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FONTES DE CONSULTA

1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL

2. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (lei 5172/66)

ABORDAGEM

DOUTRINA MAJORITÁRIA

JURISPRUDÊNCIA DO STF e STJ

PROGRAMA DE DIREITO TRIBUTÁRIO

CAPÍTULO I TRIBUTOS

CAPÍTULO II COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

CAPÍTULO III LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

CAPÍTULO IV OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

CAPÍTULO V CRÉDITO TRIBUTÁRIO

CAPÍTULO VI ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

Ingressos ou Entrada

de terceiros

(impróprios ou empréstimos)

Próprios

(Receita Pública)

Ingressos

De 3°ou impróprios (empréstimos)

Próprios

(Receitas Públicas)

Retornam à origem Não retornam à origem

Receitas Públicas

Originárias Derivadas

Remuneram atividade

atípica de Estado

Remuneram atividade

típica de Estado

Receitas Públicas

Originárias

Ex. Preço Público ou tarifa (remunera serviço público não essencial ; contratual; facultativo)

Derivadas

Ex: Tributo (tipo- Taxa de Serviço) –(remunera

serviço público essencial; lei; compulsória)

(continua) 2) Serviços públicos essenciais ao

interesse público: são serviços prestados no

interesse da comunidade. São remunerados

mediante taxa. (...)

3) Serviços públicos não essenciais e que, não

utilizados, disso não resulta dano ou prejuízo

para a comunidade ou para o interesse público.

(continua)

(continua) Esses serviços são, de regra,

delegáveis, vale dizer, podem ser concedidos e

podem ser remunerados mediante preço público.

Exemplo: o serviço postal, os serviços

telefônicos, telegráficos, de distribuição de

energia elétrica, de gás, etc.” (ADI 447, Rel. Min.

Octavio Gallotti, voto do Min. Carlos Velloso,

julgamento em 5-6-1991, Plenário, DJ de 5-3-

1993.)

STF

Súmula no 545

“Preços de serviços públicos e taxas não se

confundem, porque estas, diferentemente

daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança

condicionada a prévia autorização orçamentária,

em relação à lei que as instituiu.”

JURISPRUDÊNCIA - STJA natureza jurídica da remuneração dos serviços

de água e esgoto, prestados por concessionária de

serviço público, é de tarifa ou preço público,

consubstanciando, assim, contraprestação de

caráter não-tributário. (Continua)

(Continua) A Execução Fiscal ostenta esse nomen

juris posto processo satisfativo, que apresenta

peculiaridades em razão das prerrogativas do

exeqüente, assim como é especial a execução

contra a Fazenda, não sendo servil apenas para

créditos de tributos, porquanto outras obrigações

podem vir a compor a „dívida ativa‟.(STJ - REsp

740.967/RS)

STF “Há quem sustente que quando o Estado presta

serviço público, se quiser que tais serviços sejam

remunerados, somente poderá fazê-lo mediante taxas

(Geraldo Ataliba, „Sistema Trib. na Constituição‟, Rev,

de Dir. Trib., 51/140; Roque Carrazza, ob. cit., p. 247).

Não vamos a tanto, não obstante reconhecermos que

são poderosos e científicos os argumentos de

Ataliba e de Carrazza. Ficamos na linha da lição de

Sacha Calmon Navarro Coelho, que entende possível

a cobrança de preços pela prestação de serviço

público. (...).” (ADI 447)

STF

Ementa ”Pedágio: natureza jurídica: taxa. art. 145, II

e art. 150, V C.F; Legitimidade constitucional do

pedágio instituído pela lei n° 7712 de 22.12.88”.

(RE 181.475-6 RS)

STF

“O deslinde da controvérsia posta nestes autos de

saber-se se o pedágio pode ou não ser instituído

por meio de decreto está condicionado à resposta

que ser vier a dar à indagação sobre a natureza

jurídica da referida exação (...) (continua)

(continua) (...) Com efeito, se se estiver diante de

tributo, é fora de dúvida que, em face do princípio

da legalidade estrita, a que estão sujeitas as

exações desta natureza, sem exceção, a

conclusão seria pela negativa. (continua)

(continua) Se se estiver, no entanto, frente a um

caso de preço público, de tarifa, nenhum óbice

existe, de ordem constitucional, que sua cobrança

seja regulada por meio de decreto do Poder

Executivo (...)” (Adin 800- RS 1992)

Receitas Públicas

Originárias

Empresariais (Preço Público ou tarifa)

Patrimoniais (Ex: locação, alienação,

lucros, etc...)

Derivadas

Tributo

Multas

Reparações de Guerra

Receitas Públicas

Originárias

Patrimoniais

Empresariais ou Preço Público (tarifa)

Derivadas

Reparação de Guerra

Multas (penais e administrativas)

Tributos

STFSúmula no 545

“Preços de serviços públicos e taxas nãose confundem, porque estas,diferentemente daqueles, sãocompulsórias e têm sua cobrançacondicionada a prévia autorizaçãoorçamentária, em relação à lei que asinstituiu.”

Direito Tributário

OBJETO

Tributo

Direito TributárioTributo

Direito FinanceiroAtividade Financeira do Estado: Receitas Públicas, Despesas

Públicas, Crédito Público e Orçamento Público

Direito AdministrativoAdministração Pública

"O Direito Tributário é parte do DireitoFinanceiro que estuda as relaçõesjurídicas entre o Estado (Fisco) e osparticulares (contribuintes), no queconcerne à instituição, arrecadação,fiscalização e extinção do tributo.”(Vittorio Cassone)

Lei

Fato Gerador

Sujeito Passivo

Prestação

Sujeito Ativo

Dar

FazerNão fazer

tributoMulta

ato ilícito

sanção

Código Tríbutário Nacional(definição de tributo)

“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniáriacompulsória, em moeda ou cujo valor nelase possa exprimir, que não constitua sançãode ato ilícito, instituída em lei e cobradamediante atividade administrativaplenamente vinculada.”

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

art. 5.º CTN : São tributos os impostos, taxas e

contribuições de melhoria

Súmula n.º 418/STF

“O empréstimo compulsório não é tributo, e

sua arrecadação não está sujeita à exigência

constitucional da prévia autorização

orçamentária.”

JURISPRUDÊNCIA DO STF

As diversas espécies tributárias, determinadas pela

hipótese de incidência ou pelo respectivo fato

gerador da respectiva obrigação tributária, são:

a) os impostos (C.F., art. 145, I, art.s 153, 154, 155 e 156);

b) as taxas(C.F., art 145,II) ;

c) as contribuições, que são

c.1) de melhoria (C.F., art 145, III);

c.2) as parafiscais(C.F., art 149) que por sua vez podem

ser:

c.2.1) sociais:

c.2.1.1) de seguridade social ((C.F., art 195 )

c.2.1.2) outras da seguridade social ( C.F., art 195 § 4°)

c.2.1.3) sociais gerais: FGTS, salário-educação (C.F, art.

212 § 5º ) e as contribuições para o SESI, SESC e SENAI

(CF art. 240);

c.3) especiais:

c.3.1) de intervenção no domínio econômico (C.F, art. 149)

c.3.2) corporativas = de interesse de categorias

profissionais ou econômicas. (C.F, art. 149)

d) os empréstimos compulsórios (C.F, art. 148)

(RE 138824, voto do Min. Carlos Velloso, 01/07/1992)

JURISPRUDÊNCIA STF

SÃO TRIBUTOS:

1. IMPOSTOS

2. TAXAS

3. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA

4. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

5. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS

Quanto à função que exerçam, os tributos poderão ser:

a) fiscais (função meramente arrecadatória para o

cumprimento das prerrogativas e incumbências de

Estado). Ex: IR , ICMS, IPTU...

b) extrafiscais (nestes predomina a função de controle ou

intervenção na economia) . Ex: II, IE, IPI, IOF, ITR;

c) parafiscais ( arrecadados para que o Estado cumpra

funções paralelas às funções típicas de Estado). Ex.

contribuições da seguridade social art. 195 C.F.

C.F art. 145. “A União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios poderão

instituir os seguintes tributos:

I - impostos;”

FATO GERADOR DOS IMPOSTOS: manifestação

exterior de riqueza; manifestação de capacidade

econômica do contribuinte.

Ex. auferir renda , propriedade de bem imóvel, saída de

mercadoria (circulação de mercadoria), prestar serviços e

etc....

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por

fato gerador uma situação independente de

qualquer atividade estatal específica, relativa ao

contribuinte

IMPOSTO é

TRIBUTO NÃO VINCULADO

= FATO GERADOR NÃO VINCULADO À ATIVIDADE

ESTATAL

(FATO GERADOR DO IMPOSTO É FATO DO INDIVÍDUO)

TAXA

TRIBUTO VINCULADO

= FATO GERADOR É VINCULADO À ATIVIDADE

ESTATAL

(FATO GERADOR DA TAXA É FATO DO ESTADO)

FUNÇÃO DO IMPOSTO

redistributiva

BASE DE CÁLCULO

QUANTUM ($) = % x BASE DE CÁLCULO

BASE DE CÁLCULO = DIMENSÃO DO FATO GERADOR

SE NO IMPOSTO O FG = MANIFESTAÇÃO

ECONÔMICA do contribuinte, logo:

BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO = DIMENSÃO DA

CAPACIDADE ECONÔMICA do contribuinte

Ex. IR (FG= AUFERIR RENDA) logo (BC = VALOR DA

RENDA)

IPTU (FG = PROPRIEDADE) logo ( BC= VALOR DO

IMÓVEL)

TODO IMPOSTO É REGIDO PELO

PRINCÍPIO DA CAPACIDADE ECONÔMICA

VIA DE REGRA O IMPOSTO É

TRIBUTO DE RECEITA NÃO VINCULADA

= RECEITA NÃO VINCULADA A DESPESAS,

FUNDOS ou ÓRGÃOS

C.F. “art 167 - são vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão,

fundo ou despesa (...) continua”

CF art 167 - “são vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo

ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da

arrecadação dos impostos a que se referem os

arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as

ações e serviços públicos de saúde, para

manutenção e desenvolvimento do ensino e (...)

continua

Continua (...) para realização de atividades da

administração tributária, como determinado,

respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37,

XXII, e a prestação de garantias às operações de

crédito por antecipação de receita, previstas no art.

165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste

artigo”;

TRIBUTO DE RECEITA

VINCULADA

Lei instituidora do tributo

Receita destinada à

despesas

fundos

órgãos

TRIBUTO DE RECEITA NÃO VINCULADA

Lei instituidora do tributo

Receita destinada aoorçamento

CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS:

1. Quanto à forma de percepção

2. Quanto ao objeto

3. Quanto à alíquota

4. Quanto à base econômica

Classificação dos impostos quanto à forma de

percepção:

IMPOSTOS DIRETOS X IMPOSTOS INDIRETOS

IMPOSTOS DIRETOS

FENÔMENO DA PERCUSSÃO TRIBUTÁRIA

Sujeito passivo de direito (recolhe o tributo) = sujeito

passivo de fato (suporta o ônus tributário)

Sujeito passivo de direito = sujeito passivo de fato

Ex. IR ( lucro da empresa)

IMPOSTOS INDIRETOS

FENÔMENO DAREPERCUSSÃO TRIBUTÁRIA

Sujeito passivo de direito (recolhe o tributo) ≠ do sujeito

passivo de fato (suporta o ônus tributário)

Ex. IRR Fonte

ICMS (venda ao consumidor final)

STJ “(...) 2- NEM TODOS OS TRIBUTOS, POR SUA

PROPRIA NATUREZA, COMPORTAM

TRANSFERENCIA DO RESPECTIVO ENCARGO

FINANCEIRO. 3- A IDENTIFICAÇÃO DOS

TRIBUTOS QUE NÃO COMPORTAM

TRANSFERENCIA DO RESPECTIVO ENCARGO

FINANCEIRO DAR-SE-A COM BASE EM

CRITERIOS NORMATIVOS HAURIDOS DO

ORDENAMENTO POSTO E NÃO EM RAZÕES DE

CIENCIA ECONOMICA.(...) REsp 118488

Classificação dos impostos quanto objeto de incidência:

IMPOSTOS REAIS x IMPOSTOS PESSOAIS

IMPOSTOS REAIS – atingem a coisa (não levam em

consideração o Suj. Passivo. Ex. IPTU, IPVA, ITBI,

ITCMD, ITR, ICMS e outros

IMPOSTOS PESSOAIS- levem em consideração as

características do Suj. Passivo.Ex. IR, IOF, ISS e

outros

Classificação dos impostos quanto à alíquota:

IMPOSTOS FIXOS X IMPOSTOS PROPORCIONAIS

São FIXOS quando o valor do tributo a ser

recolhido for pré-determinado na lei, dispensando

o seu cálculo Ex. ISS dos autônomos, o ICMS

por estimativa das Micro-empresas.

A metodologia de cálculo é feita sem aplicação de

alíquotas sobre base de cálculo. A lei define o

valor.

São PROPORCIONAIS aqueles onde o quantum é

determinado pela aplicação de uma alíquota sobre

uma base de cálculo. $ = % x BC

Poderão ser proporcionais com alíquotas fixas ou

proporcionais com alíquotas progressivas

ALÍQUOTAS FIXAS

= % FIXA x BC progressiva

Ex. ISS empresas

ALIQUOTAS PROGRESSIVAS

= % progressiva x BC progressiva- Ex. IR

Classificação quanto à BASE ECONÔMICA:

impostos sobre o COMÉRCIO EXTERIOR. Ex: II e IE;

impostos sobre o PATRIMÔNIO E A RENDA: IR,ITR,

IPVA, IGF, ITD, ITBI, IPTU ;

impostos sobre a PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO: Ex:

IPI, ISS, ICMS e IOF

impostos especiais- Ex: imposto extraordinário de

Guerra.

CF- “Art. 145. A União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios poderão instituir

os seguintes tributos: (...)

II - taxas, em razão do exercício do poder de

polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de

serviços públicos específicos e divisíveis,

prestados ao contribuinte ou postos a sua

disposição”

Art. 80- CTN. “Para efeito de instituição e cobrança

de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito

das atribuições da União, dos Estados, do Distrito

Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a

Constituição Federal, as Constituições dos

Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e

dos Municípios e a legislação com elas compatível,

competem a cada uma dessas pessoas de direito

público.”

CTN - art. 77. “As taxas cobradas pela União,

pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos

Municípios, no âmbito de suas respectivas

atribuições, têm como fato gerador o exercício

regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva

ou potencial, de serviço público específico e

divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua

disposição.”

Fato Gerador

Taxa de Serviço

Taxa de Polícia

Fato Gerador da Taxa de Serviço

Art. 77 C.T.N e art. 79 C.T.N

utilização

efetiva

ou

potencial

Serviço público

Específico

e

divisível

Prestado ao

contribuinte

Posto a

disposição

ou

CTN- Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o

artigo 77 consideram-se:

(...)

II- específicos, quando possam ser destacados em

unidades autônomas de intervenção, de utilidade,

ou de necessidades públicas;

III- divisíveis, quando suscetíveis de utilização,

separadamente, por parte de cada um dos seus

usuários.

Serviço Específico Serviço Geral

Direcionável a grupos sociais

específicos. Referem-se a uma

pessoa ou grupo determinável

de pessoas

Necessariamente deverá ser

direcionado para toda a

coletividade “globalmente”

considerada

art. 79, I C.T.N

Utilização “uti singuli” Utilização “uti universi”

Ex. STF

TCLU (coleta de lixo domiciliar

urbana), TI (proteção e combate

à incêndio).

Ex. STF- inconstitucional

Limpeza pública urbana (TLP)

Conservação de Estradas de

Rodagem (RE 185.050)

Iluminação Pública ( TIP)

Serviço divisível Serviço Indivisível

Custo divisível, quer dizer de

divisibilidade, é dizer, da

possibilidade de avaliar-se a

utilização efetiva ou potencial,

individualmente considerada‟

Custo indivisível

art. 79, II C.T.N

Ex. STF

TCLU (coleta de lixo domiciliar

urbana), TI (proteção e

combate à incêndio).

Ex. STF- inconstitucional

Limpeza pública urbana (TLP)

Conservação de Estradas de Rodagem

(RE 185.050)

Iluminação Pública ( TIP)

Art. 149-A, CF. Os Municípios e o Distrito Federal

poderão instituir contribuição, na forma das

respectivas leis, para o custeio do serviço de

iluminação pública, observado o disposto no art.

150, I e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da

contribuição a que se refere o caput, na fatura de

consumo de energia elétrica.

CIP ou COSIP (contribuições para custeio do

serviço de iluminação pública

Súmula no 670, STF

“O serviço de iluminação pública não pode ser

remunerado mediante taxa.”

Súmula vinculante no 19, STF

“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos

serviços públicos de coleta, remoção e tratamento

ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de

imóveis, não viola o art. 145, II, da Constituição

Federal.”

STF“A Corte entende como específicos e divisíveis osserviços públicos de coleta, remoção e tratamentoou destinação de lixo ou resíduos provenientes deimóveis, desde que essas atividades sejamcompletamente dissociadas de outras serviçospúblicos de limpeza realizados em benefício dapopulação em geral (uti universi) e de formaindivisível, tais como os de conservação e limpezade logradouros e bens públicos. (Contimua)

“Decorre daí que as taxas cobradas em razãoexclusivamente dos serviços públicos de coleta,remoção e tratamento ou destinação de lixo ouresíduos provenientes de imóveis sãoconstitucionais, ao passo que é inconstitucional acobrança de valores tidos como taxa em razão deserviços de conservação e limpeza de logradourose bens públicos.” (RE 501876-AgR - Rel. Min.Ricardo Lewandowski, julgamento em 1º-2-2011,Primeira Turma, DJE de 23-2-2011)

STF

“A taxa de limpeza urbana, é exigida com ofensa ao

art. 145, II e § 2º, da CF, por ser exigida a título de

remuneração de serviço prestado uti universi e

tendo por base de cálculo fatores que concorrem

para formação da base de cálculo do IPTU.

(Continua)

TAXAS DE INCÊNDIO

STF Súmula nº 549

A taxa de bombeiros do Estado de Pernambuco é

constitucional, revogada a Súmula 274.

JURISPRUDÊNCIA- STF

Esta declaração da inconstitucionalidade não vicia

a taxa de segurança, corretamente exigida para

cobrir despesas com manutenção dos serviços de

prevenção e extinção de incêndios."

(RE 433.335 – AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa,

julgamento em 3-3-2009, Segunda Turma, DJE de

20-3-2009).

“Em face do art. 144, caput, V e parágrafo 5º, da

Constituição, sendo a segurança pública, dever

do Estado e direito de todos, exercida para a

preservação da ordem pública e da incolumidade

das pessoas e do patrimônio, através, entre

outras, da polícia militar, essa atividade do

Estado só pode ser sustentada pelos impostos, e

não por taxa, se for solicitada por particular para

a sua segurança ou para a de terceiros,

(continua)

CTN- Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o

artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a

qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização

compulsória, sejam postos à sua disposição

mediante atividade administrativa em efetivo

funcionamento;

TAXAS DE SERVIÇO

Exemplos

1) taxa de coleta de lixo domiciliar urbana

(TCLU)

2) taxa de incêndio

3) taxa pela concessão de porte de arma

4) taxa judiciária

STF

JURISPRUDÊNCIA

“As custas judiciais e os emolumentos

concernentes aos serviços notariais e registrais

possuem natureza tributária, qualificando-se

como taxas remuneratórias de serviços públicos,

(...) continua

STF JURISPRUDÊNCIA

continua- (...) sujeitando-se aos princípios

fundamentais que proclamam, dentre outras, as

garantias essenciais da reserva de competência

impositiva, da legalidade, da isonomia e da

anterioridade.” (ADI nº 1.378-MC, Rel. Min. Celso

de Mello, DJ 30/05/1997.)

“A jurisprudência do STF firmou orientação no

sentido de que as custas judiciais e os

emolumentos concernentes aos serviços

notariais e registrais possuem natureza

tributária, qualificando-se como taxas

remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-

se, em consequência, quer no que concerne à

sua instituição e majoração, quer no que se

refere à sua exigibilidade, (continua)

CTN - art. 77. “As taxas cobradas pela União,

pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos

Municípios, no âmbito de suas respectivas

atribuições, têm como fato gerador o exercício

regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva

ou potencial, de serviço público específico e

divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua

disposição.”

Exercício RegularPoder dePolícia

Fato Gerador da Taxa de Políca

Art. 77 C.T.N

CTN- Art. 78, CTN. “Considera-se poder de polícia

atividade da administração pública que, limitando

ou disciplinando direito, interesse ou liberdade,

regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em

razão de interesse público concernente à

segurança, à higiene, (...) (continua)

(continua) (...) à ordem, aos costumes, à disciplina

da produção e do mercado, ao exercício de

atividades econômicas dependentes de concessão

ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade

pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos

individuais ou coletivos.”

Exercício Regular

do

Poder de Polícia

CTN- art. 78, Parágrafo único. “Considera-se

regular o exercício do poder de polícia quando

desempenhado pelo órgão competente nos limites

da lei aplicável, com observância do processo legal

e, tratando-se de atividade que a lei tenha como

discricionária, sem abuso ou desvio de poder.”

JURISPRUDÊNCIA - STF

“O texto constitucional diferencia as taxas

decorrentes do exercício do poder de polícia

daquelas de utilização de serviços específicos e

divisíveis, facultando apenas a estas a prestação

potencial do serviço público. A regularidade do

exercício do poder de polícia é imprescindível para

a cobrança da taxa de localização e fiscalização.

(Continua)

(Continua) À luz da jurisprudência deste STF, a

existência do órgão administrativo não é condição

para o reconhecimento da constitucionalidade da

cobrança da taxa de localização e fiscalização, mas

apenas constitui um dos elementos admitidos para

se inferir o efetivo exercício do poder de polícia,

exigido constitucionalmente. (Continua)

(Continua) É constitucional taxa de renovação de

funcionamento e localização municipal, desde que

efetivo o exercício do poder de polícia,

demonstrado pela existência de órgão e estrutura

competentes para o respectivo exercício, bem

como a prestação efetiva do serviço.” (RE 588.322,

Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 16-6-2010,

Plenário, DJE de 3-9-2010.)

JURISPRUDÊNCIA - STF

“Não há invocar o argumento no sentido de que a

taxa decorrente do poder de polícia fica restrita aos

contribuintes cujos estabelecimentos tiverem sido

efetivamente visitados pela fiscalização, por isso

que, registra Sacha Calmon- parecer fl. 377, essa

questão já foi resolvida, (...)

“(...continuação) pela negativa, pelo Supremo

Tribunal Federal, que deixou assentada em

diversos julgados, a suficiência da manutenção,

pelo sujeito ativo, de órgão de controle, em

funcionamento (cf, inter plures, RS 116518, RE

230973). (continuando)

“ Andou bem a corte brasileira em não aferrar-se ao

método antiquado da vistoria , porta a porta,

abrindo as portas do Direito às inovações

tecnológicas que caracterizam a nossa era. “ (STF-

RE 416.601)

“(...) É constitucional taxa de renovação de

funcionamento e localização municipal, desde que

efetivo o exercício do poder de polícia,

demonstrado pela existência de órgão e estrutura

competentes para o respectivo exercício, tal como

verificado na espécie quanto ao Município de Porto

Velho/RO (...)." (RE 588.322, Rel. Min. Gilmar

Mendes, julgamento em 16-6-2010, Plenário, DJE de

3-9-2010, com repercussão geral.)“ (STF- RE

416.601)

TAXAS DE POLÍCIA Exemplos

Taxa de AlvaráTaxa de Obras em Logradouros PúblicosTaxa de IncêndioTaxa de PublicidadeTaxa de Inspeção Sanitária (TIS)Taxa florestalTaxa pela aferição de pesos e medidasTaxa de classificação de produtos vegetais

Súmula no 665, STF“É constitucional a taxa de fiscalização dosmercados de títulos e valores mobiliáriosinstiuída pela Lei 7.940/1989 .”

“Lei mato-grossense 8.033/2003- INSTITUIU O

SELO DE CONTROLE DOS ATOS DOS SERVIÇOS

NOTARIAIS E DE REGISTRO, PARA IMPLANTAÇÃO

DO SISTEMA DE CONTROLE DAS ATIVIDADES

DOS NOTÁRIOS E DOS REGISTRADORES, BEM

COMO PARA OBTENÇÃO DE MAIOR SEGURANÇA

JURÍDICA QUANTO À AUTENTICIDADE DOS

RESPECTIVOS ATOS (continua)

BASE DE CÁLCULO

QUANTUM ($) = % x BASE DE CÁLCULO

BASE DE CÁLCULO = DIMENSÃO DO FATO GERADOR

BASE DE CÁLCULO DA TAXA

QUANTUM ($) = % x BASE DE CÁLCULO

BASE DE CÁLCULO = DIMENSÃO DA ATIVIDADE

ESTATAL = CUSTO ( a sofrer rateio)

Portanto BC da taxa tem que ser ≠ da BC dos impostos

TODA TAXA É REGIDA PELO

PRINCÍPIO DO CUSTO E BENEFÍCIO

FATO GERADOR DO IMPOSTO = MANIFESTAÇÃO

ECONÔMICA DO CONTRIBUINTE – ex. propriedade

BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO = DIMENSÃO DA

CAPACIDADE ECONÔMICA do contribuinte

Ex. IR (FG= AUFERIR RENDA) logo (BC = VALOR DA

RENDA)

IPTU (FG = PROPRIEDADE) logo ( BC= VALOR DO

IMÓVEL)

TODO IMPOSTO É REGIDO PELO

PRINCÍPIO DA CAPACIDADE ECONÔMICA

BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO

(DIMENSÃO DA CAPACIDADE ECONÔMICA do

contribuinte)

É DIFERENTE DA

BASE DE CÁLCULO DA TAXA

(DIMENSÃO DA ATIVIDADE ESTATAL = CUSTO DA

ATIVIDADE ESTATAL)

STF"Taxa: correspondência entre o valor exigido e ocusto da atividade estatal. A taxa, enquantocontraprestação a uma atividade do Poder Público,não pode superar a relação de razoávelequivalência que deve existir entre o custo real daatuação estatal referida ao contribuinte e o valorque o Estado pode exigir de cada contribuinte,considerados, para esse efeito, os elementospertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadasem lei. (Continua)

Se o valor da taxa, no entanto, ultrapassar o custodo serviço prestado ou posto à disposição docontribuinte, dando causa, assim, a uma situaçãode onerosidade excessiva, que descaracterize essarelação de equivalência entre os fatores referidosconfigurar-se-á, então, hipótese de ofensa àcláusula vedatória inscrita no art. 150, IV, da CF.Jurisprudência. Doutrina." (ADI 2.551-MC –QO -Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 2-4-2003, Plenário, DJ de 20-4-2006.)

BC TAXA é diferente da BC do imposto

CF- 145 § 2º - As taxas não poderão ter base de

cálculo própria de impostos

CTN- art. 77- Parágrafo único. A taxa não pode ter

base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que

correspondam a imposto nem ser calculada em

função do capital das empresas.

STF - Súmula nº 595

É inconstitucional a taxa municipal de

conservação de estradas de rodagem cuja base de

cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural.

Acórdão que declarou a inconstitucionalidade de

lei que instituiu a cobrança de Taxa de

Conservação e Manutenção das Vias Públicas,

por afronta ao disposto no art. 145, II, da CF.

Entendimento firmado pelo STF no sentido de

que a base de cálculo é „própria de imposto e

não de taxa por serviços específicos e divisíveis

postos à disposição do seu contribuinte‟ e „não

tendo o Município – (continua)

STF

"A escolha do valor do monte-mor como base de

cálculo da taxa judiciária encontra óbice no art.

145, § 2º, da CF, visto que o monte-mor que

contenha bens imóveis é também base de cálculo

do imposto de transmissão causa mortis e inter

vivos (CTN, art. 33)."

(ADI 2.040-MC - Rel. Min. Maurício Corrêa,

julgamento em 15-12-1999, Plenário, DJ de 25-2-

2000.)

"Incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer

Natureza – ISSQN sobre serviços de registros

públicos, cartorários e notariais.

Constitucionalidade. Ação direta de

inconstitucionalidade ajuizada contra os itens 21 e

21.1 da Lista Anexa à LC 116/2003, que permitem a

tributação dos serviços de registros públicos,

cartorários e notariais pelo ISSQN. (...) (continua)

(Continua) As pessoas que exercem atividade

notarial não são imunes à tributação, porquanto a

circunstância de desenvolverem os respectivos

serviços com intuito lucrativo invoca a exceção

prevista no art. 150, § 3º da Constituição. (...) Não

há diferenciação que justifique a tributação dos

serviços públicos concedidos e a não tributação

das atividades delegadas." (ADI 3.089, Rel. p/ o ac.

Min. Joaquim Barbosa)

“Emolumentos. Serviços notariais e de registro.

Art. 145, § 2°, da CF. Não há inconstitucionalidade

quando a regra impugnada utiliza, pura e

simplesmente, parâmetros que não provocam a

identidade vedada pelo art. 145, § 2°, da CF. No

caso, os valores são utilizados apenas como

padrão para determinar o valor dos emolumentos.

Ação direta de inconstitucionalidade julgada

improcedente.” (ADI 3.887, Rel. Min. Menezes

Direito, julgamento em 15-10-2008, Plenário, 2008)

“Taxa. Localização e funcionamento de

estabelecimento industrial e comercial. Base de

cálculo. Número de empregados. Não se coaduna

com a natureza do tributo o cálculo a partir do

número de empregados.” (RE 202.393, Rel. Min.

Marco Aurélio, julgamento em 2-9-1997, Segunda

Turma, DJ de 24-10-1997.)

STF Súmula nº 667

Viola a garantia constitucional de acesso à

jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite

sobre o valor da causa.

BC = CUSTO

Contribuinte 1 Contribuinte 2 Contribuinte 3

Fatores de rateio

FATORES DE BASE DE CALCULO

Principal (BASE DE CÁLCULO)

CUSTO

Fatores coadjuvantes

Fatores de rateio ex. m²

Ex. 1º) Taxa de coleta de lixo domiciliar urbano

calculada em função da metragem

BC= CUSTO x Fator de rateio = m²

STF Súmula Vinculante nº 29

“É constitucional a adoção, no cálculo do

valor de taxa, de um ou mais elementos da

base de cálculo própria de determinado

imposto, desde que não haja integral

identidade entre uma base e outra.”

STF

“I. - O fato de um dos elementos utilizados na

fixação da base de cálculo do IPTU - a metragem da

área construída do imóvel - que é o valor do imóvel

(CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na

determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo,

não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo

igual à do IPTU: (...) continua

“ (...) continua o custo do serviço constitui a base

imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em

cada caso concreto, a alíquota, utiliza-se a

metragem da área construída do imóvel, certo que

a alíquota não se confunde com a base imponível

do tributo. Tem-se, com isto, também, forma de

realização da isonomia tributária e do princípio da

capacidade contributiva: C.F., artigos 150, II, 145, §

1º”.( RE 232.393)”

Ex. 2°) Taxa da CVM

BC= CUSTO x Fator de rateio

(% x capital da empresa)

A taxa de fiscalização da CVM tem por fato

gerador o exercício do poder de polícia

atribuído à Comissão de Valores Mobiliários -

CVM. Lei 7.940/89,art. 2º. A sua variação, em

função do patrimônio líquido da empresa,

não significa seja dito patrimônio a sua base

de cálculo, mesmo porque tem-se, no caso,

um tributo fixo. Sua constitucionalidade.

(STF- RE 255982 PR)

TAXA

TRIBUTO VINCULADO

= FATO GERADOR É VINCULADO À ATIVIDADE

ESTATAL

(FATO GERADOR DA TAXA É FATO DO ESTADO)

FATO GERADOR DOS IMPOSTOS: manifestação

exterior de riqueza; manifestação de capacidade

econômica do contribuinte.

Ex. auferir renda , propriedade de bem imóvel, saída de

mercadoria (circulação de mercadoria), prestar serviços e

etc....

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por

fato gerador uma situação independente de

qualquer atividade estatal específica, relativa ao

contribuinte

IMPOSTO é

TRIBUTO NÃO VINCULADO

= FATO GERADOR NÃO VINCULADO À ATIVIDADE

ESTATAL

(FATO GERADOR DO IMPOSTO É FATO DO INDIVÍDUO)

FUNÇÃO da TAXA

ressarcitiva

CF art 167 - “são vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo

ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da

arrecadação dos impostos a que se referem os

arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as

ações e serviços públicos de saúde, para

manutenção e desenvolvimento do ensino e (...)

continua

A C.F não cria obstáculos à vinculação da receita

da taxa.

STF“Preceito de lei estadual que destina 5% dosemolumentos cobrados pelas serventiasextrajudiciais e não oficializadas ao FUNDESP nãoofende o disposto no art. 167, IV, da CF.A norma constitucional veda a vinculação dareceita dos impostos, não existindo, naConstituição, preceito análogo pertinente àstaxas.” (RE 570.513-AgR - Rel. Min. Eros Grau,julgamento em 16-12-2008, Segunda Turma, DJE de27-2-2009.)

“As custas, a taxa judiciária e os emolumentos

constituem espécie tributária, são taxas, segundo a

jurisprudência iterativa do Supremo Tribunal

Federal. (...) Impossibilidade da destinação do

produto da arrecadação, ou de parte deste, a

instituições privadas, entidades de classe e Caixa

de Assistência dos Advogados. Permiti-lo,

importaria ofensa ao princípio muda igualdade.

Precedentes do STF.” (ADI 1.145)

Súmula Vinculante nº 12 -STF

A cobrança de taxa de matrícula nas universidades

públicas viola o disposto no art. 206, IV, da

Constituição Federal.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos

seguintes princípios:

(...)

IV - gratuidade do ensino público em

estabelecimentos oficiais;

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