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LEONEL VICENTE
Prefácio de Vítor Serpa
TOMAR – 2014
2
Índice
PREFÁCIO 13
INTRODUÇÃO 17
PARTE I – ANOS ÁUREOS 21
Capítulo 1 – Subida à I Divisão [1967-68] 23
Capítulo 2 – Estreia na I Divisão [1968-69] 39
Capítulo 3 – Primeira despromoção [1969-70] 73
Capítulo 4 – Regresso imprevisto à I Divisão [1970-71] 99
Capítulo 5 – De novo no convívio dos “grandes” [1971-72] 121
Capítulo 6 – E os peixes do Nabão não se quiseram curvar… [1972-73] 149
Capítulo 7 – Campeões Nacionais [1973-74] 179
Capítulo 8 – O carrossel do sobe-e-desce [1974-75] 203
Capítulo 9 – Fecha-se um ciclo [1975-76] 227
Capítulo 10 – Figuras 255
PARTE II – PRIMÓRDIOS 263
Capítulo 1 – Nascimento do futebol em Portugal [1888-1914] 265
Capítulo 2 – Fundação [1914] 275
Capítulo 3 – Jogos inaugurais [1915-1923] 287
Capítulo 4 – Primeiros campeonatos – A “Liga Tomarense” [1923-1930] 307
Capítulo 5 – Interregno [1930-1936] 345
Capítulo 6 – “Refundação” [1936] 359
Capítulo 7 – Antecâmara dos primeiros títulos [1936-1941] 367
3
PARTE III – PREPARANDO O FUTURO 395
Capítulo 1 – Anos de “ressaca” [1943-52] 397
Capítulo 2 – Novo interlúdio - A fusão falhada [1952-55] 425
Capítulo 3 – Segunda “refundação” [1955] 435
Capítulo 4 – Ascensão [1956-64] 437
Capítulo 5 – Estruturação [1965-67] 487
PARTE IV – MATURIDADE 519
Capítulo 1 – A II Divisão, de novo [1976-77] 521
Capítulo 2 – O “Rei” Eusébio e Simões no União [1977-78] 531
Capítulo 3 – Perda de influência e descida [1978-80] 547
Capítulo 4 – De regresso à III Divisão [1980-82] 563
Capítulo 5 – Fugazmente na II Divisão [1983-84] 575
Capítulo 6 – Descida ao abismo [1984-85] 585
Capítulo 7 – O Distrital, vinte anos depois [1985-87] 591
Capítulo 8 – Ganhando novo balanço [1988-89] 601
Capítulo 9 – Última passagem pela II Divisão [1990-93] 609
Capítulo 10 – Tentativa de resistência nos Nacionais [1993-97] 639
PARTE V – TEMPOS DIFÍCEIS 665
Capítulo 1 – Declínio e última passagem pela III Divisão [1998-2002] 667
Capítulo 2 – Queda e “bater no fundo” [2002-05] 689
Capítulo 3 – Reerguer, a partir do “nível zero” [2005-06] 703
Capítulo 4 – Estabilização no Distrital [2006-09] 709
Capítulo 5 – Sobrevivência [2009-14] 725
4
PARTE VI – TÍTULOS 745
Capítulo 1 – Primeiro(s) título(s) [1941-42] 747
Capítulo 2 – Bi-Campeão Provincial do Ribatejo [1942-43] 759
Capítulo 3 – Campeão da II Divisão Distrital [1955-56] 767
Capítulo 4 – “Bi-Campeão” da II Divisão Distrital [1957-58] 773
Capítulo 5 – Campeão da I Divisão Distrital [1964-65] 779
Capítulo 6 – Campeão Nacional da III Divisão [1964-65] 791
Capítulo 7 – Vencedor da Zona Norte da II Divisão [1967-68] 807
Capítulo 8 – Campeão Nacional da II Divisão [1973-74] 811
Capítulo 9 – Vencedor da Série D da III Divisão [1982-83] 815
Capítulo 10 – Campeão da I Divisão Distrital [1987-88] 827
Capítulo 11 – Vencedor da Série D da III Divisão [1989-90] 837
Capítulo 12 – Campeão da I Divisão Distrital [1997-98] 847
Capítulo 13 – Formação 857
PARTE VII – CENTENÁRIO 859
A) Palmarés 861
B) Presidentes dos Órgãos Sociais 862
C) Treinadores 864
D) Jogadores 865
E) Fichas de jogos na I Divisão 873
F) Fichas de jogos – Finais dos Campeonatos da II Divisão e da III Divisão 894
G) Resultados 895
H) Classificações 923
FONTES E BIBLIOGRAFIA 945
PATROCINADORES E SUBSCRITORES 953
5
Prefácio
O União de Tomar completa neste ano de 2014 cem anos de existência. Estará, assim, entre os
vinte clubes mais antigos de Portugal que ainda hoje mantêm viva a prática de futebol. É, pois, uma data
especial de um clube especial.
Daí, esta obra que temos a honra e o gosto de prefaciar. Cerca de mil páginas sobre a história
exaustiva do clube. Um desfile memorável de acontecimentos, de campeonatos, de jogos, de figuras
ilustres de cada época, de jogadores, de treinadores, de dirigentes, momentos de grande euforia e,
outros, de profunda desilusão. […]
Trata-se de um trabalho, a todos os títulos, notável. Pela trabalhosa investigação, pela minúcia do
projeto, pela dimensão da obra, pelo que ela nos oferece, não apenas da realidade de cada passo dado
por este clube, desde a sua fundação, muito marcada pelos ideais republicanos ainda florescentes em
1914, mas também do contexto regional e nacional de cada época. […]
Leonel Vicente escreve esta obra como se de um escultor se tratasse. Ele esculpe a palavra e a
frase com a paixão de um artista que trabalha a pedra. Com técnica, mas, também, com afeto. É, afinal,
do seu União que nos escreve. […]
Cresceu o clube e cresceu a cidade. Tomar passou a estar diariamente nas páginas dos jornais,
olhada e vista pelo país e pelo mundo, e todos os grandes jornalistas dos anos sessenta e setenta falaram
e escreveram sobre o clube, a cidade e as suas gentes. […]
Tudo isso, Leonel Vicente nos relembra. Transcreve pequenos trechos de crónicas, de entrevistas,
de reportagens. Não de forma avulsa e sem critério. Antes impregnadas de um rigor sistemático e sem
quebras. Assinale-se, por imperativo de justiça, a importância decisiva da imprensa regional, como
indispensável fonte de informação. […]
Calcularão, pois, que fui lendo todas estas páginas de glória do União de Tomar sentindo emoção
e saudade. […]
O retrato é fiel nos grandes e nos pequenos momentos. Na alegria e na tristeza. Na esperança e no
desespero. Não devemos, porém, demorar demasiado o leitor nesta porta de entrada para o grande livro
do centenário do União de Tomar. Parece-me, no entanto, importante reafirmar que, indiscutivelmente,
se trata de um livro invulgar. Um documento precioso. Quando se termina, depois de navegar por tantas
e tantas páginas da história do clube e da história de Tomar, sentimos, muito claramente, que nada nem
ninguém poderia contar melhor a vida centenária do União.
Por fim, gostaria de juntar as maiores felicitações ao União de Tomar pelos seus cem anos de
existência, às não menos justas felicitações a Leonel Vicente pela dimensão da sua obra. Um trabalho
notável, do qual se poderão legitimamente orgulhar não apenas os adeptos do União, mas todos os
cidadãos de Tomar.
Vítor Serpa
Director do jornal “A Bola”
6
1.
Subida à I Divisão
[1967-68]
Tudo terá começado, “a sério”, no dia 4 de Fevereiro de 1968, em Leça da Palmeira.
Depois de uma primeira parte de superioridade dos leceiros, no final da qual venciam por 3-0,
«no segundo tempo, porém, a equipa tomarense efectuou extraordinária recuperação»1:
«Embora a perder por 3 bolas ao intervalo, isso não significava, de forma alguma, um domínio
esmagador do Leça, antes foram alguns acidentes próprios do jogo. Permitindo, é certo, pelo seu figurino
táctico, que o jogo se desenrolasse mais no seu meio campo, o União nunca foi dominado, mas antes
demonstrou ao longo de todo o jogo uma superioridade técnica apreciável.»2
Com um endiabrado Alberto, autor de um “hat-trick”, a turma unionista conseguiria chegar ao
empate em apenas onze minutos, acabando por vencer este jogo épico por 5-3 – uma espécie de
“pequena Coreia” da formação nabantina, recordando a sensacional reviravolta do Portugal - Coreia do
Norte, ocorrida cerca de ano e meio antes, no Campeonato do Mundo de 1966:
«Com o começo do 2.º tempo, o União imprimindo um pouco mais de velocidade de jogo, sempre
com o jogador que transportava a bola bem apoiado por um ou dois companheiros, começou a abrir brechas
na defensiva local que nunca mais se entendeu com a marcação do ataque tomarense.»3
Uma partida repleta de histórias… Na sequência da lesão do defesa central, Maçarico – num
tempo em que não haviam ainda sido introduzidas as substituições –, o treinador Óscar Tellechea ver-
se-ia obrigado a uma verdadeira revolução táctica: no início da segunda parte, o avançado Totói recuaria
para defesa central, despachando bolas lá para a frente, enquanto Maçarico era colocado como extremo,
apenas “para atrapalhar” (acabaria por marcar um golo!):
«Marcado um golo aos 9 minutos, por Maçarico que, aleijado, jogou deslocado para a ponta-
esquerda e logo outro, passados 2 minutos por Alberto, o União tomou deliberadamente o comando do jogo
e realizou até final uma exibição digna de registo, demonstrando personalidade e capacidade futebolística
que podem atirar a equipa, sem sombra de dúvida por mais altos voos.»
1 Cf. “Record”, 6 de Fevereiro de 1968 – Crónica de Carlos Barros
2 Cf. “Cidade de Tomar, 10 de Fevereiro de 1968 – Crónica de A. J.
3 Cf. Idem, Ibidem
7
2.
Estreia na I Divisão
[1968-69]
Para o ano de estreia no principal campeonato nacional de futebol em Portugal, mantendo-se no
comando técnico da equipa o argentino Óscar Tellechea, que renovara contrato (assim demonstrando
que não tinha “receio” de treinar na I Divisão, contrariando afirmações que haviam sido formuladas
nesse sentido) – agora com a presidência da Direcção de José Júlio Garcia, e continuando a contar com
Mário Gonçalves, Fernando Carrão e João Lopes da Costa como responsáveis pelo Departamento de
Futebol – o União de Tomar procurou reforçar os seus quadros.
Ao clube chegavam então figuras como Caló, Barnabé e Leitão (todos provenientes do Sporting),
Kiki e Ferreira Pinto (transitando ambos do Benfica) e Arsénio (guarda-redes, ex-Sanjoanense), para
além do regresso de Dui (que, depois de actuar no Sp. Covilhã na época 1966-67, havia estado uma
temporada inactivo). Os reforços terão correspondido a um investimento global na ordem dos mil
contos.
Ao invés, da equipa que se sagrara campeã da Zona Norte do Campeonato Nacional da II
Divisão, não chegariam a experimentar a sensação da estreia na I Divisão pelo União os seguintes
jogadores: Santos (guarda-redes, que disputara as rondas iniciais na época de promoção – transferido
para o Ac. Viseu), Cabrita (regressado ao Portimonense, terminado o período militar em Tomar),
Alexandre (Ferroviários), Maçarico (Gouveia), Mário Consciência (Nazarenos), Djunga (U. Lamas) e
Morado (não obstante manter vínculo ao clube).
O plantel para esta temporada seria assim formado por: Arsénio, Conhé e Fernando (guarda-
redes); os defesas, Kiki, Caló, Faustino, Barnabé, Dui e Santos; os médios Ferreira Pinto, Bilreiro,
Cláudio e Vicente; sendo os avançados Alberto, Araújo, Lecas, Leitão, Marito, Morado, Raul e Totói.
Os novos recrutas viriam a dar origem a uma defesa constituída por elementos cujos nomes
provocavam uma particular cacofonia, que perdura na memória colectiva de quantos acompanharam
esses tempos, dada a sua sonoridade musical: Conhé, Kiki, Caló, Faustino e Barnabé.
A título de curiosidade, os valores fixados para as quotas de sócios para a época 1968/69,
aprovados em Assembleia Geral foram os seguintes: quota mínima, 20$, para o sector de pé; quota de
30$, para lugares de bancada lateral; quota de 50$, com direito a bancada central; para além de sócios
especiais (mínimo de 1 000$ / ano), podendo usufruir de camarote. Por seu lado, a despesa mensal era
8
10.
Figuras
Nestas nove épocas, um total de 52 jogadores, que jogaram nos 172 encontros que o União de
Tomar disputou nas suas seis participações no Campeonato Nacional da I Divisão, a que se somam doze
outros jogadores, que colaboraram numa das três subidas à I Divisão, orientados por seis treinadores,
formam uma lista de 70 das principais figuras desses anos áureos do União, de 1967 a 1976 (sem
esquecer uma menção particular aos dirigentes, em especial José Júlio Garcia, Mário Gonçalves,
Fernando Carrão e João Lopes da Costa, assim como ao guardião suplente que integrou a equipa nas
temporadas de 1969 a 1974, Augusto Machado).
Com a ressalva que – de forma diversa do restante conteúdo deste livro, o qual se baseia em
fontes escritas impressas (essencialmente jornais) – os dados seguintes foram compilados recorrendo
também a pesquisas em diversos sites na Internet, pelo que a informação apresentada será, em alguns
casos incompleta, podendo, por outro lado, conter eventuais erros e omissões, aqui presto a minha
homenagem a estas figuras da história do União, com uma breve evocação do percurso de cada um
deles, com base nos dados que foi possível apurar (sendo o número de jogos indicado – no que respeita
à II Divisão –, referente apenas às três temporadas, compreendidas no período de nove anos referido, em
que o clube alcançou a promoção à I Divisão, ou seja, 1967-68, 1970-71 e 1973-74):
Faustino Luís Moisão Chora (Defesa) – 152 jogos na I Divisão (68-69, 69-70, 71-72, 72-73, 74-75 e
75-76) e 1 golo; 79 jogos na II Divisão (67-68, 70-71 e 73-74); e 3 jogos na liguilla 70-71 – Natural de
Beja, onde nasceu a 1 de Agosto de 1944, alinhou 13 épocas no União de Tomar, de 1966 a 1979,
proveniente do Barreirense, ao serviço do qual jogara também, na I Divisão, nas épocas de 62-63, 63-64 e
65-66.
Euclides da Silva Faria Barros – Kiki (Defesa) – 142 jogos na I Divisão (68-69, 69-70, 71-72, 72-73,
74-75 e 75-76) e 4 golos; 32 jogos na II Divisão (70-71 e 73-74); e 3 jogos na liguilla 70-71 – Natural da
Praia (Cabo Verde), onde nasceu a 15 de Outubro de 1944, alinhou oito épocas no União de Tomar, de
1968 a 1976, proveniente do Benfica.
José Carlos da Silva Camolas (Avançado) – 113 jogos na I Divisão (71-72, 72-73, 74-75 e 75-76) e
29 golos; 37 jogos na II Divisão (73-74); e 3 jogos na liguilla 70-71 – Natural de Palmela, onde nasceu a
30 de Abril de 1948, alinhou sete épocas no União de Tomar, de 1971 a 1978, proveniente do Belenenses,
onde jogara também na I Divisão (1969 a 1971). Jogou ainda, na I Divisão, ao serviço do Benfica (1966 a
1968 – bi-Campeão Nacional) e Varzim (68-69).
9
Parte II
Primórdios
10
1.
Nascimento do futebol em Portugal
[1888-1914]
Quando e onde nasceu o futebol?
China (com o tsu-chu, cerca de dois mil e quinhentos anos antes da Era de Cristo), Grécia antiga
(com o episkyros), Itália (com o harpastum da Roma antiga, e o calcio florentino do século XV), França
(com o soule ou choule, do século XI) e Inglaterra (com o hurling to goals ou o field game do século
XVI), são alguns dos países que podem reivindicar a génese do futebol, pelo menos no que poderá ser
designado por “Era Antiga”.
Menos dúvidas porém suscitam as origens do futebol da “Era Moderna” – que tem mesmo
associada uma morada, a da Freemason’s Tavern, na Great Queen Street, em Londres, e uma “data de
nascimento”, a 26 de Outubro de 1863, com a criação da “FA - Football Association”, e a unificação
dos diferentes regulamentos até aí existentes, instituindo as 14 regras originais –, dando sequência aos
jogos que, desde o início do século XIX (então ainda sem uma regulamentação uniforme), se praticavam
nos colégios ingleses, com a fulcral cisão entre o jogo “só com os pés” (adoptado pela Universidade de
Cambridge) e o jogo “com os pés e as mãos” (perfilhado pela Universidade de Rugby), que dariam
origem, respectivamente, ao futebol e ao râguebi.
Já antes, em 1857 (a 24 de Outubro), tinha sido fundado – por Nathaniel Creswick e William
Prest, autores das primeiras regras do novo jogo – o mais antigo clube do mundo, fora do âmbito escolar
(não associado a uma instituição académica), o Sheffield Foot-Ball Club.
A 20 de Julho de 1871, a instituição da “Challenge Cup” (ou “FA Cup”, comummente conhecida
por Taça de Inglaterra), disputada entre os clubes membros da “Football Association” constituiria o
«empurrão definitivo na notoriedade pública do jogo»4, a mais antiga competição de futebol do mundo,
iniciada na temporada de 1871-72. A que se seguiria, alguns anos depois, o primeiro campeonato:
«Estava-se em 1888, quando Fred Dewhurst fazia, com apenas três minutos jogados, o primeiro golo da história da
Liga Inglesa, que nessa tarde dava os seus primeiros toques, depois de 12 equipas convidadas terem pago uma taxa
de inscrição, de duas libras e dois cêntimos, para disputar aquele que será para sempre o campeonato mais velho
do mundo, nascido 16 anos depois de em 1872 se ter disputado a primeira edição da mítica Taça de Inglaterra.
4 Cf. Dias, Marina Tavares, “História do futebol em Lisboa – de 1888 aos grandes estádios”, Lisboa, Quimera
Editores, 2000, p. 26
11
Este ano de 1914 seria também o de nascimento do Clube Académico de Futebol (Académico de
Viseu), fundado em 3 de Junho, Portimonense (14 de Agosto), Sporting Clube de Espinho (11 de
Novembro) e, obviamente, do… União de Tomar (a 4 de Maio)!
De acordo com listagem da RSSSF – The Rec. Sport. Soccer Statistics Foundation5, o União de
Tomar integra um muito selecto lote de vinte dos mais antigos clubes de Portugal ainda em actividade,
praticando a modalidade de futebol:
1898 – Sport Clube Vianense
1903 – Boavista Futebol Clube
1904 – Sport Lisboa e Benfica
1906 – Sporting Club de Portugal; e Futebol Clube do Porto
1907 – Leixões Sport Clube
1910 – Sport Grupo Sacavenense; Sporting Clube Farense; Clube Sport Marítimo; Vitória
Futebol Clube (Setúbal); e Clube Desportivo Nacional
1911 – Associação Académica de Coimbra; Futebol Clube Barreirense; e Lusitano Ginásio
Clube (Évora)
1912 – Sporting Clube Olhanense; e Clube Desportivo Olivais e Moscavide
1913 – Clube de Futebol União (Funchal)
1914 – União Futebol Comércio e Indústria de Tomar; Portimonense Sporting Clube; e
Sporting Clube de Espinho.
A Associação Naval 1.º de Maio, da Figueira da Foz (fundada a 1 de Maio de 1893), o Clube
União Micaelense (fundado em 1911) e o Clube de Futebol Esperança de Lagos (fundado a 20 de
Setembro de 1912) não integram a referida listagem. O Académico Futebol Clube (do Porto), fundado
em 1911, viria entretanto a suspender a prática do futebol. O Sport Comércio e Salgueiros, fundado em
8 de Dezembro de 1911, seria substituído pelo novo Sport Clube Salgueiros 08, constituído em 16 de
Agosto de 2008. O Clube Académico de Futebol (Ac. Viseu), fundado em 3 de Junho de 1914, foi
também substituído, em 2005, pelo Académico de Viseu Futebol Clube.
A finalizar este capítulo sobre as origens do futebol em Portugal, referência particular às fontes
em que mais directamente se baseia, compreendendo, para além de artigos publicados semanalmente
(aos domingos, com início em 2 de Fevereiro de 1986), no jornal “Record”, da autoria de Henrique
Parreirão, intitulados «O Futebol Português e a sua História», os seguintes livros: A Paixão do Povo,
História do Futebol em Portugal, de João Nuno Coelho e Francisco Pinheiro; História do futebol em
Lisboa – de 1888 aos grandes estádios, de Marina Tavares Dias; e História do futebol português – Das
origens ao 25 de Abril, de Ricardo Serrado e Pedro Serra.
5 Cf. http://www.rsssf.com/tablesp/portfound.html - página acedida a 30 de Junho de 2013
12
2.
Fundação
[1914]
«Entre outros senões, e isso vem fazendo carreira de há uns três ou quatro anos para cá, partem do
princípio que o União só começou, verdadeiramente, agora – há 7 anos! Isto está na linha daqueles outros
que na última mudança de sede deitaram para os papéis velhos como coisa inútil, a parte mais importante
do património administrativo, fotográfico e de arquivo, dos primeiros anos do Clube!»6
Patentes que são as dificuldades intrínsecas à missão de estabelecer uma narrativa fidedigna e
completa desse período determinante da história do União de Tomar, temos, naturalmente – para
abordar o período de fundação do clube – de nos basear nas (muito escassas) fontes disponíveis.
E uma das fontes fundamentais é mesmo Raul Pereira, devotado unionista, «que se dedicou de
alma e coração ao “seu” Clube»7 – o qual, durante muito tempo, integrou os órgãos sociais, na Direcção
e, também, como Presidente da Assembleia Geral –, que desta forma se lamentava, na despedida da sua
coluna “Notícias do União”, em 1968, após cerca de quarenta anos de escrita nos jornais, e ao fim de
trinta anos de dirigismo desportivo. Assim como, também, Vasco Jacob, outra grande figura do desporto
nabantino (não obstante mais associado ao rival Sporting Clube de Tomar, nomeadamente enquanto
praticante de futebol, como guarda-redes), com uma notável missão cívica de ensino da natação, e
igualmente com larga actividade a nível do jornalismo.
Comecemos então por recuperar as palavras de Raul Pereira, narrando as incidências do
nascimento do União:
«No dia 4 de Maio de 1914, um grupo de rapazes, na sua generalidade caixeiros (hoje diz-se mais
correntemente – empregados de comércio…) depois de várias tentativas e «ensaios», deliberou a criação,
em Tomar, dum grupo essencialmente dedicado ao futebol («foot-ball», como então também se dizia).
Reuniram esses rapazes nas salas da Cooperativa «A Nabantina», para o efeito amavelmente cedidas
pelo seu presidente, o falecido e ao tempo muito conhecido e respeitado José Raimundo Ribeiro, espírito
muito aberto para a época, ao fim do que, entre outros pormenores, se fixou o nome do grupo – «Sport
Grupo Caixeiros de Tomar» – e se determinaram as cores do equipamento, aquelas que ainda hoje são
oficiais e predominam: encarnado e preto – sendo o calção branco – mas com outra disposição da actual.
Todo o lado esquerdo, encarnado, com um bolso branco no peito; todo o lado direito preto; cores das
6 Cf. “O Templário”, 31 de Agosto de 1968 – Coluna “Notícias do União”, da autoria de Raul Pereira
7 Cf. “Jornal União de Tomar”, n.º 0, 12 de Abril de 1990 – Artigo de F. J. Salgueiro
13
2.
O “Rei” Eusébio e Simões no União
[1977-78]
Depois do enorme susto por que passara, e com que se vira forçado a ter de conviver ao longo de
todo o campeonato anterior – acabando por garantir a manutenção na II Divisão apenas na penúltima
ronda da prova –, o União de Tomar encararia a época de 1977-78 com renovada ambição, numa última
tentativa de regressar ao convívio dos “grandes” do futebol português, com o jornal “Record”, ainda na
fase de lançamento da nova temporada, a titular «Aposta total na subida de Divisão»:
«Dirigentes, jogadores e massa associativa do clube das margens do Nabão, denotando uma situação
psicológica excelente e um optimismo notável a todos os títulos, «querem» que o seu União suba. Segundo
tudo leva a crer, todos os esforços irão ser centrados nesse objectivo. […]
Esta tentativa de subida de Divisão, poderá parecer um pouco ousada, mas só para quem não
conhecer as gentes de Tomar. Não nos podemos esquecer do ardor posto nas anteriores campanhas
desenvolvidas pelos que de mais perto vivem o futebol nabantino, destinadas a fazer subir de Divisão o seu
clube.»8
Mantendo o técnico Vieirinha na condução da equipa, assim como toda a estrutura de base do
grupo (com nomes como os de Marito, Graça, Varela, Alexandre, Faustino, Rosa, Barrinha, Alcino,
Sarmento, Gameiro, Caetano, Camolas e Mário Pinto), o União reforçar-se-ia com o guardião João
Segorbe (ex-Matrena), Branco, Bravo (ex-Torres Novas), Jaime (ex-Fátima), Antoninho (ex-
Marinhense) e Florival (regressado ao clube, depois de uma temporada no Portimonense).
Não se viria porém a concretizar o anunciado «ingresso na equipa de um jogador a actuar
presentemente no estrangeiro»9 (Raul Águas?). Mas os nomes mais sonantes ainda estavam para
chegar!...
A época não poderia começar sob melhores auspícios: após categóricas vitórias sobre o Rio
Maior (4-2 – empatando 1-1 na 2.ª mão, em terreno alheio) e Alcanenense (5-1 em Tomar, e 2-0 em
Alcanena), em desafios da Taça de Honra da A. F. Santarém, seguiu-se a estrondosa goleada (9-1),
infligida pela turma unionista à formação do Condestável (S. Jorge), em partida a contar para a 1.ª
eliminatória da Taça de Portugal, a 11 de Setembro de 1977, «uma vitória robusta e que até podia ser
8 Cf. “Record”, 3 de Junho de 1977
9 Cf. Idem, Ibidem
14
A) PRESIDENTES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
Anos Direcção Assembleia Geral Conselho Fiscal
1924 Francisco Marques da Silva
1925 José da Graça Engeitado Francisco Marques da Silva Francisco António Aivado
1929 Augusto Alves Henriques
1936 Gualdim C. Godinho Júlio Marques da Silva Alfredo Viana
1937 João António de Freitas Francisco António Aivado Joaquim F. Neto
1939-40 Júlio Marques da Silva Francisco Marques da Silva
1940-41 Francisco António Aivado Crispim M. Silva Decidido
1941-42 João da Silva Crispim M. Silva Decidido Artur C. Santos Fernandes
1942-43 João da Silva Crispim M. Silva Decidido Artur C. Santos Fernandes
1943-44 Francisco António Aivado Crispim M. Silva Decidido Eugénio Pais Pereira
1944-45 Marino Marques da Silva Crispim M. Silva Decidido
1945 Júlio Marques da Silva
1946
1947 Júlio Marques da Silva
1948
1949 Cap. António da Graça
1950
1951 Júlio Marques da Silva Francisco António Aivado Ápio Cláudio Soto Maior
1952 João Pedro Francisco António Aivado Mário dos Santos Graça
1953 Júlio Marques da Silva
1954 Júlio Marques da Silva Francisco António Aivado António R.Oliveira Júnior
1955 Júlio Marques da Silva Francisco António Aivado António R.Oliveira Júnior
1956 Júlio Marques da Silva Francisco António Aivado António R.Oliveira Júnior
1957 Júlio Marques da Silva Francisco António Aivado António R.Oliveira Júnior
1958 Victor M. Mendes Godinho
1959 Victor M. Mendes Godinho Francisco António Aivado António R.Oliveira Júnior
1960
1961 Fernando José Martins da Costa
Brito e Sá (António Tavares)
Raul Pereira Vítor M. Mendes Godinho
1962-63 António Tavares Raul Pereira João Júlio Estudante
1963-64 Manuel Santos Palma
1964-65 Augusto Tamagnini Raul Pereira
1966-67 Henrique Nunes Júlio Dias das Neves António Coelho da Fonseca
1967-68 Henrique Nunes Júlio Dias das Neves António Coelho da Fonseca
1968-69 José Júlio Garcia Júlio Dias das Neves António Coelho da Fonseca
1969-70 José Júlio Garcia Júlio Dias das Neves António Coelho da Fonseca
1970-71 José Júlio Garcia Júlio Dias das Neves António Coelho da Fonseca
1971-72 José Júlio Garcia Júlio Dias das Neves António Coelho da Fonseca
1972-73 José Júlio Garcia
1973-74 José Júlio Garcia
15
B) JOGADORES
1914 – Augusto de Oliveira Figueiredo (g.r.); Amilcar Aguiar; Francisco Aguiar; Luiz Venâncio; Jaime Bento
Baptista; Guilhermino Edmundo [Guilhermino Virote]; João da Silva; Fausto Gonçalves; Faustino Gonçalves;
João Ferreira; Eduardo Matos; Manuel Garcia Perna
1915 – Augusto Figueiredo (g.r.); Amilcar Aguiar; Alfredo Marques; A. Duarte; Aires Tavares; Daniel Viana;
José Faustino
1916 – Augusto Figueiredo (g.r.); Amilcar Aguiar; Alfredo Marques; Fausto Gonçalves; José Faustino; Evaristo
Nunes; João Ferreira; António Matos; Silvério Pereira; Manuel Perna; Daniel Viana
1921 – Augusto (g.r.); Silva; Viriato; Ângelo; João Maria
1922 – Viriato; Monteiro; João Venâncio; João Maria
1923-24 – Luiz Venâncio (g.r.); Augusto Figueiredo; Henrique; João Silva; João [Mendes] Alves; Augusto Silva;
Joaquim Almeida; César de Matos; Viriato Egídio; António Vital; João Venâncio; João Maria; Daniel Nunes;
Silvino; Batista; Fernando Marante
1924-25 – Carlos Ramos; Henrique; António Santos; João Venâncio; José Nunes; Fernando; João Maria; Vicente;
Sombrinha; Almeida; António Vital
1925-26 – Francisco Duarte Mousinho (g.r.); Fernando da Costa; Sombrinha; Tonim; Carlos Oliveira
1928-29 – Augusto Oliveira Figueiredo (g.r.); Boneco; João da Silva; António Vital; Toni
1929-30 – Ramos; Silva; Freitas; António Silva; António Marques; António Costa; Farinha; Grilo, Umberto;
Joaquim de Almeida; Batista; Santos
1930-31 – João Soeiro; M. Costa; Freitas; S. Vital; A. Custódio da Silva; Farinha; Ferreira; J. Grilo; A. Torres; F.
António, Joaquim dos Santos
1932-33 – Firmo; João Tomaz; Peixoto; Angelino; David F. António; Fernandes; Francisco Duarte Mousinho
1936-37 – José do Carmo; Américo; Tomaz; Coelho; Fernandes; Jorge Santos; Raúl; Adriano; José Carlos;
Torrão; Tony; Meneses; Vasco da Gama; Amorim; Reis; Silva; Esmeraldo; Léo; Elísio; Cordeiro; Ramos; Eurico
1937-38 – Crisógono (g.r.); António; Raúl; Fragoso; Coelho; Adriano; Torrão; Nunes; Alves; Carola; Jaime;
Isidro; Padeiro; Eurico
1938-39 – Bento (g.r.); Canais; Coelho; Adriano; Rodrigues; Martinho; Alves I; Alves II; Torrão; Raúl; Delgado;
Inácio; Nunes; Marques; Moreira; Miranda; Silva; José Maria; Eurico; Magalhães
1939-40 – Bento (g.r.); Marques; Carmo; Gonçalves II; Torrão; Martinho; Gonçalves I; Inácio; Sousa; Alves I;
Leite; Coelho; Alves II
16
C) FICHAS DE JOGOS NA I DIVISÃO
1.ª (08.09.1968) – U. Tomar - Atlético – 1-1
Estádio Municipal de Tomar
Árbitro – Francisco Lobo, de Setúbal
U. Tomar – Conhé; Kiki, Caló, Dui e
Barnabé; Ferreira Pinto e Cláudio; Leitão (75m -
Vicente), Faustino, Alberto e Lecas (45m - Araújo)
Atlético – Botelho; Valdemar (80m - Rogério), João
Carlos, Candeias e Murraças; Fagundes, Pinhal e
Seminário (45m - Raimundo); Raul, Simões e Tito
Golos: Ferreira Pinto (9m); Simões (30m)
14.ª (29.12.1968) – Atlético - U. Tomar – 0-1
Campo da Tapadinha, em Lisboa
Árbitro – Marcos Lobato, de Setúbal
Atlético – Botelho; Durand, João Carlos, Candeias e
Murraças; Fernando Mendes, Fagundes (45m - José
do Carmo) e Canário; Tito, Raimundo e Simões (76m
- Seminário)
U. Tomar – Arsénio; Kiki, Caló, Dui e Santos;
Ferreira Pinto (27m - Totói), Faustino e Cláudio;
Bilreiro, Leitão e Alberto
Golo: Alberto (84m)
2.ª (15.09.1968) – Belenenses - U. Tomar – 2-2
Estádio do Restelo, em Lisboa
Árbitro – Rosa Nunes, de Faro
Belenenses – Gomes; Assis, Quaresma, Cardoso e
Esteves; Luciano e Freitas; Fernando, Dorado (45m -
Walter), Ernesto e Laurindo
U. Tomar – Conhé (Arsénio); Kiki, Caló, Faustino e
Santos; Dui (Vicente), Ferreira Pinto e Cláudio;
Leitão, Alberto e Totói
Golos: Laurindo (14m); Leitão; Luciano; Alberto
15.ª (05.01.1969) – U. Tomar - Belenenses – 0-1
Estádio Municipal de Tomar
Árbitro – Porfírio da Silva, de Aveiro
U. Tomar – Arsénio; Kiki, Caló, Dui e Santos (45m -
Barnabé); Bilreiro, Faustino e Cláudio; Leitão (83m -
Lecas), Alberto e Totói
Belenenses – Mourinho; Assis, Quaresma, Murça e
Esteves; Cardoso (77m - Adelino), Saporiti e
Luciano; Laurindo, Sérgio (63 - Ernesto) e Godinho
Golo: Laurindo (43m)
3.ª (22.09.1968) – U. Tomar - Sporting – 2-1
Estádio Municipal de Tomar
Árbitro – João Gomes, do Porto
U. Tomar – Arsénio; Kiki, Caló, Faustino e Barnabé;
Ferreira Pinto e Cláudio; Leitão, Bilreiro (45m -
Vicente), Alberto e Totói
Sporting – Damas; Pedro Gomes, Armando
Manhiça, José Carlos (58m - Alexandre Baptista) e
Hilário; Gonçalves e Pedras; Chico, Ernesto (45m -
Armando Luís), Lourenço e Marinho
Golos: Chico (6m); Leitão (34m); Cláudio (55m)
16.ª (21.01.1969) – Sporting - U. Tomar – 1-1
Estádio José Alvalade, em Lisboa
Árbitro – Rosa Nunes, de Faro
Sporting – Damas; Celestino, Armando (33m -
Alexandre Baptista), José Carlos e Pedro Gomes;
Gonçalves, Pedras e José Morais; Chico, Ernesto e
Lourenço (66m - Marinho)
U. Tomar – Arsénio; Kiki, Caló, Faustino e Barnabé;
Ferreira Pinto, Dui e Cláudio; Lecas (67m - Bilreiro),
Alberto e Totói
Golos: Dui (9m); Pedras (86m)
4.ª (29.09.1968) – Braga - U. Tomar – 2-1
Estádio 28 de Maio, em Braga
Árbitro – Caetano Nogueira, do Porto
Braga – Armando; José Maria, Juvenal, Coimbra e
José Manuel; Alípio e Estêvão; Almeida (71m - Rui
Ernesto), Rendeiro, Adão e Bino
U. Tomar – Arsénio; Kiki, Caló, Faustino e Barnabé;
Ferreira Pinto, Leitão e Cláudio; Vicente (45m -
Bilreiro), Alberto e Totói (71m – Santos)
Golos: Rendeiro (5m); Alípio (79m); Kiki (85m)
17.ª (26.01.1969) – U. Tomar - Braga – 1-1
Estádio Municipal de Tomar
Árbitro – Carlos Dinis, de Lisboa
U. Tomar – Arsénio; Kiki, Caló, Faustino e Barnabé;
Bilreiro (35m - Lecas), Dui e Ferreira Pinto; Leitão
(68m - Araújo, Alberto e Totói
Braga – Armando; José Maria, Juvenal, Coimbra, e
José Manuel; Alípio, Artur Jorge e Carlos Baptista;
Palmeira, Rendeiro (45m - Arlindo) e Estêvão (69m -
Adão)
Golos: Alberto (38m); Arlindo (81m)
17
D) RESULTADOS
1939-40 – II Divisão Distrital e Particulares*
15.10.1939 1.ª U. Entroncamento - U. Tomar 2-2
22.10.1939 2.ª U. Tomar - Tramagal 3-3
29.10.1939 3.ª U. Tomar - Ferroviários 4-0
05.11.1939 4.ª Sp. Tomar - U. Tomar 0-2
12.11.1939 5.ª U. Tomar - Matrena 0-3
19.11.1939 6.ª U. Tomar - U. Entroncamento 4-5
26.11.1939 7.ª Tramagal - U. Tomar 2-0
03.12.1939 8.ª Ferroviários - U. Tomar 1-4
10.12.1939 9.ª U. Tomar - Sp. Tomar 2-1
17.12.1939 10.ª Matrena - U. Tomar 5-1
01.01.1940 * Sp. Tomar - U. Tomar 0-0
21.01.1940 * U. Tomar - Pombal 4-1
10.03.1940 * U. Tomar - Marinha 2-2
31.03.1940 * U. Tomar - U. Entroncamento 3-2
21.04.1940 * Marinhense - U. Tomar 8-0
12.05.1940 * U. Tomar - U. Coimbra 2-5
26.05.1940 * U. Tomar - Marinhense 3-3
02.06.1940 * U. Coimbra - U. Tomar 2-2
09.06.1940 * U. Entroncamento - U. Tomar 2-4
1940-41 – I Divisão Dist. e II Divisão Nacional
27.10.1940 1.ª U. Tomar - Sp. Tomar 2-1
03.11.1940 2.ª Ferroviários - U. Tomar 3-1
10.11.1940 3.ª U. Tomar - Matrena 1-1
17.11.1940 4.ª U. Tomar - U. Entroncamento 3-1
24.11.1940 5.ª Tramagal - U. Tomar 2-3
01.12.1940 6.ª Sp. Tomar - U. Tomar 0-6
08.12.1940 7.ª U. Tomar - Ferroviários 1-2
15.12.1940 8.ª Matrena - U. Tomar 2-1
22.12.1940 9.ª U. Entroncamento - U. Tomar 0-1
29.12.1940 10.ª U. Tomar - Tramagal VFC
***
19.01.1941 1.ª U. Tomar - Águia Vilafranquense 5-3
26.01.1941 2.ª Matrena - U. Tomar 0-2
09.02.1941 3.ª U. Tomar - Os Leões Santarém 1-1
23.02.1941 4.ª Oper. Vilafranquense - U. Tomar 1-0
02.03.1941 5.ª U. Tomar - Ac. Santarém 0-1
09.03.1941 6.ª Águia Vilafranquense - U. Tomar 4-4
16.03.1941 7.ª U. Tomar - Matrena 2-2
23.03.1941 8.ª Os Leões Santarém - U. Tomar 0-1
30.03.1941 9.ª U. Tomar - Oper. Vilafranquense 3-5
06.04.1941 10.ª Ac. Santarém - U. Tomar 0-0
1941-42 – I Divisão Dist. e II Divisão Nacional
12.10.1941 1.ª U. Tomar - Ferroviários 4-0
26.10.1941 2.ª Folga
02.11.1941 3.ª Matrena - U. Tomar 0-1
09.11.1941 4.ª U. Tomar - U. Entroncamento 1-2
16.11.1941 5.ª Sp. Tomar - U. Tomar 3-2
23.11.1941 6.ª Ferroviários - U. Tomar 0-6
30.11.1941 7.ª Folga
07.12.1941 8.ª U. Tomar - Matrena 1-0
14.12.1941 9.ª U. Entroncamento - U. Tomar 0-4
28.12.1941 10.ª U. Tomar - Sp. Tomar 4-0
***
18.01.1942 1.ª U. Tomar - Oper. Vilafranquense 4-3
25.01.1942 2.ª Ac. Santarém - U. Tomar 1-1
01.02.1942 3.ª U. Tomar - Os Leões Santarém 6-0
15.02.1942 4.ª U. Tomar - Águia Vilafranquense 2-1
08.03.1942 5.ª U. Entroncamento - U. Tomar 1-6
15.03.1942 6.ª Oper. Vilafranquense - U. Tomar 1-1
22.03.1942 7.ª U. Tomar - Ac. Santarém 9-0
12.04.1942 8.ª Os Leões Santarém - U. Tomar 0-0
19.04.1942 9.ª Águia Vilafranquense - U. Tomar 2-3
26.04.1942 10.ª U. Tomar - U. Entroncamento 6-0
***
10.05.1942 Apur. U. Tomar - Estoril 0-5
1942-43 – I Divisão Dist. e II Divisão Nacional
25.10.1942 1.ª Folga
01.11.1942 2.ª Ferroviários - U. Tomar 0-3
08.11.1942 3.ª U. Tomar - Matrena 3-2
15.11.1942 4.ª Alcanenense - U. Tomar 0-6
22.11.1942 5.ª U. Tomar - Sp. Tomar 5-3
29.11.1942 6.ª Folga
06.12.1942 7.ª U. Tomar - Ferroviários 1-0
13.12.1942 8.ª Matrena - U. Tomar 0-2
20.12.1942 9.ª U. Tomar - Alcanenense 13-1
27.12.1942 10.ª Sp. Tomar - U. Tomar 0-0
***
10.01.1943 1.ª Ferroviários - U. Tomar 1-3
17.01.1943 2.ª Folga
24.01.1943 3.ª U. Tomar - Sp. Tomar 10-2
31.01.1943 4.ª U. Tomar - Ferroviários 3-1
07.02.1943 5.ª Folga
14.02.1943 6.ª Sp. Tomar - U. Tomar 1-1
***
28.03.1943 1.ª Os Leões Santarém - U. Tomar Desist.
04.04.1943 2.ª Oper. Vilafranquense - U. Tomar 1-0
11.04.1943 3.ª U. Tomar - Oper. Vilafranquense 8-0
***
02.05.1943 1/8 U. Tomar - Setúbal 1-1
05.05.1943 Des. Setúbal - U. Tomar 4-1 a
18
E) CLASSIFICAÇÕES
1942-43 – I Divisão Distrital (Zona Norte)
Jg V E D Golos Pt
1.º U. Tomar 8 7 1 - 33-6 23
2.ª Sp. Tomar 8 5 1 2 27-12 19
3.º Ferroviários 8 4 - 4 13-18 16
4.º Matrena 8 3 - 5 12-15 14
5.º Alcanenense 8 - - 8 7-41 8
1942-43 – II Divisão Nacional – Gr. C, Série 8 - 1.ª
Jg V E D Golos Pt
1.ª U. Tomar 4 3 1 - 17-5 7
2.º Sp. Tomar 4 2 1 1 10-12 5
3.º Ferroviários 4 - - 4 3-13 -
1942-43 – II Divisão Nacional (Série Ribatejo)
Jg V E D Golos Pt
1.ª U. Tomar 2 1 - 1 8-1 2
2.º Oper. Vilafranquense 2 1 - 1 1-8 2
3.ª Os Leões Santarém * - - - - --- -
* Os Leões de Santarém - Desistência
U. Tomar sagrou-se Campeão Provincial do Ribatejo
(nos 1/8 Final da II Divisão, eliminado pelo V. Setúbal)
1943-44 – II Divisão Distrital (Zona Norte)
Jg V E D Golos Pt
1.º Alcanenense 10 6 3 1 22-9 25
2.º Ferroviários 10 5 2 3 19-14 22
3.º Matrena 10 5 - 5 12-10 20
4.º U. Tomar 10 4 2 4 15-15 20
5.º Rossio Sul do Tejo 10 3 2 5 16-21 18
6.º Sp. Tomar 10 1 3 6 9-24 15
Alcanenense e Ferroviários apurados para a II Divisão
Nacional
_________________________________________________
1944-45 – II Divisão Distrital (Zona Norte)
Jg V E D Golos Pt
1.º Sp. Tomar 10 6 2 2 24-15 24
2.º Ferroviários 10 5 3 2 19-11 23
3.º Matrena 10 4 3 3 16-12 21
4.º Alcanenense 10 3 3 4 13-18 19
5.º Rossio Sul do Tejo 10 3 3 4 12-15 19
6.º U. Tomar * 10 - 4 6 7-20 13
* U. Tomar – 1 falta de comparência
Sp. Tomar e Ferroviários apurados para a II Divisão
Nacional
1945-46 – II Divisão Distrital (Zona Norte)
Jg V E D Golos Pt
1.º Alcanenense 12 9 - 3 52-20 30
2.º Ferroviários 12 8 2 2 23-12 30
3.º Rossio Sul do Tejo 12 8 - 4 22-15 28
4.º Matrena 12 5 2 5 20-27 24
5.º U. Tomar 12 3 3 6 13-24 21
6.º Torres Novas 12 3 1 8 23-30 19
7.º Sp. Tomar 12 1 2 9 11-36 16
Alcanenense, Ferroviários, Rossio ao Sul do Tejo e
Matrena apurados para a II Divisão Nacional
1946-47 – II Divisão Distrital
Jg V E D Golos Pt
1.º Matrena 12 9 1 2 32-9 31
2.º Sp. Tomar 12 8 2 2 38-19 30
3.º Rossio Sul do Tejo 12 8 1 3 27-16 29
4.º Torres Novas 12 7 1 4 29-20 27
5.º U. Tomar 12 4 3 5 24-23 23
6.º Sp. Goleganense 12 1 1 10 15-38 15
7.º U. Entroncamento 12 - 1 11 14-54 13
Matrena apurado para a II Divisão Nacional
1947-48 – I Divisão Distrital
Jg V E D Golos Pt
1.º Rossiense 10 8 2 - 30-9 28
2.º Alcanenense 10 6 2 2 27-14 24
3.º Torres Novas 10 6 2 2 28-13 24
4.º U. Operária Santarém 10 3 2 5 10-17 18
5.º Sp. Tomar 10 2 - 8 18-35 14
6.º U. Tomar 10 1 - 9 7-32 12
1948-49 – II Divisão Distrital
Jg V E D Golos Pt
1.º Matrena 7 5 1 1 24-6 18
2.º U. Tomar 8 4 2 2 14-11 18
3.º Benfica Abrantes 7 2 2 3 11-16 13
4.º Sp. Abrantes 7 1 3 3 9-16 12
5.º Tramagal 5 1 - 4 4-13 7
Coruchense Desistência
19
2007-08 – Divisão de Honra Distrital (1.ª fase)
Jg V E D Golos Pt
1.º Torres Novas 22 17 4 1 50-9 55
2.º Riachense 22 15 4 3 45-26 49
3.º Amiense 22 14 5 3 45-25 47
4.º Samora Correia 22 11 4 7 46-32 37
5.º U. Chamusca 22 9 8 5 33-28 35
6.º Benavente 22 10 5 7 32-28 35
7.º At. Ouriense 22 9 4 9 33-37 31
8.º U. Tomar 22 7 4 11 29-39 25
9.º Mação 22 3 9 10 22-30 18
10.º Ouriquense 22 4 5 13 23-40 17
11.º Abitureiras 22 2 5 15 17-50 11
12.º U. Santarém 22 1 3 18 17-48 6
(na 2.ª fase da prova, as equipas são repartidas em duas
séries: as primeiras seis disputam a promoção; as restantes
disputam a manutenção; as equipas iniciam a 2.ª fase com
metade dos pontos obtidos na 1.ª fase)
2007-08 – Divisão de Honra Distrital (2.ª fase)
Série de Promoção
Jg V E D Golos Pt
1.º Torres Novas 10 7 3 - 18-6 52
2.º Riachense 10 5 2 3 15-9 42
3.º Amiense 10 3 5 2 9-7 38
4.º Samora Correia 10 3 3 4 8-11 31
5.º Benavente 10 2 2 6 5-16 26
6.º U. Chamusca 10 1 3 6 6-12 24
_______________________________________________
Série de Manutenção
Jg V E D Golos Pt
1.º Mação 10 7 1 2 19-9 31
2.º U. Tomar 10 5 3 2 15-6 31
3.º At. Ouriense 10 3 3 4 11-13 28
4.º Ouriquense 10 5 2 3 19-14 26
5.º U. Santarém 10 3 2 5 14-22 14
6.º Abitureiras 10 1 1 8 8-22 10
Promovido à III Divisão Nacional: Torres Novas
Despromovidos à “I Divisão Distrital”: Ouriquense, U.
Santarém e Abitureiras
2008-09 – Divisão de Honra Distrital (1.ª fase)
Jg V E D Golos Pt
1.º Riachense 22 19 2 1 61-12 59
2.º U. Tomar 22 13 2 7 41-23 41
3.º Fazendense 22 11 8 3 31-20 41
4.º Amiense 22 11 4 7 38-23 37
5.º Alcanenense 22 10 5 7 42-30 35
6.º Samora Correia 22 10 5 7 30-23 35
7.º U. Almeirim 22 9 4 9 30-25 31
8.º Mação 22 8 4 10 24-26 28
9.º At. Ouriense 22 5 6 11 30-41 21
10.º Ferroviários 22 5 4 13 18-41 19
11.º Benavente 22 3 6 13 20-45 15
12.º Ferreira Zêzere 22 3 - 19 14-70 9
(na 2.ª fase da prova, as equipas são repartidas em duas
séries: as primeiras seis disputam a promoção; as restantes
disputam a manutenção; as equipas iniciam a 2.ª fase com
metade dos pontos obtidos na 1.ª fase)
2008-09 – Divisão de Honra Distrital (2.ª fase)
Série de Promoção
Jg V E D Golos Pt
1.º Riachense 10 7 2 1 23-7 53
2.º U. Tomar 10 5 3 2 12-11 39
3.º Fazendense 10 5 2 3 21-14 38
4.º Amiense 10 3 3 4 12-15 31
5.º Alcanenense 10 3 1 6 10-15 28
6.º Samora Correia 10 1 1 8 9-25 22
_________________________________________________
Série de Manutenção
Jg V E D Golos Pt
1.º Mação 10 8 1 1 27-7 39
2.º U. Almeirim 10 6 3 1 22-7 37
3.º At. Ouriense 10 4 1 5 9-18 24
4.º Benavente 10 4 3 3 18-12 23
5.º Ferroviários 10 1 3 6 7-17 16
6.º Ferreira Zêzere 10 1 1 8 9-31 9
Promovido à III Divisão Nacional: Riachense (abdicou da
promoção)
Apurados para a nova “Divisão Principal”: Riachense, U.
Tomar, Fazendense, Amiense, Alcanenense, Samora Correia
(viria a desistir), Mação e U. Almeirim
Despromovidos à nova “Divisão Secundária”: At. Ouriense,
Benavente, Ferroviários e Ferreira Zêzere
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Subscritores
O autor deseja expressar a sua gratidão às pessoas de seguida indicadas, as quais, através da sua
subscrição prévia, contribuiram para que fosse possível a edição deste livro:
LUZIA DIAS VICENTE MARIA DO ROSÁRIO BARBOSA MORUJÃO
PEDRO MIGUEL DIAS VICENTE URBINO DOS SANTOS MIGUEL
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