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Publicação de reportagens sobre a área de concessões, infraestrutura e rodovias
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EDIÇÃO 03 – 10 DEABRIL DE 2015 ASSESSORIA DE IMPRENSA
RAMAL 2105
06/04/2015 08:07
Mais rapidez nas concessões BRASÍLIA- O governo dará hoje mais um passo para acelerar o programa de concessões no
setor de transportes e, assim, tentar retomar o crescimento da economia. O Diário Oficial da
União publica hoje um decreto com novas regras para os chamados Procedimentos de
Manifestação de Interesse (PMIs), que são os estudos feitos pelo setor privado sobre
determinado empreendimento para avaliar seus custos e ganhos potenciais em um leilão.
Esse instrumento, que passou a ser a primeira etapa de uma concessão, foi aperfeiçoado para
dar mais segurança jurídica ao setor privado e, assim, despertar o chamado "espírito animal”
dos empresários. Isso está sendo feito por meio da redução dos entraves burocráticos e da
possibilidade de participação de empresas pequenas e até de estrangeiras.
A elaboração do decreto contou com aval dos ministérios do Planejamento, Transportes,
Aviação Civil e Portos, além da Advocacia-Geral da União. O governo tem, atualmente, pelo
menos quatro rodovias (que somam 2,6 mil quilômetros) e seis ferrovias ( 4,6 mil
quilômetros) com PMIs abertos a manifestações ou a serem licitadas. Além disso, aeroportos
e programas de concessão de dragagem e instalação de novos terminais em portos podem ser
incluídos no modelo. Nos últimos meses, o governo prorrogou os prazos de PMIs abertos, à
espera de mais propostas.
META É RETOMAR CRESCIMENTO NO 3ºTRI
A edição do decreto faz parte de um esforço do governo para tentar antecipar a retomada do
crescimento da economia já para o terceiro trimestre deste ano. Para isso, um dos principais
motores que o governo tem ao seu dispor é o programa de concessões. Esse programa vem
passando por uma reformulação para se ajustar às atuais condições do mercado, que foi
afetado pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, que apura o
esquema de corrupção da Petrobras, e pelo baixo crescimento da economia. A expectativa da
área econômica é que, no segundo trimestre, o nível da atividade fique estável em relação
aos primeiros três meses do ano, mas que, a partir de uma reação no terceiro trimestre, o país
possa retomar sua trajetória de crescimento.
Entre as rodovias que estão com esses procedimentos abertos inclui-se a BR- 163/ 230, que
liga o polo agrícola do Mato Grosso ao Porto de Miritituba, no Pará. Há anos o governo
vinha encontrando dificuldades para duplicar e asfaltar esse trecho, até que decidiu, no ano
passado, concedê- lo à iniciativa privada tendo o PMI como passo inicial. Também está na
lista de empreendimentos abertos a projetos privados via PMI a Ferrovia Norte-Sul entre
Açailândia ( MA) e Barcarena ( PA), que é o trecho final do lado norte, ligando todo o centro
do país ao Oceano Atlântico, no Porto de Vila do Conde. Doze grupos apresentaram intenção
de elaborar projetos para esse trecho e devem entregá- los até junho.
Segundo técnicos do Ministério do Planejamento, a principal novidade do decreto, ao qual o
GLOBO teve acesso, é justamente criar uma norma detalhada para os PMIs, que hoje só têm
amparo regulatório de forma genérica em um decreto de 2006, que trata das Parcerias
Público- Privadas ( PPPs). Os técnicos explicam que, embora os PMIs sejam usados em
todos os tipos de investimentos em infraestrutura, e não apenas em PPPs, esse processo é
tratado por meio de uma analogia, com autorização do Tribunal de Contas da União ( TCU),
e não por um normativo específico, o que acaba criando entraves burocráticos. O próprio
TCU recomendou ao governo aperfeiçoar o mecanismo, e a equipe econômica temia
inseguranças jurídicas que reduzissem a atratividade dos empreendimentos para os
investidores.
EMPRESAS TERÃO MAIS LIBERDADE
Outra novidade na regulamentação está no fato de o governo ter incluído no decreto a
possibilidade de esses estudos serem abertos por iniciativa de qualquer um, pessoa física ou
jurídica (empresas), e não apenas pelos órgãos que detenham a competência para isso —
como, por exemplo, o Ministério dos Transportes, no caso de rodovias e ferrovias. De acordo
com os técnicos, isso significa que um parlamentar ou mesmo uma empresa poderão sugerir
a adoção desse tipo de instrumento.
No ano passado, o governo federal contou com a participação inicial de onze grupos para
apresentar projetos para o PMI da Ponte Rio-Niterói, que foi relicitada no mês passado. Ao
fim da elaboração do edital, porém, apenas cinco estudos puderam ser aproveitados
efetivamente, sendo que apenas dois foram contemplados no modelo que foi a leilão.
O decreto vai regulamentar também a remuneração desses projetos, que terão valor nominal
"fundamentado em prévia justificativa técnica” e que "não ultrapassará, em seu conjunto,
2,5% do valor total estimado previamente pela administração pública para os investimentos
necessários à implementação do empreendimento ou para os gastos necessários à operação e
à manutenção do empreendimento durante o período de vigência do contrato, o que for
maior”, informa o governo federal na exposição dos motivos para a apresentação do decreto.
Esses projetos apresentados por meio de um PMI e aproveitados pelo governo serão,
portanto, remunerados depois da realização do leilão de um determinado empreendimento.
Os PMIs foram adotados nos programas de concessão a pedido das principais empreiteiras
do país — muitas das quais estão hoje envolvidas na Operação Lava-Jato. Agora, o governo
vem remodelando esses procedimentos para atender também a empresas menores ou
estrangeiras. O decreto prevê, nesse sentido, que deverão ser avaliadas, "em cada caso, a
conveniência e a oportunidade de reunir parcelas fracionáveis em um mesmo PMI”. A
medida visa a promover economias de escala, mas também atende a um pleito das
construtoras menores.
07/04/2015 08:10
Analistas veem avanço em nova regra para projetos de concessão em infraestrutura
BRASÍLIA- A decisão do governo de regulamentar os Procedimentos de Manifestação de Interesse
(PMIs) — estudos técnicos feitos pelo setor privado sobre determinado empreendimento para
avaliar seus custos e ganhos potenciais — foi considerada um avanço por especialistas em
infraestrutura. O decreto com a nova regulamentação, antecipado pelo GLOBO, foi publicado
ontem no Diário Oficial da União.
— Na conjuntura atual, um decreto como esse ajuda a reduzir a insegurança jurídica e estimula os
investimentos em infraestrutura — afirmou Cláudio Frischtak, da Inter B Consultoria Internacional
de Negócios.
INSTRUMENTO MAIS SEGURO
Os PMIs já estavam previstos em um decreto de 2006, que trata de Parcerias Público-Privadas
(PPPs). E eram utilizados em qualquer tipo de investimento graças a uma autorização do Tribunal
de Contas da União (TCU). Agora, o novo decreto estabelece uma norma específica sobre os PMIs,
dando mais segurança ao uso desse instrumento.
O governo também espera incentivar as empresas de menor porte a terem maior participação nos
investimentos. Para isso, o decreto prevê que um PMI pode ter várias parcelas. Isso significa que um
mesmo empreendimento poderia ser executado por mais de uma empresa, dando chance às
pequenas. Segundo o presidente da Câmara Brasileira de Indústria da Construção (Cbic), José
Carlos Martins, essa era uma demanda antiga do setor:
— É importante criar espaço para que empresas de menor porte consigam entrar no programa de
concessões com maior força. Isso estimula a concorrência e o crescimento da economia.
Outra novidade na nova regulamentação está no fato de o governo ter incluído no decreto a
possibilidade de o PMI ser aberto por iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas, não apenas dos
órgãos que detenham a competência para isso, como o Ministério dos Transportes, no caso de
rodovias. Isso significa que um parlamentar ou mesmo uma empresa pode sugerir a adoção desse
tipo de instrumento.
Em nota, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que "o decreto torna mais ágil e mais
clara a comunicação entre o mercado e o governo, e ajuda a destravar os investimentos porque o
governo tem um rol de projetos que julga serem interessantes. Com isso, o setor privado ganha um
canal mais ágil para fazer sugestões e propor novos investimentos”.
Um exemplo recente de contratação de empreendimento que utilizou o PMI para atrair o setor
privado foi a concessão da Ponte Rio-Niterói, realizada em março. Atualmente, estão em andamento
PMIs para as rodovias BR-163/230 (MT/PA), BR-364/ 060 (MT/GO), BR-364 (GO/MG), BR-
476/153/282/480 (PR/SC), e para seis ferrovias.
GOVERNO QUER DINHEIRO PRIVADO EM INVESTIMENTOS
Plano apresentado prevê acesso mais fácil ao crédito do BNDES em TJLP para projetos que incluírem debêntures como fonte de financiamento SP 10/abr/2015 FERNANDA GUIMARÃES, CYNTHIA DECLOEDT, RICARDO LEOPOLDO E ÁLVARO CAMPOS
O governo pretende usar o mercado de capitais para tentar destravar os investimentos, principalmente em infraestrutura, no Brasil. Nesta quinta-feira, 9, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, anunciaram um plano que prevê a facilitação da concessão de créditos com a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para projetos que incluam também, entre as suas fontes de financiamento, a emissão de debêntures (títulos de dívida), que serão vendidas no mercado. Pelo projeto apresentado, quanto maior for a participação das debêntures no financiamento do projeto, maior será o acesso ao crédito tomado ao custo da TJLP, atualmente em 6% ao ano. O teto máximo de participação do crédito em TJLP na composição do financiamento do investimento será de 50%. O mecanismo deve estar disponível em 30 dias. Segundo Luciano Coutinho, esta é uma nova forma de usar a TJLP, “moeda mais privilegiada, como alavanca para a emissão de debêntures de infraestrutura, emissão de debêntures em geral”. “Quanto mais debêntures emitir mais consegue levar TJLP em seu financiamento, é uma forma de criar mercado, e não de substituir”, disse. A emissão mínima de debêntures nos projetos apresentados ao BNDES será de R$ 50 milhões. Potencial. De acordo com a presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Denise Pavarina, que participou da apresentação do projeto, a estimativa inicial é que o potencial de volume da emissão de debêntures realizada no âmbito do plano anunciado é de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões em três anos. Denise destacou que o foco do projeto são as grandes empresas, que com esse projeto terão mais fontes de financiamento a um custo proporcional melhor. Para ter acesso ao crédito, a emissão deve ter rating mínimo AA, com prazo superior a 48 meses. “As emissões precisam ser feitas via oferta pública, para garantir a melhor precificação”, disse. “Os bancos e o mercado vão identificar projetos e levar ao BNDES, o processo será conduzido em condições de mercado.”
Para o ministro Joaquim Levy, o governo está criando todos os mecanismos para usar os mercados de capitais para ter “capacidade de resposta”. A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre a decisão da Fitch de rebaixar a perspectiva do rating brasileiro para negativa. “O Brasil está tomando todas as medidas adequadas para chegar onde a gente quer chegar, usando a imaginação, eficiência e os mercados para ter capacidade de resposta”, afirmou. Segundo ele, as mudanças em debêntures de infraestrutura que foram anunciadas ajudam na retomada dos investimentos e, assim, do crescimento da economia.
IMPRENSA
9/4/2015
BNDES: desembolsos para infraestrutura devem atingir R$ 60 bilhões este ano O valor dos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor de infraestrutura, envolvendo operações diretas, indiretas e automáticas, deverá se manter este ano em torno de R$ 60 bilhões, patamar similar ao de 2014. O superintendente da Área de Infraestrutura do banco, Nelson Siffert, disse hoje (8) no Congresso da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap), no Rio de Janeiro, que esse volume de recursos considera não só os segmentos de energia e logística, mas também o de mobilidade urbana, saneamento e parte da linha de empréstimos Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), para aquisição de máquinas, locomotivas, vagões, material elétrico, incluídos em infraestrutura.
Os recursos gerais a serem liberados pelo BNDES em 2015 deverão ficar da ordem de R$ 170 bilhões, mostrando retração em comparação ao total liberado em 2014, que chegou a R$ 187,8 bilhões, disse. “Então, você tem a perspectiva de infraestrutura ser em torno de pouco mais de 40% do orçamento geral do banco”, acrescentou.
A ideia, disse Siffert, é o BNDES não depender de suporte financeiro do Tesouro Nacional e estimular uma participação crescente do mercado de capitais no financiamento ao setor produtivo, por meio de emissão de debêntures. “Portanto, o BNDES não tendo um orçamento que possa crescer de forma elástica, é fundamental que o mercado de capitais se some ao esforço do banco de financiar infraestrutura”. O superintendente acredita que as debêntures terão um papel mais relevante no financiamento não só da infraestrutura, mas da economia como um todo.
No primeiro trimestre deste ano, os desembolsos para energia e logística, dentro de infraestrutura, cresceram 10%, em relação a igual período do ano passado, “o que está em linha com a nossa projeção anual de crescer também em torno de 10%”.
Nelson Siffert reforçou que a área financeira do BNDES está trabalhando no sentido de equacionar o funding (fontes de recursos para empréstimos), para não recorrer a captações junto ao Tesouro. Ele acredita que o mercado de capitais vai se somar ao BNDES no sentido de suprir “qualquer hiato de funding que os projetos venham a demandar”. Ponderou que isso é viável, apesar de a taxa básica de juros Selic estar em um patamar elevado e com projeção de crescimento. “A Selic está com essa projeção mas, a médio prazo, a tendência é de queda”.
Lembrou que o investidor de infraestrutura olha os projetos mais a médio e longo prazo e que a emissão de debêntures pode ocorrer em diversos períodos do projeto. Nos últimos anos, foram feitas operações de emissões de debêntures de infraestrutura em 32 projetos, somando valor captado pelo mercado superior a R$ 8 bilhões, dos quais o BNDES comprou R$ 1 bilhão.
Nelson Siffert disse que o banco pretende lançar ainda este ano no mercado um fundo lastreado nessas debêntures. Para coordenar e estruturar a oferta pública de quotas de fundo de investimento com lastro em debêntures de infraestrutura da carteira do BNDES, foi selecionado o consórcio composto pelos Bancos Bradesco BBI e BTG Pactual. A gestão e administração do fundo ficarão a cargo da Caixa Econômica Federal, que também integra o consórcio. “A ideia é atrair essa poupança privada para aportar 'funding' para projetos de infraestrutura”.
A carteira de infraestrutura do BNDES engloba hoje 399 projetos, com financiamentos de R$ 199,6 bilhões, que representam investimentos de R$ 362 bilhões. (Alana Gandra)
Fonte.:Agência Brasil
PPP É SAÍDA PARA INVESTIMENTO EM LOGÍSTICA SP 10/abr/2015
Por Bettina Barros | De São Paulo
A nova tônica de ajustes na economia, com cortes no Orçamento federal e provável
contingenciamento de obras públicas, deverá manter o investimento nacional em logística
inferior a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e em 2016. Todos os projetos de
infraestrutura necessários para diminuir gargalos conhecidos no país - em rodovias,
ferrovias, portos e aeroportos - deverão sofrer com o novo cenário econômico, assim como
com as incertezas jurídicas que ainda pairam sobre algumas áreas. Segundo representantes
do governo, caberá ao capital privado impulsionar projetos, seja por meio de concessões ou
parcerias público-privadas (PPP).
Levantamento realizado pelo coordenador de infraestrutura econômica do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Campos, mostra que os aportes em logística no
Brasil registraram alta significativa no período de 2003 e 2010 - de R$ 8,2 bilhões para R$
28,7 bilhões -, mas estagnaram desde então. Juntos, os aportes públicos e privados
mantiveram-se no patamar de R$ 30 bilhões ao ano entre 2011 e 2014 - o equivalente a
0,65% do PIB do país do ano passado.
De acordo com o economista, países emergentes como Rússia, Índia, China, Colômbia e
Vietnã investem uma média anual de 3,4% do PIB em transportes. No Brasil, o que já era
pouco, tende a piorar. Com a piora no quadro econômico, a expectativa do Ipea é que os
investimentos recuem para 0,55% do PIB em 2015 e melhorem muito pouco no ano que
vem, subindo para 0,6% do PIB. "É absolutamente insuficiente para as demandas do país",
diz Campos. "Apesar dos esforços no último período, estamos distantes de qualquer valor
razoável de investimento na infraestrutura de transporte. Precisamos multiplicar ao menos
por quatro esses investimentos."
O levantamento do Ipea mostra que o setor rodoviário deverá puxar os investimentos
públicos no biênio 2015/16, com R$ 22,58 bilhões a serem executados, já incluído o
Programa de Investimento de Logística (PIL). Os portos organizados deverão receber
aportes federais de R$ 4,7 bilhões, enquanto as ferrovias - cujo modelo de concessão
deverá ser rediscutido pelo governo - somarão R$ 3,5 bilhões. Os aeroportos deverão
receber R$ 4,88 bilhões em 2015/16.
Para diminuir as carências, a iniciativa privada é vista
como "o ponto alto" neste período, disse Herbert
Drummond (foto), secretário de Política Nacional de
Transportes do Ministério dos Transportes, a uma
plateia de empresários do setor de transportes e
logística nem evento esta semana em São Paulo.
"Não há informações sobre o que será
contingenciado ou o efetivo Orçamento federal para
este ano. Mas nossa busca é manter o nível de investimento alcançado nos últimos dez
anos. Queremos elevar a participação da iniciativa privada via concessões e PPPs", disse
Drummond.
Os leilões realizados no ano passado deverão sustentar parcialmente o fôlego no caso das
rodovias, mas Campos, do Ipea, avalia que o mesmo não deve ocorrer com as ferrovias. A
insegurança jurídica para investimentos privados é ainda grande neste setor, diz ele.
Essa percepção parece generalizada entre "players" interessados em trilhos. Luís Henrique
Baldez, presidente-executivo da Associação de Usuários de Transportes (Anut), diz que o
governo precisa apontar que modelo quer para as ferrovias. "O modelo Valec, sem aporte
público, não vinga", diz.
O economista do Ipea diz que, apesar de o governo explicitar a necessidade de mais capital
privado, alguns modais impõem um teto de atratividade, o que dificulta a adesão maior das
empresas. "O que tinha de bom para conceder em rodovias e aeroportos já saiu. Nas
ferrovias, há muita insegurança em relação ao modelo atual."
Ele cita como exemplo o atual marco regulatório ferroviário - que prevê garantias
financeiras do governo federal, o que já foi descartado pela atual equipe econômica. No
caso dos portos, morosidade na liberação de licenças, burocracia e intervenções do TCU
também põem em risco a capacidade de atuação da iniciativa privada.
Concessões podem injetar R$ 51 bilhões na economia Se o investimento em infraestrutura e logística é um dos três eixos dos quais
depende a retomada do crescimento como tem dito Joaquim Levy em suas
apresentações mais recentes, tirá-lo do papel nunca dependeu tanto das
sinalizações dadas pelo próprio governo. Pelo menos R$ 51 bilhões podem ser
despejados na economia nos próximos anos se o programa de concessões for
levado adiante, mas o balanço de riscos mudou.
Na avaliação de especialistas, a forma como as incertezas econômicas podem atingir a
expectativa de retorno do investidor ocupa hoje o centro das preocupações - à frente da operação
Lava-Jato ou de questões regulatórias. Para eles, a habilidade de Levy e sua turma de
equacionar a questão fiscal, a convergência da inflação para o centro da meta e a queda da curva
longa de juros deve fazer a diferença entre um quadro de alguns poucos leilões de sucesso -
como a Ponte Rio-Niterói, leiloada em meados de março - e a retomada de um programa mais
robusto.
A Lava-Jato impacta as concessões, mas o cenário macro e as indefinições políticas ainda mais,
especialmente sob a premissa de que quem regula a taxa de retorno é o mercado, diz Claudio
Frischtak, presidente da consultoria Inter B. Para ele, a operação com foco na Petrobras afeta
dramaticamente a cadeia de óleo e gás e o segmento de estaleiros, sobre os quais não é possível
fazer qualquer tipo de previsão. Mas as concessões são afetadas em menor escala.
Levantamento da Inter B. feito com exclusividade para o Valor indica que ao menos R$ 51 bilhões
podem sair do bolso do investidor privado em leilões de rodovias, portos, aeroportos e ferrovias.
Além de 34.788 MW em geração de energia entre fontes alternativas, cuja participação é cada
vez mais expressiva, e fontes convencionais. Os números da consultoria partem de estimativas
oficiais.
No geral, a percepção é que o governo perdeu muito tempo tentando impor taxas de retorno
menos competitivas e agora tem que lidar com outros fatos, como os desdobramentos da
operação Lava-Jato afetando atores que normalmente participariam do processo, além de poder
acarretar uma restrição de crédito adicional. Mas isso não vai significar falta de capital para fazer
as concessões. É substituição de capital por outros sócios, pois dinheiro não falta, diz o consultor
Raul Velloso, para quem a situação econômica faz com que a questão da taxa de retorno se torne
mais dramática.
Velloso concorda que a Lava-Jato piorou o ambiente de negócios, mas avalia que as boas
empresas vão conseguir atuar. Para ele, a questão central é a mudança em direção a um modelo
de concessões em que o Executivo elabora grandes orientações baseado em legislação sobre o
assunto e no qual as agências reguladoras têm autonomia. Mais do que colocar Nelsons ou
Levys, é preciso mudar a orientação.
José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), também
fala em mudança de um modelo bastante concentrador, que lida com trechos gigantes de obras
oferecidas às vezes em lotes únicos. A maioria das empresas fica alijada do processo, sem
suporte para entrar numa obra de 100 km. Outro ponto de atenção são as garantias dadas em
financiamento. É preciso que o governo trabalhe mais com ’project finance’ [modelo em que o
pagamento da dívida vem do fluxo de caixa futuro do projeto], pois hoje depende-se muito do
patrimônio da empresa.
Olhando para frente, as concessões de rodovias e aeroportos têm as maiores chances de sair do
papel, pois têm riscos regulatórios mais contidos e possibilidade de alavancar investimentos
privados em prazos mais curtos. Em aeroportos, o governo já sinalizou que não vai ter mais a
Infraero com 49% do negócio. Isso sem dúvida deve atrair o setor privado, diz Frischtak.
Teremos aeroportos com operadores estrangeiros. Mas aeroportos que já existem, o que não
muda o quadro da infraestrutura no Brasil, diz Armando Castelar, coordenador de Economia
Aplicada do Ibre-FGV. Para isso, diz ele, seria preciso uma transformação na visão da política
econômica sobre infraestrutura, da mesma forma como estão fazendo na área fiscal. Em portos,
por exemplo, setor que também é olhado por investidores estrangeiros, Castelar vê agências
enfraquecidas, há anos com diretores interinos. Trazer o investimento privado passa por colocar
pessoas de caráter mais técnico nas agências, cuidando do entorno no qual os projetos
acontecem.
No geral, o setor de portos têm desafios distintos. Os contratos feitos após 1993 estão em
processo de renovação que, se concluído, pode gerar investimentos de R$ 10 bilhões. Nesse
caso, a percepção é que o investimento não vai ocorrer no ritmo previsto se o cenário fosse de
expansão do comércio, mas vai sair. Na outra ponta, estão os arrendamentos, com dois dos
quatro blocos previstos aguardando aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU). Nesse
caso, a expectativa é que apenas o primeiro bloco saia neste ano.
Outro ponto que merece mais atenção do governo é a navegação de cabotagem, diz Aurélio
Murta, especialista em logística e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF). Muitas
das cargas que deslocamos por via rodoviária poderiam ser feitas de um porto a outro do país,
mas a navegação de cabotagem não é beneficiada do ponto de vista do desembaraço aduaneiro,
diz Murta. Em outros países, não se usa carreta para fazer 2 ou 3 mil km. Nós poderíamos usar a
cabotagem, diz.
Os maiores entraves, no entanto, permanecem com as ferrovias, setor em que as dúvidas acerca
do papel da Valec se mantêm firmes. O governo havia prometido R$ 15 bilhões para que a estatal
garantisse a capacidade das novas ferrovias, mas a operação deve sair de cena diante do ajuste
fiscal. Para Frischtak, o mais provável aqui é que o trecho Lucas do Rio Verde-Campinorte saia
apenas em 2016, uma vez sedimentado qual vai ser o modelo de licitação. Antes dele, diz o
consultor, nenhuma outra licitação em ferrovia deve avançar.
Situação de estradas federais é agravada pela redução de investimentos 06/04/2015
Em 2014, 77 obras em rodovias federais previstas no orçamento do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não foram executadas. A construção de
novas estradas, ao mesmo tempo, avançou em ritmo lento. A Confederação Nacional do
Transporte (CNT) realizou um estudo, divulgado pelo jornal “O Globo”, e destacou que
seriam necessários pelo menos 10 mil quilômetros novos de vias a cada ano para
acompanhar o crescimento da frota nacional. O país tem mantido a média de 700
quilômetros por ano de novas estradas.
O ano de 2014, comparado ao de 2013, registrou uma redução nos investimentos na
malha viária federal. Segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal (Siafi), o orçamento previsto em 2014 foi de R$ 11,9 bilhões, dos quais
R$ 9 bilhões foram empenhados, ou seja, foram contratados. Em 2013, o orçamento
chegou a R$ 12,3 bilhões, sendo R$ 11,1 bilhões empenhados. O diretor-executivo da
CNT, Bruno Batista, observou que as estradas federais brasileiras enfrentam sérios
problemas na manutenção. Para ele, o excesso de veículos agrava a situação.
“As rodovias no Brasil não comportam mais o número de veículos, em especial nos
principais corredores. São estradas das décadas de 1970 e 1980. A qualidade das obras,
que não é boa, somada ao trânsito pesado, faz com que o pavimento se deteriore mais
rápido e dure menos tempo que o previsto. Hoje, 49,9% das rodovias pavimentadas no
país têm algum tipo de problema”, comentou Batista, em entrevista ao jornal “O Globo”.
Em 2014, a pesquisa sobre rodovias federais feita pela CNT apontou que o número de
pontos críticos aumentou de 250 em 2013 para 289. Pontos críticos são considerados
quedas de barreira, pontes destruídas, erosões na pista e buracos grandes.
OBRAS DE INFRAESTRUTURA PODEM TER IMPACTOS EM 2015 Guia Marítimo
Atraso na aprovação da Lei Orçamentária Anual e a situação atual das contas públicas podem impactar em obras de infraestrutura.
O boletim Economia em Foco de abril, elaborado pela CNT (Confederação Nacional do
Transporte), alerta para a possibilidade de impactos nos investimentos em obras de
infraestrutura decorrentes do atraso na votação da LOA 2015 (Lei Orçamentária Anual). A
norma trata da execução do orçamento do governo federal. Além disso, a entidade
destaca a atual situação das contas públicas, que também podem afetar o setor.
O boletim destaca que apesar de sua importância para o desenvolvimento do país, a
infraestrutura de transporte é um dos maiores entraves no Brasil. “Em condições normais,
a execução orçamentária para o setor de transporte já é considerada insatisfatória, e
diante do atual cenário, espera-se que os investimentos públicos federais sejam ainda
menores do que os registrados nos últimos anos”, salienta a Confederação Nacional do
Transporte.
O Plano CNT de Transporte e Logística 2014 concluiu que, para solucionar os gargalos
logísticos, que tiram a competitividade do país, é necessário um aporte de R$ 987,18
bilhões, que abrange diversos tipos de intervenções em 2.045 projetos, nas seguintes
áreas: rodoviária, ferroviária, navegação interior, aeroportuária, portuária e terminais.
Segundo o boletim dos R$ 18,7 bilhões autorizados para todos os modais de transporte
em 2014, R$ 5,8 bilhões foram efetivamente pagos no ano passado. Com isso, o valor
não executado soma R$ 12,9 bilhões, “o que poderá ser convertido em restos a pagar e
comprometer a execução orçamentária dos próximos anos”, alerta a CNT.
Investimentos públicos em transportes devem cair R$ 3 bi neste ano, diz Ipea
ADAMO BAZANI – CBN
O ajuste fiscal promovido pelo Governo Federal e alto nível de endividamento dos estados e
municípios devem provocar uma redução de R$ 3 bilhões em investimentos para o setor de
transportes neste ano.
A previsão foi divulgada nesta terça-feira, dia 07 de abril de 2015, pelo Ipea – Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada.
De acordo com a projeção, a média de R$ 14 bilhões de investimentos públicos diretos
anuais deve ser reduzida para R$ 11 bilhões até dezembro.
No entanto, o setor privado, mesmo com o mau desempenho econômico do País, deve
investir mais, somando neste ano R$ 18,7 bilhões, dos quais R$ 5, 17 bilhões pelo
Programa de Investimento em Logística – PIL e mais R$ 13,5 bilhões em outros tipos de
projeto.
Entre investimentos públicos e privados, o setor de transportes no Brasil deve receber
neste ano R$ 30,27 bilhões. O valor representa 0,55% da média do PIB – Produto Interno
Bruto.
O índice está dentro da média de 0,6% do PIB destinados para os transportes entre os anos
de 2010 e 2014.
Este número, no entanto, apesar de parecer grande mostra que a mobilidade recebe ainda
pouca atenção do poder público e os investidores privados não têm condições melhores
para aplicarem mais recursos. Segundo o Ipea, outros países considerados emergentes
como Colômbia, China e Rússia, além de terem um PIB maior, aplicam 3,4% em média por
ano do Produto Interno Bruto para a mobilidade e transporte de cargas: seis vezes mais
que o Brasil.
Para 2016, o cenário ainda deve continuar pouco animador. De acordo com previsão do
Ipea, os investimentos vão subir pouco e devem alcançar R$ 31,89 bilhões.
O setor ferroviário não foi incluído no PIL deste ano, dependendo de outras fontes de
projetos.
Os investimentos em transportes considerados pelo Ipea abrangem corredores de ônibus,
metrô, trens, estradas, hidrovias e ferrovias para carga.
O Ipea não calculou os problemas financeiros enfrentados por empreiteiras que se
envolveram em esquemas de corrupção e que podem reduzir ainda mais os níveis de
investimento para 2015 e 2016.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
6/04/2015
Rio quer concessão de três rodovias e construção da ferrovia Rio-Vitória Fonte: Agência Brasil
O governo do Rio de Janeiro pedirá ao Ministério
dos Transportes a concessão de três rodovias
federais no estado e a construção de uma linha
férrea de carga ligando o Rio a Vitória. Segundo o
secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto
Osório (foto), as demandas serão levadas a uma
reunião com o ministro Antonio Carlos Rodrigues,
na próxima quarta-feira (8).
Em encontro com líderes empresariais, Osório disse hoje (6) que o governo estadual deseja a
concessão do Arco Metropolitano, das rodovias Rio-Santos (BR-101 sul) e BR-465 (antiga
Rio-São Paulo).
"A maioria das rodovias mantidas pela União [no estado do Rio] não tem recebido os
investimentos necessários para seu crescimento, ampliação e sua própria conservação. Por
isso, identificamos a oportunidade de solicitar ao governo federal a concessão [dessas três
rodovias]. Acreditamos que são rodovias importantes para o desenvolvimento do nosso
estado e, com a concessão, poderemos ampliar sua capacidade, mantê-las melhor e dar mais
mobilidade à Região Metropolitana do Rio”, disse o secretário.
Osório informou que, na reunião com o ministro, pedirá também a construção e concessão da
Ferrovia Rio-Vitória. "É uma ferrovia que será importantíssima para o nosso estado. Ela liga
o Porto de Sepetiba até o de Vitória, atendendo aos portos do Rio, de Macaé e do Açu. Ela é
fundamental para reforçar a vocação logística do Rio”, disse o secretário.
Na entrevista coletiva, o secretário disse ainda que decidirá, até o final deste semestre, qual
opção de transporte de massa será adotada para ligar Niterói a São Gonçalo: se será a Linha
3 de metrô, de 22 quilômetros, ou se será instalado um corredor exclusivo de ônibus de
trânsito rápido (BRT) de 46 quilômetros.
ESTADO PROPÕE CONCESSÃO DO NOVO ARCO RODOVIÁRIO O Globo
O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, vai entregar ao governo federal, amanhã, um pacote de sugestões prevendo a concessão à iniciativa privada de três rodovias: Arco Metropolitano (que liga Manilha ao Porto de Itaguaí), BR-101 Sul (no trecho Itacuruçá-Angra), e BR-456 (antiga Rio-São Paulo), que passariam a ter pedágio.
O objetivo é desatar antigos gargalos e garantir a aplicação de mais investimentos nessas vias, hoje administradas pela União. Osorio acredita que, caso a proposta seja levada adiante, há possibilidade de inserir os trechos num pacote único de exploração e concluir o processo ainda este ano.
"Queremos sair na frente com essas concessões. A julgar pela situação econômica do país, não vamos conseguir tirar do papel investimentos importantes sem a iniciativa privada. Mesmo sem o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio, em Itaboraí) a pleno vapor, temos uma demanda pesada no trecho Magé-Manilha do Arco Metropolitano. Outros gargalos são a antiga Rio-São Paulo, que pode ser uma alternativa importante para quem vai da Zona Oeste do Rio para cidades do Médio Paraíba, e os túneis de Mangaratiba da Rio-Santos, que estão totalmente saturados" — detalhou o secretário.
Osorio vai se reunir com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, e do Planejamento, Nelson Barbosa. No encontro, ele pedirá a inclusão dos trechos no Programa de Concessão de Rodovias Federais, coordenado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
DUPLICAÇÃO PARADA
Embora tenha sido construído em parte com recursos estaduais, o Arco Metropolitano, de 145 km, é uma rodovia federal. A duplicação do trecho Magé-Manilha, de cerca de 30km, não caminhou desde a sua inclusão no PAC 2, de 2008.
"Essa questão ainda está no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e há inegáveis dificuldades de aporte de dinheiro e velocidade nas obras. A ideia é que uma concessionária cuide não apenas desse importante trecho, mas do Arco como um todo" — disse Osorio.
Ainda segundo o secretário, o Arco Metropolitano acabou provocando um trânsito muito mais intenso na Rio-Santos, que agora precisa ser redimensionada.
União aprova estudos para conceder rodovias e ferrovias do RJ e ES à iniciativa privada
Pezão irá apresentar projetos de concessão para três estradas federais do Rio: Arco
Metropolitano, BR-101 Sul e BR-456
POR JÉSSICA MOURA 08/04/2015 19:16 / ATUALIZADO 09/04/2015 1:13
BRASÍLIA - O governo federal autorizou os estados do Rio e do Espírito Santo a
prosseguirem com o aprimoramento dos projetos técnicos e econômicos que
preveem a concessão à iniciativa privada da construção da Estrada de Ferro Rio-
Vitória (EF-118) e também das reformas de três rodovias federais que cortam o Rio:
o Arco Metropolitano, a BR-101 Sul (trecho Itacuruçá-Angra) e a BR-456 (antiga
Rio-São Paulo).
A decisão foi tomada ontem em reunião no Ministério dos Transportes com os
ministros Antonio Carlos Rodrigues (Transportes) e Nelson Barbosa
(Planejamento), e os governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão, e do Espírito
Santo, Paulo Hartung.
Na proposta, o governador do Rio defendeu o aumento de investimentos para as
três estradas federais, algumas já com o tráfego comprometido.
— A antiga Rio-São Paulo é um gargalo hoje imenso, a gente tem que ver ali o que
fazer naquela estrada. E o grande gargalo nosso que é a gente quer muito, a gente
vem pedindo há muito tempo, que é fazer a pista de descida da Serra das Araras,
que é o maior gargalo que nós temos hoje, maior dificuldade que a gente tem. São
muitos acidentes, ela passa mais de 4, 5 dias fechada com acidentes. Parece que
está caminhando bem e a gente vai ter novidades em abril. Também conversamos
sobre o Arco, antiga Rio-São Paulo e a Rio Santos — disse Pezão.
Para conseguir a aprovação das concessões privadas, técnicos do estado vão
preparar um estudo de viabilidade econômica. O relatório não tem data para ficar
pronto, e ainda vai precisar do aval do Ministério para dar continuidade à
tramitação do projeto. Com a proposta, as rodovias passarão a ter pedágio.
No caso da ferrovia, a negociação já está mais avançada. O Ministério deu um prazo
de 60 dias para que os governos façam ajustes aos projetos que tratam da
infraestrutura da estrada de ferro. Enquanto isso, a União vai elaborar o projeto do
modelo econômico da licitação das concessões. Em seguida, todos os documentos
serão apreciado em audiências públicas para depois serem analisados pelo Tribunal
de Contas da União (TCU).
O secretário de Transportes do Rio, Carlos Roberto Osorio, que também esteve no
encontro, alegou que a ferrovia é estratégica, pois representará uma alternativa
para o escoamento de cargas:
— Nós acreditamos que com essa ferrovia o Rio será o principal polo logístico de
entrada e saída de cargas do Brasil, principalmente de minério de ferro, já que
ganham outras possibilidades. A conexão com os portos favorece o crescimento do
Sudeste brasileiro, ancorados no porto de Vitória, no porto central, no porto do Açu
e também atende aos distritos industriais. Por isso é estratégica para os estados.
A ferrovia Rio-Vitória terá 577 quilômetros de extensão e foi incluída no Programa
de Infraestrutura e Logística (PIL) há quatro anos, que também envolve a
construção de outras 11 estradas de ferro. Com a determinação do governo federal
de prosseguir com os estudos técnicos, a estrada deve ser a primeira a ser
inaugurada pelo programa.
Pedágio começa a ser cobrado na BR-050 pela MGO Rodovias dia 12 de abril Postado dia 2/4/2015 | Tags:ANTT, BR-040, BR-050, cobrança, MGO Rodovias, pedágio | 0 comentário
Foi publicada hoje no Diário Oficial autorização da ANTT- Agência Nacional de Transportes
Terrestres para que a MGO Rodovias inicie a cobrança de pedágio, a partir do dia 12 de
abril. A concessionária é responsável pelo trecho pela BR-050 (GO/MG), no total de 436,6
quilômetros que começa no entroncamento com a BR-040, em Cristalina (GO), e se estende
até a divisa de Minas Gerais com São Paulo, no munícipio de Delta (MG).
Das seis praças de pedágio previstas para operar na rodovia, cinco já foram autorizadas e
iniciam a cobrança na seguinte ordem : No dia 12 de abril as Praças P3 (Araguari/MG) com
tarifa básica de R$ 3,90 e P5 (Uberaba/MG), com tarifa básica de R$ 4,30; No dia 14 de
abril entra em operação a praça P4 (Araguari/MG), com valor base de R$ 3,00. A praça P2
(Campo Alegre/GO) cobrará R$ 5,20 de tarifa básica a partir da zero hora do dia 16 de abril
de 2015 . Por último, no dia 18 de abril entra em operação a praça P6 , com tarifa básica de
R$ 3,10. Ainda não foi definida a data em que entra em operação a Praça P1, localizada em
Ipameri (GO) mas o valor da tarifa básica será de R$ 4,80.
08/04/2015 13h27 - Atualizado em 08/04/2015 13h29
Nova ação do MPF pede suspensão da
cobrança de pedágio na BR-050 Início da cobrança está prevista para o próximo dia 12, segundo empresa.
MGO Rodovias informou que departamento jurídico não foi notificado. Do G1 Triângulo Mineiro
O Ministério Público Federal (MPF) de Uberlândia propôs uma nova ação para
suspender o início da cobrança de pedágio da BR-050, até que sejam
devidamente cumpridas as condições mínimas estabelecidas no contrato de
concessão e no programa de exploração da rodovia.
A Ação Civil Pública foi protocolada nesta terça-feira (7) pelo procurador da
República Cléber Eustáquio Neves.
A concessionária responsável pelas praças de pedágio, a MGO Rodovias,
divulgou na última semana que a cobrança do pedágio começará no próximo
dia 12. A produção da TV Integração procurou empresa e foi informada que
qualquer pronunciamento sobre essa ação só será feito depois que o
departamento jurídico for notificado.
O contrato de concessão dos 436,6 quilômetros da BR-050, entre Minas Gerais e
Goiás, prevê a instalação de seis praças de pedágio. Para que a cobrança seja
feita, são necessárias algumas condições como a conclusão de 10% da extensão
total das obras de duplicação e dos trabalhos iniciais no sistema rodoviário.
Segundo o procurador, o trecho de entroncamento com a BR-040 ainda está sob
responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(Dnit). Assim sendo, todas as intervenções previstas no contrato de concessão
como a recuperação de pavimento, nova sinalização vertical e horizontal, entre
outras, não foram executadas conforme o Programa de Exploração de Rodovia
(PER).
Outras ações
Essa é a terceira ação movida pela Procuradoria de Uberlândia. A primeira
pedia o impedimento da cobrança de pedágio no km 51 da BR-050, no
Triângulo Mineiro. O pedido se limita aos veículos emplacados em Uberlândia
ou em Araguari.
A segunda, protocolada no mesmo mês, denunciava que as construções estavam
sendo feitas sem licença ou estudos de impacto ambiental, além de estarem
localizadas em áreas de preservação permanente e de produção agrícola. Na
época, o juiz da Terceira Vara do Tribunal Regional Federal, Osmar Vaz de
Mello, chegou a acatar o pedido do MPF em suspender as obras.
IMPRENSA
9/4/2015
Paraná apresenta propostas ao Ministério dos Transportes para melhorar infraestrutura O Governo do Paraná encaminha nesta quinta-feira (09) ao Ministério dos Transportes uma série de pedidos de melhorias da infraestrutura do Estado. O secretário de Infraestrutura de Logística, José Richa Filho, quer retomar as negociações sobre a implantação da ferrovia Maracaju-Paranaguá, a construção do Contorno Norte de Ponta Grossa e a suspensão da medida provisória que pretende estadualizar mais de mil quilômetros de rodovias federais.
“Há demandas que envolvem o governo federal e precisam ser resolvidas para melhorar a infraestrutura do Paraná. Haverá reuniões com a equipe do ministro dos Transportes, Antônioi Carlso Rodrigues, buscando avançar nestas pautas”, disse o secretário Richa Filho.
Um dos pontos importantes dessas conversas é a reversão da Medida Provisória 082, de dezembro de 2002, que pretende estadualizar rodovias federais. Pela MP, 945 quilômetros de estradas federais terão de ser absorvidos pelo Governo do Paraná, elevando os custos de manutenção em mais de R$ 200 milhões por ano.
Esta medida provisória foi implementada na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso. Na época, 15 estados, entre eles o Paraná, receberam cerca de R$ 2 bilhões em receitas antecipadas, com o compromisso de assumir mais de 14 mil quilômetros de rodovias federais.
A intenção do Governo do Paraná é criar uma lei que anule esta medida, ao mesmo tempo em que se prorrogue o prazo, para que seja aprovada esta lei no Congresso. Richa Filho argumenta que, se a MP entrar em vigor, o governo federal vai reduzir a sua atual malha de 1811 quilômetros para apenas 872 quilômetros.
“A malha federal no Paraná já é pequena, parte dela é do Anel de Integração. Se reduzir ainda mais, o Paraná será responsável por manter uma grande malha viária, diferente dos outros estados, onde circulam todo o escoamento da região Sul do Brasil, parte do Sudeste, Centro-Oeste, além da Argentina e Paraguai”, disse.
FEDERALIZAÇÃO – Na reunião, Richa Filho quer acelerar o pedido de federalização da PR-280, que liga o Oeste ao Sudoeste do Paraná. Atualmente, a rodovia comporta boa parte do escoamento de produtos vindo da região Centro -Oeste do Brasil, que vão ao Sul, sem contar o tráfego que vem da Argentina e Paraguai. São mais de 6 mil veículos por dia, sendo 60% caminhões.
O Estado quer federalizar 190 quilômetros da rodovia, que em diversos pontos entra em território de Santa Catarina. Atualmente, esta mesma rodovia (BR-280) é federal no Estado vizinho e o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) quer duplicá-la, de Porto União até o porto de Jaraguá do Sul.
FERROVIA – Na mesma reunião, será pedida ao Ministério dos Transportes uma definição sobre a construção da ferrovia Maracaju-Paranaguá, cujos trâmites estão lentos. O Paraná quer que o governo federal defina prazos para a execução da obra ou conceda à Ferroeste todo trecho (Maracaju-Paranaguá) para que o Estado tenha o poder de concessão.
Na reunião, haverá também um encontro com lideranças de Ponta Grossa para discutir a construção do contorno norte da cidade. São 45 quilômetros de novas estradas, que vão tirar o tráfego pesado da área central da cidade. A estimativa é investir cerca de R$ 530 milhões. O Governo do Paraná quer esta obra entre no Programa de Aceleração do Crescimento 3 – PAC-3.
Fonte.:Agência do Paraná
Apesar de
restrito a um tanque de gasolina, o incêndio voltou a ganhar força no fim da tarde de ontem. LOGÍSTICA
Incêndio em Santos abre chance de Paranaguá recuperar
embarque de soja Fogo recupera força no porto paulista. Quatro navios desviam caminho para o Paraná
08/04/2015
Quando o Corpo de Bombeiros acreditava ter controlado o incêndio que começou há oito dias no Porto de Santos, as labaredas voltaram a ganhar força ontem à tarde em um tanque, colocando em xeque a previsão de que o bloqueio à chegada de caminhões será suspenso nesta sexta-feira. Um dos principais reflexos – além dos danos ambientais e à saúde da população – se dá na exportação da safra nacional de soja, que está atrasada e entra em seu auge nesta época do ano.
O Porto de Paranaguá, a 400 quilômetros de Santos pelo mar, informa que quatro navios
desviaram o litoral paulista seguindo direto para o a costa paranaense. O quadro abre chance de
o Paraná recuperar parte do espaço que vem perdendo nos embarques. Os executivos que
administram a movimentação de cargas consolidam um diagnóstico.
O movimento no Corredor de Exportação do Paraná segue programação de dez dias e, por isso,
ainda é normal, informa a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonia (Appa). Uma
elevação nos embarques será medida na agenda dos próximos dez dias.
7 toneladas
de peixes mortos já foram retiradas do Rio Casqueiro, em Cubatão (SP). A mortandade é atribuída ao aquecimento e à
falta de oxigênio na água. Ministério Público de São Paulo abre inquérito e avalia se empresa dona de reservatórios de
combustível em chamas pode ser responsabilizada.
No primeiro trimestre, o volume de soja exportado por Paranaguá foi 53% menor que o do mesmo
período de 2014, caindo de 2,3 milhões para 1,1 milhão de toneladas. Em âmbito nacional, o
atraso – causado pela lentidão nas vendas e por fatores externos – é menos expressivo, de 28%,
com queda de 9 milhões para 7,7 milhões de toneladas embarcadas.
27,7% de atraso
nas exportações de soja foram registrados no primeiro trimeste pelo Brasil, na comparação com 2014. Incêndio pode
complicar esse quadro. No Porto de Paranaguá, movimentação foi 53% menor, e agora pode ser estimulada por navios
que desviam o porto santista.
As exportações de soja, decisiva para a balança comercial e a economia brasileira neste ano,
estão lentas. O porto paranaense chegou a embarcar 1,6 milhão de toneladas num único mês
(abril de 2014), mas em março remeteu ao exterior apenas 788 mil toneladas (perto de 15
navios). Nesse mesmo mês do ano passado, exportou 1,3 milhão de toneladas, conforme dados
da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Novo bloqueio de 24 horas a caminhões que seguem ao Porto de Santos, anunciado ontem,
estimula mudança nas rotas de exportação. Se esse bloqueio for suspenso nesta sexta, os
embarques podem voltar a ganhar força no domingo, dez após o início do incêndio e sete dias
depois do corte no acesso.
O fluxo de caminhões em Santos seria flexibilizado ontem à noite e na madrugada de hoje.
Comboios passariam por dentro da cidade, aliviando o bloqueio a veículos de carga no acesso
tradicional ao porto santista, próximo ao terminal de armazenagem de combustíveis do distrito da
Alemoa, onde o fogo desafia os Bombeiros. Essa operação noturna liberou 250 caminhões
segunda-feira e 750 terça. A intenção é aumentar esses números, disse o secretário municipal de
Assuntos Portuários de Santos, José Eduardo Lopes.
O Corpo de Bombeiros tem 137 agentes e 46 viaturas no combater ao incêndio, de causa ainda
não apurada. O governo federal enviou reforços da Infraero e Força Aérea Brasileira, após
determinação da presidente Dilma Rousseff.
O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para investigar os danos ambientais causados
pelo incêndio. Os promotores pretendem avaliar se a empresa dona dos reservatórios pode ser
responsabilizada pela contaminação do ar e da água.
Cerca de 7 toneladas de peixes mortos já foram retiradas do Rio Casqueiro, em Cubatão (SP).
Com o aumento da temperatura da água e a diminuição de oxigênio na correnteza, os animais
morreram. Fumaça tóxica e risco de explosão deixam a população em alerta.
O vazamento de combustível por meio de rachaduras dos tanques preocupava ontem o Corpo de
Bombeiros. A expectativa, no entanto, é que o controle às chamas seja restabelecido nesta
quinta-feira.
Acidentes nas estradas têm menor número
de mortos desde 2007 na Semana Santa
09/04/2015
Durante o feriado prolongado da Semana Santa, entre a última quinta-feira e segunda-feira, 103
pessoas morreram e 1.441 ficaram feridas em 2.323 acidentes - dos quais 163 considerados
graves - nas rodovias federais do país, mas, pelos critérios da Polícia Rodoviária Federal (PRF),
que leva em consideração a evolução da frota de veículos, esse é o menor número de mortes
neste feriado desde 2007.
O balanço foi divulgado pela Polícia Rodoviária Federal. Os dados também apontam redução de
63% no índice de acidentes graves, 22% no índice de acidentes totais, e 31% no índice de
mortos, em relação ao feriado do ano passado. A PRF considera como acidente grave, o que
resulta em feridos graves ou mortes. Em 2014, a Operação Semana Santa também durou cinco
dias e foram registrados 2.837 acidentes, sendo 417 graves. Ao todo, 140 pessoas morreram.
Neste ano, 1.151 pessoas foram impedidas de dirigir por estarem sob efeito de álcool e 255 foram
presas por embriaguez. A polícia fiscalizou 168.588 veículos, 183.209 pessoas e realizou 59.007
testes bafômetro.
Cinco meses após o aumento das multas por ultrapassagens indevidas, 7.560 manobras do tipo
foram registradas. De acordo com a PRF, as ultrapassagens realizadas em locais proibidos são
as principais responsáveis pelas colisões frontais, um tipo de acidente que apresenta altos
números de mortos.
Ao todo, 79.247 veículos foram flagrados transitando acima da velocidade permitida. O maior
número de flagrantes de excesso de velocidade foi registrado no estado de São Paulo, com
12.283 flagrantes - 15% do total - seguido pelo Paraná, com 11.641 e Minas Gerais, com 9.544
flagrantes.
Fonte: Agência Brasil
MINISTRO ADMITE REVER TAXA DE RETORNO PARA CESSÃO DE PORTOS Valor Econômico
O ministro dos Portos, Edinho Araújo, admitiu a possibilidade de aumentar a Taxa Interna de Retorno (TIR) de 8,3% sugerida para os arrendamentos portuários. Os estudos para licitação do primeiro bloco (29 áreas em Santos e no Pará) foram enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU) em outubro de 2013, num outro cenário econômico. Ele preferiu, contudo, não cravar um novo intervalo possível de TIR. Também não disse se a alteração valeria para todos os 29 arrendamentos. Apesar de descontar a inflação, a TIR foi considerada, já na época, pouco atraente por investidores. "Isso é dinâmico. Dezoito meses atrás havia uma realidade econômica. Nada impede que, assim que tivermos o OK do TCU, fazer variações", afirmou Araújo. Como tem dito publicamente, o ministro se disse "otimista" e espera que no próximo dia 15 o TCU aprove os estudos para licitação do primeiro bloco. O governo não trabalha com um plano B para deslanchar as licitações dessas áreas. O TCU usa um parâmetro de 18 meses para a validade dos estudos, prazo que se esgota neste mês. "Tratasse de um prazo indicativo. Nada impede que haja atualizações pontuais, caso o tribunal entenda necessário", disse o órgão em resposta ao Valor. O processo chegou ao TCU em outubro de 2013 e desde então foram feitos três acórdãos, contra os quais foram apresentados recursos, que estão sendo analisados por dois relatores. A ministra Ana Arraes relata embargos de declaração e a expectativa é que sejam apreciados em meados deste mês. Já o ministro Vital do Rêgo pediu vistas do processo que analisa recursos opostos pelo governo contra quatro de 19 determinações realizadas inicialmente pelo TCU como condição para publicação dos editais.
O ministro descartou a possibilidade de o governo desmembrar as 29 áreas, medida que poderia adiantar o lançamento dos editais. Também disse que não trabalha com a possibilidade de retirar do bloco as áreas hoje ocupadas por operadores, os chamados pré1993, cujos contratos estão vencidos ou prestes a vencer. Essas empresas avaliam que têm direito à adaptação à antiga lei, de 1993, e poderiam, portanto, receber mais um período. "Recebi esse pleito e respeito a posição, mas estou diante do marco legal e a lei diz que os contratos anteriores a 1993 já não têm direito à prorrogação".
Nesta quinta será realizada em São Paulo audiência pública presencial para debater com a iniciativa privada possíveis modelos de administração dos canais. As contribuições, que vêm sendo colhidas desde o dia 2 deste mês e serão encerradas no dia 19, ajudarão a estruturar a elaboração de estudos de viabilidade técnica e econômica das concessões. A estimativa é que ainda neste ano ocorram os primeiros repasses dos acessos aquaviários de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS).
A transferência da gestão dos acessos visa garantir a realização de serviços como dragagem continuamente. A cargo da Secretaria de Portos (SEP) e das companhias docas, esses serviços vêm sofrendo com as interrupções das licitações e com o contingenciamento do orçamento.
MALHA RODOVIÁRIA NACIONAL DEPENDE DE AÇÕES GOVERNAMENTAIS Guia Marítimo
Para presidente da Anut, mesmo com as más condições sofridas pelo transporte as expectativas são boas no médio prazo.
O presidente da Anut (Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga), Luiz Henrique
Teixeira Baldez, trouxe boas expectativas para o cenário do transporte rodoviário no médio prazo
durante a Feira Intermodal South America, mesmo com as más condições nas estradas.
Atualmente, mais de 60% dos produtos brasileiros são transportados por frotas de caminhões em
mais de 1,6 milhão de quilômetros de estradas nacionais, as quais apenas 12% são
pavimentadas.
Segundo ele, apesar do atual momento no setor rodoviário não ser dos melhores, o transporte de
cargas para os próximos anos será promissor, visto as melhorias logísticas e os projetos
portuários em andamento no País. “Isso complementaria todos os corredores logísticos para a
exportação brasileira”, disse.
Projetos governamentais voltados à melhoria das condições das estradas brasileiras existem,
porém estão parados por falta de recursos financeiros, como é o caso do Arco Norte, no Paraná.
“Pensar em soluções para os estados do Mato Grosso, Pará, Maranhão, Amazonas, entre outros,
é fundamental, pois 60 milhões de toneladas de grãos são produzidos no norte e nordeste. Toda
essa carga vem de caminhão para escoar nos portos do sudeste e sul porque nos outros estados
não há ferrovias adequadas para receber essa produção. Quando houver a implantação da malha
logística, todo o sistema será aliviado e, com isso, haverá um equilíbrio maior na matriz de
transporte no país”, esclareceu Baldez.
O representante da associação também ressaltou a necessidade de agilizar o processo de
maturação, aprovação e execução desses projetos.
Apontado como modal capaz de aliviar o fluxo de cargas em rodovias, o sistema ferroviário do
País também foi citado pelo executivo, com a necessidade de ser modernizado. “A construção de
ferrovias, em especial o Ferroanel, que é considerado essencial para transporte de cargas no
estado de São Paulo, uma das prioridades de investimentos”, completou.
Aprovado fim do pedágio para
motociclistas em rodovias federais Por: em 08/04/15 14:50
Motociclistas fazem protesto em reivindicação pela isenção de pagamento nos pedágios Foto: Mônica Imbuzeiro (Foto de
arquivo)
Presidida por Clarissa Garotinho (PR), a Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara
dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (8), a isenção de pagamento de pedágio para
motociclistas em rodovias federais.
A aprovação contou com a dobradinha de dois representantes de Duque de Caixas na
Câmara: Washington Reis (PMDB), o autor do projeto, e de Áureo (SDD), relator da matéria
que deu parecer favorável.
Os dois hoje trabalharam juntos, mas, em 2016, a história pode ser diferente. Afinal, ambos
almejam a prefeitura da cidade.
A proposta agora segue para análise de mérito na Comissão de Finanças e Tributação. Em
seguida, passa pela Constituição e Justiça.
TECNOLOGIA
Aplicativo facilita acesso a condições de
trânsito na BR-040/MG/RJ
Publicado: Sexta, 10 de Abril de 2015, 17h18
Usuários da BR-040/MG/RJ, trecho entre Juiz de Fora (MG) e o Rio de Janeiro (RJ),
poderão contar, a partir desta sexta-feira (10/4), com um novo aplicativo disponibilizado pela
Concer, concessionária responsável pela administração do trecho. O aplicativo possui uma
série de recursos que facilitará os deslocamentos pela rodovia e será encontrado nas lojas do
Google Play, IOS e Windows Store, podendo ser baixado em smartphones e tablets.
Entre as facilidades da ferramenta está o acesso às imagens de doze câmeras instaladas em
pontos estratégicos da rodovia para o monitoramento do tráfego em tempo real e as
condições de trânsito e clima. O usuário ainda poderá acionar os canais de atendimento da
concessionária, como os operadores de teleatendimento do 0800-2820040 e do socorro
médico e mecânico e registrar manifestações para a Ouvidoria da Concer.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) incentiva a utilização das novas
tecnologias que somam na prestação dos serviços, dando mais agilidade às ações. Além de
incentivar, a ANTT também está implantando seu próprio aplicativo para dispositivos
móveis para colaboração dos usuários dos serviços regulados pela Agência, a qualquer
momento e em tempo real. Entre os serviços disponíveis estarão: avaliação da utilização do
serviço de transporte terrestre de todos os modais, espaço para reportar irregularidades e
serviços em desconformidade, sugestões, identificação de acidentes, situação de tráfego e
outros.
Concessão – A ANTT, criada em 2001, regula e fiscaliza a exploração de infraestrutura e
prestação de serviços de transporte terrestre, inclusive contratos já celebrados antes da sua
criação, resguardando os direitos das partes e o equilíbrio econômico-financeiro dos
respectivos acordos.
Com 180 quilômetros de extensão, a BR-040/MG/RJ foi concedida para iniciativa privada
com o objetivo de exploração da infraestrutura, em 1º de março de 1996, pelo período de 25
anos. A licitação fez parte da 1ª etapa do programa de concessões rodoviárias.
Fonte: ASCOM ANTT, com informações da concessionária Concer.
AGENDA 2015
Abril
Inscrições para o Prêmio ABCR de Melhor Dissertação de
Mestrado e Melhor Tese de Doutorado
De 11/02 a 04/05/2015 - www.abcr.org.br
Junho
20º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito
De 23 a 25 de junho em Santos
Agosto
IX Congresso Brasileiro de Regulação – ABAR
17 a 20 de agosto em Brasília.
5a edição do Salão de Inovação ABCR
14 a 16 de setembro de 2015 em Brasília
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