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INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA

AÇÕES INOVADORAS

UNIEMP

São Paulo, 31 de março 2005 Eng. Luiz Henrique Ceotto

lhceotto@inpar.com.br

BREVE HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO TECNOLGIA

DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS

EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS

• Confunde-se com a evolução da tecnologia das estruturas e das vedações.

• Durante séculos a função estrutura se confundia com a função vedação.

• Caracterizou-se por uma evolução muito lenta com duas “revoluções”.

EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS

Época Clássica

Pedra, “Cantaria”

Antiguidade

Uso daAlvenaria

Anos 500 1453 - Tomada de Constantinopla

Idade Moderna

1789

Alvenaria Estrutural

Primeira Revolução

Idade média

Tijolo argamassado

EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS

ALVENARIA ESTRUTURAL “MODERNA”

Idade Contemporânea 1927

ESTRUTURAS RETICULADAS(CONCRETO ARMADO)

ALVENARIA ESTRUTURAL

Segunda Revolução

1789Ed. A Noite

(Rio de Janeiro)

ALVENARIA ESTRUTURAL “MODERNA”

• Utilizou o concreto armado para as lajes e reforços estruturais localizados. Aumentou-se a resistência dos blocos e reduziu-se a espessura das paredes.

• Lajes de concreto propiciaram melhor contraventamento e maior facilidade de construção.

• De 1927 a 1970 se desaprendeu a construir em alvenaria estrutural. Praticamente só se construía no interior ou em sobrados de pequena altura.

• Evolução: precisão dimensional e resistência dos blocos. Uso de pré-moldados em janelas e escadas.

• Vantagens: custos muito competitivos para edifícios até 12 pavimentos.

• Limitações: vãos médios a pequenos e poucas possibilidades de mudança de lay-out. Modelos matemáticos pouco satisfatórios.

• Limites culturais (altura dos edifícios). Aparecimentos de fissuras com a redução da espessura das paredes.

CONTRAMARCO PRÉ-MOLDADO

CONTRAMARCO PRÉ-MOLDADO

CONTRAMARCO PRÉ-MOLDADO

BATENTE ENVOLVENTE

BATENTE ENVOLVENTE

BATENTE ENVOLVENTE

ESTRUTURAS RETICULADAS

• Tornou independente a função estrutural da função vedação. Modificou completamente a maneira de se construir, do projeto a execução das obras. Segunda grande revolução na maneira de se construir.

• Vantagens: possibilidade de grandes vãos e de edifícios de grandes alturas. Custos competitivos para edifícios acima de 8 pavimentos. Modelos matemáticos mais simples do que os de alvenaria mas com grande precisão.

• Limitações: custos mais elevados para edifícios de pequenas alturas. As partes horizontais da estrutura ficaram mais pesadas. Introduziu-se novos fenômenos como a interação estrutura-alvenaria e a deformação por fluência.

ESTRUTURAS RETICULADAS • Nos primeiros anos que se seguiram a 1927 houve grande

mudança nas técnicas, no planejamento e na organização da produção dos edifícios.

• Após 10 a 15 anos, esse conhecimento se estabilizou e, do ponto de vista sistêmico, ficou com evolução lenta até os anos 90.

• Houve alguma evolução nos demais sub-sistemas (modificação do tipo de material) mas nada comparável a evolução das estruturas.

• Pode-se dizer que até meados de 1990 se construía da mesma forma que na década de 30.

• Os costumes da população mudaram muito de 1930 aos anos 2000. Isso evidenciou gradativamente a discrepância entre a evolução da estrutura e a não evolução dos demais sub-sistemas.

• Aumento progressivo das patologias nos edifícios.

Evolução das características dos edifícios nas últimas décadas

Anos 70 a 80 Anos 90 e até hoje• Edifícios de 15 a 18

pavimentos.• 1 a 2 vagas por apartamento.• Poucas possibilidades de

alterações de arquitetura.• Poucos eletrodutos embutidos

nas paredes.• 20 a 24 meses de construção.• Juros de produção baixos.• Baixa demanda por questões

ambientais.• Tolerância com produtos

artesanais.

• Edifícios de 25 a 35 pavimentos.• 3 a 4 vagas por apartamento.• Grande flexibilidade de lay-out.• Grande quantidade de itens

embutidos nas paredes (eletrodutos, redes de som e computador, aspirador, etc.).

• 20 a 24 meses de construção.• Juros de produção muito altos.• Alta demanda por questões

ambientais.• Mercado altamente competitivo.• Cliente muito exigente.

Evolução das estruturas dos edifícios nas últimas décadas

Anos 70 a 80 Anos 90 até hoje• Estruturas aporticadas.• Vigas abaixo das paredes.• Vãos de 4 a 5 metros.• Fck entre 150 e 180 Kgf/cm2.• Formas e escoramento de

madeira.• Eletrodutos embutidos no

concreto.• Tolerância com baixa

produtividade.• Cimento e concreto com baixa

aditivação (fração clinqueralta}.

• Estruturas com grandes lajes e poucas vigas.

• Paredes sobre lajes com vãos de 6 a 8 metros.

• Fck entre 30 e 50 Mpa.• Formas em paineis

estruturados e escoramento metálicos.

• Demanda por alta produtividade.

• Cimento e concreto com altaaditivação (fração clinquerbaixa).

Com a evolução as estruturas ficaram mais deformáveis e

menos porosas!!!!

Aumentou-se o descompasso entre a evolução das estruturas com a “estagnação” da tecnologia das

vedações!!!Como vamos permitir a estrutura

se deformar mais?

ESTRUTURA APORTICADA

FORMA DE PLÁSTICO PARA LAJES NERVURADAS

LAJES NERVURADAS POSSIBILITAM GRANDES VÃOS

EVOLUÇÃO DAS VEDAÇÕES

PASSAGEM DE ELETRODUTOS SEM RASGAR PAREDES

VERGAS PRE-FABRICADAS

USO DE PREFABRICADOS PARA FIXAÇÃO DE PORTAS

GABARITO DE PORTAS E JANELAS

EXECUÇÃO DA ALVENARIA COM CAIXAS PRÉ-FIXADAS

INTERFERÊNCIA COM ELETRODUTOS JUNTO AO QDL

BAIXA TOLERÂNCIA A ERROS

DIFICULDADE SEM REGIÕES DE GRANDE DENSIDADE DE TUBOS

EVOLUÇÃO DAS VEDAÇÕES

• As estruturas precisam se deformar mais.• Sistemas de vedações rígidos (alvenaria) são

incompatíveis com as novas estruturas.• Vedações em alvenarias tornam muito dificil a

introdução de grandes quantidades de tubos no seu interior.

• Alvenarias não facilitam a precisão dimensional devido ao “ponto da fase úmida”.

• São processos de baixa produtividade, artezanais e que dependem de grande esforço físico.

• São pesadas e representam 20% do peso de um edifício.

As alvenarias são boas ou ruins?

Não são boas nem ruins. São incompatíveis com as necessidades modernas da construção!!!

VEDAÇÕES – A REVOLUÇÃO

• A adoção do dry-wall vai tirar o atraso no desenvolvimento das vedações em relação as estruturas.

• Compatibiliza o funcionamento das estruturas com o das vedações.

• Torna uma “montagem industrial” uma parte da obra muito artezanal e de baixa produtividade.

• Possibilita precisão dimensional pela eliminação da etapa “molhada”.

• Possibilita o dimensionamento das vedações para diversos requisitos de desempenho.

DRY WALL – A grande revolução!!!

ELETRODUTOS NO ENTRE-FORRO E NO DRY WALL

COLOCAÇÃO DO ISOLANTE ACÚSTICO

PORTA PRONTA FIXADA COM RESINA DE POLIURETANO

Porque resistimos tanto a mudanças na Construção Civil no Brasil?

Isso acontece com outras indústrias?

CONCLUSÃOAs estruturas e/ou as vedações sempre comandaram as revoluções da Construção Civil no mundo. A construção seca, de certa forma, é uma ação no dos

demais sub-sistemas (principalmente vedações) no sentido de acompanharem a evolução estrutural que está acontecendo.A revolução da construção seca é decorrente também de uma imposição econômica. É contraproducente se opor a realidade econômica.Está propiciando a “Industrialização Sutil” da construção de edifícios.Poderá abrir excelentes perspectivas de novos produtos e serviços.

FIM