Oficina Regional de Vigilância Socioassistencial na região Norte · 2020-08-07 · 08 de maio de...

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08 de maio de 2018

"Oficina Regional de Vigilância Socioassistencial" na região Norte

Vigilância Socioassistencial

Roteiro

• Vigilância - O que é?

• Principais conceitos: vulnerabilidade, risco, oferta e demanda

• Macroatividades da Vigilância

• Impactos da implantação

O que é?

Uma área organizada no âmbito do governo federal, estadual e nos

municípios?

Vigilância Socioassistencial

O que é?

É uma área relacionada à gestão do SUAS?

Uma área organizada no âmbito do governo federal, estadual e nos

municípios?

Vigilância Socioassistencial

O que é?

É uma área relacionada à gestão do SUAS?

É um conceito?

Uma área organizada no âmbito do governo federal, estadual e nos

municípios?

Vigilância Socioassistencial

O que é?

É uma área relacionada à gestão do SUAS?

É um conceito?

Um objetivo do

SUAS?

Uma área organizada no âmbito do governo federal, estadual e nos

municípios?

Vigilância Socioassistencial

O que é?

É uma área relacionada à gestão do SUAS?

É um conceito?

Um objetivo do

SUAS?

Uma área organizada no âmbito do governo federal, estadual e nos

municípios?

Função da Política de Assistência Social?

Vigilância Socioassistencial

Objetivos da Assistência Social – LOAS

A Vigilância Socioassistencial é caracterizada como uma das funções da política de assistência social e deve ser realizada por intermédio da produção, sistematização, análise e disseminação de informações territorializadas, e trata:

I – das situações de vulnerabilidade e risco que incidem sobre famílias e indivíduos e dos eventos de violação de direitos em determinados territórios;

II – do tipo, volume e padrões de qualidade dos serviços ofertados pela rede socioassistencial.

NOB/ 2012 - Art. 87

Vigilância Socioassistencial – NOB SUAS

Aprofundando a definição

VIGILÂNCIA: atividades de planejamento, organização e

execução de ações

desenvolvidas pela gestão e pelos serviços

Produzir, sistematizar e analisar

Informações territorializadas

Vulnerabilidade e risco de famílias e indivíduos

Padrões de oferta de serviços e benefícios

(tipo, volume, localização, qualidade,

forma de acesso)

Oferta e Demanda

Risco e Vulnerabilidade

Risco: Probabilidade ou iminência de um evento acontecer;

Vulnerabilidade: Situações ou identidades que nos deixam mais expostos ao(s) risco(s) de determinado evento;

Exemplos de tipos de Riscos

Naturais (terremotos, enchentes, seca, deslizamentos, etc.)

Saúde (doenças, acidentes, epidemias, deficiências);

Riscos ligados ao ciclo de vida (maternidade, nascimento, velhice, morte);

Sociais (exclusão social, preconceito, violências);

Econômicos (desemprego, inflação),

Ambientais (poluição, desmatamento),

Sobre o conceito de vulnerabilidade social... Não há um significado único para o termo vulnerabilidade. É um conceito complexo e multifacetado. Nessa direção, pode-se afirmar:

a) A vulnerabilidade não é sinônimo de pobreza. A pobreza é uma condição que agrava a

vulnerabilidade vivenciada pelas famílias;

b) A vulnerabilidade não é um estado, uma condição dada, mas uma zona instável que as famílias

podem atravessar, nela recair ou nela permanecer ao longo de sua história;

c) A vulnerabilidade é um fenômeno complexo e multifacetado, não se manifestando da mesma

forma, o que exige uma análise especializada para sua apreensão e respostas intersetoriais para seu

enfrentamento;

d) A vulnerabilidade, se não compreendida e enfrentada, tende a gerar ciclos intergeracionais de

reprodução das situações de vulnerabilidade vivenciadas;

e) As situações de vulnerabilidade social não prevenidas ou enfrentadas tendem a tornar-se uma

situação de risco.

Adequação da Oferta às Demandas (Vulnerabilidades e Riscos) da População

Demanda para Serviços e Benefícios

Socioassistenciais

Ofertas da Política Assistência Social

Serviços

Benefícios

Programas e Projetos

Proteção Básica

Proteção Especial

Necessidades de Proteção Social

Riscos e Vulnerabilidades

TERRITÓRIO

TERRITÓRIO TERRITÓRIO

TERRITÓRIO

Ofertas de outras

políticas públicas

ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES

GERENCIAMENTO E CONSULTA DE SISTEMAS INFORMATIZADOS

ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICOS E ESTUDOS

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE AÇÕES DE BUSCA ATIVA

NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIAS E VIOLAÇÕES DE DIREITOS

Macro-Atividades - Vigilância Socioassistencial

1. Coleta

2. Produção

3. Organização e Sistematização

4. Análise

5. Planejamento – Para quê serve a informação?

1. Organização, estruturação e padronização de informações

Quais dados e informações já existem no seu município?

Você sabe quais são e onde buscá-las?

Informações para a Vigilância

MDSA (Cadúnico, Censo SUAS, RMA, Prontuário)

IBGE (SIDRA, Cid@des, Munic)

Min. Saúde DATASUS

Informações das unidades socioassistenciais

Informações dos usuários

Conhecimento do território Outros setores

municipais

Institutos Estaduais

Universidades Governos Estaduais

INSS

Mac

ro In

form

ação

M

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Info

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Exemplos Macro X Micro Informação

DADOS SECUNDÁRIOS

• Taxas de Trabalho Infantil (IBGE)

• IDCRAS (SNAS)

• Estimativa de nutrizes/gestantes (DATASUS)

DADOS PRIMÁRIOS

• Registro de Acolhimento

• Censo do Conselho Tutelar (Teresina)

• Avaliação de satisfação de usuários (Rio de Janeiro)

• Cartografia Social (Juiz de

Fora)

Gerenciar e alimentar sistemas de informação relacionados às atividades de Vigilancia (federal e estadual e municipal, quando houver.

(CadSUAS, Censo SUAS, RMA, Prontuário Eletrônico, entre outros.)

2. Gerenciamento e consulta de sistemas informatizados

Censo SUAS Censo SUAS - Processo de coleta de dados e monitoramento realizado anualmente, desde 2007, e regulamentado pelo Decreto nº 7.334 de 19 de outubro de 2010

Monitoramento

Avaliação

Planejamento

Gestão do SUAS

Unidades da Rede Socioassistencial; Gestão Municipal; Gestão Estadual; Conselhos;

CRAS CREAS CENTRO POP UNID. DE ACOLHIMENTO CENTRO DE CONVIVÊNCIA CENTRO DIA

Registro Mensal de Atendimentos Instituído pelas Resoluções CIT nº 04/2011, nº 20/2013 e nº 02/2017. Registra os atendimentos e acompanhamentos realizados mensalmente nos CRAS, CREAS e Centros POP

RMA

Cabe à vigilância elaborar diagnósticos e estudos para compreender a realidade do município e subsidiar as ações da assistência social

Diagnóstico é uma análise interpretativa que possibilita a leitura de uma determinada realidade social, com um fim específico.

O Diagnóstico Socioterritorial é um componente obrigatório para a elaboração do Plano Municipal de Assistência Social e deve ser utilizado para planejar as ações de Assistência Social

3. Elaboração de diagnósticos e estudos

Planos de Assistência e Diagnóstico Marco Normativo no SUAS

NOB-SUAS 2012: fortemente fundamentada na lógica do planejamento, monitoramento e avaliação; Estudos e diagnósticos ganham centralidade

• Todos os municípios devem elaborar um “Plano Municipal de Assistência Social”, pelo menos a cada quatro anos

• O Diagnóstico Socioterritorial é um componente obrigatório do Plano

(NOB SUAS 2012 - Capítulo III – Artigos 18 a 22)

Papel da Vigilância Socioassistencial Uma das principais funções da Vigilância Socioassistencial é

coordenar a produção de estudos e diagnósticos socioterritoriais

Através de diagnósticos é possível contribuir com o planejamento, execução e monitoramento de atividades de gestão, serviços, benefícios, programas e projetos.

O objetivo do Diagnóstico é mapear:

a) Os riscos e vulnerabilidades da população; (demanda)

b) As ofertas das políticas de assistência (e demais políticas); e, por fim,

c) Analisar a cobertura e a relação demandas x ofertas no território

Papel da Vigilância Socioassistencial

Quais são as ofertas?

Qual o seu volume?

Onde e como são feitas?

Para quem são dirigidas?

As ofertas estão dirigidas a quem delas necessita e nos locais adequados?

Qual o padrão e qualidade das ofertas?

Existem vazios de cobertura?

Estrutura do Diagnóstico Socioterritorial

1. Contexto (demografia, determinantes econômicos, etc.)

2. Ofertas das demais políticas públicas (Educação, saúde, Sistema de Garantia de Direitos, etc.)

3. Demanda (Vulnerabilidades e Riscos na população e seus diferentes perfis, que podem gerar demandas para a Assistência Social)

4. Ofertas da Política de Assistência Social (Tipo, volume e padrão das ofertas: Quanto, onde e como são feitas as ofertas)

5. Análises de cobertura Demanda x Oferta (Análise de cobertura territorializada das ofertas, comparadas à demanda potencial)

1. Estrutura Administrativa e Regulação

• A Vigilância Socioassistencial deve ser uma subdivisão administrativa dentro do órgão gestor?

“Art. 90. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem instituir a área da Vigilância Socioassistencial diretamente vinculada aos órgãos gestores da política de assistência social, dispondo de recursos de incentivo à gestão para sua estruturação e manutenção.”

DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA VIGILÂNCIA

2. Equipes e habilidades técnicas

•Tamanho da equipe: depende da característica do município e do estado.

•Formação/Composição: deve ser multidisciplinar

(de preferência, com as seguintes formações:

Sociologia; Estatística; Serviço Social; Psicologia; Geografia; Tecnologia da Informação/Informática

Capacitação

• Investimentos possíveis em capacitação

– Excel básico, intermediário e avançado;

– Princípios de Estatística

– Sistemas Informatizados

– Legislação do SUAS

– Leitura de relatórios de dados do SUAS

3. Contratação de Serviços Técnicos especializados • A Vigilância deve lançar mão das diversas possibilidades para que se viabilize e

qualifique a execução de suas atividades, o que inclui a contratação de serviços técnicos especializados, tanto de pessoa jurídica como física, resguardadas as normas da administração pública que regem este tipo de contratação.

• No que se refere à contratação de pessoa jurídica, o setor de Vigilância pode, por exemplo, estabelecer parcerias com instituições de ensino e pesquisa para ministrar treinamentos e para a realização de diagnósticos de situações de vulnerabilidade e risco, de violência e violação de direitos, de potencialidades presentes no território, realizar avaliações dos processos e/ou resultados da Assistência Social.

• A Vigilância pode contratar em caráter temporário pessoas físicas, como, por exemplo, estatísticos, sociólogos, analistas de sistemas, entre outros para assessorarem a equipe e atuarem em projetos específicos.

• Nos casos de capacitações sugere-se as instituições já credenciadas pelo Programa Nacional de Capacitação - CAPACITASUAS

4. Infra-estrutura e Equipamentos

– Internet

– Computadores

– Softwares especializados:

Estatística: SPSS, STATA, SAS, R, etc.

Mapas e georeferenciamento: Tabwin; Atlas GIS, Terra View, Quantum GIS;

5. Recursos financeiros

• Com a aprovação da Lei 12435/2011, a Vigilância Socioassistencial ganhou um aliado importante a sua implementação, o IGD-SUAS

“O IGD-SUAS é o instrumento de aferição da qualidade da gestão descentralizada dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, bem como da articulação intersetorial, no âmbito dos municípios, DF e estados.”

• Com este recurso é possível:

– Aquisição de equipamentos eletrônicos, mobiliário, softwares, materiais de consumo, serviços de internet.

– Contratação temporário de pessoas físicas e jurídicas a fim de realizar capacitações, consultorias, pesquisas, diagnósticos, georeferenciamento, descrever fluxos,

– Custeio de passagens e diárias

Principais Desafios

Implantação da Vigilância em todos os municípios

30% dos municípios não possuem vigilância constituída;

A Vigilância está constituída formalmente na estrutura do órgão gestor em apenas um terço dos municípios.

Constituir equipes adequadas às tarefas da vigilância (tamanho das equipes e capacitação).

Principais Desafios

Maior integração entre a Vigilância Socioassistencial e as áreas da Gestão e dos Serviços

Fortalecer a infraestrutura local;

(Computadores; internet; softwares)

Implementar a cultura da informação no SUAS

Para que e para quem a Vigilância Socioassistencial é importante?

• Para os conselhos municipais de Assistência Social: as informações levantadas na Vigilância Socioassistencial embasam a tomada de decisões e a alocação dos recursos.

• Para os usuários: as informações apuradas permitem ofertar aos usuários exatamente os programas de que eles mais necessitam.

• Para as equipes técnicas: os dados coletados são utilizados no monitoramento para adequar os serviços socioassistenciais e a própria atuação.

• Para o órgão gestor: os dados do monitoramento são utilizados na elaboração dos planos de assistência social, na efetivação da política pública de assistência social com a otimização de recursos, entre outros.

Impactos da implantação da Vigilância

Qualificação da gestão

Qualificação dos serviços socioassistenciais

Adequação da Oferta a Demanda

Transformar o “fazer social” em uma ação

estratégica, planejada

Dar racionalidade ao Sistema

Auxiliar as proteções sociais no seu fazer

• vigilanciasocial.al@gmail.com

• Obrigada!

Apresentação cedida pelo MDS.

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