Exercício, Sistema Cardiovascular e Estresse Oxidativo

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Benefícios do Exercício para o sistema cardiovascular. Estresse oxidativo. radicais livres.

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Papel do Exercício na Prevenção e Controle

das Doenças Cardiovasculares

Adriana Barni Truccolo M.s

Epidemiologia no MundoEpidemiologia no Mundo

As Doenças Cardiovasculares são a primeira causa de morte nos países desenvolvidos (36% - 2004 – USA)

A taxa de mortalidade por DCV aumentou entre 1900 e 1968.

http://www.nhlbi.nih.gov

Transição Epidemiológica das DCV no Transição Epidemiológica das DCV no MundoMundo

A partir de 1968

começou a haver um

Declínio nas mortes por

DCV;

Em 2005 a taxa de morte

por DCV declinou para

valores próximos a 1920;

Melhora “gradual” da condição econômica;

Doença detectada mais cedo;

Desenvolvimento de medicamentos eficazes;

Pessoas mais informadas.

Transição Epidemiológica da DCV Transição Epidemiológica da DCV no Brasilno Brasil

Entre 1980 e 2003 houve redução ou estabilidade nas taxas de mortalidade por doenças isquêmicas do coração; tanto em homens quanto em mulheres.

Aumento gradual desses óbitos em países em desenvolvimento nas próximas décadas

16.7 milhões em 2002 para 23.3 milhões em 2030

alerta para o profundo impacto nas classes menos

favorecidas e para a necessidade de intervenções eficazes, de baixo custo e caráter preventivo.

Segundo estudo coordenado por Beverly Balkau, cerca de 40% dos homens e 30% das mulheres, no mundo, estão acima do peso, sendo que o percentual de obesos gira em torno de 24% dos homens e 27% das mulheres.

Este foi o maior levantamento já realizado sobre obesidade. Foram entrevistadas 168.159 pessoas - 69.409 homens e 98.750 mulheres -, entre 18 e 80 anos, de 63 países, em cinco continentes.

http://circ.ahajournals.org/cgi/content/full/116/17/1942Ano: 2007

FATO

FATOFATO

Em comparação ao indivíduo fisicamente ativo, o sedentário tem 40% mais probabilidade de sofrer um infarto.

Nabil Ghorayeb, presidente do grupo de estudos do esporte da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

http://crismodesto.wordpress.com/2007/09/

PesquisasPesquisas

2005

200022

200132

Objetivo do Estudo de Framingham foi

identificar os fatores ou características comuns

que contribuíam para as DCV acompanhando o

seu desenvolvimento de forma longitudinal em

um grande número de participantes.

1948..

http://www.framinghamheartstudy.org/about/history.html

Sedentarismo: Um fator de risco Sedentarismo: Um fator de risco modificável.modificável.

Como o Exercício ou Atividade Física Como o Exercício ou Atividade Física contribuem para melhora ou controle de contribuem para melhora ou controle de

DCV? DCV?

Variáveis que influenciam no Variáveis que influenciam no Desempenho CardíacoDesempenho Cardíaco

Débito Cardíaco

Volume de Ejeção

Frequência Cardíaca

PA

VO2máx

Diferença Artério Venosa de O2

Resistência Periférica Total (Pós-Carga)

Débito Cardíaco no Débito Cardíaco no ExercícioExercício

Sedentário

20 a 22 L/min

Treinado

30 a 40 L/min

Cardiopata Alteração discreta

DC máx reflete a capacidade do coração em atender as

demandas do exercício. ( DC = FC x VE)

O Aumento do DCmáx é dependente de um grande VEmáx

Volume máximo de sangue ejetado do ventrículo esquerdo para a artéria aorta por batimento cardíaco.

VS varia de acordo com a posição corporal assumida

(VS supino > VS em pé)

destreinados: 70 – 90ml/bat VShomens treinados: 100 – 120ml/bat

VSmulheres

Volume Sistólico de Ejeção Volume Sistólico de Ejeção MáximoMáximo

destreinadas: 50 – 70ml/bat

treinadas: 70 – 90ml/bat

Volume Sistólico de Ejeção Volume Sistólico de Ejeção MáximoMáximo

Volume de Ejeção

VDF (pré-carga)

Volume Plasmático

Volume Ventricular

Contratilidade Cardíaca

↓ResistênciaPeriférica

Total (pós-carga)

Liberação de Catecolaminas

Liberação deLiberação de ON ON

DilataçãoDilataçãoVasos Vasos

sangüíneossangüíneos

Retorno VenosoCardiopataCardiopata

Aumento discretoAumento discreto

Óxido NítricoÓxido Nítrico

O NO é um potente vasodilatador e assim seu papel no controle da PA é extremamente relevante.

o treinamento físico moderado aumenta o relaxamento da musculatura lisa vascular e não vascular

e esse maior relaxamento seria devido à maior produção de NO pelas células endoteliais em resposta ao exercício físico.

Além disso, observou-se que o shear stress induzido pelo exercício físico aumenta a expressão da NOS endotelial (eNOS – óxido nítrico sintetase)

Óxido NítricoÓxido Nítrico

Aumento da Dif(a-v)OAumento da Dif(a-v)O22

Maior Capilarização

Maior Fluxo Sanguíneo muscular

Maior número de mitocôndrias

Maior número de enzimas mitocondriais

Menor Atividade Simpática sobre músculoesquelético

Diminuição da Pós-Carga - RPTDiminuição da Pós-Carga - RPT

↓RPT durante o exercício↓

Devido à liberação de Óxido nítrico↓

Dilatam as arteríolas↓

Ofertando mais sangue aos músculos

↓RPT após Treinamento↓

↓Atividade Simpática Vasoconstritora↓

Liberação de Adrenalina

Sobre as arteríolas dos músculos treinados

Diminuição da Pós-CargaDiminuição da Pós-Carga

Redução da FC repousoRedução da FC repouso

Bradicardia (FC<60bpm)↓

Liberação de Acetilcolina (ACh)↓

ACh retarda o ritmo do Nó-Sinusal

Freqüência CardíacaFreqüência Cardíaca

Pressão ArterialPressão Arterial

PA sistólica

Cai abaixo dos níveisPré-exercício

Resposta Hipotensa

Pode durar até 12

horas

Resposta Hipotensa

Sangue estagnadonos órgãos viscerais

e membros inferiores

Aumento do fluxo

Sangüíneo cutâneo

Pressão Arterial Pressão Arterial

Redução das catecolaminas séricas

Redução da RPT.

Auxiliar na Redução do sobrepeso e da adiposidadeintra-abdominal

HDL2

HDLRedução

DeCoronariopatia

Concentração de TriglicerídeosConcentração de LDL, qdo associados à perda de peso e restrição energética

Exercício Físico na Prevenção Exercício Físico na Prevenção e Controle de DCVe Controle de DCV

Dislipidemia

Tratamento Tratamento DM2DM2

Dieta, Exercício, Hipoglicemiante.

DM2 - Exercício AeróbioDM2 - Exercício Aeróbio

Frequência

Mínimo: 3 dias intercaladosIdeal: todos os dias

Atividades realizadas esporadicamente promovem descompensações glicêmicas,

aumentando o risco de hipo ou hiperglicemias, DTI*.

Aumento da captação da glicose pelo músculo: glicotransportadores ficam mais sensíveis (GLUT4) :

Somente de 2 a 3 dias 2 a 3 dias .

DM2 – Exercício DM2 – Exercício AeróbioAeróbioDuraçãoDuração

30 a 60 min/diaOu

150min/semana

Menos de 20min não promove nenhum benefício.

Exercício realizado no fim da tarde predispõe a Hipoglicemia durante a noite.

DM2 – EXERCÍCIO FÍSICODM2 – EXERCÍCIO FÍSICO

IntensidadeIntensidade

50 a 85% da FC máx50 a 85% da FC máx

•Abaixo de 50% não traz benefícios ao diabético•Abaixo de 50% não traz benefícios ao diabético

•Acima de 85% predispoem a um mau controle da glicemia•Acima de 85% predispoem a um mau controle da glicemia

Musculação

DM2 –EXERCÍCIO FÍSICO DM2 –EXERCÍCIO FÍSICO AnaeróbioAnaeróbio

Cuidado com Hipertrofia: consumo de muita glicose, rigoroso acompanhamento glicêmico.

Favorece o aumentoda pressão intraocularFavorece o aumento

da pressão intraocular

Cuidados antes de iniciar o Cuidados antes de iniciar o exercícioexercício

Não exercitar no horário do pico de insulina;

Fazer Injeção em Local que não será exercitado;

Não realizar o exercício antes do desjejum.

Aumento da ação da insulina redução da insulina ou hipoglicemiante pré-exercício p/

evitar hipoglicemia induzida pelo exercício;

Radicais Livres (RL) e ExercícioRadicais Livres (RL) e Exercício

As moléculas orgânicas e inorgânicas e os átomos que contém um ou mais elétrons não pareados, com existência independente, podem ser classificados como RL.

Essa configuração faz dos RL moléculas altamente instáveis, com meia vida curtíssima e quimicamente muito reativas.

Alguns exemplos de espécies de RL são: radical superóxido (O2-), radical hidroxila (OH- ), óxido nítrico (NO-), e o radical semiquinona (Q).

Os radicais livres podem ser gerados no citoplasma, nas mitocôndrias e na membrana celular

Fisher-Wellman and Bloomer J. Dynamic Medicine, 2009

Estresse Oxidativo (EO) e ExercícioEstresse Oxidativo (EO) e Exercício

O estresse oxidativo ocorre quando, dentro do organismo, é produzida uma quantidade muito grande de radicais livres em relação à quantidade de compostos antioxidantes, fazendo com que o próprio corpo não consiga eliminar esses radicais de maneira eficiente.

Esse fenômeno ocorre devido a alguns fatores, e um deles é o exercício físico intenso.

Em condições normais...Em condições normais...

Para se proteger contra os radicais livres, o corpo produz substâncias antioxidantes.

Estas substâncias são de três tipos:

antioxidantes de prevenção: são usados para que não haja uma formação de radicais livres;

varredores impedem que os radicais livres já formados consigam reagir com os compostos corporais;

de reparo: para reparar os danos causados pelos radicais livres que já reagiram com as membranas celulares, com o DNA ou com proteínas do corpo.

Exaustão x ExercícioExaustão x Exercício

Alguns estudos mostram que uma maior produção de radicais livres no organismo, quando se pratica exercícios físicos, está mais relacionada ao estado de exaustão que a pessoa adquire ao praticar este exercício do ao próprio exercício realizado.

Sedentarismo e Sedentarismo e SupertreinamentoSupertreinamento

Não importa se a pessoa está caminhando ou correndo, o que importa para que haja uma maior produção de radicais livres é se ela está muito cansada ao praticar este ou aquele exercício.

Algo importante a ser lembrado é que o estado de exaustão está relacionado ao costume de se praticar exercícios físicos.

Quanto mais uma pessoa praticar exercícios físicos, mais adaptado o corpo dela vai ficar e menor será a quantidade de radicais formados durante este exercício.

Treino em excesso

supertreinamento

Sedentarismo

Prática esporádica

LESÕESOXIDATIVAS

Prática regular de exercícioPrática regular de exercícioSem solicitações excessivasSem solicitações excessivas

Alimentação balanceadaAlimentação balanceada

Ativação da defesaAtivação da defesa anti-oxidanteanti-oxidante

SaúdeSaúdeJuventudeJuventude

Chave do sucesso..... Equilíbrio

Papel do Exercício na Prevenção e Controle

das Doenças Cardiovasculares

Adriana Barni Truccolo M.s

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