FCM/UNL Medicina I (Profª Maria João Marques Gomes) Reumatologia (Prof. Jaime C. Branco) Doenças...

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FCM/UNLMedicina I(Profª Maria João Marques Gomes)Reumatologia(Prof. Jaime C. Branco)

Doenças ÓsseasJaime C. Branco

DOENÇAS ÓSSEASComo Suspeitar

• CLÍNICA: - fractura- deformação- cifose alta- altura- miopatia proximal

• ANTECEDENTES: - Doenças- Menopausa / amenorreia- Fármacos - Imobilização- Hábitos alimentares- Álcool / Tabaco- Familiares

• LABORATÓRIO: - F. Alcalina- Cálcio (sérico, urinário)- Fósforo (sérico, urinário)

RADIOLOGIA: - Rx simples

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DOENÇAS ÓSSEASComo Diagnosticar

• CLÍNICA

• ANTECEDENTES: - Pessoais- Familiares

• ECD: - Laboratório: FA, Ca s e u, P s e u, PTH, Vit. D, HOPu, novos biomarcadores ósseos

- - Imagem: Radiografia simples (todas as alterações)TAC (infecção, neoplasia, fractura)RM (infecção, neoplasia, alt. medula

óssea)Cintigrafia (infecção, neoplasia,

fractura)- Osteodensitometria- Biópsia óssea Reumatologia

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DOENÇAS ÓSSEASDiagnóstico diferencial

• CLÍNICA– Idade– Sexo– Sintomas / sinais– Antecedentes pessoais e familiares

• ECD de Imagem

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DOENÇAS ÓSSEASDiagnóstico diferencial

• Laboratório

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Análises

Doenças

SANGUE URINA

Ca P FA Ca P OHP

OP pós-menopáusica N N N N N N

OM N ou ↓ ↓ ↑ ↓↓ N ou ↑ N ou ↑

DOP N N ↑↑ N N ↑↑

HPT ↑ ↓↓ N ou ↑ ↑ N ou ↑ N ou ↑

Osteopatia maligna ↑ N ou ↑ N ou ↑ ↑ N ↑

Hipercalciúria idiopática N ↓ N ou ↑ ↑↑ N ou ↓ N ou ↑

OSTEOPOROSEDefinição

Doença caracterizada por uma redução da massa óssea e degradação da microarquitectura do osso que o predispõem para as fracturas (p.ex. vértebras, punho, anca).

A relação entre as fases osteóide e mineral mantém-se proporcional.

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• Sexo feminino• Envelhecimento• Menopausa precoce• Hereditariedade• Constituição frágil• Imobilização

• Tabagismo• Excesso de álcool• Sedentarismo• Hipogonadismo• Dieta pobre em cálcio• Fármacos

OSTEOPOROSEFactores de risco

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OSTEOPOROSETipos

• Primária– Tipo I (pós-menopáusica)– Tipo II (envelhecimento)– Idiopática

• Secundária– Doença endócrina– Doença gastrointestinal– Doença reumática– Doença maligna– Fármacos

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OSTEOPOROSEFracturas vertebrais

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OSTEOPOROSEFractura do fémur proximal

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OSTEOPOROSEECD

• Osteodensitometria (método quantitativo)– DEXA e US– DMO / T-score

• Rx coluna dorsal e lombar (perfil)– Fracturas

• Protocolo para OP secundária– Ca, P, FA e Cr séricos– Ca e urina 24 horas– Proteinograma– Proteína de Bence-Jones– TSH, FT4– Testosterona– PTH

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OSTEOPOROSEDiagnóstico densitométrico

• Locais: CL, anca (rádio distal, calcâneo, falange, MC, MT)

• T-score: nº de DP que o valor da DMO do doente se afasta (+ ou -) do valor médio do pico de massa óssea no adulto jovem– > -1: normal– < -1 e > -2,5: osteopenia– < ou = a -2,5: osteoporose (c/ ou s/

fracturas)

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OSTEOMALÁCEA (OM)Definição

A osteomalácea (e o raquitismo) caracterizam-se pela deficiente mineralização da matriz óssea.

A OM decorre em adultos e o raquitismo durante o crescimento ósseo (deformações esqueléticas).

A miopatia hipofosfatémica pode ou não aparecer.

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OSTEOMALÁCEA Causas

•Deficiência de vitamina D– dieta e/ou insolação / malabsorção

•Alterações do metabolismo da vitamina D– fígado / rim / fármacos

•Hipofosfatémia– dieta / renal / antiácidos

•Inibidores da mineralização– AI / FI / P-C-P / hipofosfatasia

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OSTEOMALÁCEA Clínica, laboratório e Rx

•Dor e deformação óssea•Miopatia proximal•Laboratório

– Ca: normal ou baixo– P: baixo (elevado na insuficiência renal)– 25 (OH) vit D reduzida– FA: elevada– Ca u: baixo– P u: elevado

•Radiologia– Pseudofracturas (Looser-Milkman)

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OSTEOMALÁCEA Raquitismo

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OSTEOMALÁCEA Raquitismo

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OSTEOMALÁCEA Mineralização deficiente

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OSTEOMALÁCEAFluorose

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DOENÇA ÓSSEA DE PAGETDefinição

• Alteração da remodelação óssea, com aumento da reabsorção (mediada por OC) seguida de um incremento da formação. Este processo origina um osso desorganizado com padrão em mosaico, geralmente associado a hipervascularização e fibrose medular

• Causa desconhecida– Infecção viral (paramixovírus)

• Pouco mais frequente nos homens (3:2)• Maior prevalência na Europa do Norte• Prevalência dupla cada década após os 50 anos

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DOENÇA ÓSSEA DE PAGETPadrão em mosaico

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DOENÇA ÓSSEA DE PAGETClínica

•< 2/3 assintomáticos (diagnóstico por FA ou Rx)

•Dor óssea (80%) e articulares (50%)– coluna, joelho, anca

•Aumento da temperatura cutânea•Deformação óssea•Fracturas (espontâneas)•Expressão e gravidade muito variáveis

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DOENÇA ÓSSEA DE PAGETECD

•Laboratório– FA (vs osteocalcina)– HOP (vs desoxipiridinolina)

•Radiologia– aumento volume ósseo / desorganização– espessamento cortical e trabecular– lesões osteolíticas e osteoblásticas (mistas)– OP circunscrita / manchas algodonosas

•Cintigrama– localização e expressão– monitorização terapêutica?

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DOENÇA ÓSSEA DE PAGETECD

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OSTEONECROSEDefinição

•Morte das células ósseas (osteocitos) e da medula óssea contígua em resultado de isquémia.

•Sinónimos: necrose avascular, necrose asséptica, necrose isquémica.

•Maior vulnerabilidade das áreas ósseas com menor irrigação e vascularização colateral (áreas cobertas pela cartilagem articular).

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OSTEONECROSECausas (1)

•Locais– Traumáticas

• fracturas• luxações (anca, ombro)• traumatismo sem fractura ou luxação• cirurgia

– Idiopáticas• d. De Scheuermann (vért)• d. de Calvé-Legg-Perthes (cabeça do fémur)• d. De Kiemboch (semilunar)• d. De Freiberg (cabeça do 2º MT)

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Sistémicas• Hemoglobinopatia• Alcoolismo• Diabetes• Hipercoagulabilidade• Gravidez• D. Hepática crónica• Trans. Renal• Disbarismo• Tetracloreto de C• Idiopática

OSTEONECROSECausas (2)

• Hipercorticismo• Obesidade• Dislipidémia• LES• Anticonceptivos orais• Pancreatite• D. de Gaucher e Fabry• Tumores medulares• Quinino e radioterapia

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OSTEONECROSEDiagnóstico

•Clínica– Dor inespecífica– Rigidez mecânica ou nula– Amplitude dos movimentos normal– Factores de risco

•Radiologia– Sinal do crescente– Colapso subcondral– Achatamento articular– “quistos” / esclerose– OA secundária

•Cintigrama•RM (sensibilidade 95%)

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• Cabeça do fémur• Cabeça do úmero• Côndilos femurais• Tíbia proximal

OSTEONECROSELocalização

• Carpo (escafóide)• Astragalo• Tarso (escafóide)• Metatarsianos

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ALGONEURODISTROFIADefinição

• Caracterizada por dor e edema difuso de um membro (ou parte), fenómenos vasomotores, sudorese, hiperalgesia, alodínia e alterações tróficas.

• Fisiopatologia desconhecida– Traumatismo - Neoplasia– AVC - Cirurgia– EA Miocárdio - Tuberculostáticos

• Classificada entre as síndromes de dor regional complexa (tipo I)

• Sinónimo: Distrofia simpática reflexa• Causalgia (SDRC tipo II) é idêntica mas associa-se a

uma lesão nervosa parcial

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ALGONEURODISTROFIAManifestações

• CLÍNICA (muito variável)– Dor, edema, hiperalgesia, alodínia– Alterações vasomotores / sudorese– Atingimento unilateral -> porção distal– Alterações dos movimentos – tremor, espasmo,

distonia– Alterações tróficas da pele e faneras, atrofia tecido

celular subcutâneo• Rx

– Osteoporose mosqueada

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