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No dia 19 de Janeiro os alunos do 11º de
Artes Visuais e do 12º de Humanidades
foram jornalistas num grande jornal nacional,
experiência que mereceu o agrado de todos
os que a vivenciaram.
A iniciativa, inserida no projecto MEDIA-
LAB, constou de vários Workshops, nos
quais os participantes tiveram oportunidade
de conhecer a história do JN, visionarem o
processo da sua realização diária e, por fim,
de serem eles próprios a criarem a primeira
página do jornal.
Mais um ano lectivo que contou com a participação de novas listas
para a associação de estudantes.
Mas o que é isto de uma “associação de estudantes”?
Campanha
para a Associação de Estudantes
Centenário da República
Comemorou-se o Centenário da
República. Ao longo do presente
ano, foram várias as iniciativas
promovidas por todo o país para
assinalar esta data com grande
importância histórica. Mas afinal o
A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro III Milénio | Nº 11 Janeiro 2011
Editorial
A NOVA ERA DO JORNAL
Olá pessoal!
Chegou uma nova era para o
nosso jornal. Com efeito, a tur-
ma do 12ºE assumiu a responsa-
bilidade de, na disciplina de
Área de Projecto, editar o jornal
"A Selva" no presente ano lecti-
vo, iniciando um processo, a
que se pretende dar continuida-
de, de mais envolvimento de
alunos na produção do nosso
jornal.
É nosso objectivo editar um
número do jornal no final de
cada período lectivo, dando
continuidade à tradição do jor-
nal, sobretudo no que diz respei-
to à divulgação das actividades
e assuntos relacionados com a
nossa escola e, promovendo a
sua modernização, de modo a
cativar mais a nossa comunida-
de escolar, tanto para a sua lei-
tura como para colaborar na sua
produção.
Lê, colabora e divulga o teu
jornal, A Selva!
A turma do 12ºE
Nesta edição:
Notícias 2-5
Visitas de Estudo 6
Intercâmbio solidário 7
Crónicas 8-11
Tradições 12-14
Opinião/Reflexão 15
Desporto Escolar 16
Passatempos 17
Diversos 18
Partir? Regressar? Mais importante é estar…
Mais um ano escolar terminado, mais uma temporada em
Moçambique. Partir já se tornou um hábito. Regressar uma necessi-
dade. Estar com as gentes, um modo de vida. Passar as férias cá
deixou de fazer sentido. Entregar um pouco do meu tempo aos
outros passou a fazer parte de mim, da minha maneira de ser, de
estar, de sentir…
Dia 10 de Julho, ao entrar no avião que me levaria uma vez
mais a Moçambique, para aí passar cerca de 50 dias, lembrei-me do
verso de Fernando Pessoa "Deus quer, o homem sonha, a obra nas-
ce". E foi com este espírito que voltei a pisar solo Moçambicano.
Não fazia muito calor, como das outras vezes e algumas aventuras
fizeram parte dos meus
primeiros dias. Senti que
estava a viver uma expe-
riência diferente, apesar de
estar no mesmo país. Senti
que tinha que entrar no
espírito da missão, caso
contrário não valia a pena
estar ali.
(Cont. p. 4) (Cont. p. 7)
Um dos momentos altos da campanha
(Cont. p. 5)
(Cont. p. 10)
Alunos do 11º e 12º Anos
foram jornalistas no ...e a seguir visitaram Serralves
(Cont. p. 18)
Escola Profissional de Matundo Tete
No final do 1º Período esteve patente ao
público, em diversos espaços da Escola,
uma exposição sobre os Direitos Huma-
nos, baseada em trabalhos dos alunos.
Magusto de S. Martinho
Direitos Humanos
No dia 17 de Dezembro teve lugar na nossa
Escola o tradicional Jantar de Natal, iniciativa
que, mais uma vez, proporcionou um importante
momento de convívio entre professores, técnicos,
assistentes operacionais e representantes dos
encarregados de educação.
Propriedade: Escola Básica e Secundária Ferreira de
Castro - Rua Dr. Silva Lima
3720-298 Oliveira de Azeméis
Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314
Directora: Ilda Ferreira
http://www.esfcastro.net
jornalaselva@gmail.com
Responsabilidade pela edição,
redacção e composição
Alunos: Ana Carvalho, Sara Agosti-
nho, Tânia Paiva, Yhony Alves
(edição); Cátia Fonte, Lorina Gaspar,
Mónica Pereira, Sílvia Choupeiro,
Vanessa Lima (redacção); Diana
Conceição, Diogo Silva, Miguel Tei-
xeira, Rosa Silva (composição).
Professores: Artur Ramísio (Área
Projecto) e Maria João Moreira
(Língua Portuguesa).
Impressão: Reprografia da Escola
Básica e Secundária Ferreira de Castro
Tiragem da versão impressa: 200 ex.
Página 2
A escola participou no projecto da semana da saúde. Esta actividade consis-
tiu em sensibilizar os alunos a consumirem no bar da escola produtos mais
saudáveis nos primeiros intervalos da manhã, tendo, para o efeito, sido dis-
ponibilizada grande variedade de fruta e de pão.
Esta actividade teve um grande sucesso, uma vez que houve uma grande
adesão da comunidade escolar.
Ficha Técnica
Como é habitual, a nossa escola comemorou, no dia 11 de Novembro, o dia de S.
Martinho.
Para o efeito pediu aos alunos, professores e funcionários que trouxessem casta-
nhas de modo a ser possível a realização deste evento, o que se veio a verificar.
Segundo vários membros da comunidade escolar, este magusto estava muito bem
organizado, dispondo de mesas onde se encontravam castanhas e bebidas.
A realização desta actividade alcançou os objectivos pretendidos, uma vez que
todos participaram com alegria.
Semana da saúde
Festa de Natal
Notícias III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011
O Presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Dr. Hermínio Loureiro, visitou a
nossa Escola no passado mês de Dezembro.
Na Biblioteca, onde decorria a Feira do Livro, teve oportunidade de dialogar com os
alunos e de manifestar o seu agrado com a renovação realizada na escola, tendo dese-
jado que a melhoria das suas condições contribua para o sucesso educativo de todos
os alunos.
Presidente da Câmara visita a Escola
Vencedor do prémio “CNO Ferreira de Castro”
amabilidade com que colaborou
neste evento.
A decisão unânime do júri
recaiu no poema, que revela
criatividade e talento literário,
denominado Juventude, da
autoria do adulto René Lopes
dos Reis, em processo de Reco-
nhecimento, Validação e Certi-
ficação de Competências no
CNO da Escola Secundária Dr.
Manuel Laranjeira de Espinho.
Ao justo vencedor será atribuí-
do um prémio em material
didáctico no valor de 200 €. A
todos os participantes será
enviado um certificado de parti-
cipação.
Divulgada junto de todos os
CNO`s da NUT III, Entre Dou-
ro e Vouga, esta iniciativa des-
pertou o interesse de muitos
adultos que enviaram os seus
textos, em prosa ou poesia, os
quais foram apreciados por um
júri presidido pela Directora da
Escola, Dra. Ilda Ferreira, pela
Coordenadora de Departamento
de Línguas, Dra. Maria João
Moreira, pela Representante da
Área Disciplinar de Português,
Dra. Carmelinda Pires, pela
formadora de CLC/LC, Dra.
Elisabete Tavares e pela Dra.
Ivone Ferreira, enquanto repre-
sentante da Associação Literá-
ria Ferreira de Castro, a quem
se agradece a disponibilidade e
Página 3
“No âmbito do projecto Ler+,
promovido pelo Plano Nacional
de Leitura, o Centro Novas
Oportunidades (CNO) Ferreira de
Castro promoveu um Concurso
Literário com o objectivo de
divulgar o talento literário de
adultos, já certificados ou que se
encontrem em Processo de
Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências
(RVCC), incentivando a sua
criatividade literária e o gosto pela
escrita, actividades essenciais
para um bom desenvolvimento
intelectual.”
Inscrição conjunta nas Bibliotecas Escolares
e na Biblioteca Municipal
Para se poderem usar os serviços de emprés-
timo gratuito de documentos das Bibliotecas
Escolares e da Biblioteca Municipal, no
concelho de Oliveira de Azeméis, os dados
de todos os elementos desta Escola (nome,
morada, telefone, n.º de BI/CC, data de nas-
cimento) serão enviados para a Biblioteca
Municipal. Quem não estiver interessado
neste serviço deverá dirigir-se à Biblioteca
Municipal Ferreira de Castro e fazer a sua
declaração para que os dados referidos
sejam retirados.
O Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências pode ser uma resposta para si, caso não possua o nível
básico ou secundário de educação e tenha adquirido conhecimentos e
competências através da sua experiência de vida.
Poderá aceder ao NÍVEL BÁSICO de educação (4º, 6º ou 9º ano de
escolaridade) se:
tiver 18 anos ou mais de idade;
não concluiu o 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade.
Poderá aceder ao NÍVEL SECUN-
DÁRIO de educação (12º ano de
escolaridade) se tiver 18 anos ou
mais de idade e cumprir o seguinte
requisito:
se tem menos de 23 anos de idade e no mínimo de três
anos de experiência profissional devidamente comprova-
da.
Sistema de RVCC — uma boa resposta para si !
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Notícias
que é a Republica? O que fez
com que fosse instaurada em
Portugal a 5 de Outubro de
1910? Quais as principais
mudanças ocorridas no país?
Eis um conjunto de questões
que nos são colocadas quando o
assunto é a instauração da
República.
A República foi instaurada no
nosso país no dia 5 de Outubro
de 1910, como já foi referido
anteriormente, substituindo o
regime monárquico em vigor
até então.
Já desde os finais do século
XIX (1890), a população se
mostrava insatisfeita com a
monarquia, tendo por várias
vezes tentado implementar a
República, mas sem sucesso,
como aconteceu no dia 31 de
Janeiro de 1891, no Porto.
O descontentamento da popula-
ção estava relacionado com a
crise económico-financeira,
assim como com a agitação
social. Este descontentamento
atingiu o seu extremo a 1 de
Fevereiro de 1908 com o assas-
sinato do Rei D. Carlos e o
príncipe herdeiro, D. Luís Fili-
pe, acontecimento conhecido
por Regicídio”.
A 5 de Outubro de 1910, em
Lisboa, os republicanos instau-
raram o regime que advogavam,
tendo sido eleito por sufrágio,
como primeiro Presidente da
República, Manuel de Arriaga.
Anteriormente, Teófilo Braga já
havia exercido funções simila-
res, embora provisoriamente. As
diferenças em relação à monar-
quia prendem-se com o facto de
a eleição deixar de ser feita
por via hereditária, para
passar a ser feita através do
sufrágio universal. As pes-
soas passam a ser regidas
por uma Constituição e os
poderes passam a ser divi-
didos: poder legislativo,
poder executivo e poder
judicial.
Centenário da República
pequeno texto adequado a um
postal. Este postal será dirigido
ao autor do livro, ao seu ilustra-
dor ou a uma das suas persona-
gens. Os alunos podem falar de
aspectos que lhes tenham des-
pertado interesse no livro ou
colocar questões ao destinatário
escolhido, utilizando mensa-
gens curtas e mostrando que as
poucas palavras do pequeno
texto de um postal podem con-
ter mil ideias, que serão inter-
pretadas e representadas através
de elementos da comunicação
visual, com recurso a diversos
meios expressivos. A selecção
que o júri fará dos postais apre-
sentados a concurso terá em
conta:
a correcção, adequação,
tamanho e riqueza de
informação/ideias da
mensagem escrita;
a correlação da mensa-
gem escrita com a sua
representação plástica;
a oportunidade e a ade-
quação da mensagem
escrita relativamente ao
livro a que se refere,
bem como ao contexto
e às normas do concur-
so;
adequação dos elemen-
tos utilizados para a
comunicação visual e
qualidade do resultado
final obtido;
criatividade e qualidade
global do postal apre-
sentado a concurso.
Cada aluno poderá concorrer
apenas com um postal. Os tra-
balhos realizados pelos alunos
poderão ter que ser selecciona-
dos, pois cada agrupamento ou
escola não agrupada poderá
submeter no máximo 3 postais,
sendo 1 por cada nível de ensi-
no. Os trabalhos seleccionados
O Plano Nacional de Leitura
lança, aos alunos do 2º e 3º
ciclo do ensino básico e do
ensino secundário, o desafio de
criarem um postal ilustrado.
Pede-se que elaborem um
pequeno texto em que demons-
trem capacidade de síntese,
cruzando esta competência com
as que se desenvolvem no
âmbito das artes plásticas.
Tratando-se de um postal ilus-
trado, pretende-se que se expe-
rimentem diversos meios
expressivos, pelo que a mensa-
gem escrita deve ser interpreta-
da e representada mobilizando-
se elementos da comunicação
visual. Terão que escrever o
máximo de informação com o
mínimo de palavras e de serem
capazes de expressar plastica-
mente o sentido daquela.
Os alunos deverão escolher um
livro que tenham lido e, a pro-
pósito deste, escreverem um
Página 4
Nem tudo foi fácil, verificando-
se um período de instabilidade, a
todos os níveis (mas principal-
mente a nível político) do sufrá-
gio universal. As pessoas passa-
ram a ser regidas por uma Cons-
tituição e os poderes passaram a
ser divididos: poder legislativo,
poder executivo e poder judicial.
(Cont. da pág. 1)
CONCURSO UM POSTAL VALE MIL IDEIAS
pelo agrupamento ou escola não
agrupada deverão ser apresenta-
dos entre o dia 14 e o dia 18 de
Março de 2011, através do
preenchimento do formulário
“Um postal vale mil ideias “,
que estará disponível no Sistema
de Informação do Plano Nacio-
nal de Leitura, no seguinte ende-
r e ç o h t t p : / /
sipnl.planonacionaldeleitura.gov
.pt/login.jsp
Notícias III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011
Por ocasião da comemoração
do Dia Mundial da Poesia
2011, que se realiza no CCB,
no dia 20 de Março, o Plano
Nacional de Leitura e o Cen-
tro Cultural de Belém, numa
iniciativa conjunta, lançam o
desafio às escolas, convidando-
as a participarem num Concur-
so de Poesia.
Procurando incentivar o gosto
pela leitura e pela escrita de
poesia, o concurso Faça lá um
poema destina-se a quatro
níveis de ensino, desde o 1º
Ciclo ao Ensino Secundário, e
nele
poderão participar quaisquer
alunos de escolas públicas ou
privadas.
A entrega de prémios terá lugar
no CCB a 20 de Março de
2011 e será
integrada no
programa
do Dia Mun-
dial da Poesia.
REGULAMENTO
1. O concurso Faça Lá um
Poema decorrerá entre Dezem-
bro de 2010 e Março de 2011,
destinando-se a premiar poemas
escritos por alunos dos seguin-
tes níveis educativos:
• 1º Ciclo do Ensino Básico
• 2º Ciclo do Ensino Básico
• 3º Ciclo do Ensino Básico
• Ensino Secundário
2. A participação no concurso
é individual, sendo que não
serão contemplados trabalhos
de pequeno grupo ou de turma.
3. Calendarização das activi-
dades
A selecção dos trabalhos, devi-
damente identificados, ficará ao
critério de cada
agrupamento/escola não agru-
pada, sugerindo-se, no entanto,
que o processo seja dinamizado
e coordenado pelo(s) professor
(es) bibliotecário(s).
• Selecção dos melhores traba-
lhos pelas escolas agrupadas
(máximo de 1 poema por cada
nível de ensino) e respectivo
envio para a sede do agrupa-
mento – até 21 de Janeiro de
2011.
O Dia Mundial da Poesia é
uma iniciativa do Plano
Nacional de Leitura e do
Centro Cultural de Belém
com o apoio financeiro do
Ministério da Educação.
Submissão do formulário pela
sede do agrupamento, com os
trabalhos seleccionados
(máximo 4 por sede de agrupa-
mento, 1 poema por cada nível
de ensino) – até 4 de Fevereiro
de 2011.
• No caso de escolas não agru-
padas, submissão do formulá-
rio com os trabalhos seleccio-
nados (máximo 4 por estabele-
cimento, 1 poema por cada
nível de ensino) – até 4 de
Fevereiro de 2011.
3. A submissão do formulário
será feita no Sistema de Infor-
mação do Plano Nacional
deLeitura (http://
sipnl.planonacionaldeleitura.go
v.pt/login.jsp) através do preen-
chimento
Dos campos de identificação
necessários.
4. Não há qualquer tema obri-
gatório para os poemas a con-
curso. No entanto, a extensão
máxima de cada texto não
poderá ultrapassar os 4000
dígitos (caracteres, espaços).
5. O formulário do concurso
deverá ser devidamente preen-
chido e submetido por um pro-
fessor responsável (designado
pelo agrupamento/escola não
agrupada).
6. Só serão consideradas váli-
das as inscrições com os dados
de identificação da escola e dos
participantes e submetidas den-
tro do prazo.
7. Os trabalhos serão avaliados
por um júri de cinco elementos,
designados pelo CCB e pelo
PNL. O júri terá em conta a
correcção da escrita, a rique-
za de conteúdo e a originali-
Dia Mundial da Poesia
CONCURSO FAÇA LÁ UM
POEMA
Página 5
dade do tema e da linguagem.
8. Os trabalhos que não corres-
ponderem às cláusulas do presen-
te regulamento serão desclassifi-
cados.
9. Não haverá recurso das deci-
sões do júri.
10. Os prémios a atribuir aos três
primeiros classificados de cada
nível de ensino serão anunciados
oportunamente.
11. As escolas dos alunos pre-
miados serão contempladas com
um conjunto de livros.
12. Os trabalhos premiados
serão divulgados no Sítio dos
Concursos no Portal do PNL
http://
www.planonacionaldeleitura.go
v.pt/Concursos/ e no sítio do
CCB em http://www.ccb.pt
13. Os premiados serão convida-
dos a apresentar pessoalmente os
seus trabalhos na cerimónia
pública de entrega dos prémios, a
realizar em 20 de Março de
2011 (Dia Mundial da Poesia),
no CCB – Centro Cultural de
Belém - Lisboa.
14. Os encargos com o transporte
e o alojamento dos premiados
serão da responsabilidade da
organização do concurso.
Novembro 2010
O Dia Mundial da Poesia é
uma iniciativa do Plano Nacio-
nal de Leitura e do
Centro Cultural de Belém com
o apoio financeiro do Ministé-
rio da Educação.
Uma associação de estudantes é a organização dos alunos, dirigida pelos
seus representantes eleitos, os quais têm a obrigação de ouvir e de lutar pelos
seus interesses, entre os quais o de criar um bom ambiente para todos.
Surgiram duas listas concorrentes, a Lista M, cujo candidato a presidente foi
Daniel Ferreira do 12ºD, e da Lista O, cuja candidata foi Ana Paula Resende do
12ºC.
Nos dias 10, 11 e 12 de Novembro, decorreu a campanha eleitoral destas mesmas
listas, que se fizeram ouvir e apresentaram as suas ideias para proporcionar um
ano em cheio. Neste âmbito, realizou-se no dia 12 de Novembro o debate entre as
duas listas concorrentes. Este debate contou com a participação dos candidatos e
seus apoiantes e contribuiu para ajudar a esclarecer as dúvidas da comunidade
escolar.
No dia 15 de Novembro decorreram as eleições, em que os alunos votaram na
lista que mais os conquistou, a lista M.
(Cont. da pág. 1)
Campanha para a Associação de
Estudantes
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Notícias
Alunos do CEF Panifica-
ção e Pastelaria visitam,
no dia 17 de Novembro,
a 1ª fase do projecto dos
Convívios Fraternos –
Reconstruir, em Avanca,
no âmbito da disciplina
de Cidadania e Mundo
Actual. Tinha como prin-
cipal objectivo conhecer
o funcionamento de um
centro de recuperação de
toxicodependentes.
Depois de uma manhã bem “doce”, na visita à fabricação dos conhe-
cidos pastéis de Tentúgal, no âmbito das disciplinas do formador
Miguel Costa, a tarde não foi menos importante. Bem pelo contrário.
Após as 15 horas, 16 alunos, 3 professores e o próprio motorista do
autocarro, deram início a uma visita guiada pelas diversas partes da
casa que acolhe as pessoas em recuperação, na qual se pode ver diver-
sos trabalhos realizados pelos residentes.
No final, realizou-se um momento muito importante e proveitoso que
foi o diálogo entre os residentes e os visitantes, porque, para além da
curiosidade, alguns dos alunos têm, entre a família ou amigos, pes-
soas que já viveram, ou vivem, este problema do consumo de drogas.
Analisados os relatórios, os alunos concluíram que as aprendizagens
foram as seguintes: a droga não é um caminho a seguir, não é uma
diversão; que se devem evitar ambientes propícios ao consumo; que,
se já é difícil deixar de fumar, não se imagina o quão difícil será dei-
xar a droga; nunca experimentar; que o vício pode começar por uma
brincadeira, que pode levar a prejuízos enormes na vida, nomea-
damente perder pessoas e momentos importantes.
Alguns alunos demonstraram perplexidade por lá encontrarem
pessoas mais novas do que eles a fazerem tratamento. O aluno
afirma: “vi coisas que nunca imaginei ver, um rapaz de 14 anos
metido na droga. Fiquei um bocado chocado.” E continua, “E
também fiquei um bocado traumatizado com aqueles homens que
têm filhos e que não podem acompanhar a infância deles. É por
isso que se deve dizer NÃO às drogas.” (Luís Martins)
Uma outra aluna estava com receio de entrar na casa porque
“pensava que iam ser „brutos‟ ou „mal educados‟, mas não, são
pessoas como nós que caíram na asneira da droga. Escolheram o
mau caminho. Pediram-nos para não nos metermos na droga, para
não chegarmos à situação deles.” (Mónica Ribeiro)
Com estes testemunhos compreende-se facilmente a importância
deste encontro que também ficou marcado pela simplicidade e
naturalidade, salientadas pelos alunos, dos residentes em partilha-
rem a sua vida de uma forma tão aberta.
A escola agradece a disponibilidade e simpatia com que foi rece-
bida a turma, tal como o momento de aprendizagem único nas
vidas dos alunos. Deseja os maiores sucessos para a recuperação
da vida dos toxicodependentes, tal como o encorajamento ao Pe
Valente para que continue esta obra extraordinária de recuperação
de vidas perdidas, ao encontro de um novo sentido e de uma nova
esperança.
Pela equipa formadora, Carlos Matos
Alunos do CEF Padaria e Pastelaria visitam Tentúgal e o
projecto Reconstruir - Convívios Fraternos
Página 6
Alunos do 11º e do 12º E visitaram Serralves
A visita das turmas do 11º e do 12º E a
Serralves teve como principal alvo a
exposição “Às Artes, Cidadãos!” paten-
te no Museu de Arte Contemporânea da
instituição, cuja mensagem principal
tem por fundamento os direitos e deve-
res políticos e o conceito de cidadania
como base da democracia, ou seja, da
soberania do povo.
No final da visita houve ainda oportuni-
dade para apreciar a beleza do parque
de Serralves, em clima de alegre conví-
vio.
A participação no projecto MEDIALAB e a visita a Serralves têm neste número do jornal “A Selva” apenas uma breve referência,
ficando para a próxima edição uma informação mais detalhada destas importantes visitas e dos desafios nelas lançados.
Visitas de Estudo III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011
As três primeiras
semanas, passadas em Maputo,
no Instituto Superior Dom Bos-
co, num trabalho técnico, da
minha área de formação, servi-
ram para concluir os projectos
dos manuais de Português para
o Ensino Profissional da Rede
Salesiana. Estes foram, depois,
apresentados nas três Escolas
Profissionais, experiência muito
rica, pois desloquei-me à
Moamba (70 Km de Maputo), a
Tete (1600 Km da capital) e
Inharrime (420 Km de Mapu-
to). A vivência, no seio das
escolas, no meio dos alunos,
participando no Bom-Dia, em
algumas actividades, por entre
os professores em diálogos/
formação que nos fizeram tro-
car de saberes, a vida em comu-
nidade, em cada casa por onde
passei, torna a minha passagem
por solo moçambicano uma
experiência cada vez mais rica e
faz com que o desejo de voltar
seja cada vez maior.
Maputo, uma cidade
em constante crescimento, mas
onde os contrastes continuam
muito visíveis.
Tete, uma vez mais o
reencontro com uma realidade
muito diferente da grande capi-
tal. Os embondeiros continuam
com a sua imponência, a terra
vermelha e seca, onde a vida
nem sempre é fácil! Na Escola
Profissional Dom Bosco traba-
lha-se muito, estuda-se com
afinco e com gosto, pois os
alunos e os seus formadores
acreditam que têm que mudar o
rumo das coisas. Estar entre
eles é como uma lufada de ar
fresco para a minha alma. Per-
ceber como vivem, como sen-
tem cada dia que passa, ainda
que por vezes com dificuldades,
é cada vez mais enriquecedor
para mim. Sempre que podia
estava no meio dos alunos, ria
com eles, falava com eles ou,
simplesmente, escutava.
Inharrime, a primeira
experiência. Ao longo de uma
viagem de autocarro, de cerca
de 7 horas, fui apreciando uma
paisagem onde predomina o
verde, onde os coqueiros pare-
cem cogumelos
e, ao longo da
estrada, fervi-
lha a vida. Há
vendedores por
todo o lado,
procura-se uma
saída para os
muitos proble-
mas. A minha
ida a esta loca-
lidade e escola
tinha dois pro-
pósitos: o con-
tacto com os
professores de
Português, um
pouco de for-
mação, mas
também a
entrega do
dinheiro que foi angariado na
Escola Básica e Secundária
Ferreira de Castro - Oliveira de
Azeméis, bem como junto dos
meus amigos e familiares, num
total de 2000 Euros. Este fruto
do empenho dos alunos, profes-
sores, assistentes operacionais,
amigos e familiares (a quem
dirijo um BEM HAJA!) foi
entregue ao director da Escola
Profissional Domingos Sávio
que, emocionado, referiu ser
um precioso auxílio, numa
região tão carenciada, onde os
alunos não conseguem fazer
uma refeição diária e, muitas
vezes, para obter um pouco de
arroz, fazem pequenos traba-
lhos na escola ou fora dela.
Doeu ver que uma parte destes
jovens vive em
palhotas, ao lado
da escola, sem
energia, nem
água. Não têm
camas, dormem
em esteiras. Por-
tanto, não vivem
como nós. Sobre-
vivem. Vê-los
chegar, pela
manhã, de sorriso
nos lábios, fez-
me perceber que
a minha, a nossa
missão deve
continuar. A
ajuda será canali-
zada em vários
sentidos, desde a
aquisição de
material,
ao auxílio
na alimen-
tação. Não
podemos
parar. No
regresso, a
viagem
durou 8
horas.
Sempre
que o
"machimbombo" parava, entra-
va alguém a sorrir, carregado de
sacos de fruta, comida, molhos
de mandioca, galinhas e tudo o
que aqui não
podemos ima-
ginar.
De regresso a
Maputo, a últi-
ma semana foi
passada uma
vez mais no
Instituto Supe-
rior Dom Bos-
co, a rever a
parte do Portu-
guês do Regu-
lamento Interno
desta Institui-
ção de Ensino
Superior, traba-
lho que parti-
lhei com um
padre Espanhol que se desloca
a Moçambique, nas suas férias,
há 19 anos! Parte do trabalho
Partir? Regressar?
Mais importante é estar…
Página 7
ficou concluída, mas ainda tere-
mos um longo caminho a percor-
rer cá, com os Manuais de Proce-
dimentos dos vários Sectores e
Departamentos.
Houve também oportu-
nidade para estar com os jovens e
as gentes das paróquias onde os
salesianos intervêm, nos bairros
periféricos do grande Maputo.
Visitei comunidades de bairros
muito pobres, onde a maior parte
das pessoas sobrevive com cerca
de 50 Euros por mês, onde as
escolas estão cheias de crianças
(uma turma tem entre 50 a 60
alunos), onde nem sempre é fácil
aprender por faltar tudo: mesas,
cadeiras, material escolar, ali-
mentação. Também visitei alguns
lugares mais parecidos com a
nossa realidade. É aí que senti-
mos alguma "revolta" pelas dife-
renças encontradas: uns com
tudo, outros com quase nada.
Muitas vezes, de
um lado da rua
encontra-se o paraí-
so, do outro, o
inferno. E apetece-
me gritar
"PORQUÊ?". Mas
ninguém me escuta-
ria.
Por isso, fica o
convite, mas tam-
bém o desejo e a
necessidade de
voltar. De partir, e
de estar com um povo que tem
tão pouco, mas tanto para dar.
Cada experiência é única. É mais
um degrau que subo na escada da
minha vida. Sinto a necessidade
de ir deixando pequenos grãos,
que um dia podem dar frutos.
Claro que não posso agir sozinha
e conto, uma vez mais, com o
apoio das duas escolas que inicia-
ram este pequeno projecto de
Apadrinhamento.
Termino com a famosa
frase de Martin Luther King:
"I have a dream". E quero conti-
nuar a partir, para estar com
aquela gente que me acolhe de
braços abertos e de sorriso largo.
Moçambique está no
meu coração e o meu coração
está em Moçambique.
Maria José Silva
Setembro de 2010
(Cont. da pág. 1)
As palhotas do Internato da
Escola Domingos Sávio
A entrega do resultado do Projecto de Apa-
drinhamento EBS Ferreira de Castro ao
director da EP Domingos Sávio Inharrime
Uma das oficinas/sala de aula da
EP Domingos Sávio Inharrime
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Intercâmbio solidário
de as esconderem, acabem com
tudo e sejam fiéis;
Terceiro- para os stressados,
comprem uma daquelas espon-
jas que se vendem na Natura.
Assim o Mundo estaria muito
melhor, sem papel por todo o
lado e pouparíamos a vida de
muitas árvores, não acham? No
fundo, o que eu quero é que as
pessoas deixem de culpar as
bolinhas de papel porque elas
não têm culpa das asneiras que
fazemos, ou então que as reci-
clem.
Dreamer
Uma maçã ou o “fruto proibi-
do”, pode ter vários significa-
dos, pode representar a perdição
ou algo que não é permitido ou,
para pessoas mais “passivas”,
apenas uma fonte de obtenção
de energia que se come, quando
se tem fome.
A maçã vermelha do Paraíso,
que Eva comeu, representava o
pecado. Eva foi avisada de que
não poderia, de maneira algu-
ma, comer a dita maçã. Mas nós
sabemos como as mulheres são
teimosas, pois quando metem
algo na cabeça não descansam
até o fazer, mesmo que não lhes
seja permitido. Neste caso, foi a
maçã a culpada, pois sendo tão
vermelhinha e tendo um aspecto
tão apetitoso como poderia Eva
resistir? Afinal as mulheres são
um ser “fraco”!
A expressão “fruto proibido” é
também uma expressão que os
homens, quando são infiéis para
com as suas mulheres, utilizam
para caracterizar as amantes.
Mas o que é que uma amante
tem em comum com uma
maçã? Tudo, as amantes (tal
como todas as mulheres) são,
assim como as maçãs, suculen-
tas, apetitosas, saborosas e com
as “curvas” todas… e proibidas!
Para as pessoas mais “passivas”
que pensam que a maçã é ape-
nas um fruto, digo que não é
bem assim. A maçã propor-
ciona, às mulheres, um senti-
mento de “êxtase”, sendo para
muitas das mulheres uma
verdadeira prova de adrenali-
na. Já para os homens, comer
uma maçã, é algo comum
podendo vir a ser perigoso,
visto que, quando Adão ten-
tou comer a maçã do Paraíso
não obteve sucesso, pois ficou
com o caroço da maçã entala-
do na garganta, característica
que se mantém nos homens
até aos dias de hoje.
Sara Lourenço 10ºD
(seres humanos), passam a ser
tão inteligentes quanto nós.
Para os mais cépticos, que
acham isto uma barbaridade, e
que acreditam na existência de
alma e que só ela dita a nossa
maneira de ser, aqui vai uma
nova pergunta: o que é a alma?
Uns respondem que é um corpo
espiritual em que estão
guardados os nossos
sentimentos e a nossa
personalidade e que ascende
quando nós morremos, podendo
reencarnar noutra pessoa,
outros não sabem sequer
responder.
Para os primeiros, eu pergunto-
lhes: de que é feito esse corpo?
De facto, tudo o que existe em
nosso redor é feito de matéria.
Tudo mesmo. Desde uma
simples pedra, até ao Universo,
passando pelo ser humano. Não
existe nada que não possua
matéria. A partir disto,
conseguimos afirmar que os
sentimentos nada têm que ver
com a alma, pois esta não
existe. Não é feita de matéria.
Para os segundos, a única coisa
que tenho a dizer é que
considero que não se pode
acreditar em algo que não se
sabe do que se trata. Pelo
menos, é o que eu acho.
Voltemos, então, aos
computadores. Se aumentarmos
o grau de inteligência desses
aparelhos, podemos vir a ter
“pessoas” como nós,
emocionais. E é isso que vai,
certamente, acontecer. À
velocidade que o
desenvolvimento tecnológico se
encontra, é muito provável
criarmos seres mais inteligentes
que nós, enquanto seres
humanos.
É complicado pensarmos que
vamos ser ultrapassados,
quando consideramos que
somos perfeitos e que nada é
igual a nós. O pensamento
humano é intocável, é um
alarme que tem de estar,
forçosamente, inactivo.
É caso para dizer: “É preciso ter
inteligência para aceitarmos
certas evidências”.
Por: Diamantino Espiga
(Pseudónimo)
Página 8
Computador – s.m.
Aparelho electrónico usado para
processar, guardar e tornar acessível
informação de variados tipos.
Bem, eu tenho outra definição para
esta palavra – ser não vivo, dotado
de inteligência inferior à do Homem.
Desde as suas origens, o computador
tem-se tornado muito útil para o ser
humano: tornou o seu trabalho mais
fácil, rápido e cómodo, é fonte de
lazer e de bastante informação. De
facto, o computador é uma invenção
fabulosa, que mudou completamente
a vida do Homem.
Falemos do que é importante: o que
é a inteligência? É claro que a
resposta a esta pergunta é muito
subjectiva e varia de pessoa para
pessoa. Contudo, eu digo que é a
capacidade de fazer raciocínios
complexos.
Ou seja, se é a capacidade de fazer
raciocínios complexos, o Homem é
um ser bastante inteligente. Se não o
fosse, não teríamos toda a tecnologia
que temos hoje, não nasceriam
grandes génios que revolucionaram
o mundo, etc. Mas, acima de tudo,
se não fôssemos dotados de
inteligência, não teríamos
sentimentos nem saberíamos
reflectir acerca do que é melhor para
nós, isto é, é necessário um certo
grau de inteligência para se
conseguir ter e transmitir
sentimentos e emoções e fazer
escolhas certas.
Podemos, então, dizer que um cão é
inteligente. Se perguntarmos ao
dono se ele tem sentimentos, o
primeiro responde-nos, prontamente,
que sim. Os cães têm medo quando
se sentem em perigo, ficam
furuiosos quando os perturbam. E
atenção, os cães não fazem
raciocínios tão complexos como os
nossos. Nem sabemos sequer se os
fazem.
O que dizer, então, sobre os
computadores? Estes até já nos
ultrapassam no que diz respeito à
capacidade e velocidade de cálculo.
Eu defendo que estes aparelhos
electrónicos podem vir a
desenvolver sentimentos. Confuso,
não? É difícil imaginarmos um ser
que consideramos não vivo possuir
sentimentos. No entanto, é o que
pode vir a acontecer. A partir do
momento em que eles consigam
manter uma conversa connosco
Quem diria que um bocado de
papel com rabiscos e todo ama-
chucado poderia ser um símbolo
do stress? Eu digo stress, mas
também poderia dizer discussão.
Gostava de saber porque raios é
que quando não gostamos do que
escrevemos ou do que lemos, é
sempre o papel que paga? Será
que as pessoas não sabem dar-lhe
o devido valor? Seja como for, eu
tenho umas coisinhas para lhes
dizer:
Primeiro- para os compositores e
escritores, pensem antes de escre-
ver;
Segundo- para aqueles que rece-
bem cartas das amantes, em vez
A bola de papel Computador
Uma simples maçã ou o
“fruto proibido”
Crónicas III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011
Longe vão os tempos
em que as populações
regulavam as suas
vidas pela posição
relativa do sol ao lon-
go do dia ou até mes-
mo pelos toques meló-
dicos dos sinos das
igrejas. É certo que o
Homem, desde cedo,
começou a sentir a
necessidade de contro-
lar o tempo. Essa
noção metafísica que
nos fornece a com-
preensão do passado,
presente e futuro. O
tempo é igual para
todos. Ninguém tem
mais ou menos do que
o outro. Ninguém
pode acumular ou
gastar mais do que
dispõe. Talvez isso possa
demonstrar a ansiedade que as
pessoas demonstram ao tentar
geri-lo. Nenhuma unidade que
lhe pertença é insignificante e
até as mais pequenas fracções
temporais podem mudar a nossa
vida. Por outro lado, algumas
pessoas costumam ter a sensa-
ção que o tempo passa muito
depressa e que a nossa estadia
no planeta é muito curta. Isto é,
ninguém nega que milésimas de
segundo determinam o vence-
dor de uma competição mas,
por vezes, até as horas parecem
voar quando estamos perto de
quem gostamos.
O relógio surge-nos como a
melhor maneira para medir o
tempo à escala humana. Diver-
sos modelos foram criados
desde o relógio de sol, passando
pelo de água e de areia, sem
esquecer aqueles de madeira,
ocultos no campanário de algu-
mas igrejas. Com a evolução
dos tempos, foram-se desenvol-
vendo novas tecnologias que
fazem com que os cidadãos
estejam muito mais a par dos
seus horários. O modelo actual
ajuda-nos a não nos atrasamos
para os nossos compromissos, a
acordar cedo para ir à escola ou
até mesmo a não chegar a casa
depois da meia-noite, durante
uma pequena festa com amigos.
Enfim, chegamos à adolescên-
cia e é sempre a mesma coisa.
As mães não se cansam de nos
controlar, especialmente, quan-
do se trata de saídas à noite.
Será que têm medo que sejamos
assaltados? Que experimente-
mos coisas novas? Que não
andemos com as melhores com-
panhias? Não sei. Mas volte-
mos aos relógios.
É, sem dúvida, um objecto que
a maioria da população estima
bastante. Hoje em dia, toda a
gente os usa, quer no pulso
(com um estilo moderno e prá-
tico), quer no bolso, quer até
nas paredes lá de casa (como é
o caso daqueles relógios mais
antigos, utilizados pelas pessoas
mais idosas). O primeiro que eu
mencionei é o mais usual e
talvez seja o objecto com as
mais variadas formas de apre-
sentação, funcionalidade e esté-
tica. Nas montras, conquistam
sempre o melhor lugar. São até
realçados com focos de luz que
lhes dão um ar de jóias. Em
alguns países, existem ruas que
se transformam em pontos
turísticos devido à concentração
de vendedores, compradores e
coleccionadores destas peque-
nas relíquias cujos preços são
compatíveis com a sua raridade.
Agora, um pequeno aparte.
Colecções ou manias? De certe-
za que já todos coleccionámos
algo em alguma fase da nossa
vida. Em crianças, pedrinhas do
pátio da escola ou cromos de
personagens de banda desenha-
da. Na adolescência, entradas
ou bilhetes de shows de rock.
Em adultos, porque não reló-
gios? Eu, pessoalmente, apoio a
100% os coleccionadores, uma
vez que a graça em coleccionar
não está em acumular itens de
uma forma solitária, mas sim
em interagir com pessoas que
compartilham a mesma paixão
e interesse pelo assunto.
Nos elevadores, o relógio é um
bom companheiro para tímidos,
inseguros ou stressados. É
comum que, em vez de cumpri-
mentarem ou esboçarem um
sorriso de convívio social, con-
sultem o relógio a cada segundo
(um gesto que se repete até ao
momento de desembarque). A
vida moderna distancia-nos
mesmo uns dos outros!
E é isto. As pessoas correm de
um lado para o outro, com os
seus relógios, de uma forma
agitada, vivendo atormentados
pelos horários que devem cum-
prir escrupulosamente. Eu digo:
“Qual é a pressa?”.
João Ferreira Freitas de Olivei-
ra e Silva
10º D
Nº 11574
O Relógio
Página 9
Legenda que descreve a
imagem ou gráfico.
“Nos elevadores, o
relógio é um bom
companheiro para
tímidos, inseguros ou
stressados. É comum
que, em vez de
cumprimentarem ou
esboçarem um sorriso
de convívio social,
consultem o relógio a
cada segundo (um gesto
que se repete até ao
momento de
desembarque). A vida
moderna distancia-nos
mesmo uns dos outros!”
Passe-partout? Muitas pessoas perguntam o que é isto e eu respondo que é aquele objecto
no qual colocamos as nossas fotografias.
Esta peça de decoração é uma verdadeira relíquia, pois pode contar a vida de uma ou de
várias pessoas.
O Passe-partout é como um livro, contém histórias no seu interior, mas em imagens, uma
visualização do passado e do presente da vida de uma família feliz, de uma grande amizade,
de uma grande paixão ou de um grande sentimento por algo de alguém de quem gostamos.
Este objecto pode ter vários formatos, tamanhos e cores. As pessoas decoram os comparti-
mentos das suas casas com este, com uma fotografia de um grande momento da sua vida,
mostrando aos seus convidados pedacinhos da sua história.
Esta peça tem uma grande honra, pois pode representar os momentos mais felizes da vida
de uma pessoa como o casamento, o nascimento de um filho, o seu baptizado, o final do
curso superior, a realização de um sonho ou o jogo de futebol da sua vida.
Retalhos de uma vida
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Crónicas
Este objecto desperta, em todos
nós, um sentimento de melan-
colia… talvez melancolia não
seja o termo mais adequado,
talvez apatia o seja.
Quando souber o objecto ao
qual me estou a referir, o leitor,
certamente, pensará que tenho
gostos comummente denomina-
dos por «estranhos», ou melhor,
«relacionados com o mundo
obscuro». Pois bem, está total-
mente enganado!
Com esta minha crónica
(poderá este simples texto
baseado nas minhas simples
opiniões designar-se crónica?)
quero apenas expressar o que
penso sobre este objecto, que
por mais que o Homem deseje
ignorar faz parte do nosso quo-
tidiano: a urna. Um objecto tão
comum, tão evitado, tão triste:
triste porque é a última imagem
que temos do osso ente querido;
evitado porque a última despe-
dida é sempre angustiante; evi-
tado porque acontece a todos,
mais cedo ou mais tarde, quer
queiramos quer não.
Uma urna pode ser um objecto
do quotidiano, mas porque
motivo, grande parte de nós,
não o admite? Bom, eu tenho
uma ideia… Porque uma urna é
incomodativa, uma vez que está
associada à morte e, sempre que
nos lembramos de morte, tenta-
mos apagar esse pensamento,
com todas as nossas forças, o
mais rápido possível. Tentamos
até fingir que nunca pensamos
nisso, ou claro, damos explica-
ções que nos satisfazem, dize-
mos a nós próprios o que quere-
mos ouvir. E essa atitude que
adoptamos em relação à inevi-
tável morte deve-se ao medo
(ou insegurança) instalado o
mais íntimo de nós.
Questões como: “Que acontece-
rá depois de eu morrer? Haverá
vida depois da morte? Haverá o
Paraíso, haverá o Inferno?”
assaltam-nos a mente e ator-
mentam-nos mais frequente-
mente que o desejado.
O que eu acho irónico, na maio-
ria das pessoas que conheço, é
o facto delas se inquietarem
tanto com o que lhes aconteceu
antes de nascerem e tão pouco
com o que lhes acontecerá
depois de morrerem. Quero
dizer, anda por aí tão boa gente
apoquentada com a formação
da Terra, mas que não se preo-
cupa como é que a Terra irá
acabar para eles. E também
existem aqueles que afirmam
que temos de assegurar o nosso
futuro mas que não se preocu-
pam com o futuro que terão. Há
que deixar referência àqueles
que não se ralam com nenhuma
das três situações (às vezes,
pergunto-me como será viver
assim… tão livre de desassosse-
gos!).
Eu considero que devemos estar
minimamente conscientes de
As portas abriram-se e foi aí
que eu os vislumbrei. Eram
altos, esguios, modernos, sim-
plesmente perfeitos! Havia
vários, em diferentes locais da
sala, todos dispostos a receber
um de nós. Corri para o primei-
ro. Era meu! As minhas amigas
seguiram-me e apoderaram-se
cada uma do seu.
A partir desse momento e
durante aquelas duas horas e
um quarto eram nossos. Nem
sequer precisávamos de partilhá
-los! Eram os nossos bancos de
laboratório e nunca mais (ou
pelo menos até ao final da
Era apenas o primeiro dia de
muitos. Estávamos todos à porta
da sala e havia uma grande mis-
tura de estados de espírito: viam
-se rostos entediados, rostos que
deixavam antever curiosidade e
ainda sorrisos nos quais se
observava estampada a palavra
“entusiasmo”.
A juntar a esta salada de frutas,
aquele nervoso miudinho que
caracteriza o primeiro dia numa
nova turma e numa nova escola.
Finalmente, o professor chegou.
Tínhamos aula de Geologia num
dos impecáveis laboratórios da
recém - restaurada escola.
aula…) nos queríamos separar
deles! Estavam ali para o bem e
para o menos bem, nas boas
notas e nas não tão boas.
Eu sei que pode parecer exage-
ro, mas se tivessem a oportuni-
dade de se sentarem neles tam-
bém sentiriam o mesmo. Ainda
não nos instalámos e já estamos
a ser assaltados por uma súbita
e incontrolável vontade de
rodopiarmos neles.
E para quem sofrer de enjoos e
dispensar andar às voltinhas, os
bancos de laboratório oferecem
outro formato de diversão:
sobem e descem, quando pres-
O objecto indesejado
Fascínio Móvel
Página 10
que a nossa vida tem um fim (por
vezes mais próximo que o espera-
do) e que o que importa, ao fim e
ao cabo, não é se fomos pessoa
engraçada, se o nosso rendimento
escolar era bom (ou mesmo o
financeiro), ou se a nossa atitude
perante a vida foi aceitável. O que
importa é em que medida a nossa
vida correspondeu ao Propósito, e
em que medida influenciará o que
irá acontecer depois do que conhe-
cemos.
Em relação à referida, e quase
esquecida, urna eu acho que não
tem de ser evitada, nem tão-pouco
ignorada, com a devida reflexão e
consciência poderá até ser aceite, e
quem sabe compreendida e vista
com uma dor mais apaziguada.
sionamos uma alavanca que se
encontra estrategicamente posi-
cionada sob o assento. Ou seja,
pode-se optar pela versão carros-
sel ou elevador.
Estas comodidades só demons-
tram o quão úteis e agradáveis
os bancos de laboratório podem
ser, especialmente naquelas
aulas em que a generalidade dos
alunos começa a sentir os olhos
cansados, as pálpebras pesadas e
(Cont. pág. 11)
Crónicas III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011
Uma caneta. Algo que à primei-
ra vista parece insignificante.
Mas não é bem assim. Posso
mesmo afirmar que, hoje em
dia, são indispensáveis ao dia-a
-dia de qualquer pessoa mesmo
com a evolução das novas tec-
nologias. A princípio existiam
as canetas de aparo, que tinham
um bico triangular e tinha que
se colocar a extremidade trian-
gular num pequeno boião cheio
de tinta. Tinta essa que era cara
e muito difícil de se tirar das
mãos, quando o utilizador se
descuidava. Com o tempo foi-
se alterando o aspecto, a cor da
tinta, o formato das canetas…
Hoje em dia existem canetas de
todos os feitios; canetas de uma
só cor; canetas com tinta bri-
lhante; canetas permanentes;
canetas com as personagens
preferidas e os heróis das crian-
ças; canetas enormes com mais
de vinte e oito centímetros que
têm, normalmente, como tema
os clubes (Futebol Clube do
Porto, Sport Lisboa e Benfica,
…); canetas de bico fino ou
bico grosso; canetas de gel;
entre muitas outras.
As canetas que são usadas
podem significar diferentes
estados de espírito, diferentes
tipos de escrita. Olho a meu
redor e vejo canetas a serem
usadas, canetas sobre as mesas,
canetas em “stand by”.
Uma rapariga jovem escreve de
uma forma lenta e cuidadosa
com várias canetas de gel, de
por mais uma voltinha é geral e
há sempre aquele engraçadinho
que está sentado ao nosso lado
e tem uma tendência duvidosa
para, assim que nos apanha
mais atentos à lição e menos ao
banco, puxar o mecanismo da
alavanca do vizinho e sobres-
saltar-nos.
É certo e sabido que apesar das
inigualáveis características dos
bancos supracitados, os ditos
cujos causam, naqueles que não
resistem a sentar-se, uma terrí-
vel inércia de se levantarem ou,
como é vulgar dizer-se, uma
preguiça bem aguda, sendo
o João Pestana a bater à porta
(coisa rara, verdade seja dita),
pois um pouco de movimento
faz maravilhas e todos, ou qua-
se todos, se recompõem ao fim
de uns quantos “giros”.
Eu cá admito que usufruo das
vantagens desta excelente peça
de mobiliário, sendo frequente
aperceber-me a meio da aula de
que estou a dificultar a visão
para o quadro a meia dúzia de
inocentes, à custa de não parar
quieta com o banco.
Mas pronto, mais desculpa
menos rodopio e eu lá paro com
a agitação. No entanto, o apetite
comum que até as almas mais
enfadadas dêem por si a desejar
prolongar o tempo de aula, só
para continuarem ali alapadas.
E acreditem em mim quando
digo que tenho a minha quota-
parte de “instinto de lapa”.
Vá, gozem lá com o meu fascí-
nio por bancos de laboratório
mas cada um tem a sua propen-
são mais ou menos esquisita e
quiçá se a vossa não é algo de
natureza verdadeiramente estra-
nha (ao contrário da minha,
diga-se de passagem…) como
manias com bancas de cozinha
ou cadeiras de sala de espera…
O significado das canetas
Fascínio Móvel
Dinheiro: matéria-prima da actualidade
conseguimos sem dinheiro? Mui-
tas vezes, nem o indispensável
para garantir condições de vida
mínimas! Por exemplo, como
pode um mendigo ser feliz se
nem a sua sobrevivência pode
garantir? Como pode ser feliz
passando, muitas vezes, fome?
Isto é possível, porém para tal
suceder é preciso ter-se uma per-
sonalidade muito rara.
Só quem se distancia das triviali-
dades deste mundo é que pode
encontrar plena felicidade no
pouco que tem e não se desmora-
lizar por não ter ou não conseguir
ter nada mais. De facto, felizes
são os ignorantes, pois são os
que menos se importam com o
que não têm, tanto mais porque
desconhecem a sua existência.
Entendo, portanto, que não é a
falta de dinheiro a raíz de todos
os males, mas sim os ideais da
nossa sociedade. Será que não
há nada mais importante que
uma casa de férias ou um carro
novo? Pegando parcialmente
nas palavras de Fernando Pes-
soa, o respeito ou a amizade são
tão belas como um Ferrari, há é
poucas pessoas para o perceber!
Rafael Garcia 12º C
"Money makes the world go
round", como costuma dizer o
inglês. Em português: "o
dinheiro é que faz o mundo
girar". E é verdade! Na nossa
sociedade contemporânea, qua-
se tudo requer, directa ou indi-
rectamente, a participação de
capitais financeiros: desde com-
prar uma casa a garantir uma
boa saúde. A questão é se con-
seguimos garantir a nossa feli-
cidade sem usufruir do "quase
tudo" que o dinheiro nos dá.
Há quem admita peremptoria-
mente que tal coisa é impossí-
vel. De facto, o que é que nós
Página 11
Pegando
parcialmente nas
palavras de Fernando
Pessoa, o respeito ou
a amizade são tão
belas como um
Ferrari, há é poucas
pessoas para o
perceber!
(Cont. da pág. 10)
(Cont. pág. 13)
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Crónicas
Costumbres Navideñas
Gallo“ a las 12 de la noche.
El día de Navidad se celebra
con una comida similar a la
cena de Nochebuena, que suele
tener lugar en casa de otro
familiar, seguida de una larga
sobremesa. En algunas
co munid ad es , co mo en
Cataluña, esta comida es más
importante que la cena de
Navidad.
Se está incorporando la
costumbre de que los niños
reciban algunos regalos el día
de Navidad, porque algunos
padres piensan que los niños
disfrutan más tiempo de los
juguetes si los reciben este día
que si los reciben el día 6 de
enero.
NOCHEVIEJA Y AÑO
NUEVO
La noche del 31 de diciembre,
Nochevieja, no tiene el carácter
familiar de la Nochebuena. En
algunos casos comienza con
una cena en familia pero, a
continuación, los miembros más
jóvenes celebran la despedida
del año viejo y la llegada del
año nuevo en alguna fiesta con
amigos.
Otras personas prefieren
despedir el año en uno de los
muchos restaurantes que
ofrecen cena y cotillón. Todos
los españoles coinciden en una
costumbre a la hora de terminar
el año viejo: toman las doce
uvas de la suerte. Las uvas
están preparadas de antemano y
se toman de una en una al
compás de las campanadas
del reloj, que indican el final
del año. A continuación se
felicitan el Año Nuevo y
brindan con champán.
El lugar típico por excelencia
en Madrid, para tomar las
uvas, es la Puerta del Sol. La
televisión retransmite las doce
campanadas del reloj de la
Puerta del Sol y los españoles
suelen tomar las doce uvas
siguiendo esta retransmisión.
Las personas que salen a
cenar fuera de casa esta noche
celebran la llegada del año
nuevo bailando durante toda
la noche. Algunos, antes de
retirarse a casa, ya por la
mañana, toman chocolate con
churros. La comida de Año
Nuevo es una comida
familiar.
LOS REYES MAGOS
El día 6 de enero se celebra la
festividad de los Reyes
Magos. Según la tradición,
Melchor, Gaspar y Baltasar le
llevaron al niño Jesús oro,
incienso y mirra.
El día 5 de enero por la tarde
se celebra, en todas las
ciudades y en los pueblos
grandes, la cabalgata de los
Reyes Magos. Los niños salen
a la calle para verla y recoger
los caramelos que los pajes
les van
tirando. La
cabalgata
consiste en
un desfile
NOCHEBUENA Y NAVIDAD
(24 y 25 de diciembre)
El día 24 de diciembre, las
familias españolas se reúnen
para celebrar la cena más
importante del año. Por lo
general, se juntan no sólo los
padres y los hijos que viven
juntos habitualmente, sino
también los abuelos, tíos,
primos y el resto de los
parientes.
L a c e n a t i e n e l u g a r
normalmente en casa de los
abuelos, aunque a veces se
celebra en casa de alguno de los
hijos. Suele ser una cena
exquisita y abundante, en la que
no faltan los mariscos, el
cordero, el jamón, el besugo, el
pavo, el vino y el champán.
Aunque los platos típicos varían
mucho de unas regiones a otras,
todas ellas tienen en común los
dulces característicos de
Navidad: el turrón, los
mazapanes, los polvorones, las
p e l a d i l l a s , l a s f r u t a s
escarchadas, los frutos secos
( n u e c e s , a v e l l a n a s ,
almendras...), las pasas, los
higos secos…
Durante esa noche se escuchan
y se cantan villancicos, y se
aprovecha la ocasión para
ponerse al día en las noticias
familiares, sobre todo si los
miembros de la familia no
viven en la misma ciudad
durante el año. Algunas
familias asisten a la ”Misa del
Página 12
LA LOTERÍA DE NAVIDAD (22
de diciembre)
Las fiestas de Navidad comienzan el
22 de diciembre con el sorteo de la
lotería de Navidad.
Casi todos los españoles compran
décimos para ese sorteo, aunque no
sean aficionados a jugar y no lo
hagan normalmente a lo largo del
año. Un décimo corresponde a una
de las diez partes que tiene cada uno
de los números de la lotería. El
sorteo de la lotería de Navidad
concede un primer premio de
muchos millones de euros. A este
premio se le llama ”el gordo“.
Es una costumbre muy frecuente
comprar un número entre todos los
compañeros de trabajo y repartirse
entre ellos los décimos. También los
distintos miembros de las familias se
reparten participaciones del mismo
décimo.
El sorteo se celebra durante la
mañana del día 22. De un bombo
salen los números y de otro los
premios. Dos niños del colegio de
San Ildefonso se encargan de cantar
números y premios. El sorteo se
retransmite por radio y televisión y,
al día siguiente, aparecen los
resultados en los periódicos.
Normalmente, el día 22 de
diciembre es el último día de clase
en los colegios e institutos
españoles. Empiezan las vacaciones
de Navidad. Los estudiantes se
incorporan a las clases un día o dos
después de Reyes.
Normalmente este primer día de
vacaciones se aprovecha para
adornar la casa. Se suele poner el
nacimiento o belén, y el árbol de
Navidad.
(Cont. pág. 13)
Tradições III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011
espalda.
Los medios de comunicación,
prensa, radio y televisión, se
suman a esta celebración dando
noticias falsas, que casi siempre
carecen de importancia.
LOS VILLANCICOS
Los villancicos son canciones
populares de Navidad, que
cuentan hechos relativos a
Belén o a la familia de Jesús.
La mayoría de los villancicos
surgieron del pueblo, por eso el
acompañamiento musical es
bastante sencillo. Algunos
instrumentos musicales que
acompañan a este tipo de
canciones son: la pandereta
(especie de tambor que lleva
sonajas en el aro), el almirez
(recipiente de material duro que
se usa en las cocinas para
machacar los
ajos y el
perejil), las
botellas de
a n í s q u e
p r o d u c e n
sonidos al ser
rascadas con un palo, la
za mb o mb a ( in s t ru men to
musical compuesto de una caja
redonda abierta por un extremo
y cerrada por el otro con una
piel muy tirante que tiene en
el centro, bien sujeto, un
palo), las castañuelas (piezas
de madera cóncava en forma
de castaña que suenan al
chocar unas con otras), etc...
Es frecuente que en el colegio
se aprendan villancicos y que
las familias los transmitan
también a sus hijos. En los
p u eb lo s esp añ o les es
costumbre que un grupo de
amigos vaya por las casas
cantando villancicos y, a
cambio, reciben el aguinaldo.
El aguinaldo consiste en
pequeños regalos o dinero. No
sólo reciben el aguinaldo los
niños que cantan villancicos,
también lo reciben las
personas que ejercen ciertos
oficios: los barrenderos, los
carteros y los porteros cuando
felicitan las Pascuas a la
gente.
LOS BELENES
Aunque cada año se extiende
más la costumbre anglosajona
de adornar el árbol de
Navidad, en muchas casas se
sigue montando el belén.
Normalmente los belenes tienen
las figuras de María, José, el
Niño, la mula y el buey. Pero
hay también belenes que son
verdaderos pueblos en miniatura
y tienen ríos, montañas,
cascadas, estanques, pastores,
o v e j a s ,
lavanderas... En
m u c h a s
ciudades se
o r g a n i z a n
concursos de
belenes.
EXPRESIONES NAVIDEÑAS
Feliz Navidad!
Fel ices Pascuas y
próspero Año Nuevo!
Que paséis unas felices
fiestas!
Feliz Nochebuena!
Que paséis una buena
noche!
- Vosotros también.
Que os traigan muchas
cosas los Reyes!
- A ti también.
Costumbres Navideñas
Página 13
en el que participan los tres Reyes
Magos y su séquito. Los Reyes van
montados en caballos o en
camellos y llevan cajas con
grandes lazos que figuran los
regalos que van a dejarles a los
niños.
Esa noche, los niños dejan los
zapatos cerca de la puerta de la
calle o de una ventana y preparan
un plato con alimentos para los
Reyes y sus pajes; se acuestan
temprano y esperan que los Reyes
les traigan lo que han pedido en la
carta que han escrito.
Si han sido buenos, recibirán los
juguetes que han pedido; si no lo
han sido, recibirán carbón dulce.
El día 6, los niños se levantan muy
temprano para ver los regalos;
juegan con los juguetes recibidos y
visitan a sus familiares para
recoger los regalos que los Reyes
han dejado en sus casas. Las
personas mayores también reciben
regalos.
LAS
INOCENTADAS
El día 28 de diciembre, festividad
de los Santos Inocentes, es el día
de las ”inocentadas“. Consisten en
gastar bromas a otras personas
haciéndoles creer algo que no es
c i e r t o u
obligándolas a
h a c e r a l g o
ridículo, como
pasearse con un
muñeco de papel
pegado en la
(Cont. da pág. 12)
♪ ♫
♪
várias cores. Talvez esteja a
escrever uma carta para o seu
mais recente amor. Um adoles-
cente entra, senta-se, pega rapi-
damente numa caneta de bico
grosso e começa a escrever de
forma rápida (muito rápida!) e
descuidada. E, em menos de
cinco minutos, acaba o que tinha
a fazer (talvez um trabalho de
casa que se tenha esquecido),
arruma tudo e volta a sair para
ir aproveitar o que lhe resta do
intervalo. Uma mulher jovem
usa uma caneta de tinta perma-
nente e escreve lentamente.
Talvez esteja a definir o seu
futuro e quer que ele permaneça
tal como o está a escrever.
Também se encontram outros
que apenas olham para o papel
e esperam que a caneta, pousa-
da na mesa, se erga e comece a
escrever sozinha. Outros,
rodam a caneta entre as mãos,
talvez por usarem demasiadas
vezes a caneta, ela já esteja a
ficar sem tinta ou talvez não;
talvez a usem pouco e a tinta já
esteja seca.
Talvez as canetas perdurem nos
tempos. Talvez as canetas não
sejam esquecidas. Ou talvez
não.
Ana Aguiar, 10ºD
O significado das canetas (Cont. pág. 11)
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Tradições
Three Little Ghosts Three little ghosts on Halloween night
Saw a witch and freaked in fright
The witch just laughed and shouted, "Boo!"
One ghost ran home and then there were two.
Two little ghosts who shiver and shook
With every single step they took.
When the door opened wide
A goblin said to the other...
“I'm going home and stay with my mother”.
One little ghost can't have much fun, so he ran home, and
then … there were none.
the teachers
CREATE A GHOST STORY: I saw a house in the middle of a swamp,
Nature, birds and squirrels in jumps
Kids playing in huge house trees
Lovely bears eating honey of bees.
But, suddenly, one scary wolfman appears
And children started to fall in tears
All the animals ran away
And the wolfman said: “I have something to say.
I’m shrek, so don’t be afraid.”
The shock turns to surprise
And a smile, on their faces, rises…
The ogre is not a freak
So he screamed: “Trick or treat!”
11th form B+C
Authors: Nelson Gonçalves, Telmo Marques
29th October 2010
THE MONSTER WHO WAS MIS-
UNDERSTOOD…
This is a tale of poor old Frank --
Frank the monster, not Tom, Rich, or Hank.
He was created by a scientist in a great house.
A house on a mountain, much too big for a mouse.
There in the basement, the doctor toiled night and
day,
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with the help of his friend Igor, who had little to say.
Finally, when all was assembled like a bike,
a bolt of lightning gave dear Frank his new life.
He sat up from the table where he laid for months,
scratched his square head, and said "I'm ready for
lunch!"
He crashed through the door, and went into town,
where he arrived at the diner and tried to sit down.
But everyone screamed, and left their plates hot.
Even the cooks ran away without their prized pots.
So Frank could have nothing to quell his belly's rum-
ble,
not a burger, or fries, or even Apple Pie Crumble.
He was almost in tears, and very, very sad,
and walked into the streets where everyone went mad,
and screamed in horror at Frank's sight.
No one had seen such a thing in their life.
Frank tried to explain, "I'm just hungry, that's all.
I mean you no harm, even though I am tall."
A little girl saw him where she sat on the corner,
and thought, he's not so scary, in fact he might be an
orphan.
So she walked up to Frank and tugged at his sleeve,
and said, "My name is Cynthia, Cindy if you please."
He said, "I'm just a little hungry, and don't know
where I am."
"That's O.K.," Cindy answered, and pulled out some
ham--
ham for a sandwich she was waiting to make,
and she pulled out two slices of bread freshly baked.
They sat on the corner to a half sandwich each,
both happy, and smiling as a sunny day peach.
Tradições III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011
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CREATE A GHOST STORY:
I went to see Anagog, as usual, at a typical cold
breaking dawn.
I entered the forest and I smelt a stinky odor.
Then, I started walking faster … and faster until
I glanced my black hairy best friend, the giant
spider Anagog. Its outstanding legs were di-
rected to the rainy sky as if begging God for life
… but… too late…
It was surrounded by a blood spread and its eyes were
fierce as bones … Who? Who did it? But the HALLOW
there was I … just a wandering ghost…
Suddenly, a battle mob of little spiders was coming out of
the belly’s mum and I could see in their tiny and familiar
eyes that they were thirsty for my blood.
I was to become the next… 11th form B+C
Authors: Márcia Tavares, Cláudia Almeida, Filipa Saraiva, Rita Pinho
29th October 2010
Natal, números e liderança
1. O conhecimento constitui o
instrumento fundamental para
que qualquer cidadão possa
alcançar o seu desígnio maior: a
LIBERDADE.
Só o conhecimento permite a
tomada de decisão, isto é, a
CONVICÇÃO, através da qual o
Homem efectua conscientemente
escolhas e garante a sua autono-
mia.
Os momentos históricos de maior
instrumentalização caracteriza-
ram-se pela redução programada
da capacidade de conhecimento
dos cidadãos, reconhecendo-se
à cultura uma dimensão subver-
siva, porque fomentadora da
consciência crítica e da capaci-
dade reivindicativa do Homem.
A escola pública, enquanto
garante de uma educação que se
pretende universal, representa a
ins t i tuição
com maior
significado
social no
desenvolvi-
mento do
conhecimen-
to e na
garantia da
au to no mia
futura dos cidadãos pelo que
deverá constituir-se sempre
como referência na dinamiza-
ção do conhecimento nos seus
mais diversos aspectos.
E, por isso, também deve assu-
mir-se como o espaço por exce-
lência para o fomento da cultu-
ra, do humanismo, do debate e
da partilha do saber – em suma,
da dignificação e qualificação
do Homem.
2. A difícil situação em que as
sociedades ocidentais hoje se
encontram resultou, em primei-
ro lugar, de uma clara falta de
visão crítica sobre um modelo
social que prometia colocar ao
serviço de todos um bem-estar
MATERIAL até aqui não
alcançado.
Sempre que as sociedades se
desumanizaram e o número
imperou sobre a pessoa, o ser
humano foi substituído por uma
sigla numérica que resultou na
ausência dos seus mais elemen-
tares direitos: o número não
tem rosto.
Os modelos sociais dominados
pelos números e pelas estatísti-
cas resultaram sistematicamente
em situações sociais de grande
precariedade em que o mais
elementar sentido de solidarie-
dade foi substituído pelo mais
decadente egoísmo.
Nestas circunstâncias, as lide-
ranças, escudadas em estatísti-
cas facilmente manipuláveis e
incompreensíveis para muitos,
foram tendencialmente instru-
mentalizadas, fracas e incultas.
3. As escolas não se encontram
imunes aos modelos das épocas
a que reportam: foram invadi-
das por estatísticas e fenómenos
de avaliação que tendem a
substituir a força do exemplo e
da liderança pela fraqueza da
atitude salvaguardada numa
entidade numérica abstracta.
Q u a n d o s e
deviam afirmar
como dinamiza-
dores culturais
das sociedades,
como exemplo e
referência na
defesa dos prin-
cípios humanis-
tas, entidades
subsidiárias do fenómeno da
solidariedade, as escolas apro-
ximam-se perigosamente de
realidades dominadas pelas
estatísticas e geradoras de rela-
ções desumanizadas.
Este Natal, e provavelmente
alguns mais que se aproximam,
será uma boa oportunidade para
que cada um de nós se confron-
te com a sua capacidade de
recuperar valores que nunca
como hoje fazem sentido: o ser
verdadeiramente solidário, que
passa pela mais simples tarefa
de partilhar e ajudar os que se
encontram ao nosso lado.
Bom Natal!
Mário Luís Melo Ferreira, pro-
fessor de Artes Visuais
Nota: o presente
artigo foi redigido
na perspectiva do
jornal ser editado
antes do Natal.
Contudo, apesar da
passagem da data
deste evento, as
questões que aqui
são abordadas
continuam actuais,
justificando-se a
sua publicação.
(Cont. da pág. 14)
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Opinião/Reflexão
Equipa de Voleibol - Juvenis femininos
Iniciou-se uma nova época do Desporto Escolar e, mais um ano, o professor Joaquim
Coelho é o responsável pela equipa juvenil feminina de voleibol (alunas nascidas nos
anos de 94 e 95…). Os treinos decorrerão às terças-feiras (16:10 – 18:00h) e às
quartas-feiras (14:30h – 16:55h). Neste momento estão inscritas 13 alunas: Ana
Cláudia Silva (11ºB), Ana Carina Silva (11ºB), Ana Gabriela Valente (10ºF), Ana Rita
Pinho (1ºASC_A), Bruna Pereira (2ºTD), Carina Costa (11ºB), Carina Santos (2ºTD),
Carla Ribeiro (10ºE), Cláudia Fernandes (11ºE), Mariana Cunha (11ºB), Sara Pinho
(1ºTD), Sara Ribeiro (1ºTD) e Catarina Magalhães (10ºE).
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Equipa de Voleibol - Juniores
femininos
2010/2011
Iniciou-se mais um ano lectivo e com ele começou uma nova época de Desporto Escolar.
Este ano, o professor Nuno Guerra irá orientar a equipa júnior feminina de voleibol
(alunas nascidas nos anos de 93, 92, 91, …) e os treinos decorrerão às terças-feiras
(17:30h – 18:15h), às quartas-feiras (14:30h – 16:55h) e à quinta-feira (16:10-17:40).
Neste momento já se inscreveram 14 alunas: Lorina Gaspar (12ºE), Cátia Fonte (12ºE),
Vanessa Lima (12ºE), Patrícia Guimarães (12ºE), Patrícia Brito (11ºA), Marisa Lopes
(12ºB), Cátia Salvador (12ºB), Marta Inácio (12ºB), Ana Mafalda (11ºE), Marisa Tava-
res (2ºASC), Olívia Pinho (2ºASC), Vera (2ºASC), Filipa Silva (10ºE) e Andreia Silva
(10ºE).
Decorreu no dia 23 de Junho, no pavilhão. Este torneio
decorreu no dia 11.01.11, atraindo muitas dezenas de
alunos, que passaram uma manhã a jogar basquetebol
de uma forma empenhada e com grande fair play.
Jogos Professores x Alunos
Compal Air
3x3
Jogos de voleibol, futsal feminino e masculino permitiram manter a tradição.
Pena é que, ao entusiasmo demonstrado pelos alunos e alguns professores,
não seja possível ter assistências como há alguns anos atrás.
Com a brilhante participação da APROJ,
de S.J. Madeira e das nossas equipas de
voleibol, decorreu mais um Torneio de
Natal. O entusiasmo das alunas foi uma
constante e, no final, a Directora da Escola
e o Presidente da Assembleia de Escola
abrilhantaram a entrega de prémios.
Torneio de Natal
em Voleibol
Desporto Escolar III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011
La France
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Vrai ou faux?
Dans cette grille, il y a 14
adjectifs: 7 placés
horizontalement et 7
verticalement. Retrouve-les.
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Passatempos
Particularmente interessados nestas actividades, estiveram os alunos
do 12º E que têm à sua responsabilidade a feitura do jornal “A Sel-
va” e cujos projectos da disciplina de Área Projecto se situam na
área do jornalismo. Daí que seja expectável que o produto final dos
projectos em causa, nos quais se incluem as futuras edições d‟ “A
Selva”, venham a reflectir os conhecimentos e motivação que esta
visita a um espaço de comunicação futurista onde marcam presença
as mais actuais tecnologias multimédia proporcionou.
Página 18
(Cont. da pág. 1)
“os alunos do 11º
de Artes Visuais e
do 12º de
Humanidades
foram jornalistas
num grande jornal
nacional”
Obras
na Escola
O novo bar e a nova
cantina da escola
entraram em funciona-
mento no final do ano,
apesar de ainda falta-
rem alguns equipa-
mentos e as obras ain-
da não terem sido con-
cluídas na totalidade.
Entretanto, estão a ser
instalados novos equi-
pamentos multimédia
nas salas de aula,
estando para breve a
conclusão das obras.
No bar está também
em actividade o Pro-
jecto Diversão Soli-
dária.
Brevemente, haverá
mais novidades.
Diversos III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011
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