O catador de amigos

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encenaçao feita pelos alunos do CI e CII

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O Catador de Amigos

Uma jovem que vivia sozinha resolveu ir à procura de amigo...

Encontrou uma gata abandonada e resolveu levá-la para apartamento. Deu-lhe o nome de Mimosa.

À procura de um amigo

“Me alimentaram

Me acariciaram

Me aliciaram

Me acostumara

m”

Nós, gatos, já nascemos pobres...

“O meu mundo era o apartamentoDetefon, almofada e trato

Todo dia filé-mignonOu mesmo um bom filé...de gato

Me diziam, todo momentoFique em casa, não tome vento”

“Mas é duro ficar na suaQuando à luz da lua

Tantos gatos pela rua”Mimosa espera um descuido de sua

dona e zap foge para a rua:-Boa noite, gataria!

E juntos, cantam assim:“Nós, gatos, já nascemos pobres

Porém, já nascemos livresSenhor, senhora ou senhorio

Felino, não reconhecerás”

“De manhã eu voltei pra casaFui barrada na portaria”

-Chispa daqui, sua vira-lata ingrata!Mimosa ficou muito triste. E foi procurar seus amigos gatos.

“Mas agora o meu dia-a-diaÉ no meio da gatariaPela rua virando lata

Eu sou mais eu, mais gataNuma louca serenata

Que de noite sai cantando assim

Cidadão de papelão

Mimosa, não fique triste, você pode morar com o catador de papelão. Ele amigo de todos os gatos e cachorros. Mimosa olhou desconfiada para aquele homem estranho

O bicho

“Vi ontem um bichoNa imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,Não era um gato,Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem!

Mimosa se aproximou do cidadão de papelão e gostou muito dele. A partir de então, todos viveram felizes, cantando e dançando, pois para eles o que importava era a alegria e a liberdade.

O cara que catava papelão pediuUm pingado quente, em maus lençóis, nem vozNem terno, nem tampouco ternuraÀ margem de toda rua, sem identificação, sei nãoUm homem de pedra, de pó, de pé no chãoDe pé na cova, sem vocação, sem convicçãoÀ margem de toda canduraÀ margem de toda canduraÀ margem de toda candura

Um cara, um papo, um sopapo, um papelão

Cria a dor, cria e aturaCria a dor, cria e aturaCria a dor, cria e aturaO cara que catava papelão pediuUm pingado quente, em maus lençóis, à sósNem farda, nem tampouco farturaSem papel, sem assinaturaSe reciclando vai, se vaiÀ margem de toda canduraÀ margem de toda canduraHomem de pedra, de pó, de pé no chão

habita, se habituaNão habita, se habitua

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