrevistado16
Fonte: dados da pesquisa
289
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
O Gráfico 7 apresenta o grau de escolaridade dos entrevistados. O destaque
são os respondentes com Ensino Médio Completo, com 41,5% da amostra, enquanto
39,8% do grupo possui Ensino Superior Completo. Apenas um entrevistado da amostra
possui Mestrado.
Gráfico 7.1 – Estado de instalação X Grau de escolaridade do entrevistado17
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 7.1 apresenta São Paulo como destaque na faixa de respondentes
com graduação completa, com 44,3% de seus integrantes nesta faixa de resposta.
Santa Catarina também tem o maior índice de seus inquiridos com Ensino Superior
Completo, 42,9%. A Região Nordeste, por sua vez, destaca principalmente
entrevistados com Ensino Médio Completo, com 51,3% de seus integrantes nesta faixa
de escolha. O único entrevistado que possui Mestrado de pesquisa provém de terras
catarinenses.
290
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 7.2 – Atividade Econômica X Grau de escolaridade do entrevistado18
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O grau de escolaridade cruzado com a atividade econômica desempenhada
pelos entrevistados da amostra demonstra que tanto no varejo de calçados quanto de
confecções, predominam respondentes com Ensino Médio Completo, com
respectivamente 49,7% e 37,4% dos respondentes. Já para o grupo do varejo de
calçados o destaque são os entrevistados com Ensino Superior Completo, com 44,4%
da amostra deste segmento afirmando possuírem graduação completa.
291
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS
Esta seção apresentará os resultados da análise das características da demanda
das empresas estudadas e práticas de gestão de clientes. É composta por quatorzes
variáveis que explicam a demanda das empresas de Calçados e Artefatos de Couro em
Santa Catarina.
3.2.1 Mercados atendidos
Quais mercados a sua empresa atende?
Gráfico 8 – Mercados que a empresa atende19
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
O Gráfico 8 apresenta os mercados atendidos pelas empresas entrevistadas. É
observável o amplo destaque ao atendimento ao consumidor final pessoa física, com
94,5% dos entrevistados, frente a apenas 5,5% do grupo que afirma atender a
empresas.
Gráfico 8.1 – Estado de instalação X Mercados que a empresa atende20
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
292
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
O Gráfico 8.1 indica os mercados que as empresas da amostra atendem
cruzado por estado/região de instalação dos inquiridos. Observa-se o destaque do
atendimento ao consumidor final pessoa física nas três esferas da pesquisa, com ápice
no estado de Santa Catarina, onde 97,6% dos entrevistados situam-se nesta faixa de
resposta. O maior atendimento a empresas ocorre no estado de São Paulo, onde
10,4% dos entrevistados afirmam atender exclusivamente a este mercado.
Gráfico 8.2 – Atividade Econômica X Mercados que a empresa atende21
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Segundo o Gráfico 8.2, verifica-se a predominância do atendimento ao
consumidor final pessoa física nos três segmentos estudados, com destaque ao varejo
de calçados, onde 96,5% dos entrevistados afirmam atender exclusivamente a este
público. Por outro lado, quanto ao atendimento a empresas, ocorre no varejo de
confecções, onde 9% da amostra afirma atender este mercado.
293
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.2.2 Canais de vendas
E quais seriam os seus canais de vendas?
Gráfico 9 – Canais de vendas22
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 9 revela que o principal canal de venda utilizado pelas empresas da
amostra é a venda direta ao cliente final, conforme 70,8% da amostra. O uso de
varejistas (loja de terceiros) é o segundo canal mais citado, com 14% das respostas,
seguido por 8,5% das empresas que contam com loja própria.
Gráfico 9.1 – Estado de instalação X Canais de vendas23
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 9.1 apresenta o cruzamento entre o uso dos canais de venda das
empresas da amostra por estado/região onde estão instaladas. Em todas as esferas da
294
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
pesquisa, é verificável o destaque na venda direta ao cliente final, com exacerbação ao
índice do estado de Santa Catarina, com 77,1% dos entrevistados nesta faixa de
resposta. O uso de varejista tem proeminência na Região Nordeste, onde 20,9% do
grupo utilizam-se deste canal de venda, enquanto os entrevistados de São Paulo
detêm o maior índice de entrevistados que contam com loja própria no que cerne a
canal de venda, com 11,3% dos inquiridos deste estado nesta faixa de resposta.
Gráfico 9.2 – Atividade Econômica X Canais de vendas24
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
No Gráfico 9.2 o cruzamento entre setor produtivo e canais de vendas revela
novamente que a venda direta ao cliente final é o canal de venda mais utilizado pelas
atividades econômicas estudadas. O diferencial está no segundo canal de venda mais
adotado pelos respondentes. Para o segmento de varejo de calçados, 13,2% dos
entrevistados utilizam lojas de terceiros. O setor de varejo de calçados utiliza lojas
próprias, com o percentual de 80,2% de respondentes, contra 54,5%do varejo de
confecção.
295
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.2.3 Origem dos principais clientes
Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:
Gráfico 10 – Origem dos principais clientes25
Fonte: dados da pesquisa
Com relação à região de origem dos clientes das empresas da amostra,
observa-se que 61,5% dos respondentes informam atender ao município de instalação
de suas empresas, seguido pelo atendimento à região metropolitana onde a empresa
está localizada, citada por 31,5% da amostra.
Gráfico 10.1 – Estado de instalação X Origem dos principais clientes26
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Cruzando a origem dos clientes com estado/região, Santa Catarina contém o
maior quantitativo de empresas que afirmam que a demanda atendida é limitada ao
município de instalação destas, segundo 62,4% dos entrevistados. Observa-se que esta
faixa de resposta é o destaque nas outras duas esferas da pesquisa, embora com
menor percentual. O atendimento a clientes da região metropolitana de onde está
296
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
localizada a empresa tem maior destaque para entrevistados da Região Nordeste, com
33,9% da mostra encaixada nesta faixa de resposta. Aqueles que afirmam atender a
clientes de outras regiões do estado são maior número no estado de São Paulo, sendo
que 8,7% de seus integrantes situam-se nesta faixa de resposta.
Gráfico 10.2 – Atividade Econômica X Origem dos principais clientes27
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 10.2 indica que tanto no varejo de calçados quanto no varejo de
confecções o destaque são clientes do município de instalação das empresas
pesquisadas, com respectivamente 72,8% e 40,7% dos integrantes destes segmentos,
incidentes a esta faixa de resposta. A área de influência de atendimento se estende
para a região metropolitana onde a empresa respondente do levantamento está
instalada, segundo a metade dos entrevistados (49,7%) do varejo de confecção,
acessórios e calçados.
297
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.2.4 Produtos adquiridos do setor de calçados e artefatos de couro
Quais os tipos de produtos da indústria de calçados e produtos em couro que a sua
empresa compra?
Gráfico 11 – Produtos adquiridos da indútria calçadista28
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 11 indica os produtos adquiridos da indústria calçadista e neste
prospecto, destaca-se a compra de calçados direto de fábrica, conforme 50,5% do
grupo pesquisado. Amplamente atrás, situa-se a compra de calçados por
atacado/representante comercial, com 22% da amostra pesquisada, enquanto 18,3%
compram partes para calçados, de qualquer material.
Gráfico 11.1 – Estado de instalação X Produtos adquiridos da indútria calçadista29
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
298
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
A compra de produtos da indústria calçadista cruzada com o estado/região de
localização das empresas pesquisadas infere que a compra de calçados direto de
fábrica é o preponderante nas três esferas da pesquisa, com maior índice para o
estado de Santa Catarina com 51,8% de seus integrantes que se situam nesta faixa de
resposta. A compra de calçados por atacado/representante comercial e a compra de
partes para calçados, de qualquer material tem maior relevância na Região Nordeste e
em Santa Catarina, ao passo que a compra de artigos do vestuário e acessórios tem
maior proeminência no estado de São Paulo.
Gráfico 11.2 – Atividade Econômica X Produtos adquiridos da indútria calçadista30
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
Quanto ao cruzamento dos produtos adquiridos da indústria calçadista pela
atividade econômica (Gráfico 11.2) da amostra, é observável que, para ambos, a
compra de calçados, diretamente da fábrica é o destaque, conforme indicam 64,2%
das empresas de calçados contra 25,5% das empresas de confecções, sendo, neste
último, o segundo critério mais citado, superado apenas por 46,9% da amostra que
indica a compra de calçados por atacado ou representante comercial.
299
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de calçados e artefatos de couro
E quais seriam os seus canais de COMPRAS?
Gráfico 12 – Canais de compra31
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 12 indica os canais de compra utilizados pelos entrevistados da
pesquisa. A compra de representante comercial é destacada por 63,3% da amostra,
enquanto o uso de distribuidor ocupa a segunda posição, amplamente atrás da
primeira, com 14,5% dos respondentes da pesquisa. A compra direto do fabricante é
lembrada por 12% do grupo.
Gráfico 12.1 – Estado de instalação X Canais de compra32
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
300
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
A análise por estado de instalação das empresas da amostra revela que 68,2%
das empresas de Santa Catarina compram de representantes comerciais, enquanto
16,5% dos entrevistados da Região Nordeste utilizam-se de distribuidores no que
concerne a canais de compra, mesmo índice de respondentes do estado de São Paulo
que citam a compra direta do fabricante.
Gráfico 12.2 – Atividade Econômica X Canais de compra33
Fonte: dados da pesquisa Nota: realizar a leitura em coluna.
Quanto ao cruzamento da atividade econômica com os canais de compra
(Gráfico 12.2) verifica-se a proeminência da compra de representantes comerciais em
ambos os segmentos do estudo, com 77,8% do varejo de calçados e 36,6%
(praticamente a metade) para varejo de confecções e acessórios e calçados. Cerca de
29% do varejo de confecção utiliza o distribuidor como canal de compra, seguido de
20% de compra direta com o fabricante.
301
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro
Com que frequência a sua empresa contrata fornecedores da indústria de calçados e
artefatos de couro? (considerar o principal fornecedor ou o mais frequente).
Gráfico 13 – Frequência de contratação de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro34
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 13 apresenta a frequência com que os entrevistados compram dos
fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro. A frequência é mensal
para 39,8% da amostra e trimestral para 14,3% da amostra. Outro período detém
20,5% dos entrevistados da pesquisa. Esta opção de resposta significa que a compra é
realizada sob demanda, ou seja, a empresa só compra quando de fato precisa do
produto em questão.
302
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 13.1 – Estado de instalação X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro35
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Através do Gráfico 13.1 verifica-se a predominância da compra mensal dos
fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro para as três esferas da
pesquisa, com destaque para Santa Catarina, onde 42,9% dos entrevistados destacam
esta frequência no que tange à contratação de fornecedores.
Gráfico 13.2 – Atividade Econômica X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro36
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
303
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Ao cruzar a frequência de compra por atividade econômica, constata-se que a
compra mensal é destacada nos segmentos da pesquisa, sendo que quase a metade do
segmento do varejo de confecções encontra-se nesta faixa de resposta (49%), contra
34% do varejo de calçados, segmento que tem pouca compra bimestral (3,9%) e
alguma significância em compras trimestrais e semestrais (12,8% e 14,4%
respectivamente).
3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro
Quantos fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro a sua empresa
possui?
Gráfico 14 – Quantidade de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro37
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 14 apresenta a quantidade de fornecedores das empresas da amostra
e revela média de 53 fornecedores por empresa. Contudo, quando particionada por
80% das empresas com maior concentração de respostas semelhantes, a média
corrigida cai para 30 fornecedores por empresa. A faixa de resposta destacada neste
304
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
aspecto é do grupo que tem entre 20 a 49 fornecedores, com 46% das citações da
pesquisa.
Gráfico 14.1 – Estado de instalação X Quantidade de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro38
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A distribuição por estado/região destaca a predominância de respondentes
com variação entre 20 a 49 fornecedores nas três regiões estudadas, com
intensificação no estado de Santa Catarina, onde 48,8% dos representantes da amostra
situam-se nesta faixa de resposta. A faixa entre 10 a 19 fornecedores tem maior
destaque na Região Nordeste, com 27,8% dos entrevistados, enquanto 15,7% dos
integrantes da amostra do estado de São Paulo situam-se na faixa entre 50 a 99
fornecedores.
305
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 14.2 – Atividade Econômica X Quantidade de fornecedores de calçados e artefatos de couro39
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O cruzamento do número de colaboradores por atividade econômica revela
que mais da metade (58%) das empresas do varejo de calçados situam-se na faixa
entre 20 a 49 fornecedores, contra 41,4% das empresas de confecções com 10 a 19
fornecedores.
306
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro
No que se refere à sua satisfação em relação aos produtos de seus fornecedores da
cadeia de calçados e produtos de couro que você contrata, você diria que está em
geral:
Gráfico 15 – Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro40
Fonte: dados da pesquisa
Gráfico 15.1 – Estado de instalação X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro41
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 15 apresenta o grau de satisfação dos entrevistados para com seus
fornecedores. Nota-se que a soma das empresas que se dizem satisfeitas ou muito
satisfeitas representam 97,3% da amostra total.
Segmentando a pesquisa por estado/região, observa-se a semelhança dos
índices de todas as faixas de resposta em todas as esferas da pesquisa, sendo que o
307
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
maior índice de respondentes satisfeitos/muito satisfeitos ocorre no estado de São
Paulo e na Região Nordeste, ambas com 97,4% de seus integrantes quando somadas
estas faixas de resposta.
Gráfico 15.2 – Atividade Econômica X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro42
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Na análise por atividade econômica, os segmentos se mostram amplamente
satisfeitos com seus fornecedores, sendo alguns entrevistados do varejo de calçados
situam-se ou na faixa satisfeito ou na faixa muito satisfeito. O maior índice de
insatisfação ocorre no varejo de calçados, onde 3,1% das citações são negativas
quanto à satisfação em relação a seus fornecedores, contra 2,1% das empresas de
varejo em confecção.
308
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.2.9 Aspectos da cadeia de calçados e artefatos de couro que necessitam de melhoramentos
Em qual aspecto estes produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro
necessitam melhorar, em sua opinião?
Gráfico 16 – Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de fornecedores43
Fonte: dados da pesquisa Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Quanto aos aspectos que necessitam de melhorias na cadeia de produtos e
serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro, os mais citados são:
agilidade/pontualidade nas entregas, com 60,3% das citações, melhorar a qualidade
dos produtos comprados, com 33% e amplamente atrás, a flexibilidade para negociar
prazos/preços, com 10,5% das respostas da amostra pesquisada.
309
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 16.1 – Estado de instalação X Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de fornecedores44
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 16.1 indica a distribuição por estado/região e aponta para a
tendência geral, com relativa similaridade entre os dados das três respostas principais
em todas as esferas da pesquisa.
Gráfico 16.2 – Atividade Econômica X Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de fornecedores45
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
310
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
O cruzamento da atividade econômica com as necessidades de melhorias de
produtos ou serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro (Gráfico 16.2) aponta
que 93% dos integrantes do grupo de varejo de calçados destacam a necessidade de
melhorias no que tange a agilidade na pontualidade e entrega. Já 86,9% dos
entrevistados do varejo de confecções indicam principalmente a necessidade de
melhorar a qualidade dos produtos comprados da cadeia do setor e 26,2% busca a
flexibilização na negociação de prazos e preços das mercadorias compradas,
mostrando necessidades diferentes quanto ao varejo de calçados.
3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA AMOSTRA
Esta seção apresentará os resultados da análise da demanda das empresas
estudadas, suas características e práticas de gestão de clientes. É composta por
quatorze variáveis que explicam a demanda por empresas de Calçados e Artefatos de
Couro em Santa Catarina.
3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas
Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de aprimoramentos?
(De forma geral sem necessidade de estar relacionado a fornecedores de calçados e
artefatos de couro)
Gráfico 17 – Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas46
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
311
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 17.1 – Estado de instalação X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas47
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
No que diz respeito às áreas com necessidades de aprimoramento nas
empresas da amostra, 60,5% do grupo destaca a necessidade de aperfeiçoamento em
marketing, enquanto 24,3% do grupo pontua a necessidade de aprimorar a área de
vendas.
Na análise cruzada por estado/região da amostra, o setor que mais demanda
melhorias em todas as esferas da pesquisa é o marketing, com distinção no estado de
Santa Catarina, onde 67,1% dos entrevistados situam-se nesta faixa de resposta. O
destaque da necessidade de aprimoramento na área de vendas ocorre no Nordeste,
com 30,4% da amostra.
Gráfico 17.2 – Setor produtivo X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas48
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
312
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
O cruzamento da atividade econômica com as áreas de maior necessidade de
aprimoramentos dentro das empresas pesquisadas (Gráfico 17.2) demonstra que,
tanto o varejo de calçados quanto para o varejo de confecções, o destaque ocorre na
faixa daqueles que pontuam a necessidade de aprimoramentos em marketing, com
72,4% contra 38,6% do varejo de calçados. Ainda para confecções, quase 40% tem
necessidades de melhorar suas vendas.
3.3.2 Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas
Aponte as necessidades de aprimoramentos de produtos e serviços da sua empresa.
(Ex: Produção – pessoal capacitado ou sistema de controle da produção)
Gráfico 18 – Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas49
Fonte: dados da pesquisa. Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.
Quando questionados sobre a necessidade de aprimoramento ou
melhoramento dos produtos e serviços das suas empresas, 56,3% dos entrevistados
relatam a necessidade do investimento em divulgação/marketing/promoções, seguido
de 21,5% de indicações para a necessidade de otimizar o controle da
produção/distribuição dentro das empresas.
313
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 18.1 – Estado de instalação X Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas50
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O cruzamento entre a necessidade de aprimoramento ou melhoramento de
produtos e serviços nas empresas por estado/região estudada assinala a necessidade
do investimento em divulgação/marketing/promoções nas três esferas do estudo, com
destaque ao estado de Santa Catarina, onde 58,8% dos entrevistados estão nesta faixa
de resposta. A otimização do controle da produção/distribuição é citado por 25,2% dos
inquiridos da Região Nordeste, ao passo que a melhoria na estrutura de produção é
lembrada por 12,2% do grupo proveniente do estado de São Paulo no que tange a
necessidades de aprimoramento ou melhoramento dos produtos e serviços nas
empresas pesquisadas.
314
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 18.2 – Atividade Econômica X Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas51
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
No cruzamento com a atividade econômica, os entrevistados do varejo de
calçados, principalmente, assinalam a necessidade de investir em
divulgação/marketing/promoções (84,4%), contra 5,5% do varejo de confecção. Para a
amostra do varejo de confecções, 57,2% desta necessita melhorar a estrutura de
controle de produção e distribuição, seguido por 22,8% que necessita melhorar a
estrutura de produção. Nota para o significado nestes dois últimos quesitos, do termo
“produção” enquanto operação de varejo, ou seja, a compra, armazenamento, venda e
entrega de mercadorias, tendo em vista a natureza do setor varejista.
315
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro
Onde estão instalados os seus fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de
couro?
Gráfico 19 – Região de instalação dos fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro52
Fonte: dados da pesquisa.
Os fornecedores da cadeia logística dos entrevistados estão principalmente no
município de instalação das empresas, conforme 27,8% dos entrevistados. Por outro
lado, 21,3% aponta a origem dos fornecedores na região metropolitana onde a
empresa está instalada. Entretanto, cabe ressaltar que o maior índice da pesquisa,
36,5% da amostra, afirma ter fornecedores provenientes de outros estados do país.
Gráfico 19.1 – Estado de instalação X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro53
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
316
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
A análise do Gráfico 19.1 demonstra que o fornecimento de produtos da cadeia
de calçados e artefatos de couro, nas três esferas da pesquisa, segue tendência da
amostra total, expressa no Gráfico 19, em maior ou menor grau de distribuição nas
regiões do estudadas.
Gráfico 19.2 – Atividade Econômica X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro54
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
As empresas que mais demandam fornecedores de outros estados do Brasil são
provenientes do varejo de calçados e do varejo de confecções com respectivamente
41,2% e 27,6% das citações nesta faixa de resposta. Para o segmento de varejo de
calçados, o índice de 33,1% das respostas ocorre para aqueles que pontuam a
utilização de fornecedores do município de instalação das empresas, seguido de 14,4%
como para aqueles que pontuam fornecedores da região metropolitana de instalação
destas. Em varejo de confecção, esta última ordem citada se inverte, ou seja, 17,9%
(índice menor) possui fornecedores no seu município de instalação e 34,5% (índice
maior), na sua região metropolitana.
317
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.3.4 Investimentos em produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de couro no ano de 2012
Ainda com relação a seus fornecedores, qual seu gasto aproximado com a compra de
produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de couro em 2012?
Gráfico 20 – Investimentos em produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de couro no ano de 201255
Fonte: dados da pesquisa
Em razão do alto índice de empresas que expressaram montantes de alto valor
de compra de insumos e produtos, a média geral obtida foi alta, com mais de R$ 550
mil por empresa, mas, quando corrigida para a média da concentração de respostas de
80% da amostra com variação próxima de valores, cai para pouco menos de R$ 350
mil. A faixa de destaque neste levantamento ocorre entre R$ 100.000,00 a
R$ 499.999,00, com 35% das citações, seguida da faixa daqueles que investiram entre
R$ 500.000,00 a R$ 999.999,000 com 32,8% das respostas.
318
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 20.1 – Estado de instalação X Investimentos em produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de couro no ano de 201256
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Santa Catarina e São Paulo destacam principalmente a faixa de gasto entre
R$ 100.000,00 a R$ 499.999,00 com respectivamente 38,8% e 32,2% de seus
integrantes incidentes a esta faixa de escolha. O grupo da Região Nordeste, por sua
vez, tem maior proeminência na faixa daqueles que gastaram entre R$ 500.000,00 e
R$ 999.999,00 com 34,8% do grupo inquirido. Cabe ressaltar que esta esfera da
pesquisa detém o maior índice daqueles que investiram acima de R$ 1 milhão em
produtos/matéria-prima no setor no ano de 2012.
319
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 20.2 – Setor produtivo X Investimentos em produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de couro no ano de 201357
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
A análise dos investimentos cruzada com a atividade econômica das empresas
(Gráfico 20.2) revela que nos três segmentos do estudo a proeminência ocorre na faixa
entre R$ 100.000,00 e R$ 499.999,00, com intensificação do índice no segmento do
varejo de calçados, onde 33,9% dos respondentes destacam esta faixa de
investimentos para a compra de produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de
couro no ano de 2013. Entretanto, em ambos os segmentos (calçados e confecção) há
investimentos em compras entre R$ 500.000,00 e R$ 999.999,00 (30,7% e 36,6%
respectivamente). Investir acima de um milhão ou mais, aparece como opção para
7,8% dos respondentes do segmento do varejo de calçados.
320
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.3.5 Contato com fornecedores de Santa Catarina
A sua empresa já teve contato (comprou) com fornecedores de calçados e artefatos de
couro de Santa Catarina?
Gráfico 21 – Contato com fornecedores de Santa Catarina58
Fonte: dados da pesquisa
Gráfico 21.1 – Estado de instalação X Contato com fornecedores de Santa Catarina59
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
De acordo com a análise do Gráfico 21, ampla maioria dos entrevistados, 70,8%
da amostra, já manteve contato com fornecedores de calçados e artefatos de couro do
estado de Santa Catarina.
321
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
O cruzamento das empresas que compraram de fornecedores deste setor
provenientes de Santa Catarina por estado/região de localização destas aponta que
este índice é muito expressivo nas empresas do próprio estado, pois 89,4% destes
entrevistados afirmam ter realizado este contato. A Região Nordeste ocupa a segunda
posição neste levantamento, sendo que 64,3% dos entrevistados desta esfera da
pesquisa afirmam ter comprado de empresas catarinenses, frente a 49,6% dos
entrevistados do estado de São Paulo nesta mesma faixa de resposta.
Gráfico 21.2 – Atividade Econômica X Contato com fornecedores de Santa Catarina60
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O cruzamento por atividade econômica demonstra que o segmento que mais
comprou de fornecedores catarinenses provém do segmento de varejo de confecções
com 73,8% desta amostra. O setor de calçados alcança índice próximo, com 69,3% dos
inquiridos deste segmento incidentes a esta faixa de resposta. Cerca de 30,7% das
empresas deste último segmento não compraram de fornecedores catarinenses,
contra 26,2% das empresas varejistas de confecções.
322
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.3.6 Aquisição de produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro com fornecedores catarinenses
Se positivo (na questão anterior) cite quais produtos e serviços já comprou de
fornecedores Catarinenses.
Gráfico 22 – Produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro adquiridos com fornecedores catarinenses61
Fonte: dados da pesquisa.
O Gráfico 22 apresenta a lista de produtos comprados pelas empresas da
amostra de fornecedores catarinenses da cadeia de calçados e artefatos de couro. O
maior índice da pesquisa, 93,3% dos entrevistados, relata a compra de
calçados/carteiras/bolsas/cintos, seguido amplamente atrás pelo índice de 5,8% de
entrevistados que citam a compra de confecção em geral.
Gráfico 22.1 – Estado de instalação X Produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro adquiridos com fornecedores catarinenses62
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
323
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
No Gráfico 22.1, a segmentação por estado/região revela que nas três esferas
da pesquisa, é observável a predominância daqueles que compraram
calçados/carteiras/bolsas/cintos de fornecedores catarinenses, com ápice no índice de
94,1% da amostra, oriundo do próprio estado de Santa Catarina.
Gráfico 22.2 – Atividade econômica X Produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro adquiridos com fornecedores catarinenses63
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 22.2 apresenta o cruzamento dos produtos e serviços da cadeia de
calçados e artefatos de couro adquiridos com fornecedores catarinenses com a
atividade econômica desempenhada pelos respondentes da pesquisa. O varejo de
calçados apresenta o maior índice daqueles que compram
calçados/carteiras/bolsas/cintos de fornecedores catarinenses, com absolutos 97,7%
dos entrevistados nesta faixa de resposta. Por sua vez, dentro da amostra do
segmento do varejo de confecções, 85,5% dos entrevistados apontam a compra destes
mesmos itens, sendo estes majoritários em ambos casos. Nota para produtos de
confecção, pouco significativos nos dois segmentos estudados, com mais destaque
(12,4%) em varejo de confecção. Neste sentido é importante destacar que estes
segmentos compram em maioria, de outros estados, a começar por onde estão
instalados.
324
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.3.7 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de calçados e artefatos de couro
A sua empresa teria interesse em trabalhar com fornecedores Catarinenses da
indústria calçadista e artefatos de couro?
Gráfico 23 – Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria calçadista e artefatos de couro64
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 23 revela a demanda potencial direta, ou seja, expressamente
indicada pelos respondentes quanto ao interesse em trabalhar com fornecedores da
indústria de calçados e artefatos de couro de Santa Catarina. Somando as respostas
“sim, com certeza” e “é provável que sim”, temos uma demanda potencial direta de
70,8% da amostra total. Os indecisos, ou seja, indicados pela alternativa “talvez
sim/talvez não”, representam 17,5% e a taxa de recusa, ou seja, que soma “é provável
que não” e “não com certeza” soma 11,8% do total da amostra.
325
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 23.1 – Estado de instalação X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria calçadista e artefatos de couro65
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
Através da análise do Gráfico 23.1, observa-se que o índice de certeza em
trabalhar com fornecedores catarinenses aumenta para o conjunto de empresas deste
estado, totalizando 77% dos entrevistados que responderam positivamente a este
levantamento, contra 60,9% do grupo oriundo de São Paulo e 71,4% da amostra da
Região Nordeste. A taxa de recusa tem maior significância para o conjunto de
respondentes do estado de São Paulo, sendo que 14,7% dos inquiridos desta esfera da
pesquisa correspondem à soma do produto entre as faixas “é provável que não” e
“não com certeza” neste levantamento.
Gráfico 23.2 – Atividade Econômica X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de calçados e artefatos de couro66
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
326
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
A partir da leitura do Gráfico 23.2, observa-se que o grupo do varejo de
calçados contém o maior percentual de interessados em trabalhar com fornecedores
catarinenses da indústria de calçados e artefatos de couro, com 78,5% dos
entrevistados quando somadas as opções “sim, com certeza” e “é provável que sim”,
contra 75,2% das empresas de varejo em confecções, acessórios e calçados. A amostra
do varejo de calçados é o segmento que tem o maior número de indecisos, sendo que
19,8% deste grupo situam-se na faixa “talvez sim/talvez não”, ao passo que tanto o
varejo de confecções quanto o varejo de calçados se destacam dentre aqueles que
afirmam que é “provável que não” e “não com certeza” em relação ao interesse em
trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de calçados e artefatos de couro,
ambos com 11,7% de seus entrevistados nesta faixa de resposta.
3.3.8 Tipos de fornecedores demandados
E qual seria esta necessidade de fornecedores da indústria calçadista e artefatos de
couro? Especifique o tipo de fornecedor
Gráfico 24 – Tipos de Fornecedores demandados67
Fonte: dados da pesquisa
O Gráfico 24 indica os tipos de fornecedores demandados pelos entrevistados.
As empresas que não responderam somam 23,8% da amostra. Dentre os que
327
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
responderam ao questionamento, a demanda por calçados em geral é o destaque da
pesquisa, com 69,8% dos entrevistados nesta faixa de resposta, seguido amplamente
atrás pelo grupo de respondentes que demandam bolsas/acessórios/produtos
esportivos de fornecedores, com o índice de 18,5% do total da amostragem.
Gráfico 24.1 – Estado de instalação X Tipos de fornecedores demandados68
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O destaque nas três esferas da pesquisa é a demanda por calçados em geral,
com ápice no índice da Região Nordeste, onde 74,8% da amostra demanda este tipo de
produto, seguido pelo estado de Santa Catarina, com 72,9% dos entrevistados nesta
faixa de resposta. O índice de maior expressividade daqueles que não responderam a
este questionamento é observável no estado de São Paulo, onde 33,9% do grupo não
soube/não quis responder a esta indagação.
328
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 24.2 – Atividade Econômica X Tipos de fornecedores demandados69
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
No cruzamento do tipo de fornecedor por atividade econômica das empresas
entrevistadas, observa-se novamente a predominância daqueles que pontuam a
necessidade de calçados em geral, com índices similares nos segmentos da pesquisa,
com pequena superioridade no varejo de confecções nesta faixa de resposta, com 71%
dos entrevistados nesta demanda em especial, contra 69,3% de calçados. Cabe
salientar que 48,3% dos entrevistados do segmento de confecções demandam por
bolsas/acessórios/produtos esportivos, seguido por 17,9% desta amostra e que
demonstram interesse em produtos de confecção em geral.
3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM FORNECEDORES DA INDÚSTRIA CALÇADISTA E ARTEFATOS DE COURO
Esta parte da análise complementa os dados gerais até aqui apresentados. É
formada essencialmente por estratos de empresas interessadas em produtos e
serviços da cadeia calçadista e artefatos de couro, de empresas catarinenses, em nível
comparativo com a amostra total. A estratificação de dados foi realizada com base na
variável 3.3.7, apresentada no Gráfico 23, onde foram separadas as respostas daquelas
empresas que indicaram as alternativas “Sim com certeza” e “É provável que sim”. A
soma destas respostas positivas eleva as empresas correspondentes à condição de
329
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
demandantes por produtos e serviços passíveis de serem ofertados por empresas
catarinenses, aqui chamados de demanda potencial.
3.4.1 Estrato da demanda potencial por grupo e atividade econômica
Gráfico 25 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia calçadista e artefatos de couro70
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 25 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas
empresas entrevistadas, agrupados em clusters, ou seja, em conjuntos de atividades
fins semelhantes na cadeia de mercado, versus a demanda potencial, a qual é parte da
amostra de entrevistados que afirma interesse em comprar de fornecedores
catarinenses da cadeia calçadista e de artefatos de couro. O gráfico aponta para a
comparação entre a amostra total de respondentes e a demanda de interessados em
produtos catarinenses, revelando que 62,2% destes demandantes são do varejo de
calçados e 38,5% provenientes do varejo de confecções.
Gráfico 25.1 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeiacalçadista e artefatos de couro: Amostra de Santa Catarina71
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
330
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
O Gráfico 25.1 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas
empresas entrevistadas, agrupados em clusters e instaladas em Santa Catarina, versus
a demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse
em comprar de fornecedores catarinenses da indústria de calçados e artefatos de
couro. O interesse de compra das empresas com atividades do varejo de calçados
representa 60,3% deste cluster, contra 63,5% da amostra total. As empresas do varejo
de confecções estão dispostas a trabalhar com fornecedores catarinenses, segundo
40,5%.
Gráfico 25.2 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeiacalçadista e artefatos de couro: Amostra de São Paulo72
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 25.2 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas
empresas entrevistadas, agrupados em clusters e instaladas em São Paulo, versus a
demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em
trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de calçados e artefatos de couro.
Dentre as empresas entrevistadas instaladas neste estado com interesse em comprar
de fornecedores catarinenses, 68,6% são do varejo de calçados, seguido por 31,4% das
empresas do varejo de confecções, acessórios e calçados.
331
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 25.3 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeiacalçadista e artefatos de couro: Amostra da Região Nordeste73
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 25.3 aponta o cruzamento das atividades econômicas realizadas pelas
empresas entrevistadas, agrupadas em clusters e instaladas na Região Nordeste, versus
a demanda potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse
em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de calçados e artefatos de
couro. Dentre as empresas entrevistadas instaladas nesta Região com interesse em
comprar de fornecedores catarinenses, 59,8% são do varejo de calçados, seguido por
41,5% que são empresas do varejo de confecções, acessórios e calçados.
332
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
3.4.2 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços
Gráfico 26 – Interesse por produtos e serviços da cadeia calçadista e artefatos de couro X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de calçados e
artefatos de couro74
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26 aponta o cruzamento do tipo de produto de interesse das
empresas entrevistadas do estado de Santa Catarina, versus a demanda potencial, que
é parte da amostra de entrevistados que afirmam interesse em trabalhar com
fornecedores catarinenses da indústria de calçados e artefatos de couro. Das empresas
interessadas, 93,6% tem interesse em comprar calçados em geral. Amplamente atrás,
na segunda colocação neste levantamento, observa-se que 25,8% dos interessados
querem comprar com fornecedores catarinenses bolsas/acessórios/produtos
esportivos.
333
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 26.1 – Interesse por produtos e serviços da cadeia calçadista e artefatos de couro X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de calçados e artefatos
de couro: amostra de Santa Catarina75
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26.1 aponta o cruzamento do tipo de produto de interesse das
empresas entrevistadas em Santa Catarina, versus a demanda potencial, que é parte
da amostra de entrevistados que afirmam interesse em trabalhar com fornecedores
catarinenses de calçados e artefatos de couros. No gráfico, nota-se que 68,9% do total
da amostra têm interesse em comprar calçados em geral, seguido por 19,2% que
demandam bolsas/acessórios e produtos esportivos produzidos em Santa Catarina.
334
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 26.2 – Interesse por produtos e serviços da cadeia calçadista e artefatos de couro X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de calçados e artefatos
de couro: amostra de São Paulo76
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26.2 aponta o cruzamento do tipo de produto de interesse das
empresas entrevistadas instaladas em São Paulo, versus a demanda potencial, que é
parte da amostra de entrevistados que afirmam interesse em trabalhar com
fornecedores catarinenses de calçados e artefatos de couro. O gráfico aponta que
73,6% do total da amostra têm interesse em comprar calçados em geral, seguido por
15,4% da demanda potencial por bolsas/acessórios e produtos esportivos de Santa
Catarina.
335
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Gráfico 26.3 – Interesse por produtos e serviços da cadeia calçadista e artefatos de couro X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de calçados e artefatos
de couro: amostra da Região Nordeste77
Fonte: dados da pesquisa. Nota: realizar a leitura em coluna.
O Gráfico 26.3 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse
das empresas entrevistadas instaladas na Região Nordeste, versus a demanda
potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirmam interesse em
trabalhar com fornecedores catarinenses de calçados e artefatos de couro. O gráfico
revela que 92,7% do total da amostra têm interesse em comprar calçados em geral, ao
passo que 30,5% da amostra demanda por bolsas/acessórios e produtos esportivos de
Santa Catarina.
336
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados da pesquisa com o mercado empresarial demandante por
produtos catarinenses da indústria de calçados e artefatos de couro apontam para
índices e distribuições de frequências de grau contundente de significância, quando
apontados na análise, observando a concentração de respostas de cada variável
pesquisada e de seus cruzamentos e correlações interessantes.
Neste cenário das empresas entrevistadas, as percepções dos gestores de
diferentes segmentos quanto a seus mercados de atuação, capacidade de compra de
produtos e serviços do setor de Calçados e Artefatos de Couro e interesse em produtos
e serviços desta natureza, são demonstrados seguindo um roteiro de perguntas de
pesquisas que buscam o objetivo de descrever estas percepções e moldar um cenário
mercadológico.
4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS
4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas
No presente estudo, predominam empresas do estado de Santa Catarina, com
42,5% do índice total dos respondentes, ao passo que tanto São Paulo quanto a Região
Nordeste detém 28,8% do total. Ainda que, premeditadamente, os dados são
analisados com igual peso na amostra. O mesmo se aplica em relação à atividade
econômica desempenhada pelos entrevistados, com predominância do varejo de
calçados, com 63,8% dos entrevistados.
Quanto ao nível de maturidade das empresas da pesquisa, é necessário
salientar que praticamente 2/3 dos respondentes possuem dez ou mais anos de
mercado. Observam-se dados semelhantes em todas as faixas de idade, sendo que a
faixa de maior destaque nas regiões do estudo ocorre entre 10 a 19 anos de atividades
no mercado, bem como nas atividades econômicas estudadas, com média aritmética
de 16 anos.
No que tange ao número de colaboradores das empresas do estudo, é
observável que a faixa de maior incidência é de 10 a 19 colaboradores, com média
337
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
aritmética de 34 colaboradores por empresa. Todas as esferas do estudo destacam-se
nesta faixa de resposta, sendo que a Região Nordeste 38,3% de seus integrantes na
respectiva faixa. Observa-se que São Paulo tem 37,4% dos respondentes com 30 ou
mais colaboradores. Quando segmentados por atividade econômica, novamente
percebe-se a proeminência da faixa entre 10 a 19 colaboradores em todos os
segmentos da amostra, sendo que 1/3 dos integrantes do varejo de calçados e
acessórios situam-se nesta faixa de resposta.
Quanto ao porte das empresas, o índice de maior destaque é para Empresas de
Pequeno Porte, com 45% dos entrevistados, seguido por Microempresas, com 39,8%
dentre os respondentes. Segmentando as esferas da pesquisa, é observável que, tanto
na Região Nordeste quanto em São Paulo a ênfase é para empresas de Pequeno Porte,
enquanto em Santa Catarina destacam-se principalmente Microempresas, com
praticamente metade do grupo entrevistado do estado enquadrado nesta classificação
tributária. O estado de São Paulo é a região da pesquisa com maior índice de Empresas
de Grande e Médio Porte, com respectivamente 12,2% e 18,3% de seus integrantes
nestas faixas de resposta.
Analisando a atividade econômica desempenhada pelas empresas da pesquisa,
é observável que tanto o varejo de confecções quanto o varejo de calçados destacam
Empresas de Pequeno Porte e Microempresas.
Os respondentes desta pesquisa são em sua maioria mulheres, representando
70% do total da amostra, sendo observável que todos os estados/regiões da pesquisa
têm maior número de mulheres gerindo as empresas, com ápice no estado de Santa
Catarina, onde 76,5% dos entrevistados são do sexo feminino. Nas atividades
econômicas estudadas o quadro se repete.
O Ensino Médio Completo é o destaque quanto ao nível de escolaridade dos
entrevistados, com 41,5% dos entrevistados nesta faixa de resposta, fato que se
estende à Região Nordeste, onde 51,3% da amostra possui Ensino Médio Completo.
Santa Catarina e São Paulo, por sua vez, destacam-se na faixa daqueles que possuem
graduação completa. Os segmentos do varejo de calçados e do varejo de confecções e
acessórios predominam os índices de respondentes que concluíram o Ensino Médio e
o Superior Completo.
338
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas
O mercado de atendimento das empresas da pesquisa é prioritariamente o
atendimento ao consumidor final pessoa física, com índice de 94,5% dos entrevistados.
Regionalmente, a tendência é seguida nas três esferas da pesquisa, com ápice no
índice do estado de Santa Catarina, onde 97,6% dos entrevistados afirmam atender
exclusivamente a este público-alvo. O atendimento a empresas ocorre com destaque
no estado de São Paulo, com 10,4% que afirmam atender exclusivamente a este
mercado. Considerando a atividade econômica, o índice de atendimento ao
consumidor final pessoa física, apresenta-se expressivo em todos os segmentos
estudados, com destaque ao varejo de calçados. Quanto ao canal de venda, é
observável que a venda direta é a forma mais utilizada, fato verificável na divisão por
esferas da pesquisa, bem como em todos os segmentos da amostra. O município onde
a empresa está instalada é a principal origem dos clientes das empresas pesquisadas,
tendência central da pesquisa.
Os produtos adquiridos da cadeia de calçados e artefatos de couro são
principalmente calçados comprados diretamente de fábrica. A compra de calçados por
atacado/representante comercial e a compra de partes para calçados, de qualquer
material tem maior destaque na Região Nordeste, ao passo que a compra de artigos do
vestuário e acessórios têm maior proeminência no estado de São Paulo. Segmentando
o setor por atividade econômica, é observável a predominância por compra de
calçados tanto no varejo de calçados quanto no varejo de confecções (que inclui
calçados).
O canal de compra mais utilizado pelos pesquisados é a compra de
representantes comerciais. Verifica-se a proeminência da compra por representantes
comerciais tanto no varejo de confecções quanto no varejo de calçados, ainda que em
calçados o índice seja aproximadamente o dobro daquele encontrado em confecção.
A frequência de contratação de fornecedores destacada é mensal, sendo citada
por praticamente 40% dos entrevistados, com média de fornecedores por empresa
apontada pelo estudo é de 53 empresas.
339
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
Referente à necessidade de melhorias de produtos ou serviços comprados da
cadeia de produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro, o ponto mais
citado pelos entrevistados é agilidade/pontualidade nas entregas. Regionalmente, a
tendência é a mesma nas três esferas da pesquisa e no que cerne à atividade
econômica, a maioria dos integrantes do varejo de calçados destacam esta faixa de
resposta no que tange a necessidade de melhorias ou serviços na cadeia de calçados e
artefatos de couro. Por outro lado, os inquiridos do grupo de varejo de calçados e
confecções destacam a necessidade de melhorias no que tange a flexibilidade para
negociar prazos/preços. A maior parcela dos entrevistados do varejo de confecções
(com calçados e acessórios) pontua principalmente a necessidade de melhorar a
qualidade dos produtos comprados da cadeia do setor calçadista.
4.1.3 Características da demanda
Arguidos sobre o interesse em trabalhar com fornecedores do estado de Santa
Catarina, a maioria de 70,8% da amostra total (acumulada) situam-se nas faixas de
resposta “sim, com certeza” e “é provável que sim”, incorrendo uma demanda
potencial direta elevada. Para a amostra de empresas catarinenses este índice cresce
para 77% dos entrevistados, enquanto o índice menor neste levantamento, embora
expressivo, ocorre em São Paulo, onde 60,9% dos entrevistados pontuam o interesse
em trabalhar com fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro de Santa
Catarina. Na segmentação por atividade econômica infere a maior demanda potencial
proveniente do segmento do varejo de confecção com 75,4%, seguido de calçados,
com 68,2% dos entrevistados quando somadas as opções “sim, com certeza” e “é
provável que sim”, o que demonstra elevado interesse em comprar de fornecedores
catarinenses. O tipo de fornecedores demandados pelos entrevistados é de
fornecedores de calçados em geral, segundo 69,8% das respostas dos pesquisados.
Quanto às áreas de maior carência de aprimoramentos dentro das empresas
pesquisadas, o marketing é o maior destaque, inclusive quando segmentadas
regionalmente. Para a amostra da Região Nordeste, a segunda colocação neste
aspecto é a área de vendas. Quando divididas por atividade econômica
340
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
desempenhada, a maioria destas segue a tendência geral, exceto o grupo do varejo de
confecções, onde a área de vendas (seguido por marketing) é o principal destaque
para este segmento estudado no que concerne a necessidades de aprimoramentos nas
empresas.
Já no tocante à necessidade de aprimoramentos dos produtos e serviços nas
empresas, o destaque é o investimento em divulgação/marketing/promoções, seguido
da otimização do controle de produção/distribuição. A Região Nordeste se sobressai,
pois 25,2% dos entrevistados citam esta área como maior carência no que cerne a
necessidade de aprimoramento ou melhoramento de produtos e serviços nas
empresas.
Quando inquiridos acerca dos produtos e serviços da cadeia de calçados e
artefatos de couro adquiridos com fornecedores catarinenses,
calçados/carteiras/bolsas/cintos são o mix mais lembrado pelos entrevistados, com
93,3% da amostra. A tendência geral é observada nas três esferas da pesquisa, sendo
verificável que 94,1% dos entrevistados catarinenses já compraram
calçados/carteiras/bolsas/cintos de fornecedores do estado. Nos segmentos do estudo
o destaque é a compra de calçados/carteiras/bolsas/cintos de fornecedores
catarinenses.
341
Lista de Tabelas e Gráficos
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
ANEXOS
ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
QUESTIONÁRIO - NOVOS MERCADOS Bom dia/Boa Tarde! Meu nome é... Estou entrando em contato com sua
empresa, em nome do Sebrae/SC. Estamos realizando uma pesquisa para identificar o potencial de mercado para alguns segmentos produtivos do estado de Santa Catarina e queremos identificar a demanda por produtos e serviços da cadeia de CALÇADOS E ARTEFATOS DE COURO, assim como pontos a serem melhorados neste segmento, além de ter como objetivo geral, aproximar as empresas com interesses comuns e incentivar potenciais parcerias.
QUESTÕES FILTRO
1. Natureza do respondente:
1. Indústria
2. Comércio
3. Prestação de Serviços
4. Pessoa Física
5. Entidade Pública
2. A empresa trabalha com fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro?
1. Sim (CONTINUA)
2. Não (ENCERRAR QUESTIONÁRIO)
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE DA EMPRESA
3. Qual a principal atividade da sua empresa? (o que a empresa produz e/ou vende?) ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
5. Citar segmento da questão anterior: ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
342
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
6. E quais seriam os seus canais de vendas?
Múltipla resposta (até 6 alternativas)
1. Venda direta (a empresa vende ao cliente final)
2. Atacadista
3. Distribuidor
4. Varejista (lojas de terceiros)
5. Internet via site próprio
6. Internet via site de terceiros/portais/promocionais
7. Representante Comercial
8. Loja Própria
9. Sacoleiros
10. Outros:
7. Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:
Múltipla resposta (até 3 alternativas)
1. No município onde sua empresa está instalada
2. Na região metropolitana onde sua empresa se localiza
3. Em outras regiões do estado, quais?
4. Em outros Estados do Brasil, quais?
5. No exterior, quais países?
8. Descrição das regiões ou Estados, regiões do Brasil ou quais outros países indicados na questão
anterior, em caso de marcação das alternativas 3, 4, 5. ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
9. Quais os tipos de produtos da indústria de calçados e produtos em couro que a sua empresa
compra?
1. Curtimento e outras preparações de couro
2. Artigos para viagem e de artefatos diversos de couro
3. Fábrica de Calçados
4. Partes para calçados, de qualquer material
5. Outros:
10. E quais seriam os seus canais de COMPRAS?
Múltipla resposta (6 alternativas)
1. Venda direta (a empresa vende ao cliente final)
2. Atacadista
3. Distribuidor
4. Varejista (lojas de terceiros)
5. Internet via site próprio
6. Internet via site de terceiros/portais/promocionais
7. Representante comercial
8. Outros:
343
Lista de Tabelas e Gráficos
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
11. Com que frequência a sua empresa contrata fornecedores da indústria de calçados e artefatos
de couro? (considerar o principal fornecedor ou o mais frequente).
1. Mensal 2. Bimestral
3. Trimestral 4. Semestral
5. Anual 6. Esporadicamente
7. Outro período: 8. Nunca
Se respondeu "Nunca" pular para questão 15.
12. Quantos fornecedores da ind. de calçados e artefatos de couro a sua empresa possui? ______________________________________________________________________
13. No que se refere à sua satisfação em relação aos produtos de seus fornecedores da cadeia
calçados e produtos de couro que você contrata, você diria que está, em geral...
1. Muito insatisfeito 2. Insatisfeito
3. Satisfeito 4. Muito satisfeito
14. Em qual aspecto estes produtos ou serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro precisam
melhorar, na sua opinião? ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
15. Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de aprimoramentos? (De forma
geral, sem necessidade de estar relacionado a fornecedores de calçados e produtos de couro).
Múltipla resposta (até 3 alternativas)
1. Produção
2. Logística e distribuição
3. Financeiro
4. Vendas
5. Marketing
6. RH ou Gestão de Pessoas
7. Outros:
15. Aponte as necessidades de aprimoramentos de produtos e serviços da sua empresa. (Ex:
Produção - pessoal capacitado ou Sistema de controle da produção) ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
DEMANDAS DO PREC
17. Onde estão instalados os seus fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro?
1. No município onde sua empresa está instalada
2. Na região metropolitana onde sua empresa se localiza
3. Em outras regiões do estado, quais?
4. Em outros Estados do Brasil, quais?
5. No exterior, quais países?
344
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
18. Descrição das regiões ou Estados, regiões do Brasil ou quais outros países indicados na questão
anterior, em caso de marcação das alternativas 3, 4, ou 5. ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
19. Ainda com relação a seus fornecedores, qual seu gasto aproximado com a compra de
produtos/mat. prima calçados e artefatos de couro em 2012? ______________________________________________________________________
20. A sua empresa já teve contato (comprou) com fornecedores de calçados e artefatos de couro de
Santa Catarina?
1. Sim 2. Não
21. Se positivo (na questão anterior) cite quais produtos e serviços já comprou de fornecedores
Catarinenses. ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
22. A sua empresa teria interesse em trabalhar com fornecedores Catarinenses da ind. calçadista e
artefatos de couro?
1. Sim, com certeza
2. É provável que sim
3. Talvez sim / Talvez não
4. É provável que não
5. Não Com certeza
23. E qual seria esta necessidade de fornecedores da ind. calçadista e artefatos de couro?
Especifique o tipo de fornecedor. ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
DADOS DA EMPRESA
24. Nome fantasia: ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
25. Razão social ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
26. E qual o principal produto ou serviço da empresa? (Carro Chefe do negócio) ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
27. CNPJ: ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
28. Descrição CNAE (da principal atividade): ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
345
Lista de Tabelas e Gráficos
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
29. Contato (nome completo do respondente empresário) ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
30. Sexo do entrevistado:
1. Masculino 2. Feminino
31. Grau de escolaridade do entrevistado:
1. Sem escolaridade
2. Ensino Fundamental incompleto
3. Ensino Fundamental completo
4. Ensino Médio incompleto
5. Ensino Médio completo
6. Superior incompleto
7. Superior completo
8. Especialização
9. Mestrado
10. Doutorado
32. Data de nascimento do entrevistado:
___/___/______
33. Endereço completo da empresa: ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
34. Cidade: ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
35. Telefone da empresa ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
36. E-mail de contato do entrevistado ou da empresa: ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
37. Data de início das atividades:
___/___/______
38. Número de colaboradores
______________
346
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Calçados e Artefatos de Couro Santa Catarina
39. Porte/Classificação da empresa (ano de 2012):
1. Empreendedor Individual - até R$ 60.000,00
2. Microempresa - Até R$ 360.000,00
3. Pequeno Porte - R$ 360.000,01 até 3.600.000,00
4. Médio Porte - acima de R$ 3.600.000,00 a R$ 48.000.000,00
5. Grande Porte - acima de R$ 48.000.000,01
40. Categoria correspondente do PREC:
1. Produtos alimentícios e bebidas
2. Confecção do vestuário e acessórios
3. Calçados e artefatos de couro
4. Produtos de madeira
5. Prod. de borracha e de plástico
6. Construção civil
7. Eletrometalmecânico
8. Móveis
9. Tecnologia da informação e comunicação
10. Acessórios, Gemas, Joias e Cristais
11. Náutica
12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria
CAMPO DO ENTREVISTADOR
41. Nome do(a) entrevistador(a) responsável pela aplicação do diagnóstico:
__________________________________
42. Observação: ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
43. Resultado da entrevista:
1. Realizada com sucesso
2. Parcialmente realizada,
3. Interrompida pelo entrevistado
4. Não realizada
5. Outra situação (descrever):
44. Data e hora da entrevista:
___/___/______
347
Lista de Tabelas e Gráficos
Lista de Tabelas e Gráficos
LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO I – PANORAMA DO SETOR
Tabela 1 - Lista de CNAE do estudo setorial de Calçados e Artefatos de Couro _________________ 35 Tabela 2- Indicadores econômicos do Brasil e de Santa Catarina ____________________________ 40 Tabela 3 - Indicadores demográficos do Brasil e de Santa Catarina __________________________ 41 Tabela 4 - Número de empresas por região _____________________________________________ 46 Tabela 5 - Informações geoeconômicas da coordenadoria da Foz do Itajaí ____________________ 65 Tabela 6 - Informações geoeconômicas da coordenadoria do Sul ___________________________ 66 Tabela 7 - Comparativo das empresas entre os polos _____________________________________ 67 Tabela 8 - Comparativo de emprego entre os polos ______________________________________ 69 Tabela 9 - Comparativo dos salários por polo ___________________________________________ 70 Tabela 10 - Comparativo dos VAF por polo _____________________________________________ 71 Tabela 11 - Comparativo das exportações por polo ______________________________________ 72 Tabela 12 - Comparativo das importações por polo ______________________________________ 73
LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO II – VISÃO DOS ESPECIALISTAS
Tabela 1 - Lista de especialistas entrevistados na pesquisa1 _______________________________ 93
LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO III – VISÃO DO EMPRESÁRIO
Tabela 1 - Distribuição amostral da pesquisa1 _________________________________________ 124
LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO IV – PANORAMA DE NOVOS MERCADOS
Tabela 1 - CNAE de Comércio do Estudo1 _____________________________________________ 250 Tabela 2 - Número de empregos/empresas do comércio em 20122 ________________________ 252
LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO V – PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS
Tabela 1 – Proporção amostral aplicada na pesquisa de campo1 ___________________________ 273 Tabela 2 – Região de instalação das empresas entrevistadas2 _____________________________ 277
348
Lista de Tabelas e Gráficos
LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO I – PANORAMA DO SETOR
Gráfico 1 - Valor Bruto de Produção industrial nacional1 __________________________________ 44 Gráfico 2 - Receita Líquida de Vendas nacional2 _________________________________________ 45 Gráfico 3 - Número de empresas no território nacional3 __________________________________ 45 Gráfico 4 - Número de empregos do setor no Brasil4 _____________________________________ 46 Gráfico 5 - Importação nacional por período em dólares5 _________________________________ 51 Gráfico 6 - Importação nacional por período em peso líquido (kg)6 __________________________ 52 Gráfico 7 - Importação nacional por período em quantidade7 ______________________________ 52 Gráfico 8 - Exportação nacional por período em dólares8 _________________________________ 53 Gráfico 9 - Exportação nacional por período em peso líquido (kg)9 __________________________ 54 Gráfico 10 - Exportação nacional por período em quantidade10 ____________________________ 54 Gráfico 11 - Valor Bruto de Produção industrial catarinense11 _____________________________ 56 Gráfico 12 - Receita Líquida de Vendas catarinense12 ____________________________________ 56 Gráfico 13 - Número de empresas no território catarinense13 _____________________________ 57 Gráfico 14 - Número de empregos no setor14 __________________________________________ 57 Gráfico 15 - Importação catarinense por período em dólares15 ____________________________ 61 Gráfico 16 - Importação catarinense por período em peso líquido (kg)16 _____________________ 62 Gráfico 17 - Importação catarinense por período em quantidade17 _________________________ 62 Gráfico 18 - Exportação catarinense por período em dólares18 _____________________________ 63 Gráfico 19 - Exportação catarinense por período em peso líquido (kg)19 _____________________ 63 Gráfico 20 - Exportação catarinense por período em quantidade20 _________________________ 64 Gráfico 21 - Empresas no mercado catarinense21 _______________________________________ 67 Gráfico 22 - Quantidade de empregos no mercado de calçados e artigos de couro em SC22 ______ 69
LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO III – VISÃO DO EMPRESÁRIO
Gráfico 1 – Atividade principal ______________________________________________________ 126 Gráfico 1.1 – Atividade principal X Região-Polo _________________________________________ 127 Gráfico 2 – Região-polo de instalação das empresas _____________________________________ 128 Gráfico 2.1 – Município X Região-polo de instalação das empresas _________________________ 129 Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2013) ____________________________________ 130 Gráfico 3.1 – Idade das empresas X Região-Polo (referência de 2013) _______________________ 131 Gráfico 3.2 – Idade média das empresas X Região-Polo (referência de 2013) _________________ 132 Gráfico 4 – Número de colaboradores ________________________________________________ 133 Gráfico 4.1 – Número de colaboradores X Região-polo___________________________________ 134 Gráfico 4.2 – Número médio de colaboradores X Região-Polo _____________________________ 135 Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa____________________________________________ 135 Gráfico 5.1 – Porte/Classificação da empresa X Região-Polo ______________________________ 136 Gráfico 6 – Gênero dos respondentes ________________________________________________ 137 Gráfico 6.1 – Gênero dos respondentes X Região-Polo ___________________________________ 137 Gráfico 7 – Grau de escolaridade dos respondentes _____________________________________ 138 Gráfico 7.1 – Grau de escolaridade dos respondentes X Região-Polo ________________________ 139 Gráfico 8 – Mercados atendidos ____________________________________________________ 140 Gráfico 8.1 – Mercados atendidos X Região-Polo _______________________________________ 141 Gráfico 9 – Gênero dos clientes _____________________________________________________ 142 Gráfico 9.1 – Gênero dos clientes X Região-Polo ________________________________________ 143
349
Lista de Tabelas e Gráficos
Lista de Tabelas e Gráficos
Gráfico 10 – Faixa etária dos clientes _________________________________________________ 143 Gráfico 10.1 – Faixa etária dos clientes X Região-Polo ___________________________________ 144 Gráfico 11 – Classe social dos clientes ________________________________________________ 145 Gráfico 11.1 – Classe social dos clientes X Região-Polo ___________________________________ 145 Gráfico 12 – Principais razões de compra dos clientes finais_______________________________ 146 Gráfico 12.1 – Principais razões de compra X Região-Polo ________________________________ 147 Gráfico 13 – Principais influências na venda dos produtos da empresa ______________________ 148 Gráfico 13.1 – Principais influências na venda dos produtos da empresa X Região-Polo _________ 148 Gráfico 14 – Alterações sazonais de consumo __________________________________________ 149 Gráfico 14.1 – Alterações sazonais de consumo X Região-Polo _____________________________ 150 Gráfico 14.2 – Importância da alteração sazonal de consumo _____________________________ 150 Gráfico 14.3 – Importância da alteração sazonal de consumo X Região-Polo __________________ 151 Gráfico 15 – Meses de variação sazonal ______________________________________________ 152 Gráfico 15.1 – Meses de variação sazonal X Região-Polo _________________________________ 153 Gráfico 15.2 – Meses de variação sazonal X Importância da alteração sazonal de consumo ______ 154 Gráfico 16 – Prospecção dos clientes finais ____________________________________________ 155 Gráfico 16.1 – Prospecção dos clientes finais X Região-Polo _______________________________ 155 Gráfico 17 – Pesquisa de satisfação com clientes finais __________________________________ 156 Gráfico 17.1 – Pesquisa de satisfação com clientes finais X Região-Polo _____________________ 156 Gráfico 18 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais ___________________________ 157 Gráfico 18.1 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais X Região Polo ______________ 157 Gráfico 19 – Grau de satisfação dos clientes finais ______________________________________ 158 Gráfico 29.1 – Grau de satisfação dos clientes finais X Região-Polo _________________________ 159 Gráfico 20 – Frequência da pesquisa de satisfação ______________________________________ 160 Gráfico 20.1 – Frequência da pesquisa de satisfação X Região-Polo _________________________ 160 Gráfico 21 – Canais de venda _______________________________________________________ 161 Gráfico 21.1 – Canais de venda do cliente X Região-Polo _________________________________ 162 Gráfico 22 – Região de origem dos clientes finais _______________________________________ 163 Gráfico 22.1 – Região de origem dos clientes finais X Região-Polo __________________________ 164 Gráfico 22.2 – Descrição da região de origem dos clientes finais - Composto de 3 gráficos ______ 165 Gráfico 23 – Região de origem dos fornecedores _______________________________________ 166 Gráfico 23.1 – Região de origem dos fornecedores X Região-Polo __________________________ 167 Gráfico 23.2 – Descrição da região de origem dos fornecedores - Composto de 3 gráficos _______ 167 Gráfico 24 – Região de origem dos concorrentes _______________________________________ 169 Gráfico 24.1 – Região de origem dos concorrentes X Região-Polo __________________________ 170 Gráfico 24.2 – Descrição da região de origem dos concorrentes - Composto de 3 gráficos _______ 171 Gráfico 25 – Nível de concorrência do mercado ________________________________________ 172 Gráfico 25.1 – Nível de concorrência do mercado X Região-Polo ___________________________ 173 Gráfico 26 – Impressão sobre o mercado de atuação ____________________________________ 174 Gráfico 26.1 – Impressão sobre o mercado x Região-Polo ________________________________ 174 Gráfico 27 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas _____________________________ 175 Gráfico 27.1 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas X Região-Polo ________________ 176 Gráfico 28 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas __________________________ 177 Gráfico 28.1 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo _____________ 178 Gráfico 28.2 – Taxa média anual de crescimento em faturamento/vendas X Região-Polo _______ 179 Gráfico 29 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa ___________________ 179 Gráfico 29.1 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo ______ 180 Gráfico 29.2 – Taxa média anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo___________________________________________________________________________ 181 Gráfico 30 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa _______________________________ 181 Gráfico 30.1 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa X Região-Polo _________________ 182 Gráfico 31 – Motivos da estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa ________ 183
350
Lista de Tabelas e Gráficos
Gráfico 31.1 – Motivos de estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa X Região-Polo ____________________________________________________________________ 184 Gráfico 32 – Tipos de inovação desenvolvidos na empresa _______________________________ 185 Gráfico 32.1 – Tipos de inovação desenvolvidos na empresa X Região-Polo __________________ 185 Gráfico 33 – Impacto das inovações na empresa________________________________________ 186 Gráfico 33.1 – Impacto das inovações na empresa X Região-Polo __________________________ 187 Gráfico 34 – Problemas ou desafios enfrentados pela empresa ____________________________ 188 Gráfico 34.1 – Problemas ou desafios enfrentados pelo cliente X Região-Polo ________________ 189 Gráfico 35 – Ações de acesso a novos mercados na empresa ______________________________ 190 Gráfico 35.1 – Ações de acesso a novos mercados na empresa X Região-Polo _________________ 190 Gráfico 36 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados ___________ 191 Gráfico 36.1 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados X Região-Polo___________________________________________________________________________ 192 Gráfico 37 – Oportunidades de novos mercados ________________________________________ 193 Gráfico 37.1 – Oportunidades de novos mercados X Região-Polo __________________________ 194 Gráfico 38 – Expectativas estratégicas da empresa ______________________________________ 195 Gráfico 38.1 – Expectativas estratégicas da empresa X Região-Polo_________________________ 196 Gráfico 39 – Características do suprimento logístico _____________________________________ 197 Gráfico 39.1 – Características do suprimento logístico X Região-Polo _______________________ 198 Gráfico 40 – Natureza da compra de mercadorias das empresas ___________________________ 199 Gráfico 40.1 – Natureza da compra de mercadorias das empresas X Região-Polo ______________ 200 Gráfico 41 – Dificuldades com fornecedores locais ______________________________________ 201 Gráfico 41.1 – Dificuldades com fornecedores locais X Região-Polo _________________________ 202 Gráfico 42 – Poder de barganha da empresa X fornecedores ______________________________ 203 Gráfico 42.1 – Poder de barganha da empresa X fornecedores X Região-Polo _________________ 204 Gráfico 43 – Movimentação da produção na empresa ___________________________________ 205 Gráfico 43.1 – Movimentação da produção na empresa X Região-Polo ______________________ 206 Gráfico 44 – Canais de fornecedores da empresa _______________________________________ 207 Gráfico 44.1 – Canais de fornecedores da empresa X Região-Polo __________________________ 207 Gráfico 45 – Formas de negociação das compras _______________________________________ 208 Gráfico 45.1 – Formas de negociação das compras X Região-Polo __________________________ 209 Gráfico 46 – Quantidade de fornecedores _____________________________________________ 210 Gráfico 46.1 – Quantidade de fornecedores x Região-Polo ________________________________ 211 Gráfico 46.2 – Quantidade média de fornecedores x Região-Polo __________________________ 212 Gráfico 47 – Quantidade de clientes _________________________________________________ 213 Gráfico 47.1 – Quantidade de clientes X Região-Polo ____________________________________ 214 Gráfico 47.2 – Quantidade média de clientes X Região-Polo _______________________________ 215 Gráfico 48 – Meios de transporte utilizados na compra de matérias-primas __________________ 215 Gráfico 48.1 – Meios de transporte para compra de matérias-primas X Região-Polo ___________ 216 Gráfico 49 – Meios de transporte utilizados na venda de insumos e produtos ________________ 217 Gráfico 49.1 – Meios de transporte utilizados na venda de produtos X Região-Polo ____________ 217 Gráfico 50 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal ___________________ 218 Gráfico 50.1 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal X Região-Polo ______ 218 Gráfico 51 – Software integrado de logística ___________________________________________ 219 Gráfico 51.1 – Software integrado de logística X Região-Polo ______________________________ 220 Gráfico 52 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística _____________________________ 221 Gráfico 52.1 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística X Região-Polo ________________ 222 Gráfico 53 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa ________________ 223 Gráfico 53.1 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa X Região-Polo ___ 224 Gráfico 54 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos ________________________ 225 Gráfico 54.1 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos X Região-Polo ___________ 226
351
Lista de Tabelas e Gráficos
Lista de Tabelas e Gráficos
LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO IV – PANORAMA DE NOVOS MERCADOS
Gráfico 1 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias por regiões do Brasil em 2011 __________________________________________________________________________ 253 Gráfico 2 - Distribuição de Empresas por Regiões do Brasil 2012 ___________________________ 254 Gráfico 3 - Distribuição de Empresas de Atacado por Regiões do Brasil 2012 _________________ 255 Gráfico 4 - Distribuição de Empresas do Varejo por Regiões do Brasil 2012 ___________________ 255 Gráfico 5 - Evolução Histórica de Receita Bruta de Revenda de Mercadorias da Região Nordeste _ 256 Gráfico 6 - Histórico de crescimento do número de empresas por setor indicado na Região Nordeste _______________________________________________________________________ 257 Gráfico 7 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias do estado de Santa Catarina em 2011 ________________________________________________________________ 259 Gráfico 8 - Evolução Histórica de Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de Santa Catarina _______________________________________________________________________ 260 Gráfico 9 - Histórico de crescimento do número de empresas por setor indicado no estado de Santa Catarina __________________________________________________________________ 261 Gráfico 10 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de São Paulo em 2011 _______________________________________________________________________ 262 Gráfico 11 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de São Paulo __________________________________________________________________________ 263 Gráfico 12 - Histórico de crescimento do número de empresas por setor indicado no estado de São Paulo ______________________________________________________________________ 264
LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO V – PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS
Gráfico 1 – Estado de instalação da amostra1 __________________________________________ 276 Gráfico 2 – Atividade econômica principal2 ___________________________________________ 278 Gráfico 2.1 – Estado de instalação X Atividade econômica principal3 _______________________ 279 Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2014)4 ___________________________________ 279 Gráfico 3.1 – Estado de instalação X Idade das empresas (referência de 2014)5 _______________ 280 Gráfico 3.2 –Atividade Econômica X Idade das empresas (referência de 2014)6 _______________ 281 Gráfico 4 – Número de colaboradores7 _______________________________________________ 282 Gráfico 4.1 – Estado de instalação X Número de colaboradores8 ___________________________ 283 Gráfico 4.2 – Atividade Econômica X Número de colaboradores9 __________________________ 284 Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa10 _________________________________________ 285 Gráfico 5.1 – Estado de instalação X Porte/Classificação da empresa11 _____________________ 285 Gráfico 5.2 – Atividade Econômica X Porte/Classificação da empresa12 _____________________ 286 Gráfico 6 – Gênero dos entrevistados13 ______________________________________________ 287 Gráfico 6.1 – Estado de instalação X Gênero dos entrevistados14 __________________________ 287 Gráfico 6.2 – Atividade Econômica X Gênero dos entrevistados15 __________________________ 288 Gráfico 7 – Grau de escolaridade do entrevistado16 ____________________________________ 288 Gráfico 7.1 – Estado de instalação X Grau de escolaridade do entrevistado17 ________________ 289 Gráfico 7.2 – Atividade Econômica X Grau de escolaridade do entrevistado18 ________________ 290
352
Lista de Tabelas e Gráficos
Gráfico 8 – Mercados que a empresa atende19 ________________________________________ 291 Gráfico 8.1 – Estado de instalação X Mercados que a empresa atende20 ____________________ 291 Gráfico 8.2 – Atividade Econômica X Mercados que a empresa atende21 ____________________ 292 Gráfico 9 – Canais de vendas22 _____________________________________________________ 293 Gráfico 9.1 – Estado de instalação X Canais de vendas23 _________________________________ 293 Gráfico 9.2 – Atividade Econômica X Canais de vendas24 _________________________________ 294 Gráfico 10 – Origem dos principais clientes25 __________________________________________ 295 Gráfico 10.1 – Estado de instalação X Origem dos principais clientes26 ______________________ 295 Gráfico 10.2 – Atividade Econômica X Origem dos principais clientes27 _____________________ 296 Gráfico 11 – Produtos adquiridos da indútria calçadista28 ________________________________ 297 Gráfico 11.1 –Estado de instalação X Produtos adquiridos da indútria calçadista29 ____________ 297 Gráfico 11.2 – Atividade Econômica X Produtos adquiridos da indútria calçadista30 ___________ 298 Gráfico 12– Canais de compra31 ____________________________________________________ 299 Gráfico 12.1 – Estado de instalação X Canais de compra32 _______________________________ 299 Gráfico 12.2 – Atividade Econômica X Canais de compra33 _______________________________ 300 Gráfico 13 – Frequência de contratação de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro34 _____________________________________________________________________ 301 Gráfico 13.1 – Estado de instalação X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro35 __________________________________________________ 302 Gráfico 13.2 –Atividade Econômica X Frequência de contratação de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro36 __________________________________________________ 302 Gráfico 14 – Quantidade de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro37 ______ 303 Gráfico 14.1 – Estado de instalação X Quantidade de fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro38 _____________________________________________________________ 304 Gráfico 14.2 –Atividade Econômica X Quantidade de fornecedores de calçados e artefatos de couro39 _______________________________________________________________________ 305 Gráfico 15 – Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro40 _____________________________________________________________ 306 Gráfico 15.1 – Estado de instalação X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia decalçados e artefatos de couro41_____________________________________________ 306 Gráfico 15.2 –Atividade Econômica X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro42 ____________________________________________ 307 Gráfico 16 – Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de fornecedores43 ________________ 308 Gráfico 16.1 – Estado de instalação X Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de fornecedores44 _________________________________________________________________ 309 Gráfico 16.2 –Atividade Econômica X Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de fornecedores45 _________________________________________________________________ 309 Gráfico 17 – Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas46 _____________ 310 Gráfico 17.1 – Estado de instalação X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas47 __________________________________________________________________ 311 Gráfico 17.2 – Setor produtivo X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas48 __________________________________________________________________ 311 Gráfico 18 – Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas49 _______ 312 Gráfico 18.1 – Estado de instalação X Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas50 __________________________________________________________ 313 Gráfico 18.2 – Atividade Econômica X Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas51 __________________________________________________________ 314 Gráfico 19 – Região de instalação dos fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro52 _______________________________________________________________________ 315 Gráfico 19.1 – Estado de instalação X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro53 ____________________________________________________ 315
353
Lista de Tabelas e Gráficos
Lista de Tabelas e Gráficos
Gráfico 19.2 – Atividade Econômica X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de calçados e artefatos de couro54 ____________________________________________________ 316 Gráfico 20 – Investimentos em produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de couro no ano de 201255 __________________________________________________________________ 317 Gráfico 20.1 – Estado de instalação X Investimentos em produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de couro no ano de 201256 ________________________________________________ 318 Gráfico 20.2 – Setor produtivo X Investimentos em produtos/matéria-prima de calçados e artefatos de couro no ano de 201357 ________________________________________________ 319 Gráfico 21 – Contato com fornecedores de Santa Catarina58 _____________________________ 320 Gráfico 21.1 – Estado de instalação X Contato com fornecedores de Santa Catarina59 _________ 320 Gráfico 21.2 – Atividade Econômica X Contato com fornecedores de Santa Catarina60 _________ 321 Gráfico 22 – Produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro adquiridos com fornecedores catarinenses61 _______________________________________________________ 322 Gráfico 22.1 – Estado de instalação X Produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro adquiridos com fornecedores catarinenses62 _____________________________________ 322 Gráfico 22.2 – Atividade econômica X Produtos e serviços da cadeia de calçados e artefatos de couro adquiridos com fornecedores catarinenses63 _____________________________________ 323 Gráfico 23 – Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria calçadista e artefatos de couro64 ___________________________________________________ 324 Gráfico 23.1 – Estado de instalação X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria calçadista e artefatos de couro65_______________________________ 325 Gráfico 23.2 – Atividade Econômica X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de calçados e artefatos de couro66 _____________________________ 325 Gráfico 24 – Tipos de Fornecedores demandados67 _____________________________________ 326 Gráfico 24.1 – Estado de instalação X Tipos de fornecedores demandados68 _________________ 327 Gráfico 24.2 – Atividade Econômica X Tipos de fornecedores demandados69 ________________ 328 Gráfico 25 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeia calçadista e artefatos de couro70 ________________________________ 329 Gráfico 25.1 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeiacalçadista e artefatos de couro: Amostra de Santa Catarina71 __________ 329 Gráfico 25.2 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeiacalçadista e artefatos de couro: Amostra de São Paulo72 ______________ 330 Gráfico 25.3 – Grupo de atividade econômica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da cadeiacalçadista e artefatos de couro: Amostra da Região Nordeste73 ________ 331 Gráfico 26 – Interesse por produtos e serviços da cadeia calçadista e artefatos de couro X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro74 _____________________________________________________________________ 332 Gráfico 26.1 – Interesse por produtos e serviços da cadeia calçadista e artefatos de couro X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro: amostra de Santa Catarina75 _________________________________________________ 333 Gráfico 26.2 – Interesse por produtos e serviços da cadeia calçadista e artefatos de couro X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro: amostra de São Paulo76 _____________________________________________________ 334 Gráfico 26.3 – Interesse por produtos e serviços da cadeia calçadista e artefatos de couro X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de calçados e artefatos de couro: amostra da Região Nordeste77 _______________________________________________ 335
354
Lista de Tabelas e Gráficos
Recommended