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Reportagens sobre o setor de concessão, transportes, infraestrutura e rodovias. Seleção de 10 de junho de 2016.
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EDIÇÃO 58 – 10 DE JUNHO DE 2016
ASSESSORIA DE IMPRENSA
RAMAL 2105
08.06.2016
RESULTADOS DA 131ª PESQUISA CNT/MDA
A 131ª Pesquisa CNT/MDA, realizada de 2 a 5 de junho de 2016 e divulgada pela
CNT (Confederação Nacional do Transporte), mostra a avaliação dos índices de
popularidade do governo e pessoal do presidente interino, Michel Temer.
Aborda, também, a expectativa da população sobre emprego, renda, saúde,
educação e segurança pública. Os entrevistados foram questionados sobre o que
esperam do governo de Michel Temer, o processo de impeachment, corrupção,
operação Lava Jato e reformas previdenciária e trabalhista.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades
Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com
95% de nível de confiança.
CONCLUSÃO
Os resultados da 131ª Pesquisa CNT/MDA mostram melhor avaliação do governo
Michel Temer na comparação com o de Dilma Rousseff. Entretanto, ainda há
elevado percentual de indecisos na percepção sobre o atual governo.
Em relação ao impeachment de Dilma Rousseff, a maioria considera o processo
legítimo e concorda com o seu afastamento.
As expectativas para os próximos seis meses são de moderado otimismo quando
se pergunta sobre a geração de emprego e saúde, além de pequena melhora para
educação, segurança e renda mensal.
As duas principais demandas atuais da população são geração de empregos e
melhorias no sistema de saúde. Sobre o tema Previdência Social, percebe-se
grande desconhecimento em relação às regras de aposentadoria. Já no que se
refere a uma eventual reforma trabalhista, há ampla concordância com
necessidade de se atualizar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Sobre as eleições presidenciais, se elas fossem hoje, é importante destacar que,
num cenário com mais candidatos, Lula lidera todas as intenções de voto no
primeiro turno. Já nas simulações de segundo turno, ele perde para Marina Silva e
obtém empate técnico com Aécio Neves e Michel Temer.
• Avaliação do governo
• Desempenho pessoal do presidente
Federal: A avaliação do governo do presidente interino Michel Temer é positiva
para 11,3% dos entrevistados, contra 28,0% de avaliação negativa. Para 30,2%, a
avaliação é regular e 30,5% não souberam opinar. A aprovação do desempenho
pessoal do presidente atinge 33,8% contra 40,4% de desaprovação. E 25,8% não
souberam opinar.
Estadual: 3,6% avaliam o governador de seu Estado como ótimo. 22,9% como
bom; 34,7% como regular; 17,2% como ruim e 17,7% como péssimo.
Municipal: 4,2% avaliam o prefeito de sua cidade como ótimo. 22,4% como bom,
25,8% como regular, 15,4% como ruim e 29,8% como péssimo.
• Expectativa (para os próximos 6 meses)
Emprego: vai melhorar: 27,2%, vai piorar: 33,4%, vai ficar igual: 37,5%
Renda mensal: vai aumentar: 19,8%, vai diminuir: 26,4%, vai ficar igual: 51,1%
Saúde: vai melhorar: 20,4%, vai piorar: 36,6%, vai ficar igual: 41,3%
Educação: vai melhorar: 20,7%, vai piorar: 32,5%, vai ficar igual: 45,0%
Segurança pública: vai melhorar: 19,3%, vai piorar: 38,8%, vai ficar igual: 40,2%
CONJUNTURAIS
• Eleição presidencial 2018
1º turno: Intenção de voto espontânea
Lula: 8,6%
Aécio Neves: 5,7%
Marina Silva: 3,8%
Dilma Rousseff: 2,3%
Michel Temer: 2,1%
Jair Bolsonaro: 2,1%
Ciro Gomes: 1,2%
Geraldo Alckmin: 0,6%
Joaquim Barbosa: 0,6%
José Serra: 0,3%
Outros: 1,7%
Branco/Nulo: 16,7%
Indecisos: 54,1%
1º turno: Intenção de voto estimulada
CENÁRIO 1: Lula 22,0%, Aécio Neves 15,9%, Marina Silva 14,8%, Ciro Gomes 6,0%,
Jair Bolsonaro 5,8%, Michel Temer 5,4%, Branco/Nulo: 21,2%, Indecisos: 8,9%
CENÁRIO 2: Lula 22,3%, Marina Silva 16,6%, Geraldo Alckmin 9,6%, Ciro Gomes
6,3%, Michel Temer 6,2%, Jair Bolsonaro 6,2%, Branco/Nulo: 24,0%, Indecisos: 8,8%
2º turno: Intenção de voto estimulada
CENÁRIO 1: Aécio Neves 34,3%, Lula 29,9%, Branco/Nulo: 28,8%,
Indecisos: 7,0%
CENÁRIO 2: Aécio Neves 32,3%, Michel Temer 15,8%, Branco/Nulo: 42,2%,
Indecisos: 9,7%
CENÁRIO 3: Aécio Neves 29,7%, Marina Silva, 28,0%, Branco/Nulo: 34,6%,
Indecisos: 7,7%
CENÁRIO 4: Lula 31,7%, Michel Temer 27,3%, Branco/Nulo: 33,4%,
Indecisos: 7,6%
CENÁRIO 5: Marina Silva 33,7%, Michel Temer 20,9%, Branco/Nulo: 37,0%,
Indecisos: 8,4%
CENÁRIO 6: Marina Silva, 35,0%, Lula 28,9%, Branco/Nulo: 30,0%,
Indecisos: 6,1%
• Governo Michel Temer
Comparação governos Temer e Dilma
54,8% disseram que o governo de Michel Temer está igual ao de Dilma Rousseff e
que não se percebe nenhuma mudança no país. Para 20,1%, está melhor, por já
perceberem mudanças positivas no país. Outros 14,9% acreditam que está pior e
que as mudanças feitas pioraram as condições do Brasil. Além disso, para 46,6%,
a corrupção no governo Michel Temer será igual ao do governo Dilma Rousseff.
28,3% acreditam que será menor e 18,6% consideram que será maior.
Ações prioritárias (medidas que devem ser adotadas)
Gerar emprego: 57,0%
Melhorar a saúde: 41,4%
Combater a corrupção: 30,6%
Melhorar os resultados da economia: 24,7%
Reduzir gastos do governo: 15,5%
Melhorar a segurança: 14,8%
Fazer reformas: 6,8%
Reformas mais importantes para o Brasil
Trabalhista: 35,0%
Política: 31,7%
Tributária: 9,4%
Judiciária: 8,5%
Previdenciária: 8,4%
• Impeachment
62,4% defendem que foi correta a decisão pelo afastamento de Dilma Rousseff do
cargo, tomada pelo Congresso Nacional. 33,0% acreditam que a decisão foi errada
e que ela não precisava ter sido afastada.
Para 61,5%, o processo de impeachment foi legítimo, contra 33,3% que avaliam
que não foi. Ao final do julgamento de Dilma Rousseff, 68,2% acreditam que ela
será cassada e Michel Temer permanecerá na presidência. Já 25,3% pensam que
Dilma reassumirá o cargo de presidente.
45,6% dos entrevistados consideram que o processo de impeachment fortalece a
democracia brasileira, contra 34,3% que avaliam que enfraquece.
Causas para o impeachment: Sobre as causas que motivaram o processo, 44,1%
citam a corrupção no governo federal. 37,3% atribuem à tentativa de obstrução da
operação Lava Jato e 33,2% opinam que foram as pedaladas fiscais.
Antecipação das eleições: Para 50,3%, a eleição para presidente marcada para
2018 deveria ser antecipada para este ano. 46,1% consideram que a eleição não
deve ser antecipada.
• Lava Jato e corrupção
89,3% têm acompanhado ou ouviram falar das investigações no âmbito da
operação Lava Jato e que envolvem a Petrobras. Nesse grupo, 66,9% consideram
que a presidente Dilma Rousseff é culpada pela corrupção que está sendo
investigada e 71,4% acham que o ex-presidente Lula é culpado.
Sobre o futuro da operação Lava Jato, 36,2% acreditam que ela nem será
fortalecida, nem será enfraquecida no governo Michel Temer, permanecendo
como está. Para 29,3%, a Lava Jato será fortalecida e 26,0% consideram que será
enfraquecida.
• Desemprego
53,2% dos entrevistados estão empregados no momento. 33,4% não estão
empregados e não estão procurando emprego. 13,2% não estão empregados, mas
estão procurando emprego. Entre os que estão trabalhando, 59,8% temem perder
o emprego por causa da crise.
Do total de entrevistados, 52,6% gostariam de abrir um negócio próprio e 85,8%
conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses. Além disso,
30,4% disseram que alguém do domicílio perdeu a vaga de trabalho no último
ano, sendo que, dentro desse grupo, 75,2% buscaram emprego, mas ainda não
conseguiram se recolocar no mercado. Outros 17,9% já conseguiram emprego e
5,4% buscaram cursos de capacitação ou voltaram a estudar.
• Previdência
15,0% dos entrevistados são aposentados, sendo que, dentro desse grupo, 38,0%
continuam trabalhando. Para os 85,0% que afirmaram não estar aposentados,
48,8% têm pouco ou nenhum conhecimento sobre as regras de aposentadoria ou
sobre quando irão se aposentar. 30,1% têm conhecimento parcial sobre o tema e
15,9% sabem as regras e quando terão concedida a aposentadoria.
Sobre uma possível reforma da previdência, 64,7% são contrários a qualquer
alteração nas regras, mas 61,3% acham que é necessário estabelecer uma idade
mínima para a aposentadoria. E 56,9% acreditam que essa idade deve ser a mesma
para homens e mulheres.
• Reforma Trabalhista
64,5% acreditam que a legislação trabalhista brasileira deve ser atualizada. Para
36,7%, uma reforma trabalhista precisa garantir todos os direitos atuais aos
trabalhadores. 32,6% consideram que é preciso que se facilite a negociação entre
trabalhadores e empregadores. Enquanto isso, 21,8% concordam com a
flexibilização de alguns direitos, para melhorar as chances de contratação.
33,6% pensam que a atual legislação dificulta a realização de acordos que
atendam aos interesses de empregadores e empregados e 46,6% são favoráveis à
terceirização de qualquer atividade nas empresas.
10.06.2016
ANTT vai regulamentar pesagem automática em rodovias
concedidas
Regulamentação dispensa
presença de fiscal em
pesagem de veículos
A Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT)
quer regulamentar os sistemas
e instalações operacionais de
Postos de Pesagem Veicular
Fixos (PPVs), sob
responsabilidade da Agência,
por meio de agente remoto
com uso de Sistemas
Automatizados Integrados
(SAIs). Para isso, vai promover audiência pública para obter contribuições da
sociedade no estabelecimento de diretrizes técnicas e parâmetros de
desempenho.
. Contribuições poderão ser encaminhadas por meio de formulário eletrônico,
disponível no mesmo endereço, ou por via postal para o endereço da agência
reguladora em Brasília (DF). Mais informações podem ser obtidas pelo e-
[email protected] ou pelo telefone (61) 3410-8166. As
sugestões são recebidas desde o dia 9 e o prazo final será às 18h de 9 de julho.
A ANTT deve exercer, nas rodovias federais por ela administradas, diretamente ou
mediante convênio, as competências expressas no inciso VIII do art. 21 da Lei nº
9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro), que determina à Agência fiscalizar,
autuar, aplicar as penalidades e medidas administrativas cabíveis relativas a
infrações por excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como
notificar e arrecadar as multas que aplicar.
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou a Resolução 459/2013 que já
trata do uso dos SAIs para aferição de pesos e dimensões de veículos com
dispensa da presença física da autoridade de trânsito. Dessa forma, levando em
conta a ampliação da malha rodoviária federal concedida, e também levando em
conta a competência de assegurar a continuidade do controle do excesso de peso,
a ANTT vai estabelecer a normatização do processo por meio da resolução
discutida nessa audiência.
SERVIÇO
Data: 20/6
Horário: das 14h às 18h (horário de Brasília)
Local: Auditório do edifício-sede da ANTT (endereço: SCES Trecho 3, Lote 10 –
Polo 8 do Projeto Orla – Brasília/DF)
09.06.2016
Gerenciar risco em transportes envolve segurança
Diante dos gargalos de infraestrutura em todo o Brasil, as empresas buscam
soluções para evitar roubos e furtos de cargas, bem como otimizar os processos
da cadeia logística, ou seja, prevenir e reduzir acidentes, agilizar as entregas, dar
segurança para o motorista, entre outros pontos.
Porém, é importante que as empresas saibam que o gerenciamento de riscos
envolve muito mais aspectos do que apenas instalar um rastreador no veículo. É
preciso inteligência e tecnologia para calcular os riscos, saber quais rotas traçar,
se os motoristas realmente têm o perfil para uma determinada carga etc.
“Com ações inteligentes, o gerenciamento de riscos auxilia a transportadora a
cumprir o compromisso de entrega das mercadorias ao seu destino, ao
embarcador a preservação da marca e a manutenção do seu market share, e à
seguradora, possibilita o equilíbrio do índice de sinistros e prêmios, viabilizando
melhores taxas de seguros”, explica Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny,
maior gerenciadora de riscos independente do Brasil.
Ações do gerenciamento de risco:
Análise do perfil do motorista: importante para conhecer quem está levando uma
determinada carga. A ação detalha o tipo de mercadoria que o profissional
transporta habitualmente, região que atua, histórico dos trajetos, sinistros,
referências profissionais etc. Uma série de informações junto às características de
cada embarque possibilita classificar o profissional mais adequado para cada
viagem.
Plano de rotas: identifica os locais de risco potencial ao longo dos trajetos e
indica os pontos seguros de parada a fim de evitar exposição a roubos e
acidentes.
Rastreadores: ajudam a evitar e solucionar crimes. Saber qual a tecnologia a ser
usada em cada operação é muito importante. Isso pode evitar perdas altíssimas
para a empresa.
Central de monitoramento dos veículos: utiliza-se da tecnologia embarcada para o
controle e segurança das viagens. É ela também a responsável por criar um
histórico das viagens, que se transformam em informações importantes para
localização e recuperação de mercadorias roubadas.
Porém, apesar de várias etapas do processo serem automatizadas, ainda é o ser
humano o responsável pela operação. Assim, o treinamento de cada profissional é
fundamental. Seja para orientá-lo sobre os recursos da tecnologia embarcada,
como viabilizar o entrosamento do motorista com a central de monitoramento
nas ações de prevenção e disciplina para minimizar as perdas em caso de
sinistro.
08.06.2016
Anfavea atrasa avanço na segurança dos carros, diz Latin
NCap
Após seis anos testando a segurança dos carros vendidos na América Latina, a
Latin NCap chegou à preocupante conclusão de que o Brasil está duas décadas
atrasado em relação às regras que visam proteção dos usuários de veículos na
Europa e avalia que a pressão das montadoras vem impedindo avanços nesse
campo.
Para Alejandro Furas, secretário-geral da organização, a Anfavea, principal
entidade da indústria automobilística, atua em Brasília para adiar ou flexibilizar
de forma desnecessária a implementação de normas, praticando também um
lobby que impede a adoção de regulamentos das Nações Unidas que significariam
um salto em segurança veicular para o país.
"Implementar normas, não 'brasileirizadas', mas sim do sistema de certificação
das Nações Unidas seria o primeiro grande passo [para melhorar a segurança dos
veículos]. Mas há que ter vontade política para tomar a decisão e o problema é
que a indústria tem, no Brasil, um lobby muito forte, em nossa forma de ver
muito próximo do limite de um lobby limpo", diz o especialista. "Isso, sem
dúvida, fez com que o Brasil não pudesse avançar como poderia nas normas de
segurança veicular", acrescenta.
A Anfavea nega ser contra a evolução na segurança automotiva, mas desde que os
fabricantes tenham tempo de adaptação. "A indústria automobilística vive o ciclo
de seus produtos, que levam muitas vezes três anos de desenvolvimento. É muito
ruim mudar a legislação durante esse ciclo", afirma Antonio Megale, presidente da
entidade. Segundo ele, o que a associação tem pedido ao governo é que, a favor
da previsibilidade, as mudanças nos protocolos de segurança aconteçam de forma
gradual, "assim como foi feito em países desenvolvidos."
Pressões sobre custos num mercado sensível a preços e a possibilidade de ter que
aposentar modelos populares não compatíveis com novas tecnologias - como
aconteceu na obrigatoriedade dos airbags a partir de 2014 - também contribuem
para a resistência dos fabricantes à obrigatoriedade de dispositivos de segurança.
No caso dos airbags, última grande medida em equipamentos de segurança
compulsórios, o governo deu quase cinco anos para que as montadoras
produzissem todos os veículos com o dispositivo, junto com os freios ABS. Ainda
assim, perto do prazo final, sua aplicação foi ameaçada quando o então ministro
da Fazenda Guido Mantega cogitou dar dois anos a mais para a indústria, algo que
não ocorreu por pressão da sociedade.
Mais recentemente, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou em
dezembro resolução que determina a instalação do sistema eletrônico de controle
de estabilidade nos automóveis. Porém, apenas em 2020 a tecnologia será
obrigatória em novos projetos das montadoras. A obrigatoriedade a todos os
demais veículos só vale a partir de janeiro de 2022.
"O controle eletrônico de estabilidade é desde 2014 obrigatório em todos os
carros zero quilômetro na Europa. Muitos anos antes, era obrigatório em novos
projetos [no mercado europeu]", compara Furas, que vem ao Brasil para participar
amanhã de um seminário da SAE Brasil, entidade que reúne engenheiros da
indústria da mobilidade, em São Paulo.
Entre outras diferenças elencadas pelo especialista, ele cita que as montadoras
europeias são obrigadas a fazer testes da segurança dos automóveis em batidas
laterais - no Brasil, testam-se os impactos de colisões frontais e traseiras - e
projetam os veículos para também proteger pedestres em caso de acidentes. "Ou
seja, o carro é projetado para que, no caso de atropelar um pedestre, a lesão seja
a menor possível."
Desde 2010, a Latin NCap faz testes de colisão dos veículos produzidos ou
importados na América Latina. Para simular o choque frontal de dois veículos
parecidos, os automóveis são submetidos a impactos contra uma barreira fixa a
uma velocidade de 64 quilômetros por hora. O impacto da batida aos ocupantes é
detectado por sensores de bonecos - os "dummies" - instalados nos lugares onde
ficariam motorista e passageiros. Quanto maior o nível de segurança do carro,
maior é sua pontuação medida em estrelas conferidas pela Latin NCap, podendo
variar de zero a cinco estrelas.
Dos modelos produzidos no Brasil, os utilitários esportivos HR-V, da Honda, e
Renegade, da Jeep, "gabaritaram", com a pontuação máxima de cinco estrelas
tanto na segurança a adultos dos bancos dianteiros quanto na proteção de
crianças que viajam atrás no assento infantil. Mas também houve resultados
insatisfatórios, como o Onix, da General Motors (GM) - hoje, o modelo mais
vendido no Brasil -, que numa bateria de testes feitos em novembro de 2014
recebeu três e duas estrelas.
Para Furas, existem dois movimentos divergentes no país: um de marcas que
estão investindo em ter no mercado brasileiro carros globais próximos ao nível de
segurança que oferecem no primeiro mundo; e outro formado por marcas que
produzem modelos que estão longe de replicar o padrão de segurança oferecido
nos mercados maduros, grupo que, segundo ele, estão incluídas a GM e a Renault.
A montadora americana não quis comentar a declaração. Já a Renault disse que
todos seus veículos atendem à regulamentação em vigor em cada um dos
mercados onde são comercializados.
06.06.2016
Cinquentinhas:Denatran volta atrás e adia obrigatoriedade
de CNH
Aconteceu com o extintor de incêndio, com o emplacamento eletrônico e, agora, o
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mais uma vez volta atrás e adia o
prazo para exigir dos condutores de ciclomotores – populares cinquentinhas – o
porte da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Autorização para Conduzir
Ciclomotores (ACC). Decisão foi tomada na quinta-feira, 2, um dia depois de a
medida começar a ter efeito, o que causou confusão, já que muitos órgãos de
trânsito já promoviam a fiscalização, inclusive, com a aplicação de multas.
Por meio de nota, o órgão afirma que a Lei 13.281, que altera o Código de
Trânsito Brasileiro (CTB), só entra em vigor no dia 3 de novembro, prazo correto
para a fiscalização. “Hoje o artigo 162 do CTB diz que é infração gravíssima
dirigir veículo sem possuir Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para
Dirigir. Ou seja, não cita a ACC. A nova lei inclui esse termo na relação, mas só
entra em vigor em 180 dias”, explica o presidente da Associação Nacional dos
Detrans e diretor-geral do Detran Paraná, Marcos Traad.
A alteração na lei prevê ainda o aumento do valor das multas. A pena para quem
dirigir as cinquentinhas sem habilitação será de R$ 880,41 e a retenção do
veículo. Se as regras estivessem valendo hoje, a multa seria de R$ 191,54 vezes
três, um total de R$ 574,62.
Licenciamento
Em julho do ano passado, alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
transferiram dos municípios para os estados o poder e registrar e licenciar os
ciclomotores. Trafegar com cinquentinha sem placa e documentação também é
infração gravíssima, com multa de R$ 191,54. O veículo é apreendido.
Para emplacar, é necessário pagar o IPVA, taxa de licenciamento e seguro
obrigatório DPVA. O ciclomotor deve ter código específico junto ao Departamento
Nacional de Trânsito (Denatran), feito pelo fabricante, em atendimento a
determinação federal válida para veículos produzidos ou importados a partir de
31 de julho de 2015.
O proprietário deve levar nota fiscal ou declaração de procedência do código
junto com documento de identidade e CPF em um posto do departamento de
trânsito. No caso de veículos produzidos antes dessa data e que não possuam
código específico, é preciso fazer a vistoria no Detran para gravação do número
de motor e número de Identificação Veicular (VIN).
08.06.2016
Bolsa ciclista’ é aprovada em comissão e será votada na
Câmara
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal aprovou o texto
do projeto de lei que cria uma bolsa de R$ 50 para cidadãos que vão ao trabalho
usando bicicletas.
A proposta é que todos que vão ao trabalho de bicicleta ao menos três vezes por
semana tenham direito ao benefício. Os créditos do cartão só poderão ser usados
para a compra de bens e serviços relacionados à manutenção das bicicletas.
Os recursos que vão sustentar o cartão virão de uma renúncia fiscal por parte da
Prefeitura: as empresas que se interessarem pela proposta poderão abater os
créditos depositados no cartão do valor devido de Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU).
O teto é 20% do valor do IPTU. Mas, para participar, a empresa terá de ter ao
menos 30% dos funcionários usuários de bicicleta, e deverá instalar paraciclos ou
estacionamentos para as bikes dos colaboradores.
O vereador autor da proposta, José Police Neto (PSD), também prevê, no texto do
Projeto de Lei, que a Prefeitura possa subsidiar o cartão, no limite de R$ 1 para
cada R$ 1 que a empresa depositar no cartão.
Segundo Police Neto, a ideia é dar aos trabalhadores que optam pela bicicleta um
incentivo, uma vez que abririam mão do vale-transporte convencional. A
fiscalização do programa será feita pela Secretaria Municipal de Transportes.
A expectativa do vereador é que o texto seja votado no plenário da Câmara, até o
fim deste mês.
09.06.2016
TCE afirma que metrô vai operar na Olimpíada sem testes
necessários
Auditoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio divulgado nesta quinta-
feira (9) afirma que o atraso nas obras da linha 4 do metrô, a ser inaugurado para
a Olimpíada, vai fazer com que o sistema opere sem os todos testes previstos.
De acordo com o relatório, havia a previsão de um ano de testes no sistema,
sendo quatro com passageiros. Agora, os testes vão ocorrer por apenas dois
meses vazios. A operação começará em 1º de agosto, a quatro dias dos Jogos, sem
simulação com usuários.
O documento afirma que a aceleração das obras "suscita dúvidas quanto à
suficiência do tempo reservado a todos os ajustes e testes necessários para a
realização de uma operação segura e confiável".
A obra do metrô tinha previsão para acabar no início de 2016. Sucessivos atrasos
fizeram com que o governo anunciasse que o sistema ficaria pronto apenas na
Olimpíada.
Contudo, até mesmo a sua inauguração para os Jogos está ameaçada. O Estado
depende de um empréstimo do BNDES, em análise no Tesouro Nacional, para
concluir a obra. Faltam cerca de R$ 500 milhões nos cofres fluminenses para
quitar o investimento.
Para ter o aval do governo federal, o Rio precisa pagar uma dívida de US$ 8
milhões com a Agência Francesa de Desenvolvimento por um empréstimo
contraído para a mesma obra. Inadimplente, o Estado não pode firmar novas
operações de crédito.
O governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), afirmou que só poderá
quitar a dívida se a União liberar outro empréstimo já aprovado no Senado e no
CMN (Conselho Monetário Nacional), de R$ 1 bilhão, do Banco do Brasil.
"O histórico de alterações no cronograma durante toda a execução contratual e o
volume de obra ainda sendo executado a dias do início da operação olímpica,
evidencia o prazo exíguo do cronograma, sem margem para mais prorrogações,
como também o elevado risco do não cumprimento dos novos prazos pactuados",
afirma o relatório, concluído no mês passado.
O atraso na obra já havia sido objeto de troca de e-mail entre o prefeito do Rio,
Eduardo Paes (PMDB), e Philip Bovy, consultor do COI (Comitê Olímpico
Internacional) para a área de transporte.
O prefeito afirmou que um plano deveria ser estudado. A opção dada foi a
extensão do BRT até a zona sul. O plano original é que ele saísse da estação
Jardim Oceânico, na Barra, até o Parque Olímpico. A execução desta alternativa
ainda não foi confirmada.
30.05.2016
Placa padrão Mercosul será obrigatória a partir de 2020
Veículos de todo o país deverão circular com a placa padrão Mercosul até 2020.
Medida, imposta pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por meio da
Resolução nº 590, publicada na edição do dia 24 no Diário Oficial da União (DOU),
prevê a padronização para reboques, semirreboques, motocicletas, triciclos,
motonetas, ciclo elétricos, quadriciclos, ciclomotores e tratores.
O texto descreve ainda as características das novas placas, que já estarão
instaladas em 2017 em veículos zero km. Terão fundo branco com a margem
superior azul, contendo ao lado esquerdo o logotipo do MERCOSUL, ao lado
direito a Bandeira do Brasil e ao centro o nome BRASIL. Serão sete caracteres
alfanuméricos estampados e formados em combinações aleatórias, que será
fornecida e controlada pelo Denatran.
Cores dos caracteres e das bordas das placas veiculares serão determinadas
conforme a categoria dos veículos. Veículos particulares terão cor preta,
comerciais, vermelha e, oficiais, azul. Automóveis de colecionadores terão os
caracteres estampados na cor cinza prata.
Antecipação
Os prazos definidos pelo Contran para a instalação das placas padrão Mercosul
em veículos pode ser revisado. É o que prevê o Projeto de Decreto Legislativo
312/16 em tramitação na Câmara dos Deputados que, uma vez aprovado,
estabelece a adoção imediata do novo modelo de identificação de automóveis.
De acordo com o parlamentar Roberto Sales (PRB-RJ), há “flagrante afronta ao
prazo e às especificações pactuados entre os Estados partes do Mercosul”, os
quais foram consolidados na Resolução 33/14, do Grupo Mercado Comum, órgão
decisório executivo do Mercosul.
“A padronização permitirá a leitura e a identificação das placas em qualquer um
dos países que compõem o Mercosul, facilitando sobremaneira a fiscalização
pelos órgãos de trânsito e pelas autoridades policiais, quando for o caso”, disse o
parlamentar, que citou ainda os elementos de segurança existentes nas novas
placas, como faixa holográfica, QR Code e ondas sinusoidais, que dificultam a
clonagem e falsificação.
“Além disso, o novo modelo contém sete caracteres alfanuméricos, com
combinação aleatória, aumentando exponencialmente o número de combinações
possíveis, evitando, assim, o esgotamento do sistema”, completou. “Sendo assim,
é de interesse comum que a implantação do sistema ocorra no prazo mais rápido
possível, para que a sociedade se beneficie dessas vantagens”, acrescentou ainda.
A proposta passará pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania. Em seguida, pelo Plenário.
Argentina
Desde o início de abril, veículos emplacados já contam com a nova placa. O
primeiro lote já foi enviado para a Associação dos Concessionários de Automóveis
da Argentina (Acara).
A Argentina acelerou as novas identificações por um problema logístico: o
sistema atual tinha apenas 17,5 milhões de combinações e, em junho de 2014,
restavam apenas 2 milhões. O novo padrão de identificação, com duas letras, três
números e mais duas letras, permite mais de 450 milhões de combinações.
No Uruguai, os veículos recebem a nova identificação desde março de 2015. No
Brasil, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adiou o emplacamento para
2017. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prorrogou, por meio de portaria,
o prazo de adoção do novo modelo, segundo o órgão, devido à necessidade de
suspensão do credenciamento das empresas fabricantes das placas para a
reavaliação dos requisitos necessários estabelecidos pelo Mercosul e melhor
adequação das empresas.
30.06.2016
Airbags e ABS agora são obrigatórios em veículos
artesanais e buggies
Fabricantes de veículos artesanais, de automóveis de carroceria buggy e de
réplicas agora devem instalar nas unidades produzidas aibags e freios ABS.
Obrigatoriedade foi instituída pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) por
meio de duas resoluções publicadas na edição do dia 24 do Diário Oficial da
União (DOU).
A Resolução 596/16 altera as regras dispostas na de número 380, de 28 de abril
de 2011, sobre o uso do Sistema Antitravamento das Rodas (ABS). Já a Resolução
597/16 revoga o artigo 4º da de número 311, de 3 de abril de 2009, que
dispensava veículos destas categorias da obrigatoriedade da instalação de airbags
frontais.
Veículos de pequena série, aqueles que se enquadram na produção limitada por
100 unidades por ano, também entram para a lista. Os veículos artesanais são os
modelos que se limitam a três unidades produzidas anualmente por fabricante. Já
as réplicas são veículos também produzidos em pequena escala e com
semelhança a outros modelos que saíram de linha há mais de 30 anos. Buggy é o
automóvel usado para atividades de lazer capaz de circular em terrenos arenosos,
dotados de rodas e pneus largos, normalmente sem capota e portas.
Segurança
A indústria automotiva passou a oferecer mais dois componentes de segurança há
dois anos. Além do cinto de segurança, os automóveis começaram a sair de
fábrica com airbag duplo e freios ABS de série. Os itens, antes oferecidos para
veículos de luxo ou opcionalmente, ajudaram a ampliar a segurança no trânsito e,
juntos, podem reduzir em até 60% os riscos de ferimentos graves. Mas só isso não
basta.
Para especialistas da Consultoria Perkons, a indústria brasileira ainda está na
contramão neste assunto em relação a outros países. “A demora fica ainda mais
evidente pela perspectiva histórica de implantação de sistemas do gênero em
países de primeiro mundo. Enquanto nos Estados Unidos o airbag frontal duplo e
o freio ABS são exigidos desde 1995 e na Europa já se discute a instalação de
direção autônoma em 2020, no Brasil, o cinto de segurança tornou-se obrigatório
somente em 1998, pelo Código Brasileiro de Trânsito”, aponta o diretor e
especialista em trânsito da Perkons, Luiz Gustavo Campos.
O cinto de três pontos para todos os assentos – agora considerado obrigatório
para que automóveis testados pelo Latin NCAP atinjam pontuação máxima na
segurança para ocupantes adultos – só deve passar a compor as estruturas dos
carros nacionais a partir de 2020, conforme Resolução nº 518/2015, do Denatran
(Departamento Nacional de Trânsito).
Estimativas da National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), instituto
de segurança de trânsito dos EUA, indicam que os airbags reduzem em 18% os
riscos de ferimentos. Já sistema antitravamento de rodas, conhecido por ABS
(Antilock Brake Sistem), reduz o risco de envolvimento em acidentes em 6% para
carros.
O Centro de Experimentação e Segurança Viária – CESVI BRASIL – avalia que se o
ABS tivesse sido instalado na frota nacional entre 2001 e 2007, pelo menos 490
vidas teriam sido salvas por ano e mais de 10 mil pessoas não teriam se ferido em
acidentes. O impacto econômico disso seria um saldo positivo de R$ 630 milhões
a cada dois anos. “De maneira geral, todos os itens com a finalidade de preservar
a integridade física dos ocupantes podem trazer resultados satisfatórios em
eventualidades no trânsito”, salienta o analista técnico do Cesvi, Diego Lazari.
Lazari avalia que a capacidade dos equipamentos em reverter tragédias no
trânsito brasileiro é subjugada. O especialista afirma que antes de se tornarem
obrigatórios, os itens passam por acordos junto aos fabricantes e devem superar
os níveis de confiabilidade definidos na legislação. “Esse processo moroso acaba,
muitas vezes, tornando facultativa a disponibilidade dos dispositivos”,
acrescenta.
Trâmites burocráticos deixaram de ser pretexto a partir de 2014, quando
passaram a ser obrigatórios o ABS e os airbags frontais. No ano anterior, estudo
do CESVI verificou que um quinto dos veículos vendidos ainda ignorava a norma,
ao passo que, no mesmo período, 91% dos modelos importados e vendidos no
Brasil já possuíam os equipamentos.
10.06.2016
Cresce intenção por viagens de ônibus e cai demanda
de aviões
ADAMO BAZANI
O número de pessoas que declararam preferência por viajar de ônibus nos
próximos seis meses é o maior dos últimos cinco anos, de acordo com a pesquisa
“Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem”, do Ministério do Turismo.
Segundo o levantamento, que ouviu dois mil entrevistados em sete capitais, a
preferência pelo ônibus alcançou 17,2% entre as respostas dos propensos
viajantes. Em maio do ano passado, esse número foi de 10,9%.
No entanto, a intenção pelas viagens de avião ainda lidera com 55,6% dos turistas
ouvidos.
A demanda pelo transporte aéreo tem caído. De acordo com dados mais recentes
da Abear – Associação Brasileira das Empresas Aéreas, houve queda de 12,2% da
demanda aérea doméstica em abril deste ano em comparação a abril do ano
passado. Foi o pior resultado desde fevereiro de 2013.
Já o desejo dos brasileiros de conhecer destinos nacionais alcançou o maior
índice dos últimos cinco anos, somando 79,7%.
Em nota, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, afirma que o resultado
deve ser interpretado como a soma de fatores como valorização do dólar em
relação ao real e também a visibilidade dos destinos nacionais conquistada pela
realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. “Os olhos do mundo estão voltados
para o Brasil, esse é o melhor momento para divulgar os nossos atrativos”, diz.
A Sondagem do Consumidor – Intenção de Viagem é um estudo do Ministério do
Turismo que mede a intenção de viagem nos próximos seis meses com uma
amostra de 2 mil entrevistados em sete capitais: Salvador, Belo Horizonte, São
Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Recife.
07.06.2016
Governo suspende segunda etapa dos leilões de portos
O governo federal decidiu
suspender a segunda etapa de
leilões de áreas portuárias, que
estava marcada para a próxima
sexta-feira (10). Até essa segunda-
feira (6), a ideia era manter a
oferta da área de fertilizantes do
porto de Santarém e adiar a de
outras cinco, destinadas à
movimentação e ao armazenamento
de grãos, localizadas também em
Santarém, Vila do Conde e Belém, todas no Pará.
Mas o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil divulgou nota em que
afirma que todos os leilões serão adiados. O argumento é que é necessário fazer
ajustes na modelagem dos editais, “com o objetivo de melhor atender à demanda
atual”.
Adiamentos
Inicialmente, a segunda etapa dos leilões, contemplando seis áreas (duas em
Santarém, uma em Vila do Conde e três em Belém), deveria ter ocorrido em 31 de
maio. No entanto, houve adiamento por conta de problemas técnicos na Antaq
(Agência Nacional de Transportes Aquaviários), que impediram que fossem dadas
respostas a pedidos de impugnação dos editais.
Com isso, o procedimento foi remarcado para 10 de junho. Porém, o governo
federal optou por suspender o processo. O Ministério afirma que é necessário
“aguardar a consolidação de alternativas logísticas de escoamento pelo Arco
Norte que já vêm sendo adotadas pelo setor empresarial como a utilização de
TUPs (Terminais de Uso Privado)”.
A pasta divulgou, ainda, que, “consultado pelo ministro dos Transportes, Portos e
Aviação Civil, Maurício Quintella, sobre o interesse em participar do certame, o
setor mostrou interesse nas áreas oferecidas, mas alegou não ser este momento
oportuno, devido às perdas no setor agrícola e ao quadro econômico ainda
instável”.
10.06.2016
Governo vai reformular programa de concessões
O Governo está disposto a garantir maior retorno aos investidores que
participarem dos leilões de concessões na área de logística, segundo o ministro
dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, que esteve na última
terça-feira, na inauguração oficial do Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio
de Janeiro. Segundo ele, as concorrências serão redesenhadas e um pacote de
medidas será lançado para atrair os empresários.
Além de garantir uma taxa de retorno superior à que foi adotada nos leilões
realizados durante a gestão da presidente afastada Dilma Rousseff, o ministro
disse que o Governo está disposto a mudar a regulação e a legislação do
segmento de transportes. Para isso, está agendando uma série de reuniões com
executivos, com ministérios, incluindo a Fazenda, e com BNDES. O primeiro
encontro deve acontecer daqui a 15 ou 20 dias, de acordo com Quintella.
A elaboração de um pacote de medidas para a área de infraestrutura já havia sido
anunciada pelo secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos
(PPI), Moreira Franco. Assim que assumiu o cargo, Moreira Franco disse que o
Governo não definiria mais taxas de retorno para os investimentos, que deveriam
ser determinadas pelo mercado. Já o ministro dos Transportes afirmou na terça-
feira que o Governo avalia estabelecer o ganho dos investidores, só que em
condições mais atrativas do que as dos leilões anteriores.
A posição da União é uma resposta ao fracasso do leilão de portos no Pará, que
aconteceria amanhã. Na semana passada, o Governo havia anunciado que, dos
seis terminais previstos inicialmente, apenas um iria efetivamente a leilão. Na
segunda-feira, porém, mesmo esse terminal foi retirado da disputa, por falta de
empresas interessadas. Ainda não há nova data para que sua concessão.
“Esse leilão foi pensado em 2013, em um outro momento. Para gerar mais
atratividade, temos de conversar com o empresariado. Por isso adiamos”, afirmou
o ministro. Segundo ele, os primeiros leilões da área de logística a sair do papel
devem ser os de aeroportos.
Acesso
Quintella disse ainda que pediu ao Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão R$ 8 bilhões para gastar este ano, dos quais R$ 5 bilhões seriam investidos
em infraestrutura de acesso a projetos de logística, como o Porto do Açu.
Atualmente, o Ministério possui R$ 5,5 bilhões de orçamento, dos quais R$ 1
bilhão estão livres para investimento.
A estratégia, de acordo com o ministro, é usar o dinheiro na construção de
rodovias e ferrovias que interliguem projetos de infraestrutura no País. Para
atender ao Porto do Açu, por exemplo, o ministro prometeu tirar do papel a BR-
356, que vai ligar os municípios fluminenses de Campos dos Goytacazes e São
João da Barra, além das ferrovias 354 – transcontinental, até o Peru, passando
pela região central do País – e 118, entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
07.06.2016
Wi-fi gratuito é incluído em concessões de aeroportos
BRASÍLIA – Quarenta e cinco pessoas e entidades manifestaram-se oralmente
ontem, na última audiência pública para debater a minuta de edital da concessão
dos aeroportos de Florianópolis, Porto Alegre, Fortaleza e Salvador. A audiência
pública reuniu cerca de 120 participantes no auditório da sede da Anac e contou
com breves apresentações sobre os pontos centrais dos contratos. Segundo a
Anac, os quatro aeroportos respondem por 11,6% dos passageiros, 12,6% das
cargas e 8,6% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro.
Entre os principais pontos dessa rodada de concessões está a possibilidade do
mesmo grupo econômico vencer a disputa por mais de um aeroporto, desde que
situados em diferentes regiões geográficas, como Florianópolis (Sul) e Fortaleza
(Nordeste). Como requisito, a participação societária do operador aeroportuário
deve ser equivalente a, no mínimo, 15% do consórcio licitante, que deve cumprir a
habilitação técnica necessária para cada aeroporto, ou seja, de experiência em
processamento mínimo de nove milhões de passageiros em pelo menos um dos
últimos cinco anos para os aeroportos de Salvador e Porto Alegre; de no mínimo
sete milhões de passageiros para o de Fortaleza; e mínimo de quatro milhões para
o aeroporto de Florianópolis.
As novas concessões devem pagar 25% do valor da Contribuição Fixa ao Fundo
Nacional de Aviação Civil (Fnac), no momento da assinatura dos contratos. Os 75%
restantes serão pagos em contribuições fixas anuais pelo prazo de cada contrato.
Além disso, o concessionário deve aportar ao Fnac, anualmente, 5% de sua receita
bruta anual. Companhias aéreas podem participar dos consórcios, desde que a
participação seja de até 2%, mesmo índice das anteriores concessões
aeroportuárias.
Entre as obrigações imediatas de melhorias nos aeroportos concessionados, as
novas concessionárias devem aprimorar os banheiros e fraldários; atualizar a
sinalização de informações dentro e fora do terminal; disponibilizar internet wi-fi
gratuita de alta velocidade a todo terminal; e revisar o sistema de iluminação das
vias de acesso de veículos aos terminais, estacionamento, terminais de cargas e
outros setores de movimentação de passageiros, entre outras. As contribuições
para esta Audiência Pública n°9 poderão ser encaminhadas até às 18h do 20/06
por meio de formulário eletrônico disponível no site da Anac.
09.06.2016
Rede de transportes sobre trilhos avançou só 10,4 km no
Brasil em 2015
Darlan Alvarenga
A rede brasileira de transporte de passageiros sobre trilhos cresceu apenas 1% em
2015, com uma ampliação de parcos 10,4 quilômetros. Segundo balanço do setor
divulgado pela a ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de
Passageiros sobre Trilhos), o número é três vezes menor do que o avanço
registrado em 2014, quando foram inaugurados 30 km de novas linhas.
Em 2015, foi concluída a Linha 1 do Metrô de Salvador, com 4 km, e o primeiro
trecho do VLT da Baixada Santista, com 6,4 km. As duas linhas estão em operação
comercial desde janeiro de 2016. Com essas obras, a rede de metrô, trens, VLTs e
monotrilho atingiu 1.012 km em trilhos urbanos. Para efeito de comparação,
apenas a rede de metrô da cidade de Londres conta com mais de 400 km de
extensão.
O ritmo de expansão da rede sobre trilhos no Brasil segue lento e abaixo até do
crescimento da demanda. Os dados da ANPTrilhos mostram que o volume de
passageiros transportados nos sistemas cresceu 1,7% em 2015, totalizando 2,92
bilhões usuários, contra 2,87 bilhões atendidos em 2014.
Obras previstas para 2016
Apesar da recessão e das dificuldades orçamentárias enfrentadas pelos Estados e
União, o setor mantém a previsão de entrega da entrega de 50,2 km em novas
linhas em 2016, que, se confirmada, será a maior expansão da rede dos últimos
20 anos, segundo a associação.
Para o ano estão previstas as inaugurações, no Rio de Janeiro, da Linha 4 do Metrô
(16 km) e da primeira etapa do VLT (21 km), a extensão do VLT da Baixada
Santista (4,7 km), em São Paulo, e a primeira fase da Linha 2 do Metrô de Salvador
(8,5 km).
Segundo a superintendente da ANPTrilhos, Roberta Marchesi, as inaugurações
previstas para o ano estão com as obras dentro do prazo. "O VLT já inaugurou o
primeiro trecho com 18 km. A linha 4 do metrô do Rio começa a operação restrita
já para a Olimpíada, em agosto. A extensão do VLT da Baixada Santista está
garantida e as obras em Salvador também estão bastante adiantadas", afirma.
Previsão de mais 277 km até 2020
A escassez de recursos e retração dos investimentos, no entanto, já afetaram o
ritmo ou mesmo paralisaram algumas obras. No balanço do ano anterior, a
ANPTrilhos projetava que a rede de trilhos chegaria a 1.338 km em 2020. Agora, a
estimativa é que sejam
concluídos nos próximos 4
anos um total de 277 km
de novas linhas, elevando
o tamanho da rede dos
atuais 1.012 km para 1.289
km.
Em tempo de ajuste fiscal e
crise orçamentária, o maior
desafio é conseguir
garantir a manutenção dos
investimentos para os
projetos já licitados e
contratados. "Precisamos
ter a garantia dos governos
estaduais e federal que
eles irão manter os cronogramas das obras", diz a superintendente da associação
da indústria metroferroviáriaas e concessionárias.
Crédito do BNDES cresce 49%
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) segue como o
principal agente financeiro deste tipo de projeto de infraestrutura. Segundo o
balanço, o banco estatal aumentou em 49% o volume de recursos para obras de
metrô, trens, VLT s e monotrilhos. Em 2015, o BNDES liberou R$ 7,6 bilhões para
projetos metroferroviários ante R$ 5,1 bilhões no ano anterior.
O montante desembolsado foi destinado aos projetos da Linha 4, VLT da zona
central e portuária e SuperVia, no Rio de Janeiro; para as linhas 15-Prata, 5-Lilás,
2-Verde, 6-Laranja e para os trens da CPTM, em São Paulo; e para o Metrô de
Salvador, na Bahia.
Déficit de trilhos no país
Apesar das indiscutíveis vantagens comparativas, o transporte de passageiros
sobre trilhos está em operação em menos da metade dos estados do país.
Segundo o balanço, o Brasil reúne atualmente 20 sistemas de transporte urbano
de passageiros sobre trilhos, restritos a apenas 12 regiões metropolitanas
situadas em 11 estados e no Distrito Federal.
"O Brasil possui 22 regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes –
regiões altamente adensadas que já demandariam algum tipo de sistema sob
trilhos", avalia Roberta Marchesi.
Além das obras de expansão, estão em andamento no país 11 projetos de novas
linhas, mas todos em regiões que já contam com algum sistema de transporte
sobre trilhos. Entre eles, 6 estão sendo concebidos no regime de parceria público-
privada (PPP).
"A expansão da rede tem sido muito pequena. Nos últimos 5 anos, o setor tem
crescido por volta de 1%. Precisamos até 2020 contratar uma outra série de
projetos para garantir o investimento e o crescimento dessa rede", afirma Roberta
Marchesi, lembrando que, após a contratação, as obras deste tipo de projeto
costumam levar pelo menos 5 anos para serem entregues.
Como bom exemplo para o país, ela cita o caso do metrô de Salvador. "Tiraram do
papel um projeto que estava há mais de 15 anos parado. Dentro de 1 ano
conseguiram passar da
assinatura para a
operação, entregando 4
quilômetros em 2015.
Para 2016, está prevista
a primeira fase da linha
2 com mais 8,5 km e a
previsão para 2017 é
que o metrô de Salvador
será o terceiro maior
sistema metroviário do
Brasil com 41 km,
perdendo só para São
Paulo e Rio", comenta.
Obras estão 24% concluídas,
segundo o governo estadual
(Foto: Elói Corrêa/GOVBA)
Confira a seguir a lista de projetos contratados e com potencial para contratação
e início das obras até 2020 em 15 estados e no DF:
PROJETOS CONTRATADOS E EM EXECUÇÃO
METRÔ
BA Metrô de Salvador - Linha 2 – Implantação
CE Metrô de Fortaleza - Linha Leste – Implantação
PE CBTU Recife - Linhas Sul e Centro - Modernização e Ampliação
RJ Metrô do Rio de Janeiro - Linha 4 – Implantação
SP Metrô de São Paulo - Linha 2 Verde – Extensão
SP Metrô de São Paulo - Linha 4 Amarela – Extensão
SP Metrô de São Paulo - Linha 5 Lilás – Extensão
SP Metrô de São Paulo - Linha 6 Laranja – Implantação
TREM URBANO
SP CPTM - Linha 9 Esmeralda – Extensão
SP CPTM - Linha 13 Jade – Implantação
VLT
CE VLT de Fortaleza (Parangaba-Mucuripe) – Implantação
GO VLT de Goiânia – Implantação
MT VLT de Cuiabá – Implantação
RJ VLT da área central e portuária do Rio de Janeiro – Implantação
SP VLT da Baixada Santista – Extensão
MONOTRILHO
SP Monotrilho da Linha 15 Prata – Extensão
SP Monotrilho da Linha 17 Ouro – Implantação
SP Monotrilho da Linha 18 Bronze – Implantação
PROJETOS COM POTENCIAL PARA CONTRATAÇÃO OU INÍCIO ATÉ 2020
METRÔ
DF Metrô de Brasília - Linhas Ceilândia, Samambaia e Asa Norte – Expansão
MG CBTU Belo Horizonte – Linha 2 – Implantação
MG CBTU Belo Horizonte – Linha 3 – Implantação
PR Metrô de Curitiba - Linha 1 – Implantação
RJ Metrô do Rio de Janeiro - Linha 3 São Gonçalo/Niterói – Implantação
RJ Metrô do Rio de Janeiro - Linha 2 – Expansão
RS Metrô de Porto Alegre - Linha 1 – Implantação
TREM URBANO
MG Novo Eldorado/Belvederi – Implantação
PI Metrô de Teresina – Modernização
AEROMÓVEL
RS Aeromóvel de Canoas – Implantação
VLT
AL CBTU Maceió - Modernização e Expansão
AL VLT Maceió – Aeroporto/Maceió – Implantação
BA VLT de Salvador – Remodelação
DF VLT do Eixo Monumental de Brasília – Implantação
DF VLT da W3 de Brasília – Implantação
PB CBTU João Pessoa – Modernização
PE CBTU Recife – Modernização
RJ VLT da Zona Sul do Rio de Janeiro – Implantação
RN CBTU Natal – Modernização
MONOTRILHO
AM Monotrilho de Manaus – Implantação
TRENS REGIONAIS
DF | GO Trem Brasília/Goiânia – Implantação
DF | GO Trem Brasília/Luziânia – Implantação
PR Trem Londrina/Maringá – Implantação
SP Trens Intercidades – Implantação
09.06.2016
ANTT realiza sessão sobre elaboração de esquema
operacional e regras de modificação no transporte de
passageiros
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizou, nesta quarta-feira
(8/6), a sessão presencial da Audiência Pública nº 007/2016, que tem o objetivo
de obter contribuições para aprimorar a proposta de resolução sobre o esquema
operacional de serviço e as regras para modificação da prestação do serviço
regular de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de
passageiros, sob o regime de autorização.
Um total de 45 pessoas participou da sessão realizada na sede da ANTT em
Brasília, com a apresentação de três manifestações. As sugestões ainda podem ser
encaminhadas até as 18h do dia 23/6/2016, por envio de formulário eletrônico
disponível no site da ANTT, ou por via postal, por meio de protocolo na Agência
(endereço: SCES Trecho 3, Lote 10 - Polo 8 do Projeto Orla - Brasília/DF).
Regulamentação – A Resolução 4.770/2015 normatiza a prestação do serviço
regular de transporte rodoviário coletivo interestadual e internacional de
passageiros, sob o regime de autorização. Antes, as empresas operavam com
permissão (exigência de licitação) ou por autorização especial (delegação
temporária). Com essa nova regra, surgiu a necessidade de se adaptar as normas
referentes à alteração operacional e à modificação de serviço.
A resolução proposta vai tratar do esquema operacional, que é o conjunto de
atributos característicos da operação de transporte de uma determinada linha,
inclusive de sua infraestrutura de apoio e das rodovias utilizadas em seu
percurso. Além de estabelecer o procedimento para a modificação da prestação
do serviço, que poderá ser solicitada pela transportadora sempre que julgar
necessário.
10.06.2016
Promotores alemães investigam Volks por informações
apagadas
-HAMBURGO (ALEMANHA) E LONDRES- Promotores alemães estão investigando se
funcionários da Volkswagen apagaram informações que poderiam ser danosas à
empresa, antes de a montadora admitir às autoridades americanas que havia
equipado carros com um software capaz de mascarar dados de emissão de
poluentes.
Um porta-voz do escritório do promotor em Brunsvique, perto da sede da
Volkswagen, disse que havia uma suspeita inicial de tentativa de obstrução de
justiça e ocultação de provas.
Procurada pela agência de notícias Reuters, a Volkswagen não quis comentar uma
investigação em andamento.
A Volks admitiu em setembro de 2015 que fraudou testes de emissões de
poluentes, o que levou a empresa a ter fortes perdas na Bolsa — seu valor de
mercado foi reduzido a um quinto —e a gerar um possível custo bilionário em
processos na Justiça, multas e reparo dos carros.
Segundo o porta-voz do escritório do promotor, parte das informações retiradas
dos computadores foi transferida para pen drives, alguns dos quais foram
devolvidos desde então.
— Até agora, os promotores não estão supondo que uma grande quantidade de
dados foi perdida, mas o suficiente para impedir ou atrasar as investigações do
diesel — afirmou. ‘MAIS LENHA NA FOGUEIRA’ Alguns investidores estão
processando a Volks por não ter informado de maneira oportuna o grande
problema. O escritório de advocacia britânico Slater & Gordon disse que foi
“inundado” por consumidores querendo iniciar uma ação coletiva contra a
empresa se for descoberto que eles sofreram perdas pela instalação do software
fraudador.
“A revelação mais recente vai apenas pôr mais lenha na fogueira daqueles que
estão buscando que a VW esclareça suas falhas do passado”, explicou o Slater &
Gordon.
Em março, um ex-funcionário da unidade americana da Volkswagen registrou uma
reclamação contra a empresa, alegando que foi demitido indevidamente por ter
alertado internamente sobre o que ele diz ter sido eliminação ilegal de
informações.
10.06.2016
GM lança no País projeto de carro compartilhado
A General Motors lançou no País projeto piloto de compartilhamento de carros, ou
car-sharing, como é conhecido globalmente. O programa consiste em ter uma
frota de veículos da marca que pode ser alugada por hora, por exemplo, para um
trajeto da casa ao trabalho do usuário.
O programa, chamado de Maven, foi lançado pela companhia nos Estados Unidos
em janeiro e o Brasil é o segundo país a adotá-lo. “Não estamos assistindo só de
longe ao debate sobre mobilidade; estamos sendo atores”, diz o vice-presidente
da GM, Marcos Munhoz.
Em fase de testes desde março na fábrica de São Caetano do Sul (SP), só para
funcionários, o programa tem 800 inscritos, dos quais 220 já alugaram carros,
inclusive em fim de semana.
Por enquanto, apenas sete unidades do Cruze estão disponíveis, todas equipadas
com o sistema multimídia Mylink. Por meio dele, o usuário pode baixar programa
no celular para fazer a reserva e também destravar e travar a porta do carro. A
chave fica no interior.
O formato de compartilhamento no teste permite ao usuário pegar e devolver o
automóvel no mesmo local, nesse caso a fábrica. O próximo passo, previsto para
o fim do ano, é iniciar o serviço em um grande condomínio de São Paulo, informa
o presidente da GM, Santiago Chamarro, com dez carros.
Em outra etapa, o formato permitirá a retirada ou entrega de veículos em pontos
específicos da cidade – a exemplo do que ocorre com as bicicletas em São Paulo (o
Bike Sampa).
“Para isso será necessário fazer parcerias com as prefeituras para obter vagas
específicas para os carros”, ressalta Samuel Russel, diretor dos programas OnStar
e Marven da GM. Também são possíveis convênios com redes de estacionamento.
A terceira etapa é adotar o sistema existente na Europa, em que o usuário pode
pegar e entregar o carro em qualquer parte da cidade. Até chegar a essa fase,
explica Russel, será preciso ter um cadastro com número compatível de usuários
e áreas em que são viáveis o procedimento.
No projeto piloto em São Caetano, o usuário paga R$ 35 por hora de uso do carro
ou R$ 210 pela diária, valores que incluem combustível e seguro.
Exemplo da vantagem dessa locação, segundo Russel, é o valor da corrida de São
Caetano ao aeroporto de Guarulhos, que em táxi comum sai por cerca de R$ 140.
No car-sharing sai por R$ 70, levando-se em conta uma hora para ir e uma para
voltar.
“Muitas pessoas também vão querer dirigir diferentes modelos apenas para
conhecê-los melhor”, diz Chamorro. Ao longo do tempo a GM pretende incluir no
Maven toda sua gama de produtos, do compacto Onix ao luxuoso Camaro.
09.06.2016
Transporte de animais em ônibus é liberado em Salvador
O transporte de animais domésticos nos ônibus do transporte coletivo de
Salvador está liberado. A decisão foi publicada pela prefeitura da capital baiana
no Diário Oficial do Município e passou a valer na quarta-feira (8).
A portaria determina que os animais tenham até 10kg e sejam transportados em
um equipamento com material liso e ventilação adequada.
Os donos dos bichos domésticos devem levar ainda certificado de vacinação
atualizado. No caso de animais silvestres, deve ser apresentada a autorização do
Ibama.
A medida ainda estabelece que sejam transportados apenas dois animais por
veículo. Nos dias úteis, os animais não podem ser transportados entre as 5h30 e
as 8h30 e entre as 16h30 e 20h30.
10.06.2016
BRT, Calçadão e Reciclagem fazem de Curitiba a cidade
mais inovadora do mundo, diz The Guardian
ADAMO BAZANI
Uma cidade só pode ser considerada inovadora e com capacidade de evoluir, se
privilegiar no seu espaço, o transporte coletivo e a circulação de pedestres. E os
seus gestores devem ter coragem de inovar, mesmo enfrentando críticas dos
setores mais conservadores. É a filosofia do “agir agora, ajustar depois”, que não
significa falta de planejamento ou inconsequência, mas sair dos discursos apenas.
É o que mostra o jornal britânico The Guardian em uma série especial sobre a
história das cidades.
Em relação ao Brasil, a publicação no dia 6 de maio de 2016, exaltou Curitiba,
dizendo que seu exemplo histórico a torna “ a capital verde, a cidade mais
inovadora do mundo”, diferentemente do “elefante branco” que se tornou Brasília
do ponto de vista urbanístico
Uma das diferenças apontadas pela publicação internacional, é que enquanto
Brasília criou setores ou as áreas segregadas, Curitiba foi concebida de forma
integrada, para atender a todas as demandas: trabalho, mobilidade e lazer.
A IMPORTÂNCIA DO BRT PARA UMA CIDADE MAIS DEMOCRÁTICA:
A publicação ouviu o arquiteto urbanista Jaime
Lerner, que foi prefeito de Curitiba nos anos
1970. Jaime Lerner foi o responsável pela criação,
em 1974, do primeiro BRT do mundo – sistema de
corredores de ônibus que, de acordo com a
reportagem, revolucionou a forma de pensar as
cidades.
Enquanto nesta época o Brasil tentava investir em metrô, mas não conseguia os
avanços necessários por causa do custo e da complexidade de implantação do
modal, Curitiba se organizava pelos serviços de transportes em superfície.
São três inovações principais associadas ao BRT – Bus Rapid Transit: um sistema
de plataformas com acessibilidade – as estações-tubo, pagamento antecipado de
tarifa – sem a necessidade de o motorista lidar com dinheiro e os ônibus
biarticulados, com maior capacidade de transportar até 250 passageiros.
Vale ressaltar que não entra nessa discussão se o hoje o sistema de BRT precisa
de melhorias ou se é suficiente para atender à demanda. E nem tão pouco
restringir as discussões sobre mobilidade em rivalizar modais, o que é uma
bobagem. O que a publicação enfatiza é a importância dos corredores de ônibus
não só para os transportes, mas para organização física e até mesmo
democratização do espaço urbano, gerando inclusive ganhos sociais.
CALÇADÃO É O MAIOR EXEMPLO DO “AGIR AGORA, PARA AJUSTAR DEPOIS”
O calçadão da rua XV de Novembro foi considerado
como a primeira “ideia radical”, no bom sentido do
termo, para transformação urbana.
A história do calçadão é bem interessante.
Inicialmente quando foi apresentada a ideia por
Jaime Lerner, houve uma verdadeira grita,
principalmente por parte de comerciantes, que
queriam que seus clientes continuassem
estacionando os carros bem em frente aos seus
estabelecimentos. Hoje isso ainda é muito comum em São Paulo, por exemplo, em
relação às ciclovias e faixas de ônibus.
Os comerciantes e alguns moradores então entraram com uma liminar judicial
para impedir que o calçadão fosse construído.
Jaime Lerner, ainda prefeito em seu primeiro mandato, adotou uma estratégia.
Resolveu construir parte do calçadão como uma primeira demonstração do que
viria. Lerner esperou que o tribunal fechasse noite de sexta-feira e, entre a
madrugada de sexta para sábado e a segunda-feira de manhã, construiu um
pedaço do calçadão. Não dava mais para demolir e a atitude teve um efeito
positivo sentido meses depois.
Esse exemplo é considerado fundamental para os administradores públicos hoje:
primeiro não se intimidar em relação às críticas, principalmente dos setores mais
conservadores, depois não ficar só no planejamento e anúncios, mas “agir agora,
ajustar depois”. – filosofia adota por Jaime Lerner.
O LIXO QUE NÃO É LIXO:
Outro exemplo citado pelo The Guardian é o sistema de destinação e
aproveitamento de lixo, que criou também uma cultura em Curitiba. O termo lixo
que não é lixo se tornou uma das expressões curitibanas mais famosas.
O projeto foi criado em 1989. Para estimular a população na época, o lixo era
trocado por vale-transporte. Isso ajudou a resolver o problema do descarte
irregular .
Hoje, lixo reciclável é trocado por hortifrutigranjeiros.
07.06.2016
Crise pode dificultar que fabricantes atinjam metas de
eficiência energética
Até o final do ano que vem, as empresas fabricantes de veículos terão que
alcançar uma redução média de 12% no consumo de combustíveis. A meta foi
fixada em 2012, com a implantação do Programa Inovar-Auto pelo governo
federal. Com ele, as montadoras que assumiram o compromisso de atingir o
resultado se viram livres de uma sobretaxação do IPI de 30 pontos percentuais. O
objetivo era melhorar a eficiência energética dos modelos, obtendo, assim,
redução nas emissões de poluentes e de gases causadores do efeito estufa.
No entanto, segundo o presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia
Automotiva), Edson Orikassa, a crise econômica tem representado um desafio
para que a meta seja atingida, por causa da diminuição nas vendas. “Algumas
fábricas fizeram um planejamento de melhoria, para alcançar a redução média de
12%, com base em uma estimativa de vendas que não está se confirmando. Então,
a área de planejamento das empresas automobilísticas está bastante empenhada
em tentar resolver essa equação”, explica ele.
O cálculo da redução obtida por fabricante é feito por meio de uma média
ponderada, que considera o desempenho de cada modelo e a quantidade de
unidades comercializadas no período.
Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores)
apontam que, entre janeiro e maio de 2016, foram emplacadas 24% menos
unidades novas que no mesmo quadrimestre de 2015. Somente em maio, a
produção caiu 18% frente a quinto mês do ano passado, alcançando o mesmo
índice de 2004.
Ganhos ambientais
Conforme Orikassa, o desenvolvimento tecnológico dos veículos brasileiros, para
reduzir os impactos ambientais, seguiu, inicialmente, as diretrizes do Proconve
(Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), criado em
1986. Implementado em fases, ele tem buscado diminuir a emissão de
poluentes, promover o desenvolvimento tecnológico nacional e a melhoria das
características dos combustíveis.
A fase mais recente (P7) começou a valer em 2012, por meio da qual se tornou
obrigatória a implantação de sistemas de pós-tratamento dos gases para motores
a diesel, reduzindo a quantidade de poluentes lançados na atmosfera.
Com o Inovar-Auto, também de 2012, o ganho de eficiência energética, por meio
da redução do consumo, também se tornou prioridade. “Veículos com injeção
direta, câmbio CVT, motor de três cilindros turbo são tecnologias que têm vindo
para atender à meta desse programa”, diz Orikassa.
PCVE
Ainda, segundo ele, as novas diretrizes para o desenvolvimento de sistemas
adequados à realidade brasileira e que provoquem cada vez menos danos ao meio
ambiente deve avançar por meio do PCVE (Programa de Combustível e Tecnologia
Veicular e Emissões). Implantado oficialmente em maio deste ano, o programa
realiza testes e simulações, cujos resultados formarão um banco de dados
científicos.
Essas informações ajudarão a aprimorar o monitoramento da qualidade do ar e a
projetar as ações necessárias para que haja menos poluição e mais eficiência. “As
simulações desenvolvidas permitem identificar quais são as tecnologias
veiculares ou os combustíveis que precisam ser introduzidos no mercado
brasileiro, para resolver problemas daqui em termos ambientais”, explica o
presidente da AEA.
Futuro
O planejamento de carros do futuro cada vez menos poluentes está diretamente
atrelado a novas políticas públicas. “Quem vai estabelecer as novas metas de
emissões, de acordo com as necessidades locais, é o poder público”, afirma
Orikassa. E a tendência são os veículos híbridos (com motores movidos a
combustíveis e eletricidades) e totalmente elétricos.
Porém, há entraves que precisam ser superados, entre os quais estão o alto valor
da tecnologia e ausência de regras e a falta de estratégias que permitam a
massificação dos modelos, como, por exemplo, para a criação de postos de
recarga.
08.06.2016
Antigos bondes do Rio de Janeiro rodam nos Estados
Unidos
RIO - No depósito da CTC, em Triagem, o funcionário vem com um galão de
gasolina, espalha o combustível sobre os bancos de madeira do bonde e risca um
fósforo. Em minutos, um inferno de labaredas devora toda a peroba do campo
que formava a estrutura do veículo, deixando no chão apenas cinzas e partes
metálicas enegrecidas.
A cena brutal, de desperdício ímpar, aconteceu ao longo de 1964 e 1965, os
últimos dois anos de Carlos Lacerda como governador da Guanabara. O sistema
de bondes do Rio, que já fora considerado pioneiro e um dos maiores do mundo,
vinha sendo desativado desde o início daquela década. Antes operada por
empresas privadas como a Light, a Cia. Ferro-Carril do Jardim Botânico e a Ferro-
Carril Carioca, a rede passara ao controle do estado. Vistos como um entrave para
o trânsito e o progresso, os velhos veículos foram aposentados na marra após seis
décadas de serviços prestados. A ordem era substituí-los por uma frota de trolley-
bus — ônibus elétricos importados da Itália — e, paulatinamente, sepultar seus
trilhos sob mantas de asfalto.
Para abrir espaço nas garagens, o coronel Manuel Moreira, da diretoria industrial
da CTC (a Companhia de Transporte Coletivos do Estado da Guanabara) encontrou
o que dizia ser a “única solução”: queimar os bondes e vender a sucata de metal a
peso para a Companhia Siderúrgica Nacional. Cada veículo incinerado rendia, em
média, duas toneladas de ferro e 800 quilos de cobre. E assim, pouco a pouco,
centenas desses veteranos veículos rodaram para o corredor da morte, alguns por
seus próprios meios.
OPERAÇÃO RESGATE
Ao saber do massacre, um grupo de americanos entusiastas dos transportes sobre
trilhos decidiu que algo deveria ser feito. Nos Estados Unidos, os arejados
modelos com laterais abertas (chamados por lá de “Narragansett”, “breezers” ou
“summer cars”) eram considerados relíquias que precisavam ser preservadas.
Esses bondes, que ainda rodavam pelo Rio na década de 1960, tinha parte
mecânica e elétrica de origem americana, fabricada por empresas como a J. G.
Brill nos anos 1910 e 1920. Apenas suas “carrocerias”, digamos, eram feitas aqui,
pelas próprias empresas que operavam os veículos.
Comandada por Paul Class e Louis J. G. Buehler, a missão da Associação dos
Museus de Carris dos Estados Unidos chegou à cidade para resgatar o que fosse
possível. Por módicos US$ 1.200 (o equivalente a US$ 9.100 nos dias de hoje),
conseguiu comprar da CTC 12 bondes selecionados a dedo por sua variedade e
raridade. Aos poucos, os veículos foram levados de navio para os EUA, onde
alguns deles rodam até hoje em passeios promovidos por museus.
Bonde 441. Na falta de rede aérea de energia em Middletown, Pensilvânia, o jeito
foi atrelar um gerador a diesel no velho elétrico da Light - divulgação
Esses “exilados” são os únicos dos antigos bondes do Rio que sobreviveram ao
fogo (não incluindo os modelos de Santa Teresa, bem menores e com bitola mais
estreita que os que circulavam no resto da cidade). De resto, o governo da
Guanabara não se interessou em guardar sequer um exemplar para as futuras
gerações.
“Resumo da história: quem quiser ver como era um bonde da Light tem de ir aos
EUA”, sugere o pesquisador Helio Ribeiro, no site Bondes do Rio.
Soa como ironia nesses tempos em que o bonde — agora com o prolixo nome de
“veículo leve sobre trilhos” — é visto como solução limpa e moderna para a
mobilidade no centro da cidade.
LINHA CATUMBI-PENSILVÂNIA
— Nossos dois “Narragansett” cariocas estão em uso e continuarão operando por
muito tempo — afirma Terry McWilliams, diretor da Midwest Electric Railway, em
Mount Pleasant, Iowa.
Lá, os carros rodam por um circuito turístico com seis estações. Recentemente, o
bonde número 1779 voltou a ser pintado no mesmo verde-escuro dos tempos em
que circulava no Rio.
Não falta imaginação para manter os velhos veículos em ação. O bonde 441, que
já levou passageiros pelo Catumbi e pela Ilha do Governador, hoje cruza as ruas
de Middletown, Pensilvânia, atrelado a um gerador a diesel. Foi a solução que o
Middletown & Hummelstown Museum encontrou para promover passeios
esporádicos (o próximo será em 29 de julho) em uma cidade sem rede aérea de
energia elétrica.
Desde que desembarcaram nos EUA, em 1965, alguns dos bondes cariocas já
pararam em vários “pontos”. É o caso do carro número 1758, que esteve em três
museus da Flórida até chegar a seu atual lar, na cidade de Washington, na
Pensilvânia.
— Este bonde veio para cá em 2006 e investimos 10 mil horas de trabalho
voluntário em sua restauração. Ficou pronto em 2011, ano de seu centésimo
aniversário e, desde então, é um dos carros preferidos pelos visitantes em dias de
calor — conta Scott Becker, diretor executivo do Pennsylvania Trolley Museum.
ORIGINAL ATÉ NO CHEIRO
Outro bonde carioca, também pintado de amarelo, é o 1875. Até 2014, esse
exemplar era figura fácil nos trilhos de Rockhill (também na Pensilvânia).
Impecavelmente conservado, o veículo espera novas rodas, rolamentos e outros
componentes do truque e do motor, que, após um século de uso, chegaram ao
limite de desgaste.
— Isso nos custará alguns milhares de dólares e estamos em busca de um
patrocinador — diz Matthew Nawn, um dos diretores do museu Railways to
Yesterday.
Imagine o que é chegar a East Windsor, uma cidadezinha de 12 mil habitantes no
estado de Connecticut, e deparar-se com um bonde verde-escuro da Light a exibir
o destino “Rio de Janeiro” em seu letreiro. Trata-se do carro 1850, exemplar que
conserva o maior grau de originalidade entre os que foram salvos pelos
americanos.
— Até pouco tempo, ele tinha um forte cheiro de café, resquício do navio que o
trouxe para os Estados Unidos — diverte-se Aiden Nies, do Connecticut Trolley
Museum.
Bonde nº 1758 do Pennsylvania Trolley Museum - divulgação
Apesar de estar em condição de funcionamento, o 1850 descansa fora de serviço,
à espera de uma restauração estética. O mesmo museu é dono do carro 1887, que
hoje serve como doador de peças ao “irmão”.
Já o 1794, que em seus bons tempos rodou pelo Alto da Boa Vista, hoje pertence à
MATA, a companhia de trânsito de Memphis, Tennessee. Foi extensamente
modificado ao longo dos anos, e hoje é um bonde fechado. Rodava pela principal
linha da cidade até ser guardado, em junho do ano passado, quando o sistema foi
suspenso por falta de segurança. Promete-se que, em breve, a rede atenderá aos
requisitos para voltar a funcionar.
DECADÊNCIA E RENASCIMENTO
Um dos maiores conhecedores da história dos nossos bondes é o americano Allen
Morrisson, que, em 1989, publicou o livro “The tramways of Brazil”.
Para ele, as décadas de 1920 e 1930 foram as melhores fases dos bondes no Rio.
Aí, para evitar inflação, o governo impediu que a Light aumentasse as passagens,
levando à decadência do sistema a partir dos anos 40.
— Nos EUA, a General Motors comprou as redes de bondes e os substituiu por
seus próprios ônibus. No Brasil do pós-guerra, fábricas estrangeiras vendiam
barato seus ônibus — lembra Morrisson. — A ideia de combater a poluição sequer
existia, e acabaram com um sistema de transporte emissão-zero. Quando o
mundo percebeu o que tinha feito, era tarde demais.
O autor está entusiasmado com o novo VLT Carioca.
— Acho que os brasileiros não têm ideia do raro que é, hoje, pôr novos trilhos de
bonde nas principais ruas do centro. É realmente incrível, revolucionário e muito
corajoso. Esse projeto merece atenção internacional.
ANTIGOS BONDES DO RIO AINDA RODAM NOS EUA
Antigos bondes do Rio estão preservados e ainda circulam nos Estados Unidos.
Bonde número 1850, no Connecticut Trolley MuseumFoto: Divulgação / ,
Bonde número 441, da The Middletown & Hummelstown Railroad, equipado com
gerador a diesel para poder rodar pela cidade de Middletown, na PensilvâniaFoto:
Divulgação / ,
Bonde número 1875 no museu Railway to Yesterday, na Pensilvânia:.
Bonde número 1758 está no Pennsylvania Trolley MuseumFoto: Divulgação /
.
Em imagem de janeiro de 1965, a CTC (Companhia de Transporte Coletivo)
queima os antigos bondes a fim de abrir espaço para guardar novos ônibus. As
linhas de bondes foram adquiridas pelo Estado da Guanabara e encerradas a
partir de 1963. As ferragens foram vendidas como sucata
AGENDA 2016
JUNHO
XI Seminário Nacional Metroferroviário
14 de junho - Rio de Janeiro
64ª Reunião do Fórum Paulista de Secretários e
Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana
30 de junho- São Paulo
Seminário "Transporte Multimodal: Experiências e Desafios do
Brasil e União Europeia"
15 e 16 de junho- Brasília - auditório Eliseu Resende do Ed. Sede da
ANTT