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Expectorantes, Mucolíticos e Antitussígenos
Prof. Francisco C. de Sousa JúniorDepartamento de Biofísica e Farmacologia - UFRN
Mucosa respiratória: recoberta por fluido
95% H2O2% glicoproteínas (mucinas)1% eletrólitos1% outras proteínas e proteoglicanos
AquecimentoUmidificaçãoCaptura e remoção
• H2O destilada, solução salina fisiológica (0.9%) ou hipertônica (3%) ajudam a
reduzir viscosidade e aumentar transporte mucociliar.
Distúrbios associados à obstrução do fluxo aéreoDistúrbios associados à obstrução do fluxo aéreo
Expectorantes x mucolíticos = mucoativos
Mucolíticos
• Agentes que reduzem a viscosidade das secreções, contribuindo
para sua remoção;
• Os mais usados são: Acetilcisteína, ambroxol, bomexina.
Expectorantes• Agentes que estimulam os mecanismos de expulsão das
secreções;
• Não devem ser utilizados em conjunto com antitussígenos;
• Apesar da sua ampla aceitação pela população leiga, seu benefício clínico não está claramente estabelecido e sua utilidade é questionada;
• Ex. Iodeto de potássio, Guaifenesina.
Classificação dos fármacos mucoativos:Classificação dos fármacos mucoativos:
1. Indutores de secreção reflexa: ☼ Iodeto de potássio
☼ Guaifenesina☼ Ipecacuanha
2. Modificadores das características físico-químicas das secreções: ☼ Acetilcisteína ☼ Sobrerol 3. Estimuladores da atividade secretora das glândulas mucosas: ☼ Bromexina ☼ Ambroxol
IODETO DE POTÁSSIO
• Muito popular apesar da ausência de estudos controlados comprovando a sua utilidade;
• Ação: nas terminações nervosas parassimpáticas do estômago, produzindo ↑ reflexo das secreções salivar, nasal, lacrimal e traqueobrônquica;
• In vitro: ação mucolítica direta com potenciação das proteases e estimulação da atividade ciliar;
IODETO DE POTÁSSIO
• Efeitos adversos: náuseas, vômitos, anorexia, gosto metálico, erupções cutâneas, podem suprimir função tireoidiana por tempo não previsível;
• Apresentações: xarope (via oral) na dose de 300 mg a cada 4-6 horas.
GUAIFENESINA
• Irritante gástrico com ação direta nas terminações parassimpáticas;
• Após absorção: captado pelas glândulas brônquicas e liberado no
muco (ação por 4-6 h);
• No plasma causa ↓ adesão plaquetária (evitar uso em pacientes
com doença ulcerativa e ditúrbios da coagulação);
GUAIFENESINA
• Reações adversas: náuseas, vômito, anorexia, broncoespasmo
através do reflexo vagal (cuidados com pacientes asmáticos ou com
bronquite crônica);
• Apresentação: xarope (via oral) na dose de 20 a 40 mg a cada 4-6
horas.
ACETILCISTEÍNA
• Derivado N-acetil da cisteína com um grupamento sulfidrila livre que
interage com pontes de dissulfeto das mucoproteínas;
• Absorvido pela mucosa respiratória sem efeitos prejudiciais (sofre
desacetilação no fígado) e reações adversas observadas somente
em ↑ concentrações;
• Efeitos adversos: Sensação de queimação traqueal, náuseas e
anorexia, tosse, rouquidão (após nebulização);
ACETILCISTEÍNA
• Casos especiais: broncorréia abundante em pacientes incapazes de
tossir de maneira eficaz;
• Pacientes com hiper-responsividade brônquica podem apresentar
broncoespasmo (uso de broncodilatador);
• Apresentação: nebulização (2 a 5 ml, a cada 2-6 horas) ou via
oral/venosa (dose de até 600 mg/dia).
BROMEXINA
• Derivado sintético da molécula benzila-vasicina (alcalóide derivado
de uma planta asiática – Adhatoda vasica);
• Parece atuar sobre as glândulas brônquicas e células de Clara
(liberação de enzimas lisossomais das células secretoras de muco)
digerindo fibras mucopolissacarídicas;
• Facilita expectoração sem alterar parâmetros de função pulmonar;
• Efeitos adversos: raros desconfortos gástricos ou náuseas;
• Apresentação: via oral- xapore (16 mg a cada 6 horas).
Tosse
• Reflexo protetor que permite ao indivíduo expelir corpos estranhos da árvore traqueobrônquica;
• Em algumas condições patológicas, a tosse aumenta em freqüência e intensidade, tornando inconveniente;
• Embora seja um sintoma incômodo, não se recomenda suprimi-la, pois a tosse é um reflexo respiratório protetor;
Origem da tosse:• Asma;• Pneumonia;• Fármacos; • Bronquite crônica;• Neoplasia;
• Infecções respiratórias altas;• Refluxo gastro-esofágico;• Corpos estranhos;
Quando a causa é conhecida, o tratamento deve ser etiológico.
O uso de antitussígenos SÓ está indicado em casos excepcionais, em que a tosse é muito incômoda e não há prejuízo em sedá-la.
CODEÍNA• Codeína = 3 metil-éter da morfina;• Eleva o limiar do centro da tosse. • Analgésico e sedativo (fraco);• Dose: 5- 20 mg VO ou SC até 3/3 h; Dose analgésica: 30 mg ou
mais;• Efeitos adversos: sedação, sonolência, náuseas e vômitos,
tonturas, constipação, boca seca e pode aumentar a viscosidade das secreções respiratórias;
• Dependência (incomum).
DEXTROMETAFANO
• Antitussígeno não narcótico, sem efeito analgésico ou sedativo;
• Eleva o limiar central para o reflexo da tosse;
• Não induz dependência;
• Metabolizado pelo fígado, devendo ser evitado em hepatopatas;
• Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, diarréia. Em doses elevadas:
euforia, torpor (adultos), incoordenação da marcha (crianças);
• Dose usual: 15-30 mg, 3-4 vezes/dia.
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