View
228
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
GES
TÃO
EED
UC
AÇ
ÃO
AMBI
ENTA
L
Questão Ambiental eReflexões Sobre a
Sugestões de AtividadesPedagógicas
VOLUME 1
GESTÃO EEDUCAÇÃO AMBIENTAL
2001
Apoio:
Ficha catalográfica:BAILÃO, Cheila Aparecida Gomes (Coord.).Gestão e educação ambiental: reflexões sobre a questãoambiental e sugestões de atividades pedagógicas /Cheila Aparecida Gomes Bailão. -- 2ed. -- Santo André:Semasa, 2001.76p. ; 21cm.
Bibliografia: p. 75
1. Reciclagem. 2. Lixo. 3. Meio Ambiente.I. Semasa. II. Título.
CDD - 363.728- 628.442- 628.445
Coordenação: Cheila Aparecida Gomes BailãoDiretora do Departamento de Resíduos Sólidos do Semasa.
Texto: Cheila Aparecida Gomes BailãoSandra Rodrigues Gaspar
Revisão: Maria Sirley dos Santos/Octopus Comunicações
Desenho da Capa: Octopus Comunicações
Ilustrações: Octopus Comunicações
Arte-Final: Octopus Comunicações
Fotolito: Usual Reprod. Gráficas S/C Ltda./ JC Criações Fotos e Fotolitos Ltda.
Apoio: CRAISA - Cia. Regional de Abastecimento Integrado de Santo André
GESTÃOE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
2ª- Edição
Reflexões Sobre a Questão Ambiental eSugestões de Atividades Pedagógicas
“Se adestram animais, se cultivam plantas e se educam osseres humanos... Poderíamos dizer que o cultivo, o adestramento, a educaçãopassam pela vida.
Na história da experiência de viver que caracteriza a experiência deoutros animais, das árvores e da experiência humana, nós, homens e mulheres,fomos os únicos capazes de inventar a existência.
O momento que a vida foi virando existência se situaria precisa-mente quando a vida se soube vida: quer dizer, quando o ser vivo, virando serexistente, se soube vivendo e foi capaz de pensando, falar o pensamento presoao concreto e ao real. Nesse momento, a vida não apenas se soube vida, massoube que sabia. Aí começa a possibilidade da distorção e da deterioração davida que possibilitou a existência.
A invenção da existência deu-nos a possibilidade de estarmos nãoapenas no mundo, mas com o mundo. Eu posso mudar o mundo e é fazendoisso que eu me refaço. É mudando o mundo que eu me transformo também.
Homens e mulheres inventam a história que eles e elas criam efazem. E é exatamente a história e a cultura que homens e mulheres criam efazem, a cultura alongando-se sobre a história, a história voltando-se sobre acultura, que gera a necessidade de educar. A educação nasce na relação entrea cultura e a história, dentro da cultura e da história. Por isso não se faz edu-cação sobre a cabeça de ninguém: se faz educação no contexto histórico, nocontexto cultural.
É por isso também que ela não pode ser neutra: não há, nuncahouve, nem vai haver neutralidade educacional. Uma das conseqüências dainvenção da existência foi a impossibilidade da neutralidade na criação.
Nós temos de colocar a existência decentemente frente a vida, emsua dialeticidade, de tal maneira que a existência não mate a vida e que a vidanão pretenda acabar com a existência, para se defender dos riscos que a existên-cia lhe impõe. Isso para mim faz parte dessa briga pelo verde.
Lutar pelo verde, tendo certeza de que sem o homem e a mulher overde não tem cor.”
Paulo Freire
5
6
Apresentações
Introdução
Objetivos
Poema do Milho
Os Resíduos e a Coleta Seletiva
O Meu Dicionário
Aprendendo Sobre Resíduos - Sugestões de Atividades
Quem é o Deficiente?
Atividades Complementares
O Corpo e as Palavras
Sugestões de Jogos
1. Calendário do Tempo
2. Síntese do Clima
3. Banco de Palavras e Textos Sobre o Ambiente
4. Boliche Ecológico
5. Ecocruzadas
6. Jogo da Memória
7. Animal Oculto
8. Círculo Ecológico
9. Bingo da Natureza 1
10. Bingo da Natureza 2
11. Passa ou Repassa
12. Jogo Imagem e Ação
13. Dominó Ecológico
14. Jogo do Ambiente
Índice
8
10
11
12
13
18
19
29
30
37
38
38
39
40
40
40
41
41
42
42
43
43
43
44
Textos de Apoio
Educação Ambiental no Brasil - Aspectos a Considerar
Preservar e Conservar
Janela Indiscreta
“A Alma do Homem Sob o Socialismo”
Sobre Gansos e Equipes
Leilão de Jardim
Ou Isto ou Aquilo
O Lagarto Medroso
O Último Andar
Aquarela do Brasil
Passarim
Comida
Todos Juntos
Aquarela
Brasil
Sampa
São Paulo é Mais Interessante do que Nova York
Hino de Santo André
Hino a Paranapiacaba
Meu Grande ABC
Informações Sobre Reciclagem
Bibliografia
Expediente
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
75
76
7
Apresentações
Devido ao grande sucesso da primeira edição e atendendo a pedidosde professores, técnicos, representantes de outros municípios e de outrascomunidades, que têm vindo conhecer nossa experiência na área de GestãoIntegrada de Resíduos Sólidos, estamos fazendo a segunda edição deste livro.
Orgulhosos com o resultado de nosso trabalho, esperamos que nossaexperiência seja multiplicada. Desta maneira, estaremos construindo um ambientemais saudável para as gerações futuras.
Esta reedição servirá também como estímulo na produção coletivada Agenda 21 Local, exercício cotidiano e como garantia na construção de umaqualidade de vida cada vez melhor para Santo André – Cidade Futuro.
MAURICIO M. MINDRISZDiretor Superintendente
Semasa - Serviço Municipalde Saneamento Ambiental de Santo André
8
SANTO ANDRÉ RECICLA é uma das perspectivas para a construçãodo nosso projeto SANTO ANDRÉ – CIDADE FUTURO.
Reciclar conhecimentos, idéias, hábitos, comportamentos e valorizar nossa cultura, amplia a perspectiva de reciclar matérias-primas e evitar desperdícios.
É mais um instrumento na luta pelos direitos e deveres da cidadania, nosso objetivo maior na construção de uma cidade agradável.
Nosso compromisso com a educação, com a solidariedade, com odesenvolvimento econômico, a preservação e conservação do ambiente natural e construído e com o presente, nos traz a certeza de alicerçarmos comsegurança a construção da Santo André do futuro para as novas gerações.
KLINGER LUIZ DE OLIVEIRA SOUSASecretário de Serviços Municipais
9
As sugestões de atividades para aprofundar e exercitar a reflexãosobre a questão ambiental apresentadas neste ensaio são frutos da sistematiza-ção de experiências com educadores em diferentes municípios.
Nossa proposta, ao apresentar estas sugestões à rede de educaçãode Santo André, visa aumentar o processo de reflexão acerca dos problemas deordem ambiental, em especial a problemática dos resíduos sólidos, cujassoluções só serão possíveis através de parcerias entre AdministraçãoMunicipal e População.
Acreditamos que nas escolas existam espaços significativos para oexercício e a construção da cidadania, e que nelas encontraremos apoio nabusca de soluções, junto aos educadores, alunos e comunidade do entorno.
Entendemos que o processo de produção do conhecimento é coletivo, e baseando-nos no surgimento de novas propostas e experiências,contamos com contribuições dos educadores das redes municipal e estadual edas escolas particulares para o aperfeiçoamento desta publicação, que deverá ser enriquecida com a contribuição dos professores que usarem estematerial para elaboração de novas publicações.
Dentro do princípio de que as experiências individuais devam serrespeitadas, propomos a seguir algumas atividades e jogos que poderão con-tribuir como elementos na mediação pedagógica da relação professor/aluno,fazendo com que os conhecimentos sejam interiorizados por cada um e compreendidos pelo grupo como um todo.
Introdução
10
Estimular:
- a observação do ambiente e a percepção sistemática e crescentedo meio onde se vive e convive;
- a preservação e a conservação da natureza, sem desperdícios;
- o exercício da cidadania.
Desenvolver através de temas ambientais:
- a exposição de idéias, o registro de impressões, a classificação deelementos;
- a capacidade de comunicação e expressão através da linguagem,desenhos, mímica, música e outros meios;
- a capacidade de relacionar, abstrair, generalizar, projetar e deaplicar o pensamento lógico;
- a capacidade e necessidade de experimentação e vivência paradesenvolver o estudo e as aplicações da ciência.
Objetivos
11
Poema do milho
“ EM QUALQUER PARTE DA TERRA
UM HOMEM ESTARÁ SEMPRE PLANTANDO.
RECRIANDO A VIDA.
RECOMEÇANDO O MUNDO.“
Cora Coralina
12
Coleta Seletiva é o processo de separação e recolhimento dos resí-duos de acordo com a sua constituição para posterior REUTILIZAÇÃO ouRECICLAGEM.
A separação dos resíduos pode ocorrer tanto na fonte geradora(residência, escolas, locais de trabalho) quanto nas estações de coleta seleti-va/reciclagem ou outros espaços.
O recolhimento pode ser feito por caminhões ou catadores de papele sucata, ou ainda, encaminhado às Instituições e às Estações de ColetaSeletiva / Reciclagem, locais onde a prefeitura, em conjunto com a comu-nidade, receberá os materiais que podem ser reciclados.
Podemos separar os resíduos em: Recicláveis, Reutilizáveis e Rejeitos.
RECICLÁVEIS
Podem ser:
Orgânicos - restos de alimentofolhasgalhoscascasmadeira
Secos - papel e papelãovidrosmetaisplásticosmateriais de construçãocartuchos de tinta de informáticaoutros
Os Resíduos e a Coleta Seletiva
Esses resíduos podem se transformar emadubo para a agricultura e, no caso damadeira, se triturada ou em pedaços,poderá se transformar em lenha ou carvão.
13
REUTILIZÁVEIS
São embalagens como caixas ou sacolas plásticas que podem serreutilizadas, vestuários, acessórios e calçados aproveitáveis, móveis, utensíliose equipamentos domésticos ou outros que possam ter, ainda, utilidade para outras pessoas, além de inúmeros objetos que, através dos princípios de criatividade e economia, podem ser reaproveitados, evitando desperdícios dosrecursos naturais como água, energia e matérias-primas, fortalecendo asrelações de solidariedade entre as pessoas.
REJEITOS
- lixo de banheiro.
- guardanapos, lenços e toalhas de papel, absorventes, fraldas, etc.
- embalagens com resíduos químicos tóxicos à saúde ou ao meio
ambiente.
- pilhas - consideradas rejeitos em quase todos os países face ao
alto custo de reciclagem.
- lâmpadas, em geral, são rejeitos. As lâmpadas fluorescentes
podem ser recicladas no Brasil desde que encaminhadas mediante
pagamento à indústria recicladora.
LIXO
É todo resíduo que não presta mais para ninguém. É sujeira, nãocheira bem, não serve para nada. Polui o ambiente e adoece aspessoas, atraindo insetos e bichos.
14
Para se verem livres do lixo, muitas vezes as pessoas usam o FOGOpara resolver o problema. A queima libera na atmosfera gases que afetam osseres vivos e o ambiente.
No ser humano, a queima pode provocar:- dor de cabeça;- náusea;- doença de pele;- irritação dos olhos e das vias respiratórias.
No ambiente, essa queima polui a atmosfera, afetando a qualidadedo ar e diminuindo a visibilidade.
Com base nestas e outras consequências negativas, foi proibida aqueima do lixo através da Legislação Estadual de Controle da PoluiçãoAmbiental do Estado de São Paulo - Lei Estadual 997/maio/76. DecretoEstadual 8468/set./76, art. 26.
ANIMAIS MODOS DE TRANSMISSÃO DOENÇAS/SINTOMAS
Rato Mordida, pulga e urina Tifo, peste e leptospirose
Mosca doméstica Contaminação dos alimentos Febre tifóide, verminose,e varejeira através das patas e do corpo gastroenterite
Barata e formiga Contaminação dos alimentos Febre tifóide, giardíase eatravés das patas e do corpo outras doenças gastrointestinais
Mosquito Picada da fêmea Dengue, malária, febreamarela, leishmaniose
Causa muita dor. Em criançase idosos pode causar
Escorpião Picada alterações respiratórias,cardíacas, coma e morte
Onde tem lixo tem bicho! Alguns podem ser peçonhentos ouvetores transmissores de diversas doenças, como por exemplo:
15
O lixo é um grave problema que ameaça o nosso planeta.A cada ano, aumenta a quantidade de resíduos, tornando-se cada
vez mais difícil encontrar locais adequados para depositá-lo.Algumas pessoas produzem mais, outras menos, sendo considerado
que cada indivíduo gera, em média, meio quilo de resíduos diariamente.
PRODUÇÃO DE RESÍDUOS = IDADE X 365 X 0,5 kg
É a fórmula para descobrir quanto resíduo uma pessoa já produziuem toda sua vida.
A solução para esse problema é:
REDUZIR Consiste em diminuir a quantidade de lixo produzi-do, desperdiçar menos, consumir só o necessário,sem exageros.
REUTILIZAR É dar nova utilidade a materiais que na maioria dasvezes consideramos inúteis e são jogados no lixo.
RECICLAR É dar “nova vida” a materiais a partir da reutilizaçãode sua matéria-prima para fabricar novos produtos.
16
NO MAR
Papel toalha 2 a 4 semanas
Papelão 2 meses
Caixa de leite 3 meses
Jornal 6 meses
Madeira pintada 13 anos
Lata e copo plástico 50 anos
Lata de alumínio 200 anos
Garrafa plástica 450 anos
Lixo radioativo 250.000 anos ou +
Vidro Indeterminado
Fonte: Projeto TAMAR - Aquário de Ubatuba
NOS ATERROS E LIXÕES
Jornal 2 a 6 semanas
Embalagem de papel 1 a 4 meses
Casca de fruta 3 meses
Ponta de cigarro 2 anos
Chiclete 5 anos
Lata de alumínio 100 a 500 anos
Tampa de garrafa 100 a 500 anos
Pilha 100 a 500 anos
Saco/ copo de plástico 200 a 450 anos
Garrafa/ frasco de vidro ou plástico Indeterminado
Tabela demonstrativa do tempo de decomposição dos resíduos
17
O meu dicionário
O meu dicionário tem 577 páginas. Omeu dicionário tem 3 is, 1 d, 1 c, 2 os, 1 n, 1 a e 1 r.
Os dicionários são todos iguais, azuis,verdes, de todas as cores, mas o meu não, o meué diferente; DI-FE-REN-TE.
Ele é muito bonito, cada página é deuma cor diferente.
Meu dicionário é especial, eu que fizcom as minhas palavras, com os meus acentos,com a minha pontuação. Se alguém quiser corri-gir, faça outro para substituir o meu. Ele, o meudicionário, ele é assim!
Lorena Soté de Elage4ª “C”- Colégio Objetivo Júnior - Porto Velho - RO - 1996
18
Aprendendo sobre Resíduos - Sugestões de Atividades
Buscar despertar o interesse e a motivação para alguns temas e
objetos de estudo, a partir de:
A - Pesquisas e criação de histórias. Quando possível, convidar paise vizinhos para relatar casos dos locais e temas a serem estuda-dos.
B - Desenvolver em grupo: desenhos, painéis, maquetes, jogosvivenciais, peças de teatro, diálogos, poesias, monólogos,debates.
C - Desenvolvimento de atividades em equipe.
D - Reutilização de materiais.
1. Resíduos Sólidos, Líquidos e Gasosos
Pesquisar e discutir:
- o que é e quais são os resíduos sólidos, líquidos e gasosos;
- resíduos poluentes e suas conseqüências para a natureza.
- aproveitamento dos detritos animais, vegetais e outros, verificandoo que ocorre na região;
- disposição e destino dos resíduos sujos e os limpos, os orgânicose os secos no município.
2. Resíduos Hospitalares
Pesquisar e discutir a geração e disposição adequada dos resíduoshospitalares, apontando problemas, soluções e riscos à saúde humana e aoambiente.
3. Resíduos Tóxicos
Pesquisa sobre resíduos tóxicos: baterias de veículos, lâmpadas fluorescentes, pilhas, embalagens de produtos tóxicos, corrosivos, inflamáveise venenosos.
19
4. Resíduos Radioativos
Pesquisar o que é, geração e formas de disposição final; implicações ao ambiente, riscos para os seres vivos.
5. Materiais da Construção Civil
Pesquisar como são fabricados, quais os recursos naturais utilizados e os resíduos gerados.
6. Chorume
Pesquisar o que é, suas conseqüências para o ambiente e seu destino.
7. Situação Atual dos Resíduos
Pesquisar a situação dos resíduos de Santo André no passado, comoé hoje e como queremos que seja no FUTURO.
8. Cálculos de Produção de Resíduos
Calcular a produção de resíduos sólidos dos alunos e família (cadapessoa produz por dia de 0,5 kg a 1 kg de resíduos). Calcular volumes, áreasocupadas pelos materiais recicláveis. Ex.: quantidade de vasilhames de refrigerante/mês em uma casa, na escola, etc.
Calcular as quantidades de produção de resíduos sólidos na escola. Classificar por tipo e volume.
9. Compostagem
Pesquisar o que é compostagem; produção, uso e aplicação docomposto; compostagem doméstica.
20
10. CidadaniaInstituir atividades de percepção e compromissos com o exercício
da cidadania em relação à produção de resíduos.Como exemplo:- OLHAR EM VOLTA;- LIXO NO LIXO;- LIXO QUE NÃO É LIXO;- O LUXO DO LIXO.
11. LegislaçãoPesquisa e discussão sobre as disposições de proteção ao ambiente,
relacionadas aos resíduos, encontradas nas Legislações Federal, Estadual eMunicipal.
12. Reduzir, Reutilizar, ReciclarDefinição de conceitos.
13. Aterros SanitáriosDefinição, estrutura, funcionamento dos aterros, vantagens e
desvantagens, diferença entre aterros e lixões.
14. Coleta SeletivaEstimular professores, pais, estudantes e funcionários a discutir a
organização da coleta seletiva. Verificar como e para onde encaminhar o material coletado.
15. Reciclagem
Pesquisar e discutir:- recursos naturais e matéria prima;- reciclagem;- resíduos secos reaproveitáveis ou recicláveis;- resíduos sólidos que podem ser transformados nos processos de
reciclagem;- processos de reciclagem.
21
16. Oficina de Reaproveitamento e ReciclagemArmazenar e organizar o almoxarifado de materiais para serem
reutilizados na produção de maquetes, brinquedos e objetos diversos, dentreeles instrumentos musicais, estimulando a formação da banda escolar.Organizar com os pais oficinas de artesanato e outras, com reaproveitamentode materiais, para utilização em atividades programadas com os estudantes.
17. Arte-RecicladoresTrabalhar com arte-recicladores, inclusive voluntários, entre os pais
e a comunidade, para a oficina de reciclagem, estabelecendo períodos paracada grupo ou classes.
Obs.: na impossibilidade de se efetuar qualquer outra atividadeprogramada, os alunos poderão desenvolver atividades na oficina de reci-clagem e fora da escola.
18. Almoxarifado de SucataInstituir o almoxarifado ou o canto dos objetos e materiais a serem
reutilizados, lavando-os e guardando-os quando necessário. Estimular sempreo aluno a ações como:
- JOGUE O LIXO NO LUGAR CERTO;- APROVEITE SE FOR POSSÍVEL;- USE OS DOIS LADOS DA FOLHA DE PAPEL.
19. Alimentos AlternativosPesquisar receitas e alimentos alternativos a partir do reaproveitamento.
20. Painel do Lixo- tempo para degradação dos materiais nos lixões ou aterros;
- tipos de lixo encontrados na escola, na rua, no bairro, na cidade, identificando composição, origem, uso, reaproveitamento, reciclagem.
Obs.: sugerimos colocar os painéis elaborados nos pátios das esco-las, nos parques, no Recanto Arco-Íris, nas bibliotecas e outros locais sempreque possível.
22
21. Museu dos Resíduos
Colecionar conjuntos de objetos da natureza encontrados pelosalunos. Se possível, identificar as peças: penas, ossos, madeiras, insetos, folhase tipo do resíduo - orgânico, reciclável, biodegradável.
22. Poluição das Águas
Relacionar a produção dos resíduos com a qualidade da água: dis-cutir sua importância no corpo humano, no preparo de alimentos, para higienedo corpo, da casa e de outros. Estudar de onde vem a água e para onde ela vai(chuva, poço, córrego, lago, rio, mar, tubos de drenagem, boca de lobo nasruas, rede de esgoto, etc.) e como o lixo pode contaminar as fontes de abaste-cimento.
23. Poluição do Ar
Entrevista com profissionais acerca da poluição causada pelas ativi-dades industriais e pela emissão de gases de veículos e as implicações para osseres vivos. Pesquisa do tema em livros, jornais e revistas.
24. Poluição do Solo
Pesquisar as alterações físico-químico-biológicas causadas ao solopelas atividades humanas e as implicações para os seres vivos.
25. Contaminação de Alimentos
Pesquisar o uso de substâncias poluentes na agricultura e problemasgerados pelos processos de industrialização dos alimentos.
26. Riscos Epidemiológicos
Identificação das doenças decorrentes da disposição inadequadados resíduos.
27. Incineração
Pesquisar o que é, conseqüências para o meio, riscos à saúdehumana; incineração doméstica.
23
28. Poluição Local
Estudar, perto da escola, uma área prejudicada pelos resíduos dasatividades econômicas próximas e as implicações para os seres vivos.
29. Dicionário Ilustrado do Meio Ambiente
Selecionar, individualmente ou em grupo, figuras, fotos de revistas,jornais e outros e ir compondo o dicionário com a palavra ou o fenômeno(fauna, flora, meio urbano, poluição, etc.), mostrando a figura e explicando empoucas palavras o que significa.
30. Vocabulário do Meio Ambiente
Fazer um painel com as palavras novas ou as palavras-chaves acerca do ambiente, seu significado e a tradução em inglês e outros idiomaspara estimular a curiosidade e a pesquisa.
31. Redação
Descrição e narração acerca dos recursos naturais comprometidospela poluição. Exemplo: rio poluído, área degradada, etc.
Dissertações sobre o MAR, os RIOS, a MATA ATLÂNTICA, o PÓLOINDUSTRIAL, os PARQUES, o núcleo histórico de PARANAPIACABA, a SERRADO MAR, e temas dos municípios vizinhos, relacionando-os com a produçãoe os tipos de resíduos de cada lugar.
Trabalhar com os temas: Preservar, Conservar, Reciclar.
32. Debates
Debates acerca das leis que protegem o TRABALHADOR e os
DANOS AO AMBIENTE causados pelos processos de produção e seus resíduos.
24
33. Livro do Ambiente
Sugerir redações acerca dos fatos mais importantes ocorridos nasemana ou no mês (poluição, lixo, preservação, degradação) e selecionadospelo grupo. Cada aluno poderá ler sua redação em sala e o grupo escolherá asmelhores para compor o livro.Ilustrar com desenhos livres, representando os fatos mais significantes, expon-do-os por sala, e escolhendo os mais representativos para o livro do meioambiente.
34. Elaboração de Cartazes
Elaborar cartazes com os alunos e afixar em determinados locaislembrando acerca das posturas de higiene e limpeza nas dependências e emtorno da escola. Mudá-los a cada período. Discutir e selecionar com os alunos os cartazes que deverão ser usados porserem mais expressivos dentro do que se propõe a orientar.
35. Jornal Semanal do Ambiente
Os estudantes e professores selecionam fatos ocorridos na escola,no bairro, no município, no estado, no país e no mundo (depredações, fauna,flora, poluição, lixo, preservação). Divide-se a sala em grupos e cada grupoapresenta uma notícia e alguém do mesmo grupo a comenta, sendo que osapresentadores e comentaristas devem se alternar no decorrer da semana.
Selecionar os fatos mais interessantes da semana e fazer um painelpor sala. Os melhores fatos escolhidos entre as salas poderão formar um muralquinzenal da escola. Deverão também ser escolhidos os editores que farãorodízio por períodos quinzenais ou mensais.
36. Maquetes e Painéis
Desenhar, fazer maquetes e painéis acerca das condições do bairroe da escola, ressaltando as condições ambientais e estimulando sempre a reuti-lização e a reciclagem de materiais.
25
37. Histórias em Quadrinhos
Elaborar histórias em quadrinhos com temas ambientais acerca dosresíduos sólidos, escolhidos pelos alunos, apontando problemas e soluções.Expor as histórias em painel ou em formato livro, os quais deverão ser guarda-dos na biblioteca da escola.
38. Pesquisa de Atividades Econômicas
Pesquisar as atividades econômicas do município e região, a produçãode resíduos, seus danos ambientais (a poluição do solo, do ar e da água) e osbenefícios para o meio ambiente: indústrias, turismo, pesca e construção civil.
39. Ocupação Urbana e Econômica
Pesquisar como o ambiente foi alterado no decorrer da ocupaçãourbana e econômica do município desde o período colonial. Estudar os cicloseconômicos e a exploração dos recursos naturais, o PAU-BRASIL, o SOLO, asmonoculturas da CANA DE AÇÚCAR e do CAFÉ, outros cultivos, o Caminhodo Mar, a expansão industrial, a ocupação das áreas de mananciais, a loca-lização das indústrias, a importância da rede ferroviária e onde devem serdepositados os resíduos produzidos pela atividade humana.
40. Culturas
Estudar as influências das diversas culturas no processo de urbani-zação da cidade e na vida dos estudantes: a música, o vocabulário, o vestuá-rio, a comida, as bebidas, os esportes, outros hábitos e o tipo de resíduosgerados por essa influência.
Fazer painéis com o material produzido.26
41. Estudo do Meio
Usando o tema “Se essa rua fosse minha”, localizar a escola eas fontes produtoras de resíduos em volta. Ampliar para o bairro, acidade, o município, conforme o desenvolvimento dos alunos.Localizar em desenhos ou maquetes feitos pelo grupo, a rua, a escola, osparques, árvores próximas, locais usados pelas crianças (o bar, o pipo-queiro, o mercadinho, o ponto de ônibus), e casas dos amigos e familiares que moram próximos à escola, além de outros aspectos conforme interesse e desenvolvimento do tema, estimulando sempre oreaproveitamento dos materiais.
42. Projeto “Se esta rua fosse minha” (Zimberger, 95)
Sair a campo e observar na realidade o que existe na rua(casas, muros, portões, postes e fios, telefones públicos, ladeiras, canais,igrejas, bares, gente, tipos de plantas, flores, insetos e animais, bicicle-tas, terra, água, carros, ônibus, sol, chuva) e os tipos de resíduos encon-trados, identificando pontos positivos e negativos. Estimular a discus-são de como seria a rua, o bairro, e a escola criados por eles.
43. Roteiros Ambientais
Visita ao aterro sanitário e à usina de compostagem / reci-clagem de resíduos sólidos na Vila São Jorge, ao Recanto Arco-Íris, aoParque Escola e outros parques da cidade, ao núcleo de Paranapiacaba,ao eixo industrial, analisando as condições ambientais.
44. Flora e Fauna
Trabalhos acerca da dependência de plantas e animais emrelação à água, ao ar e ao solo, e as consequências da poluição pelosresíduos.
45. Artes Plásticas
Desenvolver instrumentos musicais, painéis ecológicos e ativi-dades artísticas com sucatas, desenhos, dobraduras com produtos reci-cláveis, pesquisando a fauna local e suas histórias.
27
46. Geometria
Resolver problemas de geometria com dobraduras (origami) apartir de papel usado ou fazer outros trabalhos utilizando os conceitosreciclar e reutilizar.
47. Conjuntos
Desenhar, anotar ou construir diferentes tipos de conjuntoscom resíduos produzidos pelo homem que comprometem os ecossis-temas regionais.
Pesquisar materiais recicláveis da fauna e flora do mangue,mar, Mata Atlântica, formando conjuntos: pertence e não pertence,união e intersecção dos grupos de animais em extinção.
48. Textos em Inglês
Descrever em inglês as modificações observadas na naturezapor ocasião da mudança das estações do ano. Analisar os termosPRESERVAR e RECICLAR em inglês.
49. Painel em Inglês
Elaborar painéis com palavras em inglês utilizadas no cenárioda cidade, da região e dos produtos que geram resíduos, usados pelosalunos, como por exemplo: COCA-COLA, GATORADE, GILLETTE,SHELL, VIDEOGAME, XEROX.
50. Jogo de Cartas em Inglês
Elaborar em inglês jogos de carta com tipos diferentes defolhas, flores e animais encontrados na Mata Atlântica e de resíduosencontrados na área urbana.
28
Se você fracassa em enxergar a Pessoa
Mas vê somente a deficiência
Então quem é que é cego?
Se você não consegue escutar
O grito por Justiça
De seu irmão
Então quem é surdo?
Se você não se comunica
Com sua irmã
Mas a mantém afastada de você
Quem é o deficiente?
Se o seu coração ou sua mente
Não entendem o seu vizinho
Quem então tem deficiência mental?
Se você não se levanta pelos
Direitos de todas as pessoas
Quem então é o aleijado?
(anônimo)
Quem é o deficiente?
29
30
AmbienteElaboração de calendário ecológico com as fases da lua.
Desenhos de plantas com suas partes e funções e sua utilização comofonte de alimentação, sombreamento, paisagismo e outras.
Discussão sobre como a comunidade pode agir para preservar os animaise as plantas e melhorar o ambiente.
Pesquisar quais os impactos ambientais na região que têm prejudicado avida animal e vegetal e, conseqüentemente, a vida humana.
Estudar uma área perto da escola com comprometimento ambiental.
Fazer jogos sobre a transferência de matéria e energia na cadeia alimentar.
Localizar no mapa do Brasil as regiões onde os problemas ambientais semanifestam. Em grupo, elaborar um documento sugerindo alternativas desoluções e enviá-lo às autoridades competentes.
Estudo em grupo sobre os três poderes, com cada grupo dramatizando umdeles e destacando como o ambiente é visto por eles.
Organização de feira, painel, mural, recorte e colagem dos principais produtos na agricultura, pecuária, indústria e turismo, comparando osbenefícios da produção com os danos causados ao ambiente.
Descrever as condições do ambiente para o desenvolvimento das principais atividades econômicas do município: INDÚSTRIA, COMÉRCIOe SERVIÇOS.
Pesquisar como o MAR, o MANGUE e o RELEVO da serra influenciam notipo de vegetação e na importância biológica, econômica e no modo devida do ser humano.
Pesquisar quais as causas do desmatamento, aterros e ocupação das áreasde mananciais.
Pesquisar diferentes formas de LAZER no ambiente da região e identificara importância do LAZER para o SER HUMANO.
Atividades complementares
Descrever as modificações observadas na natureza por ocasião da mudançadas estações do ano.
Pesquisar diferenças entre seres vivos e a importância da água para sua sobrevivência.
Pesquisar quais os agentes externos que modificam o clima, relevo, hidrografia e vegetação na região, discutindo o que fazer para nãodegradar o ambiente.
Estudar os ciclos econômicos e quais foram os desequilíbrios ecológicosprovocados pelos colonizadores devido ao desmatamento e à monocultura.
Pesquisar a degradação do solo pela mineração do século XVIII até hoje,e relacionar as conseqüências.
Realizar debates acerca dos fatores que contribuíram para a degradaçãoda NATUREZA no município, na região e no país.
Pesquisa e exposição de temas relativos ao folclore, artesanato e festas daregião.
Organizar um caderno de receitas típicas da região, analisando a origemcultural de cada uma delas.
Elaborar cardápio com os alimentos disponíveis na cidade e região e discutir os mais apreciados pelos estudantes e suas famílias.
Discutir as diferenças de hábitos alimentares entre as regiões do Brasil e outros países.
Trabalhar o tema: HIGIENE AMBIENTAL. Avaliação da higiene do ambiente na escola, no bairro e na cidade.
Analisar diferenças na higiene ambiental entre alguns bairros da cidade,destacando alguns com saneamento e outros sem.
Elaborar relatório da situação ambiental verificada em alguns locais eencaminhar aos órgãos competentes com abaixo-assinado dos alunos
31
32
solicitando intervenção para melhorar a situação.
Discutir a necessidade de criar equipes de Agentes Ambientais na escolapara, em rodízio, ajudar na manutenção da limpeza das salas, quadro degiz, pátio, banheiros, etc.
Escolher uma área degradada na escola ou próxima dela para ser recu-perada pelos alunos em parceria com a comunidade e familiares.
Trabalhar com conjuntos numéricos referentes aos temas do ambiente,números e área das regiões consideradas de preservação: parques, reser-vas, praias, áreas de mananciais. Calcular porcentagem dessas áreas emrelação ao total do município.
Pesquisas e debates em grupo sobre a degradação ambiental no Brasil eoutros países estudados.
Estudar nas Constituições Brasileira, Estadual e Municipal o preâmbulo, osprincípios fundamentais e o capítulo sobre o ambiente.
Trabalhar em painéis com as questões ambientais do bairro, suas condiçõesde saneamento, urbanização, lazer, fauna, condições sócioeconômicas e aprodução de resíduos.
Estudar as fontes de energia, vantagens e desvantagens de cada uma eidentificar quais são as utilizadas no município e estado.
Pesquisar o mercantilismo e sua influência nos processos de devastação edegradação da natureza nos diferentes países: a exploração das florestas,das riquezas minerais, o tráfico de escravos. As diferenças entre o VELHOe o NOVO MUNDO.
Estudar diferenças entre os continentes: aspectos físicos, culturais eeconômicos, identificando as formas de degradação e hábitos de preser-vação em cada um deles.
Discutir as causas de degradação e o que pode ser feito para recuperar oambiente.
Fauna e FloraAtividades com os sons produzidos pelos animais em extinção no Brasile em São Paulo, especificando aqueles conhecidos pelo grupo e as causasrelacionadas à extinção.
Pesquisa e elaboração da lista de animais e plantas conhecidos pelascrianças. Identificar se são encontrados no bairro, município, região.
Jogos de palavras com nomes de plantas e animais conhecidos pelas crianças.
Árvores silvestres e frutíferas (tamanho, forma e importância para os seresvivos). Identificar as mais conhecidas e as encontradas no município.
Pesquisa de plantas frutíferas e ornamentais.
Listagem e caracterização de animais domésticos.
Pesquisa de nome e características de animais e árvores da região deorigem dos pais e avós.
Pesquisa de hábitos e doenças comuns em animais que vivem emcativeiro, domesticados e/ou livres.
Pesquisa de espécies aquáticas encontradas na região. Descobrir suas características e funções. Trabalhar com as espécies marinhas e de águadoce identificando épocas de defeso para reprodução.
Colecionar figuras de animais invertebrados.
Formar diferentes tipos de conjunto com espécies da flora e fauna domunicípio: ar, terra e água.
Mural com mostras da fauna e flora da Mata Atlântica.
Estudar os conjuntos de animais domésticos, silvestres, vertebrados einvertebrados do mangue, do mar, da Mata Atlântica.
33
34
LinguagemLeitura de fábulas e poesias acerca da questão ambiental.
Destacar palavras acentuadas e classificá-las em textos sobre o ambientedo município .
Fazer redação e/ou composição sobre a Serra do Mar, a Mata Atlântica, osrios, a fauna, o mar, o mangue, o município, Paranapiacaba, etc.
Leitura e interpretação de textos de músicas com temáticas relacionadasao ambiente e elementos da natureza, destacando as palavras desco-nhecidas.
Leitura e interpretação de textos relacionados à questão ambiental.
Ditado com nomes de animais em extinção e/ou espécies de fauna e florada MATA ATLÂNTICA, do MANGUE e do MAR.
Dobraduras com nomes em inglês.
Painel de comparação entre os idiomas inglês, português, tupi-guarani,espanhol e outros, com ênfase nas regiões de origem dos alunos e familiares.
Pesquisa acerca das lendas do MAR, do MANGUE, da SERRA, e da MATAATLÂNTICA. Fazer desenhos, painéis e maquetes.
Redação acerca da necessidade de preservar e conservar.
Elaborar painéis, peças teatrais e músicas com temas ecológicos rela-cionados à região e vivência dos alunos.
Elaborar e encenar a história da ocupação do município com personagenspara cada fase, criados pelos alunos.
Descrever como as ÁRVORES tornam a vida humana mais agradável.
Redação sobre os impactos da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL no modo devida do HOMEM e na NATUREZA.
Redação sobre a CIDADE, o espaço e o uso dos recursos naturais para a vida urbana.
Trabalho em grupo: análise das diversas classes gramaticais de um textoacerca do AMBIENTE. Observar as dificuldades ortográficas.
Descobrir o significado das palavras relacionadas às questões ambientaisna região.
Pesquisa de músicas e poesias com temas ambientais.
Redação, ditados e diálogos com temas acerca da questão ambiental pós-Revolução Industrial.
Painel com nomes em inglês que expressem a situação do AMBIENTE nomunicípio e região.
Trabalhar textos, diálogos, peças de teatro com o tema: as DROGAS e suasconseqüências para o ser humano.
Solicitar diariamente dos alunos uma contribuição de informações acercado ambiente na região e no município. Pela ordem do diário de classe,cada aluno será responsável em um dia do mês para informar aos demaise poderá ser complementado pelos demais.
Fazer mural com recortes de notícias sobre o que tem sido feito para recuperar o ambiente no município, região, país, outros países e conjun-to de países para o mundo. Ex.: Eco-92, Agenda 21 e outros.
Estudar as condições do ambiente no município e estado, praticandoredação nas diversas formas: bilhetes, cartas, telegramas, dissertações,composições, redações, interpretações de texto, poesia e peças teatrais.
Promover debates em sala de aula acerca dos temas estudados.
Debater a formação cultural do povo brasileiro. As influências dos outrosidiomas: indígena, afro, inglês, espanhol, francês e outros.
Trabalhar vocabulário e textos relacionados ao desmatamento, monocul-tura e industrialização desde o período colonial na região.
35
36
Usar as cores primárias para expressar os vários ambientes no AR, naTERRA e na ÁGUA.
Elaborar anúncios, propagandas e frases sobre o início das estações doano, identificando suas diferenças.
Pesquisar músicas e danças típicas, nacionais e de outros países, encon-tradas no município, buscando pessoas para ensinar os estudantes e orga-nizando uma apresentação pública.
SaúdePesquisar situações ambientais que comprometam os órgãos dos sentidos(poluição da água, do solo, do ar) identificando suas causas.
Os aparelhos circulatório, respiratório e digestivo e as condições ambientais.
A saúde e o cigarro - pesquisar o tema.
Pesquisar as condições do ar atmosférico e sua importância para os seresvivos.
Pesquisar processos de tratamento de água, elementos de poluição do are da água e quais os riscos à saúde humana.
Trabalhar os temas: Alimentos e Calorias - tipos, origem, modo de produção dos alimentos, usos, danos e benefícios ao ser humano.
Pesquisar os produtos de medicina caseira utilizados pelas famílias dosestudantes. Fazer um painel com os diferentes usos e tipos de plantas medicinais.
Discutir os alimentos consumidos pelo grupo.
Identificar as vitaminas em cada tipo de alimento mais consumido pelo grupo.
Estudar diferenças entre vitaminas, proteínas, açúcares e gorduras.
Trabalhar o tema: “ Prevenção ao uso de tóxicos: fumo, álcool, drogas e outros.”
“É, gostaria de acreditar que a educação
física está em paz com o corpo, que ela não deseja
transformá-lo em puro meio para fins olímpicos
(por pequenos que sejam), mas que tratasse de
cuidar dele como coisa bela que deseja
reaprender a esquecida arte de brincar
(e de ser feliz)...”
Rubem Alves
O corpo e as palavras
37
38
- Elaborar as peças necessárias com a colaboração dos alunos e, sempreque possível, recorrer ao almoxarifado de reutilizáveis ou recicláveis.
- Essas atividades permitem ao educador descobrir junto aos alunos ograu de interesse pelos temas abordados.
1. Calendário do TempoAplicação: grupo/sala- Confeccionar um painel com todos os meses do ano, seus
respectivos dias e períodos (manhã e tarde) e fixá-lo em parede ou quadro;- Confeccionar um envelope para cada dia contendo o nome do
aniversariante (aluno/professor) e as comemorações daquele dia (se houver);- Confeccionar várias figuras móveis com as seguintes situações:
nublado, chuvoso e ensolarado;- Dividir os alunos em 3 grupos. Cada grupo representará uma
situação: ensolarado, nublado e chuvoso;- O grupo correspondente deverá fixar, ao longo do dia, as figuras
respectivas ao tempo observado no decorrer do período;- Ao final de cada semana ou quinzena, contar o número de
períodos de cada situação;- O grupo que representar a situação verificada em menor
quantidade de períodos deverá executar uma tarefa previamente estipuladapelo educador.
2. Síntese do ClimaAplicação: grupo/sala
- Confeccionar um painel para cada mês contendo as seguintes situações: ensolarado, nublado, chuvoso;
- Confeccionar etiquetas com o número dos dias de cada mês(1 etiqueta para cada dia);
Sugestões de jogos
- Dividir os alunos em 3 grupos. Cada grupo representará uma situação: ensolarados, nublados e chuvosos;
- O grupo correspondente deverá, diariamente, fixar a etiqueta nasituação respectiva à observada no decorrer daquele dia;
- Ao final de cada mês, contar o número de dias de cada situação,trabalhando percepção e análise;
- O grupo que representar a situação verificada em menor quanti-dade de dias, deverá, para a próxima aula, apresentar à sala uma lenda,curiosidade ou fato ligado ao ambiente de um ecossistema estipulado peloeducador.
Obs.: essas atividades permitem o estímulo da percepção do alunoe o desenvolvimento de uma análise acerca do clima/estações.
3. Banco de Palavras e Textos Sobre o AmbienteAplicação: sala
- Confeccionar envelopes grandes ou caixas, que deverão ser identificados com as letras do alfabeto (a-z);
- O aluno deverá guardar nesses envelopes palavras ou temaspesquisados acerca do ambiente, ou trazê-los espontaneamente;
Obs.: os temas podem ser classificados por tamanho, início ou finalde letras, mês durante o qual foi pesquisado ou outro critério.
- Dividir a sala em grupos;
- Ao final de cada mês, o educador deverá sortear um tema doBanco de Palavras e Textos e escolher um grupo, que montará uma perfor-mance teatral acerca do assunto sorteado.
O educador e alunos deverão recorrer ao Banco de Palavras e Textos, quando necessário.
39
40
4. Boliche EcológicoAplicação: individual/grupo
- Confeccionar os pinos de boliche com nomes ou figuras de ani-mais, plantas, resíduos secos e orgânicos e outros, usando vasilhames de produtos de limpeza ou garrafas plásticas de refrigerante.
Obs.: este jogo poderá ser feito para fixar o nome das espécies vegetais e animais, nativas ou exóticas, em extinção, comestíveis, conhecidasna região ou outros temas tratados em sala.
5. EcocruzadasAplicação: individual/grupo- Montar palavras cruzadas com temas ecológicos;- Formular perguntas sobre os temas. As respostas serão as palavras a serem colocadas nas cruzadas.
6. Jogo da MemóriaAplicação: grupo
- Confeccionar os pares do jogo da memória usando materiais doalmoxarifado de reutilizáveis e trabalhar temas ligados ao ambiente.
Variação que pode ser usada neste jogo: na formação dos pares, emuma cartela poderá constar a figura ou palavra, na outra, a definição, tipo deespécie ou outras características.
Ex.:
FLORESTAAMAZÔNICA
Floresta brasileira com amaior diversidade de
espécies de fauna e flora
7. Animal OcultoAplicação: grupo
- Confeccionar várias etiquetas com nomes de animais (cada
etiqueta deverá conter o nome de um animal);
- Colar uma etiqueta nas costas de cada aluno;
- Cada aluno deverá adivinhar o animal que está em suas costas,
fazendo perguntas aos demais, que deverão responder apenas SIM ou NÃO;
Pode-se trabalhar temas diversos, como plantas, resíduos e outros.
8. Círculo EcológicoAplicação: grupo
- Formar um círculo com os alunos, no qual todos deverão sentar-
se voltados para o centro;
- Cada aluno deverá escolher um animal. Esta escolha pode ser
feita em função de espécies nativas ou exóticas, por classes, ou outros;
- Um aluno deverá ficar no centro, e apontar uma característica
que seja comum a alguns animais. Ex: pêlos;
- Todos os alunos que escolheram um animal com esta caracterís-
tica devem trocar rapidamente de lugar. O aluno que estiver no centro do
círculo também deverá correr e sentar-se;
- O aluno que não conseguir sentar-se, ficará no centro do círculo
e reiniciará a brincadeira apontando outra característica.41
42
9. Bingo da Natureza 1Aplicação: grupo- Distribuir uma folha de sulfite para cada aluno;- Cada aluno deverá dobrar a folha ao meio 4 vezes, formando 16
quadrados;- O aluno deverá escrever, no primeiro quadrado da folha, seu
nome e de um animal;- Os outros quadrados devem ser completados com o nome e o ani-
mal escolhido pelos outros alunos;- Deve-se estipular tempo para que os alunos perguntem o animal
escolhido pelos outros, tentando preencher o maior número de quadradospossíveis;
- Após o término do tempo estipulado, todos deverão sentar-se;- O professor então, apontará aleatoriamente um aluno e este dirá
seu nome e seu animal;- Todos que tiverem o nome e o animal deste aluno na folha,
deverão riscá-lo;- O professor apontará outro aluno, e assim sucessivamente, até
que alguém risque todos os nomes de sua folha.
10. Bingo da Natureza 2Aplicação: grupo- Confeccionar com os alunos cartelas com palavras, temas ou fatos
ligados ao meio ambiente;- O professor deverá escrever em papéis, que serão sorteados, a
definição ou características das palavras, temas ou fatos usados nas cartelas;- Ao sortear o papel, o professor deverá ler a definição ou a carac-
terística, permitindo que os alunos adivinhem a palavra;- Todo aluno que possuir a palavra deverá riscá-la na cartela.
11. Passa ou RepassaAplicação: grupo/sala- Dividir os alunos em equipes;- O professor deverá formular perguntas acerca de temas ligados ao
ambiente a uma equipe;- Se a equipe não souber responder, passará a vez para outra equipe;- Caso esta última também não saiba a resposta, a pergunta
retornará à primeira equipe que deverá executar uma tarefa, também ligada a temas ambientais e previamente estipulada peloprofessor.
12. Jogo Imagem e AçãoAplicação: grupo- Confeccionar cartões com características ou figuras ligadas ao
ambiente (animais, plantas, poluição, fatos, etc.);- Dividir o grupo em equipes;- O integrante da primeira equipe retira um cartão aleatoriamente,
observa seu conteúdo e o desenha para que os membros de suaequipe adivinhem;
- Se a equipe não adivinhar o conteúdo do cartão, será a vez dapróxima equipe.
Obs.: pode-se ou não estipular tempo.
13. Dominó EcológicoAplicação: grupo- Confeccionar as peças do dominó com figuras ecológicas (fauna
e flora, fatos, etc.);- O jogo se dará da mesma forma que o dominó tradicional;Obs.: as peças poderão ser confeccionadas pelos alunos.
43
44
14. Jogo do AmbienteAplicação: grupo
- Fazer cartas em formato de baralho com figuras desenhadas ourecortadas pelos alunos lembrando aspectos ambientais;
- Embaixo do desenho ou figura escrever uma tarefa a ser cumprida;
Exemplos:
- Conte uma história falando do mar, das árvores, dos pássaros, dapoluição, da cidade, etc;
- Faça um discurso em defesa do ambiente e da vida;
- Conte uma história em um dialeto regional: gaúcho, mineiro, carioca, paulista e outros;
- Imite um personagem da TV ou rádio falando sobre o ambiente. Os colegas devem adivinhar quem é;
- Relacione os responsáveis pela geração de resíduos que poluem oambiente, identificando-os entre os produtores, os comerciantes e os consumidores.
Educação Ambiental no Brasil - Aspectos a Considerar1. Falta de acesso da população à educação;
2. Acesso à informação pela população/meios de comunicação;
TV ..............65% Livros ................5% Revistas ............3%
3. Modelo de desenvolvimento que estimula a degradação ambiental;
4. Enfoque Educacional Naturalístico – Integrado às Ciências Físicas e Biológicas, sem incorporar as dimensões social, cultural e econômica;
5. Desarticulação dos órgãos do Governo para atuar com políticas ambientais;
6. Grande diversidade sócio-ambiental de ecossistemas e modos de vida.
Necessidades:• Reconhecer a pluralidade e diversidade cultural do país;• Instituir uma gestão ambiental participativa;• Garantir o direito ao ambiente ecologicamente equilibrado;• Abordar as questões ambientais de forma interdisciplinar;• Produzir e divulgar conhecimento acerca da problemática ambiental em cada
região;• Atuar nas esferas da educação formal, não-formal e dos meios de
comunicação;• Envolver todos os setores sociais cuja atividade profissional têm forte influên-
cia no processo de gestão ambiental;• Apoiar os movimentos sociais pelo caráter disseminador e formador de opinião;• Atuar junto a trabalhadores, órgãos de classe, Ministérios do Trabalho e da
Saúde, visando minimizar ambientes insalubres e atividades que manipulamsubstâncias nocivas à saúde humana;
• Articular esforços municipais, estaduais e federais;• Capacitar recursos humanos para ações de educação, monitoramento e
fiscalização ambiental.
Textos de apoio
45
46
Preservar e conservarPreservar, em ecologia, tem o sentido de defender, resguardar o
ecossistema, assim como também a biodiversidade. Conservar tem um sentidomais aberto, é a utilização racional do meio ambiente. Podemos definir con-servação como uso ecológico dos recursos naturais, com o fim de asseguraruma produção contínua daqueles renováveis (ar, água, solo, fauna e flora) eimpedir o esbanjamento dos recursos de estoque (físicos, químicos).
Tais recursos são patrimônios nacionais, e um povo com recursosnaturais debilitados torna-se vulnerável em todos os sentidos. Através de estu-dos sobre os diferentes ecossistemas, chega-se ao conhecimento das melhoresopções de manejo para o rendimento sustentável.
A fauna e flora brasileiras sempre foram objeto de pilhagem seleti-va de várias de suas espécies, que eram abandonadas e desprotegidas até1934, quando foram criados os Códigos de Floresta, de Caça e Pesca, de Minase de Água.
Fonte: Informativo da Superintendência do IBAMA no Estado deSão Paulo – Ano I – NOV./DEZ./95 – nº 1
Bem depois do desaparecimen-to da fonte que deu origem ao nomeda minha rua foi a vez do riacho
Vieram homens e máquinasesmagaram quintais, galinhas e hortasmeteram a água em manilhas e cobri-ram tudo com cimento
Mais tarde, foi a vez das velhascasas vieram mais homens, outroshomens que sequer sabiam que alihouve um riacho e passaram suasbarulhentas máquinas sobre as velhascasas e seus muros cobertos de hera efantasmas
Os herdeiros dos velhosmoradores não resistiram ao apeloimobiliário e aos apartamentos cota-dos em dólar
No lugar do que era verdecrescem estacas adubadas por mãoscalosas, rudes mãos, de famintos esuados homens que de vez em quan-do ouvem ruídos na terra e nem sedão conta disso
A minha rua, vista assim dooitavo andar é um gigantesco tabuleiro – móvel paisagem onde só épermitido observar
Dalila Teles Veras
*Encarte da Revista LIvrespaço 1 - jan./fev./mar./92
Janela indiscreta
47
48
“A alma do homem sob o socialismo”
“Até hoje o homem vemsendo, em certa medida, escravo dasmáquinas, e há algo de trágico no fato deque, tão logo inventou a máquina paratrabalhar por ele, o homem tenhacomeçado a passar fome. Isto decorre,no entanto, do nosso sistema de pro-priedade e de nosso sistema competitivo.Um único homem possui a máquina queexecuta o trabalho de quinhentos homens. Logo, quinhentos homens sãopostos na rua; sem trabalho e vítimas dafome, passam a roubar. Aquele homemsozinho detém e estoca a produção damáquina. Possui quinhentas vezes maisdo que deveria possuir e provavelmente,o que é ainda mais importante, possuibem mais do que realmente quer. Fossea máquina propriedade de todos, e todosse beneficiariam dela. Proporcionariauma vantagem imensa à sociedade. Todotrabalho não-intelectual, todo trabalhomonótono e desinteressante, todo trabal-ho que lide com coisas perigosas eimplique em condições desagradáveis,deve ser realizado por máquinas. Por nósdevem as máquinas trabalhar nas minasde carvão e executar todos os serviços
sanitários, e ser o foguista das embar-cações à vapor, e limpar as ruas, e levarmensagens nos dias chuvosos, e fazertudo que seja maçante ou penoso.Atualmente as máquinas competem como homem. Em condições adequadas,servirão ao homem. Não resta dúvida deque esse será o futuro das máquinas.Assim como as árvores crescem enquantoo senhor rural dorme, enquanto ahumanidade estiver se distraindo, oudesfrutando do lazer cultivado – poisque a ele o homem se destina e não aotrabalho – ou criando obras belas, lendobelas páginas, ou simplesmente contem-plando o mundo com admiração e prazer,as máquinas estarão fazendo todo o tra-balho necessário e desagradável. O fatoé que a civilização exige escravos. Nissoos gregos estiveram muito certos. Amenos que haja escravos para fazer o tra-balho odioso, horrível e desinteressante,a cultura e a contemplação se tornam quase impossíveis. A escravidãohumana é injusta, arriscada e desmora-lizante. Da escravidão mecânica, daescravidão da máquina, depende ofuturo do mundo.”
Oscar Wilde*Texto extraído de um papel de presente da Livraria Ática Megastore - 1997
Quando você vê gansos voando em “V”, pode ficar curioso quantoàs razões pelas quais eles escolhem voar dessa forma. A seguir, algumasdescobertas feitas pelos cientistas.
1 - FATO: À medida em que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentaçãopara a ave seguinte. Voando em formação “V”, o grupo inteiro conseguevoar pelo menos 71% a mais do que se cada ave voasse isoladamente.
VERDADE: Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso deequipe chegam ao seu destino mais depressa e facilmente porqueelas se apóiam na confiança uma das outras.
2 - FATO: Sempre que um ganso sai da formação, ele repentinamente sente o arrasto de tentar voar só e, de imediato, retoma à formação paratirar vantagem do poder de sustentação da ave à sua frente.
VERDADE: Existe força, poder e segurança em grupo quando se viaja na mesmadireção com pessoas que compartilham um objetivo comum.
3 - FATO: Quando um ganso líder se cansa, ele reveza, indo para a traseirado “V”, enquanto um outro assume a ponta.
VERDADE: É vantajoso o revezamento quando se necessita fazer um trabalho árduo.
4 - FATO: Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente e manteremo ritmo e a velocidade.
VERDADE: Todos necessitam ser forçados com apoio ativo e encorajamentodos companheiros.
5 - FATO: Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outrosgansos saem da formação e o seguem, para ajudar e proteger. Eles oacompanham até a solução do problema e, então, reiniciam a jornadaos três ou juntam-se à outra formação, até encontrar o seu grupo inicial.
VERDADE: A solidariedade nas dificuldades é imprescindível em qualquer situação.
Para o bem do grupo, é fundamental ser um ganso voando em “V”.Vamos procurar nos lembrar mais freqüentemente de dar um “grasnado” deencorajamento e nos apoiar uns nos outros com amizade.
Anônimo
Sobre gansos e equipes
49
50
Quem me compra um jardimcom flores?
Borboletas de muitascores,
lavadeiras epassarinhos,
ovos verdes e azuisnos ninhos?
Quem me compra estecaracol?
Quem me compra um raiode sol?
Um lagarto entre o muroe a hera,
uma estátua dePrimavera?
Quem me compra esteformigueiro?
E este sapo, que éjardineiro?
E a cigarra e a suacanção?
E o grilinho dentrodo chão?(Este é o meu leilão!)
Cecília Meireles
Leilão de jardim
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro
o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles
Ou isto ou aquilo
51
52
O lagarto parece uma folhaverde e amarela.E reside entre as folhas, o tanquee a escada de pedra.
De repente sai da folhagem,depressa, depressa,olha o sol, mira as nuvens e correpor cima da pedra.
Bebe o sol, bebe o dia parado,sua forma tão quieta,não se sabe se é bicho, se é folhacaída na pedra.
Quando alguém se aproxima,- oh! que sombra é aquela? - o lagarto logo se escondeentre as folhas e a pedra.
Mas, no abrigo, levanta a cabeçaassustada e esperta:que gigantes são esses que passampela escada de pedra?
Cuidadoso e curioso,o lagarto observa.E não vê que os gigantes sorriempara ele, da pedra.
Assim vive, cheio de medo,intimidado e alerta,o lagarto, (de que todos gostam)entre as folhas, o tanque e a pedra.
Cecília Meireles
O lagarto medroso
No último andar é mais bonito: do último andar se vê o mar.É lá que eu quero morar.
O último andar é muito longe:custa-se muito a chegar.Mas é lá que eu quero morar.
Todo o céu fica a noite inteirasobre o último andar.É lá que eu quero morar.
Quando faz lua, no terraçofica todo o luar.É lá que eu quero morar.
Os passarinhos lá se escondem,para ninguém os maltratar:no último andar.
De lá se avista o mundo inteiro:tudo parece perto, no ar.É lá que eu quero morar:
no último andar.
Cecília Meireles
O último andar
53
54
Brasil!Meu Brasil brasileiroMeu mulato inzoneiroVou cantar-te nos meus versosÓ Brasil, samba que dá Bamboleiro, que faz gingáÔ Brasil, do meu amorTerra de Nosso SenhorBrasil!Brasil!pra mim...pra mim...
Ô abre a cortina do passadoTira a mãe preta do serradoBota o rei gongo no congadoBrasil!pra mim...Deixa... cantar de novo o trovadorA merencoria luz da luaToda a canção do meu amorQuero ver a “sá dona” caminhandoPelos salões arrastando seu vestido rendadoBrasil!pra mim...pra mim...Brasil!Brasil!
Terra boa e gostosa(A moreninha) da morena sestrosaDe olhar (indiscreto) indiferenteÔ Brasil, (verde) samba que dá(para o mundo se admirá) bamboleiroque faz gingá O Brasil do meu amorTerra de nosso senhorBrasil!pra mim...pra mim...pra mim...
Ô esse coqueiro que dá cocoOi, onde amarro a minha redeNas noites claras de luarBrasil!pra mim...Ô, (oi) ouve estas fontes murmurantesOi onde eu mato a minha sedeE onde a lua vem brincarOi, esse Brasil lindo e trigueiroÉ o meu Brasil brasileiroTerra de samba e pandeiroBrasil!Brasil!pra mim...pra mim...
Encarte do CD Gal Costa AcústicoObs.: considerada a música do século, em qualquer lugar do mundo é identificada como música brasileira.
Aquarela do Brasil (Ary Barroso)
Passarim quis pousar, não deu, voouPorque o tiro partiu mas não pegouPassarinho me conta então me dizMe diga porque eu não fui felizMe diz o que eu faço da paixãoQue me devora o coraçãoQue me devora o coraçãoQue me maltrata o coraçãoQue me maltrata o coraçãoE o mato que é bom, o fogo queimouCadê o fogo, a água apagouE cadê a água, o boi bebeuCadê o amor, o gato comeuE a cinza se espalhouE a chuva carregouCadê meu amor que o vento levouPassarim quis pousar, não deu, voouPassarim quis pousar, não deu, voouPorque o tiro feriu mas não matouPassarinho me conta então me diz Porque eu também não fui felizCadê meu amor minha cançãoQue me alegrava o coraçãoQue me alegrava o coraçãoQue iluminava o coraçãoQue iluminava a escuridão
Cadê meu caminho, a água levouCadê meu rastro, a chuva apagouE a minha casa, o rio carregouE o meu amor me abandonouVoou, voou, voouVoou, voou, voouE passou o tempo e o vento levouPassarim quis pousar, não deu, voouPassarim quis pousar, não deu, voouPorque o tiro feriu mas não matouPassarinho me conta então me dizPorque eu também não fui felizCadê meu amor minha cançãoQue me alegrava o coraçãoQue me alegrava o coraçãoQue iluminava o coraçãoQue iluminava a escuridãoE a luz da manhã, o dia queimouCadê o dia, envelheceuE a tarde caiu e o sol morreuE de repente escureceuE a lua então brilhouDepois sumiu no breuE ficou tão frio que amanheceuPassarim quis pousar não deu voou,Voou, voou, voou, voou
Encarte do CD Passarim
Passarim (Antônio Carlos Jobim)
55
56
Bebida é água Comida é pastoVocê tem sede de quê?Você tem fome de quê?A gente não quer só comidaA gente quer comida, diversão e arteA gente não quer só comidaA gente quer saída para qualquer parteA gente não quer só comidaA gente quer bebida, diversão, baléA gente não quer só comidaA gente quer a vida como a vida querBebida é águaComida é pastoVocê tem sede de quê?Você tem fome de quê?A gente não quer só comerA gente quer comer e quer fazer amorA gente não quer só comerA gente quer prazer pra aliviar a dorA gente não quer só dinheiroA gente quer dinheiro e felicidadeA gente não quer só dinheiroA gente quer inteiro e não pela metade
Encarte do CD Titãs Acústico
Comida (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto)
Uma gata, o que é que tem?- As unhasE a galinha, o que é que tem?- O bicoDito assim, parece até ridículoUm bichinho se assanharE o jumento, o que é que tem?- As patasE o cachorro, o que é que tem?- Os dentesPonha tudo junto e de repenteVamos ver o que é que dá.Junte um bico com dez unhasQuatro patas, trinta dentesE o valente dos valentesAinda vai te respeitar.Todos nós no mesmo barcoNão há nada pra temer.- Ao meu lado há um amigoque é preciso proteger.Todos juntos somos fortesNão há nada pra temerO acrobata, o que é que é?- ConfianteTrapezista, o que é que é?- Valente
Não é grande coisa realmentePara um circo levantarE o palhaço, o que é que é?- GozadoE a platéia, o que é que é?- VibranteTá ficando mais interessanteVamos ver no que é que dá.Confiança com coragemVibração com fantasiaE mais dia menos diaA lei do circo vai mudar.Todos juntos somos fortesSomos flecha e somos arcoTodos nós no mesmo barcoNão há nada pra temer.- Ao meu lado há um amigoQue é preciso proteger.Todos juntos somos fortesNão há nada pra temer...E no mundo dizemque são tantossaltimbancos como nós.
Encarte do disco da trilha sonora do filme Saltimbancos Trapalhões
Todos juntos (Luiz Enriquez Bacalov, Sérgio Bardotti, Chico Buarque)
57
58
Numa folha qualquer eu desenhoum sol amareloE com cinco ou seis retas é fácil fazer um casteloCorro o lápis em torno da mãoe me dou uma luvaE se faço chover com dois riscos tenhoum guarda-chuvaSe um pinguinho de tinta cainum pedacinho azul do papelNum instante imagino uma lindagaivota a voar no céu
Vai voando contornandoA imensa curva norte sulVou com ela viajandoHavaí, Pequim ou IstambulPinto um barco a vela branconavegandoÉ tanto céu e mar num beijo azulEntre as nuvens vem surgindoUm lindo avião rosa e grenáTudo em volta colorindoCom suas luzes a piscarBasta imaginar e ele está partindoSereno indoE se a gente quiserEle vai pousar
Numa folha qualquer eu desenhoum navio de partidaCom alguns bons amigos, bebendo debem com a vida
De uma América a outra consigo passarnum segundoGiro um simples compasso e numcírculo eu faço o mundoUm menino caminha e caminhandochega num muroE ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronaveQue tentamos pilotarNão tem tempo nem piedade Nem tem hora de chegarSem pedir licença muda nossa vidaE depois convida a rir ou chorarNessa estrada não nos cabeConhecer ou ver o que viráO fim dela ninguém sabeBem ao certo onde vai darVamos todos numa linda passarelaDe uma aquarela que um dia enfimDescolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amareloQue descoloriráE se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuvaQue descoloriráGiro um simples compasso e numcírculo eu faço o mundoQue descolorirá
Aquarela (Toquinho, Vinícius, Guildo Morra e Maurizio Fabrizio)
Encarte do Disco Aquarela
Não me convidaram
pra essa festa pobre
que os homens armaram
pra me convencer
a pagar sem ver
toda essa droga
que já vem malhada
antes d’eu nascer
não me ofereceram
nem um cigarro
fiquei na porta
estacionando os carros
não me elegeram
chefe de nada
o meu cartão de crédito
é uma navalha
Brasil
mostra a tua cara
quero ver quem paga
pra gente ficar assim
Brasil
qual é o teu negócio
o nome do teu sócio
confia em mim
Não me sortearam a garota
do Fantástico
não me subornaram
será que é meu fim
ver tv a cores
na taba de um índio
programada pra só dizer sim
Grande pátria desimportante
em nenhum instante
eu vou te trair.
Encarte do disco Ideologia
Brasil (Cazuza, George Israel e Nilo Romero)
59
60
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a
Avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui
Eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a
Avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente
Não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto
O que vi de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio
O que não é espelho
E a mente apavora
O que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes
Quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E que vem de outro sonho feliz da cidade
Aprende depressa a chamar-te de
realidade
Porque és o avesso do avesso
Do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas
Nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue
E destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe
Apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas
De campos, espaços
Tuas oficinas de florestas
Teus deuses da chuva
Pan Américas de Áfricas utópicas
Do mundo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
Que os novos baianos passeiam
Na tua garoa
E novos baianos te podem curtir
Numa boa
Caetano Veloso recebeu o título de cidadão paulistano, “Sempre cidadão de Sampa”, em agosto/98.
Sampa (Caetano Veloso)
“(...) Em nenhum lugar existem tantos projetos sociais inovadoresadequados à agenda brasileira. Aqui vemos refletido o retrato amargo doBrasil; pobreza convivendo com riqueza. Só que, no caso de Nova York, émuita riqueza, o que permite o patrocínio das mais fascinantes idéias.
Vi adolescentes pobres, ex-detentos, explicando a Divina Comédia,de Dante, e ainda por cima por meio da Internet. Assisti a aulas em classes dealunos que fizeram parte de gangues ou nunca se interessaram por escola, discutindo com entusiasmo Platão, Sócrates ou Sartre.
Testemunhei bairros serem reconstruídos por jovens que osdestruíam; terrenos abandonados viraram jardins porque as escolas ou vizinhos não esperaram pelo poder público.
Conheci uma extraordinária geração de educadores que estão ensinando que, com entusiasmo e método, como jovens condenados àmarginalização, entram agora na faculdade. Nenhuma lição é mais vital aoBrasil. (...)”
Gilberto Dimenstein
“São Paulo é mais interessante do que Nova York”
Folha de São Paulo – 25 de janeiro de 1998 – Caderno 1 – Pág. 24
61
Santo André, livre terra querida,Forja ardente de amor e trabalho,Em teu solo semeias a vida,Em teus lares há pão e agasalho.
Salve, salve, torrão andreenseGigantesco viveiro industrial!Teu formoso destino pertenceAos que lutam por um ideal!
Três figuras de heróis bandeirantes:Isabel, o cacique e o reinólConstituíram os troncos gigantes,Das famílias paulistas de escól.
Salve, salve, torrão andreenseGigantesco viveiro industrial!Teu formoso destino pertenceAos que lutam por um ideal!
Se tu foste, no início, um castigo,Hoje és benção dos céus sobre nós.Santo André, o teu nome bendigo,Berço e tumba dos nossos avós.
Salve, salve, torrão andreenseGigantesco viveiro industrial!Teu formoso destino pertenceAos que lutam por um ideal!
Eia, pois, a caminho da glória.Santo André do herói quinhentista!Tu serás para sempre na história,Marco zero da história paulista.
Salve, salve, torrão andreenseGigantesco viveiro industrial!Teu formoso destino pertenceAos que lutam por um ideal!
Letra - Prof. José Amaral WagnerMúsica - Luis Carlos da Fonseca e Castro
Hino de Santo André
62
Teu nome foi Alto da SerraParanapiacaba és agoraCidade presépio tão singelaE lá no morro a tua igrejaO bom Jesus em bênçãos te desejaNo acender das luzes és bela
Teu nome...
Na velha estação havia passeatasEspera de trens era festa domingueiraA bela vista onde vê-se o marE a paisagem coisa linda de se olharCom teus chuviscos neblina e orvalhoLenha e carvão e muito trabalhoJacuaruçu brancas pedras tiradasPara louça ser utilizada.
Teu nome foi Alto...
Serrana pela própria naturezaCartão-postal és mesmo uma beleza
Teu nome já dizia Alto da SerraA flor e a lira em festas deslumbrantesUma na vila e outra no morroCom tuas cascatas murmurantesO museu caixa d’água visitadaÉs um oásis por Deus implantada
Teu nome foi Alto...
No pátio as galeras carregadasCom tua paisagem sempre contempladaRegada por lindas cachoeirasCom tuas matas floridas altaneirasE ao descer pela serra o espantoDos viajantes cenário de encantoNas matas os pássaros gorjeiamQuerendo sempre te homenagear
Teu nome foi Alto...
O bom Jesus...
Letra e Música - Aída Joana Arnoni Bressan
Hino a Paranapiacaba
63
Aqui nesse cantoMeu Grande ABCPlantamos sementesPro Brasil todo colherNós temos orgulho das nossas bandeiras
E nos faz felizes
O jeito que Brasil nos vê
Por isso te amamosMeu Grande ABC
Por sermos o povoDo trabalho e da missãoRio Grande da Serra,Santo André, Diadema,Mauá, São Bernardo,São Caetano eRibeirão
Aqui nesse cantoMeu Grande ABC
Plantamos sementesPro Brasil todo colherNós temos orgulho
Das nossas bandeirasE nos faz felizesO jeito que Brasil nos vêPor isso te amamosMeu Grande ABC
Por sermos o povoDo trabalho e da missãoRio Grande da Serra,Santo André, Diadema,Mauá, São Bernardo,São Caetano e Ribeirão
Por isso te amamosMeu Grande ABC
Meu sonho de vidaMeu mundo é você
Por isso te amamosMeu Grande ABC
Meu sonho de vidaMeu mundo é você
Meu Grande ABC (Renato Teixeira)
64
Informações sobre reciclagem(fonte: Cadernos Cempre 96 e 97)
Sua história
A reciclagem de papel é antiga. Ao longo dotempo, o papel mostrou ser fonte acessível de matéria-prima limpa. Com a conscientização ambiental, os sis-temas de reciclagem evoluíram. As campanhas de coletaseletiva se multiplicaram e aumentou a ação dos catadoresnas ruas, que têm no papel usado sua maior fonte de sus-tento.
O mercado
No Brasil, há pouco incentivo para a reci-clagem de papel porque o país é um grande produtor decelulose virgem. Em muitos casos, o custo da fabricaçãode papel reciclado pode ser maior do que a produção apartir da celulose virgem. O maior mercado para papelreciclado é o de embalagens. Hoje, no nosso país, o con-sumo de papel e papelão gira em torno de 4,6 milhõeston./ano.
Quanto é reciclado?
75% do total de papéis circulantes no mercadosão recicláveis. No entanto, apenas 37% do papel epapelão consumidos no Brasil retornou à produçãoatravés da reciclagem, totalizando 1,7 milhão detoneladas.
PAPEL
65
PAPEL ONDULADO Sua história
A reciclagem de fibras secundárias é tão antigaquanto a própria descoberta do papel, no ano 105 D.C..Desde aquela época, papéis usados podem ser reconver-tidos em polpa para gerar produtos de qualidade menosrefinadas, como os miolos das caixas de papelão, cartõese papéis de embalagens.
Na medida em que o interesse pela reciclagemaumentou, cresceu também a quantidade de caixas feitascom material reciclado – uma tonelada de aparas podeevitar o corte de 10 a 12 árvores provenientes de planta-ções comerciais reflorestadas.
O mercado
As caixas feitas em papel ondulado são facil-mente recicláveis e consumidas principalmente pelasindústrias de embalagens, responsáveis pela utilização de80% das aparas recicladas no Brasil. O papel ondulado éo que tem maior utilização no país para ser usado comomaterial reciclado.
A produção desse papel é de 1,2 milhão deton./ano.
Quanto é reciclado?
60% do volume total de papel ondulado consumido no Brasil é reciclado.
66
Sua história
O inglês Alexander Parkes produziu o primeiroplástico em 1862. Rapidamente o plástico tornou-se umdos maiores fenômenos da era industrial, garantindo maisdurabilidade e leveza. Mas, como esse material, em suamaioria, não é biodegradável, tornou-se alvo de críticasquanto ao seu despejo nos aterros, que crescem juntocom a explosão populacional. A reciclagem de plásticocomeçou a ser realizada pelas próprias indústrias, para oreaproveitamento de suas perdas na produção.
O mercado
Os principais consumidores de plástico filmeretirado do lixo são as empresas recicladoras, quereprocessam o material fazendo-o voltar como matéria-prima para a fabricação de artefatos plásticos, como con-duítes, sacos para lixo, baldes, cabides, garrafas de águasanitária e acessórios para automóveis, entre outros.
Mas os avanços técnicos da identificação eseparação das diversas resinas, bem como equipamentose tecnologias mais modernas de reprocessamento, vêmabrindo novos mercados para a reciclagem do plástico.
Quanto é reciclado?
O Brasil consome 1,8 milhão de toneladas deplástico por ano. Apenas 15% dos plásticos são recicladosem média, o que equivale a 200 mil toneladas por ano.
PLÁSTICO
67
Sua históriaAs latas de alumínio surgiram no mercado
norte-americano em 1963, mas os programas de reci-clagem começaram em 1968 nos Estados Unidos. Os avanços tecnológicos ajudaram a desenvolver o mer-cado: há 25 anos, com um quilo de alumínio recicladoera possível fazer 42 latas de 350 ml. Hoje, a indústria consegue produzir 62 latas com a mesma quantidade dematerial. No Brasil, as latas vazias são misturadas comoutras sucatas de alumínio e fundidas para a produção,por exemplo, de panelas e outros utensílios domésticos.
O mercadoEm 1996 o Brasil reciclou cerca 2,5 bilhões
de latas de alumínio, o que representa 41 mil toneladas.O material é recolhido e armazenado por uma rede deaproximadamente 2 mil sucateiros, responsáveis por 50%do suprimento de sucata de alumínio à indústria. Outraparte é recolhida por supermercados, escolas, empresas eentidades filantrópicas.
Com liga metálica mais pura, essa sucatavolta em forma de lâminas à produção de latas ou é repassada para a fundição de autopeças.
Quanto é reciclado? 60% da produção nacional de latas é
reciclada. Os números brasileiros superam países industrializados como Inglaterra (23%), Alemanha (22%)e Itália (22%).
Valor A lata de alumínio é um material reciclável
muito valioso. O quilo equivale a 62 latinhas e vale 10vezes mais que um quilo de papel.
LATAS DE ALUMÍNIO
68
Sua históriaO aço é um dos mais antigos materiais reci-
cláveis. Na antigüidade, os soldados romanos recolhiam asespadas, facas e escudos abandonados nas trincheiras e osencaminhavam para a fabricação de novas armas. Conta-seque a lata teria sido inventada a pedido de NapoleãoBonaparte, para que seus soldados pudessem levar alimen-tos para as guerras. Outros dizem que o alimento enlatadosurgiu na Inglaterra em 1800 . No Brasil foi criado em 1992o programa de valorização da embalagem metálica(Prolata), com o objetivo de estimular o consumo, coleta ereciclagem desse material.
O mercadoO Brasil não é auto-suficiente em sucata de aço,
precisando importar matéria-prima para atender sua deman-da. Como o país exporta metade do aço que produz, grandeparte da sucata resultante da produção nacional está noexterior. O Brasil exporta a mesma proporção de emba-lagens de aço que importa: 5%.
O principal mercado associado à reciclagem deaço é formado pelas aciarias, que derretem a sucata, transformando-a em produtos ou novas chapas de aço. O incremento da coleta seletiva desse material estimulará oaumento da demanda de empregos e equipamentos de separação, como eletroímãs.
Quanto é reciclado?No Brasil, são consumidas cerca de 600 mil
toneladas de latas de aço por ano. 18% das latas são reci-cladas, o que equivale a cerca de 108 mil toneladas por ano.
Se o país reciclasse todas as latas de aço queconsome atualmente, seria possível evitar a retirada de 900mil toneladas de minério de ferro por ano, prolongando avida útil de nossas reservas minerais.
Somente na cidade de São Paulo são jogadasdiariamente no lixo 360 toneladas de latas de aço usadas.
LATAS DE AÇO
69
Sua história A lenda conta que o vidro foi descoberto
ocasionalmente há 4 mil anos por navegadores fenícios,ao fazerem uma fogueira na praia: com o calor, a areia , osalitre e o calcário das conchas reagiram, formando ovidro. A indústria vidreira se desenvolveu rapidamente,mas a coleta seletiva só começou na década de 60 nosEstados Unidos. No Brasil, a primeira iniciativa organiza-da surgiu em 1966, em São José do Rio Preto, interior deSão Paulo. Em 1986, a Associação Técnica Brasileira dasIndustrias Automáticas de Vidro (Abividro) lançou um programa nacional de coleta desse material.
O mercadoO Brasil produz em média 800 mil
toneladas de embalagens de vidro por ano, usandomatéria-prima reciclada na forma de cacos. Parte é geradacomo refugo nas fábricas e parte retorna por meio da cole-ta seletiva.
O principal mercado para recipientes devidro usados é formado pelas vidrarias. Além dereaproveitada na produção de embalagens, a sucata podeser aplicada na composição de asfalto e pavimentação deestradas, na construção de sistemas de drenagem contraenchentes, na produção de espuma e fibra de vidro, biju-terias e tintas reflexivas.
Quanto é reciclado?27,6% das embalagens de vidro são recicladas no
Brasil, somando 220 mil toneladas por ano.
VIDRO
70
Sua história Depois que o norte-americano Charles
Goodyear descobriu, no século XIX, o processo de vulca-nização, deixando cair borracha e enxofre casualmente nofogão, a demanda por esse produto se multiplicou nomundo. Mais tarde, a Alemanha começou a industrializarborracha sintética a partir do petróleo.
O mercadoA trituração dos pneus para uso na regeneração
da borracha mediante a adição de óleos aromáticos e produtos químicos desvulcanizantes é um dos principaismercados para a reciclagem desse material. Com a pastaresultante desse processo, as indústrias produzem tapetesde automóveis, solados de sapato, pesos industriais e borra-chas de vedação, entre outros.
O pó gerado na recauchutagem e os restos depneus moídos podem ser aplicados na composição de asfal-to de maior elasticidade e durabilidade, além de atuarcomo elemento aerador de solos compactados e pilhas decomposto orgânico.
Os pneus inteiros são reutilizados em pára-choque , drenagem de gases em aterros sanitários e produ-tos artesanais. No Brasil, as carcaças são reaproveitadascomo estrutura de recifes artificiais no mar, visando oaumento da produção pesqueira. No Brasil, calcula-se queexistam 500 mil pneus disponíveis.
Quanto é reciclado?O Brasil produz cerca de 32 milhões de pneus
por ano. Quase um terço disso é exportado para 85 paísese o restante roda nos veículos nacionais.
10% das 300 mil toneladas de sucata disponíveisno Brasil para obtenção de borracha regenerada são de fatorecicladas segundo dados da empresa Relastomer.
PNEUS
71
PET(Polietileno Tereftalato)
Sua históriaO PET foi desenvolvido em 1941 pelos quími-
cos ingleses Whinfield e Dickson. Mas as garrafas pro-duzidas com este polímero só começaram a ser fabricadasna década de 70, após cuidadosa revisão dos aspectos desegurança e meio ambiente. No começo dos anos 80, osEstados Unidos e Canadá iniciaram a coleta dessas gar-rafas, reciclando-as inicialmente para fazer enchimentode almofadas. Com a melhoria da qualidade do PET sur-giram outras aplicações para o produto, como tecidos,lâminas e garrafas para produtos não-alimentícios.
O mercadoO Brasil produziu 105 mil toneladas de plásti-
co PET em 1996. A demanda mundial gira em torno de 2,2milhões de toneladas por ano, com previsão de dobrar nospróximos anos .
Atualmente, o maior mercado para o PET pós-consumo no Brasil é a produção de fibras para a fabricação de cordas, fios de costura e cerdas de vassouras e escovas. Outra parte é destinada à moldagemde autopeças, lâminas para termo-formadores e formadores à vácuo, garrafas de detergentes, mantas não-tecidas, carpetes e enchimentos de travesseiros.
Quanto é reciclado?21% da resina PET produzida no Brasil foi recicla-
da em 1996, totalizando 22 mil toneladas. As garrafas recicladas provêm de coleta através de catadores, resíduos defábricas e da coleta seletiva que existe em mais de 80 cidadesdo país, recuperando por volta de 40 toneladas por mês.
72
Sua história
As embalagens Longa Vida começaram a ser
produzidas no início dos anos 70, permitindo que gêneros
alimentícios fossem distribuídos aos consumidores sem
necessidade de refrigeração ou conservantes. O produto
chegou ao mercado brasileiro na mesma década.
O mercado
O consumo de embalagens Longa Vida está
crescendo. O Brasil , em 1997, produziu 4 bilhões de
caixas e essa quantidade deverá aumentar nos próximos
anos. Existem três segmentos para o mercado da recicla-
gem: a prensagem para produção de madeira sintética, o
reprocessamento das fibras para fabricação de papel
reciclado e a incineração com recuperação de energia.
Quanto é reciclado?
O material não é reciclado em escala
comercial no Brasil. O aumento do consumo, a expansão
dos programas de coleta seletiva e o desenvolvimento
de novos processos tecnológicos deverão alavancar a reci-
clagem dessas embalagens no país nos próximos anos.
CAIXAS LONGA VIDA
73
Sua história
A indústria brasileira de rerrefino de óleosminerais teve seu início por volta de 1948, quando seinstalaram as primeiras rerrefinadoras, duas no Rio Grandedo Sul e uma em São Paulo. A partir do primeiro choquedo petróleo, o setor organizou-se no Sindirrefino(Sindicato Nacional da Indústria do Rebanho de ÓleosMinerais).
O mercado
O óleo usado, apesar de ser um resíduo, écomprado pelos rerrefinadores, desestimulando o seudespejo nas redes de esgotos. No Brasil, os óleos sãogeralmente trocados em garagens e postos de gasolina, eposteriormente coletados por empresas rerrefinadorascadastradas no Departamento Nacional de Combustíveis.
Estima-se que, em todo o mundo, consome-se anualmente 42 milhões de toneladas de óleo e gera-se22 milhões de toneladas de óleo usado (o restante équeimado nos motores), dos quais apenas 1 milhão detoneladas são rerrefinadas.
Quanto é rerrefinado?
O Brasil consome atualmente cerca de900.000 m3 de óleo lubrificante e gera 380.000 m3 de óleousado.
18% de todo óleo básico consumido noBrasil é rerrefinado. O restante é geralmente queimado oudespejado na natureza.
ÓLEOLUBRIFICANTE USADO
74
75
BELO HORIZONTE. Secretaria do meio ambiente.Coleta Seletiva. 1996.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto;Ministério do Meio Ambiente e da AmazôniaLegal. Programa nacional de educação ambiental.1994 a 2000 (versão preliminar).
BRUHNS, Heloísa Turini (Org.). Conversando sobreo corpo. 5. ed. Campinas: Papirus, 1994.
CEMPRE. Cadernos de reciclagem. São Paulo,1995-1997.
CORALINA, Cora. Poemas, bonecos de Goiás eestórias mais. 1. ed. [s.1.]: UFGO, 1997.
CORSON, Walter H. (Ed.). Manual global deecologia: o que você pode fazer a respeito da crisedo meio ambiente. São Paulo: Augustus, 1993.
EMBRAPA. Atlas do meio ambiente do Brasil.Brasília: Terra Viva, 1994.
FACULDADE SÃO CAMILO. Anotações eapontamentos. Curso de Graduação em CiênciasBiológicas. São Paulo, 1997.
DARSIE, Marta Maria Pontin. Fazendo uma novaescola 2. Cuiabá: Universidade Federal de MatoGrosso, 1992.
DELIBERADOR, Ana Maria Ribeiro. Metodologiaextraclasse de programas ambientais. Curitiba:Banco do Estado do Paraná, 1991.
DIAS, Genebaldo Freire. Atividades interdisciplinaresde educação ambiental. São Paulo: Gaia, 1994.
FIGUEIREDO, Paulo Jorge Moraes. A sociedade dolixo. Piracicaba: Unimep, 1996.
LIMA, Carmen. Manual da criança e outras conversasde gente pequena. São Paulo: L&PM, 1989.
MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. 5. ed. Rio deJaneiro: Civilização Brasileira, 1981.
OLIVEIRA, Elísi Márcio. Educação ambiental: umapossível abordagem. Brasília: Instituto do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis,1996.
PREFEITURA MUNICIPAL DE BERTIOGA. CursoMata Atlântica. São Paulo, 1997.
QUINTAS, José Silva. A questão ambiental: umpouco de história não faz mal a ninguém. Brasília:IBAMA, 1995.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria do MeioAmbiente. Governo do Estado de São Paulo.Coordenadoria de Educação Ambiental. Serra doMar: uma viagem à Mata Atlântica. São Paulo:1992. (Série Educação Ambiental).
SOARES, Maria Nazareth Holanda Barbosa et al.Educação ambiental: sugestões de atividades paraa programação regular da pré-escola e da escolade 1º Grau. Piauí: IBAMA, 1994.
VIEZER, Moema L.; OVALLES, Omar. ManualLatino-americano de educação ambiental.São Paulo: Gaia, 1995.
ZIMBERGER, Kátia Guimarães. Projetos em educaçãoambiental: EMEI. Ubatuba: Xerox, 1995.
Bibliografia
Prefeitura de Santo André (1997-2000)ENGº CELSO DANIELPrefeito
JOÃO AVAMILENOVice-Prefeito
KLINGER LUIZ DE OLIVEIRA SOUSASecretário de Serviços Municipais
MARIA SELMA MORAES ROCHASecretária de Educação e Formação Profissional
MAURICIO MINDRISZDiretor Superintendente do SEMASA
JOÃO RICARDO GUIMARÃES CAETANODiretor do Departamento de Gestão Ambiental
Programa RECIproCIDADE AGRADÁVEL-COLETA SELETIVA/RECICLAGEM
CHEILA APARECIDA GOMES BAILÃOCoordenadora da Coleta Seletiva/Reciclagem
Equipe Técnica:
ADEVANIR PAIOLACLAUDIOMAR F. MATOSMARCELO BISPOPAULO NERI OLIVEIRASANDRA RODRIGUES GASPAR
Colaboração:
ANTÔNIO CARLOS NOGUEIRA PIMENTEL JUNIORJOÃO BAPTISTA ALVES FRAGA
Estagiários:
ALCIANA BATISTA DOS SANTOS - ISABELA A. T. VERASVIVIANI AP. ZORNETTA - CRISTIANA JARDINEIRO - VAGNER ALAIMO
Secretaria de Educação e Formação ProfissionalDepartamento de Educação Infantil e Fundamental
MARIA SIRLEY DOS SANTOSDiretora do Departamento de Educação Infantil e Fundamental
SOLANGE FERRAREZIGerente de Educação Infantil
ESTER ASEVEDOGerente de Ensino Fundamental
MARIA HELENA FONSECA MARINAssistente Pedagógica
76
ENG. CELSO DANIELPrefeito
JOÃO AVAMILENOVice-Prefeito
MAURICIO MINDRISZDiretor Superintendente do SEMASA
CHEILA APARECIDA GOMES BAILÃODiretora do Depto. de Resíduos Sólidos
IVONE MARIA DE SOUSADiretora do Depto. de Gestão Ambiental
CLEUZA RODRIGUES REPULHOSecretária de Educação e Formação Profissional
Equipe DRS:
IVANA MARSON • HUMBERTO DUGINI DE OLIVEIRA • ROBSONOLIVEIRA LOPES • PEDRO HENRIQUE MILANI • MARCELO BISPO• EDILENE PEREIRA DE MORAES • ELIENE MORAES • LUCIANA ARTIGIANI• ADEVANIR PAIOLA • IRACELIS IMACULADA DOS SANTOS • MAGNOULÍSSES DE ALMEIDA E SILVA • FLÁVIO JOSÉ LOPES DA COSTA • JOSÉCARLOS MOSCHIN • EUDES FARINA GRANDOLPHO • LUIZ FERNANDOBONATO GARCEZ • JUCÉLIA GONZAGA • WANDERLUCIA VIANNA BELAZI•NAIR MITIKO K. V. MEMBRIVE • MARCOS AURÉLIO DE MENDONÇA• ROSÂNGELA RODRIGUES DE OLIVEIRA • REIDNNÊ MENEZES MONTALVÃO• DOUGLAS GUSMÃO • FERNANDO ARLEI CRUSEIRO • MARCOS ANTÔNIOLUZ • LEANA RAUDAIMER APEZZATO • VILMA LÚCIA DA ROSA • FÁBIOVICENTE DE SOUZA • FABIANO JANJOPPI • MOISÉS FRANCISCO DA SILVA• PATRÍCIA HERTEL • DANILO GENTILI JR • AGNES CRISTINA DE FREITAS• PAULO APARECIDO MARIANO • LAÉRCIO BORGES PINTO • JONASPASTOR SOUTO • RIBERTO ROMANO • VERA LÚCIA DE MORAES• VENÍCIUS DE SOUZA • MAURA ROSA DE SOUZA • EDILEUSA ARAÚJOSANTOS • MARIA APARECIDA LACERDA DE SOUZA • ARTUR PAULOPEDROSO • IVO RODRIGUES DA CRUZ • JOSÉ DE PRETI • LUIZ FERREIRADA CRUZ • GENILDO ANTÔNIO DA SILVA • MARIA DAS GRAÇASSANTANA DA SILVA • CONCEIÇÃO APARECIDA DOS SANTOS CARVALHO
Prefeitura de Santo André (2001-2004)
Apoio:
2001
Não
use
dro
gas.
GES
TÃO
E E
DU
CA
ÇÃ
O A
MB
IEN
TAL
2ª- E
diç
ãoV
OLU
ME
1
Recommended