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1 Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2012. ISSN 2179-510X
HABITAR DOMÉSTICO - A REPRESENTAÇÃO FEMININA E SUA INFLUÊNCIA NO CONSUMO DOS OBJETOS
Profa. Dra. Teresa Maria Riccetti1
Resumo: Com papel de destaque na composição do habitar doméstico, a mulher não é apenas um membro integrante de uma família, mas protagonista na evolução organizacional do lar e de um estilo de vida de conforto e bem estar. A representação feminina no progresso do habitar doméstico moderno é percebida em momentos distintos. O renascimento econômico mundial na segunda metade do século XX gera uma nova ordem social que marca a sociedade desse período pautada no consumo, com uma gama de produtos e uma estética voltada exclusivamente ao doméstico. O presente estudo apresenta uma iconografia selecionada a partir de vários tipos de registros – pinturas, publicidade, cinema, fotografias – que retratam a representação feminina no habitar doméstico e sua influência no consumo dos objetos responsáveis pela organização espacial dos sistemas do arranjo e da ambiência. Palavras-chave: Representação feminina; Habitar doméstico; Objetos e consumo.
... Habitação é um espaço de abrigo, no qual são privilegiados funções de privacidade, segurança e proteção; relevante não só pelo tempo que se despende no seu interior como pelos aspectos de afetividade que se reveste. (OMS/OPS, 1999.p.03)
Apresentamos aqui, fragmentos de uma iconográfica realizada para o presente trabalho que
representa o princípio de um estudo sobre a temática da representação feminina no habitar
doméstico e sua influência no consumo dos objetos responsáveis pelo arranjo espacial.
O habitar doméstico refere-se ao lugar compreendido por lar, no qual um grupo de pessoas
compartilha um espaço particular que é caracterizado pela organização espacial dos objetos no
ambiente; esse arranjo é determinado de acordo com a função e atividade que deve ser exercida e
vivenciada pelo grupo familiar. Essa vivência aponta a interelação entre o individuo, seus objetos e
espaço físico. É neste contexto, que podemos perceber momentos significativos do protagonismo do
universo feminino na evolução do ambiente doméstico.
Como primeiro momento, consideramos a transição da casa como lugar, no qual homens e
mulheres compartilhavam diferentes tipos de tarefas sob o mesmo teto. Como observamos na
Figura 1 o ambiente representado é o cômodo de uma casa burguesa do século XV; um ambiente de
múltiplos usos, no qual as tarefas caseiras e profissionais eram realizadas, muitas vezes, em
simultâneo; o mesmo espaço físico servindo de moradia e local de trabalho. A imagem de Stradanus
1 Universidade Presbiteriana Mackenzie, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/Curso de Design. São Paulo/Brasil. Fundação Armando Alvares Penteado, Faculdade de Artes Plásticas / Curso de Design. São Paulo/Brasil.
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é representativa desse costume nela mulheres exercem diversas atividades como costurar, bordar,
cozinhar, cuidar da criança todas essas tarefas realizadas no mesmo ambiente. Nessa época o
conceito de privacidade era nulo, o número de habitantes nunca era inferior a 20 pessoas; o grupo
familiar é amplo, e além dos descendentes diretos há também amigos, aprendizes e serviçais. As
casas eram adornadas com poucos móveis, muitos deles eram baús de madeira que eram usados
para armazenar e guardar coisas, mas que servia também como assentos e apoios para as pessoas. A
Idade Média foi um momento de grandes contrastes, do mais grotesco ao mais refinado; um
exemplo desse contraste é o emprego de formas cerimoniais de comportamento como relata
(Rybczynski, 1996, p.43), dar prioridade ao convidado a lavar as mãos antes, durante e depois das
refeições são exemplos de formas de etiqueta que surgiram neste período.
Figura 1. Joannes Stradanus, Interior Século XV (PRAZ, p.101).
É a partir do século XVII que as condições da vida familiar se transformam; na ocasião a
classe burguesa cresce e além dos comerciantes e artesãos, os advogados, construtores, funcionários
públicos deixam de exercer suas funções na habitação e passam a trabalhar em outros locais
assinalando o momento no qual a casa passa a ser um lugar um pouco mais reservado, (Riccetti,
1999, 47 apud Braudel, 1995, p.277), no qual o senso de intimidade e vida familiar aflora-se e a
mulher passa a ter um papel de destaque nesse novo cenário doméstico introduzindo o conceito de
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domesticidade descrito por (Rybcznski, 1996, p.85) como um conjunto de emoções sentidas, e não
um único atributo.
...a domesticidade está relacionada com a família, a intimidade, a devoção ao lar, assim como uma sensação de casa como incorporadora , e não somente abrigo destes sentimentos. O interior não era só um ambiente para as atividades domésticas, como sempre havia sido – mas os cômodos, os objetos, agora adquiriam vida própria. Esta vida não era autônoma, mas existia na imaginação de seus donos, e deste modo, paradoxalmente a domesticidade caseira dependia do desenvolvimento de uma vasta consciência interior, consciência essa que resultou no papel feminino na casa. (RYBCZNSKI, 1996, p.85)
Figura 3. J. Vermeer, Leitora a Janela – Amsterdam, 1659.
Figura 2. Pieter de Hooch, Menino trazendo pão – Amsterdam, 1668
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Pintores holandeses, da época, como Vermeer (1632-1675) e Hooch (1629-1684) são
expoentes desse momento; suas obras retratam a vida doméstica mais caseira e reservada que tem a
casa como cenário da vida familiar e a mulher como protagonista de mudanças que refletiram na
conquista da intimidade no lugar. As Figuras 2 e 3 representam o interior de uma casa burguesa na
Holanda, com cenas da vida familiar. As habitações, de alvenaria eram pavimentadas com ladrilhos
coloridos; o pé direito alto possibilita a entrada de luz natural nos interiores domésticos, assim como
uma melhor ventilação. Os ambientes eram ornamentados com elementos elegantes, mas sem
ostentação.
Voltada para as virtudes domésticas a mulher, daquela época, ocupava-se da administração e
do cuidado com a casa; é ela que decide a disposição e ordenação dos ambientes que
consequentemente proporciona uma maior comodidade ao grupo familiar; isso releva sua grande
influencia na evolução dos interiores domésticos. O controle e as normas praticados pela mulher são
fundamentais para a introdução da domesticidade; é a conjunção de atos privados e momentos
pessoais que a faz protagonista da consagração da casa em lar.
A percepção de conforto e bem-estar como compreendemos atualmente se dá a partir da
década de 1670, em Paris, segundo (DeJean, 2012, p.09) “foi nesse período que o conforto e a
informalidade emergiram como prioridades em domínios que variavam da arquitetura e da moda ao
design de móveis a decoração de interiores”.
O número de espaços internos da casa não se restringia mais a um ou dois cômodos; a
habitação dividia-se em três zonas – o de estar ou de sociedade para receber os amigos; os de visita
ou magnificência; e os aposentos privados ou de comodidade, de intimidade familiar. (Braudel,
1995, p.279). A distribuição interna desse espaço torna a vida mais agradável e instiga uma
preocupação quanto às necessidades de conforto e intimidade que os móveis deveriam oferecer e,
assim surge, o primeiro estilo elaborado especialmente para os interiores domésticos – o Rococó.
Com formas sinuosas e assimétricas, cores e texturas suaves, os móveis do estilo rococó eram
preciosamente trabalhados, menos volumosos e mais especializados. Um exemplo dessa
particularização são os diversos tipos de mesa que passar a existir como - a mesa para café, a mesa
para costura, a mesa para comer. A decoração dos interiores é requintada, com lambris esculpidos e
pintados, espelhos, candelabros, sedas pintadas, pratas e porcelanas.
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O estilo Rococó estabelece regras que modificam as obras de arquitetos e designers, nos
ornamentos e mobílias; novos modelos ganham notoriedade e as palavras commode e commodité,
ganham destaque passando a ser cada vez mais usadas no âmbito doméstico como sensação de bem-
estar. (DeJean, 2012, p.16).
Figura 4. F. Boucher, Madame Boucher, 1743.
É a sensação de comodidade e bem-estar que a obra Madame Boucher, Figura 4, nos
imprime. Recostada em um recamier estofado, no toucador2 de seus aposentos e com um olhar
contemplativo, esta senhora transmite a sensação de quem desfruta de uma vida tranquila.
Os conceitos de domesticidade, comodidade, conforto vistos até então são os alicerces para
algo mais inovador, que marca uma nova filosofia a partir das revoluções europeias - a
individualidade. O século XIX é o divisor de águas entre a o público e privado estabelecendo
diferenças entre a esfera masculina e a esfera feminina; o ideal burguês era o de homens públicos e
mulheres domésticas. Isto reforça que o modo de vida feminino deveria ser exclusivamente privado;
cabendo a mulher o comando da vida intima familiar, bem como as cerimônias cotidianas e as
relações da família com o mundo exterior. A casa vitoriana, Figuras 5 e 6, é o ícone desse tempo;
dividida por territórios e extrema racionalidade, os interiores eram formados por um espaço publico
2 Toucador é o modelo de ambiente feminino, lugar aconchegante ornamentado com os pertences mais íntimos da mulher.
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de representação, um espaço privado para a família e um espaço de rejeição, aquele destinado aos
criados. Dentro da casa o indivíduo prepara-se para incorporar a persona que apresentará ao mundo
exterior, de maneira que as fronteiras entre público e privado, entre os espaços internos e externos
devem ser muito bem definidas. Os interiores domésticos expressavam os hábitos pessoais e de
consumo, sua aparência era diretamente ligada à identidade de seus moradores. Nos ambientes era
indispensável a presença de tapeçarias, cortinas e pinturas; as poltronas e sofás deveriam ser sempre
estofados. A riqueza nos detalhes do arranjo e ornamentos servia para diferenciar e expressar a
individualidade de cada grupo familiar. Nesse período, vários manuais de comportamento que
foram desenvolvidos explicando como a mulher deve organizar o tempo e ser bem sucedida nos
afazeres domésticos.
Figura 5. J. O'brien, interior vitoriano, Lembrando.
Figura 6. J.O'brien, interior vitoriano, Ateliê do artista.
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No fim do século XIX e inicio do XX o objetivo fundamental é a economia de tempo nas
tarefas domésticas – cada vez mais há menos serviçais ao alcance da classe média e, as mulheres
iniciam sua luta por direitos, entre eles, o de pertencer à camada urbana assalariada. E neste
momento o aparato de invenções tecnológicas, Figura 7, pressupõe menos trabalho, mais tempo
livre e conforto.
Ao longo do século XX, a vida doméstica ficou menos formal e como resultado disso o
espaço interior mais flexível. Os novos aparelhos domésticos reduziram muito o trabalho pesado do
dia-a-dia; no entanto, a quantidade de tempo gasto não foi necessariamente reduzido.
Eletrodomésticos como aspiradores de pó, Figura 8, e máquinas de lavar serviram para realçar a
estética da limpeza que era a característica desse tempo. Os principais jornais de comércio da
década de 30 informavam que a mulher era responsável por 90 por cento da compra de
equipamentos e mobiliario para a casa.3
Figura 7. Publicidade, máquina de costura Singer. Figura 8. Publicidade, aspirador Vampyr AEG, 1924.
3 Geffrye Museun, Choosign the Chintz, Special Exhibition, London, 2009.
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Após os anos de guerra nos quais politicas públicas incentivavam que as donas de casa
trocassem seus afazeres domésticos por uniformes, o lar voltou a ser o território de dominio
feminino nos anos 50, com o retorno dos soldados para suas casas era necessário que a mulher
deixasse o posto que ocupava no mercado de trabalho e neste sentido, o papel da mulher , esposa
como mãe e dona de casa passa readquirir ênfase. (Alonso, 2013, p.32)
A dona de casa americana era a imagem idealizada da mulher perfeita e causava inveja à
todas as mulheres do mundo; como dona de casa e mãe ela era respeitada como igual pelo marido,
estava livre para escolher roupas, carros, eletrodomésticos; tinha tudo que uma mulher sempre
sonhara em ter.
Figura 7. Publicidade, móvel de cozinha, anos 50.
Nos anos 1950 e 60, a ênfase dos interiores domésticos estava na modernidade que foi
representada por arranjos condizentes ao estilo de vida dinâmico expressando praticidade e
facilidade nas tarefas cotidianas. O plano aberto caracterizava o interior das habitações e, a cozinha
foi mudando de um ambiente de trabalho separado para ser parte integrante da sala de estar. A
Figura 11, exemplifica a ideia moderna de morar – um ambiente funcional com um arranjo espacial
que proporciona o dinamismo das funções domésticas.
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Figura 8. Unidade de habitação Marseille, 1954.
Um outro momento significativo deste contexto acontece na metade dos anos 60; é o
periodo dos movimentos sociais e estudantis, ocasião na qual as mulheres são mais ativistas e
começam a questionar seu papel social, cultural e econômico. As mulheres não dispensam seus
cuidados de mãe e donas de casa, mas também estão propensas a ter suas carreiras. Reinvindicam
respeito das diferenças existentes no tratamento dos generos e sua participação em cargos
administrativos com salários igualitários. Gradativamente, elas ganham mais espaço no mercado de
trabalho e conquistaram mais liberdade pessoal e financeira; e nesse momento a mulher é
reconhecida como consumidora independente de seu marido, capaz de decisões que influenciariam
sua familia e sua casa. Há claramente uma noção de maior liberdade e um maior espirito de
emancipação entre as pessoas, se na decada de 50 a mulher era instruida a pedir conselhos para o
marido, fica evidente que a mídia, ao acompanhar os movimentos e reinvindicações feministas,
passa a prorizar o fato de que a palavra final, no que diz respeito a compras e escolhas para o lar é
da mulher. (Alonso, 2013, p. 51)
As escolhas variam imensamente dentro e fora do lar; a mulher passa a ter controle acerca
do corpo e de suas atividades; nada mais obvio, portanto, do que espelhar essa nova abertura
também no ambiente doméstico – com cores vivas, poltronas e cadeiras de material sintético,
ambientes futuristas.
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Figura 9. Publicidade para a revista Elle, 1969.
Ao longo das décadas a mulher passa a conquistar cargos cada vez mais altos no mercado de
trabalho consolidando, assim, sua autonomia econômica; mas o papel de provedora do bem estar
familiar permanece sob seus cuidados. As tarefas domésticas agora são compartilhadas entre os
membros da família e coordenadas pela mulher.
Figura 10. Ambiente doméstico, sala de estar, anos 80.
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Os avanços tecnológicos auxiliam as tarefas do dia-a-dia e possibilitando que a fronteira
entre o local de moradia e o local de trabalho seja ultrapassada; destacando a propriedade hibrida do
ambiente doméstico, assim como dos equipamentos e objetos que compõe seu arranjo. Os avanços
tecnológicos auxiliam as tarefas do dia-a-dia e destaca a propriedade hibrida do ambiente
doméstico, assim como dos equipamentos e objetos que compõe seu arranjo.
Figura 11. Ambiente doméstico, família na cozinha, anos 90.
As mudanças sociais, culturais e econômicas que marcaram os últimos anos do século XX
portaram inovações de comportamento, linguagens e símbolos; como a conformação de novos
grupos familiares que se diferenciam da tradicional família mononuclear, o compartilhamento das
tarefas domésticas entre homens e mulheres, as diversas categorias de trabalho e, os avanços
tecnológicos, principalmente no que diz respeito às possibilidades de comunicação, que
influenciaram diretamente o modo de morar e beneficiaram o papel feminino no ambiente
doméstico facilitando seu desempenho de mãe, esposa e profissional. A mulher contemporânea é
multitarefada; dividindo seu tempo do cotidiano entre o trabalho, filhos, a administração da casa e o
orçamento doméstico, a vida pessoal. No habitar doméstico papel feminino, continua sendo a
bússola para as mudanças de comportamento e, portanto de apropriação e uso dos ambientes e
objetos.
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Referencias
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Domestic inhabitation – the feminine representation and its influence on the consumption of goods Abstract: With a prominent role in the composition of the domestic inhabitancy, women aren´t only part of the family but protagonist of the organizational evolution of the home and of a new lifestyle based on comfort and welfare. The feminine representation is perceived at different moments during the progress of the modern domestic inhabitancy. World’s economic renaissance at the second half of the 20th Century generates a new social order based on consumption, with wide availability of products and a new esthetic style focused on domesticity. This study presents a selected iconography from all kinds of sources – paintings, advertisings, movies, photography – that portrays the feminine representation at the domestic inhabitancy and its influence on the consumption of the objects responsible for the spatial organization of the arrangement systems and of the ambience. Keywords: Feminine representation; Domestic Inhabitation; Goods and Consumption.
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