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OS ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA NO
CÓDIGO CIVILAcadêmico: Fábio Miroski Wolff
Orientadora: Leilane Mendonça Zavarizzi Rosa
Copyright © 1999 LINJUR. Reprodução e distribuição autorizadas desde que mantido o “copyright”. É vedado o uso comercial sem prévia autorização por escrito dos
autores.
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
• Os conceitos relacionados neste trabalho foram retirados das obras de Sílvio Rodrigues e Maria Helena Diniz
• As definições estão de acordo com a bibliografia exposta no final do trabalho
• Para o presente trabalho, as expressões “ato jurídico” e “negócio jurídico” possuem o mesmo significado
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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LIVRO I - DAS PESSOAS
TÍTULO I - DA DIVISÃO DAS PESSOAS
DAS PESSOAS NATURAIS
(art. 2º a 12º)
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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PESSOA NATURAL Conceitos
• É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações
• O sujeito adquire personalidade ao nascer com vida , e só irá perdê-la após a sua morte
• Personalidade é a capacidade de ser titular de direitos
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• É a maior ou menor extensão dos direitos de uma pessoa
• Qualidade do ser humano desde seu nascimento até sua morte de ser titular de direitos e obrigações na ordem civil
CAPACIDADE Conceitos
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• De gozo ou de direito: aptidão oriunda da personalidade, para adquirir direitos e contrair obrigações na vida civil
• De fato ou de exercício: aptidão para exercer, por si, atos da vida civil
CAPACIDADE Espécies
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INCAPACIDADE Conceito
• É a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil
• É o reconhecimento da inexistência daqueles requisitos que a lei acha indispensáveis para que uma pessoa exerça seus direitos
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• Absoluta: Quando houver proibição total do exercício do direito pelo incapaz, podendo acarretar a nulidade do negócio
• Relativa: pessoa pode praticar, por si, atos da vida civil, desde que assistidos por devidos representantes, sob pena de anulabilidade
INCAPACIDADE Espécies
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• Cessação da incapacidade:– Quando o menor atingir 21 anos (C.C., art. 9º)– Pela emancipação (C.C., art. 9º, parág. 1º e2º)
INCAPACIDADE
DAS PESSOAS JURÍDICAS
(art. 13º a 30º)
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PESSOAS JURÍDICAS Conceitos
• É a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios que visa à consecução de certos fins (sujeito de direitos e obrigações)
• São entidades a que a lei empresta personalidade, sendo esta diferente da dos indivíduos que os compõem
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PESSOAS JURÍDICASClassificação
• Quanto à nacionalidade:– nacionais– estrangeiras
• Quanto à estrutura interna:– corporação– fundação
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• Quanto à função e capacidade (C.C. art.13): – pessoas jurídicas de direito público
• externo: nações, Santa Sé, Organização das Nações Unidas
• interno: União, Estados, DF, Municípios
PESSOAS JURÍDICASClassificação
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• Quanto à função e capacidade (C.C. art.13):
– pessoas jurídicas de direito privado
• fundações particulares
• associações
• sociedade civil
• sociedade comercial
• partidos políticos
PESSOAS JURÍDICASClassificação
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PESSOAS JURÍDICASCapacidade
• Capacidade da pessoa de ser titular de direitos (personalidade)
• Só poderá ser titular daqueles direitos compatíveis com a sua condição de pessoa fictícia, ou seja, os patrimoniais
• Não se lhe admitem os direitos personalíssimos
• A pessoa jurídica deverá recorrer a pessoas físicas para a representar
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PESSOAS JURÍDICASResponsabilidade
• Responsabilidade contratual: atende ao artigo 1.056 C.C.
• Responsabilidade extra-contratual: quem pratica o ato ilícito não é a pessoa jurídica, e sim o seu representante
• Responsabilidade civil: as pessoas jurídicas são responsáveis pelos danos que derem causa a terceiro, salvo previsão legal
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TÍTULO II - DO DOMICÍLIO CIVIL
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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DOMICÍLIOConceitos
• É o lugar onde a pessoa estabelece sua residência com ânimo definitivo, tendo, portanto, por critério a residência (art. 31)
• Admite-se a pluralidade domiciliar segundo a legislação civil (art. 32)
• No caso se a pessoa não possui um domicílio fixo, terá por domicílio o lugar onde for encontrado (art. 33)
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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DOMICÍLIOEspécies
• Necessário ou legal: quando determinado por lei
• Voluntário: quando escolhido livremente
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LIVRO II - DOS BENS
TÍTULO ÚNICO - DAS DIFERENTES CLASSES DE
BENS
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS (art. 43 a 57)
• Corpóreos e incorpóreos
• Móveis e imóveis
• Fungíveis e infungíveis
• Consumíveis e inconsumíveis
• Divisíveis e indivisíveis
• Singulares e coletivos
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BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
(art. 58 a 64)
• Conceitos:– Principal é a coisa que existe sobre si, abstrata
ou concretamente– Acessória é aquela cuja existência supõe a da
principal
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Espécies de acessório– Frutos– Produtos– Rendimentos– Benfeitorias voluptuárias– Acessão– Pertença – Partes integrantes
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
(art. 58 a 64)
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• Classificação dos bens acessórios– Naturais– Industriais– Civis
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
(art. 58 a 64)
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BENS PÚBLICOS E PARTICULARES
(art. 65 a 68)Bens públicos
• Conceito: são do domínio nacional pertencentes a União, aos Estados, aos Municípios, autarquias e fundações públicas
• Espécies:– Uso comum– Uso especial– Dominicais
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• Caracteres:– Inalienabilidade– Imprescritibilidade– Impenhorabilidade
BENS PÚBLICOS E PARTICULARES
(art. 65 a 68)Bens públicos
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• Conceito: são os que tiverem como titular de seu domínio pessoa natural ou pessoa jurídica de direito privado
BENS PÚBLICOS E PARTICULARES
(art. 65 a 68)Bens particulares
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COISAS QUE ESTÃO FORA DO COMÉRCIO
(art. 69)• Alienáveis: podem ser transferidos ou
apropriados, passando, onerosa ou gratuitamente, de um patrimônio a outro
• Inalienáveis: não podem ser transferidos de um acervo patrimonial a outro ou insuscetíveis de apropriação
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LIVRO III - DOS FATOS JURÍDICOS
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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FATOS JURÍDICOSConceitos
• Todos os eventos, causados por atividade humana ou decorrente de fatos naturais, que têm influencia na órbita do direito
• Acontecimento, dependente ou não da vontade, capaz de produzir conseqüências jurídicas
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• Fatos jurídicos em sentido estrito: fatos naturais, não produzidos por atos humanos
• Atos jurídicos: – Lícitos: que vão ao encontro da lei– Ilícitos: que estão em desacordo com a lei
FATOS JURÍDICOSClassificação
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AQUISIÇÃO DE DIREITOS
• Direito atual: a aquisição já se operou completamente
• Direito futuro: a aquisição não se operou completamente– Deferido: a aquisição depende unicamente da
vontade do sujeito, do seu arbítrio– Não deferido: a aquisição depende de fatos ou
condições falíveis
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MODIFICAÇÃO DE DIREITO
• Quanto ao sujeito:– substituição de sujeito: quando muda o sujeito
de direito, sem modificar o objeto– multiplicação de sujeito: se houver
multiplicação ou concentração de sujeitos
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• Quanto ao objeto– quantitativa: atinge a quantidade do objeto,
aumentando ou diminuindo seu volume, sem alterar a qualidade do direito
– qualitativa: atinge a qualidade do objeto ou do conteúdo do direito
MODIFICAÇÃO DE DIREITO
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EXTINÇÃO DE DIREITO
• Quanto ao sujeito: alienação, renúncia, abandono, morte
• Quanto ao objeto (perecimento)– objeto fica em lugar incerto ou não sabido– objeto perde as qualidades essenciais ou o valor
econômico– quando se confunde com outro, de modo que se
não possa distinguir
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• Prescrição
• Decadência
• Perempção de instância
• Etc.
EXTINÇÃO DE DIREITO
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TÍTULO I - DOS ATOS JURÍDICOS
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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DISPOSIÇÕES GERAIS(art. 81 a 85)
• Conceito: é todo ato lícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos (art. 81)
• Elementos de validade do negócio jurídico:– Capacidade de fato– Objeto deve ser física ou juridicamente possível– Forma deve ser prescrita ou não defesa em lei– Legitimidade material
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• Representação (art. 84):– Absolutamente incapazes através dos pais,
tutores ou curadores
– Relativamente incapazes pelas pessoas e nos atos que o Código Civil determina
DISPOSIÇÕES GERAIS(art. 81 a 85)
DOS DEFEITOS DOS ATOS JURÍDICOS
(art. 86º a 113º)
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• Defeito do conhecimento do verdadeiro estado das coisas
• Idéia falsa de realidade, provocando no declarante uma manifestação da vontade de maneira diversa da que realmente gostaria
ERRO
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• Características (deve ser):– Escusável: justificável e sem negligência– Substancial– Real: deve causar prejuízo ao interessado– Principal: o erro deve ser a razão do ato– Praticado com boa-fé – Erro acidental não anula o ato
ERRO
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• Artifício ou expediente empregado para induzir alguém a prática de um ato
• No dolo o engano é provocado
• Prejudica alguém e aproveita ao autor do dolo ou a terceiro
DOLO
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• Características:– Principal: dá causa ao negócio jurídico. Anula-
se o negócio jurídico– Acidental: influi mas não diretamente no
negócio jurídico. O negócio não é anulado– Dolo bonus: comportamento lícito e tolerante– Dolo malus: consiste num vício. É anulável– Dolo positivo: realizado por um ação– Dolo negativo: Realizado por uma omissão
DOLO
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• Pressão física ou moral exercida sobre a pessoa, seus bens, sua honra, sua família
• Induz ou obriga a pessoa a efetivar o negócio jurídico
• Classificação:– Coação justa: Quando ocorrer uma ameaça
do exercício normal do direito
COAÇÃO
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• Classificação:– Coação injusta:
• Física ou absoluta: a vítima não tem possibilidade de escolha. É um ato nulo
• Moral ou relativa: a vítima pode escolher entre realizar o ato ou suportar um possível dano. É um ato anulável
COAÇÃO
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• Declaração enganosa da vontade, visando produzir efeito diverso do ostensivamente indicado
• Oferece uma aparência diversa do efetivo querer das partes
• As partes fingem um negócio que na realidade não desejam
SIMULAÇÃO
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• Simulação inocente: não visa prejudicar terceiros ou violar disposições em lei
• Simulação maliciosa: visa prejudicar terceiros ou violar disposições em lei– Absoluta: não há na verdade negócio jurídico– Relativa: pode recair sobre a natureza do
negócio, sobre o conteúdo do negócio (objeto), sobre a pessoa participante do negócio
SIMULAÇÃO
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Praticada por devedor insolvente, que pratica atos suscetíveis de diminuir seu patrimônio
• Assim reduz a garantia que seu patrimônio representa para um possível resgate de suas dívidas
FRAUDE CONTRA CREDORES
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• A ação revocatória ou pauliana tem por efeito anular os atos praticados em fraude
• Os credores quirografários podem intentar a ação pauliana quando forem lesados e, dessa forma, pleitear a anulação do ato
• Credor com garantia real: fica com um bem de quem deve, desde que garantido por lei
FRAUDE CONTRA CREDORES
DAS MODALIDADES DOS ATOS JURÍDICOS
(art. 114º a 128º)
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CARACTERÍSTICAS
• Elementos acidentais que podem alterar as conseqüências do negócio jurídico
• Não são indispensáveis para a existência do negócio
• Independente deles o negócio terá validade
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CONDIÇÃO
• Conceitos:
– Subordina o efeito do ato jurídico a um evento
futuro e incerto– É uma cláusula acessória em que as partes
concordam
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Classificação quanto à possibilidade:– Física ou juridicamente possível: podem
ser realizadas conforme as leis físico-naturais e as normas jurídicas
– Física ou juridicamente impossível: não se pode efetivar por ser contrária à natureza, ou à ordem legal
CONDIÇÃO
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Quanto à participação dos sujeitos:– Casual: depende de um caso fortuito– Mista: depende da vontade das partes e
também de um elemento casual– Potestativa: se decorrer da vontade de uma
das partes• Puramente potestativa: depende apenas do
arbítrio do agente• Simplesmente potestativa: depende de uma
das partes e também da prática de algum ato
CONDIÇÃO
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Quanto ao modo de atuação:– Suspensiva: suspende a eficácia do ato até que
se configure– Resolutiva: cessa o efeito do ato quando se
configura
CONDIÇÃO
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TERMO
• Conceitos:– É o dia em que começa ou extingue a eficácia do
negócio jurídico– Subordina os efeitos do ato negocial a um
acontecimento futuro e certo
• Classificação:– Inicial: quando fixa o momento em que a eficácia
do negócio deve iniciar, retardando o exercício do direito
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Classificação:– Final: quando determinar a data da cessação
dos efeitos do ato negocial, extinguindo as obrigações dele oriundas
– Certo: quando estabelece uma data do calendário, ou fixa um certo lapso de tempo
– Incerto: se se referi a um acontecimento futuro, que ocorrerá em data indeterminada
TERMO
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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PRAZO
• Conceitos:– É o lapso de tempo transcorrido entre a
declaração da vontade e o advento do termo– É contado por unidade de tempo, excluindo-se
o dia do começo e incluindo-se o do vencimento
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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ENCARGO
• Conceitos:– É uma limitação trazida a uma liberalidade,
quer por dar destino ao seu objeto, quer por impor ao beneficiário uma contraprestação
– É uma obrigação, mas é característico de uma liberalidade
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• Efeitos:– Não suspende a aquisição nem o exercício do
direito, salvo quando expressamente imposto no ato
– Deve ser cumprido no prazo fixado pelo disponente
– Podem exigir o seu cumprimento o próprio instituidor, seus herdeiros, as pessoas beneficiadas ou representante do MP
ENCARGO
DA FORMA DOS ATOS JURÍDICOS E DE SUA
PROVA(art. 129º a 144º)
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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FORMA DO NEGÓCIO JURÍDICO
• Conceitos:é o conjunto de solenidades que devem ser observadas para que a declaração da vontade tenha eficácia jurídica
• Classificação:– Forma livre ou geral: é qualquer meio de
exteriorização da vontade no negócios jurídicos
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Classificação:– Forma especial ou solene: são solenidades
que a lei estabelece como requisito para a validade de determinado negócio jurídico• Forma única: aquela que, por lei, não pode
ser preterida por outra• Forma plural: quando a norma permite a
formalização do negócio por vários modos
FORMA DO NEGÓCIO JURÍDICO
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Classificação– Forma genérica: implica
uma solenidade mais geral, imposta pela norma jurídica
– Forma contratual: quando eleita pelas partes do contrato, ou seja, os contratantes influenciam diretamente no contrato
FORMA DO NEGÓCIO JURÍDICO
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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PROVA DO ATO NEGOCIAL
• Conceito: é o conjunto de meios empregados para demonstrar, legalmente, a existência de negócios jurídicos
• A prova deve ser:– Admissível: não proibida por lei, sendo
aplicável ao caso em questão– Pertinente: idônea para demonstrar os fatos
relacionados com a questão discutida– Concludente: apta a esclarecer pontos
controversos ou confirmar alegações feitas
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• Meios de prova:– Confissão– Atos processuados em
juízo– Documentos públicos e
particulares– Testemunhas– Presunção– Exames e vistorias– Arbitramento– Inspeção judicial
PROVA DO ATO NEGOCIAL
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Princípios:– O ônus da prova cabe a quem alega o fato e não
a quem contesta– Se o autor nada provar o réu será absolvido– O juiz deve julgar pelo alegado e provado– Independem de prova os fatos notórios– Devem ser considerados verídicos os fatos
incontroversos– O juiz poderá apreciar livremente a prova,
atendendo os fatos constante nos autos
PROVA DO ATO NEGOCIAL
DAS NULIDADES
(art. 145º a 158º)
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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NULIDADES• Conceito: é o
reconhecimento da existência de um vício que impede um ato de ter existência legal, ou de produzir efeito
• Espécies:– Nulidade absoluta (ato
nulo)– Nulidade relativa (ato
anulável)
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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NULIDADE ABSOLUTA• Conceitos:
– Ocorre quando o ato não tem efeito jurídico algum
– Ofende gravemente os princípios de ordem pública
– É um ato que na verdade nunca existiu
• Ocorre quando:– O agente é absolutamente incapaz– O ato não revestiu a forma prescrita em lei– O objeto for ilícito ou impossível
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Ocorre quando– Não foi preterido uma solenidade exigida em
lei– Quando infringiu à lei e aos bons costumes– Quando a lei determinar que aquele ato é nulo
• Efeitos:– Ex tunc– Eficácia erga omnes – Não prescreve– Não pode ser ratificada– A sentença é meramente declaratória
NULIDADE ABSOLUTA
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Quem tem legitimidade ativa para decretar a nulidade do ato (art. 146):– Qualquer interessado com legítimo interesse
econômico ou moral no ato– O Ministério Público (quando lhe interessar)– O juiz (possui o dever)
NULIDADE ABSOLUTA
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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NULIDADE RELATIVA• Conceitos:
– Ocorre quando o ato possui vários vícios, o que o impede de ter eficácia jurídica
– Diz respeito aos interesses individuais
• Ocorre quando:– O agente é relativamente incapaz, sem os seus
devidos representantes– Quando possuir vícios como erro, dolo, coação,
simulação e fraude contra credores– Quando a lei assim o declarar
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Efeitos:– Ex nunc– A eficácia é somente para as partes que
alegaram– Prescreve– Pode ser ratificada (retroage a data de
realização do ato)• Quem possui legitimidade ativa para
decretar a anulação do ato:– Só pode ser alegada pelos prejudicados ou
representantes legítimos
NULIDADE RELATIVA
TÍTULO II - DOS ATOS ILÍCITOS
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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ATOS ILÍCITOS(art. 159 e 160)
• Conceito (art. 159):– É o ato praticado em desacordo com a ordem
jurídica, violando direito subjetivo individual, causando dano a outrem
– Cria-se o dever de reparar tal prejuízo
• Elementos:– Fato lesivo voluntário (dolo ou culpa)– Ocorrência de um dano patrimonial ou moral– Nexo de causalidade entre o dano e o
comportamento do agente
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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• Conseqüência do ato ilícito: responsabilidade pela reparação do dano, causado pela própria pessoa ou por terceiro
• Atos lesivos que não são ilícitos (art. 160):– Legítima defesa– Exercício regular de um direito– Estado de necessidade
ATOS ILÍCITOS(art. 159 e 160)
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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BIBLIOGRAFIA
• RODRIGUES, Silvio. Direito civil; parte geral. 30ª ed. São Paulo: Saraiva, 2000. 1º volume
• DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 1966. 1º volume
Os Elementos da Relação Jurídica no CC
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OS ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
DISCIPLINA: INFORMÁTICA JURÍDICA
DOCENTE: AIRES JOSÉ ROVER
ORIENTADORA: LEILANE ZAVARIZZI ROSA
ACADÊMICO: FÁBIO MIROSKI WOLFF
FLORIANÓPOLIS, JULHO DE 2000
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