FANOR - MBA Internacional em Finanças … Definição de risco • No contexto dos negócios e das...

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Gestão de Carteiras de Investimentos

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FANOR - MBA Internacional em FinançasProfessor: Neto Feitosa, Ms.

22 Objetivos Iniciais

1. Entender o significado e os fundamentos de risco, retorno e preferências em relação ao risco

2. Descrever procedimentos de avaliação e mensuração do risco de um ativo individual.

3. Discutir a mensuração do retorno e do desvio padrão de uma carteira de ativos e o conceito de correlação.

4. Compreender as características de risco e retorno de uma carteira em termos de correlação e diversificação, assim como o impacto de ativos internacionais sobre a carteira.

33

5. Entender os dois tipos de risco, a derivação do beta e a maneira como este se aplica à mensuração do risco, seja de um título, seja de uma carteira.

6. Explicar o modelo de formação de preços de ativos (CAPM — Capital Asset Pricing Model), sua relação com a reta do mercado de títulos (SML — Securities Market Line) e as principais forças que levam a deslocamentos desta última.

44Fundamentos de risco e retorno

• Se soubéssemos com antecedência por quanto uma ação seria vendida em algum momento no futuro, investir seria uma tarefa fácil.

• Infelizmente, é difícil – se não impossível – fazer esse tipo de previsão com algum grau de certeza.

• Como resultado, os investidores costumam tomar o histórico como base de previsão do futuro.

• Iniciaremos este capítulo avaliando as características de risco e retorno de um ativo individual e concluíremos com uma análise das carteiras de ativos.

55 Definição de risco

• No contexto dos negócios e das finanças, risco é a chance de perda financeira

• Ativos (reais ou financeiros) que apresentam maior chance de perda são considerados mais arriscados do que os que trazem uma chance menor.

• O risco pode ser usado de forma intercambiável com o termo incerteza em referência à variabilidade dos retornos associados a um determinado ativo

• Outras fontes de risco são relacionadas no slide a seguir.

66

77 Definição de retorno

• Retorno é o ganho ou prejuízo total que se tem com um investimento.

• A forma mais básica de calcular o retorno é:

8Retorno Histórico

9Retorno Esperado

1010Robin, dona do fliperama Gameroom, deseja aferir o retorno de duas de suas máquinas, a Conqueror e a Demolition. A Conqueror foi comprada há um ano por $ 20.000 e tem valor atual de mercado de $ 21.500. Durante o ano, gerou $ 800 em receitas após impostos. A Demolition foi comprada há quatro anos; seu valor no ano recém-encerrado caiu de $ 12.000 para $ 11.800. Durante o ano, gerou $ 1.700 em receitas após impostos.

11Retornos históricosRetornos históricos de alguns investimentos em títulos (1926-2006)

1212 Preferências em relação ao risco

1313

A Norman Company, uma fabricante de equipamentos de golfe sob medida, quer escolher entre dois investimentos, A e B. Cada um exige desembolso inicial de $ 10.000 e tem taxa de retorno anual mais provável de 15%. A administração estimou os retornos associados aos resultados pessimista e otimista de cada investimento. As três estimativas de cada ativo e sua amplitude podem ser encontradas na Tabela 5.3. O ativo A parece menos arriscado do que o B. O tomador de decisões, avesso ao risco, preferiria o ativo A ao B, uma vez que o A oferece o mesmo retorno mais provável, porém com menor risco (menor amplitude).

Risco de um ativo individual

1414

Tabela 5.3 Ativos A e B

1515 Risco de um ativo individual: distribuição de probabilidades

Figura 5.2 Gráficos de barras

1616 Risco de um ativo individual: distribuição de probabilidade

contínua

Figura 5.3 Distribuições de probabilidades contínuas

1717 Mensuração de risco de um ativoindividual: retorno esperado

• O indicador estatístico mais comum de risco de um ativo é o desvio padrão, σr, que mede a dispersão em torno do valor esperado

• O valor esperado de um retorno, ou r, é o retorno mais provável de um ativo.

1818

Tabela 5.4 Valores esperados dos retornos dos ativos A e B

1919 Mensuração de risco de um ativoindividual: desvio padrão

• A expressão do desvio padrão dos retornos, σr, é dada na Equação 5.3 a seguir.

2020 Cálculo do desvio padrão dos retornos dos ativos A e B

2121Retornos históricos, desvios padrão e coeficientes de variação de alguns investimentos emtítulos (1926-2006)

2222 Distribuição Normal

23Princípios Básicos de Estatística

• O mercado de capitais, por suas característicasde incerteza, se utiliza de métodos estatísticos naavaliação dos instrumentos financeiros;• A Estatística Descritiva descreve analiticamenteas variáveis incluídas numa amostra;• Para o estudo do mercado financeiro, sãonecessárias as ferramentas correspondentes àsmedidas de posição ou tendência central e asmedidas de dispersão.

24

Medidasde

Dispersão

Variância [(Xi – média)²]

Desvio-Padrão [(variância)½]

Medidasde

Posição

Média

Moda

Mediana

25Distribuição Normal

• Quando uma variável assume infinitos valores édefinida uma distribuição de probabilidades normal,representada por uma curva contínua e simétrica emforma de sino. Chama-se curva normal ou de Gauss;

• Esta distribuição é muito utilizada na área deavaliação de investimentos, pela sua aproximação àcurva normal dos retornos esperados e outroseventos financeiros.

26Distribuição Normal

1. Forma de sino e simétrica

2. Média, Mediana e Moda coincidem

3. Variável aleatória de intervalo infinito

27Probabilidade de Ocorrência de Eventos

28Probabilidade de Ocorrência de Eventos

29Probabilidade de Ocorrência de Eventos

3030Mensuração de risco de um ativoindividual: coeficiente de variação

• O coeficiente de variação, CV, consiste em uma medida de dispersão relativa que é útil na comparação dos riscos de ativos com diferentes retornos esperados.

• A Equação 5.4 dá a expressão do coeficiente de variação:

3131

3232Risco e retorno de uma carteira

• Uma carteira de investimento refere-se a qualquer conjunto ou combinação de ativos financeiros.

• Se partirmos do pressuposto de que todos os investidores são racionais e, portanto, avessos ao risco, eles SEMPRE optarão por investir em carteiras em vez de em ativos individuais.

• Os investidores manterão carteiras para diversificar uma parcela do risco que é como ‘colocar todos os ovos em um único cesto’.

• Se um investidor mantiver um ativo individual, sofrerá integralmente as consequências de um mau desempenho.

• Não é o caso de um investidor que possua uma carteira diversificada de ativos.

3333 Retorno de uma carteira

• O retorno de uma carteira é dado pela média ponderada dos retornos dos ativos individuais que a compõem e pode ser calculado como indica a Equação 5.5.

wj = proporção do valor total em unidades monetárias da carteira representado pelo ativo jrj = retorno do ativo j

3434

Vamos admitir que queiramos determinar o valor esperado e o desvio padrão dos retornos da carteira XY, criada pela combinação de partes iguais (50% cada) dos ativos X e Y. Os retornos previstos dos ativos X e Y para cada um dos próximos cinco anos podem ser vistos nas colunas 1 e 2, respectivamente, da parte A da Tabela 5.7. Na coluna 3, os pesos de 50% dos ativos X e Y, juntamente com os respectivos retornos das colunas 1 e 2 são substituídos na Equação 5.5. A coluna 4 mostra os resultados do cálculo — um retorno esperado da carteira de 12% ao ano.

Risco e retorno de uma carteira: retorno esperado e desvio padrão

3535

Tabela 5.7 Retorno esperado, valor esperado e desvio padrão dos retornos da carteira XY

3636

Como mostra a parte B da Tabela 5.7, o valor esperado desses retornos da carteiras ao longo do período de cinco anos também é de 12%. Na parte C da Tabela 5.7, o desvio padrão da carteira XY é calculado como 0%. Esse valor não deve surpreender, pois o retorno esperado é o mesmo a cada ano, isto é, 12%. Não há variabilidade dos retornos esperados entre um ano e outro.

3737

Tabela 5.7 Retorno esperado, valor esperado e desvio padrão dos retornos da carteira XY

3838 Risco de uma carteira

• A diversificação é intensificada dependendo do quanto os retornos dos ativos ‘movem-se’ em conjunto.

• Esse movimento costuma ser medido por uma estatística conhecida como ‘correlação’, como indica a figura a seguir.

Figura 5.5 Correlações

3939

• Mesmo que dois ativos não sejam perfeita e negativamente correlacionados, um investidor pode, ainda assim, obter benefícios da diversificação, ao combiná-los em uma carteira, como indica a figura a seguir.

Figura 5.6 Diversificação

4040

Tabela 5.8 Retornos previstos, valores esperados e desvios padrão dos ativos X, Y e Z e das carteirasXY e XZ

4141

Tabela 5.9 Correlação, retorno e risco de diversas combinações de dois ativos em carteiras

42Covariância

• Medida NÃO PADRONIZADA que avalia como duasvariáveis se movimentam ao mesmo tempo, em relaçãoa seus valores médios, indicando a simetria existenteentre elas;

• Se dois títulos apresentam COV > 0, admite-se que astaxas de retorno têm a mesma tendência, pois ambos sevalorizam ou ambos se desvalorizam.

• Se COV<0, os dois ativos apresentam relações inversasou seja um se valoriza e o outro se desvaloriza.

• Se COV=0 não há associação alguma.

43Correlação

• Medida PADRONIZADA que avalia como duas oumais variáveis se movimentam;

• Calculada com base na Covariância;• Correlação simples quando se trata de duas

variáveis e múltipla quando se relacionam mais deduas variáveis;

• Coeficiente de correlação: quantifica o relaciona-mento, que pode variar entre +1 e -1;

• A Correlação pode ser nula, negativa (ou inversa),positiva (ou direta).

44

y Correlação Negativa Perfeita

= - 1.. ....x

yx,

Correlação Positiva0< <1y

x

yx, y

x

Correlação Positiva Perfeita

=1yx, y .. . ....

.

x

Correlação Negativa- 1< <0yx,

Correlação Nula= 0

y

x

yx,

45Coeficiente de Determinação (R2)

• É o quadrado da correlação;• Sempre positivo, variando de 0 até 1;• Demonstra quão forte é a relação entre duas

variáveis indicando quanto (em %) da variação deuma das variáveis pode ser explicada pela outra;

• Muito utilizada em operações de hedging paradeterminar o grau de proteção de que se necessitaao assumir uma posição.

4646

Figura 5.7 Correlações possíveis

4747

Figura 5.8 Redução do risco

4848 Risco de uma carteira: inclusão de ativos em

uma carteira

0 No de ações

Risco sistemático (não diversificável)

Risco não sistemático (diversificável)

Risco da carteira

(SD)

σM

4949Risco e retorno: o modelo de formaçãode preços de ativos (CAPM — capital assetpricing model)

• No slide anterior, pôde-se observar que uma boa parte do risco de uma carteira pode ser eliminada simplesmente mantendo-se muitas ações.

• O risco do qual não é possível livrar-se com a inclusão de ações (sistemático) não pode ser eliminado pela diversificação porque essa variabilidade é causada por eventos que afetam a maioria das ações de modo similar.

• Podemos citar como exemplo as mudanças nos fatores macroeconômicos, tais como as taxas de juros, a inflação e o ciclo de negócios.

5050

• No início da década de 1960, pesquisadores da área de finanças (Sharpe, Treynor e Lintner) desenvolveram um modelo de formação de preços de ativos que mede somente a quantidade de risco sistemático de um ativo em particular.

• Em outras palavras, eles observaram que a maioria das ações cai quando os juros sobem, mas algumas caem muito mais.

• Eles inferiram que, se pudessem medir essa variabilidade –o risco sistemático –, poderiam elaborar um modelo para formar preços de ativos usando somente esse risco.

• O risco não sistemático (relativo à empresa) é irrelevante porque pode ser facilmente eliminado pela diversificação.

5151

• Para medir o risco sistemático de um ativo, eles simplesmente usaram os retornos históricos da ‘carteira do mercado’ — a carteira de TODOS os ativos —comparados aos retornos de um ativo individual.

• A inclinação da reta de regressão — beta — mede o risco sistemático (não diversificável) de um ativo.

• Em geral, as empresas cíclicas como as automobilísticas possuem betas elevados ao passo que outras relativas estáveis, como as de serviços públicos, apresentam betas baixos.

• O cálculo do beta é demonstrado no slide a seguir.

5252Figura 5.9 Derivação do betaa

5353

Tabela 5.10 Coeficientes beta selecionados e sua interpretação

5454

Tabela 5.11 Coeficientes beta de ações selecionadas (10 de julho de 2007)

5555

Tabela 5.12 As carteiras V e W de Mario Austino

5656

A taxa de retorno livre de risco (RF) é geralmente

estimada a partir do retorno das Letras do

Tesouro norte-americano (T-bill)

O prêmio pelo risco é uma função tanto das condições de mercado quanto do ativo

em si.

• O retorno exigido de todos os ativos compõe-se de duas partes: a taxa de retorno livre de risco e o prêmio pelo risco.

5757

• O prêmio pelo risco de uma ação compõe-se de duas partes:

• O prêmio pelo risco de mercado, que é o retorno exigido para investimentos em qualquer ativo de risco em vez da taxa de retorno livre de risco.

• Beta, um coeficiente de risco que mede a sensibilidade do retorno de uma ação em particular às mudanças nas condições de mercado.

5858

• Após estimar o beta, que mede o risco sistemático de um ativo ou carteira específica, as estimativas das demais variáveis no modelo podem ser obtidas para calcular o retorno exigido de um ativo ou uma carteira.

5959

6060

rZ = 7% + 1,5 [11% – 7%]rZ = 13%

A Benjamin Corporation, uma empresa de software em fase de crescimento, quer determinar o retorno exigido sobre o ativo Z, que tem beta de 1,5. A taxa de retorno livre de risco é 7%; o retorno da carteira de mercado é 11%. Substituindo bZ = 1,5, RF = 7% e rm = 11% no modelo de formação de preços de ativos, temos um retorno exigido de:

6161

Figura 5.10 Reta do mercado de títulos

6262

Figura 5.11 A inflação desloca a SML

6363

Figura 5.12 A aversão ao risco desloca a SML

6464 Risco e retorno: comentários sobre o CAPM

• O CAPM baseia-se em dados históricos o que significa que os betas podem ou não refletir efetivamente a variabilidade futura dos retornos.

• Dessa forma, os retornos exigidos especificados pelo modelo devem ser usados somente como aproximações.

• O CAPM também pressupõe que os mercados são eficientes.

• Embora o mundo perfeito do mercado eficiente pareça pouco realista, há estudos que respaldam a existência das expectativas descritas pelo CAPM em mercados ativos, como a Bolsa de Nova York.

6565Tabela 5.13 Resumo das principais definições

e fórmulas de risco e retorno

6666

67Análise de Investimentos

Quanto Rende?

Quando possoresgatar?

É seguro?

Rentabilidade Esperada

Horizonte do investimentoe nível de liquidez

Quanto Rende?

68Rentabilidade

A rentabilidade é o percentual de ganho de um investimento num certo período de tem.

Se não houver pagamentos intermediários, a rentabilidade é medida por:

1InicialValor FinalValor adeRentabilid

69Rentabilidade

Rentabilidade Absoluta: não usa nenhum benchmark

Ex:

Rentabilidade Relativa: em relação a um benchmark

Rentabilidade Observada: é a rentabilidade que já ocorreu, por isso pode ser perfeitamente apurada.

Rentabilidade Esperada: é uma previsão de rentabilidade que pode se concretizar ou não.

1InicialValor FinalValor adeRentabilid

Rentabilidade Relativa = Rentabilidade Absoluta – Rentabilidade Benchmark

70

Riscos

Risco de Mercado

Risco de Crédito

Risco de Liquidez

Risco Operacional

Risco de mercado é medido pela volatilidade

71

Variação nas taxas e preços:

• Taxa de juros• Taxa de câmbio• Preço das ações• Preço das commodities

Variação nas taxas e preços

Risco de Mercado

Risco de Mercado

Volatilidade

72

Risco de Emissor

Risco de Contraparte

Risco de Intermediação

Risco de Liquidação

Risco País

Risco Político ouSoberano

Risco de Crédito

A possibilidade do emissor de um título não honrar seuscompromissos de pagamento nas datas estipuladas.

A possibilidade da contraparte de um contrato não honraro combinado na data definida.

A possibilidade do intermediador ficar inadimplente antesde completar a operação.

A possibilidade do agente liquidante não conseguir liqui-dar as operações contratadas (ex: clearings).

A possibilidade do país não conseguir gerar recursospara pagamento de suas obrigações.

A possibilidade de serem criadas restrições ao livre fluxode capitais, como controles cambiais.

73

Classificação de Risco de Crédito “ratings”

Qualidade do Crédito: Standard & Poor’s Moody’s

Altíssima Qualidade AAA e AA Aaa e Aa

Qualidade Alta A e BBB A e Baa

Títulos Especulativos BB e B Ba e B

Qualidade Muito Baixa CCC, CC, C e D Caa, Ca, C e D

74Risco de Liquidez

Risco de Liquidez

Operação não pode ser realizadapelos preços prevalecentes nomercado devido a uma atividadeinsuficiente.

Planejamento inadequado do fluxode caixa e pela incapacidade deobtenção de recursos.

75Risco de Liquidez

Objetivo Horizonte Aversão ao Risco

• Pessoa Física• Pessoa Jurídica• Ciclo de vida• Metas Estabelecidas

• Curto Prazo• Médio Prazo• Longo Prazo

• Histórico• Conhecimento• Restriçõesmomentâneas

Retorno EsperadoPrazo e nível de

liquidez de acordo com objetivos.

Nível de Risco que o investidor aceita.

Sugestão estratégica de composição de carteira.

Definição dos produtos mais adequados.

76

Produtos de Investimento

• Ações• Renda Fixa

• Swap

Tributação

77Ações - Conceito

A ação representa a menor “fração” do capital social de umaempresa, ou seja, é a unidade do capital social das sociedadesanônimas.

Quem adquire estas “frações” se torna sócio da empresa e échamado de acionista.

A participação de cada acionista na empresa corresponde àquantidade destas “frações” que ele detiver.

O mercado de ações é normatizado pela CVM.

78Ações Ordinárias

• Acionistas têm direito a voto nas assembléias da empresa, portanto influenciam as decisões do empresa.

Ações Preferenciais

•Acionistas não têm direito a voto.•Acionistas têm alguma vantagem para compensar a restrição ao

voto.

79Ações Ordinárias

• Acionistas têm direito a voto nas assembléias da empresa, portanto influenciam as decisões do empresa.

Ações Preferenciais

•Acionistas não têm direito a voto.•Acionistas têm alguma vantagem para compensar a restrição ao

voto.

80Ações Preferenciais

a. Vantagens:

• Prioridade no recebimento de dividendos, e/ou;• Prioridade no reembolso de capital.

b. Vantagens para serem negociadas no mercado secundário (o estatuto deve definir pelo menos uma das abaixo):

• Prioridade em receber dividendos de pelo menos 3% do valor patrimonial da ação;

• Dividendo pelo menos 10% maior do que o atribuído à ação ordinária;

• Direito de serem incluídas na oferta pública de aquisição de ações por ocasião da venda de controle acionário, como as ordinárias.

81Dividendos

• Distribuição, em dinheiro, de parte do resultado do exercício, proporcional à quantidade de ações possuídas e com recursos oriundos dos lucros gerados pela empresa em um determinado

período.• O resultado do exercício distribuído aos acionista é deduzido:

• Dos prejuízos acumulados;• Do imposto de renda;

• Das participações estatutárias de empregados.• Mínimo legal de 25% do lucro líquido do período.

• Se o estatuto da empresa não estabelecer qual é o percentual do lucro a ser distribuído, a companhia deverá pagar 50% do lucro

líquido do exercício.• Se a empresa deixa de pagar dividendos por 3 anos (ou menos se

previsto no estatuto) o acionista preferencial adquire direito de voto, até que o pagamento seja restabelecido.

Dividendos são resultado do lucro líquido e portanto não podem ser tributados novamente na distribuição.

82

Ganho de Capital

Distribuição de Dividendos

Juros sobre Capital Próprio

Remuneração do Acionista

Diferença positiva entre o preço de venda e o preço deaquisição da ação.

Parte do lucro da empresa distribuída a cada exercíciosocial.

Calculado sobre as contas de patrimônio e limitado àTJLP.

83Bonificação

Não é um ganho e sim um ajuste patrimonial.

Exemplo:

1. Quantidade de ações: 1.000.0002. Preço da ação no mercado: R$ 20,003. Valor de mercado da empresa: R$ 20.000.000,004. Emitiu 100.000 novas ações devido a incorporação de reservas.5. Nova quantidade de ações: 1.100.0006. Valor de mercado da empresa não se altera.7. Preço ajustado da ação no mercado: R$ 18,18

84Direito de Subscrição

• Os acionistas têm o direito de preferência na subscrição(aquisição) do aumento de capital (emissão de novas ações).

• Este direito pode ser negociado em bolsa, caso o acionista nãodeseje subscrever o capital a que tem direito.

• A decisão de não subscrever fará com que a participação doacionista no capital da empresa diminua.

85

Bonificação

Subscrição

Desdobramento (split)

Grupamento (inplit)

EventosDistribuição gratuita de ações para os acionistas,emitidas em função do aumento de capitalproveniente de incorporação de reservas.

Direito de preferência na compra de novas açõespara o aumento do capital da empresa.

É a divisão de uma ação em partes iguais. Essaoperação não altera o valor da empresa e nem ovalor do investimento de cada acionista.

É a operação contraria ao desdobramento. Aempresa agrupa algumas ações em uma única ação.Não altera o valor da empresa e nem o valor doinvestimento de cada acionista.

86Ações – Tipos de Risco

Risco de Mercado: o preço das ações pode sofrer variações, em função:

• Das expectativas econômicas, políticas nacionais e internacionais;

• Das expectativas relacionadas à empresa e ao setor em que ela estáinserida.

Risco de Liquidez: facilidade e velocidade que existe para se comprar ouvender uma ação.

87

Títulos de Renda Fixa

Pré-Fixados

Pós-Fixados

Valor de resgateconhecido no início daoperação.

Indexador e jurosconhecidos no início daoperação.

88Fluxo de Pagamentos

Valor Presente, Valor Futuro e Taxa de Desconto • Valor Presente de um fluxo de caixa é o valor monetário,

referente à soma de todos os seus Valores Futurosdescontados à uma determinada taxa de juros, aquichamada de Taxa de Desconto.

VP = Valor Presente;VF = Valor Futuro;i = Taxa de Desconto;1 a n = Prazo da Parcela

niVFn

iVF

iVFVP

1.......

12

11

21

89Fluxo de Caixa: Cupom e Amortizações • Cupom de Juros periódico e Principal no final

• Cupom de Juros + Amortizações periódicas

• Zero Cupom

555555

100

105

30

100

3030 30

80

110

90

Prazo Médio e Maturity• Considerando que cada fluxo anterior seja equivalente

a um título, os três tem fluxos de caixa diferentes, inclusive com vencimento e maturidade (maturity) diferentes;

• Quando se faz Gestão de Carteiras, o prazo médio ditará o fluxo de caixa da carteira, enquanto o prazo final trará a visão analítica de quando estes fluxos ocorrerão.

91Taxa Interna de Retorno• É a taxa de desconto que iguala os fluxos de caixa de

um título ou investimento a ZERO.Custo de Oportunidade• Representa o sacrifício em termos de remuneração por

se ter aplicados recursos em uma alternativa em detrimento de outra.

Taxa Livre de Risco• É a taxa que se consegue ao investir em um ativo que

não tem variabilidade nos seus retornos esperados, que possuem grande liquidez de mercado e que seu emissor não represente risco de crédito.

92Debêntures

Captação de recursos de médio e longo prazos para sociedadesanônimas S.A. não financeiras.

As empresas de leasing e as companhias hipotecárias também estãoautorizadas a emitir debêntures.

Empresas S.A. de capital fechado só podem fazer emissões privadas.

Prazo para resgate:• Livre• Prática de mercado: médio e longo prazo

Amortização:• Anual, semestral, trimestral, mensal, no vencimento ou

esporádica.

93Remuneração das Debêntures

Juros, atualização monetária e prêmio.

1. Pré-fixada2. CDI3. Índice de preços (IGPM)4. TR e TJLP5. Variação cambial6. Prêmio: remuneração adicional, podendo ser baseada na variação

da receita ou do lucro da empresa emissora, mas não podendo tercomo referencial índices de preços, taxas de juros ou variaçãocambial.

94Remuneração das Debêntures

AGEEmissor

Banco Mandatário

Custodiante

Agente Fiduciário

CVM

Distribuição

Coordenador

Agências de Rating Prospecto

95Tipos de Debêntures

1. Conversíveis em ações:

Possibilitam a troca da debênture por ações do emissor da debênture.

2. Não conversíveis:

São as debêntures simples que só pagam juros, atualização monetária eprêmio.

96Debêntures – Tipos de Risco (Ponto de vista do

Investidor)

1. Risco de mercado:

• Debêntures em taxas pré-fixadas: subida da taxa de juros ou a subidado cupom praticado no mercado.

• Debêntures cambiais: queda do dólar e aumento do cupom de jurospraticado no mercado.

2. Risco de Crédito: inadimplência da empresa emissora. Este risco éatenuado pelas garantias e cláusulas protetoras.

(uma cláusula de proteção pode causar o vencimento antecipado dadebênture se determinada regra não for cumprida).

3. Risco de liquidez: vinculado ao volume de negociações no mercadosecundário.

97

Garantias:

1. Real – quando o bemdado em garantia nãopode ser alienado(vendido).

2. Flutuante – quando obem dado em garantiapode ser alienado. Odebenturista possuiprivilégio sobre o ativo.

Ordem de prioridade no caso de falência:

1. Créditos trabalhistas até 150 saláriosmínimos.

2. Créditos com garantia real (debênture comgarantia real).

3. Créditos tributários.4. Créditos com privilégio especial.5. Créditos com privilégio geral (debênture

com garantia flutuante).6. Créditos quirografários (debênture sem

garantia).7. Multas e penas.8. Créditos subordinados (debênture

subordinada).9. Acionistas.

98Notas Promissórias

• Títulos para captação de recursos de curto prazo, com valor deface e vencimentos definidos.

• Quando a NP for um valor mobiliário, só pode ser emitida por S.A.não financeira, de capital aberto ou fechado.

• Valor de face pode ser pré-fixado ou corrigido pelo CDI, TR ouTJLP.

• Valor de face não pode ser corrigido por índice de preços nem pelaTBF.

• Distribuição através de uma instituição financeira, atuando comoagente colocador.

• Prazo:• Mínimo: 30 dias• Máximo: 180 dias – S.A. de capital fechado.

360 dias – S.A. de capital aberto.

99Notas Promissórias – Tipos de Risco

1. Risco de mercado: é a subida da taxa de juros no caso de notas pré-fixadas.

2. Risco de crédito: refere-se a inadimplência por parte da empresaemissora.

3. Risco de Liquidez: as NPs possuem pouca negociação no mercadosecundário.

100LTN – Letra do Tesouro Nacional

Preço Unitário PU

Valor de face

Prazo

Prazo252ano) ao taxa (1

Face deValor PU

Deságio = Diferença entre o Valor de Face e o Preço Unitário.

• Valor de face pré-fixado em R$ 1.000•A taxa de negociaçãoé exponencial ao ano,base de 252 diasúteis.• Não paga cupons dejuros periódicos.

101LFT – Letra Financeira do Tesouro

Preço Unitário PU

Valor de face atualizado pela

taxa SelicPrazo

• Valor de face pós-fixado: R$ 1.000corrigido pela Selic.

• Ano na base de 252dias

Negociada ao Par, com Ágio ou Deságio.

102NTN – Nota do Tesouro Nacional

Preço Unitário PU

Valor de face atualizado pela

taxa SelicCupom de Juros Semestrais

Título Tipo

Valor de face R$ 1.000 corrigido pelo indexador.

NTN-B IPCA

NTN-C IGPM

NTN-D Dólar PTAX

NTN-F Pré-Fixada

103Títulos Públicos Federais

Tesouro Nacional – Emite títulos para financiar o défict do governo.

Banco Central – Compra e vende títulos para executar a política monetária, através de leilões, no mercado secundário.

Liquidez

Excesso de recursos na economia

Demanda

Consumo

Inflação

Aumento dos preços

Venda de Papéis

Aumento dos juros

Aperto Monetário

Falta de recursos na economia

Recessão

Baixo nível de consumo

Deflação

Redução dos preços

Compra de Papéis

Redução dos juros

104Títulos Públicos – Tipos de Risco

1. Risco de Mercado:• LTN e NTN – F correm o risco da subida das taxas de juros.• NTN-B e NTN-C correm o risco do cupom de juros subir.• NTN-D corre o risco do cupom cambial subir e risco do Real se

valorizar.

2. Risco de Crédito: o investidor tem risco do governo brasileiro.

3. Risco de Liquidez: títulos de elevada liquidez no mercado financeiro.Títulos mais curtos possuem maior liquidez do que os mais longos

105CDB

Títulos emitidos por bancos comerciais, de investimento ou múltiploscom o objetivo de captar recursos para aplicação em empréstimosou compra de títulos.

Tipo de remuneração Prazo mínimo de emissão

Pré-fixado Sem prazo mínimo → 1 dia

Pós-fixado

Taxa diária: DI ou Selic Sem prazo mínimo → 1 dia

TR 1 mês

IGPM 1 ano

Obs.: CDBs não podem ser emitidos indexados a variação cambial.

106CDB – Tipos de Risco

1. Risco de mercado:• CDBs pré-fixados correm risco da subida da taxa de juros.• CDBs pós-fixados correm o risco da subida do cupom de juros

praticados no mercado

2. Risco de crédito: inadimplência por parte do banco emissor. Este riscoé atenuado pelo FGC.

3. Risco de Liquidez: CDBs possuem um nível de liquidez menor do queos títulos públicos.

107Marcação a Mercado

VR = 125Se a taxa for

25%

80,111(1,25)

125Mercado deValor 126252

126 dias úteis

Se a taxa subir para 30% Se a taxa cair para 20%

63,109(1,30)

125Mercado deValor 126252

11,114(1,20)

125Mercado deValor 126252

108Derivativos

• São contratos padronizados ou não, cujos preços derivam dospreços de ativos ou de outros derivativo.

• Segmentos de derivativos:• Mercado a Termo: define o preço para liquidação numa data

futura.• Mercado de Futuros: define um preço para uma data no futuro e

possui ajustes diários.• Mercado de Opções:

Dá ao seu titular o direito de comprar ou vender um ativo, numa datafutura, em troca do pagamento de um prêmio hoje.

• Swaps

109Mercado a Termo X Mercado Futuro

Termo Futuro

Mercado Balcão (tradicionalmente) Bolsa

Contratos e Prazos Negociado entre as contrapartes Padronizado

Liquidez Baixa Alta

Liquidação Entrega física ou por diferença de preços Por diferença de preços

Risco de Crédito Uma contraparte corre o risco da outra Clearing House

Desembolsos Pagamento no vencimento Ajustes e Margem de garantia

110SWAP

É um derivativo que tem por finalidade permitir a troca de:

• Indexadores (IGPM x TR)• Moeda (US$ x YEN)• Taxa de Juros (Pré x CDI)

Características:

• Contrato entre duas partes• Prazo de vencimento• Ativo e Passivo• Valor de referência• Liquidação no final

111SWAP

Ativo

Contraparte 1

Passivo

Passivo

Contraparte 2

Ativo

VC + 4%

100% CDI

Expectativa: TC ↑ Expectativa: TC ↓

Valor de Referência: R$ 100.000

Prazo: 1 ano

112SWAP

Contrato de Swap

1. A Contraparte 1 aceita receber VC + 4% aa e pagar 100% doCDI sobre R$ 100.000 em 1 ano.

2. A Contraparte 2 aceita receber 100% do CDI e pagar VC +4% aa sobre R$ 100.000 em 1 ano.

3. As partes concordam que a liquidação da operação seja pordiferença entre os valores a receber e a pagar.

113SWAP - Exemplo

Contraparte 1Ativo: Variação Cambial + 4% aaPassivo: 100% do CDIValor de referência: R$ 100.000Prazo: 1 ano

Fluxo de Caixa em D+0 Comentários

Ativo (100.000) Simula um investimento

Passivo 100.000 Simula uma captação

Total - Swap não mexe no caixa

O que acontece no início do swap?

114SWAP - Exemplo

Contraparte 1Ativo: Variação Cambial + 4% aaPassivo: 100% do CDIValor de referência: R$ 100.000Prazo: 1 ano

Fluxo de Caixa em D+0 Fluxo de caixa em D+1 ano Comentários

Ativo (100.000) 124.800 Simula um resgate

Passivo 100.000 (119.500) Simula um pagamento

Total - 5.300 Liquidação final = ganho

O que aconteceria no vencimento se a variação cambial fosse 20% e o CDI acumulado fosse 19,5% no período?

O Swap gerou um ganho de R$ 5.300.

Contraparte 2 paga para Contraparte 1

115SWAP - Exemplo

O que aconteceria se o swap fosse combinado com um CDB que rendesse 100% do CDI?

Fluxo de Caixa em D+0 Fluxo de caixa em D+1 ano Comentários

CDB (100.000) 119.500 Investimento no CDB

SWAP - 5.300

Total (100.000) 124.800

O CDB + SWAP renderiam a VC + 4% aa.

Houve a troca de rendimento

800.124100

41100201000.100

116SWAP - Exemplo

CDB

Ativo Ativo AtivoPassivo Passivo Passivo

SWAP CDB + SWAP

100% CDI VC + 4% 100% CDI 100% CDI

100% CDIVC + 4%

117Letra Hipotecária + SWAP

LH

Ativo Ativo AtivoPassivo Passivo Passivo

SWAP LH + SWAP

TR + 16% 85% CDI TR + 16% TR + 16%

TR + 16%85% CDI

118SWAP – Tipos de Risco

1. Risco de Mercado:

• Preços e taxas envolvidos no ativo e no passivo.

2. Risco de Crédito:

• Contraparte não pagar o ajuste final.

3. Risco de liquidez:

• Não encontrar uma contraparte.

119Derivativos mais usados em Fundos de

Investimento

Juros Câmbio Ações

Futuros DI Dólar IBOVESPA

Opções Ações

SwapPré X CDI

IGPM X CDIDólar X CDI IBOVESPA X CDI

120Impostos e Contribuições sobre os Investimentos

Imposto de Renda

Imposto sobre os rendimentos e

ganhos auferidos nos investimentos.

IOF

Imposto sobre operações de

Crédito, Câmbio e Seguro, ou

relativas a Títulos ou Valores Mobiliários.

121Impostos

Fator Gerador

Acontecimentoque determinaa tributação.

Exemplo:resgate

Base deCálculo

Montantesobre o qualincidirá atributação.

Alíquota

% que incidesobre a basede cálculo.

ResponsávelpeloRecolhimento

Responsávelpelorecolhimentodo Tributo aoGoverno

CompensaçãoProcedimentopara tratar acompensaçãode perdasanteriores naapuração dabase decálculo deimpostosfuturos.

122Tributação

Renda Fixa Renda Variável

IRPago na fonte.Não há compensação de perdas.Alíquota depende do prazo.

Apurado mensalmente e pago até o final do mês seguinte, com pequena retenção na fonte.Perdas podem ser compensadas.Exceções: day-trade e swap

IOF Para operações com prazo menor do que 30 dias. Não aplicável.

123IOF em Aplicações de Renda Fixa

Resgate em prazos menores do que 30 dias, para se evitar operações de curtíssimo prazo.

1% ao dia sobre o valor de resgate/referência, limitado ao percentual do rendimento conforme tabela:

Dias % limite Dias % limite Dias % limite

1 96% 11 63% 21 30%

2 93% 12 60% 22 26%

3 90% 13 56% 23 23%

4 86% 14 53% 24 20%

5 83% 15 50% 25 16%

6 80% 16 46% 26 13%

7 76% 17 43% 27 10%

8 73% 18 40% 28 6%

9 70% 19 36% 29 3%

10 66% 20 33% 30 0%

É calculado:

No resgate em caso de permanência por prazo menor do que

30 dias e antes do cálculo do IR.

124IR em Aplicações em Renda Fixa

IR pago na fonte.Fator gerador:

• No resgate, na venda, na repactuação do título etc.• No pagamento de rendimentos periódicos.• A conversão das debêntures em ações. Até a conversão, a

debênture é um título de renda fixa.• Resgate de operações que combinam diversos produtos para

permitir a obtenção de rendimentos pré-fixados.

Base de Cálculo: rendimento da operação.

Alíquota 15% a 22,5% sobre o rendimento após dedução do IOF,dependendo do prazo da aplicação.

Responsável pelo recolhimento: quem paga o rendimento.

125Alíquota do Imposto de Renda sobre Aplicações de

Renda Fixa

• Prazo até 80 dias: 22,5%

• Prazo de 181 até 360 dias: 20,0%

• Prazo de 361 até 720 dias: 17,5%

• Prazo acima de 720 dias: 15%

126Isenções de IR em Aplicações de Renda Fixa

Pessoas físicas não pagam IR sobre os rendimentosproporcionados pelas letras hipotecárias.

127IR sobre Aplicações em Renda Variável

Imposto apurado ao final do mês e pago até o final do mêssubseqüente, com pequena retenção na fonte no momento davenda das ações.

Fator Gerador Ganho de capital das operações realizadas por pessoa física ou jurídica.

Base de Cálculo Ganho de capital apurado, podendo-se compensar as perdas sofridas no passado e as despesas efetuadas na realização das operações.

Alíquotas15% sobre a base de cálculo no imposto mensal.0,005% sobre o valor de venda no imposto retido na fonte.

Responsáveis p/ recolhimento

Imposto mensal: investidor.Imposto na fonte: corretora, bolsa ou agente responsável pela liquidação ou compensação das operações.

Isenção Ganhos auferidos por pessoas físicas que venderam no mercado à vista ações até o valor de R$ 20.000,00 no mês.

128IOF sobre Aplicações em Renda Variável

As operações de renda variável, inclusive derivativos, não estãosujeitos ao IOF.

129Day-Trade

A operação ou a conjugação de operações iniciadas e encerradas emum mesmo dia, com o mesmo ativo, em que a quantidadenegociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente.

130IR sobre Day-Trade

• O imposto é apurado no final de cada mês e pago até o final domês seguinte pelo contribuinte.

• Alíquota de 20%, sendo 1% na fonte recolhidos pela instituiçãofinanceira que realizou a operação.

• O imposto de 1% retido na fonte pode ser compensado no final domês.

• Nas operações de day-trade fechadas com a mesma instituiçãofinanceira, a perda poderá ser compensada com o ganho de outraoperação de day-trade realizada no mesmo dia para fins deimposto retido na fonte (1%).

• Não há limite de prazo para compensação das perdas.• Operações de day-trade não podem ser misturadas com as demais

operações de renda variável.

131IR sobre Swap

• Fato gerador:• Liquidação financeira.

• Base de Cálculo• Ganho auferido.

• Alíquota: de 15% a 22,5% sobre o ganho auferido, dependendo doprazo.

• Responsável pelo recolhimento: fonte pagadora.

• Observações:• Na pessoa jurídica, as perdas em operações de swap podem ser

deduzidas quando do cálculo do IR anual.• Na pessoa física, as perdas incorridas não são recuperadas.

132Alíquota do Imposto de Renda sobre Swap

• Prazo até 80 dias: 22,5%

• Prazo de 181 até 360 dias: 20,0%

• Prazo de 361 até 720 dias: 17,5%

• Prazo acima de 720 dias: 15%

Alíquota do Imposto de Renda sobre Swap

Swap não está sujeito ao IOF.

133

Oferta Pública de Títulos e Valores Mobiliários

134

Principais Instituições

135Banco Coordenador ou Líder (underwriter)

• Avalia a viabilidade da oferta e as condições de suacolocação no mercado;

• Elabora o projeto com as informações da emissão;• Elabora toda a documentação exigida pela CVM;• Assessora a empresa em todas as etapas da distribuição;• Organiza o pool das instituições que participarão da

distribuição;• Tem, por obrigação, de agir com Due Dilligence (garantia

de veracidade e de suficiência de informações aosinvestidores);

• Promove o road show;• Fixa, durante o book building, uma faixa de flutuação do

preço na coleta de intenções.

136Tipos de colocação ou oferta

• Oferta firme: compromisso assumido pelo bancocoordenador de adquirir os títulos não colocadosno mercado;

• Melhores Esforços: o coordenador devolve àempresa os títulos que não foram colocados;

• Stand-by: o coordenador se esforça na colocaçãodos títulos no mercado durante um certo período(30 dias). Caso não consiga colocar todos ostítulos ele terá que adquirir os títulos quesobraram.

137

138Agência de Rating

• Especializada na análise de risco do emissor;• Analisa a capacidade de pagamento da dívida

pela empresa;

RATING:• Deve constar da emissão e ter ampla divulgação;• Sua atualização deve ser anual ou imediatamente

caso ocorra fato relevante;• Um relatório de avaliação deve ser elaborado.

139Agente Fiduciário (IN 28/CVM)

• Nomeados quando da emissão pública de debêntures,com o objetivo de representar os credores;

• Pessoas naturais (pré-requisitos) ou instituiçõesfinanceiras com autorização prévia do BACEN;

• Deveres: zelar pelos interesses dos debenturistas,assegurando o cumprimento das cláusulas que foramescrituradas; relatar os fatos relevantes ocorridos etomar providências, quando for o caso.

• Incompatibilidade: exercício da função de agentefiduciário em outra emissão ou conflito de interessesde qualquer ordem.

• Responsabilidade: responde pelos prejuízos causadospor culpa ou dolo aos debenturistas.

140Banco Escriturador

• Ligação com a emissora e com o administrador,no caso de fundos fechados;

RESPONSABILIDADES:• Manutenção do cadastro dos investidores;• Escrituração da documentação legal;• Transferência de titularidade (balcão);• Conversão em ações, quando for o caso;• Emissão de avisos, informes e extratos aos

investidores;• Atendimento aos órgãos de regulação e bolsas.

141Bancos Mandatário e Custodiante

BANCO MANDATÁRIO:• Instituição financeira que efetiva as liquidações

financeiras entre a emissora e as clearing houses (CETIP eCBLC) através da conta de reserva bancária no BACEN;

• As clearings são as responsáveis pela liquidação dasoperações, sob a proteção dos mecanismos de garantias.

BANCO CUSTODIANTE:• Executa a liquidação, o controle e a guarda dos ativos

junto aos depositários;• Administra os direitos dos ativos (juros, dividendos, etc.)• Envia informações aos reguladores.

142

Aspectos Legais e Normativos

143Companhias Abertas (Inst. 202/CVM)

• A negociação de valores mobiliários em Bolsa ouBalcão depende de prévio registro na CVM;

• Bolsa• Balcão: negociação fora das Bolsas com

intermediação.• Organizado: supervisionado por auto-

reguladora;• Não organizado: sem supervisão AR (negócios

sem conhecimento público).

144Companhias Abertas

• Obrigação de ter um DRI;• Zelar pela simetria de informações divulgadas;• Divulgação ao público de todas as informações

recebidas da CVM, excetuando-se asconfidenciais;

• Poderá solicitar à CVM a dispensa deapresentação de informações periódicas oseventuais, caso estas coloquem em risco alguminteresse legítimo da empresa.

145Informações Obrigatórias

PERIÓDICAS• Demonstrações financeiras• Edital de convocação de AGO;• Ata da assembléia e sumário das decisões;• Informações anuais (IAN) e Informações trimestrais (ITR).

EVENTUAIS• Edital de convocação de AGE;• Ata da assembléia e sumário das decisões;• Comunicação sobre fato relevante;• Acordo de acionistas;• Informações sobre pedidos de concordata ou falência.

146Debêntures Padronizadas

DEFINIÇÃO• Adotam o padrão escritural de emissão da CVM;• Negociadas em segmento especial de bolsa ou

mercado de balcão organizado;• Nomeação de instituição financeira como agente

fiduciário;• Objeto de incentivo a liquidez por parte dos

formadores de mercado.NEGOCIAÇÃO• Transparente e eficiente;• Formação de preço com amplo acesso pelos

investidores;• Integração às Câmaras de liquidação e custódia.

147Ofertas Públicas e Primárias (IN 400/CVM)

• Atos de distribuição pública• Efeitos de suspensão e cancelamento da oferta• Conteúdo da oferta• Lote suplementar (15%)• Revogação e modificação da oferta• Revogação da aceitação (aquisição)• Distribuição parcial

148Ofertas Públicas e Primárias (IN 400/CVM)

• Instituições intermediárias• Obrigações do líder da distribuição• Prospectos (preliminar e definitivo)• Viabilidade da oferta• Coleta de Intenções de investimento• Recebimento de reservas• Normas de conduta• Veracidade das informações

149Oferta Pública de Aquisição

• Para cancelamento de registro• Por aumento de participação• Por alienação do controle• Voluntária• Para aquisição do controle de companhia aberta• Concorrente

150Precificação para Venda

• Preço fixo• Bookbuilding• Leilão em Bolsa

151Retorno esperado de um portfólio

A teoria do portfólio trata da composição de umacarteira ótima de ativos, tendo por objetivo maximizar

a utilidade do investidor pela relação risco/retorno.

O retorno esperado de uma carteira composta por mais de um ativo é definido pela média ponderada do retorno de cada ativo em relação a sua participação

total na carteira.

YXpp RWRWRRE 1)(

152Exemplo

Dado uma carteira de ações X e Y, sendo os retornosesperados 20 e 40%. Se 40% da carteira está aplicadoem X e 60% em Y, qual é o retorno esperado ?

40,040,0120,040,0)( pp RRE

%3232,024,008,0)( ouRRE pp

153Retorno esperado de um portfólio

40%

32%

28%

20% Composiçãode Carteira

E(Rp)

100% X 60% X 40% X 0% X0% Y 40% Y 60% Y 100% Y

154Risco na estrutura de uma carteira de ativos

Risco da Carteirade Investimentos -

Risco Diversificável

RiscoSistemático

RiscoTotal

Quantidade de Ativos

155

CORRELAÇÃO NEGATIVA CORRELAÇÃO POSITIVA

Significa que duas sériesmovem-se em direção opostase, quanto mais próximo de -1

mais forte é essa relação.

Significa que duas sériesmovem-se na mesma direçãoe, quanto mais próximo de +1

mais forte é essa relação.

-1 -0,5 0 +0,5 +1

CORRELAÇÃO

Coeficiente de Determinação = R2 = Correlação²

156Coeficiente de Determinação (R2)

Medida estatística que define a % de Y (variáveldependente) que pode ser identificada pela

equação de regressão linear. Varia entre o e 1.

Permite que se conheça a parte do risco de uma empresaexplicada pelas condições de mercado denominadorisco sistemático e a parcela decorrente de variáveisespecíficas de uma empresa (1-R2), conhecida por

risco não sistemático ou diversificável.

VTotalVariânciaT

VExplicadaVariânciaER2

157Risco de uma Carteira

• A seleção de carteiras procura identificar a melhor combinaçãopossível de ativos, obedecendo as preferências do investidorcom relação ao risco e ao retorno esperados. Trata-se deselecionar aquela que maximiza o grau de satisfação doinvestidor.

• O risco de uma carteira depende do risco de cada elemento, desua participação no investimento total (e da forma como oscomponentes se relacionam entre si

• Baixa correlação = co-variância inversa.

158CAPM e Beta

• CAPM: Capital Asset Pricing Model ou modelo de precificação deativos, procura uma resposta de como devem ser relacionados emedidos os componentes de uma avaliação de ativos: risco eretorno.

• Derivado da teoria do portfólio.• O coeficiente beta indica o aumento do retorno necessário para

remunerar o risco sistemático.• Hipóteses do modelo:

– Grande eficiência informativa, igual para todos– Não há impostos, taxas ou outras restrições para investir– Todos os investidores têm a mesma percepção sobre o desempenho dos

ativos– Existe uma taxa de juros de mercado livre de risco

159Coeficiente Beta: Risco Sistemático

M

Mj

R

RR

VARCOV ,

n

jjjP W

1

P = beta da carteira = média ponderada dos ativos contidosna carteira

j = coeficiente beta (risco sistemático de cada ativo)

jW = participação relativa de cada ativo incluído na carteira

1 , Investimento agressivo1 , Investimento defensivo1 , Risco da ação = risco sistemático de mercado

Se

160

161O Alfa de Jensen

1fR

1fR

1fR

Reflete o desempenho da ação comparativamente aos seusvalores esperados, equivalendo ao intercepto a da equaçãoda reta de regressão.

O desempenho do ativo superou as expectativas no período de regressão

O desempenho do ativo foi idêntico àsexpectativas do período de regressão

O desempenho do ativo ficou abaixo das expectativas no período de regressão

162Índice de Sharpe

• É uma medida de avaliação da relação risco x retor-no de ampla aplicaçãoentre os analistas.

• Expressa a relação entre o prêmio pago pelo risco assumido e o risco doinvestimento.

• Rj = retorno de uma carteira constituída por ativos de risco.• Rf = taxa de juros de ativos livres de risco.• = desvio padrão (risco) da carteira.• O índice revela o prêmio oferecido por um ativo, para cada percentual de

risco assumido.

MRR fj

163Dominância entre Ativos /Carteiras

Risco

RetornoC

DB

A

X

2X

Y 2Y

164Beta

B < 1

Ativo varia menos do que o mercado (Ibovespa)

Defensivo

B = 1

Ativo varia igual ao mercado (Ibovespa) Neutro

B < 1

Ativo varia mais do que o mercado (Ibovespa) Agressivo• Quanto maior for o Beta, maior é o risco emaior é o retorno esperado• Quanto menor for o Beta, menor é o risco emenor é o retorno esperado

165Índice de Sharpe

• É uma medida de avaliação da relação risco x retorno de amplaaplicação entre os analistas.

• Expressa a relação entre o prêmio pago pelo risco assumido e orisco do investimento.

• Pode ser calculado comparando-se ao ativo livre de risco.• Pode ser calculado comparando ao benchmark, onde é chamado

de Índice de Sharpe Modificado. É o mais utilizado pelos analistas,ao analisar investimentos com gestão ativa.

• Quanto maior for, melhores (ou mais eficientes) são o fundo e suagestão.

• Tem a desvantagem de desprezar a correlação entre os ativos.

166Tracking Error

• TE = σ (Rativo - Rbenchmark)

• Mede o risco associado ao deslocamento entre o retorno da carteira em relação ao benchmark que se pretende seguir. O ideal em fundos passivos é que seja igual a zero.

• Em fundos passivos, quanto menor melhor, pois a rentabilidade estará bem próxima do benchmark;

• Em fundos ativos, quanto maior melhor, mas implica em incrementos substanciais no risco.

167Erro Quadrático Médio

• EQM, mede o grau de aderência do retorno de uminvestimento ao retorno do seu benchmark.

• Para fundos passivos quanto menor for, o retorno dofundo se aproximará do benchmark, indicando aeficiência do gestor em replicar o referencial.

168Gerenciamento de Riscos

• Risco de Taxa de Juros– Duration (Macaulay): prazo médio das operações

ponderado pelos fluxos de caixa.– Duration Modificada: mede a sensibilidade do

valor da carteira a mudanças nas taxas de juros.Indica, por exemplo, o que acontece com o valorpresente da carteira se a taxa de juros variar paracima ou para baixo.

169Convexidade

Valor da Carteira

B

A

Taxa de Juros

• Se duas carteiras tem a mesma duration, a que tiver maiorconvexidade é a mais atrativa e, portanto, será mais cara.

170Imunização

• Significa tornar o valor de uma carteira de títulos não sensível (ou imune) as alterações da taxa de juros.– Tenta-se aproximar a duration de ativos e passivos

ajustando as carteiras;– Troca-se papeis do passivo por papeis de

vencimentos mais curtos;– Vende-se LTNs do ativo e compra-se LTNs mais

longas.

171Gestão de Risco de Carteiras

• Value at Risk (V@R): representa a pior perda esperada duranteum certo intervalo de tempo, com certo grau de confiança.Não é eficaz em períodos de crises.

• Stop Loss : limite máximo de perdas acumuladas em umadeterminada posição, vendendo o ativo quando atingem umdeterminado valor pré-estabelecido.

• Stress Test: realizado para estimar possíveis perdas nos piorescenários, que não estão refletidos nos retornos históricos.Tem como objetivo principal descobrir riscos potenciais noportfolio.

• Back Testing: é utilizado para testar a validade e robustez dosmodelos de gerenciamento de riscos utilizados,principalmente o V@R.

172Gestão de Risco de Carteiras

• Value at Risk (V@R): representa a pior perda esperada durante um certo intervalo de tempo, com certo grau de confiança. Não é eficaz em períodos de crises.

• Stop Loss : limite máximo de perdas acumuladas em uma determinada posição, vendendo o ativo quando atingem um determinado valor pré-estabelecido.

• Stress Test: realizado para estimar possíveis perdas nos piores cenários, que não estão refletidos nos retornos históricos. Tem como objetivo principal descobrir riscos potenciais no portfolio.

173Os Preços no Mercado Futuro

Preço Futuro

Preço a Vista

Tempo

Valor ($)Vencimento

Contrato Futuro

174Os Preços no Mercado Futuro

Preço Futuro

Preço a Vista

Tempo

Valor ($)Vencimento

Contrato Futuro

nCCKPVFV ntt 1

FVt=preço no mercado futuroPVt=preço a vista no

mercado futuroK= taxa diária de jurosN= número dias até o

vencimento do CFCC=custo carregamento

175FUNDO DE INVESTIMENTO

Definições Legais

Fundo de investimento é simplesmente um condomínio de investidores,com personalidade jurídica própria (CNPJ), denominados cotistas, que reúnemseus recursos com o objetivo de investir no mercado financeiro. Os fundosconvertem estes recursos em cotas de participação, daí a denominaçãocotistas.

Segundo a Instrução CVM 409, o fundo de investimento é uma comunhão derecursos, constituída sob a forma de condomínio, destinado à aplicação emtítulos e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveisno mercado financeiro e de capitais.

Resumindo e completando o conceito, os Fundos de Investimento sãocondomínios de pessoas físicas e jurídicas que buscam, através da comunhãode recursos, investir em carteiras diversificadas de ativos financeiros.

176FUNDO DE INVESTIMENTO

Condomínio

Qual é a base legal dos fundos de investimento?

A base legal dos fundos de investimento é o condomínio, e é desta base queemerge o seu sucesso, pois, o capital investido por cada um dos investidorescotistas, é somado aos recursos de outros cotistas para, em conjunto ecoletivamente, ser investido no mercado, com todos os benefícios dosganhos de escala, da diversificação de risco e da liquidez das aplicações.

A soma dos investimentos de todos os condôminos no fundo constitui opatrimônio e a cada um cabe uma participação que é proporcional à suacontribuição para a formação deste patrimônio. Para facilitar o controle destasparticipações os fundos adotam o sistema de cotas. Antes de vermos comofunciona o sistema de cotas, vejamos o que constitui o Patrimônio Líquido deum Fundo de Investimento.

177FUNDO DE INVESTIMENTO

ESQUEMA DO CONDOMÍNIO E “POOL” DE RECURSOS

178FUNDO DE INVESTIMENTO

Patrimônio Líquido

O patrimônio líquido (PL) do fundo é o valor total dos recursosingressados acrescido dos resultados acumulados das aplicações. Avalorização ou desvalorização dos títulos que compõem a carteira do fundo,bem como as receitas e despesas, as taxas de administração, afetam o seupatrimônio. Os títulos componentes da carteira do fundo que poderão ser derenda fixa ou de renda variável têm os seus valores atualizados a preçosde mercado diariamente.

Mas, como se calcula o Patrimônio Líquido?O Patrimônio de um fundo de Investimento é calculado. Inicialmente seobtém o valor da carteira de títulos a preços de mercado. Ao valor da carteirasão adicionados o caixa e os valores a receber e são subtraídos os valores apagar. O resultado assim obtido é o Patrimônio Líquido.

179FUNDO DE INVESTIMENTO

Cálculo do Patrimônio Líquido de Fundo de Investimento

180FUNDO DE INVESTIMENTO

CotaAgora que já sabemos como apurar o Patrimônio Líquido de um Fundo deInvestimento vejamos como obter o valor da cota.

Mas o que é a cota?As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, esempre são escriturais e nominativas. A cota, portanto, é menor fração doPatrimônio Líquido do fundo. Os fundos são constituídos, como sabemos, naforma de condomínio, o que caracteriza a co-propriedade dos bens. Os bens,portanto, pertencem aos condôminos, que recebem a denominação decotistas. Os cotistas, por sua vez, são proprietários de partes ideais,representadas por cotas proporcionais aos valores investidos por cada umdestes.

181FUNDO DE INVESTIMENTO

A cota é negociável?A cota de fundo aberto não pode ser objeto de cessão ou transferência e acota de fundo fechado pode ser transferida, mediante termo de cessão etransferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, ou através de bolsade valores ou entidade de balcão organizado em que as cotas do fundosejam admitidas à negociação.

Como o valor da cota é calculado?O valor da cota, que é uma fração do patrimônio do fundo, é calculadodiariamente, dividindo-se o valor do patrimônio atualizado pelo número decotas emitidas, apurados, ambos, no encerramento do dia, isto é no horáriode fechamento dos mercados em que o fundo atue. As cotas são sempreemitidas na forma nominal e escritural.

VALOR DA COTA = PATRIMÔNIO LÍQUIDO / NÚMERO DE COTAS EMITIDAS

182FUNDO DE INVESTIMENTO

Qual é o valor do Patrimônio Líquido?O Patrimônio Líquido é calculado pela equação:PL = Carteira de Títulos + Disponibilidades + Valores a (receber – pagar)(+) Carteira de Ativos 2.400.000,00(+) Disponibilidades 40.000,00(+) Valores a Receber 70.000,00(–) Valores a Pagar 10.000,00Patrimônio Líquido 2.500.000,00

Qual é o valor da cota?O valor da cota é calculado pela equação:Valor da Cota = Patrimônio Líquido / Número de Cotas Emitidas

Patrimônio Líquido 2.500.000,00Número de Cotas Emitidas 50.000.000

Valor da cota = R$2.500.000,00/50.000.000 = R$ 0,05

183FUNDO DE INVESTIMENTO

igual

Valor da cota

ESQUEMA DO CÁLCULO DO VALOR DA

COTA DE UM FUNDO DE INVESTIMENTO

184FUNDO DE INVESTIMENTO

Resumindo

Os valores do fundo são constituídos pela Carteira de Títulos eValores Mobiliários que é o total das aplicações líquidas, atualizadasdiariamente pelo método da marcação a mercado de cada papel dacarteira, acrescidos dos Valores a Receber e do Caixa Disponível. Dototal de Ativos são subtraídos os Valores a pagar e obtém-se oPatrimônio Líquido. O Patrimônio Líquido atualizado é dividido pelonúmero de cotas para encontrar-se o Valor da Cota. A Quantidade deCotas de um fundo varia de acordo com as aplicações e resgates dofundo.

185FUNDO DE INVESTIMENTO

Propriedade dos Ativos de Fundos de Investimentos – excluindo fundosimobiliáriosA propriedade dos ativos de um fundo de investimento é do condomínio e acada um cabe a fração ideal representada pelas cotas. Portanto não háindividualização dos ativos por cotistas. Na verdade, o cotista tem umaparticipação no condomínio que detém a carteira de ativos.

Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceirosA separação da propriedade dos recursos dos cotistas da gestão dos ativosdo fundo, que é feita por terceiros, envolve uma situação de potencial conflitode interesses. Para superar esta importante questão foi criado o conceito de“Chinese Wall” que estabelece a segregação das funções das diversasáreas integrantes da instituição gestora dos recursos. Com isso,pretende-se evitar o conflito de interesses, bem como criar meios deminimizar e monitorar adequadamente áreas com potencial conflito dessaespécie.

186FUNDO DE INVESTIMENTO

Chinese Wall

187FUNDO DE INVESTIMENTO

Assembléia Geral de Cotistas

Compete à Assembléia Geral de Cotistas deliberar sobre:

- demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;- substituição do administrador, do gestor ou do custodiante do fundo;- fusão, incorporação, cisão, transformação ou liquidação do fundo;- aumento da taxa de administração;- alteração da política de investimento do fundo;- emissão de novas cotas, no fundo fechado;- amortização de cotas, caso não esteja prevista no regulamento; e-alteração do regulamento.

Convocação: A convocação da Assembléia Geral deve ser feita porcorrespondência, encaminhada a cada cotista e deverá enumerar,expressamente, na ordem do dia, todas as matérias a serem deliberadas, e deveser feita com 10 dias de antecedência, no mínimo, da data de sua realização.

188FUNDO DE INVESTIMENTO

A convocação por iniciativa do gestor, do custodiante ou de cotistas será dirigida aoadministrador, que deverá, no prazo máximo de 30 dias contados do recebimento, realizara convocação da assembléia geral. As deliberações da assembléia geral serão tomadaspor maioria de votos, cabendo a cada cota 1 (um) voto.

O regulamento poderá dispor sobre a possibilidade de as deliberações da assembléiaserem adotadas mediante processo de consulta formal, sem necessidade de reunião doscotistas, como também estabelecer quorum qualificado para as deliberações.

- Há possibilidade de envio de correio eletrônico (e-mail) mediante anuência do investidor;- Haverá a possibilidade de realização da assembléia fora da Sede do administrador;-A Assembléia Geral se instalará com a presença de qualquer número de cotistas.

O resumo das decisões da assembléia geral deverá ser enviado a cada cotista no prazo deaté 30 (trinta) dias após a data de realização da assembléia, podendo ser utilizadopara tal finalidade o extrato de conta que for enviado após a comunicação. Caso aassembléia geral seja realizada nos últimos 10 (dez) dias do mês, a comunicação tratadano item acima poderá ser efetuada no extrato de conta relativo ao mês seguinte ao darealização da assembléia.

189FUNDO DE INVESTIMENTO

Informações Relevantes (disclaimers):Os “disclaimers” são as informaçõesrelevantes contendo alertas sobre o desempenho, as garantias, os riscos,entre outras mais, que o Prospecto do Fundo de Investimento deve explicitar,de modo a que o investidor não possa negar o seu conhecimento caso situaçõesadversas venham a ocorrer. Visando alertar o investidor, o Prospecto do Fundode Investimento deve divulgar as informações consideradas relevantes, emlinguagem clara e acessível ao público alvo do fundo. A divulgação dessasinformações são disclaimers exigidos pela legislação e pelo código de auto-regulação da ANBID. Essas informações são:

A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidadefutura. O fundo de investimento de que trata esse prospecto não conta com agarantia de seu administrador, gestor da carteira, de qualquer mecanismo de

seguro ou do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

190FUNDO DE INVESTIMENTO

As informações contidas nesse prospecto estão em consonância com oregulamento do fundo de investimento, porém, não o substitui. Recomenda- se aleitura cuidadosa, tanto desse prospecto, quanto do regulamento, com especialatenção para as cláusulas relativas ao objetivo e à política de investimentos dofundo, bem como às disposições do prospecto que tratam dos fatores de risco aque este está exposto.

O investimento nesse fundo apresenta riscos. Ainda que seu gestor de carteiramantenha sistema de gerenciamento de riscos, não há garantia de completaeliminação de perdas, para o fundo de investimento ou para o investidor.

Para avaliação da performance do fundo de investimento, é recomendável umaanálise de período de, no mínimo, 12 meses.

191FUNDO DE INVESTIMENTO

Adicionalmente às informações acima, que devem constar do prospecto, em casode fundos de investimento que usam derivativos como estratégias paraalavancarem seus resultados, o prospecto do fundo deve, ainda, conterinformações sobre o risco com dizeres do tipo:

192FUNDO DE INVESTIMENTO

Segregação de funções e responsabilidades:

Na atividade de administração dos fundos de investimento estão envolvidosvários agentes: o Administrador, o Gestor, o Custodiante, o Distribuidor eo Auditor Independente. Cada um é responsável por uma atividadeespecífica. As funções podem estar agrupadas na mesma instituição, ouserem executadas por diferentes empresas.

Essas funções às vezes são tidas como sinônimos, mas na realidade, cada umexerce funções bastante específicas e distintas.

193FUNDO DE INVESTIMENTO

Administradores: cabe ao administrador praticar todos os atos necessários àadministração do fundo e da carteira, bem como exercer os direitos inerentes aos ativosfinanceiros e as modalidades operacionais que integrem a carteira desse. As principaisatividades exercidas pelo Administrador, são: constituir o fundo, produzir osregulamentos e prospectos, divulgar o valor das cotas nos jornais, emitir extrato aoscotistas, ser o responsável pelas informações devidas ao investidor e aos órgãosreguladores. Perceba que o administrador do fundo é a instituição responsável legal pelofundo. Podem ser administradores de fundos de investimento as pessoas jurídicasautorizadas pela CVM.

Gestores: a atividade de gestão se relaciona a escolha dos ativos financeiros queserão incluídos na carteira de investimentos do fundo. As principais atividades exercidaspelos gestores, são: selecionar as melhores alternativas de investimentos que estejamde acordo com o regulamento e o prospecto do fundo, elaborar a estratégia deinvestimentos do fundo, comprar e vender títulos, controlar o caixa, analisar o risco eretorno das operações, ser o responsável pela rentabilidade do fundo. Os gestores sãoprofissionais especializados que acompanham o mercado e procuram definir osmelhores momentos de compra e venda dos ativos financeiros que compõe a carteira dofundo. A gestão é desempenhada por pessoa natural (PF) e jurídica credenciada comoadministradora de carteira de valores mobiliários pela CVM.

194FUNDO DE INVESTIMENTO

Distribuidores: aqueles que distribuem as cotas do fundo, ou seja, quem vende ascotas no mercado. As cotas dos fundos do Bradesco são distribuídas pela rede deagências, pois quando um cliente quer fazer um investimento em fundos, ele se dirige àsua agência.

Custodiante: os serviços de custódia qualificada compreendem a liquidação física efinanceira dos ativos, sua guarda, bem como a administração e informação de eventosassociados a estes ativos. O serviço não envolve negociação ou qualquer tipo deaconselhamento sobre o investimento. A custódia permite a segregação de funçõesentre quem toma a decisão de investimento e quem faz a liquidação financeira e aguarda dos ativos, o controle e contabilização das contas do fundo, trazendo maistransparência e segurança para o processo.

Auditor Independente: As demonstrações financeiras anuais do fundo devem serauditadas por auditor independente registrado na CVM - Comissão de ValoresMobiliários. O administrador deve manter atualizado e em perfeita ordem os pareceresdo auditor independente.

195FUNDO DE INVESTIMENTO

Fundo de Investimento - FI, são fundos que investem os recursos naaquisição direta de títulos e valores mobiliários, bem como em quaisqueroutros ativos disponíveis no mercado financeiro.

Fundo de Investimento em Cotas - FIC, são fundos cujos recursos sãodestinados, exclusivamente, à aquisição de cotas de fundo de investimento.Deverá manter, no mínimo, 95% de seu patrimônio investido em cotas defundos de investimento de uma mesma classe, exceto os fundos deinvestimento em cotas classificados como “Multimercado”, que podem investirem cotas de fundos de classes distintas.

Os FI ou FIC podem ser classificados como Abertos, Fechados, Exclusivos,Com Carência e Sem carência.

Fundos de Investimento (FI) e Fundos de Investimento em Cotas (FIC):

Definições

196FUNDO DE INVESTIMENTO

AbertosSão aqueles em que os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas aqualquer tempo. Portanto, nos fundos abertos, o ingresso e a saída de cotistasse dão automaticamente por solicitação junto ao Administrador do Fundo.

FechadosSão aqueles em que as cotas só podem ser resgatadas ao término do prazode duração do fundo ou quando de sua liquidação. Logo, nos fundos fechadosnão há resgate de cotas. Neste caso, as cotas podem ser negociadas emmercado secundário, apresentando, portanto, diferentes níveis de liquidez.

Fundos de Investimento (FI) e Fundos de Investimento em Cotas (FIC):

197FUNDO DE INVESTIMENTO

ExclusivosSão fundos pertencentes a um único cotista. Para ter um fundo exclusivo, o cotistadeve ter um volume de recursos alto, pois um fundo apresenta uma série de custosque não poderão ser partilhados com outros cotistas. Um fundo exclusivo com umpequeno volume aplicado acaba mostrando-se inviável, portanto, são destinados ainvestidor qualificado. Mas o que é investidor qualificado?São por definição:- As instituições financeiras;- Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;- Entidades abertas e fechadas de previdência privada complementar;- Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valorsuperior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) e que, adicionalmente, atestem porescrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio;- Fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados;- Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pelaCVM - Comissão de Valores Mobiliários, em relação a seus recursos próprios.

Fundos de Investimento (FI) e Fundos de Investimento em Cotas (FIC):

198FUNDO DE INVESTIMENTO

Com CarênciaSão fundos que estabelecem um período mínimo de permanência dosrecursos do cliente no fundo. Havendo resgate, o cliente perde o rendimentoproporcionado pelo fundo durante o período de carência.

Sem CarênciaSão fundos que oferecem liquidez diária, logo o cotista pode fazer resgates aqualquer tempo sem perda de rentabilidade. Vale lembrar que existe incidênciatributária nos resgates de investimentos de curto prazo.

Fundos de Investimento (FI) e Fundos de Investimento em Cotas (FIC):

199FUNDO DE INVESTIMENTO

Dinâmica de Aplicação e Resgate

As aplicações dos recursos dos Fundos de Investimento, além de atenderemaos objetivos e as políticas de investimento estabelecidas devem, também,atender às exigências legais. Ao receber os recursos do cliente, o gestor dofundo tem que se preocupar em rentabilizá-lo. Para isso precisa adquirir osativos que comporão a carteira do fundo, pois são eles que possibilitarão avalorização das cotas. O raciocínio é o seguinte: “dinheiro parado não rende”.

Da mesma forma que o gestor compra ativos para compor a carteira do fundo ao receber uma nova aplicação de um cliente, quando o cotista deseja fazer um resgate o gestor tem que vender parte dos ativos que estão em carteira, pois só assim consegue dinheiro para devolver ao cliente.

Aplicação =

Resgate =

200FUNDO DE INVESTIMENTO

Prazo de Cotização: conceito (prazo de conversão de cotas naaplicação e no resgate)

Cotização é a transformação dos recursos em cotas no momento daaplicação e no resgate é a conversão de cotas em recursos.

A Conversão de recursos monetários em cotas e de cotas em recursosmonetários se dá nos momentos das aplicações e dos resgates. Nomomento da aplicação, o investidor entrega recursos monetários para ofundo e este emite cotas em número equivalente ao valor da aplicação.Procedimento similar ocorre quando o cotista solicita o resgate, isto é, ofundo resgata as cotas e credita recursos monetários em valorequivalente as cotas resgatadas pelo cotista.

A conversão de recursos monetários em cotas e de cotas em recursosmonetários se dá: respectivamente, no momento da aplicação e doresgate.

201FUNDO DE INVESTIMENTO

Prazo de Cotização: conceito (prazo de conversão de cotas naaplicação e no resgate)

Ao investir num Fundo de Investimento, o cliente adquire um determinadonúmero de cotas desse fundo. Essa aquisição pode ser feita no própriodia da aplicação (D0) ou no dia seguinte (D+1). Esse processo échamado de cotização.

Regras para conversão de cotas: a aplicação e resgate: poderáser utilizado cota de abertura ou fechamento do dia seguinte ao da efetivadisponibilidade, para os fundos das classes: Curto Prazo, Referenciado eRenda Fixa (carteira de curto prazo); e somente cota de fechamento dodia ou do dia seguinte ao da efetiva disponibilidade, para os fundos dasclasses: Cambial, Multimercado, Ações e Dívida Externa.

- Pagamento do resgate: conforme estabelecido no regulamento.

202

Conversão de recursos monetários em cotas em uma aplicação

FUNDO DE INVESTIMENTO

203FUNDO DE INVESTIMENTO

Liquidação Financeira é o efetivo débito ou crédito dos recursos em conta doinvestidor, ou seja,a entrada ou a saída destes recursos em sua conta.

Caso o investidor comande a aplicação e ela seja feita no mesmo dia, diz-se quea liquidação ocorre em D0. Se, por outro lado, comanda-se uma aplicação hoje eela só é feita amanhã, a liquidação é feita em D+1.

O prazo de cotização e o prazo de liquidação financeira estão associados aosmomentos em que as cotas são emitidas ou resgatadas, e os correspondentesmomentos em que os recursos monetários ingressam ou saem do fundo deinvestimento.

Regras para liquidação de cotas:

-de aplicação: no dia (D0) ou do dia seguinte (D+1) da disponibilidade dosrecursos.- pagamento do resgate: Não poderá ser superior a 5 dias úteis, contados dadata da conversão de cotas.

204FUNDO DE INVESTIMENTO

Liquidação Financeira e Cotização

Prazo de Cotização e Liquidação na Aplicação

Prazo de Cotização e Liquidação no Resgate

205FUNDO DE INVESTIMENTO

A cota de abertura é calculada atualizando os valores dos ativoscomponentes da carteira até a data do dia anterior. Portanto, o valor da cota éconhecido na abertura dos negócios do dia, e as aplicações e resgates do diasão convertidos utilizando-se o valor da cota de fechamento. A cota deabertura é utilizada na maioria dos fundos de curto prazo, referenciados e derenda fixa, pois estes são pouco voláteis.

A cota de fechamento é calculada atualizando os valores dos títuloscomponentes da carteira no próprio dia do cálculo da cota, sendo estadivulgada após o fechamento do mercado de negociação dos títulos. Osfundos de ações usam a cota de fechamento, pois estes têm muitavolatilidade.

Todos os fundos, com as exceções permitidas para os fundos de curtoprazo, referenciados e de renda fixa, devem utilizar a cota defechamento, conforme determinação da Instrução CVM 409.

206FUNDO DE INVESTIMENTO

Como se pode integralizar o valor da cota?A integralização do valor das cotas do fundo deve ser realizada em moedacorrente nacional. No caso de fundos exclusivos de investidor qualificados épermitido integralizar e resgatar com títulos e valores mobiliários.

Como é feito o resgate das cotas?O resgate de cotas de fundo de investimento deve obedecer às seguintes regras:1. O prazo entre o pedido de resgate e a data de conversão de cotas deve serestabelecido no regulamento do fundo.2. A conversão de cotas deve ser efetivada pelo valor da cota do dia na data daconversão, ressalvadas as exceções permitidas para os fundos de curto prazo,referenciados e de renda fixa.3. O pagamento do resgate definitivo deve ser efetuado em cheque, crédito emconta corrente ou ordem de pagamento, no prazo estabelecido no regulamento,que não poderá ser superior a 5 (cinco) dias úteis.4. o regulamento poderá estabelecer prazo de carência para resgate, com ousem rendimento.

207FUNDO DE INVESTIMENTO

Será devida ao cotista uma multa de 0,5% (meio por cento) do valor deresgate, a ser paga pelo administrador do fundo, por dia de atraso nopagamento do resgate de cotas.

Em casos excepcionais de liquidez dos ativos componentes da carteira dofundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com aliquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributáriodo fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, oadministrador poderá declarar o fechamento do fundo para a realização deresgates, sendo obrigatória a convocação de Assembléia GeralExtraordinária, no prazo máximo de 1 (um) dia, para deliberar, no prazo de 15(quinze) dias, a contar da data do fechamento para resgate. Deverá sercomunicado à CVM imediatamente.

É facultado ao administrador suspender, a qualquer momento, novasaplicações no fundo, desde que tal suspensão se aplique indistintamente anovos investidores e cotistas atuais.

208FUNDO DE INVESTIMENTO

O fundo não pode deter mais de 20% (vinte por cento) de seu patrimôniolíquido em títulos ou valores mobiliários de emissão do administrador, dogestor ou de empresas a eles ligadas.

O regulamento deve dispor sobre o percentual máximo de aplicação em cotasde fundos de investimento administrados por seu administrador, gestor ouempresa a eles ligada.

Considera-se empresa ligada aquela em que o administrador do fundo ou ogestor da carteira, seus controladores, administradores ou respectivoscônjuges, companheiros ou parentes até segundo grau, participem empercentagem superior a 10 % (dez por cento) do capital social, direta ouindiretamente, individualmente ou em conjunto, ou na qual ocupem cargo deadministração.

209FUNDO DE INVESTIMENTO

Acessibilidade ao Mercado Financeiro

Diversificação

Liquidez

Principais Características:

210FUNDO DE INVESTIMENTO

Acessibilidade ao Mercado Financeiro: O conceito de Acessibilidade aoMercado Financeiro está ligado a condição de acesso, por parte dosinvestidores, aos produtos de investimento e operações financeirasdisponíveis no mercado. Muitos produtos e operações, por sua sofisticação ecomplexidade, não são acessíveis aos investidores em geral, sendo umaprerrogativa dos investidores qualificados e de grande porte. Ao se cotizarematravés de fundo de investimento, e ao delegarem a gestão a profissionais demercado, os investidores, em conjunto, adquirem as condições necessáriaspara operar em mercados mais sofisticados, mesmo que, individualmente,não tenham tais condições.

Os fundos de investimento, portanto, abrem, ao investidor, o acesso ao mercadofinanceiro como um todo, permitindo obter os melhores retornos para os seusinvestimentos, seja o investidor, grande, pequeno, experiente ou leigo. Destaforma podemos dizer que uma característica que trás benefício para o investidorde um fundo de investimento é a acessibilidade ao mercado financeiro.

211FUNDO DE INVESTIMENTO

Diversificação: O conceito de diversificação é bastante conhecido emuito utilizado nos investimentos em geral. A diversificação estáassociada à redução do risco nas aplicações financeiras. Ao investir emvários ativos financeiros, o investidor espera que enquanto algunspossam ter mau desempenho, outros terão bom desempenho e na médiao risco seja menor do que seria caso ele tivesse investido em apenas umativo.

O benefício da redução de risco obtido pela diversificação fica facilitado,quando se faz os investimentos por meio de um fundo de investimento. Omaior volume de recursos, viabilizados através do “pool” de cotistaspermite diversificar os investimentos, o que, para um investidor depequeno porte, seria difícil de alcançar. Desta forma, a diversificação éuma importante característica dos fundos de investimento.

212FUNDO DE INVESTIMENTO

Liquidez: O conceito de liquidez está associado a facilidade, ouvelocidade, de transformar um investimento em dinheiro. Um ativo éconsiderado tanto mais líquido quanto mais rápido e com menos custo,ou perda, ele puder ser convertido em caixa. A liquidez, portanto, é umatributo desejado pelo investidor. Normalmente os investimentos de altaliquidez, por serem muito desejados, oferecem rentabilidades menores.

Isto quer dizer que a liquidez é um atributo que tem custo, e este custo éexpresso na rentabilidade mais baixa.

213FUNDO DE INVESTIMENTO

Características e benefícios dos fundos de investimentos

214FUNDO DE INVESTIMENTO

POLÍTICA DE INVESTIMENTO

A Política de Investimento descreve a forma como a gestão do fundopretende atingir o seu objetivo de investimento. A política indica as principaisestratégias e técnicas ou práticas de investimento a serem utilizadas,identifica os tipos de títulos e valores mobiliários nos quais pode investir,incluindo derivativos e suas finalidades.

As políticas de seleção e alocação de ativos e, quando for o caso o limite deconcentração, bem como as faixas de alocação de ativos e de alavancagem,devem também fazer parte da descrição da política de investimento.

As políticas de investimento devem estar descritas, obrigatoriamente, noregulamento do fundo.

215FUNDO DE INVESTIMENTO

OBJETIVOS DE INVESTIMENTO

Os objetivos de investimento de um fundo estão relacionados aodirecionamento do investimento em termos de metas. Em síntese,aquilo que o fundo busca alcançar com o investimento. Saber osobjetivos de investimento, bem como as políticas, que são os meiosempregados para alcançá-los, é fundamental para dar ciência aoinvestidor do fim pretendido. A política, por outro lado, está voltadapara as estratégias empregadas na busca dos objetivos. Tanto osobjetivos como as políticas devem ser claras e devem constar doprospecto, e quando for o caso, devem explicitar as metas e osparâmetros de performance.

216FUNDO DE INVESTIMENTO

Fundos Ativos e Passivos: Definição

Como já descrito nas estratégias de gestão, os fundos podem ser classificadoscomo ativos e passivos, de acordo com o objetivo de investimento

Fundos AtivosSão considerados ativos aqueles em que o gestor atua buscando obter melhordesempenho, assumindo posições que julgue propícias para superar o seu“benchmark”. Dependendo do tipo de fundo ativo, o gestor pode atuar em váriosmercados, selecionar ativos com potencial e inclusive alavancar posições usandoderivativos. Estes fundos, normalmente apresentam melhor rentabilidade queseus congêneres passivos, mas trazem consigo um maior nível de risco.

217FUNDO DE INVESTIMENTO

Fundos Passivos

Os fundos passivos são aqueles que buscam acompanhar umdeterminado “benchmark” e por essa razão seus gestores têm menosliberdade na seleção de ativos. Em um fundo de ações indexado aoIBOVESPA, por exemplo, o gestor deve buscar investir em carteira deativos que tenha um comportamento similar a carteira teórica do índice.Não é necessário normalmente reproduzir a carteira teórica de formaintegral.

Com um número bem menor de ações de maior representatividade noíndice, é possível obter boa aderência ao IBOVESPA. Neste caso ogestor não pode usar derivativos com propósito de alavancagem.

218FUNDO DE INVESTIMENTO

Estratégias de Investimentos

219FUNDO DE INVESTIMENTO

PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE GESTÃO

“stock picking” é a escolha de ações atrativas com maior potencial de valorização. “market timing” quer dizer entrar e sair do mercado na ora certa, buscando otimizar a rentabilidade da carteira.

220FUNDO DE INVESTIMENTO

Carteiras de curto prazo e longo prazo: definição CVM

Os fundos são classificados como “Curto Prazo“, segundo a CVM, quando

os títulos que compõem a sua carteira possuem prazo máximo a decorrer de

375 dias e prazo médio da carteira inferior a 60 dias e “Longo Prazo”,

quando o prazo médio da carteira for superior a 365 dias.

221FUNDO DE INVESTIMENTO

Dificuldades de Replicação dos Índices de Referência (benchmarks) e suas principais causas:

Custos

Impostos

dinâmica de cálculo da rentabilidade do fundo

contabilização a mercado

222FUNDO DE INVESTIMENTO

Dificuldades de Replicação dos Índices de Referência (benchmarks) e suas principais causas:

Custos: Como vimos, uma dificuldade é o custo das transações. Comprare vender ativos, em bolsa ou no mercado de balcão, têm custos associados.As corretagens, os emolumentos, o spread entre compra e venda, entreoutros, são custos que afetam o desempenho e, por essa razão, devem serevitados tanto quanto possível.

IMPOSTOS: Nos fundos de investimento, exceto fundos de ações, nasistemática atual, existe o come cotas. Mesmo sem resgates por parte doscotistas, no último dia útil de maio e de novembro de cada ano o fundo deverecolher o imposto de renda na fonte sobre ganhos de capital18. Paraefetuar o recolhimento, o fundo tem que vender ativos, ou manterdisponibilidade, prejudicando a rentabilidade do fundo.

223FUNDO DE INVESTIMENTO

Dificuldades de Replicação dos Índices de Referência (benchmarks) e suas principais causas:

CONTABILIZAÇÃO A MERCADO: A contabilização a mercado, ou seja o“Mark to Market” dos ativos da carteira, significa que diariamente todos osativos devem ser precificados pelo seu valor de mercado.

Para ativos com cotação ou com grande liquidez que têm preços divulgados,a tarefa de marcar a mercado é fácil. Para os ativos de renda fixa, que nãotenham seus preços divulgados, é necessário calcular o preço de mercado.O preço de mercado é o valor presente dos fluxos de recebimentos futurosdescontados a taxa de juros de mercado apropriada para cada prazo,ajustada ao risco de crédito do ativo em questão.

224FUNDO DE INVESTIMENTO

Dificuldades de Replicação dos Índices de Referência (benchmarks) e suas principais causas:

DINÂMICA DE CÁLCULO DA RENTABILIDADE: O cálculo da rentabilidadeda carteira de um fundo é feita sobre o valor da cota. O valor da cota écalculado dividindo o Patrimônio Líquido (PL) pelo número de cotasemitidas. O Patrimônio Líquido, por sua vez, é calculado diariamenteatualizando os valores dos ativos da carteira de investimento e somando-seas disponibilidades de caixa e os valores a receber e subtraindo-se osvalores a pagar. Este cálculo em si não apresenta maiores dificuldades, masa atualização diária dos valores dos ativos da carteira pode ser uma tarefadifícil.

225FUNDO DE INVESTIMENTO

Principais mercados (DI, Cambial, Renda Fixa, Ações e seusDerivativos).

A carteira de um fundo de investimento é composta pelos ativos quesão adquiridos pelo gestor com os recursos que ingressam no fundo.Ao compor uma carteira de investimentos, o gestor deverá seguir oestabelecido no regulamento do fundo na política de investimento.

Há, ainda, os derivativos que são ativos financeiros cujos valores ecaracterísticas de negociação estão “amarrados” aos ativos que lhesservem de referência. A palavra derivativo vem do fato que o preço do ativoé derivado de um outro. Alguns fundos de investimento podem aplicar emderivativos de juros, ações ou câmbio.

Carteira de Investimentos

226FUNDO DE INVESTIMENTO

Riscos dos Ativos Individuais versus Riscos da Carteira

O risco de uma carteira de investimentos não é a soma dos riscosindividuais dos diversos ativos que a compõem. Já vimos que o risco de umtítulo isolado é maior que o risco de uma carteira diversificada. Por que issoocorre? (Diversificação/Correlação).

Correlação é a dependência entre duas ou mais variáveis aleatórias(nesse caso, dois ativos numa carteira), em que a ocorrência de um valorde uma das variáveis favorece a ocorrência de um conjunto de valores dasoutras variáveis. Esta correlação poderá ser negativa ou positiva. Acorrelação será negativa quando, por exemplo, dois ativos movimentam-seem direção oposta (quando um sobe o outro desce) e chamamos decorrelação positiva quando dois ativos movimentam-se na mesma direção(os dois sobem ou descem).

227FUNDO DE INVESTIMENTO

Alavancagem: conceito, vantagens e desvantagens

Os cotistas de alguns fundos de investimento podem estar dispostos acorrer mais riscos para ter melhor rentabilidade. Uma das estratégias queos gestores podem utilizar para alcançar esse objetivo é a alavancagem.

Alavancagem pode ser definida como a utilização de recursos de terceiroscom o objetivo de aumentar a exposição financeira de um fundo deinvestimento acima do seu patrimônio líquido. Essa estratégia visa aaumentar as possibilidades de ganhos, com conseqüente aumento do graude risco do investimento.

A vantagem de utilizar a alavancagem é que consegue-se aumentar arentabilidade do fundo de investimentos.

Por outro lado, apresenta a desvantagem de aumentar o risco incorrido.

228

Impacto de variações nas taxas de juros, câmbio e inflação sobreas famílias de fundos: conseqüências.

O mercado está sujeito a diversos fatores de risco, os quais afetam os preçose os retornos dos ativos financeiros. São fatores de risco as variações nastaxas de juros, nas taxas de câmbio, nos índices de ações e a inflação, paramencionar os mais comuns deles. Vejamos agora como cada um dessesfatores de risco impactam sobre as diferentes famílias de fundos.

TAXA DE JUROS: O valor de um ativo financeiro pode ser determinado pelométodo do valor presente do fluxo de caixa gerado pelo ativo. No cálculo dovalor presente, a taxa de desconto tem um papel fundamental. Quanto maiorfor a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor presente tanto menor seráo valor presente. O valor presente e a taxa de desconto guardam entre si umarelação inversa. Se considerarmos que a taxa de desconto a ser utilizada sejauma função da taxa de juros de mercado, podemos concluir que quando a taxade juros de mercado sobe o valor dos ativos desce e vice versa.

FUNDO DE INVESTIMENTO

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TAXA DE CÂMBIO: A taxa de câmbio é um parâmetro importante nosfundos que contém ativos cujo valor depende da cotação do dólar. Asoscilações na taxa de câmbio se refletem na rentabilidade, pois tendo ativoscujo preço é referenciado em dólar, um aumento na taxa de câmbio terá umimpacto positivo na rentabilidade do fundo, e uma queda na taxa de câmbioafetará negativamente o desempenho do fundo cambial.

INFLAÇÃO: Alguns fundos são referenciados à inflação, e o mais popularentre eles é o fundo IGP-M, que têm em sua carteira títulos indexados ao IGP-M. O desempenho deste fundos depende de dois fatores: cupom de juros evariação no IGP-M.

FUNDO DE INVESTIMENTOImpacto de variações nas taxas de juros, câmbio e inflaçãosobre as famílias de fundos: conseqüências.

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TAXA DE ADMINISTRAÇÃO: A Taxa de Administração tem por finalidade, cobrir os custosde administração do fundo de investimento; tais como salário dos funcionários,contabilidade, auditoria, remuneração da instituição administradora e do gestor.

A taxa de administração expressa no regulamento do fundo consiste no somatório dasremunerações devidas pelo fundo a cada um dos prestadores de serviços contratados poreste, incluindo o próprio administrador e os demais prestadores de serviços, tais comogestor da carteira, controlador e distribuidor de cotas. Quaisquer outras despesas nãoprevistas como encargos do fundo devem correr por conta da instituição administradora.

A taxa de administração pode ser fixa, variável, de entrada ou de saída. Qualquer que seja ataxa de administração, ou combinação de taxas, estas devem estar previstas noregulamento do fundo, e não pode ser alterada sem prévia aprovação da assembléia geralde cotistas, a não ser que o administrador deseje reduzir a taxa.

A Taxa de Administração, independente de forma, isto é fixa ou variável como é o caso dataxa de performance, é a única forma de remuneração do Administrador do Fundo deInvestimento. Outra taxa de administração, muito pouco usual no mercado é a taxa deentrada ou de saída, cobrada nos momentos das respectivas movimentações.

FUNDO DE INVESTIMENTOTaxa de Administração, Performance, Ingresso e Saída

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Formas de cobrança (ajuste no valor da cota)

A regulamentação estabelece que a instituição administradora deve estipular aremuneração a ser percebida pela prestação do serviço de administração dofundo. Os termos dessa cobrança devem estar estabelecidos no regulamento dofundo.

Acompanhe o exemplo abaixo:

O regulamento do Fundo Xis estabelece que sua taxa de administração é de 3%ao ano sobre o patrimônio líquido do fundo. A remuneração do administrador écalculada à base de 1/252 da taxa referida, sobre o valor diário do patrimôniolíquido do fundo. Essa remuneração é paga mensalmente, por períodos vencidos.O cálculo da taxa de administração obedece uma “receita”, da mesma forma queutilizamos uma receita para preparar um bolo. Veja os passos utilizados paracalcular a taxa de administração.

FUNDO DE INVESTIMENTOTaxa de Administração, Performance, Ingresso e Saída

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1. Tenha em mãos o valor do Patrimônio Líquido do fundo e o número de cotasdistribuídas. Reserve.

2. Calcule a taxa de administração diária seguindo as instruções do administrador.(O Fundo Xis tem taxa anual de 3%, sendo cobrada à base de 1/252 sobre oPatrimônio Líquido diário do fundo).

3. Aplique a taxa diária sobre o Patrimônio Líquido do Fundo. Essa será aremuneração devida ao administrador nesse dia.

4. Subtraia a remuneração encontrada no item 3 do valor do Patrimônio do Fundo.Esse será o novo Patrimônio Líquido do fundo.

5. Divida o novo Patrimônio Líquido pelo número de cotas distribuídas. Pronto. Ovalor encontrado é o novo valor da cota desse fundo.

FUNDO DE INVESTIMENTOTaxa de Administração, Performance, Ingresso e Saída

233FUNDO DE INVESTIMENTO

1. Patrimônio Líquido do Fundo = R$ 1.000.000,00

Número de Cotas Distribuídas = 850.000 = Valor da cota = 1,176470

2. Taxa de administração = 3 x 1/252 = 0,011905% ao dia.

Remuneração doAdministrador

PatrimônioLíquido

Taxa deAdministração Diária

Remuneração do Administrador = 1.000.000,00 x 0,011905

Remuneração do Administrador = 119,05

Novo Patrimônio Líquido = 1.000.000,00 - 119,05 = 999.880,95

Novo Valor de Cota = 999.880,95 / 850.000 = 1,176331

Novo Valor de Cota = 1,176331

234FUNDO DE INVESTIMENTO

Taxa de Performance: é a taxa percentual cobrada pelos bancos sobre aparcela da rentabilidade do fundo de investimento que exceder a variação de umdeterminado índice previamente estabelecido, portanto é uma taxa variável. Ex.:se a taxa de performance é de 25% sobre o CDI, significa que este percentualserá cobrado sobre os rendimentos que ultrapassarem a variação do CDI noperíodo.Analise os seguintes exemplos considerando uma taxa de performance de 25%:

Performance: 25% (0,25) X 0,10% = 0,025%

A taxa de Performance só pode ser cobrada em fundos nos quais o valor deaplicação inicial e de manutenção seja de, no mínimo, R$ 50.000,00, e demovimentação no valor de, no mínimo, R$ 5.000,00.

235FUNDO DE INVESTIMENTO

No artigo 62 da Instrução Normativa 409, a CVM determinou as regras paraa cobrança de taxa de performance:

a) vinculação a um parâmetro de referência compatível com a política deinvestimento do fundo e com títulos que efetivamente a componham;b) vedação da vinculação da taxa de performance a percentuais inferiores a100% do parâmetro de referência;c) cobrança por período, no mínimo, semestral; ed) cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa deadministração.e) é vedada a cobrança de taxa de performance quando o valor da cota do fundofor inferior ao seu valor por ocasião da última cobrança efetuada.f) é permitida a cobrança de ajuste sobre a performance individual do cotista queaplicar recursos no fundo posteriormente à data da última cobrança,exclusivamente, nos casos em que o valor da cota adquirida for inferior ao valorda mesma na data da última cobrança de performance efetuada.g) Os fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados podemcobrar taxa de performance, de acordo com o que dispuser o seu regulamento.

236FUNDO DE INVESTIMENTO

No ponto A foi onde houve a cobrança da taxa de performance e os retornos acumuladosdo “benchmark” e do fundo foram nivelados para efeito de cobrança da taxa deperformance. Neste ponto o fundo passou a ter um retorno menor que a sua meta, sórevertendo à tendência no ponto B. Deste ponto em diante o fundo iniciou umarecuperação e atingiu a meta no ponto C. A partir deste momento o fundo passa a ternovamente sucesso e, portanto direito a taxa de performance. Vale, aqui, ressaltar, oconceito de linha d’água tem um limite de tempo de validade, mínimo de 6 meses.

Conceito linha d’agua

237FUNDO DE INVESTIMENTO

DESPESAS: De acordo com a Instrução CVM 409 são encargos do Fundo deInvestimento, além da Taxa de Administração, os impostos e contribuições que incidamsobre os bens, direitos e obrigações do fundo, as despesas com impressão expedição epublicação de relatórios, formulários e informações periódicas, previstas no regulamento,as despesas de comunicação aos condôminos, os honorários e despesas do auditor, osemolumentos e comissões nas operações do fundo, despesas de fechamento de câmbiovinculadas as suas operações, os honorários de advogados e despesas feitas em defesados interesses do fundo, quaisquer despesas inerentes a constituição ou liquidação dofundo ou a realização de assembléia geral de condôminos, e as taxas de custodia devalores do fundo.

VALE LEMBRAR QUE: A taxa de administração e a de performance não podem seraumentadas sem prévia aprovação da assembléia geral de cotistas; o administradorpode, contudo, reduzir unilateralmente as taxas a que faça jus, comunicando o fato àCVM e aos cotistas, e promovendo a devida alteração do prospecto.

Os fatores que afetam o valor da cota são: composição da carteira; marcação a mercado;taxa de administração; performance e outras despesas.

O IMPOSTO DE RENDA NÃO AFETA O VALOR DA COTA,E SIM A QUANTIDADE DE COTAS.

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Ativos Elegíveis

1. Fundo de Curto Prazo:

- deverão aplicar seus recursos exclusivamente em títulos públicos federais ouprivados prefixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, outítulos indexados a índice de preços, com prazo máximo a decorrer de 375 dias,e prazo médio da carteira do fundo inferior a 60 dias

- permitida a utilização de derivativos somente para proteção da carteira e arealização de operações compromissadas lastreadas em títulos públicosfederais

- é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundodestinado a investidor qualificado.

239Ativos Elegíveis

2. Fundo Referenciado: devem identificar em sua denominação o seu indicadorde desempenho, em função dos ativos financeiros integrantes das respectivascarteiras, desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condições:

- tenham 80% no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada oucumulativamente, por (exceto aos referenciados em ações):a) títulos de emissão do tesouro Nacional e/ou Banco Central do Brasil;b) títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado nacategoria baixo risco de crédito ou equivalente, com certificação por agência declassificação de risco (Rating) localizada no país;- 95% no mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de forma aacompanhar, direta ou indiretamente, a variação do indicador de desempenho(benchmark) escolhido;- restrinjam a respectiva atuação nos mercados de derivativos a realização deoperações com o objetivo de proteger posições à vista, até o limite dessas.- O indicador de desempenho deve estar expressamente definido nadenominação do fundo.- é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundodestinado a investidor qualificado.

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Ativos Elegíveis

3. Fundo de Renda Fixa: é definido a partir do principal fator de risco associadoà carteira do fundo.

-deverá possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente,ou sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe;

- os principais fatores de risco da carteira de um fundo classificado como “RendaFixa”, deve ser a variação da taxa de juros doméstica ou índice de inflação, ouambos;

- é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundodestinado a investidor qualificado ou classificado como Renda Fixa de LongoPrazo (quando o prazo médio de sua carteira supere 365 dias).

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Ativos Elegíveis

4. Fundo de Ações: é definido a partir do principal fator de risco associado àcarteira do fundo.

-deverá possuir, no mínimo, 67% da carteira em ações admitidas à negociaçãono mercado à vista de bolsa de valores ou entidade do mercado de balcãoorganizado;

- o principal fator de risco da carteira de um fundo classificado como Ações”, deveser a variação de preços de ações, admitidas à negociação no mercado à vistade bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado.

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Ativos Elegíveis

5. Fundo Cambial: é definido a partir do principal fator de risco associado àcarteira do fundo.

-deverá possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente,ou sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe;

- os principais fatores de risco da carteira de um fundo classificado como“Cambial” deve ser a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação docupom cambial.

243Ativos Elegíveis

6. Fundo de Dívida Externa:

- deverá aplicar, no mínimo, 80% de seu patrimônio líquido em títulosrepresentativos da dívida externa de responsabilidade da União;- sendo permitida a aplicação de até 20% do patrimônio líquido em outros títulosde crédito transacionados no mercado internacional;- os recursos porventura remanescentes podem:a) ser direcionados à realização de operações em mercados organizados dederivativos no exterior, exclusivamente para fins de “hedge” dos títulosintegrantes da respectiva carteira, ou mantidos em conta de depósito em nomedo fundo, no exterior, até o limite de 10% do patrimônio líquido;b) ser direcionados à realização de operações em mercados organizados dederivativos no País, exclusivamente para fins de “hedge” dos títulos integrantesda respectiva carteira, ou mantidos em conta de depósito em nome do fundo, noPaís, até o limite de 10% do patrimônio líquido.

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Ativos Elegíveis

7. Fundo Multimercado:

- devem possuir políticas de investimento que envolvam vários fatores de risco,sem o compromisso de concentração em nenhum fator especial ou em fatoresdiferentes das demais classes.

Fator de risco: Conceito

Entende-se por principal fator de risco de um fundo o índice de preços, a taxade juros, o índice de ações, ou o preço do ativo cuja variação produza,potencialmente, maiores efeitos sobre o valor de mercado da carteira do fundo.

245IMPOSTO DE RENDA SOBRE OPERAÇÕES RENDA FIXA, SWAP,

FUNDOS DE INVESTIMENTOS DE LONGO PRAZO (EXCETO AÇÕES)

PRAZO DE PERMANÊNCIA ALÍQUOTA

22,5%

20,0%

17,5%

15,0%

Até 180 dias

De 181 dias a 360 dias

De 361 dias até 720 dias

Acima de 720 dias

Para rendimentos produzidos até 31/12/2004 incide a taxa de 20%,A partir 01/01/2005 as alíquotas são decrescentes, conforme tabela acima.Responsável pelo recolhimento: Pessoa jurídica que pagou os rendimentos.

A carteira do Fundo não paga nenhum tipo de imposto: Quem paga é o cotista!IRRF = SEM CARÊNCIA = RECOLHE EM MAIO E NOVEMBRO = “COME COTAS”

IRRF = COM CARÊNCIA DE ATÉ 90 DIAS = SEMPRE QUE COMPLETAR A CARÊNCIAIR FUNDOS OU CLUBES DE AÇÕES = 15% INDEPENDENTE DE PRAZO DE PERMANÊNCIA

FI-CP

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