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LEGISLAÇÃO DA ENFERMAGEM BRASILEIRA
Dra. MAGNÓLIA DE CAMARGO
IMPORTÂNCIA DA LEGISLAÇÃO DE ENFERMAGEM
Instrumento de legitimação do poder de uma categoria profissional por intermédio de seu reconhecimento social.CPB- Art. 21: “O desconhecimento da lei é inescusável”, ou seja indesculpável.” Princípio da indesculpabilidade”.
“Nenhum profissional de Enfermagem poderá alegar o desconhecimento da Lei (LEPE) para se eximir de responsabilidades no
cumprimento legal das atividades que lhe compete, seja como Enfermeiro, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem”. (Oguisso-2010)
TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO DE
ENFERMAGEM BRASILEIRA
Séc. XIX- Império: tudo começou com a Obstetrícia;
1832: 1ª legislação sobre a parteira;
1851: Decreto 828: Exigência de diploma de parteira e de outras categorias profissionais na Corte e província do RJ;
1854: Decreto 1.387- Incorporou curso Obstétrico a Fac. de Medicina (2 anos de duração);
1879: Anexação definitiva do Curso de Obstetrícia as fac. De Medicina (Bahia e RJ);
TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO DE
ENFERMAGEM BRASILEIRA
1890: Decreto 791- Criação da 1ª escola profissional de enfermeiros (Hospital Nacional dos Alienados-RJ)
1921: Regulamentação para o serviço de Enfermagem do Exército (Enfermeiros incluídos como parte do pessoal subalterno: padioleiros e outros auxiliares)
1922: Dec. 15.799 - aprovou o reg. do DNSP- início da criação da
Escola de enfermeiros
1923: Dec. 16.300 - Criação de fato da Escola de Enfermagem do DNSP: “Escola Anna Nery”- (UFRJ)
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1923
Início do reconhecimento do Enfermeiro diplomado, pois anteriormente estava no mesmo patamar dos massagistas, manicuros, pedicuros e optometristas.
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1931: Decreto 20.109- Primórdios da Lei do Exercício Profissional de Enfermagem- necessidade de titulação - Escolas oficiais ou equiparada ao “padrão” Anna Nery, com registro no DNSP;
1932: Decreto 20.931- Regulamentou a atividade de fiscalização do exercício da enfermagem e outra profissões da saúde
1949: Lei 775- Regulamentou o ensino da enfermagem e a direção dos serviços de saúde por “Enfermeiros Diplomados”;
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1953: 10º Congresso Quadrienal do CIE-SP: aprovação do 1º Código de Ética para Enfermeiros- 14 artigos. Serviu de motivação para elaboração do Código de Ética Brasileiro - início 1953, pela Aben;
1953-1958: Elaboração do Código de Ética com 16 artigos, porém a Aben não tinha poder discricionário nem competência legal para exigir o cumprimento dos preceitos éticos, restringindo-se apenas a recomendar ou sugerir;
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1955: Lei 2.604/55 Sancionada 1ª L ei do Exercício Profissional: Decreto 50.837/61 demora de 5 anos para a regulamentação, pelo conflito entre Enfermeiros e Obstetrizes;
1ª Lei do Exercício de Enfermagem: Definiu os deveres, proibições e as atribuições dos Enfermeiros e auxiliares de Enfermagem; Definiu as categorias que poderiam exercer a enfermagem brasileira (práticos, assistentes de enfermagem, enfermeiros militares, atendentes, etc.); Revogou o decreto 20.931/32;
1966: Criação da profissão de Técnico de Enfermagem;
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1973: Lei 5.905/73 (P. Médici): Criação do Cofen e dos Corens;
Art. 8º, III: deu competência a esse órgão para elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem (CDE) e alterá-lo quando necessário, ouvidos os Conselhos Regionais.
Art. 15, II: Corens tem a competência legal de fiscalizar, disciplinar e normatizar o exercício profissional.
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1975: Reformulação do C.E para 18 artigos (Aben);
Afastamento do Aben pela competência legal.
Resolução Cofen nº 09/75- CDE
(Deontologia = Deveres); dirigia-se apenas aos enfermeiros o que gerou desconforto no trabalho cotidiano
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1986: Lei 7.498/86 e seu decreto regulamentador;
94.406/87- LEPE
a) Lei ordinária, originária do C.N.;
b) Específica da Enfermagem brasileira;
c) Não revogável, exceto por outra lei que verse sobre a mesma matéria;
d) Discriminadas as atribuições específicas dos profissionais de enfermagem: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem;
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1993: Res. Cofen 160/93: aprovou o 2º Código de Ética: 100 artigos. CDE passou a ser CEPE (englobou todas as categorias profissionais com suas respectivas atribuições, conforme o grau de habilitação);
1994: Lei 8.967/94:
a) Alterou a redação do art. 23 da LEPE/86
b) O artigo 23 estabelecia um prazo de 10 anos para que o pessoal que exercesse a enfermagem sem formação específica pudesse continuar a exercê-la, quando devidamente autorizado pelo Cofen
c) Estabeleceu que para os atendentes de enfermagem admitidos antes da vigência da Lei 7.498/86, fossem estabelecidas atividades elementares (res. Cofen 185 e 186/95)
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2000: Pequena reformulação no CEPE;
2007: Res. 311/2007- Nova reformulação do CEPE: 132 artigos:
Reinclusão do preâmbulo;
Aumentou o nº de artigos que tratam dos DIREITOS dos profissionais de Enfermagem;
CDE: 2 direitos
CEPE/93: 9 direitos
CEPE/07: 27 direitos
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Criou capítulo específico para o ensino, a pesquisa e produção técnicocientífica;
Incluiu 6 artigos sobre Anotação de Enfermagem ( assunto totalmente omisso nos outros códigos);
Cofen voltou-se para a área de ensino: regulação, supervisão e avaliação das instituições de saúde.
REFERÊNCIAS
OGUISSO, Taka. O exercício da enfermagem: uma abordagem ético-legal. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 3ª ed., 2010.
MALAGUTTI, William e MIRANDA, Sonia Maria Camargo. Os Caminhos da Enfermagem- De Florence à globalização, 1ª ed., Phorte Editora- São Paulo-SP, 2010.
PORTO,Fernando e AMORIM, Wellington (Organizadores). História da Enfermagem, 1ª ed., Yendis editora- São Caetano do Sul , São Paulo-SP, 2010.
FREITAS, Genival Feranandes e OGUISSO, Taka. Ética no Contexto da Prática de Enfermagem, 1ª edição, Med book Editora Científica- Rio de janeiro-RJ, 2010.
COREN-DF, Livro de Legislação dos Profissionais de Enfermagem, 1ª edição, Brasília-DF, 2010.
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