Imunidades Das Mucosas

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IMUNIDADE DAS MUCOSAS

Marian Bittencourt

Suzane Flores

Tayná Pires Dobner

Relembrando... Órgãos linfóides primários: Produção, diferenciação e

maturação de linfócitos B e T

Timo, medula óssea, bursa de fabricius e placas de peyer

Órgãos linfóides secundários: Ambiente no qual os linfócitos interagem entre si, com outras células e antígenos

Linfonodo, baço e MALT

Mucosas Junção de camadas de tecido epitelial e conjuntivo que

fazem revestimento interno das cavidades do corpo que tem contato com o meio externo

Associado a funções fisiológicas muito importantes

As mucosas são revestidas por uma camada epitelial seguida de lâmina própria, podendo ter uma camada muscular seguida da camada submucosa

Possui glândulas e células associadas que fazem secreção de muco

Sua integridade é mantida pela remoção ativa de bactérias feita pelas regiões em questão

MALT: Tecido Linfóide Associado a Mucosas Tecidos linfóides não encapsulados associados as

mucosas

Função de regular a imunidade

Grande secretor de IgA

Situado em regiões propícias a contatos com antígenos

Componentes do MALT: Principais

GALT – Tecido linfóide associado ao trato gastro

intestinal

BALT e NALT – Tecido linfóide associado ao trato

respiratório

Tecido linfóide associado ao trato geniturinario

Tecido linfóide associado aos ductos das glândulas

Sítios indutores e efetores Indutores: Locais onde os antígenos são processados e a

resposta imune iniciada – placas de peyer, tonsilas,

folículos linfóides

Efetores: Locais onde anticorpos e respostas mediadas

por células são montadas - lâmina própria e linfócitos

intraepiteliais

Componentes celulares do MALTLinfócitos Intraepiteliais

Encontrados no epitélio, mais de 90% são linfócitos T

Predominantes são CD8+ (cerca de 80%)

Componentes celulares do MALTLinfócitos da lâmina própria

Possui população mista de linfócitos: B e T

Linfócitos T: predominantes CD4+

Linfócitos B ativados

Células de defesa como: macrófagos, eosinófilos e

mastócitos

Componentes celulares do MALTFolículos linfóides associado a mucosas

Folículos linfóides são uma forma mais “organizada”

do tecido linfóide

Pode conter centro germinativo

Região central rica em células B e possui um pequeno

número de células CD4+

Ex: Placas de Peyer e tonsilas palatinas

Mecanismos imunológicos protetores de superfície Existem dois tipos de mecanismos protetores que

agem de formas distintas:

Exclusão imune: IgA e IgM

Eliminação imune: IgE e IgG

Exclusão imune: IgA É predominante nas mucosas, principal imunoglobulina

atuante

Principal função é neutralizar e previnir a aderência de antígenos (principalmente bactérias e vírus)

Sintetizada e secretada por plasmódios – estimulada por citocinas de Th2

Secretada na lâmina própria como dímero unido por uma cadeia J

Eliminação imune: IgE

Atua na destruição de antígenos que penetram a barreira epitelial

Desencadeiam resposta inflamatória

Serve como sistema de apoio da IgA – se a IgA falhar pode disparar a IgE

Mecanismo de captação do antígeno: Placas de Peyer

Células M associadas ao epitélio do folículo

Captação de antígenos por endocitose e fagocitose

Transporta para antígeno do lúmen para lâmina própria - transcitose

Placa de Peyer possui centros germinativos agrupados com células B que vão reconhecer o antígeno

Interação célula B-antígeno-Th2

Th2 libera citocina que participam na mudança de classe IgM para IgA

Na lâmina própria as células B liberam a IgA

Receptor de imunoglobulina polimérico (Receptor Poli-Ig) –se adere a IgA

Permite a passagem da IgA até o lúmen intestinal

Epitélio transporta a IgA secretora por transcritose até o lúmen

Receptor Poli-Ig é clivado – formando o componente secretório

Componente secretório possibilita a aderência da IgA secretora no muco

IgA vai agir neutralizando os antígenos e previnindo infecções

Tecido linfóide associado a mucosas: GALT Trato gastrointestinal é a principal porta de entrada de

antígenos – por um sistema tão estudado e especializado

Composto por

Placas de Peyer

Folículos linfóides isolados – apêndice cecal

Tecido linfóide na lâmina própria

GALT: Placa de Peyer Divididas em 2 tipos:

Ileocecais que são órgãos linfóides primário – loca de proliferação de células B – Nos ruminantes, principalmente cordeio

Jejunais: Atuam como órgão linfóide secundário

GALT: Placas de Peyer

GALT: Apêndice Cecal Fundo cego do intestino grosso preenchido por tecido

linfóide

Existem pessoas que consideram órgãos vestigiais

GALT: Apêndice Cecal

Imunidade do Trato Respiratório VAS -> principal porta de entrada dos

microorganismos -> ampla cobertura de mucosa -> barreira física -> agentes infecciosos, irritantes, etc

Células dendríticas, macrófagos, LT -> epitélio das vias aéreas e alvéolos

Trato respiratório -> nódulos linfóides na parede dos brônquios -> linfócitos por todo pulmão

Mecanismos de defesa VAS Inespecíficos:

Enzimas muco

Transporte muco-ciliar

Tosse

Anatomia

Tapete mucoso (interferon, lisozima, lactoferrina)

Mecanismos de defesa VAS Específicos:

Células de defesa (macrófagos, linfócitos…)

Anticorpos

Mediadores inflamatórios

Memória antigênica

NALT Antígeno -> linfócitos B -> migração -> mucosa ->

plasmócitos -> imunoglobulinas

NALT ≠ GALT -> quantidade de material estranho

Pulmões são mais estéreis

Células que compõem NALT Células linfóides mucosa orofaríngea

Linfonodos cervicais

Anel linfático de Waldeyer:

TF – tonsilas faríngeas

TT – tonsilas tubáreas

TP – tonsilas palatinas

TL – tonsila lingual

Tonsilas Órgão linfóide secundário

Subepitélio folículos linfóides secundários

Cercado por regiões inter-foliculares

Estruturas projetadas para processar antígenos presentes em sua superfície

Mecanismos específicos de defesa do trato respiratório superior

Antígenos -> mucosa -> células apresentadoras de antígenos -> apresentação linfocitos T auxiliares -> liberação mediadores -> interaçao celular

Mecanismos específicos de defesa do trato respiratório superior

APROFUNDANDO ...

Macrófagos -> criptas amigdalianas -> ativação linfócitos B nas TP -> produção IgM -> diferenciação celular -> produção IgA e IgG -> meio externo

Mecanismos específicos de defesa do trato respiratório superior Células produtoras de IgA -> 3 caminhos:

Permanecer nos tecidos das TP produzindo anticorpos

Diferenciar-se em células de memória

Colonizar outras áreas linfóides através das vias eferentes

IgA – Produção de Ig no anel linfático de Waldeyer

IgA sangue ≠ IgA mucosa

TP e TF -> produção de IgA e IgG

IgA sintetizada glândulas e mucosas por plasmócitos -> 2 formas:

IgA sérica -> monômero não ligado à cadeia

IgA secretória -> mucosas e secreções

IgA IgA secretória:

Trato aéreo

Trato aéreo-digestivo

Defesa antígenos externos

Inibe crescimento e lise bacteriana

Bloqueia capacidade de aderência bacteriana

Evita colonização mucosas

Resumindo:

Impede que os antígenos entrem em contato com meio interno do organismo

Tecido linfóide associado ao trato geniturinário

Processo de defesa similar aos outros

Na região vaginal e no cérvix possui IgA predominante

Na região do útero: IgG predominante

Tolerância oral

Bactérias comensais no intestino necessárias a digestãoe absorção.

Inexistência de resposta periférica específica

Antígenos não induzem a uma resposta imune

Anergia: Organismo não reage a determinada substância

Deleção de células T antígeno-específicas

Geração de células T reguladoras

Células TCD4 reguladoras produzem TGF-Beta (Fator de crescimento de transformação)

TGF-Beta estimula a troca da classe B para IgA

Ocorre a produção de imunidade ativa que favorece a tolerância de céluas T efetoras

Produção de anticorpos IgA não inflamatórios

Tratamento de doenças auto-imunes em animais

Doenças relacionadas às mucosas

A maioria dos patógenos, sejam eles bactérias, vírus, fungos ou parasitas, penetra no organismo humano através de uma superfície de mucosa, como as que limitam os tratos respiratório, gastrointestinal e geniturinário;

AIDS, gonorréia, meningites bacterianas e virais;

tuberculose, diarréias infecciosas, febre tifóide, esquistossomose, hepatites, câncer de colo uterino causado pelo papilomavírus; poliomielite e as gripes e resfriados

Doença relacionada ao sistema reprodutor BRUCELOSE (machos e fêmeas):

A Brucelose Canina é causada pela bactéria Brucellacanis , porém há relatos de infecção por Brucellaabortus , Brucella suis e Brucella melitens .

Sinais Clínicos: Os principais sinais clínicos da brucelose canina se associam com o trato reprodutor;

Aumento generalizado dos nódulos linfáticos.

Nas fêmeas ocorrem infecções intra-uterinas que frequentemente levam cadelas prenhas ao aborto . Corrimentos vaginais, tecidos placentários e fetos abortados contêm grande número da bactérias;

Nos machos, o transtorno mais comum é a infertilidade (atrofia testicular e dermatite escrotal), e expelem grande quantidade de Brucella canis no líquido seminal;

Tratamento: Até o momento não se conhece tratamento eficaz, fazendo-se uso de antibioticoterapia;

Profilaxia: Não existem vacinas disponíveis, é feito castração e isolamento de cães positivos;As fêmeas devem ser examinadas várias semanas antes do cio;

A brucelose é uma zoonose, atenção aos funcionários e com manipulação dos animais

Doenças relacionadas ao sistema respiratório

Edema dos seios nasais – sinusite infecciosa por Mycoplasmagallisepticum. Observar como os seios estão aumentados de volume devido a acumulação de exsudado mucopurulento.

Doenças relacionadas ao sistema respiratório Rinite

É uma inflamação das mucosas que revestem as cavidades nasais devido a processos alérgicos. Como conseqüência da inflamação, as células passam a produzir excesso de muco, que escorre pelas narinas.

Rinite pseudo-membranosa num caso de febre catarral maligna

Desvio da tromba – rinite atrófica.

Doenças relacionadas ao sistema respiratório Pneumonia

A pneumonia é uma infecção pulmonar causada por diversas espécies de bactérias e, às vezes, por fungos. A bactéria se instala nos pulmões, provocando aumento da secreção de muco e ruptura das paredes dos alvéolos. Os sintomas da doença são febre alta, falta de ar, dores no peito e expectoração de catarro viscoso e, às vezes, sanguinolento.

Pneumonia supurada por Rhodococcus equi em potro. É possível observar após corte do pulmão, o material purulento contido nos abcessos.

Referências Bibliográficas JANEWAY, Charles A. Imunobiologia de Janeway. 7ed.

São Paulo: Artmed, 2010

ABBAS, Abul K. Imunonologia Molecular e Celular. 6ed. Rio de Janeiro: Elseiver, 2008

TIZARD, Ian R. Imunologia Veterinária: Uma Introdução. 6ed. São Paulo: Roca, 2004

Acessado dia 10 de maio -http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio19/19_6.pdf

Acessado dia 10 de maio http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/acervo_port.asp?id=232

OBRIGADO!

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