ISAT SEMANA ACADÊMICA MAIO DE 2013 A CARTOMANTE … · A CARTOMANTE EM TRÊS GÊNEROS ORIENTAÇÃO...

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ISAT – SEMANA ACADÊMICA

MAIO DE 2013

A CARTOMANTE

EM TRÊS GÊNEROS

ORIENTAÇÃO

Beatriz Damasceno

José Manuel da Silva

ALUNOS

Alan de Almeida Dalles

Cristiana Pereira da Silva

Lídia Mara Soares Luz

Louise Ferreira da Rocha

Rosiel Rosa Vianna

1 Objetivos

2 Autor e Obra

3 Elementos das HQ

4 Comparação dos gêneros

5 Aplicabilidade em sala de aula

ROTEIRO

OBJETIVOS

● Analisar as adaptações

do clássico conto

A Cartomante,

de Machado de Assis,

para HQ e cinema,

analisando sua aplicabilidade

em sala de aula.

OBJETIVOS

● Hoje em dia, o jovem está inserido em um mundo visual.

“(...) há uma nova cultura audiovisual, urbana, que se expressa de

forma dinâmica e multifacética, que responde a uma nova sensibilidade

e forma de perceber e de se expressar” (MORAN, 1992) e que atinge

intensamente os jovens. (LEITE; SAMPAIO, 2002)

(...) a linguagem audiovisual baseia-se fundamentalmente em

falar mais do que escrever, ver mais do que ler e sentir antes de

compreender. (LEITE; SAMPAIO, 2002)

(...) as novas linguagens “geram novos modos de pensar e sentir, e por

conseqüência de aprender” (Belloni, 1991). Portanto, requerem novas

formas de ensinar. (LEITE; SAMPAIO, 2002)

● Como os clássicos chegam aos alunos?

● Na análise do conto que foi adaptado para as HQs e para

o cinema, serão analisadas as diferenças entre os gêneros.

● O trabalho foi dividido em etapas.

OBJETIVOS

► Autor e obra

► Elementos das HQ

► Comparação dos gêneros

► Aplicabilidade em sala de aula

AUTOR E OBRA

MACHADO DE ASSIS

[Rio de Janeiro – 1839-1908]

Escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da

literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros

literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista,

folhetinista, jornalista, e crítico literário. Urbano, aristocrata,

cosmopolita, passou longe do nacionalismo, tendo ambientado suas

histórias sempre no Rio, como se não houvesse outro lugar.

A galeria de tipos e personagens que criou revela o autor como um

mestre da observação psicológica. Desenvolveu inconfundível

estilo desiludido, sarcástico. O domínio da linguagem é sutil e o

estilo é preciso, reticente. O humor pessimista e a complexidade do

pensamento, além da desconfiança na razão (no seu sentido

cartesiano e iluminista), fazem com que se afaste de seus

contemporâneos.

AUTOR E OBRA

Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua

pequena extensão. Mais curto que a novela ou o

romance, o conto tem uma estrutura fechada,

desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num

romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários,

o que não acontece com o conto. O conto é conciso.

(GOTLIB, 2006)

Conto é uma forma breve. Esta afirmação, que aparece

toda vez em que se tenta definir o conto, nos leva a um

conhecido ditado: “No conto não deve sobrar nada,

assim como no romance não deve faltar nada.”

(GOTLIB, 2006)

O CONTO

AUTOR E OBRA

RESUMO

A Cartomante, conto de Machado de

Assis, foi publicado em 1884. Relata

um caso de amor proibido, uma

experiência conflitante e um final

trágico dentro de uma sociedade

recatada na cidade do Rio de Janeiro.

ELEMENTOS DAS HQ

Enquadramento

Plano

Geral

Plano

Total

ELEMENTOS DAS HQ

Recordatório ou Legenda

Onomatopéia

ELEMENTOS DAS HQ

Linhas Cinéticas

ELEMENTOS DAS HQ

Metáforas Visuais

ELEMENTOS DAS HQ

Balões e Rabichos

Balão de

pensamento Balões de

fala

Grito

ELEMENTOS DAS HQ

Texto

ELEMENTOS DAS HQ

Expressividade

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Rio Antigo A casa do encontro era na antiga Rua dos

Barbonos, onde morava uma comprovinciana

de Rita. Esta desceu pela Rua das Mangueiras,

na direção de Botafogo, onde residia; Camilo

desceu pela da Guarda Velha, olhando de

passagem para a casa da cartomante. (p. 3)

Rua dos Barbonos Rua Evaristo da Veiga

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Rio Antigo A casa do encontro era na antiga Rua dos Barbonos, onde

morava uma comprovinciana de Rita. Esta desceu pela

Rua das Mangueiras, na direção de Botafogo, onde

residia; Camilo desceu pela da Guarda Velha, olhando de

passagem para a casa da cartomante. (p. 3)

Rua das Mangueiras Rua Visconde

de Maranguape

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Rio Antigo A casa do encontro era na antiga Rua dos Barbonos, onde

morava uma comprovinciana de Rita. Esta desceu pela

Rua das Mangueiras, na direção de Botafogo, onde

residia; Camilo desceu pela da Guarda Velha, olhando de

passagem para a casa da cartomante. (p. 3)

Rua da

Guarda Velha

Av. Treze de Maio

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Rio Antigo Camilo arranjou-lhe casa para os lados de Botafogo,

e foi a bordo recebê-lo. (p. 3)

Botafogo

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Rio Antigo Logo depois rejeitava a idéia, vexado de si mesmo, e

seguia, picando o passo, na direção do Largo da

Carioca, para entrar num tílburi. (p. 5)

Largo da Carioca

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Rio Antigo Logo depois rejeitava a idéia, vexado de si mesmo, e

seguia, picando o passo, na direção do Largo da

Carioca, para entrar num tílburi. (p. 5)

Largo da Carioca

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Rio Antigo Ao passar pela Glória, Camilo olhou para o mar,

estendeu os olhos para fora, até onde a água e o céu

dão um abraço infinito, e teve assim uma sensação do

futuro, longo, longo, interminável. (p. 7)

Glória

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Rio Antigo

Ao passar pela Glória, Camilo olhou para o mar,

estendeu os olhos para fora, até onde a água e o céu

dão um abraço infinito, e teve assim uma sensação do

futuro, longo, longo, interminável. (p. 7)

Glória

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Rio Antigo Lgo da Carioca

Treze

de Maio

Evaristo

da Veiga

Vde de

Maranguape

TM

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ A versão em HQ segue quase integralmente o

conto original, a menos de algumas adaptações

derivadas da transposição de um gênero em

outro. Os editores reconhecem isso na

apresentação: “É importante lembrar que alguns

trechos originais − essencialmente os

descritivos − foram adaptados para a linguagem

dos quadrinhos.”

Roteiro, desenhos e arte final

de Jo Fevereiro;

cores de Jo e Ciça Sperl.

Os editores ainda fazem um alerta importante:

“Convém ressaltar que essa linguagem não

substitui a forma original da obra, cuja leitura

permanece essencial à boa formação do leitor.”

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Hamlet observa a Horácio que há mais

cousas no céu e na terra do que sonha a

nossa filosofia. Era a mesma explicação

que dava a bela Rita ao moço Camilo,

numa sexta-feira de novembro de 1869,

quando este ria dela, por ter ido na véspera

consultar uma cartomante; a diferença é

que o fazia por outras palavras. (p. 1)

Conto - HQ

— Errou! interrompeu

Camilo, rindo. (p. 1)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ

— Aqui perto, na Rua da Guarda Velha; não passava

ninguém nessa ocasião. Descansa; eu não sou maluca.

Camilo riu outra vez:

— Tu crês deveras nessas cousas? perguntou-lhe. (p. 2)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ No princípio de 1869, voltou

Vilela da província, onde

casara com uma dama

formosa e tonta; abandonou a

magistratura e veio abrir banca

de advogado. Camilo arranjou-

lhe casa para os lados de

Botafogo, e foi a bordo recebê-

lo.

— É o senhor? exclamou Rita,

estendendo-lhe a mão. Não

imagina como meu marido é

seu amigo, falava sempre do

senhor.

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ — Bem, disse ela; eu levo os sobrescritos para

comparar a letra com as das cartas que lá

aparecerem; se alguma for igual, guardo-a e

rasgo-a... (p. 4)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ

"Quanto antes,

melhor, pensou ele;

não posso estar

assim...“ (p. 4)

— Vejamos primeiro o que é que o traz aqui. O

senhor tem um grande susto...

Camilo, maravilhado, fez um gesto afirmativo.

— E quer saber, continuou ela, se lhe

acontecerá alguma cousa ou não...

— A mim e a ela, explicou vivamente ele.

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ Também ele, em criança, e ainda depois, foi supersticioso,

teve um arsenal inteiro de crendices, que a mãe lhe incutiu

e que aos vinte anos desapareceram. No dia em que

deixou cair toda essa vegetação parasita, e ficou só o

tronco da religião (...) (p. 2)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ Vilela, Camilo e Rita, três

nomes, uma aventura e

nenhuma explicação das

origens. Vamos a ela. Os dois

primeiros eram amigos de

infância. Vilela seguiu a

carreira de magistrado. Camilo

entrou no funcionalismo, contra

a vontade do pai, que queria

vê-lo médico; mas o pai

morreu, e Camilo preferiu não

ser nada, até que a mãe lhe

arranjou um emprego público.

(p. 3)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ Palavras vulgares; mas há vulgaridades sublimes, ou, pelo

menos, deleitosas. A velha caleça de praça, em que pela

primeira vez passeaste com a mulher amada, fechadinhos

ambos, vale o carro de Apolo. Assim é o homem, assim são as

cousas que o cercam. (p. 3)

(...) mas daí a algum tempo Vilela

começou a mostrar-se sombrio, falando

pouco, como desconfiado. (p. 4)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita, como

uma serpente, foi-se acercando dele, envolveu-o todo, fez-

lhe estalar os ossos num espasmo, e pingou-lhe o veneno na

boca. (p. 3)

Imaginariamente, viu a ponta da orelha de um drama, Rita

subjugada e lacrimosa, Vilela indignado, pegando da pena e

escrevendo o bilhete, certo de que ele acudiria, e esperando-o

para matá-lo. (p. 4)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ

Ditas assim, pela voz do outro, tinham um

tom de mistério e ameaça. Vem, já, já, para

quê? (p. 5)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ Depois fez um gesto incrédulo: era a idéia de ouvir a

cartomante, que lhe passava ao longe, muito longe, com

vastas asas cinzentas; desapareceu, reapareceu, e tornou

a esvair-se no cérebro (...) (p. 5)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ

Voltou três cartas sobre a

mesa, e disse-lhe (...) (p. 6)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

Conto - HQ Vilela não lhe respondeu; tinha as feições decompostas; fez-lhe

sinal, e foram para uma saleta interior. Entrando, Camilo não pôde

sufocar um grito de terror: — ao fundo sobre o canapé, estava

Rita morta e ensangüentada. Vilela pegou-o pela gola, e, com

dois tiros de revólver, estirou-o morto no chão. (p. 7)

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Filme

O filme, na verdade, é uma releitura do conto

original, porque existem pontos no filme

diferentes do conto, mas há muitos pontos de

contato: (1) todas as personagens estão lá,

incluindo a cartomante, mas outras são

adicionadas; (2) ainda existe a intertextualidade

com Shakespeare e a discussão sobre o

sobrenatural; (3) o cenário ainda é o Rio de

Janeiro. No entanto, algumas variações foram

incluídas no roteiro.

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Filme

Camilo

[Luigi Baricelli]

Vilela

[Ilya São paulo]

Rita

[Deborah Secco]

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Filme

Antonia

[Silvia Pfeifer]

Karen

[Giovanna Antonelli]

A Cartomante

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Filme

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Filme

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Filme

Horóscopo

Conversa - Cartomante

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Filme

Conversa - Shakespeare

COMPARAÇÃO DOS GÊNEROS

O Filme

Região do

Largo da Carioca

Av. Niemeyer

Zona Sul

● Motivação

● Construção do leitor por caminhos diversos

● Trabalhar a linguagem, o vocabulário, registros

APLICABILIDADE EM SALA DE AULA

“O emprego das histórias em quadrinhos

já é reconhecido pela LDB (Lei de

Diretrizes e Bases) e pelos PCN

(Parâmetros Curriculares Nacionais).”

(RAMA et al., 2006)

APLICABILIDADE EM SALA DE AULA

Por que as histórias em quadrinhos auxiliam o ensino?

Existem vários motivos que levam as histórias em quadrinhos a terem

um bom desempenho nas escolas, possibilitando resultados muito

melhores do que aqueles que se obteria sem elas. Vejamos alguns

deles:

► Os estudantes querem ler os quadrinhos;

► Palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente;

► Existe alto nível de informação nos quadrinhos;

► As possibilidades de comunicação são enriquecidas pela

familiaridade com as histórias em quadrinhos;

► Os quadrinhos auxiliam no desenvolvimento do hábito de leitura;

► Os quadrinhos enriquecem o vocabulário dos estudantes;

► O caráter elíptico da linguagem quadrinhística obriga o leitor a pensar

e imaginar;

► Os quadrinhos têm um caráter globalizador;

► Os quadrinhos podem ser utilizados em qualquer nível escolar e com

qualquer tema.

(RAMA et al., 2006)

APLICABILIDADE EM SALA DE AULA

Arcaísmos

caleça: (cf. caleche):

variedade de carruagem com quatro rodas e dois assentos,

puxada por dois cavalos em parelha; caleça

APLICABILIDADE EM SALA DE AULA

Arcaísmos

tílburi:

é um carro de duas rodas e dois assentos (tilbureiro e passageiro), sem

boleia, com capota e tirado por um só animal. Foi inventado por Gregor

Tilbury, na Inglaterra, em 1818, e trazido ao Rio de Janeiro como

transporte coletivo, através da França, em 1830.

(...) e seguia, picando o

passo, na direção do

Largo da Carioca, para

entrar num tílburi. (p. 5)

APLICABILIDADE EM SALA DE AULA

Arcaísmos

deveras:

utilizado para dar ênfase, destacar ou realçar o teor

verdadeiro daquilo que se fala; sinônimos: em verdade,

realmente, a valer, a sério, de fato.

— Tu crês deveras nessas

cousas? perguntou-lhe. (p. 2)

APLICABILIDADE EM SALA DE AULA

cousa: (cf. coisa)

tudo o que existe ou possa existir, de natureza corpórea ou incorpórea.

Arcaísmos

Tudo lhe parecia agora melhor,

as outras cousas traziam outro

aspecto (...) (p. 7)

APLICABILIDADE EM SALA DE AULA

Intertextualidade

“A intertextualidade stricto sensu (...)

ocorre quando, em um texto, está

inserido outro texto (intertexto)

anteriormente produzido, que faz parte

da memória social de uma coletividade

ou da memória discursiva (...)”

(KOCH;BENTES;CAVALCANTE, 2008)

APLICABILIDADE EM SALA DE AULA

Intertextualidade There are more things in heaven and earth, Horatio,

Than are dreamt of in your philosophy.

(Act I, Scene V)

Há muita coisa mais no céu e na terra, Horácio,

do que sonha a nossa pobre filosofia.

(Ato I, Cena V)

Existem mais coisas entre o céu e a terra do

que sonha a nossa vã filosofia.

(Ato I, Cena V)

Hamlet observa a

Horácio que há mais

cousas no céu e na

terra do que sonha a

nossa filosofia. Era a

mesma explicação

que dava a bela Rita

ao moço Camilo,

numa sexta-feira de

novembro de 1869,

quando este ria dela,

por ter ido na véspera

consultar uma

cartomante; a

diferença é que o

fazia por outras

palavras. (p. 2)

APLICABILIDADE EM SALA DE AULA

Intertextualidade

Homem Vitruviano

Leonardo Da Vinci

Assim é o homem, assim são as cousas

que o cercam. (p. 3)

Apolo (gr. Ἀπόλλων)

era o deus das

profecias, da medicina

e da música, também

associado ao

pastoreio e ao sol. Na

época clássica o sol

era por vezes

chamado de "carro de

Apolo" e, talvez por

isso, ele tenha sido

considerado também o

deus da luz e da

juventude.

APLICABILIDADE EM SALA DE AULA

Intertextualidade A velha caleça de praça, em que pela primeira vez

passeaste com a mulher amada, fechadinhos

ambos, vale o carro de Apolo. (p. 3)

Obrigada!!!

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