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Delineamento amostral de estudos de fauna

Marcos Vinícius Carneiro Vital

http://marcosvital.wordpress.com/

Universidade Federal de Alagoas

I ENCONTRO SOBRE A FAUNA SILVESTRE NO

LICENCIAMENTO AMBIENTAL ESTADUAL Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

Objetivos

- Importância do delineamento amostral emestudos de licenciamento.

- Indicações gerais do que é necessário em umbom delineamento.

- As consequências de um delineamento ruim!

- Panorama básico das análises (a seguir).

Começando do final: por onde seguir depois disso?

1 – Livros de cabeceira:

- Medindo a Diversidade Biológica, A.E. Magurran.

- Ecological Methodology, C.J. Krebs.

- Métodos de Estudo em Biologia da Conservação& Manejo da Vida Silvestre, L. Cullen et. al.

- Numerical Ecology, P. Legendre & L. Legendre

Começando do final: por onde seguir depois disso?

2 – Alguns artigos para se ler (e reler):

- Twelve guidelines for biological sampling inenvironmenral licensing studies. G. Ferraz,

Natureza & Conservação 10(1): 20-26, 2012.

- Pseudoreplication and the design of ecologicalfield experiments. S.H. Hulbert, Ecological Monographs

54(2): 187-211, 1984.

- Planejando estudos de diversidade e riqueza:uma abordagem para estudantes de graduação.S.C. Dias, Acta Scientiarum 26(4): 373-379, 2004.

- O que ganhamos confundindo riqueza deespécies e equabilidade em um índice dediversidade. A.S. Melo, Biota Neotropica 8(3): 21-27,

2008.

As etapas típicas de um estudo de fauna:

- Planejamento.

- Coleta.

- Análise (e redação).

E os problemas típicos destes estudos:

- Planejamento.

- Sem objetivos claros;

- Sem previsão de como a análise será feita;

- Repetição de trabalhos anteriores;

- Coleta.

- Momento de maior esforço;

- Análise (e redação).

- Sem conexão direta com os objetivos;

- Excesso e redundância;

- Análises mal utilizadas e/ou inadequadas.

Características de um bom planejamento:

- Clareza de objetivos.

- Qual o propósito do estudo?

- Delineamento adequado.

- Conectado aos objetivos;

- Visando as análises e seus pressupostos;

- Levando em consideração particularidades(organismos, biomas, métodos de coleta);

- Observando algumas normas básicas.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

1 – A conexão com os objetivos

- Muita cautela com objetivos distintos!

- Diferenças entre organismos no espaço;

- Diferenças entre os organismos no tempo;

- Diferenças de esforço amostral necessário;

- Diferenças nos métodos de coleta;

- Diferenças nos métodos de análise.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade dasUnidades Amostrais.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- No espaço e no tempo: a sazonalidade.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- No espaço e no tempo: a sazonalidade.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- No espaço e no tempo: a sazonalidade.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- No espaço e no tempo: a sazonalidade.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- No espaço e no tempo: a sazonalidade.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- Dependente da biologia dos organismos, dascaracterísticas do local de estudo, etc.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- Amplitude relevante das variáveis.

X

Y

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- Amplitude relevante das variáveis.

X

Y

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- Amplitude relevante das variáveis.

- Unidades amostrais são padronizadas.

- Tempo, volume, área, etc.

- Ficar atento para treinamento e experiência!

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- Amplitude relevante das variáveis.

- Unidades amostrais são padronizadas.

- Esforço adequado!

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Esforço adequado!

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Esforço adequado!

Delineamento amostral para estudos de fauna:

2 – As necessidades básicas de uma amostragem

- Independência e Representatividade.

- Amplitude relevante das variáveis.

- Unidades amostrais são padronizadas.

- Esforço adequado!

- No caso de riqueza de espécies, rarefaçãopode ajudar (ou não... mais a seguir).

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: levantamento.

- Uso de métodos complementares.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: levantamento.

- Uso de métodos complementares.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: levantamento.

- Uso de métodos complementares.

- Mas cuidado nas análises!

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: levantamento.

- Uso de métodos complementares.

- Importância das listas e representações simples.

0

5

10

15

20

25

Abundância

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: levantamento.

- Uso de métodos complementares.

- Importância das listas e representações simples.

- Ênfase exagerada em índices e estimadores.

- Use apenas se necessário;

- Escolha um, não use todos;

- Interprete!

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: levantamento.

- Uso de métodos complementares.

- Importância das listas e representações simples.

- Ênfase exagerada em índices e estimadores.

- Ênfase exagerada nas análises.

- De novo: apenas se necessário;

- Evite redundância;

- Análises são ferramentas;

- Interprete!

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: monitoramento.

- Planejado após o levantamento.

- Use as informações do levantamento;

- Mas não deixe de lado a literatura!

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: monitoramento.

- Planejado após o levantamento.

- Espécies indicadoras.

- De novo, use a literatura!

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: monitoramento.

- Planejado após o levantamento.

- Espécies indicadoras.

- A importância do controle.

- Antes e depois não é o suficiente!

- Desenho BACI e similares.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: monitoramento.

- A importância do controle.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: monitoramento.

- A importância do controle.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: monitoramento.

- A importância do controle: BACI.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: monitoramento.

- A importância do controle: BACI.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

3 – As necessidades específicas: monitoramento.

- A importância do controle: BACI

Delineamento amostral para estudos de fauna:

4 – Analisando e redigindo.

- De novo: evite redundância!

- Tamanho não é sinônimo de qualidade;

- Se algum resultado não é usado para sediscutir e/ou concluir algo: ou é inútil ou foiusado sem conhecimento adequado.

Delineamento amostral para estudos de fauna:

4 – Analisando e redigindo.

- De novo: evite redundância!

- Atente para representações adequadas dosresultados.

- Os gráficos estão apresentados corretamentee com um mínimo de qualidade?

- Todos os “pedaços” necessários foramapresentados?

Delineamento amostral para estudos de fauna:

4 – Analisando e redigindo.

- De novo: evite redundância!

- Atente para representações adequadas dosresultados.

- Confira se há conexão dos resultados com osobjetivos.

Análise de dados ecológicos em programas de monitoramento

Marcos Vinícius Carneiro Vital

http://marcosvital.wordpress.com/

Universidade Federal de Alagoas

I ENCONTRO SOBRE A FAUNA SILVESTRE NO

LICENCIAMENTO AMBIENTAL ESTADUAL Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

Monitoramento de fauna

1 – De novo os objetivos!

- Escolha do objeto de estudo.

- Riqueza?

- Diversidade?

- População de uma espécie ou grupo?

Monitoramento de fauna

2 – Uma visão geral de índices e análises.

- Diversidade de espécies.

- Riqueza e equabilidade.

Riqueza: número de espécies.

Monitoramento de fauna

Equabilidade: distribuição das abundâncias relativas.

Monitoramento de fauna

Monitoramento de fauna

2 – Uma visão geral de índices e análises.

- Diversidade de espécies.

- Riqueza e equabilidade.

- Os índices apresentam maneiras de medí-la.

- Mas como escolher?

- Um exemplo: Shannon X Simpson

- H’ = -Σ(piln(pi))

- D = Σ(pi2)

O exemplo: comparando os ambientes A e B

O exemplo: comparando os ambientes A e B

- Ambiente A: 55 espécies, 555 indivíduos.

- Shannon: 3.669

- Simpson: 0.041

- Ambiente B: 47 espécies, 1105 indivíduos.

- Shannon: 3.498

- Simpson: 0.0295

O exemplo: comparando os ambientes A e B

Monitoramento de fauna

2 – Uma visão geral de índices e análises.

- Diversidade de espécies.

- Riqueza de espécies.

Monitoramento de fauna

2 – Uma visão geral de índices e análises.

- Diversidade de espécies.

- Riqueza de espécies.

- Estimadores e curvas de rarefação.

Monitoramento de fauna

2 – Uma visão geral de índices e análises.

- Diversidade de espécies.

- Riqueza de espécies.

Monitoramento de fauna

2 – Uma visão geral de índices e análises.

- Diversidade de espécies.

- Riqueza de espécies: cuidado com a escala!

Monitoramento de fauna

2 – Uma visão geral de índices e análises.

- Diversidade de espécies.

- Riqueza de espécies: cuidado com a escala!

Curva de acúmulo de espéciesPermite estimar a riqueza para valores

intermediários de esforço amostral

Riq

uez

a ac

um

ula

da

1 2 3 4 5 6 7

20

15

10

5

Número

3 7 6 4 7 5 1

2 2 3 4 6 5 1

1 2 3 4 5 6 7

20

15

10

5

Monitoramento de fauna

2 – Uma visão geral de índices e análises.

- Diversidade de espécies.

- Riqueza de espécies.

- Estimativas de tamanho populacional.

Monitoramento de fauna

2 – Uma visão geral de índices e análises.

- Diversidade de espécies.

- Riqueza de espécies.

- Estimativas de tamanho populacional.

O método de Liconln-Petersen:

- A boa e velha regra de três.

𝑁 =𝐶 ∙ 𝑀

𝑅N = população que desejamos estimar C = número de indivíduos capturados

M = número de indivíduos marcados R = número de invidíduos re-capturados

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