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Para a autora, "As transformações de avaliação são multidimensionais. Uma grande questão é que avaliar envolve valor, e valor envolve pessoa. Nós somos o que sabemos em múltiplas dimensões. Quando avaliamos uma pessoa, nos envolvemos por inteiro - o que sabemos, o que sentimos, o que conhecemos desta pessoa, a relação que nós temos com ela. E é esta relação que o professor acaba criando com seu aluno. Então, para que ele transforme essa sua prática, algumas concepções são extremamente necessárias. Em primeiro lugar, o sentimento de compromisso em relação àquela pessoa com quem está se relacionando. Avaliar é muito mais que conhecer o aluno, é reconhecê-lo como uma pessoa digna de respeito e de interesse."
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JUSSARA HOFFMANN
Douglas Freitas
Cada um pensa como pode. Nós só podemos compreender as coisas a partir do que somos sabemos e sentimos.
Olhar os outros e as pessoas que nos cercam nada mais é do que fazer um sensível leitura do mundo. É aprender conviver
com palavras, textos e contextos diferentes e buscar consenso.
Pensar de forma diferente só acontece a partir do diálogo entre os elementos da ação educativa, da permanente
reflexão sobre a prática.
Critica as pesquisas cujas perguntas se revelam ambíguas
RESPEITAR PRIMEIRO EDUCAR DEPOIS
A autora fala da urgência na revalorização da imagem do professor, devolver-lhes o
orgulho de uma profissão imprescindível a qualquer sociedade culta e democrática.
Não há mudança sem o sofrimento da transição do próprio esforço implicado que exige, muitas vezes, renúncia, disciplina,
dedicação.
PROCURAM-SE PROFESSORES
Não há mudança sem o sofrimento da transição do próprio esforço implicado que exige, muitas vezes, renúncia,
disciplina, dedicação. 1º Dilema: não se pode ensinar ao professor oque ele precisa
aprender – aprendizagens significativas são reconstruções próprias.
2º Dilema: mudanças resultam em sofrimento. 3º Dilema: mudanças permanentes desenvolvem-se passo a
passo. UM APAGÃO NA EDUCAÇÃO: a autora refere-se ao
descompasso revelado pela escola inclusiva onde todos são sempre todos e não há um acompanhamento da
aprendizagem de cada um.
UM PASSO PRA FRENTE, DOIS PRA TRÁS
Participar da educação dos filhos não é decidir os rumos da escola, assim como professores não devem delegar aos pais a
função pedagógica.
PROFESSOR SEM STRESS – a chave de seu mal estar está na impossibilidade de dar conta com a competência desejada da
tarefa docente.
VOLTA ÀS AULAS, ALUNO, OU PESSOA, PROFESSOR? – Admirar o aluno pressupões a escuta do silêncio e dos ruídos
na comunicação. É preciso saber mais do aluno, co nhecer suas histórias.
OS PAIS NA ESCOLA: PARTICIPAR OU DECIDIR
Conviver/sensibilizar-se é o compromisso do educador, por um lado, e, por outro, a grande
magia da tarefa educativa
VOLTA ÀS AULAS: ALUNOS OU PESSOAS,
PROFESSOR
Final de ano nas escolas, mas não final de caminho. Avaliar em educação significa acompanhas as mudanças, admirando aluno
por aluno em seus jeitos especiais de ser de aprender a ler e escrever a conviver.
ACESSO OU PERMANÊNCIA – A autora aponta tres fatores que contribuem para a repetência, o primeiro refere-se ao foco no
ensino e não na aprendizagem; segundo: a avaliação cumpre um papel burocrático e o terceiro: as ações são sempre uniformes e
padronizadas. Somente a observação curiosa e investigativa permanente é que leva o professor a tomar consciência da heterogeneidade, buscando a diferenciação pedagógica –
registros, dados mediadores essenciais para o acompanhamento individual.
TEMPO DE ADMIRAÇÃO E NÃO DE REPROVAÇÃO
A autora aponta os riscos de organizar turmas homogêneas: prejuízo à autoestima e ao desenvolvimento de crianças e jovens decorrentes de expectativas rígidas da escola em relação a atitudes e rítmos de aprendizagem; torná-los
competitivos e individualistas, limitados e inseguros fora de seus feudos ou grupos de iguas. Segundo a autora isso em
nada contribui para sua cidadania e sociabilidade
ENTURMAÇÃO
Aprender é como respirar, cada suspiro ou novas vivências representa sempre novas aprendizagens.
É preciso ter a intenção de se valorizar as diferenças entre os estudantes no sentido de provocar a diversidade do agir, do
pensar, de formas de se expressar.
A melhor escola é a que se constitui em um espaço de aprendizagem com muita liberdade e prazer sem o estigma
da obrigação, da competição e do fracasso
A ESCOLA QUER ALUNOS DIFERENTES
Ensino de 9 anos – sistema de progressão continuada nos dois primeiros anos e o
acompanhamento por meio de relatórios descritivos. Segundo a autora esses relatórios permitem tirar os alunos do anonimato e elevando-os a condição de
pessoas, sujeitos de uma história única. Muitos sabem que eles não sabem, mas não sabem o
que não sabem e nem porque não sabem. A avaliação mediadora procura responder às
questões: em que dimensões da aprendizagem cada aluno apresenta avanços ou necessidades? Qual a
razão dos jeitos e tempos de aprender de cada um? Em que área do desenvolvimento precisaria maior
atenção ou novos desafios? Que alternativas pedagógicas individuais ou coletivas poderão ser
desenvolvidas?
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO 1 – COMPREENDER E
COMPARTILHAR HISTÓRIAS
Visão comportamentalista: acompanhar para ver e registrar o que viu
Perspectiva mediadora: acompanha-se para observar a evolução, refazer o processo junto ao aluno, propor-lhe
novos desafios (mediação).
Nessa concepção, entende-se que tal acompanhamento é sempre de caráter multidimensional jeitos e tempos de
aprender de cada um?
Em que área precisaria de maior atenção ou de novos desafios?
Que alternativas pedagógicas individuais ou coletivas poderão ser desenvolvidas?
A autora defende que boletins de notas ou conceitos, fichas e pareceres classificatórios impedem que educadores tenham
vez e voz para narrar suas diferentes formas de agir e de intervir no que tange ao acompanhamento individual, uma
vez que ela entende que isso contribui sobremaneura para a formação docente.
Com base em Schon, (2000) aponta que o autor seja autor/ reconstrutor das suas práticas educativas/avaliativas
dedicando o tempo de observar, para refletir e e reconstruir/mediar.
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO 2: DO AGIR AO PENSAR NA FORMAÇÃO
DOCENTE
A perspectiva mediadora tem por fundamento os princípios da avaliação contínua e formativa.
Mediação é interpretação, diálogo, interlocução.
A finalidade da avaliação não é de descrever, justificar, explicar o que o aluno alcançou em termos de aprendizagem,
mas a de desafiá-los todo tempo a ir adiante, a avançar confiando em suas possibilidades, sobretudo o apoio
pedagógico a cada um.
AVALIAÇÃO MEDIADORA É FORMATIVA
Crítica ao sistema, o descaso das autoridades em relação ao investimento na construção de creches, pré-escolas, em
professores, em educação.
INFÂNCIA ATROPELADA – Outra crítica em relação a entrada precoce, ao aumento dos dias letivos. Mais tempo
para alfabetizar não significa alfabetizar melhor assim como o aumento dos dias letivos não melhorou a qualidade da educação no país. O ingresso antecipado à escola vai na
direção oposta a uma escola inclusiva.
EDUCAR PRIMEIRO PARA NÃO APRISIONAR DEPOIS
Não há educação sem repeito mútuo entre educador e ducando, muito menos sem diálogo e confiança. Educar para o não é sempre mais difícil do que simplesmente dizer não,
pos exige paciência e persistência.
DIZER NÃO OU EDUCAR PARA O NÃO
Avaliar é tão mágico, quanto ler! Ao avaliarmos nos transformamos em leitores de sujeitos, de seus textos e contextos, o que nos remete à leitura de nós mesmos,
construindo e reconstruindo sentidos nessa interlocução.
O bom leitor/avaliador contralê o texto, busca suas contradições. Avaliar, por isto, produz instabilidade, dúvidas,
incertezas. È humilde.
LEITURA E AVALIAÇÃO:NAS ENTRELINHAS DOS TEXTOS E
CONTEXTOS
Você não pode embarcar de novo na vida quando ela termina, mas um livro por mais complexo ou difícil que seja, você pode
voltar ao seu começo , ler de novo e compreender o que é difícil, assim entendendo também a vida.
Saber escolher os textos certos, é preciso ser um apaixonado pela leitura. É preciso dar tempo ao leitor para conversar
sobre as metáforas, as leituras que cada um fez.
APRENDER A LER OU GOSTAR DE LER?
Cuidar que o aluno aprenda mais e melhor, todos os dias: isso é avaliar. É acompanhar o processo de construção do conhecimento, envolve um conjunto de procedimentos
didáticos.
A autora adota como referencial teórico a teoria Piagetiana.
POR UMA MUDANÇA EFETIVA NA AVALIAÇÃO
A finalidade das tarefas avaliativas na perspectiva mediadora é refletir sobre o que o aluno aprendeu até aquele momento.
Analisar as alternativas erradas para acompanhar os rumos de seu pensamento.
.A avaliação é uma atividade ética. Sugere questões dissertativas para dar oportunidade do aluno expressar-se
individualmente. Segundo ela a análise dessas respostas é o pulo do gato em termos de avaliação mediadora
PRÁTICAS AVALIATIVAS E INSTRUMENTOS DE
AVALIAÇÃO
Dois princípios fundamentam o processo mediador: PROVISORIEDADE E COMPLEMENTARIDADE
Sugere a formação de grupos produtivos, espaços interativos de aprendizagem com a intenção de
provocar o conflito, o debate o compartilhamento de saberes.
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