Governança e Arranjos Institucioanis

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Governança e Novos Arranjos Institucionais

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Programa de Aperfeiçoamento em Gestão de Políticas de Proteção e

Desenvolvimento Social

Curso: Governança e Arranjos Institucionais de

Políticas Públicas Professores: Alexandre Gomide e Roberto Pires

Período: 3, 4, 10 e 11 de junho de 2014

Aula 3 - Implementação e coordenação de políticas públicas

Articulações, redes e coordenação de políticas públicas

Roberto Pires

Brasília, 04 de junho de 2014

ENAP

Governança e Arranjos Institucionais de

Políticas Públicas

Profs.: Roberto Pires / Alexandre Gomide

Aula 3

Articulações, redes e coordenação de

políticas públicas

Recapitulando...

Governança x capacidades estatais...

Ambiente político-institucional brasileiro

• Desafios... Oportunidades...

Arranjos...

Avançando:

• Implementação... (já discutimos isso)

• Articulação e coordenação institucional

Plano

Parte 1 – aula expositiva:

• conceitos básicos, tipologias e debates na

literatura a partir dos textos indicados

+

Parte 2 –debate em sala de aula:

• leitura e discussão em grupo:

formas de coordenação

Vs.

desafios contemporâneos da implementação

Por que coordenar?

Coordenação sempre foi um “problema” para governos, mas amplia-se com o crescimento do aparato estatal • Problema endêmico que aumenta no tempo e no espaço

• Estado monolítico x multi-organizacional

Fragmentação: • Especialização, conhecimento específico

• Reformas anos 1990 (NPM) – “agencification” + ajuste fiscal

• Desconcentração do poder no nível horizontal e vertical = Proliferação de organizações, mandatos, etc.

• Problemas multidimensionais > transversalidade > intersetorialidade

Diferentes “vetores” do ambiente político-institucional brasileiro

Ciclo de reformas nos países da OCDE

Implementação de políticas no contexto político-institucional brasileiro

Governo de coalização (cúpula do Executivo, + partidos + relações com Congresso, etc.)

Relação com entes federados (Estados e Municípios)

Órgão central Órgãos parceiros

Órgãos de controle

Participação Parceria ONGs

Participação

Ministério Público e Judiciário

Órgão central Órgãos parceiros

Órgãos de controle Participação

Participação

Participação

Ministério Público e Judiciário

Dimensões de Articulação Institucional - no contexto político-institucional brasileiro -

Fonte: Ambrósio, 2013.

Pressman & Wildavsky (1984: 133)

“No phrase expresses as frequent a complaint about

the federal bureaucracy as does ‘lack of coordination’.

No suggestion for reform is more common than ‘what

we need is more coordination’”

“Nenhuma frase expressa tão bem uma reclamação

tão frequente sobre o governo federal como ‘falta

de coordenação’. Nenhuma sugestão para reforma

é mais comum do que ‘o que precisamos é mais

coordenação’”

Definição de coordenação...

... Na perspectiva maximalista (onisciência ou positiva) x minimalista (impotência ou pelo negativo)

... como processo e como resultado (estado/ condição)

... como administração (gestão – top-down) e das políticas (implementação na ponta – bottom-up)

... Por dentro x por fora e horizontal x vertical

... Política ou administrativa

... Normativa x empírica

... Cooperação x coordenação x articulação x integração x colaboração x parceria x ...

Definição de coordenação...

Sentido varia em função do “problema de coordenação” em questão, atores envolvidos, objetivos a serem perseguidos... Contexto!

Grandes expectativas sobre suas repercussões: • Coerência x contradição

• Eficiência x redundância

• Integração / transversalidade / complementaridade

X

Sobreposição / conflito / competição

• Ninguém é contra???

Ampla abertura relativas às formas e mecanismos • Formal x informal / ad hoc

Três matrizes (tipos ideais)

Hierarquia • Imposição da integração por estrutura burocrática

(formalização/rotinição e pouca flexbilidade e criatividade)

Mercado • Direitos e propriedade e relações contratuais aplicadas à

atividade de governo (custo e benefícios + incentivos + flexbilidade e competição)

Rede • Relações de interdependência, confiança e reciprocidade

formado de forma voluntária, compartilhamento (driver + sustentabilidade)

Na prática: ampla combinação das três matrizes

Mecanismos (Peters, 1998)

Executivo central / Presidência

• Casa Civil

• “agências centrais” (BC, Planning offices, etc.)

• Comitês interministeriais / Conselhos /

Comissões / Fóruns / grupos de trabalho

• Ministérios voltados para coordenação de

programas interministeriais / “superministérios”

(MPOG, MDS/BSM + agendas transversais)

• Sistema de “junior ministers”

Mecanismos (Peters, 1998)

Processos

• Orçamento

• Monitoramento

• Avaliação

Mecanismos informais

• Redes de servidores públicos

• Partidos políticos

• Grupos de interesse

Desafios

Organizacionais:

• Diversidade > divergências

• Ausência de linguagem comum

(intercorporativa)

• Heterogeneidade (recursos, poder, etc.)

• Baixos níveis de confiança

• Responsabilização e accountability

Legais (incompatibilidades e desajustes)

Políticos (pressões externas, conflitos

internos, instabildiade das lideranças)

Parte 2 – exercício:

- Dividir grupos e cada grupo fica responsável pela leitura das seções abaixo referentes a instrumentos de coordenação em RADIN (2010):

- Estrutural (p.603-607)

- Programática (p.607-609)

- Pesquisa e construção de capacidade (p.609-610);

- Comportamentais (p.610-611).

ler os trechos, entender os diferentes tipos de instrumentos e categorias

DEBATE :

a) cada grupo irá apresentar o conteúdo do seu trecho;

b) Oferecer exemplos concretos; e

c) conjuntamente faremos discussão sobre adequação ou não desses instrumentos ao nosso contexto político-institucional (vantagens e desvantagens, complementaridades, etc.)

Estruturas

• Organizações

• Normas / regulação

Incentivos

• Subsídios

• Transferências

Informação

• Pesquisa

• Disseminação / troca

• Capacitação e treinamento

Comportamentais

• Comunicação

• Gestão de conflitos

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