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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ ENGENHARIA MECÂNICA
VICTOR ANDREY MARTINS VIZENTIN
LEVANTAMENTO E MONTAGEM DE EQUIPAMENTOS DE SERRALHERIA – HOMEMADE
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CORNÉLIO PROCÓPIO 2016
2
VICTOR ANDREY MARTINS VIZENTIN
LEVANTAMENTO E MONTAGEM DE EQUIPAMENTOS DE SERRALHERIA – HOMEMADE
Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Mecânico, do Departamento Acadêmico da Mecânica – DAMEC,da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. Orientador: Prof. Dr. Celso Naves de Souza
CORNÉLIO PROCÓPIO 2016
3
4
“A persistência é o caminho do êxito.” Charles Chaplin.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus que me deu sabedoria e força para
conseguir chegar a esta etapa da minha vida. Agradeço a oportunidade de a mim
concedida para conseguir chegar até aqui e poder concluir essa jornada e ainda ter
vontade de evoluir como ser humano.
Agradeço ao meu pai, Luiz Carlos Vizentin e minha mãe, Maria José Martins
Vizentin, que sempre confiaram em mim e nunca deixaram de apoiar e incentivar
tanto nos momentos bons quanto nos momentos ruins.
Agradeço aos meus irmãos, Lucas Ricieri Martins Vizentin e Giovanni Luiz
Martins Vizentin, pelo apoio e ajuda durante essa fase, não me deixando desistir em
momento algum e aos meus amigos pela convivência nesse projeto. Agradeço a
toda minha família, a minha base.
Agradeço ao professor Dr. Celso Naves de Souza, por me orientar nesse
projeto, compartilhando o seu conhecimento e a todos os professores, que de certa
forma, contribuíram para que me tornasse a pessoa que sou hoje.
Agradeço a Universidade Tecnológica Federal do Paraná pela excelência do
ensino e dedicação a todos seus alunos.
6
VIZENTIN, A. MARTINS, VICTOR. Equipamentos Homemade para Serralheria. 2016 90f. Trabalho de Conclusão de Curso – Coordenação Acadêmica de Engenharia Mecânica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Cornélio Procópio, 2016.
RESUMO
No presente trabalho, foi realizado um levantamento das causas do aumento do
desemprego e das atividades informais no Brasil durante os últimos anos e através
da engenharia social, propor uma solução para essas pessoas desempregadas
obterem uma fonte de renda mensal ou começar seu próprio negócio. O ramo de
negócio proposto é de uma serralheria homemade de pequeno porte, sendo
indicado o modelo para a mesma e os equipamentos utilizados. Foram descritos as
funções que o profissional serralheiro deve realizar, e como lidar ao realizar o
atendimento aos clientes.
Posteriormente, foram levantados os custos dos componentes necessários através
de tabelas e como realizar construção passo-a-passo dos equipamentos, sendo
eles: morsa caseira, pistola de pintura caseira, compressor de ar caseiro, máquina
de solda com transformador de microondas, policorte caseiro e prensa hidráulica
caseira.
Foram citadas as condições mínimas de segurança para a implementação dessa
serralheria homemade, seguindo as normas regulamentadoras. Além das normas de
segurança, foram analisados os tipos de manutenções que serão aplicadas nos
equipamentos, caso eles apresentem quebra ou dano. E por fim, foi comparado o
custo da fabricação dos equipamentos caseiros com os mesmos adquiridos no
mercado.
Palavras-chaves: Serralheria, Homemade, Manutenção.
7
VIZENTIN, A. MARTINS, VICTOR. Equipamentos Homemade para Serralheria. 2016 90f. Trabalho de Conclusão de Curso – Coordenação Acadêmica de Engenharia Mecânica, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Cornélio Procópio, 2016.
ABSTRACT
In this study, a survey was conducted of the causes of rising unemployment and
informal activities in Brazil in recent years and through social engineering, propose a
solution for these unemployed people get a monthly income source or start your own
business. The proposed line of business is a sawmill small homemade, and indicated
the model for the same and the equipment used. the functions that the professional
locksmith were described to accomplish, and how to handle when performing
customer service.
Subsequently, the costs of the necessary components through tables and how to
build step-by-step equipment were raised, namely: home walrus, homemade spray
gun, homemade air compressor, welding machine with microwave transformer
policorte home and homemade hydraulic press.
The minimum security conditions for the implementation of this locksmiths
homemade were cited by following the appropriate standard. In addition to safety
standards, the types of maintenance were analyzed to be applied in the equipment if
they present breakage or damage. Finally, it was compared to the cost of
manufacturing of home devices with the same purchased on the market.
Keywords: Metalwork, Homemade, Maintenance.
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Cantoneiras Cortadas (10, 20 e 25cm). .................................................. 21
Figura 2 - Furação cantoneiras 10 cm comprimento. ................................................ 22
Figura 3 – Croqui de soldagem ................................................................................. 22
Figura 4 - Fixação Base Parafuso de Aperto............................................................. 23
Figura 5 – Esboço Barra Roscada ........................................................................... 24
Figura 6 - Fixação Mandíbula Móvel ......................................................................... 24
Figura 8 - Peça Final Pronta...................................................................................... 25
Figura 9 - Separação Tubo do Pulverizador e Remoção do Bico. ............................. 27
Figura 10 - Corte no tubo do Pulverizador ................................................................ 28
Figura 11 - Cano PVC com Filtro e Tubo .................................................................. 29
Figura 12 – Cano PVC com Filtro de Gasolina. ......................................................... 29
Figura 13 - Fixação Componente e Bico no Reservatório de Tinta. .......................... 29
Figura 14 - CAP fixado no Tubo PVC 6.5 cm. ........................................................... 30
Figura 15 - Pistola de Pintura Caseira Finalizada. .................................................... 31
Figura 16- Suporte para fixação. ............................................................................... 34
Figura 17 - Suporte Fixação Reservatório ................................................................. 34
Figura 18 – Esboço Carrinho. .................................................................................... 34
Figura 19 - Motor com Filtro Secador de Ar e Flange. .............................................. 35
Figura 20 – Dreno ..................................................................................................... 36
Figura 21 - Amortecedor de Ar e Dreno. ................................................................... 36
Figura 22 - Válvula de Alívio Pressotato. .................................................................. 37
Figura 23 - Filtro Regulador Fixado no Carrinho. ..................................................... 37
Figura 24 - Diagrama Montagem. .............................................................................. 37
Figura 25 - Compressor de Ar Caseiro Finalizado. ................................................... 38
Figura 26 - Transformadores com Enrolamentos. ..................................................... 42
Figura 27 - Novo Enrolamento Secundário. .............................................................. 43
Figura 28 - Disjuntor. ................................................................................................. 43
Figura 29 – Conexão Enrolamento Secundário......................................................... 44
Figura 30 - Conexão Enrolamento Primário. ............................................................. 44
Figura 31 - Máquina de Solda. .................................................................................. 45
Figura 32 - Tubo em Forma "L". ................................................................................ 47
Figura 33 - Esboço Tubo "T". .................................................................................... 48
9
Figura 34 - Fixação Tubo "T". .................................................................................... 48
Figura 35 - Base. ....................................................................................................... 48
Figura 36 - Dobradiças Fixação. ............................................................................... 49
Figura 37 - Tubo Vertical. .......................................................................................... 50
Figura 38 - Suporte. .................................................................................................. 50
Figura 39 - Suporte Horizontal. ................................................................................. 50
Figura 40 - Fixação Peça. ......................................................................................... 51
Figura 41 - Bloqueio Faíscas. .................................................................................... 51
Figura 42 - Equipamento Pronto. .............................................................................. 51
Figura 43 - Ilustração Funcionamento Prensa Hidráulica. ......................................... 53
Figura 44- Componentes Para Prensa Hidráulica Caseira. ....................................... 54
Figura 45 -Base Prensa Hidráulica Caseira. ............................................................. 55
Figura 46 - Fixação da Base. .................................................................................... 55
Figura 47 - Dimensionamento dos Furos. ................................................................. 55
Figura 48 - Fixação Barras Transversais. ................................................................. 56
Figura 49 - Furos 8 mm Diâmetro. ............................................................................ 56
Figura 50 - Suporte Superior. .................................................................................... 57
Figura 51 - Fixação Suporte nas Barras Transversais Superiores. ........................... 57
Figura 52 - Suporte da Base. .................................................................................... 57
Figura 53 - Prensa Hidráulica Caseira. ..................................................................... 58
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Custo dos Componentes Morsa Caseira. .................................................. 26
Tabela 2 – Custo dos Componentes Pistola de Pintura Caseira. ............................. 32
Tabela 3 - Custo dos Componentes Compressor de Ar Caseiro. .............................. 39
Tabela 4 - Custo dos Componentes da Máquina de Solda Caseira. ......................... 46
Tabela 5 - Custo dos Componentes Policorte Caseiro. ............................................. 52
Tabela 6- Custo dos Componentes Prensa Hidráulica Caseira. ............................... 58
Tabela 7 - Quadro Comparativo do Custo Final. ....................................................... 84
11
LISTA DE SIGLAS
A - Ampere
CA - Corrente Alternada
CC - Corrente Contínua
Co2 - Gás Carbônico
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho
CV - Cavalo
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva
EPI - Equipamento de Proteção Individual
HP - Horse Power
MCP - Manutenção Corretiva Planejada
MP - Manutenção Preventiva
NBR - Norma Brasileira Regulamentadora
NR - Norma Regulamentadora
PSI - Pound Force Per Square Inch
SIGMA - Sistema de Gerenciamento de Manutenção
V - Volts
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 16
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 17
3.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................................... 17
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 17
4 MODELO DE SERRALHERIA ............................................................................... 18
4.1 MORSA CASEIRA ....................................................................................................................... 20
4.1.1 Função ....................................................................................................................................... 20
4.1.2 Construção ................................................................................................................................ 20
5.2 PISTOLA DE PINTURA CASEIRA ........................................................................................... 26
4.2.1 Função da Pistola de Pintura.................................................................................................. 26
4.2.2 Construção ................................................................................................................................ 27
4.3 COMPRESSOR DE AR CASEIRO PARA PINTURA ............................................................ 32
4.3.1 Função do compressor: ........................................................................................................... 32
4.3.2 Construção ................................................................................................................................ 33
4.4 MÁQUINA DE SOLDA CASEIRA COM TRANSFORMADOR DE MICROONDAS .......... 40
4.4.1 Função ....................................................................................................................................... 40
4.4.2 Construção ................................................................................................................................ 41
4.5 POLICORTE CASEIRO .............................................................................................................. 46
4.5.1 Função ....................................................................................................................................... 46
4.5.2 Construção ................................................................................................................................ 47
4.6 PRENSA HIDRÁULICA CASEIRA ............................................................................................ 52
4.6.1 Função ....................................................................................................................................... 52
4.6.2 Construção ................................................................................................................................ 53
13
5 CONDIÇÕES MÍNIMAS DE SEGURANÇA PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA
SERRALHERIA ........................................................................................................ 59
5.1 NORMAS REGULAMENTADORAS ......................................................................................... 59
5.2 USO DE EPI’s .............................................................................................................................. 61
5.2.1 Atos Inseguros .......................................................................................................................... 62
5.2.2 Condições Inseguras ............................................................................................................... 63
5.2.3 Segurança no Trabalho ........................................................................................................... 65
5.2.4 O Papel do Treinamento ......................................................................................................... 66
6 MANUTENÇÃO ..................................................................................................... 69
7.1 CONCEITO E TIPOS DE MANUTENÇÃO .............................................................................. 69
6.1.1 Tipos de Manutenção .............................................................................................................. 71
6.1.2 Manutenção Corretiva e Não Planejada ............................................................................... 72
6.1.3 Manutenção Corretiva e Planejada ....................................................................................... 73
6.1.4 Manutenção Preventiva ........................................................................................................... 74
6.1.5 Manutenção Preditiva .............................................................................................................. 77
6.1.6 Manutenção Detectiva ............................................................................................................. 78
6.1.7 Sistema de Controle de Manutenção .................................................................................... 78
6.1.8 Gerenciamento de Manutenção ............................................................................................. 79
7 METODOLOGIA .................................................................................................... 80
8 ANÁLISES E RESULTADOS ................................................................................ 83
9 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 85
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 86
14
1 INTRODUÇÃO
A crescente evolução tecnológica e a mudança no mercado, na maioria das
vezes, fazem com que ocorra uma reestruturação das empresas, e com a
automação, substituição do homem pela máquina no processo industrial, gera mais
desemprego e atividades informais (CARVALHO, 2010), e um aumento acentuado
das microempresas.
O investimento em microempresas, sendo uma delas a criação de um
negócio próprio, tem como principal motivo, ser dono e poder administrar e
comandar as atividades necessárias para obter uma remuneração e não submeter-
se a ordens de patrões.
No Brasil, muitas dessas microempresas estão sendo criadas, e um
segmento que tem se destacado é o da serralheria. Ao se criar uma serralheria,
consequentemente haverá a criação de empregos, gerando renda para pessoas que
não possuem um emprego, tanto no cenário regional quanto nacional.
O serralheiro é o profissional que executa, monta e repara estruturas
metálicas, caixilharias (estrutura com rebaixamento ao qual se podem encaixar
folhas e placas) e outros elementos metálicos não estruturais, de acordo com as
especificações técnicas, respeitando as regras de segurança e higiene no trabalho.
Em uma serralheria tem-se a transformação de matéria-prima (ferro ou alumínio), em
janelas, portas, portões, grades: trabalhando normalmente por ordem de serviço, ou
seja, encomenda. Tem como boa parte de seus consumidores, pessoas físicas.
(ANQ, 2015). Quanto a localização, a mesma deve ser em uma área de preferência
industrial, mas nesse caso, em uma região comercial, pois existe a emissão de
ruídos, podendo causar problemas com os moradores na região. De acordo com
Kruppa, (2005);
Qualquer trabalhador/a está habilitado/a capacitar-se para o uso dos recursos exigidos num empreendimento, visto que é possível valorizar e articular os saberes do senso comum com a apropriação do conhecimento das ciências, principalmente porque “todos os seres humanos têm o direito de deles se apropriarem para tornar sua vida mais produtiva e digna” (KRUPPA, 2005, p. 9-10).
Segundo Singer (2000), os empreendimentos podem conquistar maiores
possibilidades através dos financiamentos públicos e, assim, ganhar cada vez mais
15
espaço. Isso somado a outras formas de organização que garantam às bases de
sustentação desta economia solidária, tais como redes de comercialização,
assessoria técnico-científica, possibilidades de legalização dos empreendimentos
solidários, formação continuada dos/as trabalhadores/as, apoio legal e institucional
por parte do governo, intercâmbio com outros empreendimentos, entre outras.
Skinner (1969) citado por Silva ET al. (2005) detalha exemplos habituais a
fim de determinar a execução da produção, curtos períodos para a entrega do
produto, tendo o mesmo qualidade e credibilidade, realização da obrigação de
entrega, agilidade para produzir novos produtos, flexibilidade para mudanças no
volume e possuir baixo custo.
Existe um elevado risco de acidentes, caso os colaboradores não façam uso
da pratica de EPIS, podendo assim induzir ao afastamento do trabalhador por
momentos de tempo analisáveis, o que, além de prejudicar o funcionário, provoca
danos para a empresa, em virtude de, na maioria das vezes, não haver mão de obra
treinada para substituir o acidentado, interferido, assim, nos prazos de entrega dos
produtos e levando consequentemente ao afastamento da clientela (FIEDLER ET
al., 2001) citado por Ferracin (2014, p.13).
16
2 JUSTIFICATIVA
Apesar da grande quantidade de universidades e faculdades dias de hoje,
ainda há um grande número de indivíduos sem uma graduação ou formação. Até
mesmo no ensino médio, sem uma qualificação profissional, diminuindo ainda mais
a possibilidade de contratação desses indivíduos por pequenas e grandes
empresas. O projeto oferece uma oportunidade para esses indivíduos que não
possuem formação profissional, sigam uma carreira de forma autônoma, podendo
ter uma renda média financeira, através do seu próprio negócio (serralheria).
17
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Criará possibilidade e a oportunidade, através de um pequeno investimento
inicial em materiais e tempo, para a comunidade economicamente carente, em ter
seu próprio negócio, na qual será fornecido o conhecimento para a criação das
próprias ferramentas de trabalho, e a manutenção das mesmas. Assim, terão a
condição de montar e reparar estruturas metálicas, como: portões, grades, portas,
janelas, ou outra atividade, que se encaixe no contexto de uma serralheria,sempre
respeitando as regras de segurança.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Através da engenharia social, estudar uma nova idéia de negócio próprio;
• Através dos métodos didáticos, fazer com que leigos e afins, consigam
compreender a idéia;
• Mostrar, passo-a-passo, como realizar a construção dos equipamentos;
• Apontar as condições mínimas de segurança exigidas para a construção
dos equipamentos e na utilização dos mesmos.
• Apontar os tipos de manutenção necessários, nos equipamentos e
ferramentas presentes na serralheria;
• Através de cálculos em tabelas e quadros comparativos, demonstrar a
viabilidade econômica dos equipamentos;
18
4 MODELO DE SERRALHERIA
Sabe-se que o homem sempre buscou formas de melhorar sua qualidade de
vida, através da manipulação dos elementos encontrados por ele no mundo. Um dos
elementos mais utilizados pelo mesmo, e que trouxe grande evolução e melhoria na
qualidade de vida, foram os metais. A exploração dos metais pelo homem iniciou-se
na Idade dos Metais, nas sociedades da pré-história, onde serviram para obtenção
do alimento, tanto no cultivo agrícola como na prática de caças. Entre os primeiros
elementos usados pelo homem, encontra-se o cobre, estanho, bronze e muito tempo
depois o ferro fundido.
Com o passar do tempo, descobriu-se uma maior quantidade de elementos
metálicos, juntamente com o aumento da tecnologia culminando no aperfeiçoamento
na manipulação dos metais, buscando um maior rendimento, ou seja, uma menor
quantidade de matéria-prima para fabricação do componente desejado. Como
conseqüência surgiu um mercado, um ramo, que lida com os metais na fabricação
de componentes, a serralheria. Nesse mercado, hoje, existe uma ampla
concorrência e consumidores exigentes, exigindo um produto final com qualidade.
O profissional serralheiro deve ser capaz de projetar e confeccionar todo e
qualquer tipo de estrutura metálica, tendo como necessidade a habilidade de lidar
com desenhos. Necessita alcançar as especificações requisitadas no produto e
serviço contratado. Ele escolhe as matérias-primas e acima de tudo criatividade para
lidar com os problemas no dia-a-dia.
Além disso, também desenvolve:
- Prepararação dos equipamentos, ferramentas e instrumentos de medida e
controle, em função da natureza dos materiais e especificações técnicas definidas;
- Fabricação de peças e estruturas metálicas, utilizando máquinas-
ferramentas tais como guilhotinas, puncionadoras, quinadeiras, máquinas de
calandrar perfis e chapas, prensas e máquinas de soldar.
- Montagem de diferentes componentes de estruturas metálicas, de acordo
com desenhos, fichas de trabalho ou esquemas de montagem;
19
- Repararação de estruturas metálicas danificadas ou deterioradas,
utilizando ferramentas adequadas e recorrendo, sempre que necessário, a
equipamentos de elevação e transporte;
- Execução de caixilharias e outros elementos metálicos não estruturais,
utilizando ferramentas e equipamentos de serralheria;
- Repararação ou substituição em caixilharias e outros elementos metálicos
não estruturais, recorrendo a técnicas adequadas.
Já o processo de produção se caracteriza pelos seguintes passos:
- 1 º PASSO: Se reunir com o cliente e definir claramente as expectativas e
necessidades sobre o produto, que pode ser apresentado através de um “croqui”
para obter a aprovação. Outra maneira é a apresentação por parte do cliente um
desenho detalhado do produto. O mais importante é sanar as dúvidas sobre a peça
a ser executada;
- 2 º PASSO: Preparar o orçamento, descrevendo o tipo de metal utilizado
no processo. Também o preço com condições de pagamento parcelado e prazo de
entrega do produto, sendo apresentado ao cliente para aprovação final.
- 3 º PASSO: Basicamente é a confecção da peça, que irá mudar de acordo
com o produto a ser produzido;
- 4 º PASSO: Após a confecção da peça, é interessante, o cliente verificá-la
e aprová-la, para que possa prosseguir para a próxima etapa;
- 5 º PASSO: Depois de ser aprovado pelo cliente, segue para realizar a
montagem/acabamento final se necessário e posteriormente a entrega da
peça/produto ao cliente.
A seguir serão descritos, os equipamentos, suas respectivas funções, os
componentes necessários para sua fabricação e como realizar a construção passo-
a-passo.
20
4.1 MORSA CASEIRA
4.1.1 Função
A morsa caseira é uma ferramenta ou instrumento, que normalmente é
montada sobre uma bancada, onde a mesma será fixada. Ela possui duas partes,
ambos conhecidos como mordentes (mandíbulas), sendo que um deles é fixo e o
outro é móvel, que se desloca aproximando da parte fixa, servindo para segurar,
apertar componentes ou peças que necessitam estar fixadas para que conseguir
realizar algum processo.
Ela possui diversos tamanhos, sendo o tamanho indicado por números,
sendo esses números correspondentes ao tamanho do mordente (mandíbula).
A morsa é um equipamento de grande versatilidade. No dia-a-dia de uma
serralheria, para executar determinadas funções, é necessário que a peça esteja
fixa. A morsa utilizada é indispensável para funções como: serrar, roscar, limar e
processos de ajustagem.
4.1.2 Construção
São necessários os seguintes materiais para a construção de uma morsa
caseira:
• Cantoneira de 1.50 m de Comprimento;
• Barra Roscada ou Rosqueável 3/8” x 1m;
• 06 Porcas 3/8”;
• 06 Arruelas 3/8”;
• Parafusos para Fixação 3/8”;
• 03 Varetas de Solda;
• Mesa de Bancada;
21
Para se construir a morsa caseira, será necessária a utilização de alguns
instrumentos, facilmente encontrados no mercado, ou até mesmo dentro de casa.
Esses objetos serão citados durante a descrição do processo e a forma como obtê-
los.
Inicialmente, utilizando uma serra, cortar cantoneira. A cantoneira será
cortada em diferentes comprimentos. Deve-se cortar a mesma em duas cantoneiras
menores, cada uma com 25 cm de comprimento, três cantoneiras, cada uma com 10
cm de comprimento. E finalmente, mais duas cantoneiras com 20 cm de
comprimento cada uma. Esses componentes resultaram na morsa caseira.
Figura 1 – Cantoneiras Cortadas (10, 20 e 25cm).
Fonte: http://ed-mattar.blogspot.com.br/
A próxima etapa será a realização dos furos nas cantoneiras de 10 cm de
comprimento. Os furos deverão ser feitos utilizando uma furadeira com uma broca
de aço rápido para metal 3/8” Irwin, feita de aço rápido ANSI B 94 11 M. Duas delas
serão para a fixação na mesa de bancada, enquanto a outra é onde a barra roscada
será soldada.
22
Figura 2 - Furação cantoneiras 10 cm comprimento.
Fonte: Próprio Autor.
Após a realização dos furos nas cantoneiras de 10 cm de comprimento,
soldar duas delas, nas cantoneiras de 25 cm de comprimento, de modo que o centro
das mesmas fique alinhados. Quanto à soldagem, deverá ser uma solda de filete
horizontal com o cordão de solda com comprimento de 10 cm, de acordo com croqui
abaixo.
Figura 3 – Croqui de soldagem
Fonte: Apostila de Soldagem FBTS.
23
Quanto à terceira cantoneira de 10 cm, base de parafuso de aperto, deverá
ser soldada de forma perpendicular duas cantoneiras de 25 cm, em uma das
extremidades. Deve-se colocar as duas cantoneiras de 25 cm de forma paralela,
tendo uma distância entre elas de 5 cm e posteriormente soldar a cantoneira de 10
cm. Quanto à soldagem, deverá ser realizada ao redor de toda a peça, de acordo
com a figura 4, conforme o detalhe em vermelho.
Figura 4 - Fixação Base Parafuso de Aperto
Fonte: Próprio Autor
Já com a cantoneira de 10 cm fixa, será soldada dois pares de porcas e
arruelas 3/8”. Um par deverá ser soldado antes e um depois da cantoneira de 10 cm.
A solda deverá ser realizada ao redor de todo o componente, soldando primeiro a
arruela 3/8”e depois a porca 3/8” (detalhe em vermelho). Deve-se tomar cuidado
com a soldagem, pois ela pode deteriorar a rosca da barra roscada. Deve-se atentar
para que a barra roscada, ao final da fixação, esteja com o seu deslocamento
normal.
24
Figura 5 – Esboço Barra Roscada
Fonte: Próprio Autor.
A próxima etapa é fixar a mandíbula móvel. A mandíbula móvel será a
cantoneira de 20 cm de comprimento. Quanto à fixação, será necessária a criação
de um suporte. O suporte utilizado deverá ser igual a do esboço da figura 6. Será
utilizado também um jogo de porca e arruela 3/8”, de maneira que se encaixe no
suporte. Quanto a soldagem do componente, deverá ser realizado da mesma
maneira da fixação da base do parafuso de aperto.
Figura 6 - Fixação Mandíbula Móvel
Fonte: http://ed-mattar.blogspot.com.br/
25
Para finalizar, deve-se utilizar a mandíbula móvel, para demarcar o local
onde a mandíbula fixa será soldada. Recomenda-se utilizar um esquadro para que a
mandíbula fixa seja soldada de maneira perpendicular a barra roscada. Como a
mandíbula fixa vai sofrer grande esforço, deve-se soldar esse componente tanto na
parte inferior quanto na superior, para não correr o risco de quebra. Após terminar,
utilizar uma lixa para retirar as rebarbas geradas na soldagem dos componentes. Na
extremidade da barra roscada, soldar uma porca 3/8”, que servirá para o
deslocamento da barra roscada. Fica como opção, fazer o acabamento do
componente, como pintura.
Após o término da construção do componente, fixá-lo o mesmo na mesa de
bancada, utilizando dois parafusos, duas porcas e duas arruelas.
Figura 7 - Peça Final Pronta.
Fonte: http://ed-mattar.blogspot.com.br/
Seguindo os passos com o projeto já concluído e com um custo bem menor quando comparado a um adquirido em loja.
EPI’S necessários para operar a morsa caseira:
• Óculos: Proteção dos olhos;
26
• Luvas: Proteção para as mãos.
Abaixo segue a tabela 1 para a construção da morsa caseira.
Morsa Caseira
Quantidade Itens Custo
6 Porca Sextavada 3/8" R$ 4.00
1 Barra Roscada 3/8"x 1m R$ 10.00
6 Arruela de Vedação 3/8 " R$ 5.00
2 Arruela de Pressão 3/8" R$ 1.50
3 VARETA TIG - OX - 5 ER4043 - 1/8 R$ 3.50
1 Chapa "L" 0,5cmx4cmx1,5m R$ 10.00
1 Mesa de Bancada R$ 0.00
2 Parafuso fixação 3/8" R$ 6.00
Custo Total R$ 40.00
Tabela 1- Custo dos Componentes Morsa Caseira.
Fonte: Próprio Autor.
5.2 PISTOLA DE PINTURA CASEIRA
4.2.1 Função da Pistola de Pintura
A pistola de pintura é um equipamento que tem como função pulverizar um
revestimento, seja ele com tinta, verniz, etc... através do ar sobre uma superfície. A
maioria dos sistemas utiliza o ar comprimido para dirigir e atomizar as partículas de
tinta sobre outro equipamento. Normalmente, a pistola de pintura é utilizada para
pinturas de grandes superfícies. Elas podem ser manuais ou automáticas.
A pistola de pintura tem grande utilidade no dia-a-dia, ainda mais em uma
serralheria. A pintura servirá tanto como acabamento do produto (visualmente)
quanto como o aumento da vida útil do mesmo, aumentando a resistência do
mesmo, aumentando a proteção contra a corrosão, por exemplo, já que o principal
elemento que a serralheria utiliza são os metais.
27
4.2.2 Construção
São necessários alguns componentes/materiais que serão listados a
seguir:
• 01 Pulverizador Manual;
• 01 Bico de Limpeza acionado por botão Schweers-BS02;
• 01 Bico de Câmara de Ar de Moto;
• 01 Filtro de Gasolina de Moto;
• 01 Cap 32mm PVC;
• 01 Pedaço de Cano PVC 32mm;
• 01 Pedaço de Lixa P80;
• 01 Pote de Creme Vazio;
• 01 Pedaço de Câmara de Ar;
• 02 Pedaços de Arame Recozido;
Além desses materiais, serão utilizadas algumas ferramentas, para realizar a
montagem e construção da pistola de pintura caseira. Essas ferramentas são:
Tesoura, Serra Manual, Chave de Fenda, Trena e Chave Fixa.
Primeiramente, deve-se pegar o pulverizador manual e utilizando a chave
de fenda, desmontá-lo, separando o tubo do pulverizador, através do bico. Após a
separação do tubo do pulverizador, retirar o bico. O pulverizador será descartado.
Figura 8 - Separação Tubo do Pulverizador e Remoção do Bico.
Fonte: http://davigrafiteiro.blogspot.com.br/2015/05/pistola-de-pintura-caseira.html
28
O próximo passo é medir 2.5 cm a partir do maior diâmetro do tubo, e cortá-
lo utilizando a serra manual. Deve-se atentar para que após o corte do tubo, fique
bem limpo por dentro, para que não venha a entupir o bico no momento da pintura.
Figura 9 - Corte no tubo do Pulverizador
Fonte: http://davigrafiteiro.blogspot.com.br/2015/05/pistola-de-pintura-caseira.html
Após o corte, pegar o cano de PVC de 32 mm de diâmetro e cortá-lo com
um comprimento de 6.5cm, utilizar a lixa P80 para retirar as rebarbas.
Nessa etapa do processo, serão utilizados três componentes, o tubo
cortado, o cano de PVC de 32 mm cortado e o filtro de gasolina da moto. Deve-se
prestar atenção na direção do fluxo do fluido no filtro (seta desenhada no mesmo). O
filtro de gasolina encaixa perfeitamente no cano de PVC de 32 mm, ele servirá para
filtrar a água para que ela não se misture com a tinta e afete o processo (Figura 12).
Posteriormente, o cano de PVC já com o filtro encaixado, será novamente
encaixado no tubo que foi cortado do pulverizador manual (Figura 11).
29
Figura 10 - Cano PVC com Filtro e Tubo Figura 11 – Cano PVC com Filtro de Gasolina.
Fonte: http://davigrafiteiro.blogspot.com.br/2015/05/pistola-de-pintura-caseira.html
O próximo passo é a fixação do componente criado com o reservatório
de tinta, um pote de creme, utilizando dois pedaços de arame recozido. Deve-
se marcar o local dos furos, de modo em que a ponta do componente fique
próxima a borda. Após ser feita a marcação dos furos, fazê-los utilizando uma
faca, sendo suficiente para passar o arame recozido e o bico. Fazer a fixação
componente no pote de creme, já com o bico instalado de acordo com a Figura
13.
Figura 12 - Fixação Componente e Bico no Reservatório de Tinta.
Fonte: http://davigrafiteiro.blogspot.com.br/2015/05/pistola-de-pintura-caseira.html
30
Posteriormente, será utilizado o CAP de 32 mm. Deve-se fazer um furo
de 8 mm no centro que é a medida do bico de câmara de ar, utilizando uma
furadeira. O bico de câmara de ar é facilmente encontrado em borracharias
sem nenhum custo. Deve-se cortar a câmara de ar em dois pedaços de
borrachas com a forma circular, com o furo na mesma dimensão do furo do
CAP, de forma que um deles se encaixe perfeitamente interna e externamente.
Quanto ao bico da câmara, deve-se se retirar a válvula, e utilizando a
borracha cortada, encaixá-lo no CAP, com a arruela e a porca (já vem junto
com o bico da câmara de ar), apertá-lo bem utilizando a chave fixa. Após a
montagem desse componente, encaixá-lo na outra extremidade do tubo de
PVC de 6.5 cm, sem a utilização de cola, pois os mesmo se encaixam
perfeitamente, como mostrado na Figura 14.
Figura 13 - CAP fixado no Tubo PVC 6.5 cm.
Fonte: http://davigrafiteiro.blogspot.com.br/2015/05/pistola-de-pintura-caseira.html
Finalmente, iremos utilizar o bico de limpeza por botão Schweers-
BS02. Do mesmo deve retirar a ponta, utilizando uma chave fixa, pois o
diâmetro da rosca da ponta do bico de limpeza é o mesmo do bico da câmara
de ar. Posteriormente, rosquear o bico de limpeza no bico da câmara de ar, de
forma que fiquem alinhados conforme a Figura 14.
31
Figura 14 - Pistola de Pintura Caseira Finalizada.
Fonte: http://davigrafiteiro.blogspot.com.br/2015/05/pistola-de-pintura-caseira.html
EPI’S necessários para operar a pistola de pintura caseira:
• Máscaras Faciais: Devem cobrir todo o rosto e dar proteção respiratória;
• Capacete: Deve ser usado para proteger a cabeça se estiver em locais
onde haja risco de queda de objetos;
• Óculos de Segurança e Óculos de Proteção: Evitará o contato com
pequenos salpicos e oferecerá maior proteção;
• Botas de Segurança: Devem proteger no mínimo até o tornozelo;
• Luvas: Utilizar luvas resistentes a produtos químicos. Deve-se mudar de
luvas sempre que notar que seu interior se encontra sujo;
• Creme de Proteção: Utilizar em toda a pele exposta que não pode ser
coberta por equipamento de proteção individual, contudo não substitui o
EPI.
32
Abaixo segue a tabela 2 com os custos para a construção da pistola de pintura caseira.
Pistola de Pintura Caseira
Quantidade Itens Custo
1 Pulverizador Manual R$ 10.00
1 Bico de Limpeza Acionado por Botão Schweers-BS02 R$ 11.80
1 Bico de Câmara de Ar de Moto R$ 0.00
1 Filtro de Gasolina de Moto R$ 12.00
1 CAP 32 mm (diâmetro) PVC R$ 2.30
1 Pedaço de Cano PVC 32 mm (diâmetro) R$ 3.50
1 Lixa P80 R$ 1.80
1 Pote de Creme Vazio R$ 0.00
1 Pedaço Câmara de Ar R$ 0.00
2 Pedaços de Arame Recozido R$ 0.00
Custo Total R$ 41.40
Tabela 2 – Custo dos Componentes Pistola de Pintura Caseira.
Fonte: Próprio Autor.
4.3 COMPRESSOR DE AR CASEIRO PARA PINTURA
4.3.1 Função do compressor:
O compressor de ar é um equipamento eletromecânico, que tem como
função captar o ar que está no meio e armazená-lo em um reservatório próprio
sob alta pressão, portanto, basicamente o compressor de ar é utilizado para
aumentar a pressão do ar. Os compressores normalmente são construídos em
série, visando uma diminuição do custo inicial.
33
4.3.2 Construção
São necessários alguns materiais e componentes, que serão listados a
seguir:
• Motor Elétrico de Geladeira de 1/8 CV, 127 V R134A;
• Filtro Secador Danfoos DSL Eliminator;
• Relé Térmico de partida longo 1/8 (Motor);
• Capacitor Eletrônico (Motor);
• Cilindro Reservatório de Freio de Caminhão;
• Válvula de Segurança Schweers-VSS135;
• Válvula de Retenção 3/4" W10/15S ou Válvula Unidirecional;
• Válvula Dreno RF 1/8;
• Pressostato (com Válvula de Alívio) Mar-Girius 35100;
• Filtro Regulador com Manômetro ;
• Manômetro de Pressão TECN-650.63R10;
• Cruzeta Ferro Fundido 1/4 Polegadas;
• Amortecedor de Ar;
O primeiro componente necessário é o reservatório. Os reservatórios
mais fáceis de serem encontrados em oficinas de caminhão e ferros-velho são
os cilindros de CO2.
Uma importante medida antes da utilização do cilindro é realizar um
teste hidrostático nele, sendo realizada em empresas de recargas de
extintores, na qual será verificada a pressão que esse cilindro suportará.
Normalmente, esse teste não passa de R$30.00 e é confiável segundo Pereira
Filho (2004).
Provavelmente o cilindro encontrado no ferro velho e oficinas não
estarão em bom estado visual, portanto, deve-se lavá-lo com água e thinner,
depois secá-lo. Antes de pintá-lo, deve-se soldar duas finas chapas
34
verticalmente, para a fixação do reservatório no carrinho (Figura 16). Lixá-lo e
pintá-lo como preferir.
Figura 15- Suporte para fixação.
Fonte: Próprio Autor
O próximo componente necessário é o carrinho (Figura 18). Indica-se
que se encomende o mesmo com um profissional que possa realizar o trabalho
ou se preferir, realizar a construção do mesmo. O carrinho indicado deve ser
vertical em formato de “L”, para que o cilindro possa ser posicionado
verticalmente e de modo que o motor fique na base. Se houver necessidade de
transporte do compressor, colocar rodinhas e construir a parte superior dele, de
modo que seja fácil de empurrar ou puxar. O carrinho deve ter um suporte
(Figura 17) para que o mesmo possa ser fixado no suporte realizado no
reservatório.
Figura 16 - Suporte Fixação Reservatório
Fonte:http://www.webkits.com.br/news/tem
plates/news.asp?articleid=389&zoneid=30
Figura 17 – Esboço Carrinho.
Fonte : Próprio Autor
35
O motor é a alma do compressor. O utilizado nesse projeto é um motor
de geladeira, que pode ser adquiridos com custo zero. É indicado realizar um
teste em uma loja de assistência técnica, para verificar a condição do mesmo.
No motor, soldar um flange para conectar o cano (cobre) que levará o ar
comprimido até o cilindro. O motor de geladeira possui várias “saídas” e
“entradas” de ar, portanto é necessário soldar, deixando apenas uma “saída” e
uma “entrada”. Adicionar o filtro secador, que serve tanto como filtro de ar,
como eliminador de umidade na entrada de ar do motor. Apesar de o motor ser
elétrico, dentro dele existe peças que precisam de lubrificação, portanto deve-
se atentar a lubrificação do mesmo, deve-se utilizar o óleo da marca Texaco
chamado Capela.
Figura 18 - Motor com Filtro Secador de Ar e Flange.
Fonte:http://www.webkits.com.br/news/templates/news.asp?articleid=389&zo neid=30
Iniciar a montagem do compressor de ar caseiro. Primeiramente, fixar
o motor na base do carrinho soldando os pés, e fixar também o reservatório no
suporte criado no carrinho com as chapas finas soldadas no reservatório,
utilizando parafusos, arruelas e porcas (quatro unidades de cada). Fixar o
manômetro, a válvula de segurança e a mangueira que leva o ar para o filtro
regulador na parte superior do cilindro. Também fixar a cruzeta de ¼”. Na parte
inferior do reservatório, vai o dreno (Figura 20) que pode ser substituído por
36
outra válvula de segurança. Quanto a válvula de retenção, é necessário utilizar
um amortecedor de ar (Figura 21), que serve como uma “antecâmara”, fazendo
a válvula de retenção funcione corretamente. Caso as conexões não “batam” ir
até uma loja de conexões ou torneiro mecânico para realizar a conexão.
Figura 19 – Dreno Figura 20 - Amortecedor de Ar e Dreno.
Fonte:http://www.webkits.com.br/news/templates/news.asp?articleid=389&zoneid=30
Como a flange já foi soldada na saída de ar do motor, fazer a conexão
com conexões em latão no cano de cobre (pode-se utilizar mangueiras de alta
pressão). Nas conexões necessárias, como as de ferro fundido, utilizar teflon.
Posteriormente, instalar o pressostato, sendo bem fácil, pois o mesmo vem
com manual dentro de sua caixa plástica. É necessário apenas desparafusar o
único parafuso e retirar a tampa. Dentro existe um esquema de ligação do cabo
de força. Ele será posicionado entre a tomada e o motor da geladeira. Ele é um
tipo de interruptor. A válvula de alívio do pressostato é ligada à válvula de
retenção utilizando cano de cobre e conexões em latão.
Finalmente, a conexão do filtro regulador-cilindro. Como o mesmo vai
ser utilizado com freqüência, ele deve ser fixado num ponto de ancoragem bem
firme, onde não existam oscilações. Fixar o filtro regulador no carrinho,
utilizando parafusos1/4 “ de rosca soberba. Da cruzeta superior do cilindro sai
uma mangueira para altas pressões e entra no filtro. Do filtro regulador é que
parte a mangueira que levará o ar para a pistola de pintura caseira no nosso
caso.
37
Figura 21 - Válvula de Alívio Pressotato.
Figura 22 - Filtro Regulador Fixado no Carrinho.
Fonte: http://www.webkits.com.br/news/templates/news.asp?articleid=389&zoneid=30
A seguir é apresentado um diagrama das conexões e o aspecto final da montagem:
Figura 23 - Diagrama Montagem.
Fonte: http://www.webkits.com.br/news/templates/news.asp?articleid=389&zoneid=30
38
Legenda:
• A – Manômetro 0-200 PSI; • B – Válvula de Segurança’ • C – Cruzeta; • D - Espigão (Registro) *Não utilizado; • E – Pressostato 80-120; • F – Filtro Regulador com Manômetro; • G – Espigão (Registro); • H – Válvula de Alívio do Pressostato; • I – Cilindro de Ar de Freio de Caminhão ou CO2; • J – Dreno Manual (Expurgo); • K – Válvula de Retenção (Unidirecional); • L – Filtro de Ar (Desumidificador); • M – Motor de Geladeira de ¼ ou 1/8 HP.
Figura 24 - Compressor de Ar Caseiro Finalizado.
Fonte:http://www.webkits.com.br/news/templates/news.asp?articleid=38 9&zoneid=30
39
EPI’s necessários para operar o compressor de ar caseiro:
• Óculos: Proteger os olhos; • Protetor Auricular: Proteger os ouvidos contra ruídos gerados
pelo compressor; • Capacete: Proteção da cabeça;
A seguir a tabela 3 com os custos do compressor de ar caseiro:
Compressor de Ar Caseiro
Quantidade Itens Custo
1 Motor Elétrico de Geladeira de de 1/8 CV, 127 V R134A R$ 00.00
1 Filtro Secador Danfoos DSL Eliminator R$ 50.00
1 Amortecedor de Ar R$ 10.00
1 Capacitor Eletrônico (Motor) R$ 20.00
1 Cilindro Reservatório de Freio de Caminhão ou CO2(Realizado Teste) R$ 00,00
1 Válvula de Segurança Schweers-VSS135 R$ 12.00
1 Válvula Dreno RF 1/8 R$ 15.00
1 Pressostato (com Válvula de Alívio) Mar-Girius 35100 R$ 55.00
1 Filtro Regulador com Manômetro 1/8 Bremem R$ 98.00
1 Manômetro de Pressão TECN-650.63R10 R$ 18.00
1 Interruptor (Liga/Desliga) R$ 2.50
1 Armação/ Carrinho R$ 00.00
1 Serviço Solda Cilindro R$ 10.00
1 Cabo Tomada R$ 3.00
1 Válvula de Retenção 3/4" W10/15S R$ 14.00
1 Mangueiras, conexões, Parafusos, Arruelas e Porcas R$ 20.00
Custo Total
R$
327.50
Tabela 3 - Custo dos Componentes Compressor de Ar Caseiro.
Fonte: Próprio Autor.
Vale lembrar que é possível adquirir alguns desses componentes com
custo zero, como por exemplo, o motor de geladeira. Portanto há a
possibilidade desse custo ser reduzido.
40
4.4 MÁQUINA DE SOLDA CASEIRA COM TRANSFORMADOR DE MICROONDAS
4.4.1 Função
Há algum tempo atrás, as máquinas de solda eram apenas utilizadas
no ambiente industrial. Com o passar dos anos e o aumento da tecnologia, as
mesmas passaram também a serem utilizadas em pequenos negócios e no
ambiente doméstico. Essas máquinas normalmente são pequenas e utilizam
uma tomada comum como a sua fonte de alimentação.
Todas as máquinas de soldagem possuem/realizam a mesma função.
Basicamente elas geram uma voltagem baixa de corrente alternada com uma
alta amperagem.
Quanto à faixa de voltagem, fica entre 24 e 50 volts de corrente
alternada, enquanto que a corrente elétrica fica em 50 e 200 ampéres (A). A
conseqüência de alta corrente que o equipamento utiliza, pode ser vista através
de um arco elétrico azul produzido pelo mesmo. O metal que sofre a soldagem
se aquece de tal maneira, que derrete. Então é usado um material de
preenchimento para preencher as lacunas que são criadas durante o processo
(derretimento).
Quanto à fonte de energia, a mais adequada é a corrente constante, na
qual a corrente de soldagem sofre pouca influência de variações no
comprimento e tensão do arco.
A fonte fornece corrente contínua (CC) ou alternada (CA) ou as duas.
Quando usa a alternada, existe maior possibilidade de o arco ser instável
devido à alternância de polaridade e à queda do valor de corrente. Também a
abertura e manutenção do arco ficam mais difíceis.
41
4.4.2 Construção
Quanto à construção da máquina de solda caseira com transformador
de microondas, envolve alguns riscos, sendo necessário o máximo de cuidado
possível, além de utilização dos EPI’S. Serão necessários alguns componentes
e materiais, listados a seguir:
• 02 Transformadores de Microondas 127V;
• 01 Garra Porta Eletrodo;
• 01 Garra Terra;
• 08 Metros de Cabo Flexível 6 mm2 ;
• 03 Metros de Cabo Flexível de 10 mm2 ;
• 03 Metros de Fio Paralelo de 2.5 mm2 ;
• Fita Isolante;
• Ferramentas em Geral;
• Máscara com Filtro;
O primeiro dos componentes a se trabalhar, serão os transformadores.
Eles possuem dois enrolamentos, um com fios mais grossos que são os de
baixa tensão, que vai ligado à rede elétrica. O enrolamento de baixa tensão
deve ser preservado. O outro enrolamento que o transformador possui é um
bem fino e o outro encapado de vermelho, ambos fazem parte do enrolamento
secundário e deverão ser retirados. É importante alertar que nunca se deve
ligar o transformador com o secundário à rede, pois gerará tensões entre 2500
e 4000 Volts. Para retirar o enrolamento secundário, cortar utilizando uma serra
manual, com muito cuidado para não danificar o enrolamento primário.
42
Figura 25 - Transformadores com Enrolamentos.
Fonte: http://estudeemcasa.blogspot.com.br/2012/10/maquina-de-solda-feita-com-trafo-de.html
Após cortar os fios bem rentes a uma das janelas, corta-se da mesma
maneira da janela oposta. Depois, utilizando uma barrinha de ferro, bater com
cuidado de modo que o enrolamento saia. Os fios estão juntos e saem como
uma barra. Junto com o enrolamento sai uma quantidade boa de cobre, que
pode ser vendida. O enrolamento de baixa tensão (três voltas encapadas de
vermelho) sai com facilidade, apenas cortá-lo e desenrolá-lo. Realizar o mesmo
procedimento para os dois transformadores.
Posteriormente, verificar se o enrolamento primário está intacto, é
necessário enrolar novamente o secundário. Serão 15 voltas de fio com 6 mm2
flexível em três camadas de cinco espiras. Com cada trafo serão gastos
aproximadamente quatro metros de fio. O enrolamento secundário deverá
acompanhar o sentido do enrolamento primário. Será necessário muito
capricho e cuidado, pois um enrolamento mal feito causará uma perda na
eficiência.
43
Figura 26 - Novo Enrolamento Secundário.
Fonte:http://estudeemcasa.blogspot.com.br/2012/10/maquina-de-solda-feita-com-trafo-de.html
Em seguida, ligar os transformadores individualmente com um disjuntor
de 25 ampéres para medir a tensão de saída. Nunca testar o conjunto sem
disjuntor, por o mesmo oferece risco para a rede elétrica.
Figura 27 - Disjuntor.
Fonte:http://estudeemcasa.blogspot.com.br/2012/10/maquina-de-solda-feita-com-trafo-de.html
O próximo passo é fazer as ligações. No enrolamento secundário, ligar
o final de um enrolamento com o início do outro. Utilizar um conector, e fazer o
44
procedimento com o maior cuidado possível, para que se tenha uma máxima
eficiência.
Figura 28 – Conexão Enrolamento Secundário.
Fonte:http://estudeemcasa.blogspot.com.br/2012/10/maquina-de-solda-feita-com-trafo-de.html
O enrolamento primário, então é ligado em paralelo para 127 Volts. Em
seguida, alimentar o conjunto e medir a tensão de saída dos enrolamentos
secundários. Deve estar entre 27 e 29 Volts. Se na hora da medição, a tensão
de saída estiver zero, as fases não estão “casadas”.
Figura 29 - Conexão Enrolamento Primário.
Fonte:http://estudeemcasa.blogspot.com.br/2012/10/maquina-de-solda-feita-com-trafo-de.html
45
Para corrigir, basta inverter as ligações de um dos primários. Após
verificar se está tudo certo, ligar o conjunto por volta de 10 minutos e verificar
se existe aquecimento em algum dos trafos. Caso esteja aquecendo, as
espiras estão em curto no enrolamento primário ou secundário.
Após, a verificação de aquecimento, ligar os fios com o porta eletrodo e
a garra negativa (fio 10 mm2 flexível), colocar máscara com filtro adequado e
testar a máquina. Depois colocar a mesma em uma caixa refrigerada,
respeitando o projeto.
Figura 30 - Máquina de Solda.
Fonte:http://estudeemcasa.blogspot.com.br/2012/10/maquina-de-solda-feita-com-trafo-de.html
EPI’S necessários para manusear a máquina de solda caseira:
• Máscaras: Servem para proteger o soldador dos raios, dos
respingos e da temperatura elevada emitida durante a soldagem,
ela pode absorver 99.5% da radiação da soldagem;
• Luvas: Protegem as mãos;
• Avental: Proteger a frente do corpo;
• Mangas ou Mangotes: Protegem os braços;
• Perneiras ou Polainas: Protegem as pernas e os pés do
soldador.
46
A seguir, tem a tabela do custo da construção da máquina de solda
caseira com transformador de microondas:
Máquina de Solda Caseira com Transformador de Microondas
Quantidade Itens Custo
2 Transformadores de Microondas R$00.00
1 Garra Porta Eletrodo R$ 25.00
1 Garra Terra R$ 30.00
8 Metros de Cabo Flexível 6 mm2 R$ 15.00
3 Metros de Cabo Flexível 10 mm2 R$ 10.00
3 Metros de Fio Paralelo 2,5 mm2 R$ 12.00
1 Fita Isolante R$ 5.00
1 Conector R$ 3.00
1 Disjuntor 25 Ampéres R$ 10.00
Custo Total R$ 110.00
Tabela 4 - Custo dos Componentes da Máquina de Solda Caseira.
Fonte: Próprio Autor.
4.5 POLICORTE CASEIRO
4.5.1 Função
O policorte é um equipamento muito utilizado em uma serralheria, pois
há o manuseio de metais, como chapas, tubos e perfilados, por exemplo.
Basicamente sua função é cortar elementos metálicos, principalmente o
alumínio, em escala e diversos ângulos. Ela é muito utilizada também na
construção civil e em indústrias. Ele permite a realização de cortes em ângulos
de 45º dos dois lados, sendo que a peça que sofrerá o corte deve estar presa.
Normalmente, o policorte possui uma base, o corpo e a tampa do disco.
47
4.5.2 Construção
São necessários os materiais e componentes para a construção:
• Esmerilhadeira;
• Tubo “L” 60 cm Comprimento;
• Tubo 25 cm Comprimento;
• Tubo 2 cm Diâmetro;
• Dobradiças;
• Parafusos, Porcas e Arruelas;
• Tubo Para Suporte Horizontal;
• Tubo Suporte Vertical;
• Mesa de Bancada;
Fabricar um tubo forma de “L”, tendo um ângulo de 90º. Quanto à
dimensão do tubo, ele deve possuir 2.5 cm2 e aproximadamente 60 cm de
comprimento. Caso não encontre um tubo pronto com esse formato, tem-se a
opção de soldar tubos quadrados juntos, para fazer o componente em forma de
“L” (Figura 32).
Figura 31 - Tubo em Forma "L".
Fonte: http://www.instructables.com/id/Cut-Off-Saw-from-an-Angle-Head-Grinder/?ALLSTEPS
48
Posteriormente, esse componente em forma de “L”, deverá ser soldado
em outro tubo, esse possuindo 25 cm de comprimento, possuindo forma de “T”
conforme o esboço da figura 33. Esse componente é o que fará a função do
movimento para que ocorra o corte.
Figura 32 - Esboço Tubo "T". Figura 33 - Fixação Tubo "T".
Fonte:http://www.instructables.com/id/Cut-Off-Saw-from-an-Angle-Head-Grinder/?ALLSTEPS
O próximo passo, será construção da base do policorte, utilizando
tubos quadrados de 2 cm. A construção deverá ser realizada, através das
soldas dos tubos. É importante que, crie uma fenda estreita entre duas peças
no centro, de modo que o disco se encaixe nele (Figura 35). A soldagem deve
ser cuidadosa, pois a base criada deve ser alinhada.
Figura 34 - Base.
Fonte: Próprio Autor
49
Em seguida, deve-se soldar com dobradiças, o componente criado no
segundo passo, na base. A dobradiça deverá ser soldada de modo que haja a
movimentação dos componentes. O novo componente deve ficar de acordo
com a Figura 36. Na Figura dá pra notar um parafuso próximo de uma das
dobradiças, a função dele será explicada a seguir.
Figura 35 - Dobradiças Fixação.
Fonte: http://www.instructables.com/id/Cut-Off-Saw-from-an-Angle-Head-Grinder/?ALLSTEPS
O parafuso adicionado, conforme a figura acima serve para limitar a
profundidade de corte do policorte. Como ele fica na posição onde a dobradiça
ira “fechar”, ele regulará a profundidade de corte. Deve-se soldar uma pequena
chapa, fazer um furo no mesmo e adicionar um parafuso, para que fica mais
alto que a base.
Agora, será adicionado o suporte vertical para a esmerilhadeira. Deve-
se soldar o tubo vertical no tubo em forma de “T”, ele deve ter comprimento de
15 cm e ser menor que a esmerilhadeira. O mesmo deve ser fixado, de modo
que a altura faça com que o disco, fique entre as duas chapas da base. A
esmerilhadeira deve ser fixada então, utilizando um suporte, parafusos,
arruelas e porcas, conforme a figura 37 e 38.
50
Figura 36 - Tubo Vertical. Figura 37 - Suporte.
Fonte:http://www.instructables.com/id/Cut-Off-Saw-from-an-Angle-Head-Grinder/?ALLSTEPS
Outro pequeno suporte deve ser adicionado (soldado) na parte de
baixo da esmerilhadeira, onde fica o disco. O mesmo será na horizontal,
parafusando o suporte na esmerilhadeira, conforme a figura 39. É importante
salientar que eles devem estar alinhados.
Figura 38 - Suporte Horizontal.
Fonte: http://www.instructables.com/id/Cut-Off-Saw-from-an-Angle-Head-Grinder/?ALLSTEPS
51
Ao realizar o corte, a peça sofrerá uma força contrária empurrando-a
para fora. Para solucionar isso, foram soldada duas braçadeiras paralelas ao
disco. Quando for realizado o corte, fixar a peça utilizando um pingo de solda
para que o corte seja realizado sem que ocorra nenhum movimento. (Figura
40). Outro problema, são as faíscas geradas pelo processo, então foi soldado
uma pequena chapa, impedindo a propagação das faíscas. (Figura 41).
Figura 39 - Fixação Peça. Figura 40 - Bloqueio Faíscas.
Fonte: http://www.instructables.com/id/Cut-Off-Saw-from-an-Angle-Head-Grinder/?ALLSTEPS
Após todos os processos, fixar o equipamento em uma mesa de bancada se houver a necessidade.
Figura 41 - Equipamento Pronto.
Fonte: http://www.instructables.com/id/Cut-Off-Saw-from-an-Angle-Head-Grinder/?ALLSTEPS
52
EPI’S necessários para manusear a máquina de policorte caseiro:
• Capacete: Proteção da cabeça do operador;
• Bota de Segurança: Proteção dos pés;
• Luva de Raspa: Proteção das mãos do operador;
• Avental de Raspa: Proteção corpo operador;
• Protetor Facial: Proteção do rosto do operador;
• Protetor Auricular Tipo Concha: Proteção do ouvido operador
contra ruídos.
• Óculos: Proteção aos olhos.
A seguir tem-se a tabela 5, que representa os custos para a fabricação
do policorte caseiro:
Policorte Caseiro
Quantidade Itens Custo
1 Esmerilhadeira R$ 180.00
1 Tubo "L" 60 cm comprimento R$ 30.00
1 Tubo 25 cm comprimento R$ 15.00
1 Tubo 2 cm diâmetro R$ 15.00
2 Dobradiças R$ 20.00
x Parafusos, Porcas e Arruelas R$ 10.00
1 Tubo para suporte horizontal R$ 5.00
1 Tubo Suporte Vertical R$ 10.00
1 Mesa de Bancada R$ 0.00
Custo Total R$ 285.00
Tabela 5 - Custo dos Componentes Policorte Caseiro.
Fonte: Próprio Autor.
4.6 PRENSA HIDRÁULICA CASEIRA
4.6.1 Função
A prensa hidráulica está presente em todos os tipos de indústrias, ela
serve para cortar, dobrar e modelar diversos materiais, como o metal. Como
nosso projeto consiste em uma serralheria, o principal e talvez único
53
componente seja o metal, como chapas, tubos, etc. A prensa tem boa
capacidade de comprimir os materiais na qual irá operar, é um equipamento
desenvolvido como rigorosas normas de segurança.
Embora com o passar dos anos, a tecnologia tem aumentado
drasticamente, a prensa segue o mesmo princípio desde a sua criação: a Lei
de Pascal, que diz que a pressão aplicada em um determinado ponto
concentrado, é transmitida de maneira uniforme para todas as direções,
potencializando a força.
Seguindo a Lei de Pascal, o equipamento tem um êmbolo pequeno, na
qual a força será aplicada. Através de um fluído, a pressão é transmitida para
um êmbolo maior, gerando uma grande força.
Figura 42 - Ilustração Funcionamento Prensa Hidráulica.
Fonte:http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/EstaticaeHidrostatica/teoremadepascal.php
4.6.2 Construção
A seguir serão listados os componentes e materiais necessários:
• 4 metros de flange de calha de aço 100mmx50mm
• Montante lateral 1 metro;
• 2.24 metros de barras transversais (4x560mm);
• 30 mm de braçadeiras laterais;
• Parafusos 20 mm;
• Parafusos M8;
54
• Macaco Hidráulico 10 toneladas;
• Chapa 200mmx100mmx20mm;
• Chapa 300mmx3mm;
• Chapa 300mmx10mm;
O primeiro passo é realizar a marcação dos furos nas chapas. A
marcação deve ser feita utilizando uma trena, esquadro ou escalímetro se
possuir. Deve-se ter cuidado com as marcações dos furos, para não danificar a
peça. As chapas de 560 mm de comprimento serão para os montantes
transversais. Já os montantes laterais serão as chapas de 1m de comprimento.
Os componentes necessários podem ser verificados na Figura 44.
Figura 43- Componentes Para Prensa Hidráulica Caseira.
Fonte: Próprio Autor
É necessário fazer uma base utilizando as chapas. A base feita será
feita em forma de “I”, sendo as duas laterais com 350 mm de comprimento e a
central com 460 mm de comprimento, utilizando uma solda (Figura 45). Após a
construção da base, devem-se realizar furos na viga de 1m de comprimento,
serão dois furos em cada viga para fixação da base, os parafusos e porcas
para fixação serão o M8 (Figura 46).
55
Figura 44 -Base Prensa Hidráulica Caseira.
Figura 45 - Fixação da Base.
Fonte: http://www.instructables.com/id/Build-a-10-Ton-Hydraulic-Press/?ALLSTEPS
Posteriormente, deverá ser realizada a furação das vigas de 1m para
construir o quadro (fixação barras transversais). Devem ser feitos quatro furos
em cada viga. Dois deles serão na extremidade na qual está livre (outra possui
a base), a distância será 30 mm da extremidade (altura) e 30 mm (largura)
sendo cada furo tendo uma distância de 39 mm. (Figura 47).
Figura 46 - Dimensionamento dos Furos.
Fonte: http://www.instructables.com/id/Build-a-10-Ton-Hydraulic-Press/?ALLSTEPS
56
Serão fixadas nesses furos criados, as quatro chapas transversais
formando o quadro, de acordo como a Figura 48.
Devem-se realizar mais quatro furos na parte central da viga, sendo um
deles tendo 601 mm de distância da extremidade livre e o outro 640 mm, os
dois devem ter 30 mm de largura. O diâmetro do furo para fixação é de 8 mm
(Figura 49), portanto e necessário usar uma broca especial para esse trabalho.
Figura 47 - Fixação Barras Transversais.
Figura 48 - Furos 8 mm Diâmetro.
Fonte: http://www.instructables.com/id/Build-a-10-Ton-Hydraulic-Press/?ALLSTEPS
Agora é necessário fazer o suporte para o macaco hidráulico, que será
o suporte superior. Nesse passo deve-se fixar a chapa que servirá como o
suporte superior para o macaco hidráulico, para que se consiga verificar o seu
centro (onde haverá a pressão), para fazer a marcação.
Depois de fazer a marcação do centro é necessário soldas pequenas
chapas nas bordas (Figura 50) para que se fixe esse suporte na viga
transversal superior. Soldar também dois vergalhões, (Figura 52), na qual se
colocará a mola posteriormente, que servirá como retorno do macaco
hidráulico.
57
Figura 49 - Suporte Superior. Figura 50 - Fixação Suporte nas Barras Transversais Superiores.
Fonte: http://www.instructables.com/id/Build-a-10-Ton-Hydraulic-Press/?ALLSTEPS
O próximo passo é a construção do suporte da base do macaco
hidráulico. Nele será fixada a mola de retorno. Esse suporte deve ter forma da
“X”, sendo que extremidades deles se possa se fixar a mola de retorno (Figura
52).
Figura 51 - Suporte da Base.
Fonte:http://www.instructables.com/id/Build-a-10-Ton-Hydraulic-Press/?ALLSTEPS
Após realizar a construção de todos esses componentes, fixar o
macaco hidráulico no suporte superior (junto às barras transversais superiores),
fixar a mola de retorno no suporte inferior e o projeto estará pronto, como pode
ser notado na Figura 53.
58
Figura 52 - Prensa Hidráulica Caseira.
Fonte:http://www.instructables.com/id/Build-a-10-Ton-Hydraulic-Press/?ALLSTEPS
EPI’S necessários para se utilizar a prensa hidráulica caseira:
• Óculos: Proteção aos olhos.
• Protetor Facial: Proteção do rosto do operador;
• Luva de Raspa: Proteção das mãos do operador;
• Bota de Segurança: Proteção dos pés;
• Capacete: Proteção da cabeça do operador;
A seguir tem-se a tabela 6, que representa os custos para a fabricação
da prensa hidráulica caseira:
Prensa Hidráulica Caseira
Quantidade Itens Custo
2 Montante Lateral 1 m (Viga) R$ 40.00
8 Porca, Arruela e Parafuso M8 R$ 10.00
4 Porca, Arruela e Parafuso 20 mm Base R$ 10.00
1 Macaco Hidráulico 10 Toneladas R$ 180.00
1 2.24 m Barra Transversal (Viga) R$ 60.00
1 30 mm Bracadeiras R$ 10.00
1 Chapa 200mmx100mmx20 mm R$ 15.00
1 Chapa 300mmx2mm R$ 20.00
1 Chapa 300mmx10mm R$ 15.00
Custo Total R$ 360.00
Tabela 6- Custo dos Componentes Prensa Hidráulica Caseira.
Fonte: próprio Autor.
59
5 CONDIÇÕES MÍNIMAS DE SEGURANÇA PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA SERRALHERIA
Nesse capítulo, será descrito sobre as normas que regulamentam,
como a NR-1, os atos seguros e inseguros, a importância do treinamento e a
segurança no trabalho para que se possa evitar a ocorrência de acidentes no
ambiente de trabalho.
5.1 NORMAS REGULAMENTADORAS
A NR-1, norma regulamentadora, trata da segurança e medicina do
trabalho. De acordo com a NR-1, relativas à segurança e medicina do trabalho,
são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos
órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do trabalho – CLT (BRASIL, 2009a).
Segurança do trabalho é definida como uma série de medidas técnicas,
médicas e psicológicas, destinadas a prevenir acidentes profissionais,
educando os trabalhadores nos meios de evitá-los, como também
procedimentos capazes de eliminar as condições inseguras do ambiente de
trabalho (VIEIRA, 1994). Portanto, a segurança do trabalho no ambiente da
serralheria, é um assunto de suma importância, que não interessa apenas aos
trabalhadores, mas também às empresas e a sociedade em geral, pois um
trabalhador acidentado, além de sofrimentos pessoais, passa a receber seus
direitos previdenciários, que são pagos por todos os trabalhadores e empresas
(VIEIRA, 1994).
Quanto a acidente de trabalho, é o que ocorre pelo o exercício do
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade do trabalho
permanente ou temporário. Doença do trabalho é assim entendida como
aquela doença adquirida ou desencadeada em função de condições especiais
60
em que o trabalho é realizado e como ele se relaciona diariamente. (DIAS e
FONSECA, 1996).
Conforme Oliveira (2009), todas as pessoas com personalidade jurídica
são obrigadas a cumprir as exigências inseridas em leis, decretos-lei, portarias
e medidas provisórias, nas questões referentes à segurança e saúde do
trabalho.
De acordo com a NR-1, quando uma ou mais empresas, mesmo
possuindo personalidades jurídicas diferentes umas das outras, estiverem
sendo administradas ou dirigidas por outra empresa, resultando na formação
de um grupo ou qualquer atividade econômica, serão solidárias entre si, para
efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras. Vale lembrar, que uma
obra de engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de
trabalho, será considerada como um estabelecimento, a menos que disponha,
de forma diferente, em NR específica.
Ainda segundo a NR-1, o empregador deve sempre seguir e fazer
cumprir as normas de segurança do trabalho; criar ordens de serviço antes de
cada tarefa, sendo que esta deve fornecer ao trabalhador conhecimento
suficiente para executar os serviços sem riscos e segurança a sua saúde;
informar sempre aos trabalhadores sobre os tipos de riscos que podem ter
origem no local de trabalho do mesmo, como preveni-los, limitá-los, assim
como medidas adotadas pela empresa, deve ainda informar os resultados dos
exames médicos e complementares aos quais os trabalhadores forem
submetidos, bem como os resultados das avaliações ambientais dos locais de
trabalho; permitir o acompanhamento da fiscalização das normas
regulamentares de segurança e medicina do trabalho pelos representantes dos
trabalhadores e por fim determinar os procedimentos a serem adotados na
hipótese de um acidente ou doença do trabalho. (BRASIL, 2009).
61
5.2 USO DE EPI’s
Para evitar os acidentes, é necessário conhecer as causas, que são a
soma de condições inseguras e atos inseguros. Quase a totalidade dos
acidentes de trabalho acontece por influência do homem, seja ela da
personalidade, educação, meio social ou outras características. De acordo com
Zocchio (2002, p.95):
Tudo se origina do homem e do meio: do homem por me o de características que lhe
são inerentes, fatores hereditários, sociais e de educação, que são prejudiciais quando falhos;
o meio, com os riscos que lhe são peculiares, ou que nele são criados, e que requerem ações
e medidas corretas por parte do homem para que sejam controlados, neutralizados e não
transformem em fontes de acidentes. Assim começa a seqüência de fatores, com o homem e o
meio como os dois únicos fatores inseparáveis de toda a série de acontecimentos que dá
origem ao acidente e a todas as suas indesejáveis conseqüências. (ZOCCHIO, 2002, p.95):
Para ocasionar um acidente é necessário um conjunto de fatores que
ocorram de maneira simultânea, como condições de saúde, estado de ânimo,
temperamento, preocupação, entre outras.
De acordo com Souza (2004, pp. 4-5), sintetizar as causas dos
acidentes de trabalho a atos ou condições inseguras compõe uma visão
tradicional em segurança e saúde do trabalho, já que a critica dos acidentes
tem evidenciado que eles procedem de uma combinação fatores ou causas
que interagem sob determinadas situações, sendo, assim, imperfeitas as
visões que depositam, de um lado, o homem como principal gerador dos
acidentes e, de outro, as empresas como grandes culpadas, por não instituírem
condições apropriadas de trabalho.
Para ter um maior entendimento sobre as causa dos acidentes do
trabalho, serão descritos dois grupos abaixo, atos inseguros e condições
inseguras.
62
5.2.1 Atos Inseguros
Os atos inseguros são denominados conforme (De Cicco, 1982), como
causas de acidentes de trabalho que residem exclusivamente no fator humano,
isto é, aqueles que decorrem da execução de tarefas de forma contrária às
normas de segurança.
Os atos inseguros não dependem apenas do cumprimento das normas
de segurança no trabalho, mas sim do homem, que deve agir de forma correta,
verificando seus atos e corrigi-los quando necessário. Portanto devem-se evitar
ao máximo estas ações, pois um acúmulo de atos inseguros gera uma grande
chance da ocorrência do acidente.
Como os atos inseguros são conseqüências do homem, podem ser
tratados segundo Zocchio (2002), como conscientes, onde as pessoas sabem
que estão se expondo ao perigo; atos inconscientes, aqueles que as pessoas
desconhecem o perigo a que se expõem; atos circunstanciais ocorrem quando
as pessoas podem conhecer ou desconhecer o perigo, mas algo mais forte
leva à prática da ação insegura.
Para que os acidentes diminuam, conseqüentemente é necessário
evitar os atos inseguros, conhecendo os motivos que levaram o funcionário a
praticá-lo e através de treinamento e palestras, modificar o comportamento do
empregado.
As causas dos atos inseguros necessitam ser verificadas e
identificadas em cada funcionário para que assim sejam tomadas as
precauções e ações corretivas. Desta forma, existem três grupos de causas de
ato inseguro, conforme De Cicco (1982), explana:
•Inadequação entre homem e função: Alguns trabalhadores cometem atos inseguros por não apresentarem aptidões necessárias para o exercício da função. Um operário com movimentos excessivamente lentos poderá cometer muitos atos inseguros, aparentemente por distração ou falta de cuidado, mas, pode ser que a máquina que ele opere exija movimentos rápidos. Este operário deve ser transferido para um tipo de trabalho adequado às suas características. Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los: •É comum um operário praticar atos inseguros, simplesmente por não saber outra forma de realizar a operação ou mesmo por desconhecer os riscos a que se está expondo. Trata-se, pois, de uma exposição inconsciente ao risco.
63
•O ato inseguro pode ser sinal de desajustamento: o ato inseguro se relaciona com certas condições específicas de trabalho, que influenciam o desempenho do indivíduo. Incluem-se, nesta categoria, problemas de relacionamento com chefia e/ou colegas, política salarial e promocional imprópria, clima de insegurança com relação à manutenção do emprego, etc. (DE CICCO 1982, p.7.).
Portanto, tais problemas intervêm com o comportamento do
trabalhador, excluindo a prevenção como uma tarefa, expondo-o desse modo,
a acidentes.
5.2.2 Condições Inseguras
A definição de condições inseguras nos locais de trabalho conforme
Zocchio (2002), são as que comprometem a segurança, ou seja, falhas,
defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivo de segurança,
desorganização,etc. que põem em risco a integridade física e/ou a saúde das
pessoas.
Não se pode confundir condição insegura com perigo inerente, onde
são aqueles que apresentam perigo de acordo com a sua característica
agressiva, como por exemplo, a corrente elétrica é um perigo inerente aos
trabalhadores, no entanto, não pode ser considerada uma condição insegura,
por si só. Porém, o caso de instalações elétricas improvisadas, fios expostos,
etc. são considerados condições inseguras.
Para evitar as essas condições inseguras no local de trabalho à
empresa tem um papel fundamental, pois é ela através dos técnicos de
segurança, encarregados e supervisores que devem analisar tais condições
antes de ocorrer o acidente e tomar as devidas providências para corrigir,
conforme relata Ribeiro Filho (1974, p. 479,480): O supervisor, em contato diário com seus subordinados, está em excelente posição para atuar junto a eles, afim de que adquiram “mentalidade de segurança”, evitando, assim, a prática de atos inseguros; de outro lado, é responsável também pela remoção das condições inseguras existentes em sua área de trabalho. (RIBEIRO FILHO 1974, p. 479, 480).
64
Contudo, a maior parte das vezes as condições inseguras estão
conectadas com os atos inseguros, pois os trabalhadores notam uma condição
insegura e mesmo assim realizam o serviço, podendo culminar em acidente,
coordenando a condição insegura incorporada com o ato inseguro. O
empregado deve sempre advertir seus superiores sobre as condições de
trabalho e exonerar-se a executar o serviço para a sua própria proteção.
Em uma única área, podem ter-se várias condições inseguras. Abaixo
algumas das principais e de freqüência de acontecimento de acordo com
Zocchio (2002):
• Falta de proteção em máquinas e equipamentos;
• Proteções inadequadas ou defeituosas;
• Deficiência em maquinaria e ferramental;
• Falta de ordem e de limpeza;
• Escassez de espaço;
• Passagens perigosas;
• Defeito nas edificações;
• Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas;
• Iluminação inadequada;
• Ventilação inadequada;
• Falta de proteção individual (EPI);
• Falta ou falha de manutenção.
De acordo com esses índices, as empresas podem tomar providências
para evitar que as condições inseguras existam no local de trabalho. São ações
de fácil execução e rápidas que levará a redução de acidentes.
65
5.2.3 Segurança no Trabalho
Segundo Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2002, p.229), determinam
segurança do trabalho como um conjunto de conceitos que dirigem à prudência
de acidentes, fundadas em um conjunto de normas e procedimentos que têm
por finalidade resguardar a inteireza física e mental do trabalhador, buscando
resguardá-los dos riscos de saúde relacionados ao exercício de suas funções e
a seu ambiente de trabalho. Já Chiavenato (2002, p. 438) abrange nestas
demarcações o aspecto educacional da segurança no trabalho. Portanto, a
segurança do trabalho deve ser entendida como um conjunto de medidas,
sendo elas, técnicas, educacionais e médicas utilizadas para prevenir os
acidentes no ambiente de trabalho, seja eliminando as condições inseguras no
ambiente de trabalho ou convencionando pessoas na implantação de práticas
preventivas.
Vale destacar que a segurança do trabalho necessita de uma
abordagem integrada, na qual o acidente é um fenômeno de natureza,
multifacetada, resultante de interações complexas entre fatores físicos,
químicos, biológicos, psicológicos, culturais e sociais (CARDELLA, 1999 apud
MACIEL, 2001, p. 45).
A segurança do trabalho deve ter muita seriedade nas empresas, seja
ela de pequeno, médio ou grande porte, pois o tamanho da empresa não pode
influenciar na importância da segurança. Essa segurança deve ser apreciada,
pois, em qualquer máquina/equipamento que existe um homem trabalhando,
fazendo com que a segurança do funcionário não esteja apenas vinculada as
lesões que ele possa estar subordinado, mas há muitos fatores que influenciam
o homem com a falta de segurança, como aspecto social, econômico e
humano. De acordo com Zocchio (1980):
Segurança do trabalho é um conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas aplicadas para prevenir acidentes nas atividades das empresas. Indispensável à consecução plena de qualquer trabalho, essas medidas têm por finalidade evitar a criação de condições inseguras e corrigi-las quando existentes nos locais ou meios de trabalho, bem como preparar as pessoas para a prática de prevenção de acidentes. (ZOCCHIO 1980, p.17),
66
Antigamente, o número de acidentes era muito maior que nos dias
atuais. A justificativa se deve a precisão de investimento para a área de
segurança do trabalho nas empresas, pois a mesma era vista como um
investimento muito alto e não era avaliado o custo benefício de uma boa
política de segurança e saúde do trabalhador. De acordo com a Revista
Proteção (1997, p. 22 e 24):
As empresas que não investirem em segurança e que continuarem achando que isso é apenas um custo, começarão a andar na contramão da história [...] Alguns itens de segurança, por exemplo, prevêem a existência de equipamentos que não estão disponíveis no mercado brasileiro [...] Os andaimes mais modernos do mundo não podem ser usados aqui, porque não atendem nossa norma. Isso mostra que algo está errado.
Com um alto valor necessário para se obter a segurança, as empresas
realizavam treinamentos aos colaboradores para utilização de EPC, EPI,
técnicas de precaução e mesmo com o fornecimento dos melhores
equipamentos de proteção, ainda há empresas que não dá a devida
importância para a segurança. Porém, algumas empresas levam em conta que
funcionários não se preocupam com a saúde e segurança. Em controversa dos
pensamentos antigos como cita Zocchio (2002) sem acidente ou com acidente
o trabalho é realizado. Mas com o passar dos anos o pensamento mudou,
aonde a segurança vem em primeiro lugar, muito adiante até mesmo da
produção.
5.2.4 O Papel do Treinamento
De acordo com Falcão e Rousselet (1999) os acidentes de trabalhos
poderiam ser evitados se houvesse uma prevenção, que deveria ser aplicados
desde o planejamento e o gerenciamento, até os procedimentos de
desempenho das práticas de saúde e segurança no trabalho.
Já para Cavalcante, Monteiro e Borges (2002) para tornar possível
realizar transformações em uma organização, é necessário iniciar pelos
trabalhadores, pois o homem é o grande diferencial neste ambiente, por ser o
idealizador e o realizador de todas as atividades que nele acontecem. Os
67
autores reforçam que a prevenção é de fundamental importância às práticas de
treinamento, resultando em um fortalecimento das capacidades e
conhecimentos dos recursos humanos da organização. Portanto o treinamento
é um dos encargos fundamentais a constituírem ostentados pela gerência,
amparando os profissionais que projetam e organizam a ininterrupta
aprendizagem que distingue esse procedimento.
Aquino (1992) relata que é mediante o treinamento que o funcionário
desenvolve o a destreza de seu papel e seu comportamento dentro da
organização, que é admitido pela observação de Chiavenato (1997, p. 509):
“Treinamento é o processo educacional de curto prazo aplicado de maneira
sistemática e organizado, através do qual as pessoas aprendem
conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos”. Por
esse motivo, compreende-se que adicionar persuasão e as capacidades
intelectuais e/ou metodologias das pessoas é o desempenho primordial do
treinamento, o que resulta em uma maior qualidade nos procedimentos bem-
sucedidos da organização.
Ao estudar e fazer com que esses funcionários familiarizem com os
parâmetros e conhecimentos para um bom andamento do trabalho, quando
bem administrado e esquematizado, por ser uma das ferramentas
fundamentais na dissolução e mesmo na prudência de muitos dos problemas
que ocorrem na empresa (CAVALCANTE; MEDEIRES; BORGES, 2002). Pode
ser abrangido ainda como um fator decisivo na contribuição e construção dos
pilares da cultura organizacional, quando se ambiciona colocar nela a
segurança no trabalho como um valor prioritário para a organização.
Já na percepção de Carvalho e Nascimento (2002, p. 154), busca-se
no treinamento uma reconstrução pessoal de conhecimentos, sejam pessoais
ou profissionais, por meio de uma ação educacional, que busca instigar o
indivíduo empregando a extensão do ambiente que o cerca.
Dessa maneira o treinamento pode e necessita expor como um
procedimento educacional abrangendo os fatores que possam instigar o
indivíduo na capacitação e compreensão para a solução de problemas
(CARVALHO e NASCIMENTO, 2002, p. 154). O treinamento, além de causar
concepção e persuasão, deve gerar o retorno do investimento da organização
(LACOMBE, 2007, p.312). Ainda para o autor, as empresas/organizações que
68
não investem em treinamento, ou não ampliam uma técnica de treinamento
eficiente, objetivando a elaboração do empregado para a função, tendem a
confrontarem-se como dificuldades competidoras pela deficiência de elementos
organizados.
69
6 MANUTENÇÃO
Nesse capítulo será exposto o conceito e os tipos de manutenção, a
gerência da manutenção para dar maior alusão sobre o segmento das
serralherias, quando seus equipamentos são operados de maneira segura e
eficiente.
7.1 CONCEITO E TIPOS DE MANUTENÇÃO
O dicionário Aurélio delibera a manutenção como avaliações
imprescindíveis para a continuação ou estabilidade de determinada ocorrência
ou de uma circunstância ou ainda como cuidados técnicos imprescindíveis ao
funcionamento satisfatório e constante de motores e máquinas. Já Tavares
(1999) conceitua manutenção como toda e qualquer ação indispensável para
que um componente (aparelhamento, obra ou instalação) seja conservado, de
modo que opere de acordo com as especificações do mesmo. Abatendo as
estações de produção decorrentes de falha ou anormalidade de desempenho,
que segundo Kardec e Nascif (1999) se faz indispensável porque mantém os
equipamentos em um ótimo estado de conservação e evita custos decorrentes
de parada da produção devido a falha de equipamentos.
De acordo com a NBR 5462/1994 (confiabilidade e mantenabilidade)
manutenção é o acordo de ações técnicas e administrativas, compreendendo
as de supervisão, dedicadas a nutrir ou realocar um item em um estado na qual
possa realizar a função requerida. Já a norma inglesa BS-3811/1992, define
manutenção como o acordo de qualquer ação para deter um item ou restaurá-
lo, mantendo um padrão aceitável. Formalmente, a manutenção é deliberada
como o ajuste de ações procedimentos compreendendo as de administração,
designadas a sustentar ou recolocar um item em um estado no qual possa
realizar uma papel exigido (NBR 5462-1994). Ou seja, conservar constitui
improvisar tudo o que for possível para garantir que o equipamento continue
realizando a sua função para a qual foi projetado, em um grau de execução
verificado.
70
Basicamente, as agilidades de manutenção são para prevenir o
desgaste dos componentes dos equipamentos e instalações, que ocorre devido
seu desgaste natural e pelo seu uso no dia-a-dia. Verifica-se que o
equipamento necessita de manutenção, desde a aparência externa ruim até
detrimentos de desempenho e estacionamentos da produção, até a fabricação
de produtos de má qualidade e poluição ambiental. De acordo com a norma
brasileira NBR 5462/1994 (Confiabilidade e Mantenabilidade) é a facilidade de
um artefato sem ser sustentado ou relocado no estado no qual ele pode
destacar seus desempenhos, sob qualidades de uso apontadas, quando a
manutenção é executada sob as condições produzidas e mediante os métodos
e meios prescritos. Segundo Pinto & Xavier (2001 p. 89), mantenabilidade é a
característica de um equipamento ou conjunto de equipamentos que permita,
em maior ou menor grau de facilidade, a execução de serviços de manutenção
sobre o mesmo. Para considerar a mantenabilidade de um equipamento deve-
se levar alguns requisitos, descritos por Pinto & Xavier (2001, p. 106):
• Requisitos qualificados: são requisitos para orientar os operadores nas execuções das atividades, informando-os sobre métodos, materiais, ferramentas, disponibilidade, procedimentos para execução;
• Requisitos quantificados: são números utilizados para quantificar tempos de execução, médias de paradas, tempos de indisponibilidade e quantidades de materiais sobressalentes;
• Suporte logístico: trata-se de todas as condições necessárias para dar suporte a alojamentos, transporte, produção, distribuição, viagens, manutenção de meios e ferramentas;
• Capacitação do pessoal de manutenção: trata-se do desenvolvimento das habilidades profissionais e capacitação do pessoal de manutenção.
Porém, o equipamento deve cumprir sua função solicitada com
segurança e eficiência, atendendo as condições operativas, econômicas e
ambientais (BLACK, 1991).
71
6.1.1 Tipos de Manutenção
Atualmente, o mercado é altamente competitivo, o que faz com que as
empresas encontrem dificuldade e desafios. Basicamente o grande desafio das
empresas é sobreviver nesse mercado. De acordo com Kardec e Nascif (2009,
p. 61), a atividade de manutenção utilizada como uma função estratégica nas
organizações poderá ser responsável por uma melhoria nos resultados do
processo produtivo, sendo que esses resultados estão diretamente
relacionados com a eficácia da gestão da manutenção. A manutenção deve
atuar como uma atividade integrada às demais dentro da empresa, buscando
um bom gerenciamento da manutenção, de modo a solucionar gargalos no
processo produtivo e maximizar os resultados e tornar a empresa mais
competitiva dentro do mercado.
A manutenção é um conjunto de cuidados técnicos indispensáveis para
o funcionamento regular e permanente de equipamentos e instalações. Tais
cuidados envolvem conservação, restauração, prevenção e substituição.
Autores como: Slack, Chambers e Jonston (2008, p. 491), observam que a
manutenção é o termo utilizado nas organizações, que busca abordar a
minimização de falhas e uma maior disponibilidade dos equipamentos nas
organizações. Para Kardec e Nascif (2009, p. 23), “manutenção é garantir a
confiabilidade e disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de
modo a atender ao processo de produção ou de serviço, com segurança,
preservação do meio ambiente e custos adequados”. A manutenção é um fator
primordial para o funcionamento da empresa, pois é ela que tem a função de
zelar a conservação da indústria, principalmente as máquinas e os
equipamentos, através de um serviço contínuo de observação e prevenção de
problemas. Essas práticas básicas determinam os tipos fundamentais de
manutenção que são apreciadas por KARDEC e NASCIF, 1999, como:
• Manutenção Corretiva não planejada;
• Manutenção Corretiva Planejada;
• Manutenção Preventiva;
• Manutenção Preditiva;
72
• Manutenção Detectiva;
Basicamente, serão utilizadas as manutenções preventivas e as
manutenções corretivas planejada e não planejada e talvez a detectiva, por se
tratar de uma serralheria caseira e os equipamentos que forem produzidos não
possuírem grande tecnologia.
6.1.2 Manutenção Corretiva e Não Planejada
Ao operar um equipamento, e o mesmo expor um defeito ou
desempenho diferente do esperado, o operador pode realizar a manutenção
corretiva, sendo que esta não é necessariamente, uma manutenção de
emergência.
Existem duas condições específicas que levam à manutenção corretiva
(KARDEC e NASCIF, 1999):
• Desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variáveis operacionais;
• Ocorrência da falha.
A manutenção corretiva distingue-se pelo desempenho em um caso já
acontecido, seja este uma falha no equipamento ou um desempenho menor
que o esperado. Como é uma falha que não é esperada, não existe a
possibilidade de uma elaboração do serviço. Infelizmente, esse tipo de
manutenção ainda é mais exercitado do que deveria (KARDEC e NASCIF,
1999). Concordando com a definição anterior, Mirshawka (1991) determina que
a manutenção corretiva seja como um estilo de reação aos eventos mais ou
menos aleatórios e que se sobrepõe após a avaria. O autor ainda chama a
atenção que ao se dedicar somente a manutenção corretiva, os custos
aumentam de maneira brutal conforme as idades dos equipamentos
aumentam. Já para Souza (2009), o acontecimento de uma falha nem sempre
dá a possibilidade de uma elaboração ou idealização precedente, pois sucede
de maneira inesperada e imprevisível, ocasionando uma ação de emergência
ou de urgência para a equipe de manutenção. Portanto, se ocorrer uma falha, a
73
equipe parar suas atividades e deve verificar a falha com urgência, atender a
ocorrência, e executar a manutenção do equipamento imediatamente.
Essa é a manutenção corretiva não planejada, que de acordo com
Xavier (2003) é a correção da falha de maneira aleatória, ou seja, após a
ocorrência da mesma de forma inesperada. Esse tipo de manutenção gera um
alto custo, pois causa a perda na produção e a extensão dos danos aos
equipamentos é maior. Em caso de emergência, uma avaliação minuciosa
deve ser feita e toda emergência deve originar uma atividade de Manutenção
Preventiva, Preditiva ou uma melhoria no equipamento.
6.1.3 Manutenção Corretiva e Planejada
Segundo Lafraia (2001, p. 172), a manutenção corretiva envolve
diversas funções para manter o equipamento disponível, que antes se
encontrava sem operar. De acordo com a definição de Kardec e Nascif (2009,
p.38), “manutenção corretiva é a atuação para a correção de falha ou do
desempenho menor do que o esperado e tem uma atuação emergencial no
reparo do equipamento, devido à ocorrência de uma falha inesperada”.
Entende-se, que uma utilização continuada do equipamento pode gerar altos
custos para a empresa, seja pela perda da produção, redução da qualidade do
produto e gasto com serviço de manutenção. A manutenção corretiva
planejada é a conformidade do desempenho menor daquele esperado ou da
falha, por decisão gerencial, ou seja, pelo desempenho da função de
acompanhamento preditivo ou pela decisão de deixar o equipamento operando
até que ocorra a quebra. O trabalho planejado é sempre mais barato, mais
seguro e mais rápido que um trabalho não planejado. E será sempre de melhor
qualidade (KARDEC e NASCIF, 1999).
A adoção de uma política de manutenção corretiva planejada pode
advir de vários fatores conforme é citado por KARDEC e NASCIF (1999):
• Possibilidade de compartilhar a necessidade da intervenção com os
interesses da produção;
74
• Aspectos relacionados com a segurança. A falha não provoca qualquer
situação de risco para o pessoal ou para a instalação;
• Melhor planejamento de serviços;
• Garantia de existência de sobressalentes, equipamentos e ferramental;
• Existência de recursos humanos com a tecnologia necessária para a
execução dos serviços e em quantidade suficiente, que podem, inclusive,
ser buscados externamente à organização.
Portanto, a manutenção corretiva planejada nada mais é que a
correção de um desempenho menor que o esperado ou falha, por decisão do
gerenciamento da manutenção ligada àquele equipamento. Basicamente é a
atuação em função do acompanhamento do equipamento, ou pela decisão de
operar até ocorrer a quebra, conforme ensinam Pinto e Nascif (2001).
Finalizando, para Souza (2009), a MCP é efetuada após a constatação
de uma anomalia ou falha de um componente que já apresentou esta falha em
uma inspeção ou durante a operação normal do equipamento. Souza (2009)
complementa, que o tempo certo para a ação corretiva planejada pode ser o
momento em que o equipamento possa estar parado sem que cause danos a
produção da empresa, o momento em que se tenha a disponibilidade de mão
de obra para o serviço e certeza que o material e ferramentas necessárias para
realizar a manutenção estão disponíveis no almoxarifado.
6.1.4 Manutenção Preventiva
A manutenção preventiva, segundo os teóricos da área, é considerada
a mais importante dentre todos os tipos. De acordo com Lafraia (2001, p. 173),
a manutenção preventiva busca manter o sistema produtivo operando através
da prevenção da ocorrência de falhas. Essa prevenção pode ser realizada
através de serviços, controle e inspeções, tais como: detecção de defeitos,
limpeza, calibração, lubrificação, etc.
75
Como conseqüência, haverá uma maior disponibilidade dos
equipamentos, com um menor custo na produção e manutenção, pois os
reparos e interrupções são planejados e programados, o que evita a falha
inesperada. Kardec e Nascif (1999) tratam a manutenção preventiva, como
uma atuação realizada que visa reduzir ou evitar, tanto a falha quanto a queda
de desempenho do equipamento, obedecendo a um plano estratégico
elaborado e baseado em intervalos de tempos definidos. Ratificando a
definição anterior, Mirshawka (1991) define manutenção preventiva como a
ação realizada seguindo critérios predeterminados, com o objetivo de reduzir a
falha de um bem.
Já para Black (1991), a manutenção preventiva é uma tarefa que
projeta e aumenta a confiabilidade nos equipamentos. Quanto à programação,
deve ser designada ao engenheiro de produção/mecânico/eletricista, mantendo
um alto nível de flexibilidade em blocos de tempo ou finais de semana, evitando
interferir nas atividades da empresa. Souza (2009) diz que a manutenção
preventiva é aquela que auxilia a corretiva, através de uma técnica que envolve
o conhecimento dos equipamentos e suas instalações e ainda é responsável
pela intervenção no processo que poderá interromper ou não a produção,
sendo ela planejada ou não. Segundo o autor, não é conveniente pensar que a
manutenção preventiva é o acompanhamento e troca periódica dos
componentes dos equipamentos, pois não há um padrão nos equipamentos,
cada um possui uma operação e processo diferente do outro.
Viana (2008) classifica manutenção preventiva como todo serviço de
manutenção realizado em máquinas que não estejam em falha, estando, com
isto, em condições operacionais ou em estado zero de defeito. Ainda de acordo
com Souza (2009), definir uma estratégia para facilitar e justificar a idéia da
manutenção preventiva é tarefa do gerente de manutenção da empresa e os
argumentos deverão ser adotados com base nas ações que envolvem o menor
custo para e busque maior produtividade para a empresa, simultaneamente.
Esses resultados podem ser obtidos em um curto prazo, pela implantação de
um sistema de manutenção organizado, adotando-se, a princípio, planos de
inspeção, lubrificação, calibração, limpeza e por fim, adotar um plano para a
troca de componentes, que representa o maior custo da MP.
76
Para Zaions (2003) a manutenção preventiva apresenta algumas
vantagens, como a continuidade do equipamento, sendo realizada a parada do
equipamento para reparos e consertos nas horas programadas, para que haja
a continuidade da produção, uma vez que os equipamentos possuem um grau
de confiabilidade elevado, dando a possibilidade de a empresa realizar as
metas no prazo de entrega e com a qualidade necessária. A intervenção de
maneira correta e eficaz na prevenção baseia-se em planos previamente
definidos entre a manutenção e a produção, oriundos de um arquivo técnico,
cuja formação iniciou-se durante a fase de projeto até o acompanhamento do
histórico do equipamento (Souza, 2009). Esse arquivo deverá ser enriquecido
com as informações de montagem e, posteriormente, das realimentações e
manutenções corretivas. Quanto à vida útil dos componentes é baseada em
informações do fabricante ou dados estatísticos. Mesmo com todos esses
procedimentos, os arquivos não são revisados de maneira e momento correto,
culminando no sacrifício de componentes que poderiam estar em condições de
uso caso fosse feito a troca no momento correto. Ainda vale lembrar, que
muitas o equipamento é revisado antes do mínimo tempo necessário, para não
prejudicar o processo produtivo, fazendo que a manutenção preventiva sofra
várias críticas por apresentar alguns resultados discutíveis. Segundo Black
(1991), um programa de manutenção cuidadosamente planejado e integrado,
requer uma administração positiva, que irá estabelecer um programa de
sucesso com benefícios em longo prazo, como:
• O operador terá maior conhecimento de seu equipamento, sua operação
e funcionamento, tendo maior responsabilidade pelo mesmo;
• Os processos estarão controlados por registros de máquinas e
ferramentas da Manutenção Preventiva, melhorando sua qualidade;
• A qualidade, flexibilidade, segurança, confiabilidade e capacidade de
produção são melhoradas;
• Equipamento confiável permite a redução do estoque.
77
Em contra partida ao longo da vida útil do equipamento não pode ser
descartada a ocorrência de falha entre duas intervenções preventivas, o que
implica em uma ação corretiva (KARDEC e NASCIF, 1999 p.40).
6.1.5 Manutenção Preditiva
Kardec e Nascif (1999) afirmam que a manutenção preditiva é feita
pelo acompanhamento das funções dos equipamentos, sendo essa a quebra
do primeiro paradigma na manutenção. Com o acompanhamento é possível
predizer as condições dos equipamentos e assim decidir o melhor momento
para intervir para realizar a manutenção corretiva planejada, visando o melhor
a realização somente quando as instalações necessitarem dela. Esse tipo de
manutenção pode incluir monitoramentos contínuos que servirão para a
programação (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).
Neste tipo de manutenção, existe a necessidade do comprometimento
dos operadores de cada equipamento, pois eles serão responsáveis pelo
monitoramento do desempenho e de acordo com as informações passada
pelos operários, será dado o aval para uma eventual intervenção. Já para
Siqueira (2005) a manutenção preditiva é qualquer inspeção programada com
a finalidade de detectar uma condição ou ato falho, ou seja, a antecipação e/ou
previsão de falhas, verificando parâmetros que indiquem a evolução nesse
sentido. Segundo Viana (2008), o acompanhamento das máquinas ou peças é
através de monitoramento, realizando medições ou por controles estatísticos a
fim de tentar predizer a proximidade da ocorrência da falha. Conforme Souza
(2009) a manutenção preditiva é aquela que indica condições reais de
funcionamento das máquinas com base em dados que informam desgastes ou
processos de degradação.
A manutenção preditiva indica as condições reais do funcionamento
dos equipamentos, predizendo o tempo de vida útil dos componentes e a
melhor maneira para que o tempo de vida seja mais bem aproveitado.
78
6.1.6 Manutenção Detectiva
O conceito de manutenção detectiva surgiu com as inovações
produtivas no Japão. Ela se baseia que erros humanos são inevitáveis até
certo ponto, e que antes da ocorrência da falha, o equipamento alerte uma
operação incorreta. Esses dispositivos que são adicionados aos sistemas são
chamados de Poka-yoke, que podem ser sensores, interruptores, gabaritos,
contadores digitais, listas de verificação, etc. (SLACK; CHAMBERS;
JOHNSTON, 2002).
Segundo Kardec e Nascif (1999), a manutenção detectiva é uma
atuação realizada com sistemas de proteção para detectar falhas ocultas e não
perceptíveis e sistemas projetados para atuar automaticamente na imin6encia
de desvios que possam comprometer as máquinas ou a produção.
6.1.7 Sistema de Controle de Manutenção
Segundo Kardec E Nascif (2009, p.78), para que ocorra uma
integração em todas as atividades de manutenção, é necessário que a
empresa possua um sistema informatizado de controle da manutenção que
permita a identificação dos serviços a serem executados e os recursos
necessários para a execução dos serviços. Atualmente no mercado, existe uma
grande quantidade de softwares para realizar a programação da manutenção.
Dentre eles, existe o Sistema de Gerenciamento de Manutenção (SIGMA),
sendo este um dos softwares mais utilizados para realizar essa programação
no Brasil, além de ser gratuito. O SIGMA permite ao usuário utilizar estruturar
toda a parte funcional e industrial da empresa em um simples e fácil cadastro, o
que permite: solicitações e ordens de serviço; controle dos custos; indicação da
quantidade de horas trabalhadas; tempo de máquina parada; planejamento e
programação de manutenções preventivas, preditivas e lubrificações, gerando
relatórios e gráficos gerenciais (REDE INDUSTRIAL, 2013).
79
6.1.8 Gerenciamento de Manutenção
Todo equipamento, máquina ou ferramenta necessita uma
maneabilidade, ou seja, de acordo com Nepomuceno (1989, p.1), toda e
qualquer fábrica ou instalação industrial, ou ainda qualquer atividade que busca
produzir determinado objeto, necessita de diversos elementos que admitam a
produção. Xenos (1998, p.12) aborda que a manutenção, além de imperiosa,
pode ser analisada como embasamento para todas as outras atividades
industriais. Assim, a agilidade na manutenção é indispensável para o setor
produtivo, contendo como alvo oferecer ajuda e manutenção à produção com
materiais, serviços e subsídios, de modo que ela possa cumprir a finalidade
sem paralisações ou prejuízos ao processo, possui importância estratégica
(MUASSAB, 2202, p.16).
Assim a manutenção deve ser gerenciada com uma administração
moderna, raciocinando e operando de maneira estratégica, amparando por
uma visão de futuro e dirigida pelo processo de gestão e cooperar para a
eficácia do procedimento produtivo e o contentamento integral dos clientes,
conforme cita Pinto & Xavier (2001, p.10).
80
7 METODOLOGIA
A pesquisa bibliográfica constituiu na consulta de livros, periódicos e
outros documentos impressos como revistas especializadas no assunto. Os
textos foram lidos e analisados e tiveram a finalidade de gerar conhecimento e
esclarecimento sobre o tema estudado. A pesquisa bibliográfica baseia-se na
leitura, diagnóstico e explanação de livros, recorrentes, etc. Onde é através da
leitura atinada e ordenada que permita seguir explicações e fichamentos, que
poderão servir de alicerce à fundamentação teórica do tema investigado. Ela dá
base para todas as etapas de qualquer tipo de estudo, uma vez que ampara na
acepção do problema, na decisão dos objetivos, na constituição de
proposições, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na
elaboração da conclusão.
Para compreender melhor a sua finalidade, que á aproximar-se à
verdade dos fatos (GIL, 2006, p. 26), a ciência se vale de diferentes métodos. A
palavra metodologia vem do grego methodos (metha + hodos) significando
“caminho para se chegar ao um fim”. A metodologia adotada neste estudo será
a Revisão de Literatura. Segundo Marconi e Lakatos (2001, p.43) “(...) trata-se
de levantamento de toda bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas,
publicações avulsas e imprensa escrita”. A intenção é pôr o pesquisador em
conexão direto com tudo que foi anotado sobre determinado assunto, com a
finalidade de permitir ao pesquisador “(...) o reforço paralelo da análise de suas
pesquisas ou manipulação de suas informações” (TRUJILLO, 1974, p. 230).
Encontra-se em Andrade (1999), Gil (1991), Severino (2000), entre
outras, há extraordinárias diretrizes para o êxito na pesquisa bibliográfica, no
que se refere à análise, leitura e interpretação de textos. O método empregado
neste trabalho visa viabilizar a abrangência dos objetivos esquematizados,
apreciando as limitações apresentadas. Já a tipologia utilizada, optou-se por
um estudo de caso, visto que esse tipo, segundo Santos (1997, p. 27)
caracterizam-se pela triagem de “objeto de pesquisa limitada, com o objetivo de
aprofundar-lhe os aspectos característicos”.
81
Um estudo de caso é uma pesquisa baseada na experiência que
averigua um acontecimento contemporâneo da vida real, quando as fronteiras
entre o fenômeno e o argumento não são claras e evidentes (YIN, 2003, p. 13).
A força do método de estudo de caso reside na sua capacidade de capturar o
desenvolvimento conceitual (MEREDITH, 1993, p.3), embora não prontamente
recomendando teorias gerais (SWAMIDASS, 1991, p.793). Já para Goode e
Hatt (1979, p. 442) o estudo de caso é um meio de organizar dados,
preservando do objeto estudado o seu caráter.
O pesquisador interessado em aproveitar esse método de pesquisa,
deve aproveitar seu referencial teórico não como um conjunto de preposições
irrefutáveis, mas sim como um assunto de partida para novas opiniões no
decorrer do trabalho. Nesse significado, necessitará manter-se fixamente
prudente a extensões adicionais de seu componente que poderão se revelar-se
proeminentes posteriormente o começo da pesquisa (LÜDKE e ANDRÉ, 1986,
apud PERES e SANTOS, 2005, p. 115).
Quanto aos meios, a pesquisa é de campo. Foram utilizados dados
coletados através de observações e anotações, buscando as características
desse tipo de empresa. De acordo com Gil (1991), o estudo de caso é
qualificado pelo estudo puxado e em profundidade de poucos objetos, de forma
a consentir informação ampla e peculiar do mesmo; trabalho praticamente
impossível mediante os outros delineamentos considerados. O autor adiciona
que “o delineamento se fundamenta na idéia de que a análise de uma unidade
de determinado universo possibilita a compreensão da generalidade do mesmo
ou, pelo menos, o estabelecimento de bases para uma investigação posterior,
mais sistemática e precisa” (GIL, 1991, p. 79).
Contudo, analisa o problema de generalização dos efeitos
conseguidos, a restrição mais atinada do estudo de caso, ao assegurar que:
A incoerência de generalização dos resultados conseguidos com o estudo de caso compõe sério impedimento deste tipo de esboço. Entretanto, o estudo de caso é muito amiudado na pesquisa social, devido à sua atinente naturalidade e contenção, já que pode ser concretizado por único investigador, ou por um grupo pequeno e não demanda a atenção de técnicas de massa para coleta de dados, como ocorre nos levantamentos. A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua flexibilidade, é
82
estimável nas etapas de uma busca sobre temas intricados, para a constituição de proposições ou reformulação do problema. Também se sobrepõe com ligação nas ocasiões em que o componente de estudo já é satisfatoriamente conhecido a ponto de ser emoldurado em determinado tipo ideal (GIL, 2002, p. 140).
Portanto o estudo de caso visa buscar vivenciam tendo embasamento
e discussão, o diagnóstico e a procura de dissolução de certa dificuldade, que
é retirada da vida real.
83
8 ANÁLISES E RESULTADOS
O presente trabalho tem como objetivo, propor uma alternativa para os
trabalhadores desempregados que não possuem um conhecimento
técnico/formação profissional obter uma fonte de renda mensal ou começar seu
próprio negócio. A opção indicada foi à implementação de uma serralheria
homemade com um baixo custo de investimento inicial. Então foi descrito o
modelo de serralheria, e as funções do profissional serralheiro. Através de
métodos didáticos, foi ensinado passo-a-passo com realizar a construção dos
equipamentos de maneira clara e objetiva e com tabelas, o custo final de cada
equipamento.
Posteriormente foi citado às condições mínimas de segurança exigida pra a
implementação da serralheria homemade, obedecendo as Normas
Regulamentadores, como os epi’s necessários para operar os componentes da
serralheria.
Há também no trabalho os tipos de manutenção, e qual delas serão realizadas
nos equipamentos caso eles apresentem quebra ou dano.
Por fim realizado um levantamento de custos para a construção dos
equipamentos de maneira caseira, com o custo dos mesmos se fossem
adquiridos no mercado. A tabela 7 compara a os custos de cada equipamento,
e o custo total. Nota-se que o custo de todos os equipamentos de maneira
caseira ficou em R$ 1163.90, sendo que este valor pode ser reduzido
dependendo de quem vai construir, pois existem vários componentes dos
equipamentos, que podem ser adquiridos com custo zero, o que diminuiria
ainda mais o valor total final. O valor dos equipamentos adquiridos no mercado
variou entre R$ 1595,00 até R$ 3930,00. Portanto o trabalho, alcançou os
objetivos estabelecidos, principalmente por ter um baixo custo de
implementação e ensinar de maneira clara a construção dos equipamentos.
84
Tabela 7 - Quadro Comparativo do Custo Final.
Fonte: Próprio Autor.
85
9 CONCLUSÃO
Pode-se dizer que o presente trabalho proporcionou um grande
aprendizado, pois por meio de pesquisas e livros conseguiu-se dar um
andamento no entendimento do projeto. Portanto, é viável relatar o quão
importante foram às pesquisas, mostrando que apesar do momento que vive o
Brasil, e o grande aumento no número de desempregos, há a possibilidade de
o trabalhador começar sua microempresa e gerar sua própria renda para sua
sobrevivência.
Foi dissertado também sobre como funciona uma serralheria, a qual se
podem analisar os procedimentos e estudos realizados por outros, vendo assim
que é possível abrir uma empresa, por exemplo, na sua própria casa, fazendo
o uso de componentes encontrados nos mercados e de fácil acesso, com a
construção de equipamentos que possam realizar as funções desejadas para
um serralheiro. Também foram citados no trabalho os equipamentos de
proteção necessários, que são indispensáveis no dia-a-dia de uma serralheria,
como o cuidado necessário para manusear os equipamentos construídos para
não gerar danos a saúde física e mental do trabalhador. No entanto, a gestão
da manutenção passa de mera coadjuvante no cenário empresarial para um
setor responsável pela redução de falhas ou queda no desempenho nos mais
variados processos manufatureiros, de comércio ou serviço.
Assim, pode-se concluir que o presente trabalho atingiu os objetivos
estipulados, sendo que é necessário um baixo custo de investimento inicial
para a implementação da serralheria homemade, foi citado passo-a-passo a
forma como construir os equipamentos, os tipos de manutenção necessários
para os equipamentos e as normas de segurança necessários, como o uso de
epi’s para a operação de cada um dos equipamentos que foram citados no
projeto.
86
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