Fichamento -Norte Do Espírito Santo- Ciclo Madeireiro e Povoamento

Preview:

DESCRIPTION

Norte Do Espírito Santo- Ciclo Madeireiro e Povoamento

Citation preview

Fichamento Norte do Esprito Santo: Ciclo madeireiro e Povoamento.

P 14- Em 1810, mais de 85% do territrio capixaba se encontravam cobertos da mata atlnticaMesmo o litoral tinha sido escassamente ocupado, com aldeias e fazendas jesuticas e pequenas vilas de pescadores, plantio de cana de acar e mandioca (Itapemirim, Benevente, Hoje Anchieta, Guarapari, Vila Velha, Vitria, Reis Magos, hoje Nova Almeida, Aldeia Velha, Hoje Santa Cruz, Barra de So Mateus, hoje Conceio da barra, e So Matheus.P17- Mosaico de culturas e de povos, pelos ndios pr-existentes, pela chegada do branco portugus, trazendo escravos africanos, ela vinda, no sculo XIX, de italianos e alemes, e no sculo atual, de poloneses, baianos e mineiros, a regio ficou como uma reserva extrativista, que iria ser explorada, oportuno temporeO homem branco, at incio desse sculo, ocupou apenas o litoral atlntico da regio (Santa Cruz, Riacho, Barra de So Mateus e So Mateus), assim mesmo com quilmetros e quilmetros de espaos vazios. As populaes indgenas foram, na maior parte, dizimadas ou aculturadas. Quase nulo foi, nesta parte do pas o contingente africano.

Primeiro Capitulo.P27- O prncipe Maximiliano, que esteve na capitania e viajou ao rio Doce em 1815, refere-se s suas pujantes florestas, comentando, ao chegar foz do Piraqu-Au, na povoao de Aldeia Velha: encontramo-nos de repente, junto a um belo e vasto rio que surgia das margens cobertas de florestas para se lanar ao oceano. Os moradores da regio eram pescadores pobres, e abase da alimentao era farinha de mandioca e peixe.P28- Ao sair da Aldeia Velha, registra: alm do rio viam=se matas extensas, onde se espalhavam as plantaes dos ndios: cultivam principalmente milho, mandioca e baga (Ricinus), de cuja semente extraem leo. De novo entramos numa espessa e bela floresta.P29- Outro famoso viajante, Saint_Hilaire seguiu de Vitria Aldeia Velha por um caminho que atravessava, quase sempre, bosques beira-mar, e acresnta: de Aldea Velha se exporta, ainda, para o Rio de Janeiro, o pau-amarelo, de tatagiba. Antes da chegada de D.Joo VI ao Brasil, a exportao dessa madeira de tintura e a aqui inteiramente negligenciada, mas, na poca da minha viagem, tinham vindo arrancar as razes depois de haver cortado todas as rvores. A vegetao praiana da para o norte era composta de feijo da praia, de aroeiras e de bromlias. 30- Na volta, de novo em Aldeia Velha, observa que at a foz, a margem sul , muito alta, apresenta um anfiteatro de rvores que se diferenciam entre si pelo tamanho e folhagem. Do lado norte, ao contrrio o terreno baixo, coberto de mangues...Pouco alm, rio acima para o lado oeste apenas existem florestas que servem de abrigo aos botocudos e nas quais os luso-brasileiros no ousam penetrar.De 1858 a 1860, outro francs, o pintor A.F Biard visitou a mesma regio em que estiveram Maximiliano e Saint-Hilaire, no comeo do sculo. Suas descries da floresta virgem e do rio Piraqu-Au, que ele chama de Sanguau, certamente uma corruptela de Sauau, coincidem quase meio sculo depois com as dos viajantes anteriores. Importante observar sua averiguao de que a natureza, longe de ser virgem, j tinha sofrido grandes modificaes. Mas, subindo o rio Biard encontrou as florestas virgens to desejadas. Espanta-se com a dureza das madeiras do Brasil: o que chama prancha, no Brasil, pesa como nossos pranches na Europa.P 32- Essas matas como natural, despertaram o interesse econmico e sua explorao foi meta pretendida, a partir do descobrimento do BrasilA mais antiga referncia de contrabando de madeira na regio est em Jean de lry, que narra seu encontro com os ndios de Aldeia Velha para possvel acerto de compra de Pau-brasilP35- O presidente Couto Ferrraz, nessa poca, informa que grande parte dos habitantes da freguesia de Aldeia Velha (hoje Aracruz) entrega-se ao corte de madeiras, por serem abundantes de jacarand, guarabres, cedros, amarelos e outras. A boa Barra do Piraqu-Au torna o seu porto freqentado por embarcaes, registra ele.Pereira Pinto, no ano seguinte, se refere grande importncia do corte de madeiras para a economia provincial, embora reconhea que so tiradas a esmo e mal aproveitadas Em breve as madeiras deixaro de existir e dessa falta a Provncia muito se ressentir.Muito importante o informe de Costa Peireira,, em 1961, quando diz que o corte de jacarand e de outras madeiras concorre igualmente para afastar da lavoura muitos braos, principalmente em Santa Cruz e Nova Almeida (entre outros lugares). E, no ano seguinte, alerta o zeloso presidente: se a rotina absta ao aumento de produo agrcola, no menos pernicioso resultado tem a extrao de madeiras, indstria exercida em alta escala, sobretudo nos sertes de Itabapoana, Benevente, Guarapari e Santa Cruz.