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Noções Básicas de

Preparação Metalográfica

Prof. Henrique Cezar Pavanati, Dr. Eng

E-mail: pavanati@ifsc.edu.br

Curso extra curricular de Metalografia

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA

CAMPUS DE FLORIANÓPOLIS

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE METAL-MECÂNICA

CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA INDUSTRIAL

Prof. Henrique Cezar Pavanati

Metalografia

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O procedimento de preparação de uma amostra para

análise microestrutural é conhecido como

METALOGRAFIA.

DEFINIÇÃO

Metalografia é o estudo e interpretação da estrutura

interna dos materiais a partir de uma superfície

preparada, e a relação dessas estruturas com as suas

composições químicas, propriedades físicas e

mecânicas

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OBJETIVOS DA METALOGRAFIA:

• Identificar o tipo, tamanho, local e a intensidade das

descontinuidades;

• Identificar o processo de fabricação da peça;

• Identificar o tipo de tratamento térmico ou termoquímico;

• identificar a profundidade da camada carbonetada ou

descarbonetada;

• Observar e identificar zonas de alterações térmicas sofridas

por soldagem;

• Observar penetração do cordão de solda;

• Identificar tipos de inclusões;

• Identificar a formas de grafita,

• Tamanho do grão;

• etc;

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Tipos de Ensaios Metalográficos

MACROGRÁFICOS MICROGRÁFICOS

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ENSAIOS MACROGRÁFICOS

Objetivos - determinar o tipo, a forma, o tamanho, o local e a

intensidade das continuidades;

- identificar o processo de fabricação da peça;

- zonas de alteração térmica, etc.

Visualização

a olho nu ou

aumento até

10x (lupa)

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ENSAIOS MICROGRÁFICOS

Visualização

com auxílio de

microscópio

(aumento

maior que 10x)

Objetivos - determinar o tipo de micro inclusão,

- a morfologia das fases presentes,

- o tipo de tratamento térmico ou termoquímico

- a granulação (tamanho e forma)

- os micro-constituintes do material, etc.

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1. Seleção da amostra

2. Escolha e localização da região a ser estudada

3. Seccionamento

4. Identificação

5. Lixamento

6. Ataque químico

7. Análise metalográfica a olho nu

Etapas típicas do ensaio metalográfico na MACROGRAFIA

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Etapas do ensaio metalográfico na MICROGRAFIA

1. Seleção da amostra

2. Escolha e localização da região a ser estudada

3. Seccionamento

4. Embutimento

5. Identificação

6. Lixamento

7. Polimento

8. Ataque (revelação da microestrutura)

9. Análise metalográfica com auxílio de microscópio

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Número de amostras representativo

- tamanho e complexidade da peça

- natureza e condições de serviço

1. Seleção da amostra

Localização

- regiões críticas – sujeita a esforços

- regiões típicas – centro e superfície da peça

Orientação do corte

- processo de fabricação

- forma da peça

- estudo a ser realizado

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2. Seccionamento

- muitas vezes não é necessário

a) Corte transversal, se o objetivo é verificar:

A natureza do material: aço, ferro fundido;

A forma e a intensidade da segregação (homogeneidade);

A posição, a forma e dimensões das bolhas;

A profundidade da têmpera e cementação, etc.

b) Corte longitudinal se o objetivo é:

Verificar o processo de fabricação ( fundição, forjamento, etc);

A solda em barras

Existência de um depósito superficial;

Como se processou um caldeamento de topo, etc.

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2. Seccionamento

a

a

b b

Corte a-a Corte b-b

Segregação (por exemplo)

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2. Seccionamento

- Fratura

- Corte com tesoura

- Serra fita

- Disco de corte abrasivo

- Disco de diamante

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2. Seccionamento

CORTE

GROSSEIRO

CORTE

DELICADO

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2. Discos abrasivos com ligante polimérico

Tipos de abrasivos: óxido de alumínio, carboneto

de silício e diamante

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2. Discos abrasivos com base metálica

Tipos de abrasivos: Diamante – Base metálica

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2. Discos abrasivos

- Discos de alta dureza

- ligas metálicas ferrosas de baixo e médio %C e

ligas não ferrosas em geral

- Discos de baixa dureza- ligas metálicas duras – o desgaste do disco repõe

novas áreas do disco para o corte

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2. Discos abrasivos com base metálica

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3. Embutimento da amostra (opcional)

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3. Embutimento da amostra (opcional)

Embutimento a frio

- montagem de corpos de prova frágeis

e de pequenas dimensões

- resinas auto-polimerizáveis

- tempo de endurecimento longo de 0,2 a 24h.

- matéria prima relativamente mais cara

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Resinas Epóxi – ótima aderência, baixa contração – mais cara

tempo de cura longo

Resinas Acrílicas – boa aderência e contração aceitável – mais

barata e tempo de cura mais curto

Resinas Poliester – boa aderência e contração aceitável –

compatível para análise diária

3. Embutimento da amostra (opcional)

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Embutimento a quente

- montagem de corpos de prova em prensas com

aquecimento auxiliar

- procedimento rápido com boa aderência

- custo relativamente baixo

3. Embutimento da amostra (opcional)

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Defeitos do embutimento a quente

3. Embutimento da amostra (opcional)

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Exemplo de embutimento a frio

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Exemplo de embutimento a quente

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Embutimento a quente

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Técnicas para retenção de bordas ou planicidade

Uso de granalha de aço ou

cavaco

Ideal para manutenção da

planicidade da amostra

Uso de lâmina de cobre

Ideal para retenção de cantos da

amostra

Lâmina de cobre

envolvendo a amostra

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Identificação da amostra

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Lixamento na seção cortada

O lixamento diminui o grau de

rugosidade da superfície e

melhora a qualidade da imagem

obtida.

É o primeiro passo para

deixar a amostra “espelhada”

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Técnica de lixamento

1. Inicia-se o lixamento com uma lixa

mais grossa (80, 120 ou 220

meshes)

2. O processo é realizado com

movimentos lineares alternados

3. Após a planificação da amostra

nesta com esta lixa, muda-se para

uma lixa mais fina realizando o

processo numa direção

perpendicular a direção anterior

4. Repete-se este procedimento até a

lixa mais fina (600 ou 1200 meshes)

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Problemas típicos do lixamento

Amostra com 1

plano

BOM

Amostra com

vários planos

RUIM

Formação de múltiplos planos de lixamento

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Problemas típicos do lixamento

1. Pressão excessiva de força – deformação

plástica e consequente alteração no resultado

2. Surgimento de riscos maiores que da lixa – a

amostra não foi lavada – abrasivos da lixa

anterior

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Polimento metalográfico

A finalidade do polimento é obter uma

superfície plana, livre de riscos e com alta

refletividade

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Polimento metalográfico

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Técnica de polimento

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Secagem após o polimento

Superfície da

amostra paralela

ao fluxo de ar

BOM

Superfície da

amostra transversal

ao fluxo de ar

RUIM

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Secagem após o polimento – evitar

manchas de secagem

Aplicação de

chumaço de

algodão embebido

em álcool

Secagem da

superfície logo após

o procedimento

anterior

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Defeitos típicos do polimento

Cauda de cometa

Origem: a amostra

foi mantida fixa

durante o

polimento

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Defeitos típicos do polimento

Presença de riscos

residuais

Origem: polimento

insuficiente, pano

contaminado ou

abrasivo

inadequado

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Ataque com reagentes químicos

Para a revelação

da estrutura torna-

se necessário

atacar a superfície

previamente

polida com

soluções reativas

apropriadas

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Análise Metalográfica – Microscópio luz

transmitida ou refletida

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Microscópio de luz refletida – amostra inversa

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Como se forma a imagem?

Objetiva

amostra

Sup. polida

Feixes de luz

Imagem totalmente

branca

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Como se forma a imagem?

Objetiva

amostra

Sup. Polida e

atacada

Feixes de luz

Pode-se visualizar os

contornos de grão

Os contornos de grãos

aparecem como

regiões escuras

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Exemplos

1020 recozido

Perlita

Ferrita

Contorno de

grão

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Exemplos

1045 normalizado

Perlita

Ferrita

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Exemplos

1045 Temperado

100%

martensita

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