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GABARITO EXERCÍCIOS DE GRAMÁTICA
QUESTÕES ESCRITAS 1.Leia atentamente esta manchete de jornal.
Novo corredor de ônibus para a cidade de São Paulo.
O novo acordo ortográfico, em vigor desde 1º de janeiro de 2009, eliminou alguns acentos diferenciais. Com base nessa
afirmação, explique por que a manchete apresenta ambiguidade.
A manchete apresenta ambiguidade, já que o “para”, segundo a nova regra, pode ser considerado verbo ou preposição. Pode-se
pensar que novo corredor de ônibus paralisa a cidade de São Paulo ou novo corredor de ônibus foi feito/ foi planejado para a
cidade de São Paulo.
2. (UNICAMP-adaptada) A coluna MARKETING da revista Classe, ano XVII, nº 94 (30/08 a 30/10, 2002) inclui as seguintes
passagens (parcialmente adaptadas):
Os jovens de classe média e alta, nascidos a partir de 1980, foram criados sob a pressão de encaixarem infinitas atividades
dentro das 24 horas. E assim aprenderam a ensanduichar atividades. (...) Pressionados pelo tempo desde que nasceram,
desenvolveram um filtro e separam aquilo que para eles é o trigo, do joio; ficam com o trigo, e naturalmente, deletam o
joio. (p. 26)
A respeito do texto acima foram dadas explicações, indique se é (V) verdadeira ou (F) falsa cada uma delas:
a) O ditado corrente diz que “é preciso separar o joio do trigo”. O joio é uma erva daninha, muito semelhante ao trigo a
qual, caracteristicamente, cresce nos trigais. Na passagem bíblica que deu origem ao ditado, o joio representa o mal,
que é semeado pelo “inimigo” (Satanás), enquanto o trigo representa o bem, que deve ser cultivado. O que é preciso é
discernimento para separá-los, ou seja, escolher o que convém e afastar o que não interessa. ( V )
b) A palavra deletar não confere ao texto um ar de atualidade por não mais constituir um neologismo, formado a partir
do verbo inglês to delete (apagar, suprimir), de largo uso no universo da informática. Daí seu emprego, além de trazer
essa marca é extremamente adequado quando aplicado a jovens de uma classe sabidamente adepta do computador.V
c) A ideia de sanduíche está associada, também, à ideia de fast food (alimentação rápida), o que torna a palavra
ensanduichar extremamente adequada e coerente com o modo de vida desses jovens, marcado pela correria e pela
falta de tempo. ( V )
d) A expressividade ou sugestividade da palavra provém de ser ela neologismo (=palavra nova) formado a partir de
sanduíche (em + sanduíche + ar), cujo processo de formação de palavra é uma derivação por parassíntese,
constituindo uma situação criada a partir de uma realidade marcante e característica da classe de jovens a que o texto
se refere. Com efeito essa geração já foi chamada de geração McDonald’s. ( V )
e) Nesse contexto, ensanduichar, tendo como complemento do verbo (objeto direto) o substantivo atividades, tem o
sentido de encaixar, espremer (inserir, forçando) uma atividade dentro de outras. ( V )
Texto para a questão 3.
(UFRGS-RS/2001) A notícia saiu no “The Wall Street Journal”: a “ansiedade superou a depressão como problema de saúde
mental predominante nos EUA”. Para justificar o absurdo, o autor da matéria recorre a um psicoterapeuta e a um sociólogo.
O primeiro descreve “ansiedade como condição dos privilegiados” que, livres de ameaças reais, se dão ao luxo de “olhar
para dentro” e criar medos irracionais; o segundo diz que “vivemos na era mais segura da humanidade” e, no entanto,
“desperdiçamos bilhões de dólares em medos bem mais ampliados do seria justificável”. Sem meias palavras, os peritos
dizem algo mais ou menos assim: os americanos estão nadando em riqueza e, como não têm do que se queixar, adquiriram o
costume neurótico de desentocar medos irracionais para projetá-los no admirável mundo novo ao redor.
A explicação impressiona pela ingenuidade ou pela má-fé. Ninguém contrai o “mau hábito” de olhar para dentro de si do
dia para a noite. A obsessão consigo não é um efeito colateral do modo de vida atual; é um dos seus mais indispensáveis
ingredientes. O crescimento exagerado do interesse pelo “mundo interno” e pelo corpo é a contrapartida do desinteresse
ou hostilidade pelo “mundo externo” e pelos outros. Diz o catecismo: só confiem em seu corpo e sua mente. O resto é
concorrente; o resto está sempre cobiçando e disputando seu emprego, seu sucesso, seu patrimônio e sua saúde. Sentir medo
e ansiedade, em condições semelhantes, é um estado emocional perfeitamente racional e inteligível.
Em bom português, sentir-se condenado a jamais ter repouso físico ou mental, sob pena de perder a saúde, a longevidade, a
forma física, o desempenho sexual, o emprego, a casa, a segurança na velhice, pode ser um inferno em vida para os pobres
ou para os ricos. Os candidatos à ansiedade são, assim, bem mais numerosos e bem menos ociosos do que pensam o
psicoterapeuta e sociólogo. (Adaptado de COSTA, J.F. “A ansiedade da opulência”. Folha de S. Paulo, 19 de marco de 2000)
3. A respeito do texto são feitas afirmações sobre a formação de várias palavras do mesmo. Indique se (V) verdadeira ou (F)
falsa cada uma delas:
I – No texto a palavra “emprego” é um caso de palavra primitiva. ( F ) “emprego” é derivada de empregar por derivação
regressiva
II - As palavras “justificável” e “admirável” são adjetivos formados a partir de verbos por derivação prefixal. ( F ) derivação
sufixal
III – O verbo “desperdiçamos” se formou a partir do substantivo desperdício, por sufixação. ( V )
IV – Em “contrapartida” ocorre um caso de composição por justaposição. ( F ) derivação prefixal
V – “Desinteresse” é uma palavra formada pelo acréscimo de um prefixo “des”, que significa “falta de”. ( V )
VI - As palavras “irracionais” e “indispensáveis” apresentam o mesmo prefixo. ( V )
VII – Em “indispensáveis” ocorre uma derivação prefixal e sufixal, ou seja, o prefixo e o sufixo não ocorrem simultaneamente
na palavra. ( V )
VIII - Nas palavras “mental” e “sexual” o sufixo utilizado forma adjetivos a partir de substantivos. ( V )
IX – “Com as palavras “pobres” e “ricos” não ocorre nenhum processo de formação de palavras, já que com elas nada
acontece. ( F ) derivação imprópria (foram usadas como substantivos)
X – “Inteligível” é um típico caso de derivação parassintética. ( F ) derivação sufixal
XI – As palavras “velhice” e “ociosos” se formaram sob o mesmo processo. ( V )
XII –“Má-fé” é um caso de palavra formada por composição, uma vez que todas as palavras que apresentam ( - ) hífen são
compostas. ( F ) Existem palavras com hífen que são derivadas como, por exemplo, pré-história, hiper-sensível, assim como
palavras não separadas por hífen que são compostas, como pontapé, passatempo.
4. (UFSC) Some os valores das proposições corretas quanto à estrutura e formação das palavras.
01. Em percorrer, seminovo, bisavô e intramuscular, os prefixos significam, respectivamente, através de, quase, duas
vezes, e situado no interior.
02. Hibridismos são palavras que reproduzem aproximadamente os sons e ruídos, como cinema, televisão e rádio.
04. Nas palavras des-figur-ado e in-cert-eza não ocorre parassíntese, pois quando as mesmas foram formadas, já existiam
as palavras figurado e certeza.
08. Em escutávamos, temos, respectivamente: radical, vogal temática, desinência modo-temporal e desinência número-
pessoal.
16. Na frase: Um grupo de religiosos lançava aos quatro ventos hinos orientais numa primaveril manhã de sábado, há
duas palavras compostas e duas cognatas.
SOMA: 13 ((01+04+08)
TESTES * Não rasure!!
1. Chega de ironias! Vamos falar sério. A palavra
destacada foi formada pelo processo de derivação:
a) sufixal
b) prefixal
c) parassintética
d) regressiva
e) imprópria
2. (MACK) Assinale a alternativa em que o processo de
formação da palavra esteja classificado de maneira errada:
a) Ao escurecer, os meninos voltam sujos para suas
casas. (derivação parassintética) * escurecer –
derivação sufixal (escur + ecer)
b) Uma nuvem de pernilongos atacou ontem o
centro de Belém. (composição por aglutinação)
c) Aplacada a tempestade, a presença do arco-íris
simbolizava um novo e saudável comportamento.
(composição por justaposição)
d) Sabe-se que, no final da vida, Nietzsche
enlouqueceu. (derivação parassintética)
e) O excesso de franqueza custou caro, pois não
cheguei a acordo nenhum com você. (derivação
imprópria)
3. (MACK) As palavras esfarelar, jogador, desligar,
sapataria e desempregado são formadas, respectivamente,
por:
a) sufixação, sufixação, derivação parassintética,
sufixação e derivação parassintética.
b) derivação parassintética, sufixação, sufixação,
prefixação e derivação prefixal.
c) derivação parassintética, sufixação, prefixação,
prefixação e derivação prefixal.
d) sufixação, sufixação, sufixação, sufixação e
derivação prefixal e sufixal.
e) derivação parassintética, sufixação, prefixação,
sufixação e derivação prefixal e sufixal.
4. (UF-MG) Em que alternativa a palavra sublinhada
resulta de derivação imprópria?
a) Às sete horas da manhã começou o trabalho
principal: a votação.
b) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto
secreto ... Bobagens, bobagens!
c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições
continuariam sendo uma farsa!
d) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se
entenderam.
e) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de
raiva.
5. (AMAN) Assinale a série de palavras em que todas são
formadas por parassíntese:
a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer
b) solução, passional, corrupção, visionário
c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente
d) biografia, macróbio, bibliografia, asteroide
e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo
6. (FUVEST) Assinale a alternativa em que uma das
palavras não é formada por prefixação:
a) readquirir, predestinado, propor
b) irrestrito, antípoda, prever
c) irregular, amoral, demover
d) dever, deter, antever
e) remeter, conter, antegozar
7. (FURG-RS) A alternativa em que todas as palavras são
formadas pelo mesmo processo de composição é:
a) passatempo - destemido - subnutrido
b) pernilongo - pontiagudo - embora
c) leiteiro - histórico - desgraçado
d) cabisbaixo - pernalta - vaivém
e) planalto - aguardente – passatempo
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