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MBA em Gestão Empresarial e Coaching
Análise Econômico-Financeira
Silvio José Moura e Silva
Agosto e Setembro/2012
Agenda• Assuntos gerais do curso / Avaliação / Objetivo
• Uma visão sobre as organizações
• Equalizando conceitos...
• Introdução a Economia
• Análises Contábeis
Agenda
• Dinâmica das Decisões Financeiras e Estrutura de Capital
• Decisões de Financiamento
• Métodos de Análise de Investimentos
• Gestão de Risco e Retorno
• Teoria do Portfolio e Project Finance
São objetivos de aprendizado desta disciplina:
Promoção do entendimento sobre os conceitos básicos de Economia,
Contabilidade e Análise de Viabilidade Econômico-Financeira;
Uma visão sobre
as organizações
A questão do valor no dia-a-dia
Recompensas podem incentivar comportamentos
inadequados...
• Atitude de “cumprir metas financeiras a qualquer custo”.
• Gerenc iamos resu l tados (a lvos) em vez de direcionadores e processos.
• Vinculamos métricas aos alvos a fim de reforçar nosso comando e controle.
• Separamos métricas ao trabalho e fazemos mensuração e análise de variações “por controle remoto”.
Compreender o negócio ...
• Conheça a estratégia e o mercado;
• Saiba quais são os direcionadores de custo e de valor;
• Saiba quais são os indicadores-chave de desempenho;
• Saiba como dar suporte às decisões-chave.
Cruzada contra o desperdício...
OS CUSTOS INDIRETOS AUMENTAM MAIS DEPRESSA QUE AS RECEITAS
GANHOS POSSÍVEIS
A META:
UMA ORGANIZAÇÃO INOVADORA, DE REAÇÃO RÁPIDA,
CHEIA DE PESSOAS TALENTOSAS E MOTIVADAS
E DE EQUIPES AUTOGERENCIADAS
Idéias sobre mudanças gerenciais...
• Ter uma visão é relativamente fácil; colocá-la em prática é difícil.
• São necessárias boa liderança e comunicação.
Considerações
• A meta é crescer e perdurar (sobrevida longa)
• Caminhada para pensar e agir estrategicamente com o apoio de informações / dados
• Gestão de Riscos
• A contribuição efetiva da área de Contabilidade / Finanças para os negócios da organização
Equalizando
conceitos...
O que são PROJETOS ?
Informação -> Decisão
Processos na organização...
• Informações com qualidade (origem na Contabilidade):
– Definição do Plano de Contas
– Definição da Estrutura da Conta Contábil
• Empresas• Matriz / Filiais• Unidades de Negócios• Linhas de produto / serviços• Produtos• Planos• Contas
Informações para tomada de decisão
Introdução a Economia
A ciência econômica está sempre
analisando os principais problemas econômicos: o que produzir, quando produzir, em que quantidade produzir e para quem produzir. Cada vez mais, esta ciência é aplicada a campos que envolvem pessoas em decisões sociais, como os campos religioso, industrial, educação, política, saúde, instituições sociais, guerra, etc.
Macroeconomia e microeconomia são as principais divisões da ciência econômica. A microeconomia é o ramo que estuda o comportamento dos agentes econômicos (unidades individuais) em relação ao mercado consumidor, empresas, donos dos recursos de produção. Chamada também por teoria dos preços, um exemplo de seu trabalho é o estudo das alterações do comportamento de empresas e pessoas em casos de oscilações de preços.
A macroeconomia estuda o desempenho
global, ou seja, a economia como um todo. Produção de bens e serviços, taxas de inflação, taxas de desemprego, poupança, consumo, investimentos e governo. É a economia das cidades, nações, dos grandes sistemas econômicos. É ela que estuda e propõe soluções, por exemplo, para situações de desemprego em massa, ou grandes crises de um dado mercado.
Demanda,
Oferta
e
Equilíbrio de Mercado
Fundamentos de Microeconomia
Microeconomia (Teoria de Preços) – estuda ocomportamento das famílias e (Consumidores)das empresas e (Firmas)os mercados (Mercados específicos) nos quais operam.
Fundamentos de Microeconomia
Microeconomia analisa a formação de preços no mercado.
Os preços formam-se com base em dois mercados:
mercado debens e serviços
Mercado dos serviços dos fatores de produção
preços dos bens e serviços
salários, juros, aluguéis e lucros
Remuneração
Remuneração
Fundamentos de Microeconomiacoeteris Paribus
Analisar um mercado isoladamente
Supor todos os demais mercados constantes
- O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos demais.
Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos efeitos de outras variáveis.
Ex.: Δ Preço sobre a procura de determinado bemIndependente
Outras variáveis: renda do consumidor, gostos, preferências, etc.
Teoria do Consumidor
A Restrição Orçamentária
• Limite à combinação de bens que o consumidor pode adquirir:
– As pessoas consomem menos do que gostariam porque os seus gastos são limitados à sua renda
– Mostra as várias combinações de bens que o consumidor pode se permitir de acordo com a sua renda
Oportunidades do Consumidor
Pepsi PizzasGastos c/ Pepsi
Gastos c/ Pizza
Gasto Total
0 100 $ 0 $1.000 $1.00050 90 100 900 1.000
100 80 200 800 1.000150 70 300 700 1.000200 60 400 600 1.000250 50 500 500 1.000300 40 600 400 1.000350 30 700 300 1.000400 20 800 200 1.000450 10 900 100 1.000500 0 1.000 0 1.000
Restrição Orçamentária do Consumidor
Pizza
Pepsi
0
Restrição Orçamentáriado Consumidor
500 B
100A
250 C
50
Restrição Orçamentária do Consumidor
• Qualquer ponto na linha indica a combinação de dois produtos quer o consumidor pode adquirir
• Por exemplo, se o consumidor adquire 500 garrafas de pepsi ele não consome nenhuma pizza (ponto B). Se ele não compra nenhuma pepsi, ele pode comprar 100 pizzas (ponto A).
• Ele pode ainda consumir 50 pizzas e 250 garrafas de pepsi
Restrição Orçamentária do Consumidor
• A inclinação da linha de restrição orçamentária do consumidor é igual ao preço relativo dos bens, isto é, o preço de um bem comparado ao preço de outro bem
• Mede ainda a taxa à qual os consumidores podem trocar um bem por outro
Preferências: O que o Consumidor Deseja
• A preferência dos consumidores entre as combinações possíveis de bens pode ser ilustrada com as Curvas de Indiferença
• Uma curva de indiferença mostra combinações de consumo que proporcionam ao consumidor igual satisfação
Preferência do Consumidor
Pizza
Pepsi
0
C
B
A
IndiferençaCurvas de
DI2
I1
O consumidor é indiferente, ou igualmente satisfeito, com as combinações A, B e C pois estão todas na mesma curva
Taxa Marginal de Substituição
• A inclinação em qualquer ponto da curva nos dá a taxa marginal de substituição
– É a taxa que o consumidor está disposto a trocar um bem por outro
– É a quantidade de um bem que o consumidor requer como compensação para abrir mão de um outro bem
Preferência do Consumidor
Pizza
Pepsi
0
C
B
A
IndiferençaCurvas de
DI2
I1
1TMgS
Otimização: O Que o Consumidor Escolhe
• Combinando a curva de indiferença do consumidor com a sua restrição orçamentária determina a escolha ótima do consumidor
• A escolha ótima do consumidor se dará onde a mais alta curva de indiferença toca a linha de restrição orçamentária
Escolha Ótima do Consumidor
• O consumidor escolhe o consumo de dois bens de forma que a taxa marginal de substituição seja igual ao preço relativo dos bens
• No ponto ótimo, o valor que o consumidor dá aos bens é igual ao valor que o mercado dá aos bens
Escolha Ótima do Consumidor
Pizza
Pepsi
0
I1
I2
I3
Linha Orçamentária
AB
Ótimo
Alterações de Renda
• Um aumento da renda desloca a linha orçamentária para a direita
– O consumidor consegue escolher uma melhor combinação de bens em uma curva de indiferença mais alta
Aumento da Renda
Pizza
Pepsi
0
I1
I2
2. …aumentando o consumo de pizza…
3. …e o consumode pepsi.
Ótimoinicial
Nova linha orçamentária
1. Um aumento da renda deslocaa linha orçamentária para a direita…
LinhaOrçamentária
inicial
Novo ótimo
Bem Normal x Inferior
• Se um consumidor compra mais de um bem quando a sua renda sobe, o bem é dito normal
• Se um consumidor compra menos de um bem quando a sua renda sobe, o bem é dito inferior
Bem Inferior
Nova linha orçamentária
1. Quando um aumento da rendadesloca a linha orçamentária paraa direita...
Pizza
Pepsi
0
Ótimo inicial
I1
Novo ótimo
I2
2. ... O consumo de pizza aumenta, logo a pizza é um bem normal...
3. ... Mas o consumo de pepsi cai, logo a pepsi é um bem inferior.
Linhaorçamentária
inicial
Mudanças de Preços
• Uma queda de preço de qualquer um dos bens rotaciona a linha orçamentária para “fora” e consequentemente ocorre uma mudança na inclinação da linha orçamentária
Mudança no Preço
Pizza100
Pepsi
1,000
500
0
I1
Nova linha orçamentária
3. …eaumentando o consumo de pepsi.
Linhaorçamentária
inicial2. …reduzindo o consumo de pizza…
1. Uma queda no preço dapepsi, rotaciona a linhaorçamentária para “fora” oudireita…
Novo ótimo
I2
Eefeito Renda e Substituição
• Uma mudança nos preços traz duas consequências:
– Um efeito renda– Em efeito substituição
Efeito Renda
• O efeito renda diz respeito a mudança de consumo resultante de uma alteração nos preços movendo o consumidor para uma curva de indiferença mais alta ou mais baixa
Efeito Substituição
• O efeito substituição diz respeito a mudança no consumo resultante de uma alteração nos preços movendo o consumidor ao longo da curva de indiferença, para um ponto com uma taxa marginal de substituição diferente
Efeito Substituição
• Uma alteração nos preços desloca o consumidor de um ponto a outro na mesma curva de indiferença
– Ilustrado pelo movimento de A para B
Efeito Renda
• Após mover-se sob a mesma curva de indiferença, o consumidor move para uma outra curva de indiferença
– Ilustrada pelo movimento de B para C
Efeito Renda e Substituição
Pizza
Pepsi
0
A
Ótimo inicial
I1
Nova linha orçamentária
Linha orçamentária
inicial
I2
C Novo ótimoEfeito renda
Efeito renda
Efeitosubstituição
B
Efeito substituição
Efeito Renda e Substituição com Queda do Preço da Pepsi
Bem Efeito Renda Efeito Substituição
Efeito Total
Pepsi Consumidor está mais rico, logo compra mais pepsi
A pepsi está relativamente mais barata, então consumidor compra mais pepsi
Efeito renda e substituição agem na mesma direção, então mais pepsi é consumida
Pizza Consumidor está mais rico, logo compra mais pizza
A pizza está relativamente mais cara, então consumidor compra menos pizza
Efeito renda e susbstituição agem em direção oposta, o efeito final é ambíguo
Como as Taxas de Juro afetam as Poupanças das Famílias?
• Se o efeito substituição de uma taxa de juros é maior que o efeito renda, as famílias economizam mais
• Se o efeito renda de uma taxa de juros é maior que o efeito substituição, as famílias economizam menos
TEORIA MACROECONÔMICA
O ESTUDO DOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS DE SEUS
COMPORTAMENTOS E DA RELAÇÕES QUE GUARDAM ENTRE SI.
Macroeconomia: uma forma de analisar a economia, baseada:
• variáveis agregadas ou agregados econômicos (Produção, Investimento, Consumo, Poupança);
• em seus comportamentos e
• nas relações que guardam entre si
•Consumo = f(renda), Imposto = f(renda), Investimento = f(taxa de juros),
Exportação = f(taxa de câmbio) .
Até início anos 30s
Histórico da Macroeconomia
Teoria Econômica
Após 30s Macroeconomia“A Teoria geral do emprego, do juro e da moeda”Pai da Revolução Keynesiana Variáveis Agregadas (o produto, a renda, emprego, inflação, juros)Microeconomia
• Micro: visão microscópica, presença de um elemento representativo, preços relativos
• Macro: visão telescópica
O SURGIMENTO DA MACROECONOMIA
• A REVOLUÇÃO DE KEYNES• A NECESSIDADE DE ORIENTAR A
ECONOMIA• O PLENO EMPREGO: O EQUILIBRIO
DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS• A AÇÃO ESTATAL
MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
• Os agregados que tem recebido mais atenção são:
– O produto nacional bruto– O nível de emprego– Taxa de crescimento dos preços– Taxa de juros básica
Instrumentos de Política Macroeconômica
• Política Fiscal• Política Monetária• Política Cambial e Comercial• Política de rendas
Política Fiscal
Controle e administração das contas públicas por meio da política tributária e de gastos.
Política tributária refere-se à arrecadação de impostos por meio da manipulação da estrutura e das alíquotas de impostos.
Política de gastos públicos refere-se a alocação e distribuição dos gastos do setor público.
Política Monetária
Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda, crédito e o nível das taxas de juros, com o objetivo de manter a liquidez do sistema econômico.
Política Cambial e Comercial
Política cambial refere-se à atuação do governo sobre a taxa de câmbio.
Política comercial refere-se a medidas específicas para incentivar ou inibir o comércio exterior. Podem ser de ordem monetária, fiscal ou qualitativas, como a imposição de controles e barreiras a determinadas importações.
Política de Rendas
Diz respeito à interferência direta do governo na formação de preços, por meio de congelamento de preços e salários, fixação de reajustes salariais etc.
A Macroeconomia é utilizada como instrumento de
previsão (realizar previsões)
Objetivos da Macroeconomia
OBTER COMBATER
Crescimento econômico Recessão
Emprego Desemprego
Estabilidade de preços Inflação
Disponibilidade de crédito
Crise de financiamento
Elevação dos investimentos
Especulação
ABORDAGEM MACROECONÔMICA
Observar as tendências gerais da economia, em vez de examinar as tendências que afetam isoladamente
empresas, trabalhadores ou recursos.
A fim de descrever o comportamento econômico agregado, estatísticos econômicos trabalham com dados estatísticos,
como as contas nacionais, que registram o nível agregado de produção, renda, poupança, consumo e investimento.
Análises Contábeis
Princípios da Contabilidade
Princípio da Entidade:
O patrimônio da entidade não se confunde com o de seus sócios ou acionistas ou proprietário individual.
A contabilidade é mantida para a empresa como uma entidade identificada, registrando os fatos que afetam o seu patrimônio e não o de seus titulares, sócios ou acionistas.
Este princípio afirma a autonomia patrimonial evidenciando que este não se confunde com aqueles de seu sócios ou proprietários, no caso de sociedades ou instituições.
Princípio da Continuidade:
A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.
Pressupõe a continuidade indefinida das atividades operacionais de uma entidade até que hajam evidências ou indícios muito fortes em contrário. Por conseqüência, como as demonstrações financeiras são estáticas não podem e não devem ser desvinculadas de períodos anteriores e subseqüentes.
Princípios da Contabilidade
Princípio da Oportunidade:
Refere-se simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.
Princípios da Contabilidade
Princípio do Registro pelo Valor Original:
Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da entidade.
Princípios da Contabilidade
Princípio da Competência:
As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se relacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.
Princípios da Contabilidade
Princípio da Prudência:
Determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior valor para os componentes do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Visa a prudência na preparação dos registros contábeis, com a adoção de menor valor par os itens do ativo e da receita, e o de maior valor para os itens do passivo e de despesa.
Princípios da Contabilidade
BENS: tudo que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça as necessidades humanas;
Ex.:Dinheiro, mercadoria p/ revenda, imóveis, máquinas, veículos, móveis, equipamentos, etc.
Tangíveis: têm existência física, existe como coisa ou objeto.
Intangíveis: Exs.: Marcas e patentes, ações ou Quotas de Capital.
Conceitos e Definições
DIREITOS : são bens de nossa propriedade que se encontram em poder de terceiros. (valores a receber).Ex.: duplicatas a receber, títulos a receber, notas promissórias a receber, aluguéis a receber, clientes,dinheiro em banco, aplicações financeiras, etc.
OBRIGAÇÕES: são bens de propriedade de terceiros que se encontram em nosso poder. (valores a pagar). Ex.: duplicatas a pagar, títulos a pagar, notas promissórias a pagar, aluguéis a pagar, fornecedores,impostos a recolher, etc.
Conceitos e Definições
Regime de competência
Contrariamente ao regime de caixa, o regime de competência, reconhece as receitas e despesas no momento da sua realização, ou seja, no momento em que o fato que gerou a receita ou a despesa (uma venda ou uma compra, por exemplo).
Conceitos e Definições
Modelode
DRE
Análises das Demonstrações Financeiras
• Estudo do desempenho econômico-financeiro passado para prever tendências futuras
1. Aspectos Básicos
Objetivo da análise das demonstrações financeiras
• Uso de índices constitui-se na técnica mais comumente empregada neste estudo
• Comparação temporal Evolução dos indicadores da empresa nos últimos anos
1. Aspectos Básicos
Métodos de comparação
• Comparação setorial Resultados da empresa versus dos concorrentes (mercado)
2. Análise Horizontal e Vertical
• Compara valores absolutos através do tempo e, entre si, relacionáveis na mesma demonstração
• Técnica simples e importante, que permite identificar inclusive determinadas tendências futuras
2.1 Análise Horizontal
• Avaliação em intervalos seqüenciais de tempo
• Valores em moeda de mesma capacidade de compra
• Obtido por meio de números-índices
2.1 Análise Horizontal
• ExemploEvolução das vendas e dos
lucros brutos de uma empresa industrial do setor de bebidas e refrigerantes:
31-1-X0 ($ MIL)
31-1-X1 ($ MIL)
31-1-X2 ($ MIL)
Vendas LíquidasLucro Bruto
8.0872.512
9.8652.982
11.572 3.612
Vendas:( $ 9.865 / $ 8.087 ) x 100 = 122,00( $ 11.572 / $ 8.087 ) x 100 = 143,10
Lucro Bruto:( $ 2.982 / $ 2.512 ) x 100 = 118,70( $ 3.612 / $ 2.512 ) x 100 = 143,80
Análise:O desempenho da empresa, no exercício encerrado em 31-1-X1, esteve aquém do apresentado em 31-1-X2. Efetivamente, o resultado bruto não acompanhou a evolução verificada nas vendas líquidas, denotando-se maior consumo dessas receitas pelos custos de produção
2.2 Análise vertical
• Comparações relativas entre valores afins ou relacionáveis identificados numa mesma demonstração contábil
• Permite que se conheçam todas as alterações ocorridas na estrutura dos relatórios analisados
• Não necessita de processos de indexação, pois trabalha com valores relativos
2.2 Análise vertical
31-12-X0 AV 31-12-X1 AV 31-12-X2 AV ($) (%) ($) (%) ($) (%)
Ativo Circulante 4.585 50 3.922 46 3.732 44Realizável a Longo Prazo 739 8 872 10 952 11Ativo Permanente 3.936 42 3.783 44 3.826 45Ativo/Passivo Total 9.260 100 8.577 100 8.510 100Passivo Circulante 4.012 43 3.624 42 3.917 46Exigível a Longo Prazo 2.102 23 2.031 24 1.629 19Patrimônio Líquido 3.147 34 2.923 34 2.964 35
• Ex: S.A. Siderúrgica
3. Índices Econômico-Financeiros de Análise
Liquidez e atividade
Endividamento e estrutura
Rentabilidade
Análise de ações
4 grupos de indicadores básicos:
3.1 Indicadores de liquidez
Visam medir a capacidade de pagamento da empresa
Exprimem uma posição financeira em um dadomomento (liquidez estática)
Os valores considerados sofrem alterações constantes devidoà dinâmica das empresas
3.1 Indicadores de liquidez
Do total de recursos aplicados em haveres e direitos circulantes , quanto a empresa deve a curto prazo
Relaciona os ativos circulantes de maior liquidez com o total do passivo circulante
3.1 Indicadores de liquidez
Reflete a porcentagem das dívidas de curto prazo que pode ser saldada imediatamente pela empresa
Retrata a saúde financeira de longo prazo da a empresa
3.2 Indicadores de atividade
Visam à mensuração das diversas durações de um “ciclo operacional”
Fases compreendidas desde a aquisição de insumos básicos até o recebimento das vendas realizadas
Permitem uma análise mais dinâmica do desempenho de uma empresa
3.2 Indicadores de atividade
Indica o tempo médio necessário para a completa renovação dos estoques da empresa
Revela o tempo médio que a empresa depende em receber suas vendas realizadas a prazo
3.2 Indicadores de atividade
Revela o tempo médio que a empresa tarda em pagar suas dívidas
3.3 Indicadores de endividamento e estrutura
Utilizados para auferir a composição das fontes passivas de recursos de uma empresa
Mostram a proporção de recursosde terceiros em relação ao capitalpróprio
Avalia o grau de comprometimento financeiro da empresa perante seus credores
3.3 Indicadores de endividamento e estrutura
Revela o nível de dependência da empresa em relação a seu financiamento por meio de
recursos próprios
Mede a porcentagem dos recursos totais da empresa que se encontra financiada por capital de terceiros
3.3 Indicadores de endividamento e estrutura
Revela a porcentagem dos recursos passivos a longo prazo que se encontra imobilizada em
itens ativos
3.4 Indicadores de rentabilidade
Revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas por uma empresa em seus ativos
Mostra o retorno produzido pelos recursos deliberadamente levantados pela empresa e aplicados em seu negócio
Passivo Oneroso (+) Patrimônio Líquido
3.4 Indicadores de rentabilidade
Medem a eficiência de uma empresa em produzir lucro por
meio de suas vendas
Mensura o retorno dos recursos aplicados na empresa por seus proprietários
Margem Operacional = Lucro Operacional / Vendas Liquidas
Exercício de Aplicação
Foram feitos ajustes para simplificar as expressões numéricas
Introdução
Todos os valores dos demonstrativos estão em moedas de mesma capacidade aquisitiva
O capítulo desenvolverá aplicações práticas do processo de análise econômico-financeira baseado nas demonstrações de uma empresa de eletroeletrônicos
1. Análise das Demonstrações Financeiras
Ativo Circulante Aplicações Financeiras Clientes (Valor Líquido) Estoques Depósitos Judiciais Outros Valores a ReceberRealizável a Longo Prazo Controladas e ColigadasAtivo Permanente Investimentos Imobilizado Diferido TotalPassivo Circulante Fornecedores Importações em Trânsito Empréstimos e Financiamentos Obrigações Fiscais Contas a Pagar Salários e Contribuições Sociais Dividendos Propostos Provisões DiversasExigível a Longo Prazo Empréstimos e Financiamentos Obrigações FiscaisPatrimônio Líquido
DEZ./01($ 000)23.256
2.903 7.284
12.048 65
956 627
627 23.021
518 22.503
– 46.904 25.290
8.832 4.011 4.709 3.186 1.100
627 897
1.928 4.556 1.887 2.669
17.058
DEZ/00($ 000)19.058
3.203 4.029 6.258 3.008 2.560 63
63 23.050
133 22.750
167 42.171 19.628
4.713 –
4.732 6.293 1.724
732 –
1.434 3.735
308 3.427
18.808
Balanços patrimoniais dos exercícios findos em dezembro de
00 e 01.
1. Análise das Demonstrações Financeiras
RECEITA OPERACIONALCusto dos Produtos VendidosLUCRO BRUTODESPESAS/RECEITAS OPERACIONAISCom vendasGerais e AdministrativasHonorários dos AdministradoresReceitas FinanceirasOutras Despesas OperacionaisResultado de Equivalência PatrimonialRESULTADO OPERACIONALDespesas FinanceirasReceitas/Despesas não OperacionaisRESULTADO DO EXERCÍCIO
DEZ./01($ 000)54.875)
(40.828) 14.047) (8.134) (5.496) (5.780)
(85) 3.267)
(28) (12) 5.913)
(4.109) 290)
2.094
DEZ./00($ 000)31.535)
(25.230) 6.305)
(7.036) (2.881) (4.191)
(89) 1.190)
(1.042) (23)
(731) (3.398) (223) (4.352)
Demonstração de resultados para os exercícios findos em dezembro de 00 e 01
1. Análise das Demonstrações Financeiras
ORIGENS DE RECURSOS Recursos Gerados nas Operações Sociais Redução do Ativo Permanente Aumento do Exigível a Longo PrazoTOTAL DAS ORIGENSAPLICAÇÕES DE RECURSOS Recursos Absorvidos nas Operações Sociais Aumento do Realizável a Longo Prazo Aumento do Ativo Permanente Baixa de Recurso p/ Aumento de Capital Minoritário Dividendos PropostosTOTAL DAS APLICAÇÕESREDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDODEMONSTRAÇÃO DOS RECURSOS GERADOS (ABSORVIDOS) NAS OPERAÇÕES SOCIAIS Lucro (Prejuízo) do Exercício Depreciações e Amortizações Resultado de Equivalência Patrimonial TOTALDEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: Ativo Circulante No Início do Ano No Final do Ano Passivo Circulante No Início do Ano No Final do AnoREDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
DEZ./01($ 000)
4.411 373 821
5.605
– 565
2.662 2.945 897 7.069 (1.464)
2.094 2.305 12 4.411
19.058 23.256 4.198 19.628 25.290 5.662 (1.464)
DEZ./012
($ 000)
– 1.338 2.529 3.867
1.030 –
3.015 – –
4.045 (178)
(4.352) 3.300 22 1.030
Demonstração de origens e aplicações de recursos para os exercícios findos em dez. 00 e 01
1.1 Estrutura e evolução patrimonial
ATIVO CIRCULANTE 19.058 100,0 45,2% 23.256 122,0 49,6%
REALIZÁVEL A LONGOPRAZO
63 100,0 0,1% 627 995,2 1,3%
ATIVO PERMANENTE
TOTAL
PASSIVO CIRCULANTE 19.628 100,0 46,5% 25,290 128,8 53,9%
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 3.735 100,0 8,9% 4.556 122,0 9,7%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 18.808 100,0 44,6% 17.058 90,7 36,4%
DEZ.-00 ($000)
AH AV DEZ.-01 ($000)
AH AV
23.050 100,0 54,7% 23.021 99,9 49,1%
42.171 100,0 100,0% 46.904 111,2 100,0%
Análise horizontal e vertical dos balanços patrimoniais da empresa
1.1 Estrutura e evolução patrimonial
Essa situação denota volume maior de recursos em giro, visando financiar caixa, vendas a prazo e estoques
A empresa apresentou decréscimo de ativo permanente em valores relativos, pois o montante absoluto ficou relativamente estável
DEZ.-00 AH AV DEZ.-01 AH AV ($000) ($000)
ATIVO PERMANENTE 23.050 100,00 54,7% 23.021 99,9 49,1%
DEZ.-00 AH AV DEZ.-01 AH AV ($000) ($000)
PASSIVO CIRCULANTE 19.628 100,00 46,5% 25.290 128,8 53,9%
1.1 Estrutura e evolução patrimonial
O crescimento das dívidas de CP evidencia um aperto maior na posição de equilíbrio financeiro da empresa
O crescimento do passivo circulante foi superior ao do ativo circulante
DEZ.-00 AH AV DEZ.-01 AH AV ($000) ($000)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 18.808 100,00 44,6% 17.058 90,7 36,4%
Comparando os resultados de X0 e X1 conclui-se uma posição de maior endividamento
A relação patrimônio líquido/passivo total é baixa, situando-se num nível bem inferior ao dos concorrentes
1.1 Estrutura e evolução patrimonial
1.1 Estrutura e evolução patrimonial
Os encargos financeiros dos financiamentos apresentaram- se bastante altos
O forte predomínio de capital de terceiros onerou o resultado da empresa em função das despesas financeiras
A participação de dívidas de curto prazo compromete 53,9% do total do ativo
2. Estrutura de resultados
Colocar o quadro 7.5 DEZ.-00
($ 000)AV DEZ.-01
($ 000)AV
RECEITA OPERACIONALCusto dos Produtos VendidosLUCRO BRUTODespesas/Receitas OperacionaisCom VendasGerais e AdministrativasHonorários de AdministradoresReceitas FinanceirasOutras Despesas OperacionaisResultado Equivalência PatrimonialRESULTADO OPERACIONALDespesas FinanceirasReceitas/Despesas não OperacionaisRESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
31.535)(25.230)
6.305)(7.030)(2.881)(4.191)
(89)1.190)
(1.042) (23)
(731)(3.398) (223)(4.352)
100,0%)(80,0%)20,0%)
(22,3%)(9,1%)
(13,3%)(0,3%)3,8%)
(3,3%) (0,1%)(2,3%)
(10,8%) (0,7%)(13,8%)
54.875)(40.828)14.047)(8.134)(5.496)(5.780)
(85)3.267)
(28) (12)5.913)
(4.109) 290)2.094)
100,0%)(74,4%)25,6%)
(14,8%)(10,0%)(10,5%)(0,2%)5,9%)
–)))–)))
10,8%)(7,5%) 0,5%)3,8%)
Análise vertical das
demons-trações de resultados
2. Estrutura de resultados
A empresa melhorou sua produtividade (custos de produção), o que proporcionou um incremento no lucro bruto
A elevação dos valores dos encargos financeiros foi menos que proporcional ao comportamento das vendas, apesar do aumento do endividamento
A evolução das vendas constitui-se na principal razão da apuração de lucros no ano de 01
DEZ./00 DEZ./01
Liquidez Corrente 0,97 0,92
Liquidez Seca 0,65 0,44
Liquidez Imediata 0,16 0,11
Prazo Médio de Estocagem 81,0 dias
Giro dos Estoques 4,4 vezes
Capital Circulante Líquido ($ 570) ($ 2.034)
Indicadores de liquidez e ciclo operacional
3. Análise de Liquidez e Equilíbrio Financeiro
3. Análise de Liquidez e Equilíbrio Financeiro
A empresa vem utilizando recursos de curto prazo para financiar parte de seus investimentos permanentes
A liquidez seca decresceu, indicando maior participação dos estoques no capital de giro
Os indicadores revelam uma deterioração da liquidez como reflexo de uma demanda maior de recursos de terceiros a curto prazo
3.1 Elaboração do Fluxo de Caixa
É elaborado com base no balanço patrimonial e na DOAR
O valor líquido gerado pelo caixa reflete a variação no saldo das aplicações financeiras registradas no balanço
O fluxo de caixa permite uma avaliação mais dinâmica da folga financeira da empresa
FLUXO DE CAIXA PROVENIENTE DAS OPERAÇÕES 4.411 (+) FONTES DE RECURSOS DE CURTO PRAZO 14.06
8 Aumento de Fornecedores 4.119 Aumento de Importações em Trânsito 4.011 Aumento de Dividendos Propostos 897 Aumento de Provisões Diversas 494 Redução de Depósitos Judiciais 2.943 Redução de Outros Valores e Receber 1.604 (–) APLICAÇÕES DE RECURSOS DE CURTO PRAZO 12.90
4 Aumento de Clientes 3.255 Aumento de Estoques 5.790 Redução de Empréstimos e Financiamentos 23 Redução de Obrigações Fiscais 3.107 Redução de Contas a Pagar 624 Redução de Salários e Contribuições Sociais 105 (=) GERAÇÃO DE CAIXA A CURTO PRAZO 5.575 (+) FONTES DE RECURSOS DE LONGO PRAZO 821 Aumento de Exigível a Longo Prazo 821 (–) APLICAÇÕES DE RECURSOS DE LONGO PRAZO 6.696 Aumento de Realizável a Longo Prazo 565 Aumento de Ativo Permanente 2.289 Recurso para Aumento de Capital Minoritário 2.945 Dividendos Propostos 897 (=) GERAÇÃO DE CAIXA DE LONGO PRAZO (5.875
) GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA (300)
3.1 Elaboração do Fluxo de Caixa
Fluxo de caixa de Dez.-01 ($ 000)
3.1 Elaboração do Fluxo de Caixa
Foram aplicados $ 12.904 em aumentos de ativos circulantes e reduções de passivos circulantes, restando $ 5.575 de CP
Imobilizou-se $ 6.696, bastante superior à geração de $ 821, produzindo um fluxo de caixa líquido negativo de $ 5.875
No exercício findo em dez.-01, a empresa gerou $ 4.411 provenientes das operações e $ 14.068 provenientes de recursos de curto prazo, totalizando $ 18.479
4. Análise do Endividamento e Estrutura
INDICADOR DEZ.-01 DEZ.-00
Relação Capital de Terceiros/Capital Próprio
1,24 1,75
Relação Capital de Terceiros/Ativo Total
55,4% 63,6%
Imobilização de Recursos Permanentes
1,065 1,022
Indicadores de endividamento e estrutura
O acentuado predomínio de recursos passivos circulantes determinou uma redução nos indicadores de liquidez da empresa
Observa-se um aumento do passivo em relação ao PL
4. Análise do Endividamento e Estrutura
Isso revela maior grau de dependência financeira e maior risco
Passivos onerosos e passivos de funcionamento (não onerosos)
4. Análise do Endividamento e Estrutura
Fornecedores 8.832 4.713 8.832 4.713
Importações em trânsito 4.011 – 4.011 –
Empréstimos e Financiamentos(Circulante)
4.709 4.732 4.709 4.732
Obrigações Fiscais 3.186 6.293 3.186 6.293
Contas a pagar 1.100 1.724 1.100 1.724
Salários e Contribuições Fiscais 627 732 627 732
Dividendos Propostos 897 – 897 –
Provisões Diversas 1.928 1.434 1.928 1.434
Empréstimos e Financiamentos(Longo Prazo)
1.887 308 1.887 308
Obrigações Fiscais (Longo Prazo))
2.669 3.427 2.669 3.427
Dez.-01($ 000)
Dez.-00($ 000)
Dez.-01($ 000)
Dez.-00($ 000)
Dez.-01($ 000)
Dez.-00($ 000)
20.581 14.896 9.265 8.467 29.846 23.363
Passivos não oneroso Passivo oneroso Total
Essa menor participação de dívida onerosa reflete positivamente no resultado do período, alavancando os resultados líquidos dos acionistas
Em dez.-00, 36,2% do total das dívidas da empresa eram apresentados por passivos onerosos, reduzindo-se essa relação para 31,0% no exercício seguinte
4. Análise do Endividamento e Estrutura
Atenção para a correta mensuração do lucro operacional e do ativo total
Determinação do retorno do investimento - ROI
5. Análise do Retorno do Investimento e Lucratividade
Resultado oriundo exclusivamente das operações, calculado antes das despesas financeiras e de
outras despesas não operacionais
O ativo total líquido a ser relacionado com o resultado operacional é chamado de investimento (quadro a seguir)
DEZ.-01 DEZ.-00
ATIVO CIRCULANTE(–) Passivos de Funcionamento Fornecedores Importações em Trânsito Obrigações Fiscais Contas a Pagar Salários e Contribuições Sociais Dividendos Propostos Provisões Diversas
REALIZÁVEL A LONGO PRAZOATIVO PERMANENTEINVESTIMENTO
23.256
8.832 4.011 3.186 1.100
627 897
1.928 2.675
627 23.021 26.323
19.058
4.713 –
6.293 1.724
732 –
1.434 4.162
63 23.050 27.275
($ 000)
5. Análise do Retorno do Investimento e Lucratividade
Apuração do investimento
5. Análise do Retorno do Investimento e Lucratividade
Indicadores de rentabilidade e lucratividade
Desconsiderou-se a provisão para IR em razão dos prejuízos acumulados pela empresa, que podem ser compensados
Calculados com base em investimentos médios dos exercícios (ativo e patrimônio líquido)
Para apurar a taxa de retorno, considerou-se a margem de lucro (operacional e líquida) e giro (investimento e PL)
5. Análise do Retorno do Investimento e Lucratividade
Indicadores de rentabilidade e lucratividade
Retorno s/ Investimento - ROI
Margem Operacional
5. Análise do Retorno do Investimento e Lucratividade
Giro do Investimento
Retorno s/ Patrimônio Líquido - ROE
Indicadores de rentabilidade e lucratividade
Margem Líquida
Giro do Patrimônio Líquido
Indicadores de rentabilidade e lucratividade
5. Análise do Retorno do Investimento e Lucratividade
5. Análise do Retorno do Investimento e Lucratividade
O custo de captação da empresa é superior ao retorno que auferido na aplicação desse recurso, promovendo um spread negativo
O ROE ficou abaixo do ROI, denotando presença de recursos de terceiros sem capacidade de alavancagem favorável
Porém, isso não refletiu no ROE porque a empresa reduziu seus passivos onerosos na estrutura de capital
Resultados da análise
6. Conclusões
a) A liquidez da empresa não apresentou bom resultado, pois a evolução do circulante não acompanhou à do passivo de CP
b) Houve uma elevação do endividamento, revelando maior dependência financeira e risco
c) Os resultados operacionais tiveram bom desempenho, tornando a empresa atrativa para investimentos
Finanças Corporativas
Representação
de um
Fluxo de Caixa
Representação de um Fluxo de Caixa
100 150 180 120
1 2 3 4 (anos)300
Exemplo ilustrativo:
Taxa: 10% ao ano
Ciclo de Caixa
Introdução
3Modelos quantitativos de administração de caixa voltados a maximizar o retorno dos recursos e manter a liquidez
1Motivos da procura da moeda e sua relação com a manutenção de um saldo de caixa pelas empresas
2A problemática da administração de caixa e as estratégias que podem ser usadas para seu melhor controle
4Projeção de caixa e as influências da inflação
Divisão do capítulo:
Razões da Demanda de Moeda e Manutenção de Caixa
• Motivo-negócioNecessidade de manutenção de dinheiro em caixa para efetuar pagamentos oriundos de operações normais e certas
• PrecauçãoJustificado pela diferença normalmente observada entre os fluxos monetários orçados e os reais
• EspeculaçãoAproveitamento de oportunidades especulativas em relação a certos itens não monetários
Keynes
Ciclo de Caixa e Controle de seu Saldo
• Ciclo de caixa: período de tempo existente desde o desembolso inicial da compra de matéria-prima até o recebimento da venda do produto
• Para determinar o número de vezes que o caixa de uma empresa gira num determinado período, basta dividir por 12 o ciclo de caixa encontrado
• A maximização desse valor determina menores necessidades de recursos monetários no disponível
Ciclo de Caixa e Controle de seu Saldo
Ciclo de caixa de uma empresa industrial
Projeção de Necessidades de Caixa – Orçamento de Caixa
• Desenvolvido pelo levantamento de todas as entradas e saídas de recursos previstas em determinado período
• Obtém-se mais eficiência mediante de divisões de um período maior em intervalos de tempos menores
• Permite que a empresa antecipe-se a eventuais necessidades futuras de recursos ou programe suas aplicações de excedentes de caixa
Modelo de projeção de caixa
G. Saldo Acumulado de Caixa
F. Saldo Líquido de Caixa (C – E)
E. Total das Saídas
D. Saídas Previstas de Caixa
C. Total Entradas + SI (A + B)
B. Entradas Previstas de Caixa
A. Saldo Inicial de Caixa
Pn
($)
P4
($)
P3
($)
P2
($)
P1
($)
PERÍODOSTOTAL
($)DESCRIÇÃO DOS FLUXOS
Projeção de Necessidades de Caixa – Orçamento de Caixa
Modelo de projeção de caixa
Projeção de Necessidades de Caixa – Orçamento de Caixa
Exemplo ilustrativo – Cia. PME
• Saldo inicial de caixa: $ 1.800
• Vendas previstas: 17.000 (60% no 1º sem. e 40% no 2º sem.)
• Compras previstas: $ 6.000 - pagas no semestre
• Despesas operacionais do semestre: $ 3.000
• Despesas financeiras: $ 3.000 – pagas no final do semestre
• Integralização de ações: $ 1.000 no início de março
• Recebimento curto prazo de $ 800 no início de abril
Análise
CUSTO-LUCRO-VOLUME
A análise responde o seguinte:
• O empreendimento é viável?• Qual o produto mais rentável?• Qual o produto mais lucrativo?• Quais as conseqüências da retirada de determinado produto de
fabricação?• Variando um tipo de custo, quais as conseqüências nos resultados da
empresa?• Reduzindo a produção, quais as conseqüências nos resultados?• Quais as conseqüências das variações de custos nos resultados?• Produzindo vários produtos, em proporções diferentes, quais as
conseqüências no ponto de equilíbrio?
Introdução
Ponto de Equilíbrio
Eq = CF
p - cvQuantidade
CF
RT - CVE% = x 100 Percentual da receita
ou da capacidade máxima
E$ = CF
1 - cv/pou E$ =
CF
1 - CV/RTValor da receita
RT = CT ou RT = CF + cv.q Básica
RT
CT
CV
CF
QUANTIDADE
VALOR
E
LUCRO
PREJUÍZO
Ponto de Equilíbrio
CONTÁBIL:
ECONÔMICO:
FINANCEIRO:
LUCRO = ZERO
LUCRO = (+) REMUNERAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO
LUCRO = (-) DEPRECIAÇÃO (+) AMORTIZAÇÃO DE
EMPRÉSTIMO
Os valores destes itens são considerados como custos fixos nas fórmulas.
Ponto de Equilíbrio
Exercício:
A Clinica Boa Saúde está analisando a possibilidade de ampliar as suas instalações. Ela já possui 5 salas destinadas para exames de ultrassonografia e está notando que existe alguma demanda reprimida neste tipo de exame, pois a fila de espera está em 10 (dez) dias.
O proprietário da Clinica, Dr. Marcos, solicitou os seus serviços para prestar uma consultoria de 4 horas. Os dados disponíveis na contabilidade da Clinica são:
Aluguel da sala (15 m2 com banheiro): R$ 1.000,00 / mêsRateio de água, luz e telefone: R$ 200,00 / mêsCustos indiretos (administração e apoio): R$ 10.000,00 / mês
Ainda, você recebeu as seguintes informações:1. O médico que realiza o exame recebe 30% da receita de cada exame;2. Em cada exame são gastos R$ 10,00 de materiais (gel, lençol descartável,....)3. O Dr. Marcos comentou com você que a receita média unitária é de R$ 70,00 / exame4. O Dr. Marcos informou que não é preciso considerar o investimento a ser realizado no local, pois o espaço físico já existe e, se necessário, será realizada uma pequena reforma.
Após repassar estes dados para você, o Dr. Marcos quer saber em quais condições deve abrir esta nova sala de exames ?
Dinâmica
das
a) Planejamento financeiro Necessidades de expansão, desajustes futuros e rentabilidade sobre os
investimentos
Dinâmica das Decisões Financeiras
b) Controle financeiro Análise e correção de desvios entre previsto e realizado
c) Administração de ativos Melhor estrutura dos investimentos em termos de risco e retorno
d) Administração de passivos Gerenciamento de composição de financiamento
Decisões de investimentoAplicação de
recursos
Decisões de financiamentoCaptação de recursos
Decisões de dividendosFinanciamento das atividades
Dinâmica das Decisões Financeiras
Escolha das melhores ofertas de recursos e grau de alavancagem
Decisões de financiamento
Devem adequar o passivo às características de rentabilidade e liquidez das aplicações de recursos
Descrevem as taxas de retorno exigidas pelos detentores de capital
Dinâmica das Decisões Financeiras
Estabelecem um portfólio de oferta de fundos para investimento e alternativas de aplicações
Integração das decisões de investimento e financiamento
Decisão do volume de capital próprio ou de terceiros financiando os investimentos
Política de dividendos: reinvestir lucro ou distribuí-lo? Avaliação dos respectivos ganhos para o acionista
Dinâmica das Decisões Financeiras
Revisando
a
Estrutura de Capital
Estrutura de capital
AC
AP
RLP
PC
Capital de Terceiros (exigível)
Capital Próprio (PL)
Composição das fontes de financiamento a longo prazo da empresa, que visa atender a demanda por recursos de natureza
permanente.
Introdução
Diferentes estruturas de capitais, com maior ou menor participação de capital próprio, alteram o risco financeiro da empresa
AC
AP
RLP
PC
ELP
PL
AC
AP
RLP
PC
ELP
PL
AP
RLP
ELP
PL
AC PC
Estrutura ótima de capital refere-se à proporção de recursos próprios e de terceiros a ser mantido por uma empresa que leva à
maximização da riqueza de seus acionistas
Introdução
O estudo da estrutura de capital está estritamente relacionado com o custo de capital total da empresa (WACC)
A identificação de uma estrutura de custo mínimo, promove a maximização do valor da empresa, beneficiando a riqueza dos proprietários
Na teoria de finanças, é marcante a existência de divergências de opinião acerca da existência ou não da estrutura ótima de capital que promove a redução do WACC
Introdução
Exercício:
A empresa ALFA possui a seguinte estrutura Patrimonial:
Passivo (Recursos de Terceiros) = $ 70.000PL (Recursos Próprios) = $ 30.000
Sabe-se, através da DRE, que as despesas com juros no último período foram de $ 10.500. Também foi informado que o custo do capital próprio é de 20%.
Pede-se:
a) Apure o custo médio ponderado de capital
Conceito de Custo de Oportunidade e outras taxas
Exercício:
São dadas as seguintes taxas:
- Custo do capital próprio- Custo de oportunidade- Custo do capital de terceiros- Taxa livre de risco- Custo médio ponderado de capital- Taxa mínima de atratividade- Taxa interna de retorno
Pede-se que o aluno realize uma pesquisa sobre o conceito de cada taxa e coloque-as em ordem crescente.
Decisões de Financiamento
e
Dimensionamento dos
Fluxos de Caixa
Introdução
As decisões de investimento são voltadas a promover alterações no volume de capital destinado a produção de bens e serviços
Todo o processo de decisões financeiras requer uma compreensão dos princípios de formação e utilização das taxas de juros do mercado
Um investimento é atraente quando seu retorno for superior às taxas de remuneração do capital
Introdução
O processo de avaliação e seleção de alternativas deinvestimento envolve:
a) Dimensionamento dos fluxos de caixa
b) Avaliação dos fluxos de caixa
c) Definição das taxas de retorno exigidas
d) Introdução do risco
Origens das Propostas de Investimentos
Quando a capacidade máxima de produção e venda daempresa for insuficiente para atender a demanda deseus produtos
AMPLIAÇÃO DO VOLUME DE ATIVIDADE
Substituição de ativos fixos obsoletos ou desgastados pelo uso por outro mais moderno, cujas despesas de manutenção sejam mais atraentes
REPOSIÇÃO E MODERNIZAÇÃO DE ATIVOS FIXOS
Origens das Propostas de Investimentos
Processo comparativo onde são confrontados os desembolsos e os benefícios provenientes desse processos de decisão
ARRENDAMENTO OU AQUISIÇÃO
Demais modalidades de propostas de investimentos, principalmente as oriundas de serviços externos deassessoria, P&D, publicidade, etc.
OUTRAS ORIGENS
Formação das taxas de juros do mercado
A taxa de juros reflete a remuneração exigida por um agente econômico ao decidir postergar o consumo, transferindo seus recursos a outro agente
A taxa de juros exprime a confiabilidade dos agentes econômicos com relação ao desempenho esperado da economia
Taxas de juros, empresas e governo
Outros usos: políticas de descontos financeiros, alternativas de pagamentos a fornecedores, políticas de estocagem etc.
Para uma empresa, a taxa de juro reflete o custo de oportunidade de seu capital
A aceitação do investimento somente é decidida quando seu retorno for superior a taxa de juro do capital alocado
Taxas de juros, empresas e governo
O Governo controla os instrumentos da política monetária que permitem regular os níveis das taxas de juros do mercado
O Governo tem o monopólio dos meios de pagamento e emissão de títulos públicos (risk free)
Relevância dos Fluxos de Caixa nas Decisões de Investimento
Por meio dos resultados de caixa, a empresa assume efetiva capacidade de pagamento e reaplicação dos benefícios gerados na decisão de investimentos
É fundamental o conhecimento dos benefícios futuros esperados e de sua distribuição ao longo da vida prevista do projeto
O fluxo de caixa não coincide normalmente com o resultado contábil da empresa, apurado pelo regime de competência
Fluxos de Caixa Incrementais
Os fluxos de caixa são mensurados em termos incrementais, estando perfeitamente associados ao dispêndio de capital
Tudo aquilo que não venha a sofrer variação alguma em função da decisão de investimento tomada não apresenta interesse para o dimensionamento do fluxo de caixa
É fundamental identificar os efeitos colaterais decorrentes do projeto em avaliação sobre os demais resultados da empresa
Desembolso ou investimento inicial
Refere-se ao volume comprometido de capital direcionado à geração de resultados operacionais futuros
São avaliados por seus respectivos preços de compra acrescidos de todos os gastos necessários para serem colocados em funcionamento
A necessidade de investimentos adicionais em capital de giro assume característica idêntica à do investimento de capital
Mensuração dos Fluxos de Caixa
Exemplo ilustrativo
RESULTADOS ANTES DO
NOVO INVESTIMENTO
($)
RESULTADOS ESPERADOS
CONSIDERANDO-SE O NOVO INVESTIMENTO
DO 1º AO3º ANO
($)
DO 4º AO 7º ANO
($)
DO 8º AO10º ANO
($)
Receitas OperacionaisCustos e Despesas OperacionaisDepreciaçõesLOPB
Despesas FinanceirasLucro Antes do IRIR (40%)Lucro Líquido
1.000
(400) (100) 500(200) 300 (120) 180
1.300
(500) (120)
680 (230) 450 (180) 270
1.800
(650) (150) 1.000 (250) 750 (300)
450
1.500
(600)(140) 760 (260) 500 (200) 300
Outras informações: o investimento tem vida útil de 10 anos e os valores acima já estão depurados dos efeitos inflacionários
Métodos
de
Períodos de Payback
Consiste na determinação do tempo necessário para que o dispêndio de capital seja recuperado por meio dos fluxos de
caixa promovidos pelo investimento
É interpretado como um importante indicador do nível de risco de um projeto de investimento
Em épocas de maior incerteza da conjuntura econômica o limite-padrão definido pelas empresas em geral reduz-se
bastante
Períodos de Payback
ALTER-
NATIVA
VALOR DO
INVESTI-MENTO
FLUXOS DE CAIXA
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5
A – $ 300.000 $ 90.000 $ 50.000 $ 60.000 $ 50.000 $ 250.000B – $ 300.000 $ 100.000 $ 100.000 $ 100.000 $ 100.000 $ 100.000
Exemplo ilustrativo
O payback da alternativa A alcança é de 4,2 anos, pois os $300.000 investidos, são recuperados $ 90.000 no primeiro ano, $ 140.000 no segundo ano, $ 200.000 no terceiro, $ 250.000 no quarto e $ 50.000 no último ano (20% x $ 250.000)
O payback da alternativa B alcança é de 3 anos, pois os $300.000 investidos, são recuperados em três meses ($100.000 por mês)
Restrições do método de payback
Duas importantes restrições são normalmente imputadasao método de payback:
a) não leva em conta as magnitudes dos fluxos de caixa e sua distribuição nos períodos que antecedem ao período de payback;
b) não leva em consideração os fluxos de caixa que ocorrem após o período de payback.
Restrições do método de payback
ALTER-
NATIVA
VALOR DO
INVESTI-MENTO
FLUXOS DE CAIXA
ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5
C $ 500.000 $ 400.000 $ 100.000 $ 50.000 $ 50.000 $ 50.000D $ 500.000 $ 100.000 $ 400.000 $ 300.000 $ 300.000 $ 300.000
O payback das duas alternativas é igual a dois anos, podendo ser implementados se o prazo fixado pela empresa for esse e os projetos forem considerados independentes
Porém, é nítida a preferência por C, em razão de promover um retorno, em termos de fluxos de caixa, 80% do valor do investimento no primeiro ano e os 20% restantes no segundo ano
Restrições do método de payback
Utilizando o critério do fluxo de caixa descontado, temos:
A alternativa D tem benefícios mais elevados após o período de payback
O investimento C é inviável economicamente, pois produz um resultado maior que 1
Restrições do método de payback
Conclusões do critério do fluxo de caixa descontado:
A alternativa D dá um retorno mais rápido, podendo ser definida como economicamente mais atraente
ALTERNATIVA D ALTERNATIVA EANO FC
ORIGINAL
($)
FC DESCON-TADO ($)
FCACUMU-LADO ($)
FC ORIGINA
L($)
FC DESCON-TADO ($)
FC ACUMU-LADO
($)
0 (500.000) (500.000) (500.000) (500.000) (500.000) (500.000)
1 100.000) 80.000 ) (420.000) 100.000 ) 80.000 ) (420.000)
2 400.000 )
256.000 ) (164.000) 400.000 ) 256.000 ) (164.000)
3 300.000 )
153.600 ) (10.400) payback
300.000 ) 153.600 )
(10.400) payback
4 300.000 )
122.880 ) 112.480) 300.000 ) 122.880 ) 112.480 )
5 300.000) 98.304 ) 210.784) 100.000 ) 32.768) 145.248)
Restrições do método de payback
Considerando-se as duas alternativas de investimento:
Os projetos têm o mesmo payback, pois, em ambos o capital investido será recuperado no mesmo momento
O projeto D é superior a E, pois apresenta maior fluxo de caixa após o período de payback.
Restrições do método de payback
Comparando os dois investimentos, temos
O método do payback não considera os resultados de caixa que ocorrem após o período de payback.
Taxa Interna de Retorno (IRR)
É a taxa de desconto que iguala, em determinado momento de tempo, as entradas com as saídas previstas de caixa
O cálculo da IRR requer o conhecimento dos montantes de dispêndio de capital e dos fluxos de caixa líquidos incrementais gerados pela decisão
Representa a rentabilidade do projeto expressa em termos de taxa de juros composta equivalente periódica.
Taxa Interna de Retorno (IRR)
A formulação da taxa interna de retorno é representada, supondo-se a atualização de todos os movimentos de caixa
para o momento zero, da forma seguinte:
Onde:I0 = montante do investimento no momento zero (início do projeto);
It = montantes previstos de investimento em cada momento subseqüente;
K = taxa de rentabilidade equivalente periódica (IRR);FC = fluxos previstos de entradas de caixa em cada período de vida do projeto (benefícios de caixa).
Taxa Interna de Retorno (IRR)
Exemplo ilustrativo
Investimento de $ 300 com benefícios de caixa de $ 100, $ 150, $ 180 e $ 120, respectivamente, nos próximos quatro anos
Resolvendo-se com o auxílio de uma calculadora financeira, temos K = 28,04%
A rentabilidade total do projeto atinge 168,8%, ou seja: [(1,2804)4 – 1] x 100 = 168,8%
Relacionando-se esse montante com o investimento inicial, obtém-se a taxa de rentabilidade referente aos quatro anos:
Taxa de Retorno = [($ 806,30/$ 300) – 1] x 100 = 168,8%
Taxa Interna de Retorno (IRR)
FV = 100 (1,2804)3 + 150 (1,2804)2 + 180 (1,2804) + 120FV = $ 806,30
Calculando o valor econômico acumulado pelo projeto aofinal do último ano da vida estimada, temos:
Se a taxa interna de retorno exceder (ou igualar) o percentual mínimo desejado pela empresa, considera-se o investimento como economicamente atraente, devendo ser aceito
O projeto pode até ser lucrativo, mas, se produzir uma taxa de retorno inferior à desejada pela empresa, será inviável
Taxa Interna de Retorno (IRR)
Pressuposto básico da IRR
A taxa interna de retorno de um projeto somente será verdadeira se todos os fluxos intermediários de caixa forem reinvestidos à
própria IRR calculada para o investimento
Se os valores intermediários de caixa não conseguirem atingir tal rentabilidade, a IRR do investimento será reduzida
Assim, muitos projetos lucrativos em determinada época poderão deixar de sê-lo ao longo de sua vida
Pressuposto básico da IRR
100 150 180 120
1 2 3 4 (anos)300
Exemplo ilustrativo:
Considerando o investimento abaixo com os fluxos de caixa:
Resolvendo-se com o auxílio de uma calculadora financeira: IRR (r) = 28,04% a.a.
A impossibilidade de reinvesti-los pela IRR calculada de 28,04% a.a. reduz a rentabilidade do projeto para 26,4% a.a.
Admitindo que os fluxos de caixa do investimento considerado anteriormente sejam reinvestidos às taxas anuais de retorno de 26%, 24% e 20%, respectivamente, temos:
Pressuposto básico da IRR
Pressuposto básico da IRR
O desempenho de um investimento depende não só das projeções de caixa, mas também da taxa de reinvestimento
Cenários recessivos podem reduzir sua taxa de retorno diante de oportunidades menos lucrativas de reinvestimentos
Conclusões
Em momentos de expansão da economia os investimentos demonstram maior atratividade determinada pelas melhores condições de reaplicação dos fluxos intermediários de caixa
Valor Presente Líquido (NPV)
onde:
FCt = fluxo (benefício) de caixa de cada períodoK = taxa de desconto do projeto, representada pela rentabilidade mínima requeridaI0 = investimento processado no momento zeroIt = valor do investimento previsto em cada período subseqüente
O NPV é obtido pela diferença entre o valor presente dos benefícios líquidos de caixa, previstos para cada período do
horizonte de duração do projeto, e o valor presente do investimento (desembolso de caixa):
Valor Presente Líquido (NPV)
Exemplo ilustrativo:
Supondo que uma empresa esteja avaliando um investimento no valor de $ 30.000,00, do qual se esperam benefícios anuais de caixa de $ 10.000, $ 15.000,00, $ 20.000,00 e $ 10.000,00 nos próximos quatro anos e tenha definido uma taxa de retorno de 20%, temos:
Um NPV positivo demonstra uma rentabilidade superior à mínima aceitável, enquanto um NPV negativo indica um retorno inferior à taxa mínima requerida para o investimento
O NPV expressa, em última análise, o resultado econômico (riqueza) atualizado do projeto de investimento
O NPV pressupõe, implicitamente, que seus fluxos intermediários de caixa devem ser reinvestidos à taxa de desconto utilizada na avaliação do investimento.
Valor Presente Líquido (NPV)
Índice de Lucratividade (IL)
É determinado por meio da divisão do valor presente dos benefícios líquidos de caixa pelo valor presente dos
dispêndios (desembolso de capital):
Indica, em termos de valor presente, quanto o projeto oferece de retorno para cada unidade monetária investida
$ 400,00
1 2 3 (anos)$ 1.000,00
$ 600,00
$ 800,00
Exemplo ilustrativo:
Índice de Lucratividade (IL)
O critério de aceitar-rejeitar uma proposta de investimento com base no índice de lucratividade segue o seguinte esquema:
IL > 1: o projeto deve ser aceito (NPV > 0) IL = 1: indica um NPV = 0; em princípio, o projeto é considerado como atraente, pois remunera o investidor em sua taxa requerida de atratividade IL < 1: o projeto apresenta um NPV negativo (destrói valor), devendo, portanto, ser rejeitado
Índice de Lucratividade (IL)
Exercício
Dinâmica
dos
Introdução
Decisões de investimento em condições de restrição de capital
Avaliação de projetos com diferentes maturidades e a distribuição dos fluxos de caixa no tempo
Principais limitações dos métodos de avaliação e decisões conflitantes que podem ocorrer diante de alternativas mutuamente excludentes
Temas estudados:
Análise Comparativa dos Métodospara um Único Investimento
Proporcionar um IL maior ou igual a 1,0
Possuir uma IRR superior à taxa mínima requerida
Apresentar NPV positivo ou, no mínimo, igual a zero
Um investimento será economicamente atrativo se:
Admitindo o seguinte investimento:
PERÍODOS (ANOS)
ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5
($ 1.200,00) $ 200,00 $ 400,00 $ 400,00 $ 600,00 $ 600,00
Ao definir em 15% a taxa periódica de atratividade para o investimento, temos:
Análise Comparativa dos Métodospara um Único Investimento
Apresenta um NPV positivo (NPV > 0), indicando retorno em excesso em relação ao ganho exigido
A IRR supera a taxa de atratividade definida, revelando rentabilidade acima da mínima requerida para o investimento
O IL é maior que 1,0, que representa o ponto de corte entre aceitação e rejeição desse método
O período de payback deve ser comparado com o limite-padrão estabelecido pela empresa
O projeto é classificado como economicamente atraente, pois:
Análise Comparativa dos Métodospara um Único Investimento
Desempenho comparativo: NPV e IRR
Análise Comparativa dos Métodospara um Único Investimento
Perfil do NPV e Payback
Análise Comparativa dos Métodospara um Único Investimento
Decisões Conflitantes
Pelas escalas dos investimentos Pelas diferentes contribuições dos fluxos de
caixa no tempo
As razões dessas diferenças são explicadas:
Em projetos mutuamente excludentes, os métodos NPV e IRR poderão produzir resultados conflitantes para a decisão
Decisões Conflitantes
ALTERNA-
TIVAS
200.000,00180.000,0040.000,0030.000,00200.000,00B40.000,0040.000,0050.000,0060.000,00100.000,00A
T 1 ($)
BENEFÍCIOS ESPERADOS DE CAIXAINVESTIMENTO INICIAL ($)
T 2 ($) T 3 ($) T 4 ($)
Exemplo ilustrativoAlternativas de investimento com taxa de retorno de 20% no período
1,267$ 53.395,1029,7%B
1,272$ 27.160,5035,1%A
ILNPVIRRALTERNATIVASAplicando os métodos de análise, temos:
Decisões Conflitantes
Em investimentos de diferentes escalas, o NPV é superior ao IRR
O NPV mensura a riqueza do projeto em valores absolutos
A IRR é expressa em termos relativos (percentual)
Conflito de decisões em projetos mutuamente excludentes
ALTERNA-
TIVAS
200.000,00180.000,0040.000,0030.000,00200.000,00B40.000,0040.000,0050.000,0060.000,00100.000,00A
T 1 ($)
BENEFÍCIOS ESPERADOS DE CAIXAINVESTIMENTO INICIAL ($) T 1 ($) T 1 ($) T 1 ($)
160.000,00140.000,00(10.000,00)(30.000,00)(100.000,00)Valores incre-mentais (B-A)
Decisões Conflitantes
Análise incremental
NPV incremental:
NPV incremental: $ 26.234,60O NPV incremental define a riqueza adicional acrescida pelo investimento B de maior escala
Decisões Conflitantes
Interseção de FischerÉ a IRR incremental. Revela a taxa de desconto que produz o mesmo NPV para as duas alternativas de investimento
A IRR incremental é obtida por meio da seguinte expressão de cálculo:
Resolvendo-se:IRR (r) = 27,0% ao período
Decisões Conflitantes
Para uma taxa de desconto de até 27,0% ao período, o investimento B é preferível a A, apresentando maior riqueza líquida gerada. A partir de 27,0%, o investimento A passa a ser o mais atraente, mantendo essa superioridade até a taxa de 35,1% ao período
Algumas Conclusões
Não considera o custo de oportunidade definido pela empresa
Dificilmente representa as oportunidades de reaplicação dos fluxos intermediários de caixa
É expressa em valores percentuais, o que distorce a avaliação de projetos com diferentes níveis de investimento
Críticas ao método da IRR
Selecionar um conjunto de alternativas de investimentos que maximize os benefícios econômicos para a empresa
Evitar o uso parcial de recursos para que não haja ociosidade dos fundos programados para investimentos
Em condições onde o capital é limitado por restrições orçamentárias, deve-se:
Decisões de Investimento sob Restrição de Capital
100.000
105.000
10%
200.000
220.000
16%
400.000
460.000
20%
300.000
360.000
30%
500.000
650.000
40%
Valor do Investimento Necessário
Valor Presente dos Benefícios Econômicos Esperados
Taxa Interna de Retorno
E($)
D($)
C($)
B($)
A($)ALTERNATIVAS:
Suponha-se que uma empresa tenha selecionado cinco propostas de investimentos cujas características essenciais são:
Se as propostas forem independentes e os recursos ilimitados, todas poderão ser implementadas
Decisões de Investimento sob Restrição de Capital
Esses três grupos de investimentos são os que produzem o maior retorno econômico para a empresa
As combinações ABD, ACE e BCDE são as opções que absorvem todo o orçamento, não restando valores inativos
Admitindo-se que a empresa disponha unicamente de $ 1.000.000 para investimentos:
O grupo que promove a maximização da riqueza é o que apresenta o maior valor presente líquido total
Decisões de Investimento sob Restrição de Capital
GRUPO ABD
NPV da Alternativa A : $ 650.000 – $ 500.000 = $ 150.000
NPV da Alternativa B : $ 360.000 – $ 300.000 = $ 60.000
NPV da Alternativa D : $ 220.000 – $ 200.000 = $ 20.000
NPV DO GRUPO ABD : $ 230.000
Decisões de Investimento sob Restrição de Capital
GRUPO ACE:
NPV da Alternativa A : $ 650.000 – $ 500.000 = $ 150.000
NPV da Alternativa C : $ 460.000 – $ 400.000 = $ 60.000
NPV da Alternativa E : $ 105.000 – $ 100.000 = $ 5.000
NPV DO GRUPO ACE : $ 215.000
Decisões de Investimento sob Restrição de Capital
GRUPO BCDE:
NPV da Alternativa B : $ 360.000 – $ 300.000 = $ 60.000
NPV da Alternativa C : $ 460.000 – $ 400.000 = $ 60.000
NPV da Alternativa D : $ 220.000 – $ 200.000 = $ 20.000
NPV da Alternativa E : $ 105.000 – $ 100.000 = $ 5.000
NPV DA GRUPO BCDE : $ 145.000
Conclui-se que as alternativas A, B e D (maior NPV) é que devem ser implementadas
Decisões de Investimento sob Restrição de Capital
Exercício:
São fornecidos os seguintes dados sobre os projetos da empresa GAMA:
Projeto A B C D E
Ano 0 (100) (100) (100) (100) (100)Ano 1 - 30 25 50 40Ano 2 - 40 30 40 40Ano 3 100 50 35 30 40Ano 4 100 60 40 20 40
O Custo de oportunidade é de 10%.
Pede-se:
a) Elabore o fluxo de caixa de cada projetob) Qual a alternativa incorreta ? 1. Projeto que apresenta menor período de “payback” descontado é “C”; 2. Menor NPV é do projeto “C” 3. O IL do projeto E é 1,27
Risco e Retorno
Risco: capacidade de se mensurar o estado de incerteza de uma decisão mediante o conhecimento das probabilidades de ocorrência de determinados resultados
Introdução
Parte-se do pressuposto que todo investidor tem aversão ao risco e prefere maximizar o retorno de seusinvestimentos
As decisões financeiras são tomadas em um ambiente de incerteza com relação ao futuro
Nenhum investidor é capaz de identificar ativos com preçoem desequilíbrio
Mercado Eficiente
O valor de um ativo é reflexo do consenso dos participantes com relação ao seu desempenho esperado
É aquele onde os preços refletem as informaçõesdisponíveis e apresentam grande sensibilidade a novas informações relevantes
Hipótese c As informações são instantâneas e
gratuitas aos participantes do mercado
Mercado Eficiente
Hipótese b O mercado é constituído de investidores racionais
Hipótese a Nenhum participante tem a capacidade de influenciar o
preço das negociações
Hipóteses básicas do mercado eficiente
Hipótese fAs expectativas dos investidores são homogêneas
Mercado Eficiente
Hipótese e Os ativos são divisíveis e negociados sem
restrições
Hipótese d O mercado trabalha com inexistência de racionamento de capital
O mercado sofre influência de políticas adotadas pelo governo
Mercado Eficiente
Há um grande número de participantes com menor qualificação para interpretar as informações relevantes
As informações muitas vezes não estão igualmente disponíveis para todos os investidores
Aspectos de imperfeição de mercado
Distribuição de probabilidades: divisão dos resultados esperados pelos valores possíveis de se verificar uma probabilidade de ocorrência
Variáveis aleatórias: conjunto de eventos incertos representado pelos resultados possíveis de ser gerados
O conceito básico de probabilidade refere-se à possibilidade de ocorrência de determinado evento
Fundamentos de Probabilidade e Medidas Estatísticas
Medidas estatísticas de Risco e Retorno
VALOR ESPERADO:
Representa uma média dos vários resultados esperados ponderada pela probabilidade atribuída a cada valor
Onde:E(R) = R = retorno (valor) esperadoPK = probabilidade de ocorrência de cada eventoRK = valor de cada resultado considerado
DESVIO-PADRÃO E VARIÂNCIA: Medem o grau de dispersão dos resultados em relação à média, representado o risco dos possíveis resultados em relação ao valor esperado
= símbolo grego (sigma) representando o desvio-padrãoVAR = variância. É o desvio-padrão elevado ao quadrado
Medidas estatísticas de Risco e Retorno
Admita ilustrativamente que se esteja avaliando o risco de dois investimentos A e B:
INVESTIMENTO A INVESTIMENTO B
RESULTADOS ESPERADOS
PROBABILIDADES
RESULTADOS ESPERADOS
PROBABILIDADES
$ 600 10% $ 300 10%
$ 650 15% $ 500 20%
$ 700 50% $ 700 40%
$ 750 15% $ 900 20%
$ 800 10% $ 1.100 10%
Medidas estatísticas de Risco e Retorno
Valor Esperado do Investimento A E(RA) = (0,10 x $ 600) + (0,15 x $ 650) + (0,50 x $ 700)
+ (0,15 x $ 750) + (0,10 x $ 800) E(RA) = $ 700,00
Valor Esperado do Investimento B E(RB) = (0,10 x $ 300) + (0,20 x $ 500) + (0,40 x $ 700)
+ (0,20 x $ 900) + (0,10 x $ 1.100) E(RB) = $ 700,00
Substituindo a expressão de cálculo para os investimentosanteriores, tem-se:
Medidas estatísticas de Risco e Retorno
Cálculo do desvio-padrão:
Desvio-padrão A = $ 52,44
Desvio-padrão B = $ 219,09
Medidas estatísticas de Risco e Retorno
Distribuições de probabilidades das alternativas de investimentos A e B.
Medidas estatísticas de Risco e Retorno
A alternativa a apresenta o mesmo retorno esperado e um nível mais baixo de risco, sendo considerada a mais atraente
A alternativa b possui um desvio-padrão maior, sendo classificada como a de maior risco
As duas alternativas apresentam o mesmo valor esperado ($ 700), sendo indiferentes em termos de retorno
Análise dos resultados obtidos
Medidas estatísticas de Risco e Retorno
Exercício:
Sendo dois ativos com os seguintes percentuais de retorno e probabilidades , pede-se:
- calcule os retornos esperados de cada título;- calcule as medidas de dispersão (variação e desvio-padrão dos ativos;- elabore um gráfico com a distribuição de probabilidades.
Risco e Retorno Esperados
RISCO ECONÔMICO Advindo de conjunturas econômicas, de mercado e do próprio planejamento e gestão da empresa
Componentes do RISCO:
RISCO FINANCEIRO Está relacionado com o endividamento da empresa e sua capacidade de solvência
RISCO SISTEMÁTICO É inerente a todos os ativos e determinado por eventos externos à empresa e não pode ser eliminado ou reduzido
Componentes do RISCO:
RISCO NÃO SISTEMÁTICO (Diversificável) Identificado nas características do próprio ativo (intríseco) e pode ser total ou parcialmente diluído pela diversificação da carteira
Risco e Retorno Esperados
O risco total de qualquer ativo é mensurado da forma seguinte:
Risco Total = Risco Sistemático +
Risco Não Sistemático
Risco e Retorno Esperados
Risco na Estrutura de uma Carteira de Ativos
Uma carteira de ativos deve ser formada com alternativas que levem à melhor diversificação do risco
alternativas de investimento que possuam correlações
perfeitamente opostas e extremasInvestimentos com relaçãoperfeitamente negativa
Investimentos com relaçãoperfeitamente positiva
OBJETIVO DO ESTUDO DE CARTEIRAS NA TEORIA DO PORTFÓLIO
Selecionar a carteira que oferece o maior retorno possível
para determinado grau de risco;
Selecionar a carteira que produza o menor risco possível
para determinado nível de retorno esperado.
Risco na Estrutura de uma Carteira de Ativos
Diversificação do risco
A redução do risco pela diversificação
Relação entre o risco (medido pelo desvio-padrão) e a quantidade de ativos inseridos na carteira
Diversificação do risco
A diversificação pode ser adotada em carteiras de diferentes naturezas, como ações, projetos de investimentos, etc
A partir de certo número de títulos, o risco da carteira se mantém praticamente estável, correspondendo unicamente a sua parte não diversificável
Conforme se amplia a diversificação da carteira por meio da inclusão de mais títulos, seu risco total decresce em função da eliminação do risco não sistemático
Diversificação do risco
Exemplo ilustrativo
ESTADO DE NATUREZA
PROBABILIDADE DE OCORRER
RETORNO DO ATIVO
A
RETORNO DO ATIVO B
CrescimentoEstabilidadeRecessão
30%40%30%
28% 14%– 4%
8%12% 7%
Os retornos esperados de cada título são: E (RA) = (28% x 30%) + (14% x 40%) + (– 4% x 30%)
E (RA) = 12,8%
E (RB) = (8% x 30%) + (12% x 40%) + (7% x 30%)
E (RB) = 9,3%
Diversificação do risco
Supondo que cada ativo receba 50% do investimento, temos: E (Rp) = (12,8% x 50%) + (9,3% x 50%)
E (Rp) = 11,05%
O desvio-padrão dos retornos dos ativos atinge: = [(28,0% – 12,8%)2 x 30% + (14,0% – 12,8%)2 x 40% + (– 4,0% – 12,8%)2 x 30%]1/2 = 12,4%
= [(8,0% – 9,3%)2 x 30% + (12,0% – 9,3%)2 x 40% + + (– 7,0% – 9,3%)2 x 30%]1/2 = 2,2%
O risco da carteira atinge:
= (12,4% x 50%) + (2,2% x 50%) = 7,3%
Diversificação do risco
ESTADO DE NATUREZA
RETORNO ESPERADOCrescimentoEstabilidadeRecessão
E (R) = (28% x 50%) + (8% x 50%) = 18% E (R) = (14% x 50%) + (12% x 50%) = 13% E (R) = (– 4% x 50%) + (7% x 50%) = 1,5%
Para o cálculo do risco de um portfólio, é necessário levar em consideração não somente a participação e o risco de cada ativo individualmente, mas também como os ativos se correlacionam:
= [(18,0% – 11,05%)2 x 30% + (13,0% – 11,05%)2 x 40% + + (1,5% – 11,05%)2 x 30%)]1/2
= 6,59%
Teoria do Portfólio
Risco de uma Carteira
O risco de uma carteira depende da forma como seus elementos se relacionam
A redução do risco de uma carteira pode ser promovida pela seleção de ativos que mantenham relação inversa entre si
O risco de um ativo mantido fora de uma carteira é diferente de seu risco quando incluído na carteira
Risco de uma Carteira
Risco de uma carteira composta de dois ativos (X e Y):
Participação do ativo X no portfólio
Participação do ativo Y no portfólio
Variância dos retornos do ativo X
Covariância entre os ativos X e Y
Variância dos retornos do ativo Y
Conjunto de Combinações de Carteiras
CARTEIRA PARTICIPAÇÃO DO ATIVO X
(WX)
PARTICIPAÇÃO DO ATIVO Y
(WY)
RETORNO ESPERADO E (Rr) = Rr
RISCO(sr)
123456789
0% 10% 15% 25% 50% 75% 85% 90%100%
100% 90% 85% 75% 50% 25% 15% 10% 0%
12,45%13,13%13,47%14,15%15,85%17,55%18,23%18,57%19,25%
13,40%13,16%13,52%15,08%22,12%31,05%34,80%36,70%40,65%
Combinações das participações dos ativos X e Yem carteiras ilustrativas
Conjunto de Combinações de Carteiras
Representação gráfica do conjunto de combinações
As oportunidades de investimentos a serem consideradas estão localizadas sobre a curva MF - fronteira eficiente
Project Finance
DEFINIÇÕES1. Uma operação financeira?2. Uma forma de engenharia financeira?3. Uma modalidade de financiamento?
1. Financiamento de projeto economicamente viável através de SPE.
2. Atenuação dos riscos via compartilhamento entre as partes.
3. Complexos arranjos de garantias.
POR QUE O PROJECT FINANCE?
“Quando o projeto for grande e caro (notadamente os de infra-estrutura) para ser implementado por uma única empresa (ou governo), os riscos forem consideráveis, porém o potencial de retorno for muito atrativo; o Project Finance pode ser a resposta.”
QUAIS AS VANTAGENS?
1. Aumento da alavancagem financeira dos patrocinadores, permi-tindo que participem de diversos projetos (aumento da capacidade de endividamento), alocando um volume menor de capital e reduzindo o risco.
2. A segregação e o compartilhamento do risco entre os participantes torna o projeto (com intensiva necessidade de capital) mais atrativo.
3. Substituição de parte das garantias reais por garantias de desempenho do projeto (convenants).
4. Os investidores possuem o controle sobre o destino do retorno de seus investimentos.
QUAIS AS DESVANTAGENS?
1. A complexidade contratual, devido a participação de várias partes, de se fechar um arranjo de financiamento com responsabilidades e garantias de cada um dos envolvidos, eleva os custos de transação e demanda uma quantidade de tempo superior ao exigido pelos financiamentos corporativos.
A ESTRUTURA DO PROJECT FINANCE
SPE
Patrocinador
Construtor
Fornecedor
Operador
Seguradora
Poder Concedente
Financiador
Comprador
Ass. Financeiro
Ass. Jurídica
NOMENCLATURA DOS PARTICIPANTES NA LINGUA INGLESAPatrocinador = sponsorComprador = off-takerFinanciador = lenderOperador = operatorFornecedor = supplierConstrutor = constructorSeguradora = insurance companyAssessor financeiro = financial advisorAssessor jurídico = legal advisor
O PROJECT FINANCE EM INVESTIMENTOS EM ENERGIA
Apresentação do caso da UHE Cana Brava (GO)
1. Primeiro projeto financiado via project finance no Brasil.
2. O projeto envolveu um produtor (concessão) e um comprador privado onde as tarifas de energia elétrica foram fixadas livremente entre as partes.
3. A produção que exceder a energia contratada poderá ser vendida no mercado (MAE).
4. Foi criada uma SPE (a CEM – Cia Energética Meridional) para desenvolver, projetar, financiar, segurar, construir, operar e manter a UHE Cana Brava.
O PROJECT FINANCE EM INVESTIMENTOS EM ENERGIA
Apresentação do caso da UHE Cana Brava (GO)
5. Construção via contrato de EPC (Engenharia, Suprimento, Construção) com consórcio de 4 empresas: Odebrecht, Andrade Gutierrez, Voith e Siemens.
6. A patrocinadora participou com 30% dos recursos necessários.
7. Os Financiadores: BNDES, BID, DrKW (banco de investimento), Fortis (seguradora e banco de investimento), ANZ (instituição financeira)
Considerações Finais
Apêndice: COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO
A covariância positiva (COV > 0) indica que o retorno de dois títulos apresentam comportamento de mesma tendência A covariância é negativa (COV < 0) quando dois ativos
apresentam relações inversas
Não se verificando associação alguma entre os títulos, a covariância é dita nula (COV = 0)
Identifica como determinados valores se inter-relacionam
COVARIÂNCIA
Apêndice: COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO
Exemplo Ilustrativo
Admitindo o desempenho esperado de dois títulos (A e B) diante de três cenários econômicos, temos:
Recessão – 15% 20%
Estabilidade 35% – 15%
SITUAÇÃO DAECONOMIA
RETORNO DOTÍTULO A
RETORNO DOTÍTULO B
Crescimento 55% 10%
– 15% 35%
55% RA = 25%
– 40% 10% 30%
20% – 15%
10% RB = 5%
15% – 20%
5%
– 6% – 2%
1,5% – 6,5%
COV = -6,5%/3 = -2,17%. A covariância é negativa, indicando associação inversa entre os dois títulos
Apêndice: COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO
Explica o grau de relacionamento verificado no comportamento de duas ou mais variáveis
A quantificação desse relacionamento é medida pelo coeficiente de correlação, que varia de +1 a -1
Variáveis negativamente correlacionadas = -1 Variáveis positivamente correlacionadas = +1 Variáveis sem relação alguma = 0
CORRELAÇÃO
Apêndice: COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO
Coeficiente de correlação
Valor do coeficiente de correlação para diferentes associações de valores
Correlação Positiva Correlação Perfeita Positiva
Correlação Negativa
Correlação Perfeita Negativa
Correlação Nula
Apêndice: COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO
PREÇO DE VENDA
(VARIÁVEL X)
DEMANDA(VARIÁVEL Y)
$ 40$ 48$ 52$ 36$ 32
10 unidades 8 unidades 7 unidades11 unidades12 unidades
Exemplo Ilustrativo
Admitindo os seguintes valores para a demanda e o preço de venda dos bens de consumo:
As variáveis preço e demanda apresentam um movimento conjunto proporcional. Um aumento de $ 8 no preço de venda determina a redução de 20% no número de unidades demandadas. Existe uma correlação perfeita negativa (igual a –1)
Apêndice: COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO
Regressão Linear
Expressão matemática que permite identificar a relação das variáveis e realizar projeções futuras
A expressão da reta ajustada, em que os valores de X explicarão os de Y, é definida por
Onde: Y = variável dependente X = variável explicativa a = coeficiente linear b = coeficiente angular
Apêndice: COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO
Função linear das variáveis de estoques (Y) e vendas (X) de uma empresa referentes aos períodos de 19X1 a 19X7
Apêndice: COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO
Os parâmetros constantes a e b são obtidos de acordo com as seguintes expressões de cálculo:
ou
Apêndice: COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO
O parâmetro linear a revela que o estoque alcança $ 0,3813 mil quando as vendas forem nulas (X = 0)
A inclinação da reta indica as alterações dos valores dos estoques dadas as variações no montante de vendas
Logo, a ocorrência de um aumento de $ 1.000 nas vendas implica alteração de $ 6,55 nos estoques, e assim por diante.
Obrigado pela sua atenção !!!
Silvio JoséEmail: sjmsbr@yahoo.com.br
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