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Monitorização do desenvolvimento organizacional
dos cuidados de saúde primários *
1º Quadrimestre 2011 (Abril)
Questionário aos coordenadores das unidades de apoio à gestão (UAG)
1 Introdução ........................................................................................................................................... 2
2 Respostas dos coordenadores das UAG .............................................................................................. 3
2.1 Actividade geral da UAG ............................................................................................................. 4
2.2 Coordenação dos serviços auxiliares de apoio e vigilância ......................................................... 5
2.3 Comunicação e a interligação com as unidades funcionais ........................................................ 6
2.4 Dispositivos de gestão de recursos ............................................................................................. 7
2.5 Tempo médio de resposta às solicitações das unidades funcionais ........................................... 8
2.6 Assessoria técnica ....................................................................................................................... 9
2.7 Acompanhamento dos contratos – programa .......................................................................... 10
2.8 Gestão de recursos humanos.................................................................................................... 11
2.9 Gestão de instalações ............................................................................................................... 12
2.10 Gestão de equipamentos .......................................................................................................... 13
2.11 Gestão da informação ............................................................................................................... 14
2.12 Gestão energética ..................................................................................................................... 15
2.13 Gestão financeira ...................................................................................................................... 16
2.14 Recursos humanos – quantidade .............................................................................................. 17
2.15 Qualificações e competências dos profissionais das UAG ........................................................ 18
2.16 Qualidade global das instalações .............................................................................................. 19
2.17 Qualidade global dos equipamentos e recursos materiais da UAG .......................................... 20
2.18 Sistema de informação ............................................................................................................. 21
2.19 Unidade docente – formação pós-graduada ............................................................................ 22
2.20 Comentários e observações adicionais ..................................................................................... 25
3 Discussão e conclusões ...................................................................................................................... 26
Coordenadores das UAG Análise detalhada Abril 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
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1 Introdução
Foram enviados questionários a todos os directores executivos, coordenadores das unidades
funcionais, presidentes dos conselhos clínicos e dos conselhos da comunidade, coordenadores
das unidades de apoio à gestão e dos gabinetes do cidadão. Cada questionário é específico
para cada unidade ou órgão de gestão. O primeiro questionário online esteve disponível para
preenchimento entre os dias 1 de Março e 13 de Abril de 2011.
Do total dos 1240 questionários enviados obtiveram-se 555 respostas completas, o que
representa uma taxa de resposta de 45%. Algumas respostas foram consideradas incompletas,
por apenas se encontrarem preenchidos alguns campos, em número insuficiente para um
adequado tratamento de dados. Estas foram excluídas da análise e não estão contabilizadas
nas taxas de resposta.
O grupo com maior taxa de resposta foi o dos coordenadores das unidades de cuidados na
comunidade (UCC), com um valor de 77%, seguido do grupo dos directores executivos com
70%. Os grupos com menor taxa de resposta foram o dos coordenadores das unidades de
cuidados de saúde personalizados (UCSP), com 27% e o dos presidentes dos conselhos da
comunidade, com 26% (Quadro 1).
Quadro 1. Taxas de resposta aos questionários – Abril 2011
Questionários específicos
Enviados Respostas recebidas
Respostas completas
Taxa de resposta (%)
Directores Executivos 71 69 50 70
Presidentes dos Conselhos Clínicos 68 46 36 53
Unidades de Saúde Familiar 283 161 142 50
Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados
461 181 124 27
Unidades de Cuidados na Comunidade 92 94 71 77
Unidades de Saúde Pública 71 44 35 49
Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados
44 30 28 64
Unidades de Apoio à Gestão 34 27 18 53
Gabinetes do Cidadão 66 45 38 58
Conselhos da Comunidade 50 16 13 26
Totais 1240 713 555 45
Coordenadores das UAG Análise detalhada Abril 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
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2 Respostas dos coordenadores das UAG
Quadro 2. Taxa de resposta ao questionário enviado aos coordenadores das UAG
Questionário
específico Enviados
Respostas
recebidas
Respostas
completas
Taxa de
resposta
Coordenadores das UAG 34 27 18 53%
Foram enviados questionários a 34 coordenadores de UAG, tendo sido recebidas 27 respostas.
Destes, 18 foram considerados válidos, o que significa que 16 coordenadores a quem foi
enviado o questionário, não estão representados nesta análise (Quadro 2).
Quadro 3. Taxas de resposta dos coordenadores das UAG, por região de saúde
Região de saúde
Questionários enviados
Respostas recebidas
Respostas completas
Taxa de resposta (%)
Norte 12 10 9 75
Centro 7 6 5 71
LVT 11 5 2 18
Alentejo 3 3 1 33
Algarve 1 1 1 100
Total 34 25* 18 53 (continente)
* O total de respostas recebidas por ARS não corresponde ao total de respostas recebidas, dado que
dois respondentes não seleccionaram a ARS a que pertencem. Por não se tratar de questionários de
resposta completa, estes não estão contabilizados na análise.
Coordenadores das UAG Análise detalhada Abril 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
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2.1 Actividade geral da UAG
A maioria dos respondentes atribui o nível elevado (55,5%). Na região Centro 60% dos coordenadores
atribuíram o nível médio (Figura 1). No Quadro 4 transcrevem-se os comentários associados a esta
pergunta.
Figura 1. Percepção dos coordenadores quanto à actividade da UAG, por região de saúde
Quadro 4. Comentários dos coordenadores acerca da actividade da UAG
Face à dispersão geográfica dos 5 centros de saúde e extensões que compõem este ACES, tem-se
revelado difícil por falta de recursos humanos, particularmente técnicos superiores, face às exigências
diárias das unidades funcionais, da ARS e de outras instituições. Em termos de apoio técnico
qualificado, a actividade tem sido desenvolvida na óptica do "bombeiro" apagando os fogos, sobrando
pouco tempo para uma definição estratégica de actuação da UAG. Além disso, com a extinção das
sub-regiões e a inexistência de uma política concreta e organizada de recursos partilhados, tem sido
chamado o ACES a responder a todas as áreas de actuação (informática, instalações, equipamentos,
recursos humanos, económicos e financeiros, aprovisionamento e inventariação do imobilizado)
Estrutura geral incipiente
A unidade encontra-se devidamente estruturada em 4 departamentos abrangendo as 4 áreas clássicas
da gestão (gestão financeira e contabilidade, recursos humanos, serviços gerais e aprovisionamento e
sistemas de informação). Salienta-se o facto de apenas em Setembro termos instalações próprias para
esta unidade o que permitiu o alargamento de recursos e apenas em Novembro teve coordenador
Numa ULS, o papel da UAG surge mais como um "interface" de articulação entre os serviços não clínicos, dada a centralização dos mesmos e a sua resposta global – CS e HH
A UAG encontra-se dispersa por diferentes pólos (antigos centros de saúde), criando
constrangimentos no seu funcionamento e coordenação. Como exemplo, a contabilidade está num
local, recursos humanos em dois locais e aprovisionamento num dos locais
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Nível médio (3)
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* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
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2.2 Coordenação dos serviços auxiliares de apoio e vigilância
A maioria dos respondentes considera a coordenação dos serviços auxiliares de apoio e vigilância como
de nível médio (55,6%). As respostas variam de região para região (Figura 2) No Quadro 5 transcrevem-
se os comentários associados a esta pergunta.
Figura 2. Percepção dos coordenadores quanto aos serviços auxiliares de apoio e vigilância, por região de saúde
Quadro 5. Comentários dos coordenadores acerca dos serviços auxiliares de apoio e vigilância
A coordenação fica prejudicada pela dispersão geográfica dos 5 centros de saúde e suas extensões,
agravada pelo facto da criação de novas USF, UCSP, UCC e URAP, que cada vez mais têm exigido este
tipo de recursos (humanos) e que não existem. Aliás, com a carência de secretários clínicos para as
USF e UCSP, têm sido aproveitados estes profissionais, que detêm o 12.º ano, para o exercício das
funções administrativas
A coordenação é feita localmente nos centros de saúde através de um elo de ligação da UAG e centralmente pela UAG
São os centros de saúde a coordenar o sector (via enfermagem) com o conselho clínico do ACES e
recursos humanos da ULS a interferir quando necessário
As unidades funcionais estão em fase de organização, pelo que ainda é cedo para analisar. Por outro lado, há falta de recursos humanos na UAG o que dificulta esta coordenação
Existe falta de recursos humanos
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Nível baixo (1,2)
Nível médio (3)
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2.3 Comunicação e a interligação com as unidades funcionais
Metade dos coordenadores que responderam ao questionário atribuiu o nível elevado (50%) à
comunicação e interligação com as restantes unidades funcionais do ACES. As respostas variam de
acordo com as regiões de saúde (Figura 3). No Quadro 6 transcrevem-se os comentários associados a
esta pergunta.
Figura 3. Percepção dos coordenadores quanto à comunicação e interligação com as outras unidades funcionais (relativamente aos serviços de apoio e vigilância), por região de saúde
Quadro 6. Comentários dos coordenadores acerca da comunicação e interligação com as outras
unidades funcionais (relativamente aos serviços de apoio e vigilância)
De uma forma geral boa, através do manual de articulação elaborado com as unidades
As unidades funcionais (DL nº 28/08) estão em fase de construção e tudo se passa ainda na anterior rotina. Existe uma USF em funcionamento
As unidades funcionais estão em fase de organização, pelo que ainda é cedo para analisar. Por outro
lado, há falta de recursos humanos na UAG o que dificulta esta coordenação
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50 Nível baixo (1,2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4,5)
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2.4 Dispositivos de gestão de recursos
A maioria dos respondentes atribui o nível médio (55,6%) aos dispositivos de gestão de recursos. Na
região Centro, 60% atribuíram o nível baixo (Figura 4). No Quadro 7 transcrevem-se os comentários
associados a esta pergunta.
Figura 4. Percepção dos coordenadores quanto à gestão de recursos, por região de saúde
Quadro 7. Comentários dos coordenadores acerca dos dispositivos de gestão de recursos
Penso que apesar da escassez existente de recursos humanos, os poucos disponíveis têm sido geridos de forma a evitar rupturas. Existe no entanto uma carência de sistemas informáticos de suporte à gestão de recursos
A gestão de recursos está diluída pelos vários serviços da ULS (aprovisionamento, recursos humanos, sistema de informação, etc).
A informação disponibilizada pela aplicação informática é insuficiente e limitada aos "mapas" pré-
definidos. Deveria ser dada mais formação acerca da possibilidade de recolher outras informações
extra "mapas"
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Nível médio (3)
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2.5 Tempo médio de resposta às solicitações das unidades funcionais
O tempo médio de resposta às solicitações das unidades funcionais foi classificado como de nível médio
por 55,6% dos respondentes. As respostas variam muito de região para região (Figura 5). No Quadro 8
estão transcritos os comentários relacionados com esta pergunta.
Figura 5. Percepção dos coordenadores quanto ao tempo médio de resposta às solicitações das unidades funcionais, por região de saúde
Quadro 8. Comentários dos coordenadores acerca do tempo médio de resposta às solicitações
Tem-se organizado os serviços, por área de actuação, de forma a responder dentro dos recursos existentes no ACES no dia ou no dia seguinte. Contudo, como uma grande parte das solicitações tem de ser reportada à equipa de projecto, para efeitos de obtenção de cabimento e/ou de autorização, temos situações que demoram mais de 18 meses a ser realizadas. Por exemplo, a substituição de alguns equipamentos, inclusive os referentes à prestação directa dos cuidados, a solicitação de informação dos funcionários - uma vez que os processos individuais dos trabalhadores continuam na posse da equipa de projecto
De acordo com o âmbito de competências do ACES. Quando são situações dependentes dos serviços partilhados da ARS, o ACES não tem possibilidade de responder de forma célere
As respostas às solicitações das unidades funcionais no que respeita a situações resolúveis da competência delegada no ACES são atempadamente solucionadas, aquelas que não foram subdelegadas dependendo da ARS têm prazos muito mais alargados
Mantendo-se ainda a organização anterior, os tempos de resposta continuam longos
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2.6 Assessoria técnica
44,4% dos coordenadores que responderam ao questionário atribuíram o nível elevado à assessoria
técnica prestada pela UAG. As respostas das várias regiões de saúde são muito variadas (Figura 6). No
Quadro 9 transcrevem-se os comentários associados a esta pergunta.
Figura 6. Percepção dos coordenadores quanto à assessoria técnica, por região de saúde
Quadro 9. Comentários dos coordenadores acerca da assessoria técnica
Com apenas um técnico, o coordenador, é de todo insuficiente e impossível acompanhar todas as vertentes da reforma de uma forma eficiente e eficaz: tenho de organizar serviços, espaços, viaturas, pronunciar e emitir pareceres em todas as áreas (pessoal, financeira, aprovisionamento), acompanhar e monitorizar a contratualização interna e externa, aceder às mais diversas aplicações para fornecer/obter informação (SIARS, SICA, GEADAP, IGCP), etc
Não possuimos assessores
Faltam alguns técnicos nomeadamente na área jurídica
Como "interface" dos centros de saúde e sede da ULS, nos assuntos em que é necessário intervir, é possível reconhecer algumas melhorias
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2.7 Acompanhamento dos contratos – programa
A maioria dos coordenadores (55,6%) atribuiu o nível baixo ao acompanhamento dos contratos –
programa. As respostas não seguem a mesma tendência em todas as regiões de saúde (Figura 7). No
Quadro 10 estão transcritos os comentários associados a esta pergunta.
Figura 7. Percepção dos coordenadores quanto ao acompanhamento dos contratos - programa, por região de saúde
Quadro 10. Comentários dos coordenadores acerca do acompanhamento dos contratos - programa
A celebração do contrato - programa 2010, foi efectuado quase no final do ano
Não aplicável. Não foi celebrado ainda nenhum
A colaboração e o esforço do departamento de contratualização da ARS têm sido valiosos. No entanto, falta muita informação atempada ao ACES para poder acompanhar eficazmente o contrato-programa, sobretudo as questões que nos preocupam a todos, relacionadas com os custos (prescrição médica e outros custos). Temos consciência do esforço que a ARS tem efectuado, apresentando melhorias significativas neste item
Sistemas de informação em tempo real inexistentes
Não foram ainda celebrados contratos - programa com o ACES
Não existem contratos-programa celebrados
(Nível 2) Falta de recursos humanos
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2.8 Gestão de recursos humanos
A mesma percentagem de coordenadores (50%), atribuiu o nível baixo e o nível elevado à gestão de
recursos humanos. No Alentejo e Algarve, todos os coordenadores que responderam ao questionário
atribuíram o nível elevado (Figura 8). No Quadro 11 estão transcritos os comentários relacionados com
esta pergunta.
Figura 8. Percepção dos coordenadores quanto à gestão de recursos humanos, por região de saúde
Quadro 11. Comentários dos coordenadores acerca da gestão de recursos humanos
Ausência de autonomia do ACES relativamente à celebração de contratos. Definição do perfil de competências dos profissionais necessários
Ainda muito incipientes, devido essencialmente à centralização da decisão dessas matérias na ARS e/ou equipas projecto
Dependemos de uma equipa de projecto. Processos individuais não estão disponíveis para a UAG
Há um trabalho de coordenação. No entanto, o circuito tem falhas, naturalmente, com muita dispersão e atrasos
Há necessidade de mais formação
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2.9 Gestão de instalações
A percentagem de coordenadores que atribuíram o nível médio (44,4%) à gestão das instalações, foi
superior aos que atribuíram os restantes níveis. Na região Centro, predomina o nível baixo (60%) (Figura
9). No Quadro 12 estão transcritos os comentários relacionados com esta pergunta.
Figura 9. Percepção dos coordenadores quanto à gestão de instalações, por região de saúde
Quadro 12. Comentários dos coordenadores acerca da gestão de instalações
Ausência de autonomia do ACES. Todas as intervenções necessárias são solicitadas ao gabinete de instalações e equipamentos da ARS
Como o ACES depende da intervenção de técnicos (além do cabimento e autorização) que estão na equipa de projecto, por vezes algumas pequenas intervenções que se tornam imprescindíveis e de baixos custos, demoram ou nem são realizadas. Dou o exemplo de uma extensão de saúde neste ACES, que desenvolve a actividade no 1º andar de um edifício, sem elevador ou rampa de acesso para deficientes (reportada há vários meses)
Em trabalho de sistematização a partir de 01/01/2011. Necessidade de sistema de informação integrado
Sendo um serviço centralizado na ULS, a articulação faz-se mas com um carácter descoordenado. Demasiadas pessoas envolvidas nos processos, com demoras nas tomadas de decisão
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2.10 Gestão de equipamentos
Em termos gerais, não houve diferenças nas percentagens atribuídas a cada um dos níveis possíveis de
resposta. Na região Norte foi superior o número de respondentes que optaram pelo nível médio (55,6%)
e na região Centro foi superior a percentagem atribuída ao nível baixo (60%) (Figura 10). No Quadro 13
estão transcritos os comentários associados a esta pergunta.
Figura 10. Percepção dos coordenadores quanto à gestão de equipamentos, por região de saúde
Quadro 13. Comentários dos coordenadores acerca da gestão de equipamentos
Ausência de autonomia do ACES. Todas as intervenções necessárias são solicitadas ao gabinete de instalações e equipamentos da ARS
Para gerir é necessário existirem os equipamentos e condições. A decisão de autorização da aquisição está na ARS, provocando demora de mais de 6 meses no seu fornecimento, mesmo que seja a de uma cadeira, e quando é fornecido. Temos recorrido à partilha de equipamentos, mas em alguns casos é mesmo necessário substituir ou fornecer novos, o que se tem revelado difícil
Em trabalho de sistematização a partir de 01/01/2011. Necessidade de sistema de informação integrado
Sendo um serviço centralizado na ULS, a articulação CS faz-se, mas com um carácter descoordenado. Demasiadas pessoas envolvidas nos processos, com demoras nas tomadas de decisão
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2.11 Gestão da informação
No total, 44,4% dos coordenadores atribuíram o nível médio e 33,3% o nível elevado à gestão da
informação. As respostas variam muito de região para região (Figura 11). No Quadro 14 transcrevem-se
os comentários associados a esta pergunta.
Figura 11. Percepção dos coordenadores quanto à gestão da informação, por região de saúde
Quadro 14. Comentários dos coordenadores acerca da gestão da informação
Ausência de endereços electrónicos para todos os profissionais, com criação de intranet
Os serviços de informática mantêm a autonomia anterior, pelo que há intervenções no âmbito do ACES que nem se conhecem na devida altura
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Nível baixo (1,2)
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2.12 Gestão energética
A gestão energética foi classificada como de nível baixo pela maioria dos respondentes (77,7%). À
excepção das regiões do Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo, a tendência de resposta é semelhante nas
outras regiões de saúde (Figura 12). No Quadro 15 transcrevem-se os comentários associados a esta
pergunta.
Figura 12. Percepção dos coordenadores quanto à gestão energética, por região de saúde
Quadro 15. Comentários dos coordenadores acerca da gestão energética
Ausência de autonomia do ACES. Todas as intervenções necessárias são solicitadas ao gabinete de instalações e equipamentos da ARS
Não aplicável
Esta tarefa é desenvolvida pela ARS, nomeadamente pelo departamento de instalações e equipamentos
Desconhece-se qualquer inovação nos processos de gestão energética
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2.13 Gestão financeira
A gestão financeira foi classificada como de nível elevado por 33% e baixo por 39% dos respondentes.
As respostas divergem nas várias regiões de saúde (Figura 13). No Quadro 16 estão transcritos os
comentários associados a esta pergunta.
Figura 13. Percepção dos coordenadores quanto à gestão financeira, por região de saúde
Quadro 16. Comentários dos coordenadores acerca da gestão financeira
Ausência de autonomia financeira do ACES
A gestão financeira está sediada na ARS
Apenas é gerido pelo ACES um fundo de maneio, sem qualquer aplicativo informático contabilístico
Não temos autonomia financeira
Existe uma grande dependência da ARS, que até ao momento ainda não transferiu as competências em matéria de contabilidade e reporte de informação para os ACES. Existe também uma grande falha ao nível da ausência de um software de contabilidade e gestão adequado
Existe controlo significativo, embora os efeitos estejam aquém do desejado. Continua difícil motivar para a poupança
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2.14 Recursos humanos – quantidade
No total, a grande maioria dos respondentes (78%) classifica a quantidade de recursos humanos como
de nível baixo. À excepção do Alentejo, as respostas são idênticas nas restantes regiões de saúde (Figura
14). No Quadro 17 estão transcritos os comentários associados a esta pergunta.
Figura 14. Percepção dos coordenadores quanto à quantidade de recursos humanos na UAG, por região de saúde
Quadro 17. Comentários dos coordenadores acerca da quantidade de recursos humanos
Falta de recursos humanos
O número de profissionais não é adequado às actividades necessárias do ACES
Apenas 1 técnico superior: o coordenador da UAG. Das duas uma: ou existem serviços externos que asseguram a parte técnica e dão apoio ou a UAG tem de ser dotada desses técnicos
Exiguidade de recursos humanos
Neste momento a UAG tem um responsável nomeado. A coordenação faz-se com os serviços centralizados da ULS, que têm os seus responsáveis
Falta de técnicos e outros profissionais
O mapa de pessoal aprovado inclui 525 trabalhadores. Existem (em 31/12/2010) 396 trabalhadores, estando 34 em previsão de reforma
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Nível elevado (4,5)
Coordenadores das UAG Análise detalhada Abril 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
18
2.15 Qualificações e competências dos profissionais das UAG
No que respeita as qualificações e competências dos profissionais das UAG, a maioria dos
coordenadores atribuiu o nível elevado (55,6%), embora as respostas variem de acordo com a região de
saúde (Figura 15). No Quadro 18 transcrevem-se os comentários associados a esta pergunta.
Figura 15. Percepção dos coordenadores quanto às qualificações e competências dos profissionais das UAG, por região de saúde
Quadro 18. Comentários dos coordenadores acerca das qualificações e competências dos
profissionais das UAG
Apesar de não possuírem as competências adequadas às funções que desempenham, têm vindo a revelar-se muito bons profissionais
De forma geral, excelentes. Só assim este ACES tem conseguido com tão poucos profissionais responder assertivamente às solicitações
Dada a dispersão (ULS) dos serviços, na base são suficientes, com possibilidades de evoluir para melhor se desenvolver a autonomia do ACES
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Continente
22,2
0
100
0 0
22,2
11,1
60
0 0 0
22,2
66,7
40
0
100 100
55,6Nível baixo (1,2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4,5)
Coordenadores das UAG Análise detalhada Abril 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
19
2.16 Qualidade global das instalações
A qualidade global das instalações foi classificada como de nível médio pela maioria dos respondentes
(61%). As respostas são semelhantes em todas as regiões de saúde, à excepção do Alentejo (Figura 16).
No Quadro 19 estão transcritos os comentários relacionados com esta pergunta.
Figura 16. Percepção dos coordenadores quanto à qualidade global das instalações, por região de saúde
Quadro 19. Comentários dos coordenadores acerca da qualidade global das instalações
(Nível 4) Com excepção de 3 extensões de saúde, uma das quais nem possui elevador ou rampa de acesso para deficientes
Não temos instalações próprias
O gabinete do responsável é bom e suficiente e as instalações dos serviços são regulares e suficientes
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Continente
11,1
20
0 0 0
11,2
55,660
100
0
100
61,1
33,3
20
0
100
0
27,8
Nível baixo (1,2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4,5)
Coordenadores das UAG Análise detalhada Abril 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
20
2.17 Qualidade global dos equipamentos e recursos materiais da UAG
Metade dos respondentes atribuiu o nível médio à qualidade global dos equipamentos e dos recursos
materiais da UAG. As respostas variam muito de região para região (Figura 17).
Figura 17. Percepção dos coordenadores quanto à qualidade global dos equipamentos e recursos materiais da UAG, por região de saúde
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Continente
11,1
20
50
0 0
16,7
77,8
20
50
0 0
50
11,1
60
0
100 100
33,3
Nível baixo (1,2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4,5)
Coordenadores das UAG Análise detalhada Abril 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
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2.18 Sistema de informação
A maioria dos coordenadores atribuiu o nível médio ao desenvolvimento do sistema de informação
(56%). As respostas variam muito de região para região (Figura 18). No Quadro 20 estão transcritos os
comentários relacionados com esta pergunta.
Figura 18. Percepção dos coordenadores quanto ao sistema e tecnologias de informação, por região de saúde
Quadro 20. Comentários dos coordenadores acerca do sistema e tecnologias de informação
A ARS já possui um sistema de informação que nos tem ajudado imenso, que é o SIARS. O Ibéria precisa ainda de ser aperfeiçoado. Ao nível da contabilidade é necessária uma aplicação informática
Tem havido melhorias. Problemas constantes com a largura de banda e ainda muito dependentes dos “gabinetes de informática” da ARS
Relativamente às comunicações são adequadas. No que respeita aos sistemas de informação existe falta de alguns softwares de apoio
Bons, embora o seu funcionamento tenha avarias condicionadoras do fluir da informação
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Continente
11,1
0
50
0 0
11,1
66,7
40
50
0 0
55,6
22,2
60
0
100 100
33,3
Nível baixo (1,2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4,5)
Coordenadores das UAG Análise detalhada Abril 2011
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2.19 Unidade docente – formação pós-graduada
De acordo com os coordenadores que responderam ao questionário, as UAG parecem ter mais
condições para serem unidades docentes (formação pós-graduada) na área de contabilidade e gestão
financeira e menos condições na área da gestão energética (Figura 19). Nas Figuras 20 a 22 apresentam-
se as respostas por região de saúde. Na região do Alentejo, de acordo com as respostas dos
coordenadores, existem condições de nível elevado para que as UAG sejam unidades formativas pós -
graduadas em todas as áreas apresentadas. Na região do Algarve as condições são de nível baixo no que
respeita a gestão de recursos humanos, a gestão de instalações e equipamentos, a gestão energética e
financeira e elevadas no que se refere aos sistemas e gestão da informação.
Não foram deixados comentários associados a esta pergunta.
Figura 19. Percepção dos coordenadores quanto às condições da UAG para ser unidade formativa pós – graduada nas áreas apresentadas – Continente
Figura 20. Percepção dos coordenadores quanto às condições da UAG para ser unidade formativa pós – graduada nas áreas apresentadas – Norte
33,3
61,1
53
77,8
27,8
38,9
27,8
23,5
16,7
22,2
27,8
11,1
23,5
5,6
50
Gestão de recursos humanos
Gestão de instalações e equipamentos
Sistemas e gestão da informação
Gestão energética
Contabilidade e gestão financeira
Nível elevado (4,5)
Nível médio (3)
Nível baixo (1,2)
22,2
55,5
75
66,6
33,3
44,4
44,4
12,5
33,3
11,1
33,3
0
12,5
0
55,6
Gestão de recursos humanos
Gestão de instalações e equipamentos
Sistemas e gestão da informação
Gestão energética
Contabilidade e gestão financeira
Nível elevado (4,5)
Nível médio (3)
Nível baixo (1,2)
Coordenadores das UAG Análise detalhada Abril 2011
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Figura 21. Percepção dos coordenadores quanto às condições da UAG para ser unidade formativa pós
– graduada nas áreas apresentadas – Centro
Figura 22. Percepção dos coordenadores quanto às condições da UAG para ser unidade formativa pós – graduada nas áreas apresentadas – Lisboa e Vale do Tejo
Figura 23. Percepção dos coordenadores quanto à necessidade de mais condições para que a UAG possa ser unidade formativa pós – graduada, por região de saúde
Dos respondentes, 89% afirmam que as UAG necessitam de mais condições para que possam ser
unidades formativas pós – graduadas (Figura 23). Algumas dessas condições estão apresentadas no
Quadro 21.
40
60
40
100
20
40
20
40
0
40
20
20
20
0
40
Gestão de recursos humanos
Gestão de instalações e equipamentos
Sistemas e gestão da informação
Gestão energética
Contabilidade e gestão financeira
Nível elevado (4,5)
Nível médio (3)
Nível baixo (1,2)
50
100
50
100
0
50
0
50
0
50
0
0
0
0
50
Gestão de recursos humanos
Gestão de instalações e equipamentos
Sistemas e gestão da informação
Gestão energética
Contabilidade e gestão financeira
Nível elevado (4,5)
Nível médio (3)
Nível baixo (1,2)
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Continente
11,10 0
100
011,1
88,9100 100
0
10088,9
Não
Sim
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Quadro 21. Comentários dos coordenadores acerca da necessidade de mais condições para as UAG
serem unidades formativas pós - graduadas
Profissionais qualificados (4 comentários) // Maior afectação de recursos humanos (4 comentários)
Espaço físico
O número de profissionais ao serviço da UAG é, presentemente, insuficiente para a prossecução das tarefas e atribuições que lhe são conferidas. Não existe apoio de retaguarda por parte da ARS, sendo que os elementos da equipa estão em constante "auto-formação". Se por um lado esta situação pode dinamizar a equipa, em parte pela partilha efectuada na busca permanente de soluções para a resolução dos problemas com que se depara, por outro lado, verifica-se o desgaste dos seus elementos, que são em número reduzido. Parece-me indispensável que as ARS disponham de uma estrutura de apoio jurídico - administrativa que ajude essencialmente no esclarecimento de situações que decorrem do funcionamento dos ACES, cuja resolução, não pode estar dependente de uma UAG, para a qual não são dadas condições mínimas de funcionamento
Recursos humanos adequados (técnicos superiores que possam orientar). Nesta data, com 3 estagiários PEPAC, é o coordenador o orientador dos 3
Mais formação (3 comentários)
Uma UAG no seio de uma ULS será completamente diferente do actual conceito. Deverá existir? Como estabelecer a relação autónoma dos assuntos da UAG?
Falta de técnicos superiores nas áreas de recursos humanos, contabilidade, aprovisionamento e sistemas de informação
Necessita de mais recursos humanos e de novas carreiras no ACES, como é o caso de um engenheiro civil
No total, existem 19 profissionais em formação nas unidades cujos coordenadores responderam ao
questionário, salientando-se as áreas de contabilidade e gestão financeira e gestão de recursos
humanos (Quadro 22).
Relativamente a “outros profissionais” assinalados, encontra-se em formação um profissional da área
das ciências da comunicação, licenciados de gestão e economia (PEPAC), profissionais das áreas de
gestão de recursos humanos e de direito.
Quadro 22. Número de profissionais em formação pós – graduada, por região de saúde
Nº profissionais / Área Norte Centro LVT Alentejo Algarve Continente
Gestão de recursos humanos 5 1 0 0 0 6
Gestão de instalações e equipamentos 0 0 0 0 0 0
Sistemas e gestão da informação 0 0 0 0 0 0
Gestão energética 0 0 0 0 0 0
Contabilidade e gestão financeira 3 2 1 0 1 7
Outros 1 2 3 0 0 6
Total 9 5 4 0 1 19
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2.20 Comentários e observações adicionais
Para promover a participação de todos os respondentes, foi deixado um espaço para qualquer sugestão
ou observação que entendessem. Estão transcritos no Quadro 23 os comentários adicionais dos
coordenadores das UAG.
Quadro 23. Comentários adicionais dos coordenadores das UAG
O facto de o ACES estar integrado numa ULS, faz com que não se mostre necessário uma UAG tão alargada como nos outros ACES, uma vez que existem uma série de serviços de suporte que são comuns ao hospital e ao ACES
Verifica-se ser necessária a existência de um fórum de partilha de experiências e uma estrutura de sistematização da informação útil e de procedimentos base
Deveriam existir instalações próprias, bem como maior número de recursos humanos
Relativamente à pergunta anterior, as áreas enunciadas têm como responsáveis profissionais com formação superior, alguns com pós-graduações, nomeadamente administração hospitalar. O responsável da UAG (tempo inteiro) tem pós-graduações em "Gestão e economia da saúde" e "Estudos europeus"
Os responsáveis das UAG são os únicos que não realizaram formação, no âmbito da reorganização dos CSP. Mais uma vez a reorganização apenas valoriza a classe médica (direcção executiva e conselho clínico), esquecendo-se que a reforma pela primeira vez permite que exista um modelo que tem atenção e se preocupa com a gestão, através das UAG
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3 Discussão e conclusões
A análise das respostas aos questionários dos coordenadores das unidades de apoio à gestão
permitiu identificar aspectos a melhorar na próxima versão do questionário e ilustra a
utilidade e potencialidades desta ferramenta de acompanhamento e monitorização do
desenvolvimento organizacional dos ACES.
Esta primeira “medição” evidencia alguns aspectos, que se apresentam de seguida.
Taxa de resposta – 53% foi a taxa de resposta (Continente) dos coordenadores das UAG.
Foram considerados válidos 18 questionários, o que significa que 16 coordenadores a quem foi
enviado o questionário, não estão representados nesta análise.
Actividade geral das UAG – a maioria dos respondentes atribuiu o nível elevado (55,5%). Na
região Centro 60% dos coordenadores atribuíram o nível médio.
Coordenação dos serviços auxiliares de apoio e vigilância – a maioria dos respondentes
considera a coordenação dos serviços auxiliares de apoio e vigilância como de nível médio
(55,6%). As respostas variam de região para região.
Comunicação e a interligação com as unidades funcionais - metade dos coordenadores que
responderam ao questionário atribuíram o nível elevado (50%) à comunicação e interligação
com as restantes unidades funcionais do ACES. As respostas variam de acordo com as regiões
de saúde.
Dispositivos de gestão de recursos - a maioria dos respondentes atribuiu o nível médio (55,6%)
aos dispositivos de gestão de recursos. Na região Centro, 60% atribuíram o nível baixo.
Tempo médio de resposta às solicitações das unidades funcionais - o tempo médio de resposta
às solicitações das unidades funcionais foi classificado como de nível médio por 55,6% dos
respondentes. As respostas variam muito de região para região.
Assessoria técnica - 44,4% dos coordenadores atribuíram o nível elevado à assessoria técnica
prestada pela UAG. As respostas das várias regiões de saúde são muito variadas.
Acompanhamento dos contratos – programa – a maioria dos coordenadores (55,6%) atribuiu o
nível baixo ao acompanhamento dos contratos – programa. As respostas seguem tendências
diversas nas várias regiões de saúde.
Gestão de recursos humanos - a mesma percentagem de coordenadores (50%) atribuiu o nível
baixo e o nível elevado à gestão de recursos humanos.
Gestão de instalações – a percentagem de coordenadores que atribuiu o nível médio (44,4%) à
gestão das instalações, foi superior aos que atribuíram os restantes níveis. Na região Centro,
predomina o nível baixo (60%).
Gestão de equipamentos - em termos gerais, não houve grandes diferenças nas percentagens
atribuídas a cada um dos níveis possíveis de resposta. Na região Norte foi superior o número
Coordenadores das UAG Análise detalhada Abril 2011
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de respondentes que optaram pelo nível médio (55,6%) e na região Centro foi superior a
percentagem atribuída ao nível baixo (60%).
Gestão da informação - no total, 44,4% dos coordenadores atribuíram o nível médio e 33,3% o
nível elevado à gestão da informação. As respostas variam muito de região para região.
Gestão energética - a gestão energética foi classificada como de nível baixo pela maioria dos
respondentes (77,7%). À excepção das regiões do Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo, a tendência
de resposta é semelhante nas outras regiões de saúde.
Gestão financeira - a gestão financeira foi classificada como de nível elevado por 33,3% dos
respondentes. As respostas são diferentes nas várias regiões de saúde.
Recursos humanos – quantidade - no total, a maioria dos respondentes (77,8%) classifica a
quantidade de recursos humanos como de nível baixo. À excepção do Alentejo, as respostas
são idênticas nas várias regiões de saúde.
Qualificações e competências dos profissionais - no que respeita às qualificações e
competências dos profissionais das UAG, a maioria dos coordenadores atribuiu o nível elevado
(55,6%), embora as respostas variem de acordo com a região de saúde.
Qualidade global das instalações - a qualidade global das instalações foi classificada como de
nível médio pela maioria dos respondentes (61,1%). As respostas são semelhantes em todas as
regiões de saúde, à excepção do Alentejo onde o nível elevado foi atribuído pela totalidade
dos coordenadores.
Qualidade global dos equipamentos e recursos materiais - metade dos respondentes atribuiu o
nível médio à qualidade global dos equipamentos e dos recursos materiais. As respostas
variam muito de região para região.
Unidade docente – formação pós-graduada - de acordo com os coordenadores que
responderam ao questionário, as UAG parecem ter mais condições para serem unidades
docentes (formação pós-graduada) na área de contabilidade e gestão financeira e menos
condições na área da gestão energética. 88,9% dos respondentes afirmam que as UAG
necessitam de mais condições para que possam ser unidades formativas pós – graduadas.
Sistema de informação – a maioria dos coordenadores atribuiu o nível médio ao
desenvolvimento sistema de informação. As respostas variam muito de região para região.
As respostas a este primeiro questionário evidenciam o carácter embrionário e incipiente das
unidades de apoio à gestão e um excessivo centralismo disfuncional ao nível das
administrações regionais de saúde. É de esperar que as próximas “medições” (Julho e
Novembro/Dezembro de 2011) evidenciem progressos em alguns dos aspectos em análise.
Lisboa, ENSP, Maio de 2011
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