Faculdade Dom Pedro II Sistema de Informação Direito e Informática Porfa. Fabíola Coelho PL...

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Faculdade Dom Pedro IIFaculdade Dom Pedro II

Sistema de InformaçãoSistema de Informação

Direito e InformáticaDireito e Informática

Porfa. Fabíola CoelhoPorfa. Fabíola Coelho

PL 3301/2004: Dispõe sobre normas de acesso à PL 3301/2004: Dispõe sobre normas de acesso à InternetInternet

Responsabilidade Civil e CriminalResponsabilidade Civil e Criminal

2011.12011.1

PL 3301/2004: Dispõe sobre normas de acesso à PL 3301/2004: Dispõe sobre normas de acesso à InternetInternet

Definição de Definição de responsabilidade responsabilidade dos PROVEDORES do dos PROVEDORES do serviço de acesso à rede serviço de acesso à rede ee dos USUÁRIOS; dos USUÁRIOS;

Determinação de regras para Determinação de regras para registro do acessoregistro do acesso de de usuários à Internet. ;usuários à Internet. ;

Imposição de observância de procedimentos relativos à Imposição de observância de procedimentos relativos à política de segurançapolítica de segurança, que deverão ser previstos no , que deverão ser previstos no contrato firmado entre o usuário do serviço e o provedorcontrato firmado entre o usuário do serviço e o provedor

Determinação de instalação dispositivos de Determinação de instalação dispositivos de segurança que bloqueiem o acesso dos seus segurança que bloqueiem o acesso dos seus usuários aos sítios que constarem no cadastro do usuários aos sítios que constarem no cadastro do CGIbr, referente a conteúdos que atentem contra CGIbr, referente a conteúdos que atentem contra a ordem legal vigente;a ordem legal vigente;

Manutenção de cadastro de usuários e registro Manutenção de cadastro de usuários e registro dos acessos;dos acessos;

Os estabelecimentos públicos que oferecerem Os estabelecimentos públicos que oferecerem acesso aos recursos da Internet à população em acesso aos recursos da Internet à população em geral, deverão exigir previamente do usuário as geral, deverão exigir previamente do usuário as seguintes informações, devidamente seguintes informações, devidamente comprovadas: comprovadas:

I- nome; I- nome; II - endereço com CEP; e II - endereço com CEP; e III - número de CPF. III - número de CPF.

Determinação de dispositivos de segurança que Determinação de dispositivos de segurança que permitam restrição de acesso, parapermitam restrição de acesso, parasítios da Internet que contenham conteúdos sítios da Internet que contenham conteúdos impróprios ou inadequados para crianças e impróprios ou inadequados para crianças e adolescentes;adolescentes;

Manutenção de cadastro de informações Manutenção de cadastro de informações relativas a cada usuário pararelativas a cada usuário parasítios da Internet que contenham conteúdos sítios da Internet que contenham conteúdos impróprios ou inadequados para crianças e impróprios ou inadequados para crianças e adolescentes adolescentes

RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADEResponsabilidade CivilResponsabilidade Civil

A Responsabilidade Civil enseja em A Responsabilidade Civil enseja em reparaçãoreparação patrimonialpatrimonial..

Art. 994, CC Art. 994, CC “A indenização mede-se pela extensão do “A indenização mede-se pela extensão do dano”.dano”.

Prisma constitucionalizado da Responsabilidade Civil: Prisma constitucionalizado da Responsabilidade Civil: devida reparação do dano devida reparação do dano

ampliação da responsabilidade ampliação da responsabilidade objetivaobjetiva..

Responsabilidade: Objetiva x SubjetivaResponsabilidade: Objetiva x Subjetiva

Diferença: elemento subjetivo = Diferença: elemento subjetivo = culpaculpa

Linha Evolutiva: Linha Evolutiva:

1.1. Nasce subjetiva: exigência de prova da culpa Nasce subjetiva: exigência de prova da culpa pela vítima;pela vítima;

2.2. Culpa presumida: percepção da dificuldade da Culpa presumida: percepção da dificuldade da comprovação da culpa;comprovação da culpa;

3.3. Responsabilidade Objetiva: teoria do riscoResponsabilidade Objetiva: teoria do risco

Responsabilidade SubjetivaResponsabilidade Subjetiva: Regra Geral : Regra Geral (residual) (residual)

Art. 186, CC Art. 186, CC “Aquele que, por ação ou omissão “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”moral, comete ato ilícito”..

Art. 187, CC Art. 187, CC “Também comete ato ilícito o titular de um “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé, ou pelos bons costumes”boa-fé, ou pelos bons costumes”..

Art. 997, CC Art. 997, CC “Aquele que por ato ilícito (arts. 186 e 187), “Aquele que por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo” ..

Art. 389 Art. 389 “Não cumprida a obrigação, responde o “Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundos índices oficiais atualização monetária segundos índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de regularmente estabelecidos, e honorários de advogado”advogado”..

A Responsabilidade Subjetiva pode ser:A Responsabilidade Subjetiva pode ser: 1. Contratual: dispensa a prova da culpa. 1. Contratual: dispensa a prova da culpa. 2. Extracontratual: exige a prova da culpa pela 2. Extracontratual: exige a prova da culpa pela

vítima.vítima.

Responsabilidade Objetiva: Responsabilidade Objetiva:

1. prevista na lei ou no contrato;1. prevista na lei ou no contrato;2. Responsabilidade objetiva judicial:2. Responsabilidade objetiva judicial:

Requisitos: Requisitos: 1. Atividade habitual, 1. Atividade habitual, e 2. Atividade de risco2. Atividade de risco

(art. 927, PU, CC): (art. 927, PU, CC): “ Haverá obrigação de reparar o “ Haverá obrigação de reparar o dano , dano , independente de culpaindependente de culpa, nos casos , nos casos especificados em lei, ou quando a atividade especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”outrem”..

O CC/02 consagrou as duas formas de O CC/02 consagrou as duas formas de responsabilidade: subjetiva e objetivaresponsabilidade: subjetiva e objetiva

Conceito:Conceito: “É o dever que toca a alguém de “É o dever que toca a alguém de reparar o dano causado a reparar o dano causado a

outrem”.outrem”. (Cristiano Chaves)(Cristiano Chaves)

“ “[..] é o conjunto de providências [..] é o conjunto de providências tendentes a tendentes a evitarevitar a ocorrência do dano a ocorrência do dano ou ou repará-lorepará-lo, danos , danos morais e/ou materiaismorais e/ou materiais causados causados por por conduta própriaconduta própria, , fato de terceirofato de terceiro ou ou fato da fato da coisacoisa”. (Maria Helena Diniz)”. (Maria Helena Diniz)

Pressupostos da Responsabilidade Civil:Pressupostos da Responsabilidade Civil:

1.1. CondutaConduta: : comportamento humano voluntário comportamento humano voluntário comissivo ou omissivo.comissivo ou omissivo.

a) por fato próprio: pode ser comissiva ou omissiva;a) por fato próprio: pode ser comissiva ou omissiva;

b) por fato de terceiro:b) por fato de terceiro: sempre dirá sempre dirá

respeito respeito à conduta à conduta omissiva: omissiva: falta do falta do dever de dever de

cuidado. Objetiva.cuidado. Objetiva. c) por fato da coisa:: c) por fato da coisa::

2. 2. DanoDano: prejuízo = perda ou diminuição do bem jurídico.: prejuízo = perda ou diminuição do bem jurídico.

a) bem jurídico patrimonial = dano patrimonial:a) bem jurídico patrimonial = dano patrimonial:

- dano emergente: perda do que já pertence - dano emergente: perda do que já pertence ao patrimônio. ao patrimônio.

- lucro cessante: perda do que ingressaria no - lucro cessante: perda do que ingressaria no patrimônio. patrimônio.

b) bem jurídico extrapatrimonial: dano moral.b) bem jurídico extrapatrimonial: dano moral.

3. 3. Nexo de causalidadeNexo de causalidade

Responsabilidade Civil x PenalResponsabilidade Civil x Penal

Distinção: pressupostos e consequências.Distinção: pressupostos e consequências.

Responsabilidade Penal: Responsabilidade Penal:

- mais restrita. Exige a presença do - mais restrita. Exige a presença do elemento subjetivo;elemento subjetivo;

- refere-se à tutela dos bens mais relevantes- refere-se à tutela dos bens mais relevantes

Regra geral: independência das jurisdições.Regra geral: independência das jurisdições.

Responsabilidade CriminalResponsabilidade Criminal

- noções, segundo a teoria finalista-- noções, segundo a teoria finalista-

“ “O desenvolvimento do Estado está O desenvolvimento do Estado está intimamente ligado ao da pena. [...] a uma intimamente ligado ao da pena. [...] a uma concepção de Estado corresponde uma de pena concepção de Estado corresponde uma de pena e a esta uma culpabilidade”. e a esta uma culpabilidade”.

Cezar Roberto BitencourtCezar Roberto Bitencourt

1. O que é crime?1. O que é crime?

Fato típicoFato típico AntijurídicoAntijurídico CulpávelCulpável

2. CULPABILIDADE2. CULPABILIDADE

Reprovabilidade da configuração da vontade.Reprovabilidade da configuração da vontade.

É reprovação dirigida ao auto.É reprovação dirigida ao auto.

2.2 A culpabilidade requer: conduta 2.2 A culpabilidade requer: conduta volitivavolitiva

2.3 Elementos da Culpabilidade:2.3 Elementos da Culpabilidade:

a) imputabilidade;a) imputabilidade;

b) possibilidade de conhecimento da ilicitude b) possibilidade de conhecimento da ilicitude do fato;do fato;

c) exigibilidade de obediência ao Direitoc) exigibilidade de obediência ao Direito

a)a) Imputabilidade:Imputabilidade:

- Deixou de ser pressuposto prévio da - Deixou de ser pressuposto prévio da culpabilidade para tornar-se elemento central culpabilidade para tornar-se elemento central da reprovabilidade.da reprovabilidade.

“ “O conteúdo da culpabilidade tem como base a O conteúdo da culpabilidade tem como base a capacidade de livre autodeterminação, [...] ou capacidade de livre autodeterminação, [...] ou a faculdade de atuar de modo distinto de como a faculdade de atuar de modo distinto de como atuou”.atuou”.

b) Possibilidade de conhecimento da ilicitude do b) Possibilidade de conhecimento da ilicitude do fato:fato:

- hipótese de erro de proibição invencível.- hipótese de erro de proibição invencível. - na hipótese de erro de proibição vencível: - na hipótese de erro de proibição vencível:

atenuação da culpabilidade.atenuação da culpabilidade.

“ “Do mesmo modo que na imputabilidade Do mesmo modo que na imputabilidade pergunta-se se o sujeito poderia atuar de outro pergunta-se se o sujeito poderia atuar de outro modo. Neste ponto, se comprova se podia modo. Neste ponto, se comprova se podia conhecer a proibição de fato, enquanto condição conhecer a proibição de fato, enquanto condição de poder adequar a conduta à norma”.de poder adequar a conduta à norma”.

c) Exigibilidade de Obediência ao Direito:c) Exigibilidade de Obediência ao Direito:

- refere-se à possibilidade concreta que tem o - refere-se à possibilidade concreta que tem o autor de determinar-se em conformidade com o autor de determinar-se em conformidade com o sistema jurídico.sistema jurídico.

Princípios Limitadores do Poder de Punir do Princípios Limitadores do Poder de Punir do Estado:Estado:

1.1. Legalidade: “não há crime sem lei anterior que Legalidade: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação o defina, nem pena sem prévia cominação legal”;legal”;

2.2. Intervenção mínima: Intervenção mínima: ultima ratioultima ratio

“ “É indispensável refletir sobre as normas legais É indispensável refletir sobre as normas legais à luz do desenvolvimento da informática . Nesse à luz do desenvolvimento da informática . Nesse ponto, adiante-se a mobilização de países a ponto, adiante-se a mobilização de países a promoverem questões novas ou aparentemente promoverem questões novas ou aparentemente inovadoras”. Alexandre Jean Daouninovadoras”. Alexandre Jean Daoun

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