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Geografia Urbana

Aula 4

A Urbanização Sob o Capitalismo

• Expressividade do fato urbano pré-capitalista

• Renascimento Urbano

• As primeiras cidades mercantis resultaram datransformação do caráter destasaglomerações medievais Desde a metade doséc. X, os mercadores buscavam os burgoslocalizados ao longo dos caminhos e dos rios.

• O reatamento com o comércio do oriente

• Reforço do fluxo comercial e a procura deproteção por parte dos mercadores tornou-setão freqüente que romperam os muros,gerando uma ocupação extra-muros.

• mudanças políticas (no interior das classes ena política do Estado)

• Intensificação da divisão social do trabalho.Com o fortalecimento da burguesia comercialproporcional ao crescimento de sua riqueza,muitas cidades passaram a ser o destino dosservos que fugiam dos feudos incentivadospela burguesia.

• Atividade comercial, lucro e acumulaçãoatravés do comércio.

• Mudança no caráter da troca

• (M-M), (M-D-M) para (D-M) = (M-D’), (D-M-D).

• A base da circulação foi transformada, asmercadorias que antes tinham valor de usopassaram a ter também valor de troca.

• Os burgueses capitalistas - beneficiavam dodinheiro que circulava desta maneiratornando-se capital. Nesta primeira fase donovo modo de produção ocorreu aacumulação primitiva do capital.

• O capitalismo surge na cidade, no centrodinâmico de uma economia urbana, quelentamente se reconstitui na Europa, a partir doséc. XIII.

• Vão ocorrendo transformações no níveleconômico e social, assim como, as idéias vãotambém se modernizando – começa a seorganizar o ideário que marcará a idademoderna. A usura passa a ser largamentepraticada – existência dos banqueiros.

• Contradições emergentes no desenvolvimentodeste novo modo de produção ocorrerá com aorganização das corporativa dos artesãos e omonopólio sobre o excedente pelaaristocracia.

• Aliança estabelecida entre o capital comerciale a realeza – formação dos ESTADOSABSOLUTISTAS. – Reforço do processo deurbanização – permitiu o adensamentopopulacional, o aparecimento da burocracia ea formação de um exército permanente.Impulsionamento das grandes navegaçõesmarítimas. Ampliação do capitalismo eextensão do fato urbano a novas áreas – Aurbanização moderna.

• Séc. XV extensão do processo de urbanizaçãopara o mundo colonial.

• Ainda que as cidades coloniais não tenhamsido, mais do que portos para escoar aprodução.

• A revolução industrial ocorrida no na segundametade do séc. XVIII.

• Simbolizada pela descoberta da máquina avapor (1769), dos teares mecânicos de fiação ,da locomotiva e da estrada de ferro.

• Decorrente do processo de transformaçãopelos quais estava passando o próprioprocesso de produção industrial desde o séc.XVI.

• A cidade mercantil era também o espaço dedominação e gestão do modo de produção, deexercício do poder, e fornecedora de serviçostanto quanto a cidade antiga. No entanto,diferenciava-se delas por seu caráterprodutivo, ou seja, por passar a ser, de formamais marcante, o lugar de produção demercadorias.

Características da cidade e problemas urbanos

Depois da metade do século XVIII, arevolução industrial muda o curso dosacontecimentos na Inglaterra e mais tardeno resto do mundo

O contexto da revolução industrial

• Aumento da população, devido à diminuiçãodo índice de mortalidade que pela primeira vezse distancia decididamente do de natalidade. (7 por mil de natalidade mantém se constante ea mortalidade cai de 35 por mil para 20 por milde meados do século XVIII até metade do séc.XIX)

• Incremento de 7 milhões em 1760 para 14milhões em 1830. Modifica-se a estrutura dapopulação.

• Aumento dos bens e dos serviçosproduzidos pela agricultura, pela indústria epelas atividades terciárias, por efeito doprogresso tecnológico e do desenvolvimentoeconômico. (círculo ascendente)

• Redistribuição dos habitantes no territóriopor conseqüência do aumento demográficoe das transformações da produção – oscamponeses cultivadores se tornamassalariados – e vão morar perto dasindústrias. (crescimento vegetativo emigratório)

• Ocorre o desenvolvimento dos meios decomunicação: as estradas de pedágio, oscanais navegáveis etc. permitindo maiormobilidade de pessoas, mercadorias, idéias.

• A rapidez das transformações (no arco deexperiência de uma vida humana), bemcomo, a intensificação da mudança.

...Victor Hugo comentou a visão da paisagemrural vista pela janela do trem emmovimento:

“As flores ao longo da ferrovia, não são maisflores, mas manchas, ou melhor fachosvermelhos ou branco; não há mais pontos, tudose converte em traços. Os campos de trigo sãograndes cabeleiras loiras desgrenhadas...Ascidades, as torres das igrejas e as árvoresdesempenham uma dança louca e que sefundem no horizonte”

Pelas distorções registradas na percepção devislumbrar com perfeita clareza o percursopelo qual as artes visuais mudaram suaslinguagens sob o impacto das novastecnologias, sua descrição dos efeitosdesfigurativos produzidos pela aceleração dalocomotiva e o conseqüente deslocamentodo olhar evocam as paisagens dissolvidas[...]

[...] formas confundidas do campo e dascidades multiplica as perspectivas e apontapara as experiências radicais do cubismo.(SEVCENKO, 1998, p.516)

Exposição Universal – Paris (1855)Palácio de Cristal

Projeto de torre de ferro para poço artesiano (1857)

• As tendências do pensamento político, istoé, a desvalorização das formas tradicionaisde controle público do ambiente construído(os planos urbanísticos, os regulamentosetc. são visto como sobrevivências do antigoregime) os economistas ensinam a limitar aintervenção pública em todos os setores davida social.

• Na ordem física do ambiente o resultado dapolítica liberal, em favor dos interessesprivados, é: o congestionamento do tráfego,a insalubridade, a feiúra.

• Grupos opostos os “iluminados” das classesdominantes como representantes dasclasses subalternas (radicais e socialistas)propõe novas formas de intervenção públicado ponto de vista das reformas setoriais epropostas eminentemente teóricas.

A cidade industrial

• Crescimento acelerado geratransformações no núcleoanterior – que se torna o novocentro – e a formação ao redordeste núcleo: uma faixaconstruída que recebe o nomede periferia.

• Este núcleo central tem umaestrutura já formada, na idadeMédia ou na idade Moderna:contém os principaismonumentos – igrejas, palácios– que muitas vezes dominamainda o panorama da cidade.

• O núcleo central tinha ruasestreitas para conter o trânsitoem aumento, as casas sãodemasiado diminutas ecompactas para hospedar seminconvenientes uma populaçãomais densa.

• Na Europa as classes maisabastadas abandonamgradualmente o centro e seestabelecem na periferia: asvelhas casas se tornam casebresonde se amontoam os pobres eos recém imigrados.

• Residência individual com jardim apenas paraos burgueses

• O ambiente desordenado é inabitável• As classes pobres sofrem mais diretamente os

inconvenientes da cidade industrial• - epidemias• - problemas higiênicos• -incompatibilidade com o princípio de

liberdade proclamado na teoria e defendidona prática na primeira metade do século.

• A cidade liberal é o resultado da superposiçãode muitas iniciativas públicas e particulares,não reguladas e não-coordenadas.

• Os efeitos dessastransformações se tornam maisgraves por volta de meados doséc. XIX.

• A periferia não é um trecho decidade já formado como asampliações medievais oubarrocas, mas um território livreonde se somam um grandenúmero de iniciativasindependentes: bairros de luxo,bairros pobres, indústrias,depósitos, instalações técnicas.

• Num determinado momentoestas iniciativas se fundemnum tecido compacto, que nãofoi previsto por ninguém.

• Na periferia industrial perde-se ahomogeneidade social e arquitetônica dacidade antiga – os indivíduos e as classesnão desejam integrar-se na cidade comonum ambiente comum, mas as váriasclasses sociais tendem a se estabelecer embairros diversos – ricos, médios, pobres –e famílias tendem a viver, o mais possível,isoladas.

• A moradia dos mais pobrespode piorar até ao limitesuportável pelos trabalhadoresmal pagos.

• “ Um lugar chocante, um diabólicoemaranhado de cortiços que abrigamcoisas humanas arrepiantes, ondehomens e mulheres imundos vivem dedois tostões de aguardente, ondecolarinhos e camisas limpas sãodecências desconhecidas, o todo cidadãocarrega no próprio corpo as marcas daviolência e onde jamais alguém penteiaseus cabelos” (BRESCIANI, Stella, 1990,p.26).