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Ana Tânia Lopes Sampaio
Secretária Adjunta de Saúde Pública do Estado do RN
DIREITO A SAUDE : SUS – POSSIBILIDADES E
DESAFIOS
LEGISLAÇÃO DO SUS E
POLÍTICAS PÚBLICAS
De que estamos falando?
De que estamos falando?
De que estamos falando?
ESTAMOS FALANDO... DO DIREITO á SAÚDE....
SAÚDE COMO ...........( )
ESTAMOS FALANDO... DO SUS COMO POLÍTICA
PÚBLICA DE ESTADO BRASILEIRO....
?
QUEM EXECUTA O DIREITO... EXECUTIVO....
QUEM DEFINE O DIREITO .... O LEGISLATIVO
QUEM COBRA E JULGA O DIREITO ... O JUDICIÁRIO....
PODERES DO ESTADO REPUBLICANO BRASILEIRO
EXECUTIVO LEGISLATIVO JUDICIÁRIO
O ESTADO, entendido como a expressão maior da ORGANIZAÇÃO
POLÍTICA DE UMA SOCIEDADE, surge como um aperfeiçoamento das
relações entre os indivíduos de uma dada organização social.
A AÇÃO DO ESTADO no sentido de PROPORCIONAR QUALIDADE DE
VIDA AOS CIDADÃOS é feita por intermédio DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
e, dentre as POLÍTICAS VOLTADAS PARA A PROTEÇÃO SOCIAL, estão
as POLÍTICAS DE SAÚDE
SEGURIDADE SOCIAL- PROTEÇÃO SOCIAL
(SAÚDE-PREVIDENCIA-ASSISTENCIA
.
A Constituição de 1988, em seus artigos 194 e
196, ao adotar a Seguridade Social como modelo
de proteção social que integra um conjunto de
ações dos poderes públicos e da sociedade
destinados a assegurar os direitos relativos à
saúde, à previdência e à assistência social,
reconhece esta integração como um desafio e
legitima os esforços para se alcançar a saúde
como direito universal, instituindo um novo
paradigma para a sua garantia, quais sejam,
a múltipla determinação dos processos de
saúde e de doença e a inter-relação da
política de saúde com as políticas de
outras áreas sociais e com as políticas
econômicas
SAÚDE PREVIDÊNCIA ASSISTÊNCIA
OS SISTEMAS DE PROTEÇÃO SOCIAL
Conjunto de POLÍTICASPÚBLICAS de natureza
Social que respondem pelas Funções:
Promover proteção para todos os membros da comunidade nacional;
Realizar objetivos não econômicos e diretamente econômicos , como
o provimento de renda mínima;
Promover políticas de sentido redistributivo dos ricos para os pobres
Em 1988, concluiu-se o processo constituinte e foi promulgada a oitava Constituição
do Brasil. A chamada “Constituição Cidadã” foi um marco fundamental na redefinição
das prioridades da política do Estado na área da saúde pública.
Constituição Federal de 1988 define o
conceito de saúde, incorporando novas
dimensões. Para se ter saúde, é preciso
ter acesso a um conjunto de fatores,
como alimentação, moradia, emprego,
lazer, educação etc.
O artigo 196 cita que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Com este artigo fica
definida a universalidade da cobertura do Sistema Único de Saúde.
DE QUE SAÚDE ESTAMOS FALANDO...
SAÚDE - “CIDADANIA”
A noção de CIDADANIA, implícita no Estado de
Bem Estar Social,reconhece a existência de uma
“igualdade humana básica” associada à
necessidade de participação integral de todos
indivíduos na comunidade nacional. Seria um pacto
social traduzido em um código de direitos e
deveres de todos. O desenvolvimento pleno desta
construção ideal criaria ou estabeleceria certos
limites à desigualdade criada pelo mercado e
inerente a este. A extensão da cidadania alteraria o
padrão social gerado pela ORDEM ECONÔMICA
DIREITOS
Civil Político Social
A Reforma sanitária Brasileira surgiu
originalmente enquanto um ideário de um
grupo de intelectuais que somados a
segmentos de representação da
sociedade elaboraram o texto o qual foi
aprovado como marco de luta na 8ª
Conferência nacional de saúde em
1986. Estas entidades representativas
dos gestores, profissionais da saúde e
movimentos sociais se articularam
conseguindo influenciar o processo da
reforma constitucional que legalizou na
Constituição Brasileira de 1988 (CF/88)
o texto aprovado na 8ª Conferência
Nacional de Saúde que garante que
“Saúde é um Direito de Todos e um
Dever do Estado”.
8ª Conferência nacional de
saúde em 1986.
Constituição Brasileira
de 1988
SAÚDE
Produto de formas de
organização da sociedade e de
POLÍTICAS PÚBLICAS, que priorizem o
desenvolvimento humano, a Justiça
Social, a qualidade de Vida e o
respeito à Natureza
AS AÇÕES E CUIDADOS DE SAÚDE
enquanto componente do complexo
produtivo da saúde e, portanto, seu
potencial de geração de riquezas e
contribuição para efetivação de um
modelo de atenção à saúde
adequado às necessidades
nacionais
O mecanicismo tomou o corpo humano em analogia a uma máquina, cujas estrutura e funções
pudessem ser meticulosamente analisadas e tratadas de modo instrumental, isolando-se a parte
adoecida do resto do corpo.
A devoção à tecnologia (coisificação)
Baseado num paradigma
fundamentalmente biológico (O corpo
doente- descontextualizado);
O culto à doença e não à saúde
(Intervenção na parte (efeito) e não sobre
o todo (as causas)
Modelo clínico/biológico/cartesiano/flexineriano
ANTES DE 1988
De que estamos falando?
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Lei nº 8.080/90 Lei nº 8.142/90
NOB 91; NOB 93; NOB 96; NOAS; PACTO DA SAÚDE
LEGISLAÇÃO ESTRUTURANTE DO SUS
REFORMA SANITÁRIAAMPARO LEGAL PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO SUS
INSTRUÇOE NORMATIVAS
(Portarias Ministeriais)
SUS, de caráter público, formado
por uma rede regionalizada,
hierarquizada e descentralizada,
com direção única em cada
esfera de governo, e sob
controle da sociedade. Os
serviços privados, conveniados e
contratados, passam a ser
complementares e subordinados
às diretrizes do Sistema Único
de Saúde
DEPOIS DE 1988
A Constituição Federal de 1988 estabelece os princípios, as
diretrizes e as competências do Sistema Único de Saúde, mas
não define especificamente o papel de cada esfera de governo no
SUS. Um maior detalhamento da competência e das atribuições da
direção do SUS em cada esfera – nacional, estadual e municipal – é
feito pela Lei Orgânica da Saúde (Lei n. 8.080/90) (BRASIL, 1990).
CONSTITUIÇÃO DE 1988
Lei 8.080/90
de 19 de setembro de 1990-
Lei 8.142/1990
de 28 de dezembro de 1990
Dispõe sobre a participação da
comunidade na gestão do Sistema
Único de Saúde (SUS) e sobre as
transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde e
dá outras providências.
Dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da
saúde, a organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes e dá
outras providências
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser
humano, devendo o Estado prover as
condições indispensáveis ao seu pleno
exercício.
Fundos de Saúde
Conselhos de Saúde
Conferencias
Leis que regulamentaram o SUSEssas leis expressaram as conquistas contidas na Constituição, mantendo e
aprofundando as suas ambigüidades mas, também, reiterando, mais
operativamente, os princípios da reforma sanitária incorporados na Carta Magna.
NOB-93
NOB-96
NOAS-2002
•Incipiente
•Parcial
•Semi-Plena
GPS
GPAB
GPSMS
GPABA
•Instrumentos de gestão- Regionalização
•Qualificação das Microrregiões
•Recursos fundo a fundo por ServiçosProduzidos
•Criação das Comissões Intergestoras- CIT e CIB
•1997- Piso da Atenção Básica (PAB)
•Programação Pactuada Integrada- PPI
INSTRUÇÕES NORMATIVAS QUE SE DESTACARAM E ANTECEDERAM
O PACTO PELA SAÚDE
PACTO DA SAÚDE
Portaria
399/06
Habilitação de
todos municípios
em Pleno
Pacto pela vida
Pacto em defesa do SUS
Pacto de gestão
O SUS, fruto de um processo de longo debate e
de lutas por melhores condições de saúde, surge
como um novo paradigma na atenção à saúde,
cujos princípios e diretrizes rompem com o
paradigma clínico flexneriano, porém cria a
necessidade de imprimir uma nova forma de
produzir e distribuir as ações e serviços de
saúde, ou seja, de configurar e definir este novo
modelo de atenção em saúde, um novo
processo de trabalho
Político-jurídico, Político-institucional e Políticooperacional.
Segundo Mendes (1993), a mudança no modelo de atenção à saúde delimitao processo de construção do SUS em, pelo menos, três dimensões ouespaços de transformação:
As duas primeiras dimensões dizem respeito ao conjunto de regras básicas de
ordenação e funcionamento do sistema, contemplando a doutrina, os princípios e as
diretrizes do sistema, além de direitos, deveres e responsabilidades do cidadão, da
sociedade e do Estado (Castro & Westphal, 2001).
MUDANÇA DE PARADIGMA NO CAMPO DA SAÚDE
O conceito de cidadania que a Constituição assegura deve ser
traduzido nas condições de vida da população. Ressalte-se que a
promoção e atenção à saúde são fundamentais e fazem parte do
elenco de políticas sociais necessárias para a construção de uma
sociedade justa e democrática, sendo esta a missão central do SUS
(BRASIL, 2002).
A noção do CUIDADO
pautado na
INTEGRALIDADE da
ATENÇÃO/ASSISTÊNCIA
Gestor Federal
Gestores Municipais
Gestores Estaduais e do Distrito Federal
Ao lado do conceito ampliado de saúde, o SUS traz dois outros conceitos
importantes: o de sistema e a idéia de unicidade.
A noção de sistema
significa que não estamos
falando de um novo serviço
ou órgão público, mas de
um conjunto de várias
instituições, dos três níveis
de governo e do setor
privado contratado e
conveniado, que interagem
para um fim comum.
Na lógica do sistema
público, os serviços
contratados e
conveniados são
seguidores dos mesmos
princípios e das mesmas
normas do serviço
público.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma
rede regionalizada e hierarquizada e constituem um Sistema
Único organizado de acordo com as seguintes diretrizes;
Descentralização, atendimento integral e participação da
comunidade.Princípios complementares; universalidade,
equidade e resolutividade.
A partir da constituição de 1988
O SUS como POLÍTICA DE ESTADO e a
afirmação da saúde como Direito De
Seguridade Social
Mudanças nas relações entre as esferas públicas e privadas na saúde,
relacionadas com a compatibilização entre os modelos de atenção e os de
gestão e com a adoção dos compromissos com a saúde e bem-estar social
por todos os gestores, profissionais de saúde e estabelecimentos de saúde
financiados, total ou parcialmente, com recursos públicos
Adoção de preceitos e instrumentos de efetivação dos
compromissos dos gestores com o uso dos recursos e patrimônio
públicos
Em outras palavras, a saúde passou a fazer parte dosdireitos sociais da cidadania. Mais do que um arranjoinstitucional, o processo da Reforma Sanitária brasileiraé um projeto civilizatório, ou seja, pretende produzirmudanças dos valores prevalentes na sociedadebrasileira, tendo a saúde como eixo de transformação ea solidariedade como valor estruturante.
No Brasil, a Constituição promulgada em 1988 é odocumento legal que define os deveres e as funções doEstado, compreendido como o conjunto dos poderespolíticos de uma nação (Governo + Sociedade).
Da mesma forma, o projeto do SUS é uma política de construçãoda democracia que visa à ampliação da esfera pública, à inclusãosocial e à redução das desigualdades. Se a Reforma Sanitária é aexpressão do nosso desejo de transformação social, suamaterialização institucional no SUS é a resultante doenfrentamento desta proposta com as contingências que seapresentaram nessa trajetória.
CONSTITUIÇÃO 1988Art. 196- A SAÚDE
Direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem a redução de riscos de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação
Art. 198- AÇÕES E SERVIÇOS
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
Parágrafo único. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de
outras fontes. (*) Emenda Constitucional Nº 29, de 2000 e Emenda Constitucional Nº 51,de 2006)
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado
DESENHO ORGANIZATIVO DO - SUS
Promoção Proteção Recuperação
NÍVEIS DE ATENÇÃO Á SAÚDE
NÍVEIS DE COMPLEXIDADE DA ASSISTÊNCIA
Atenção Básica Média cmplexidade Alta complexidade
Relaciona-se às ações
Relaciona-se às estruturas e procedimentos
ORGANIZAÇÃO HIERÁRQUICA
POR NÍVEL DE COMPLEXIDADE
(Tecnológica)
ALTA
MÉDIA
ATENÇÃO BÁSICA
E
D C
B
A
ABS
ORGANIZAÇÃO POLIÁRQUICA
EM REDES COOPERATIVAS
CUIDADO HUMANESCENTE- PNH
DESCENTRALIZAÇÃO CONTROLE
SOCIAL HIERARQUIZAÇÃO
UNIVERSALIDADE, INTEGRALIDADE E EQUIDADE
RELARE
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1.º As instituições privadas poderão participar de forma complementar dosistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato dedireito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e assem fins lucrativos.
§ 2.º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ousubvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
§ 3.º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitaisestrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4.º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoçãode órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisae tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue eseus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
RELAÇÃO PUBLICO E PRIVADO
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termosda lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e
participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e
outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do
trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como
bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Lei Orgânica da Saúde
Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes e dá outras providências
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as
condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de
políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e
no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e
aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da
sociedade.
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população
expressam a organização social e econômica do País.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo
anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico,
mental e social.
DIREITOS E DEVERES
Capítulo II - Dos Princípios e Diretrizes
Art. 7o - As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que
integram o Sistema Único de Saúde (SUS) são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no
artigo 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de
complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a
orientação programática;
VIII - participação da comunidade;
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde.
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
PRINCÍPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Universalidade
Equidade
Integralidade
Participação
popular
Regionalização e
hierarquização
Descentralização
com comando
único
DA ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO
• Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde(SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativaprivada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis decomplexidade crescente.
• Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o incisoI do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governopelos seguintes órgãos:
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúdeou órgão equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgãoequivalente.
• Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver emconjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.
CAPÍTULO III - RESPONSABILIDADES
• Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, DistritoFederal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundoanálise técnica de programas e projetos:
I - perfil demográfico da região;
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas degoverno.
• § 1º Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será distribuídasegundo o quociente de sua divisão pelo número de habitantes, independentementede qualquer procedimento prévio.
• § 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de migração, oscritérios demográficos mencionados nesta lei serão ponderados por outrosindicadores de crescimento populacional, em especial o número de eleitoresregistrados.
FINANCIAMENTO
Em geral, cabem ao Ministério da Saúde atividades estratégicas no âmbito
nacional, seja no campo do planejamento, controle, avaliação e auditoria,
como na promoção da descentralização. No que diz respeito às redes
assistenciais, há um destaque no papel do MS em relação à definição e
coordenação nacional de três sistemas: de alta complexidade, de
laboratórios de saúde pública, e de sangue e hemoderivados.
Outro destaque é dado ao papel do MS na regulação do setor privado,
abrangendo a elaboração de normas para regular as relações entre o SUS e os
serviços privados de assistência e também o estabelecimento de critérios e
valores para remuneração de serviços e de parâmetros assistenciais de
cobertura, sujeitos à aprovação do Conselho Nacional de Saúde. É também
apontada como de competência da direção nacional do SUS a identificação de
serviços estaduais e municipais de referência nacional para o
estabelecimento de padrões técnicos de assistência à saúde.
Ministério da Saúde;
ATRIBUIÇÕES DAS ESFERAS DE GOVERNO
No que concerne à função de planejamento, há uma referência indireta ao papel da direção
estadual do SUS de planejar, programar e organizar a rede regionalizada e hierarquizada
do SUS, quando se fala que cabe aos municípios “participar” desse processo, “em articulação
com sua direção estadual”. Quanto ao controle e avaliação, há um destaque mais explícito para
o papel do estado de acompanhamento, controle e avaliação das redes hierarquizadas do
SUS. Em relação às redes assistenciais específicas, destaca-se o papel do gestor estadual na
coordenação de três sistemas: de alta complexidade, de laboratórios de saúde pública e
de hemocentros (somente nesses últimos dois casos, incluindo “gerir unidades que
permaneçam em sua organização administrativa”).
Secretarias de Estado de Saúde
Não há referência a competências específicas do gestor estadual no que diz respeito
ao planejamento, controle, avaliação, gestão e execução geral de ações e
serviços, a não ser em caráter suplementar. Também em relação aos serviços
privados contratados pelo SUS, não há menção de nenhuma competência
específica do gestor estadual, seja na normatização, na contratação, no
controle e avaliação.
No modelo do SUS é dado forte destaque ao papel da direção
municipal do SUS de planejar, organizar, controlar, avaliar as
ações e serviços de saúde, gerir e executar os serviços públicos
de saúde. Também em relação aos serviços privados, enfatiza-se o
papel do gestor municipal na celebração de contratos e convênios
(respeitado o art. 26º, que trata do estabelecimento de critérios,
valores e parâmetros assistenciais pelo gestor nacional), controle,
avaliação e fiscalização de prestadores privados. Portanto, as
diversas competências de relação direta com prestadores
públicos e privados são atribuídas aos gestores municipais do
SUS. Em relação a redes assistenciais específicas, menciona-se o
papel do gestor municipal de “gerir laboratórios públicos de
saúde” e de “gerir hemocentros”.
Secretarias Municipais de Saúde:
Lei 8.142
de 28 de dezembro de 1990
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do
Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências
intergovernamentais de recursos financeiros na área da
saúde e dá outras providências.
Fundos de Saúde Conselhos de Saúde Conferencias
PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NO SUS
A partir das novas diretrizes políticas consolidadas pela Constituição de 1988,
o Sistema Único de Saúde (SUS) é a proposta instituída para a melhoria da
saúde no Brasil e resultou de movimentos populares que se organizaram e
reivindicaram igualdade para todos no atendimento à saúde. A Constituição
prevê o exercício do controle social sobre o SUS, pela participação das
pessoas ou de seus representantes nos Conselhos Municipais, Estaduais
e Federal de saúde, bem como nas conferências de saúde. Para bem
exercer esse controle, o cidadão necessita dispor de informações.
Fundo de Saúde
Conselho de Saúde
Plano de Saúde
Relatório de Gestão
Contrapartida de recursos
Comissão de PCCS
CONDICIONA O RECEBIMENTO
DE RECURSOS FINANCEIROS
Lei 8.142
Esta lei institui as instâncias colegiadas e os instrumentos de participação
social em cada esfera de governo. Condicionou o recebimento de recursos
financeiros à existência de Conselho Municipal de Saúde, funcionando de
acordo com a legislação. Em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções
do Poder Legislativo, existem as seguintes instâncias colegiadas:
Conferência de Saúde Conselho de saúde.
O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
deliberativo, órgão colegiado composto por representantes
do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde
e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle
da execução da política de saúde na instância
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e
financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe
do poder legalmente constituído em cada esfera do
governo.
A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro
anos com a representação dos vários segmentos
sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as
diretrizes para a formulação da política de saúde
nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder
Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo
Conselho de Saúde.
Prioridades
Marco jurídico-constitucional do SUS
Pacto pela Saúde
Pacto em Defesa do SUS:
Pacto de Gestão do SUS:
Pacto pela Vida:
ATUAL INSTRUÇÃO NORMATIVA DO SUS
PACTO PELA SAÚDE
Portaria 399 de 22 de fevereiro de 2006
• Reconhecimento da autonomia dos entes
federados.
• Tentativa de superar a fragmentação das
políticas e programas de saúde
Organização de uma rede regionalizada e
hierarquizada de ações e serviços de saúde.
Qualificação da gestão.
PORQUÊ O
PACTO PELA SAÚDE?
• Reafirmação da fidelidade de todos com o sistema público que garanta a equidade e o acesso
universal e a demonstração de que os recursos financeiros existentes são insuficientes para a materialização dos princípios constitucionais.
PACTO
EM DEFESA DO SUS
PACTO
PELA VIDA
Deverá estabelecer AS RESPONSABILIDADES
CLARAS DE CADA ENTE FEDERATIVO de
forma a diminuir as competências concorrentes
e a tornar mais evidente quem deve fazer o quê,
contribuindo com o fortalecimento da gestão
compartilhada e solidária no SUS.
PACTO DE GESTÃO
Deve ser constituído por um conjunto de
COMPROMISSOS SANITÁRIOS, que deverão
expressar uma prioridade inequívoca dos três
entes federativos, com definição das
responsabilidades de cada um.
Entre as questões-chave do pacto de gestão temos: a definição dos papeis e responsabilidades das 3 esferas
de gestão; a regionalização com ênfase no PDR/PDI e na definição de redes de atenção á saúde; o
financiamento; a PPI; a regulação assistencial e o papel das SES na coordenação das referências
intermunicipais; e a gestão dos prestadores de serviços.
PORTARIA Nº. 325/GM, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2008*
Estabelece prioridades, objetivos e metas do
Pacto pela Vida para 2008
Portaria GM Nº 48, de12 de janeiro de 2009,ficam mantidas, asprioridades para o anode 2009
1- Atenção à saúde do idoso;2 - Controle do câncer de colo de útero e de
mama;3- Redução da mortalidade infantil e materna;4- Fortalecimento da capacidade de respostas às
doenças emergentes e endemias, com ênfasena dengue,hanseníase, tuberculose, malária,influenza, hepatite, aids;
5 - Promoção da saúde;6- Fortalecimento da atenção básica;7 - Saúde do trabalhador;8 - Saúde mental;9 - Fortalecimento da capacidade de resposta do
sistema de saúde às pessoas com deficiência;10 - Atenção integral às pessoas em situação ou
risco de violência; e11 - Saúde do homem.
A política de recursos humanos para o SUS é um eixo estruturante e deve buscar a
valorização do trabalho e dos trabalhadores de saúde, o tratamento dos conflitos, a
humanização das relações de trabalho;
Estados, Municípios e União são entes autônomos para suprir suas necessidades de
manutenção e expansão dos seus próprios quadros de trabalhadores de saúde;
O Ministério da Saúde deve formular diretrizes de cooperação técnica para a
gestão do trabalho no SUS;
Desenvolver, pelas três esferas de gestão, estudos quanto às estratégias e
financiamento tripartite de política de reposição da força de trabalho
descentralizada;
As Diretrizes para Planos de Cargos e Carreira do SUS devem ser um instrumento
que visa regular as relações de trabalho e o desenvolvimento do trabalhador, bem
como a consolidação da carreira como instrumento estratégico para a política de
recursos humanos no Sistema;
As diretrizes para a Gestão do Trabalho no SUS :
Pacto de Gestão
Propõe a descentralização de atribuições do Ministério da Saúde para
os estados, e para os municípios, acompanhado da desburocratização
dos processos normativos. Reforça a territorialização da saúde como
base para organização dos sistemas, estruturando as regiões sanitárias
e instituindo Colegiados de Gestão Regional-CGR.
• Termo de Compromisso de Gestão-TCGassinado de forma tripartite contendoresponsabilidades e compromissossanitários e de gestão, com prazos,vigências e metas
TODOS PASSAM A SER PLENOS
1.Atenção Básica
2. Media e Alta Complexidade
3. Assistência Farmacêutica
4. Vigilância em Saúde
5. Gestão
6. Investimento
PACTO DA GESTÃO
Para cinco blocos
O Pacto pela Saúde 2006 está alterando a forma de financiamento do SUS aoeliminar mais de 100 modalidades de transferências de recursos e reduzi-las aapenas cinco blocos. Essa é a principal mudança no Financiamento, relativo aocusteio das ações e serviços de saúde, a alocação dos recursos federais emcinco blocos.
Instrumento de ordenamento do processo de regionalização da assistência em cada estado e no Distrito Federal, baseado nos
objetivos de definição de prioridades de intervenção
coerentes com as necessidades de saúde da população e garantia de acesso dos cidadãos a todos
os níveis de atenção.
PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO – PDR
INSTRUMENTOS DE GESTÃO REFORÇADOS PELO PACTO
PLANO DIRETOR DE INVESTIMENTO –PDI
É parte integrante do PDR evisa identificar prioridades edesenvolver estratégias deinvestimento de forma apromover a equalização daoferta de recursosassistenciais, em todos osníveis de complexidade.
Programação Pactuada e Integrada (PPI)
A PPI envolve as atividades de assistência ambulatorial e hospitalar, de vigilância
sanitária e de epidemiologia e controle de doenças, constituindo um instrumento
essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de alocação
dos recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três esferas de governo.
Essa Programação traduz as responsabilidades de cada município com a
garantia de acesso da população aos serviços de saúde, quer pela oferta existente
no próprio município, quer pelo encaminhamento a outros municípios, sempre por
intermédio de relações entre gestores municipais, mediadas pelo gestor estadual.
MECANISMOS DE ORGANIZAÇÃO REGIONAL(Regionalização Solidária)
Colegiado de Gestão Regional –
Espaços de decisão política e de definição das prioridades de ação regional formado
pelos gestores municipais de saúde do conjunto de municípios e por representantes
do gestor estadual
Câmaras Técnicas Provisórias ou Permanentes –
Apoio técnico necessário ao Colegiado de Gestão
Plano Regional de Saúde -
Elaborado pelo Colegiado Regional de Gestão
Programação Assistencial e Orçamentação - PPI
Plano Regional de Investimentos - PRI
Termo de Compromisso assinado de forma tripartite contendo responsabilidades e compromissos
sanitários e de gestão, com prazos, vigências e metas
A redução das desigualdades em saúde
Ampliação do acesso com qualificação e humanização da atenção
Redução dos riscos e agravos
Aprimoramento dos mecanismos de gestão, financiamento e controle social
PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO 2009- PDR
MOSSORÓ
PAU DOS
FERROS CAICÓ
NATAL
SÃO JOSÉ DE
MIPIBÚASSÚ
SANTA CRUZ
JOÃO CÀMARA
Somos sujeitos que se
constroem a partir das relações
que se estabelecem, o
DIREITO é condição primeira
para essa construção. O
CUIDADO pressupõe uma
atitude amorosa de abertura,
de compartilhamento, de troca
de experiências, vivências,
sentimentos e pensamentos
(SAMPAIO, 2010)
Muito Obrigada!
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