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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 08 de julho de 2016.
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EDIÇÃO 62 – 08 DE JULHO DE 2016
ASSESSORIA DE IMPRENSA
RAMAL 2105
08.07.2016
Governo prepara regras para licença ambiental
Está redigida no Ministério do Meio Ambiente a minuta da proposta do governo
para regularizar o licenciamento ambiental no país. A linha-mestra da iniciativa é
incluir no processo a variável de localização do empreendimento. A ideia é corrigir
distorções que hoje exigem os mesmos estudos de impacto de uma indústria na
região metropolitana de São Paulo e de outra, de igual porte e atividade, mas em
área ambientalmente tão vulnerável quanto o Pantanal.
A minuta tem 37 páginas, 8 capítulos e é datada de 23 de junho. O Valor teve acesso
a ela com exclusividade. A proposta estabelece prazos para o licenciamento,
simplifica o processo para empreendimentos considerados de pouco impacto e não
libera do licenciamento setores integralmente.
Inclui três anexos que estruturam o potencial de degradação ambiental de
empreendimentos de pequeno, médio e grande porte. Por essas matrizes, um
projeto de grande porte, com "alto impacto ambiental" e situado em área com "grau
de relevância ambiental" considerado "muito alto", terá que passar pelo chamado
licenciamento trifásico - receber as licenças prévia, de instalação e de operação e
apresentar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), já que seu potencial de degradação
ambiental é significativo. Contudo, um projeto igualmente de grande porte em uma
região considerada ambientalmente de baixa relevância e com impacto tido como
baixo, pode ter licenciamento simplificado sem exigência de EIA.
O texto também dá espaço para a manifestação de órgãos importantes ao processo
de licenciamento, como a Fundação Nacional do Índio (Funai) no caso de impacto
em terras indígenas, ou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan), por exemplo. Mas diz claramente que a palavra final cabe ao órgão
ambiental.
A proposta do governo, ainda não definitiva, tem mensagem política clara. A
iniciativa, capitaneada pelo ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, é tentar
neutralizar projetos sobre a questão que tramitam no Congresso, vários deles em
regime de urgência, e ambientalmente nocivos. A pasta costura a iniciativa com os
ministérios da Agricultura, Indústria, Comércio Exterior e Serviços e Casa Civil. A
ideia é ouvir outros ministérios e apresentar a proposta de governo o mais rápido
possível.
Um dos projetos mais delirantes em
tramitação no Congresso é a Proposta de
Emenda Constitucional (PEC) 65/2012,
que acaba com o licenciamento
ambiental - prevê que a mera
apresentação do EIA de um
empreendimento implicará sua
autorização e que a partir daí não pode
ser cancelado. Outro é o projeto de lei do
senador Romero Jucá (PMDB-RR), o PLS
654/2015, que define um prazo de, no
máximo, oito meses para o licenciamento de grandes obras consideradas
estratégicas pelo governo, como hidrelétricas e estradas. Não prevê audiências
públicas e elimina fases essenciais do licenciamento. Foi batizado de
"licenciamento a jato" pelos ambientalistas.
A tentativa dos técnicos do Ministério do Meio Ambiente é de dar eficiência ao
processo de licenciamento equilibrando uma equação difícil - exigir os estudos
ambientais quando realmente necessários e reduzir demandas excessivas. Pelas
regras em vigor, por exemplo, empreendimentos de petróleo precisam de
licenciamento - tanto faz se o que está em foco é uma grande refinaria ou um posto
de abastecimento de combustível. Como o posto segue padrões (distâncias
mínimas para casas ou escolas, por exemplo), e tem impactos mais previsíveis, a
intenção é que o licenciamento seja diferenciado, mais simples e mais rápido que
o da refinaria.
Há consenso que o país precisa organizar o licenciamento ambiental, hoje previsto
na Política Nacional de Meio Ambiente e detalhado em grande número de resoluções
do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). É uma regulamentação dispersa
e muito questionada. O projeto liderado por Sarney Filho, ainda em construção, é
um substitutivo ao Projeto de Lei 3.729, de 2004, que já tem 15 projetos apensados.
O texto-base é o substitutivo aprovado na Comissão de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável da Câmara, com relatoria do deputado federal
Ricardo Tripoli (PSDB-SP).
08.07.2016
Espanhóis se preparam para nova rodada de concessões
no Brasil
O presidente da espanhola Ferrovial, Alejandro de la Joya, afirmou que a companhia
está pronta para a disputa pelos quatro aeroportos que o Brasil pretende privatizar,
mas cobrou agilidade do governo brasileiro na definição do modelo de concessão.
O executivo disse que não pretende entrar como sócio minoritário dos terminais.
"Para nós, só faz sentido investir em um consórcio com mais de 40% de participação
ou mais de 50%", disse. "Essa participação vai depender das regras do edital e ainda
estamos esperando para definir nossa estratégia. O que asseguro é que não faz
parte dos nossos planos sermos sócios investidores [minoritários]."
Hoje, a Ferrovial é responsável pela gestão do aeroporto de Heathrow, de Londres
—um dos maiores do mundo—, administra rodovias em nove países e registrou
faturamento de € 8 bilhões em 2015.
No passado, a Ferrovial criticou os indicadores de desempenho da economia
brasileira que foram considerados no cálculo dos lances para os aeroportos de
Guarulhos. Naquele momento, já questionava as taxas de crescimento do PIB e o
lance mínimo de R$ 3,2 bilhões.
Em um consórcio com a construtora Queiroz Galvão, a empresa deu lance de cerca
de R$ 6 bilhões, mas perdeu para a Invepar, da OAS, que pagou R$ 12 bilhões.
O presidente da Ferrovial negou a intenção de comprar fatias das empreiteiras nos
aeroportos Guarulhos ou Viracopos. A fatia da OAS em Guarulhos (24,4%), que hoje
pertence aos credores da construtora, está avaliada em cerca de R$ 1,6 bilhão. A
UTC, que tem 23% de Viracopos, pede cerca de R$ 560 milhões.
Joya afirmou que a empresa também avalia investir em concessões rodoviárias. No
Brasil, a Ferrovial só presta serviços para a concorrente espanhola Abertis, que
duplica a Rodovia do Café (BR 116) e a rodovia Fluminense (BR 101).
O diretor financeiro da Abertis, José Aljaro, afirmou que o grupo pretende destinar
até € 1,2 bilhão em novos investimentos às rodovias que já administra no Brasil.
Ele disse ainda que a empresa tem interesse na nova fase de concessões. "Tudo vai
depender das condições [da nova etapa].
O secretário do Programa de Parcerias e Investimentos do Brasil, Moreira Franco,
não compareceu ao evento alegando que precisava concluir a nova política de
concessões junto com o presidente interino, Michel Temer.
As declarações foram dadas durante o XV Encontro Santander América Latina.
08.07.2016
Espanhola Ferrovial se prepara para disputar leilão de
aeroportos no País
MADRI e SÃO PAULO - O presidente da
Ferrovial Agroman, Alejandro de la Joya, disse
nesta quinta-feira, 7, em Madri, que a empresa
espanhola está interessada na concessão dos
quatro novos aeroportos no Brasil. O
executivo do grupo, que tem uma construtora
e opera terminais na Europa, afirmou que
eventual participação da companhia nos
leilões será “ativa” nos consórcios. Segundo apurou o ‘Estado’, a espanhola vem
para reforçar o interesse nas concessões. De acordo com fontes próximas ao
processo, a lista já inclui outros estrangeiros, a maior parte deles da Europa.
“Estamos interessados e acompanhamos essas quatro privatizações. Não há
decisão, todavia, em função da composição com os sócios que conseguiremos e
onde pode haver maior sinergia”, disse de la Joya, durante palestra realizada no
15.º Encontro Santander América Latina, na capital espanhola. O governo já
anunciou que oferecerá à iniciativa privada os terminais de Florianópolis,
Fortaleza, Porto Alegre e Salvador.
O executivo reconheceu que a frágil situação do setor de construção no Brasil pode
gerar espaço para a entrada mais forte de construtores e operadores estrangeiros.
“Mas preferimos que as empresas locais tenham boa forma”, disse a jornalistas,
após painel sobre a infraestrutura na América Latina.
De la Joya nega que a empresa esteja avaliando algum empreendimento já
concedido à iniciativa privada e que esteja procurando novo sócio. O executivo
citou, porém, que “neste momento não temos nenhuma concessão de rodovias, mas
sempre estamos de olho”.
Tempo. Apesar de o projeto de privatizações ser prioritário para reforçar o caixa
do governo, a expectativa é de que falte tempo para conseguir realizar o leilão dos
aeroportos ainda este ano.
Na melhor das hipóteses, disse uma fonte do setor, o edital deverá ser lançado este
ano, com o evento ficando para janeiro de 2017. No discurso oficial, no entanto, o
governo planeja fazer a licitação ainda no segundo semestre. O processo de
audiência pública sobre o tema foi concluído no último dia 20.
Apesar do interesse estrangeiro, o fator impeachment ainda pesa contra o
andamento do processo, uma vez que o afastamento da presidente Dilma Rousseff
ainda é temporário. “Os olhos (dos investidores) estão abertos, mas há receio por
causa da instabilidade política”, disse Ricardo Medina, especialista em
infraestrutura do L.O. Baptista-SVMFA.
Para Medina, a conclusão do processo será determinante para o retorno dos
investimentos do País: “É o turning point (ponto de inflexão), porque o Brasil passa
a ter um navegador definido.
08.07.2016
BB, Caixa e BNDES discutem concessões
Os presidentes dos três maiores bancos públicos do país - Banco do Brasil, BNDES
e Caixa Econômica Federal - decidiram ontem criar um grupo que reúna técnicos
das três instituições com o objetivo de aprimorar ferramentas financeiras que
ajudem na retomada do crescimento do país. O primeiro foco das discussões será
o financiamento à infraestrutura.
A decisão foi tomada em uma reunião na sede do Banco do Brasil, em Brasília.
Estiveram presentes Paulo Caffarelli (BB), Maria Silvia Bastos Marques (BNDES) e
Gilberto Occhi (Caixa), além do secretário de política econômica do Ministério da
Fazenda, Carlos Hamilton, e do secretário adjunto do Ministério do Planejamento,
Esteves Pedro Colnago Júnior.
No encontro, foram discutidos o equacionamento financeiro de projetos atuais e
futuros de infraestrutura, o financiamento de micro, pequenas e médias empresas
e o aprimoramento da operação BNDES. A ideia é alinhar as visões dos três bancos
sobre os temas e usar o corpo técnico das instituições para desenvolver propostas
que aprimorem os instrumentos envolvidos nessas operações.
Não está definida a periodicidade das reuniões desse fórum. Segundo executivo
que participou do encontro, a ideia é envolver os bancos privados nas discussões.
O financiamento à infraestrutura é um dos principais temas em discussão no
governo interino de Michel Temer. Na semana passada, o Valor noticiou a intenção
das autoridades em mudar as regras de financiamento para as próximas concessões
de infraestrutura. O plano envolveria descontar, de forma automática, da receita
da concessionária a parcela destinada a pagar os empréstimos bancários.
08.07.2016
Luz baixa nas rodovias é obrigatória a partir de hoje
Pesquisas constataram uma redução entre 5% e 10% das colisões
frontais com a adoção da medida
Todos os motoristas em tráfego pelas rodovias brasileiras precisam manter a luz
baixa acesa durante o dia, a partir de hoje, 8 de julho. O objetivo é melhorar o nível
de visibilidade dos veículos em circulação.
De acordo com o Ministério das Cidades, pesquisas constataram uma redução entre
5% e 10% das colisões frontais com a adoção da medida. Além disso, estudos
apontam que a maioria das colisões frontais é causada pela não percepção do outro
veículo por parte do motorista em tempo hábil para reação. A maioria dos estudos
sobre o tema conclui que a presença de luzes acesas reduz significativamente o
número de colisões entre veículos durante o dia, especialmente colisões frontais.
São consideradas rodovias, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, as ligações
interurbanas, que ligam uma cidade à outra, com limites mais altos de velocidade
em relação às vias urbanas.
O condutor deve usar farol baixo em rodovias estaduais e federais. Mas também
deve ficar atento ao trafegar por rodovias que cortam perímetros urbanos, como
por exemplo, no Rodoanel Mario Covas em São Paulo (SP), no Anel Rodoviário Celso
Mello Azevedo em Belo Horizonte (MG), ou o caso da BR 116 que corta diversos
munícipios do país.
Ele só pode desligar os faróis se estiver em uma avenida que, apesar de ser uma
continuação da rodovia, tem o tráfego ordenado pelo órgão de trânsito municipal.
A orientação da Polícia Rodoviária Federal é que o motorista preste atenção ao nome
da via e à placa de sinalização. Se for, por exemplo, SP ou BR e tiver uma placa
dizendo que é “sob jurisdição e domínio do DER ou do DNIT” tem que manter o
farol ligado.
O descumprimento da nova regra resultará em infração média e os condutores
serão penalizados com multa de R$ 85,13 e perda de 4 pontos na Carteira Nacional
de Habilitação (CNH).
Tipos de faróis
O uso de faróis baixos ou de faróis de rodagem diurna (DRL) é suficiente para o
cumprimento da lei e estão regulamentados pela Resolução CONTRAN nº 227/2007.
Vale ressaltar que faróis de neblina, de milha, ou luz de posição não cumprem a
função exigida pela lei.
Veja a diferença entre eles:
Faróis altos – Têm facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até uma
grande distância do veículo.
Faróis baixos – Além de serem obrigatórios durante o dia, seu facho de luz também
é destinado a iluminar a via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou
incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que venham em
sentido contrário.
Luz de posição (ou farolete) – É o facho de luz do veículo destinado a indicar a
presença e a largura do veículo. É obrigatória para manobrar durante a noite, sob
chuva em qualquer horário do dia e ao parar o carro para embarque ou
desembarque.
Faróis de neblina - Têm facho de luz largo, com cobertura de 70 a 120 graus com
um corte plano e abrupto na parte superior par, e alcance curto — geralmente
imediatamente à frente do carro. São projetados para iluminar a via por baixo da
neblina, que se forma a pouco mais de 30 cm do chão.
Faróis de milha - Têm facho estreito e de longo alcance (por isso são tecnicamente
chamados de “faróis de longo alcance”). No Brasil, são permitidos apenas onde não
há iluminação pública, nem motoristas à frente ou no sentido contrário.
Luz de LED
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) informou que irá aceitar que veículos
transitem em rodovias durante o dia com a luz diurna de LED acesa em vez do farol
baixo. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) solicitou a inclusão da luz de LED, uma
faixa de lâmpadas logo abaixo do farol, que equipa alguns modelos de carros mais
novos.
Também conhecida pela sigla DRL (de "daytime running lamp"), a luz diurna de LED
será aceita de dia nas estradas, mas não vale para todas as outras situações em que
o farol baixo é exigido, como circulação à noite ou em túneis.
08.07.2016
Uso de farol baixo reduz acidentes nos Estados Unidos e
na Europa
O uso do farol baixo nas rodovias, durante o dia,
já é lei há muito tempo em vários países.
Na Europa, a chamada Lei do Farol Baixo existe há
mais de quarenta anos. O país pioneiro foi a
Finlândia, que estabeleceu a obrigatoriedade
em 1972. Em seguida, a norma foi adotada na
Suécia (1977), na Noruega (1985), Islândia (1988)
e Dinamarca (1990).
No Canadá e nos Estados Unidos a história é um
pouco diferente. O governo canadense definiu, em janeiro 1990, que os carros
deveriam ser fabricados com as chamadas daytime running light, ou drls, que são
faróis acionados automaticamente quando o carro é ligado.
Nos Estados Unidos, as leis são estaduais. Estados como Alabama, Florida, Lousiana
e Mississipi tornaram obrigatório o uso do farol baixo durante o dia nas estradas.
Em outros,como a Georgia, a opção ficou com os motoristas. Alguns acendem faróis
baixos, de dia, até dentro das cidades.
Essas medidas são polêmicas nos Estados Unidos. Existe até uma associação de
motoristas que faz campanhas contrárias ao uso dos faróis automáticos. A
associação mantém campanha de boicote às montadoras que adotam o modelo de
acendimento automático. Para a associação, a medida não é tão eficaz na redução
de acidentes e ainda aumenta o
consumo de combustível.
Apesar das críticas, os números
provam o contrário. Pesquisas
apontam que tanto na Europa
quanto na América do Norte,
houve uma redução de 25% nos
acidentes com morte.
Principalmente nos que
envolvem colisões frontais,
pedestres e ciclistas.
Só aqui, nos Estados Unidos, os
atropelamentos tiveram queda
de 12%, desde que a recomendação do uso diurno de faróis foi adotada.
08.07.2016
Carro usado vira opção na crise e venda dispara
Enquanto o mercado de carros zero quilômetro acumula queda de 25,4% no
primeiro semestre em comparação a igual período de 2015, as vendas de modelos
seminovos, com até três anos de uso, seguem trajetória inversa, com crescimento
de 23,6%.
Quem compra o seminovo é o consumidor que compraria o zero, mas está trocando
um pelo outro”, afirma Ilídio dos Santos, presidente da Federação Nacional das
Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).
Segundo ele, diante da crise econômica, o veículo usado se encaixa melhor no
orçamento dos consumidores. “Além da vantagem do preço, muitos modelos com
até três anos ainda estão na garantia”, diz Santos.
O desempenho positivo não se repete em veículos mais velhos. As vendas de carros
com quatro a oito anos de uso caíram 12,9% no primeiro semestre e as de nove a
12 anos, 12,4%. A redução para aqueles com mais de 13 anos foi de 17,2%.
Ao todo, foram vendidos de janeiro a junho 4,786 milhões veículos usados,
incluindo caminhões e ônibus. O número é 3,8% menor que o do mesmo intervalo
do ano passado.
Do total, 2,266 milhões são modelos com até três anos de uso, ou 47,3% das vendas.
O mercado de veículos zero quilômetro somou 983,5 mil unidades na primeira
metade do ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos
Automotores (Fenabrave). Significa que, para cada novo, foram comercializados
quase cinco veículos usados.
Somente em junho, as vendas de veículos usados cresceram 2,4% em relação a
maio, mas foram 2,7% menores do que as de igual mês de 2015.
Em falta. Na loja de veículos seminovos Trans Am Faraj, na zona norte de São
Paulo, os negócios cresceram, até agora, 12%, informa o proprietário Munir Faraj.
Modelos na faixa de preço de até R$ 100 mil, como Toyota Corolla e Honda Civic
estão em falta, informa Faraj. Também carros compactos em versões mais
equipadas, como Hyundai HB20 e Chevrolet Onix estão difíceis de serem
encontradas.
De acordo com Faraj, boa parte dos modelos vendidos nas loja é adquirida de
concessionárias de montadoras mas, com a queda nas vendas de novos, o usado
fica escasso.
“Grande parte dos consumidores deixa o usado como parte do pagamento de um
zero, mas, com a situação econômica atual, essa troca não está ocorrendo”, diz.
Segundo ele, muitos dos negócios feitos atualmente envolvem a troca do automóvel
mais novo por outro mais velho para sair da loja com algum dinheiro para pagar
outras dívidas.
A venda de motos usadas caiu 2,3% na primeira metade do ano na comparação com
o primeiro semestre de 2015 – para 1,336 milhão de unidades. Já o mercado de
motos novas recuou 17,7% no mesmo período, para 547 mil unidades.
08.07.2016
Montadoras demitiram 2,1 mil funcionários no primeiro
semestre
As montadoras eliminaram 244 postos de trabalho no mês passado, segundo
balanço divulgado hoje pela Anfavea. No total, a indústria automobilística, junto
com as fábricas de tratores agrícolas, terminou junho com um quadro de 127,7 mil
trabalhadores.
Foram eliminadas 2,1 mil vagas desde o início do ano, ou um total de 31,9 mil
postos extintos desde que o setor iniciou o ciclo de ajuste de mão de obra, em
novembro de 2013.
Segundo o presidente da Anfavea, Antonio Megale, o número do mês passado, com
redução nos cortes, mostra uma estabilização no nível de mão de obra. Apesar
disso, ele afirmou que o setor ainda opera com excesso de trabalhadores. De acordo
com a Anfavea, 26 mil funcionários do setor estão ou em “layoff”, com contratos
de trabalho suspensos, ou em regime de proteção ao emprego, no qual a jornada
de trabalho é reduzida, assim como os salários.
“Esperamos diminuir esse gap (excesso de mão de obra) com a retomada do
mercado a partir do fim deste ano”, comentou o executivo.
08.07.2016
Quadrilhas mudam foco e cargas menores são mais
visadas na região de Campinas
Assaltantes procuram cargas com menos segurança nas rodovias. Número de
roubos aumentou 17,5% nos cinco primeiros meses deste ano.
Quadrilhas especializadas em roubo de cargas mudaram o foco nas rodovias que
cortam Campinas (SP) nos últimos meses, segundo dados oficiais da Secretaria de
Segurança Pública (SSP). Os assaltantes estão atacando caminhões com cargas
menores e com menos segurança.
O delegado Ronei Barbosa Lima, da Delegacia de Insvestigações Gerais (DIG), afirma
que as ações se tornaram mais comuns com cargas menores, já que as grandes
empresas e transportadoras têm investido em novas formas de coibir essas
situações, com maior segurança.
"Nós temos percebido alguns roubos de cargas de bebidas, então os criminosos
roubam essas cargas e levam para mercadinhos e pequenas mercearias e as vendem
com facilidade", explica o delegado.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o número de casos desse
tipo de roubo aumentou 17,5% nos cinco primeiros meses deste ano em
comparação com o mesmo período de 2015. No ano anterior, foram registrados 91
casos, contra 107 deste. De todos os meses, março foi o de maior registro, com 35
notificações.
Assalto
Nesta quinta-feira (7), assaltantes tentaram levar cargas de bicicleta e eletrônicos
de dois caminhões, em Campinas. A ação teve início na Rodovia Adalberto Panzan
(SP-102), onde os assaltantes renderam os motoristas de duas carretas.
Uma delas foi encontrada abandonada no acostamento. A outra estava na Rodovia
dos Bandeirantes (SP-348).
Quando os policiais chegaram, dois suspeitos estavam tentando desinstalar o
equipamento que pode rastrear o veículo, mas eles fugiram pela linha do trem.
Foram encontrados também celulares e ferramentas.
Chip
No final do ano passado, um instituto de tecnologia avançada de Campinas
desenvolveu um chip que promete combater fraudes e roubo de carga. O
dispositivo, que já está no mercado, funciona como um "DNA" eletrônico do
produto e faz o rastreamento das mercadorias transportadas.
A tecnologia foi desenvolvida no Instituto Wernher Von Braun após sete anos de
pesquisa e um custo de R$ 50 milhões. O equipamento é feito de grão de areia, tem
1 milímetro quadrado e a largura de um fio de cabelo. Ele funciona por
radiofrequência e tem programação criptografada, que gera em tempo real a
localização do produto, desde as etapas de produção até a entrega ao consumidor.
08.07.2016
Conheça projetos para melhorar o asfalto que vão além do
tapa-buraco
Trafegar sobre um asfalto que toca música de acordo com a velocidade do veículo,
gera luz própria e esquenta para evitar a neve já é uma realidade para motoristas
de países como Estados Unidos, Japão e Holanda. Ainda que em escala experimental
em alguns casos, essas tecnologias já estão sendo empregadas em estradas,
estacionamentos e vias internas de grandes empresas e são a aposta parta melhorar
a segurança viária – principalmente em estradas.
As estradas musicais existem na aldeia de Futami, em Okinawa, no Japão, desde
2007. São três ao todo, um delas desenhada para tocar Futami Jowa – uma canção
da década de 1920. Se o motorista acelerar além dos 40 km/h, limite para as vias,
o atrito entre o pneu e as ranhuras do asfalto produzem um som distorcido e
incômodo. Velocidades muito baixas também não reproduzem fielmente as
canções. Publicações locais dão conta de que a ideia teria sido criada pelo
engenheiro Shizuo Shinoda. Mas ela teria sido aperfeiçoada pelo Hokkaido
Industrial Research Institute.
E a ideia de Shinoda de usar o próprio asfalto para criar elementos de segurança
viária que não sejam apenas tinta e obstáculos tem evoluído para algo mais
sofisticado. No final do ano passado, o Departamento de Transporte dos Estados
Unidos, por exemplo, firmou seu terceiro contrato com a empresa Solar Rodways
para avançar os estudos sobre um sistema de painéis de vidro temperado que
armazenam o calor. Fixadas no asfalto, essa placas geram energia para iluminar a
sinalização viária e aquecer a pista nos meses com neve. O custo de implantação
ainda não é divulgado pela empresa. Mas um dos contratos de financiamento que
ela conquistou rendeu U$$ 750 mil ao projeto (o que equivalente a R$ 2,475
milhões na cotação atual).
A Solar Rodways foi fundada em 2006, pelo casal Scott e Julie Brusaw, em
Sandpoint, Idaho. Em um primeiro momento, os projetos estão sendo voltados para
espaços menores, como estacionamentos e calçadas. Mas os fundadores dizem no
site da companhia que esse terceiro contrato permitirá leva-lo para rodovias.
Pelo mundo
Captar energia no asfalto e gerar mais segurança para a população não é
exclusividade da Solar Rodways. Isso está presente também na cidade Holandesa
de Brabant desde 2013. Lá, a empresa Heijmans implantou um sistema de placas
que absorva o calor solar para gerar energia. Essa tecnologia é utilizada para
aquecer o asfalto, evitando a formação de gelo, e para emitir sinalização horizontal
na pista se a temperatura asfáltica estiver alta demais ou baixa demais a ponto de
atrapalhar o motorista. Essa cidade também tem um projeto para implantar um
sistema de wireless no afasto ativado pela presença do carro. Em Israel, o projeto
é para gerar eletricidade no afasto a partir de cristais piezo elétricos. Mas esse é
para 2020.
08.07.2016
Recife testa ônibus sem cobrador por questões
de segurança
RENATO LOBO
O Grande Recife Consórcio de Transportes, responsável pelo gerenciamento do
sistema de ônibus na Região Metropolitana de Recife, deve iniciar a retirada dos
cobradores na primeira linha (901 – TI Abreu e Lima / TI Macaxeira) na próxima
segunda-feira, 11 de julho de 2016.
A medida, segundo o consórcio, será feita por questões de segurança,
possibilitando a redução drástica na circulação de dinheiro, e consequentemente
de assaltos. A forma de cobrança deve ser em caráter de teste.
De acordo com o Grande Recife, a operadora se comprometeu a realocar todos
os cobradores para outras funções, como motoristas ou despachantes. O acesso à
linha será feito por meio do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM), sendo o os VEM’s
Trabalhador, Estudante, Livre Acesso e Comum.
Além de ajudar na segurança, o medida deve dar agilidade às partidas dos coletivos,
evitando filas antes das catracas, e por consequência, aumentando a velocidade na
linha.
08.07.2016
ANTT autoriza operação de Maria Fumaça de Santa
Catarina
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou a operação da Maria
Fumaça, passeio a ser realizado na malha concedida à América Latina Logística
Malha Sul (ALL), no trecho de Corupá a Rio Natal, no Estado de Santa Catarina. A
prestação desse serviço de transporte ferroviário de passageiros de caráter não
regular e eventual será realizada em comemoração ao aniversário do Município de
Corupá, nos dias 9 e 10/7, das 14h às 16h30 e das 9h30 às 12h, respectivamente.
O percurso é de aproximadamente 34 quilômetros e está a cargo da Associação
Brasileira de Preservação Ferroviária - Regional Santa Catarina (ABPF).
A fim de garantir a segurança no passeio, a ABPF deverá cumprir determinações
como respeitar o limite máximo de 18 Km/h em todo o trajeto; ter
acompanhamento de equipe de socorro; entre outras.
À associação ficam submetidas as normas e os regulamentos do transporte
ferroviário de passageiros e a Resolução nº 359/2003.
08.07.2016
Zona Azul poderá ser paga por aplicativo de celular a
partir de 2ª
A partir da próxima segunda-feira, o pagamento por vagas de zona azul poderá ser
feito por aplicativos de celular. A longo prazo, a ideia da gestão Fernando Haddad
(PT) é dar fim aos cartões de estacionamento de papel.
Um decreto que autoriza a cobrança digital será publicado no "Diário Oficial" da
cidade nesta sexta-feira (8).
O usuário do sistema poderá comprar o equivalente a um CAD (cartão azul digital)
–R$ 5 a hora, mesmo preço do modelo de papel usado hoje– ou vários créditos que
podem ser abatidos à medida que vão sendo usados.
Já os fiscais da CET vão dispor de um sistema que informará, por meio do número
da placa, se o veículo pagou pela hora de estacionamento na rua. Para a prefeitura,
além de modernizar a cobrança, o novo modelo evita, por exemplo, pagamentos
acima da tabela, praticados por flanelinhas que chegam a cobrar R$ 8 pelo bilhete.
Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, entre os aplicativos,
há dois que funcionam somente pelo sistema Android e um pelo Android e também
pelo iOS (iPhone).
As plataformas foram criadas por três empresas (Sertell, Estapar e Digipare), que
ficarão com 10% da receita de cada cartão eletrônico vendido.
Os três aplicativos tem funcionamento parecido. Após baixá-lo no celular, o
motorista deve fazer um cadastro no qual informará o número de celular, os
números de placas de carros que usarão o serviço e o cartão de crédito como forma
de pagamento.
RAIO-X DA ZONA AZUL
Prefeitura pretende cobrar de motocicletas e implantar sistema de cobrança via
aplicativo
Com o cadastro feito, o dono do carro
pode comprar os créditos. No momento
do estacionamento, ele terá que acionar
o aplicativo, fazer a opção de placa e
liberar o uso do crédito pelo tempo
determinado. Por mensagem de texto, o
dono do carro será avisado que o tempo
de estacionamento já está perto de
vencer, recebendo um "alarme" para
nova ativação ou retirada do veículo do
local.
Não haverá, por enquanto, a cobrança
fracionada. Ou seja, são cobrados os
mesmos R$ 5, independentemente de a
vaga ser usada por dez minutos ou uma
hora. Pelo menos um dos aplicativos
prevê oferecer a opção de desconto de
10% para os clientes que comprarem 10
cartões eletrônicos. Todos mostrarão o
histórico de compras e terão mapas
indicativos das ruas.
Para atuarem, as empresas terão que
fazer uma compra mínima de 30 mil
CADs.
PONTOS DE VENDA
Outra mudança será a instalação de
pontos de vendas digitais de zona azul.
Segundo a diretora financeira da CET
(Companhia de Engenharia de Tráfego),
Maria Lucia Begalli, a previsão é que isso
ocorra em aproximadamente 20 dias.
Nesse modelo, o motorista poderá
comprar créditos num estabelecimento comercial –banca de jornal, por exemplo–
que fará o registro eletrônico, sem que seja necessário deixar o bilhete no carro,
como é hoje. "São estratégias para acabar com o papel de vez", disse o secretário.
08.07.2016
Planejado para automóveis, Distrito Federal agora sofre
com poluição extrema, diz relatório oficial
ADAMO BAZANI
Brasília é uma cidade planejada, mas para os carros, e hoje as pessoas sentem
ainda mais esta realidade pelos congestionamentos e poluição.
O plano de Juscelino Kubitschek que “revolucionaria” o Brasil teve obviamente sua
importância e não deve-se deixar de lado os méritos do considerado pioneiro da
arquitetura modernista brasileira, Lúcio Costa, autor do projeto urbanístico do
Plano Piloto de Brasília, que começou em 1956. A cidade foi inaugurada
oficialmente em 21 de abril de 1960, um projeto de governo do então presidente
Juscelino Kubitschek, desde sua posse em janeiro de 1956.
Apesar de sim, representar modernidade para a época, Brasília é algo que as cidades
não precisam ser hoje em dia.
Nesta semana, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural,
divulgou o inédito Inventário de Emissão por Fontes e Remoção por Sumidouros de
Gases de Efeito Estufa do Distrito Federal.
Os resultados são surpreendentes pelos números, mas não pela lógica.
Praticamente metade das emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de
carbono entre 2005 e 2012, período do estudo, no ar do Distrito Federal vem
justamente pelo segmento de transporte.
E pelo tipo de combustível, o grande vilão da poluição é justamente o automóvel,
responsável por praticamente 70% das emissões dentro do segmento de
transportes.
O estudo faz um alerta para a necessidade de ampliação das redes de transportes
públicos, com o crescimento da malha de metrô e de corredores de ônibus, que
com espaço privilegiado na cidade, ganham eficiência e capacidade, podendo assim
convencer mais pessoas a deixarem os automóveis em casa no dia a dia.
O relatório é bem claro ao mostrar que o maior crescimento de emissões pelos
veículos ocorreu justamente no período que a indústria automotiva recebeu
benefícios fiscais do
Governo Federal.
Se por um lado, houve
planejamento em Brasília,
mesmo que privilegiando os
carros em vez das pessoas,
por outro lado as cidades do
Distrito Federal sofrem com
a falta de infraestrutura e
com crescimento
desorganizado ao longo da
história, o que impacta
também na necessidade de
criação de uma malha para
os transportes públicos
pensando em toda a região e na integração com os municípios próximos que ficam
em Goiás.
Inauguração de Brasília, na mesma época que era implantada a cultura do carro
como status no Brasil.
O Distrito Federal possui uma das maiores relações de veículos por habitantes.
São 55 automóveis para um grupo de 100 habitantes.
O problema não é apenas a taxa de motorização, mas o uso que se faz do automóvel.
Isso inclui as viagens diárias que poderiam ser feitas em redes de transportes
públicos eficientes e até mesmo os pequenos deslocamentos, que deveria ser não
motorizados.
O decreto 7390, de 9 de dezembro de 2010, da Presidência da República, determina
que até 2020 todas as unidades da Federação reduzam em ao menos 40% as taxas
de emissões de gases de efeito estufa. Os transportes coletivos devem estar nos
planos para que esta meta seja alcançada.
08.07.2016
Carros elétricos chineses desembarcam no Ceará
Um programa inédito de compartilhamento de automóveis lançado no início desta
semana em Fortaleza (CE) abriu as portas do país a carros elétricos de origem
chinesa. Dois modelos importados da China - o pequenino Zhi Dou, do pouco
conhecido Xindayang Group, e o crossover E6, um hatch com características de
perua produzido pela BYD - foram escolhidos para compor a frota do serviço, que
começa com cinco veículos, mas que, conforme o cronograma do projeto, já terá
20 unidades rodando na capital cearense a partir de setembro.
Responsável pela iniciativa, a Hapvida, maior operadora de saúde no Nordeste,
investe R$ 7 milhões no que é o primeiro serviço público de carros compartilhados
na América Latina, reproduzindo no Brasil um modelo implementado em Londres
e Paris. A intenção do grupo não é fazer do "carsharing" - como o serviço é
conhecido em inglês - um novo negócio, mas sim divulgar e vincular seu nome a
uma alternativa de mobilidade sustentável, estampando sua logomarca em veículos
de emissão zero.
A operação, ainda em fase de demonstração, começou na segunda-feira. A ideia é
alcançar 50 mil usuários no primeiro ano. O projeto prevê 12 estações onde eles
poderão retirar e entregar os carros. A distância média entre as estações, que
também servem de postos de recarga das baterias, é de sete quilômetros.
Para gerenciar a operação, a Hapvida contratou a Serttel, a mesma empresa
responsável por administrar o compartilhamento de bicicletas em cidades como
São Paulo e Rio de Janeiro.
Interessados no serviço precisam se cadastrar no sistema e, após habilitado, baixar
o aplicativo por onde conseguem reservar e obter uma "chave virtual" para
destravar e travar os veículos. É cobrada uma taxa de adesão mensal de R$ 40,00,
que pode ser revertida em crédito para aluguel dos automóveis. O usuário paga R$
20,00 para utilizar o carro por até meia hora. No que passar disso, são cobradas
taxas, descontadas do cartão de crédito, que variam de R$ 0,40 a R$ 0,80 por
minuto de uso. A receita gerada pelo serviço fica com a Serttel.
Há pouco mais de três meses, a General Motors (GM) começou a testar o modelo de
compartilhamento de carros com funcionários de sua fábrica no ABC paulista. A
ideia da montadora é, até o fim deste ano, levar o serviço a um condomínio
residencial de São Paulo.
Segundo um estudo da consultoria Boston Consulting Group (BCG), o número de
adeptos do "carsharing" vai saltar de 5,8 milhões para 35 milhões de pessoas em
todo o mundo até 2021. O impacto nas vendas de veículos novos, no entanto, deve
ser inexpressivo, na avaliação da casa, já que a maioria dos motoristas não deve
abdicar totalmente de ter o carro próprio. Ao mesmo tempo, cerca de um terço das
vendas perdidas será compensada pela própria demanda vinda das frotas de
automóveis compartilhados em grandes centros urbanos.