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1ANEXO TÉCNICO VERSÃO 04.01.2019
ROTEIRO PARA A
NEUTRALIDADE CARBÓNICA
mobilidade
e transportes
Índice
• Enquadramento .03
• Emissões de gases com efeito de estufa (GEE) .04
• Consumo de energia .06
• Tendências globais e mudanças disruptivas .07
• Abordagem metodológica .09
• Principais assunções para o setor dos transportes .13
• Evolução da procura da mobilidade de passageiros e mercadorias .15
• Trajetórias para a descarbonização da mobilidade .27
• A transição da mobilidade .37
• Equipa técnica .43
2
mobilidade e transportes
O Roteiro para a Neutralidade Carbónica é um documentotécnico de suporte a uma estratégia de longo prazo para adescarbonização da economia portuguesa a que Portugal estálegalmente obrigado pelo Acordo de Paris a submeter àsNações Unidas até 2020.
Num exercício de prospetiva a 30 anos, este trabalho pretenderesponder a questão: É possível Portugal atingir a neutralidadecarbónica em 2050?
A base de todo o exercício consubstancia-se num conjunto depressupostos sobre a evolução demográfica, modelos sociais eperfil económico do país, em relação a múltiplos aspetos, comoo futuro da mobilidade partilhada ou autónoma, a agriculturade precisão, tendências das dietas futuras ou o grau deconforto térmico das habitações. Estes pressupostos alimentama estimativa de serviços de energia, entre outros, que devemser garantidos à economia Portuguesa até 2050. Tendo porbase dois cenários distintos de evolução socioeconómica, eutilizando modelos calibrados para a realidade portuguesa,definiram-se trajetórias ao desafio da neutralidade carbónica,segundo o critério de custo-eficácia. Cada componente daeconomia portuguesa analisada (sistema energético,transportes e mobilidade, agricultura, floresta e resíduos e
águas residuais, bem como opções de economia circular)assenta num trabalho muito detalhado de caracterização dasituação atual e melhor informação disponível, para o qualcontribuíram sete workshops participativos que envolveramdiversos stakeholders em exercíciosde visioning estratégico direcionados aos diferentes setores.
O cadernoMobilidade2050 que resume as discussões sobre aVisão da Mobilidade em 2050 pode ser consultado em:https://descarbonizar2050.pt/uploads/RNC_Caderno_Mobilidade2050.pdf
O presente documento apresenta um conjunto de resultadospara o setor da mobilidade e transportes, que serão revistos emfunção (i) dos contributos recebidos da consulta pública e (ii)análises adicionais, como análises de sensibilidade a aspetosespecíficos.
Aconselha-se a leitura prévia do documento ‘CenáriosSocioeconómicos de Evolução do País no Horizonte 2050’, paraenquadramento correto do exercício prospetivo do setor damobilidade e transportes. Assume-se que o leitor, conhece ascaracterísticas das narrativas associadas aos cenários base Forade Pista, Camisola Amarela, e Pelotão.
3
O Roteiro para a neutralidade carbónica da economiaportuguesa mobilidade
e transportes
EnquadramentoEmissões dos transportes
Emissões de GEE nacionais e representação do setor dos transportes
O setor dos transportes tem representado, com curtas oscilações interanuais, cerca de um quarto das emissões totais de gases com efeito de estufa desde o início do século
4
Transportes
Outros setores
Representatividade do setor
mobilidade e transportes
Fonte: Inventário Nacional de Emissões (APA, 2018)(1) Apenas considera movimentos em território nacional; Para aviação inclui LTO internacional
15 522 kt CO2 eq
(2015)
Representação de subsetores
Emissões GEE transporte rodoviário 2015
- O subsetor rodoviário tem um peso muito significativonas emissões dos transportes (96%)
- O uso do automóvel é responsável por 60% das emissões em relação ao total do transporte rodovário
5
EnquadramentoEmissões dos transportes mobilidade
e transportes
1 Fonte: DGEG/Eurostat, 2018
• Consumo total de energia (20151): 5 608 ktep• Setor com maior contribuição indireta para a importação de
energia primária e respetiva dependência energética• Percentagem de Fontes Renováveis de Energia (FER) (20151):
7,4%• Consumo de eletricidade com reduzida expressão e
associado à ferrovia
Transporte de passageiros - divisão modal
TP: 12%
TP: 19%Pkm em %
Lotação média de metro: 17% [ML: 24%| MP: 19% | MST: 10%]
Carreiras urbanas/suburbanas: 16% [Carreiras interurbanas: 21%]
Coeficientes de utilização de transporte público (TP) em 2015
Gás natural
Eletricidade
EnquadramentoConsumo de energia mobilidade
e transportes
1 2 3 4 5
Mobilidade 2050
Eletrificação
Urbanização
Multi/intermodalidade
Autonomia/ conectividade
Partilha
O futuro da mobilidade será determinado por modificações societais (p.e. economia da partilha), progressos tecnológicos (incluindo IoT e big data), por novos players e modelos de negócio (p.ex. a mobilidade como serviço)
7
EnquadramentoTendências globais & mudanças disruptivas mobilidade
e transportes
1 2 3 4 5
A eletrificação da mobilidade é decisiva, inclusive para os objetivos de descarbonização (quando ancorada num sistema de produção de eletricidade renovável)Induz também
Maior eficiência da ofertaINDICADOR 2050
Taxa de crescimento do stock de Veículos Elétricos à escala mundial: 54% (2017 em comparação com 2016), sendo expectável um crescimento exponencial no médio prazo (IEA, 2018)
Partilha
A implementação de sistemas de partilha conjuntamente com a autonomia e conectividade dos veículos irá permitir: maior equidade no acesso a serviços de mobilidade aumento no número e tipo de viagens. INDICADORES 2050
Taxa de utilização veículos: até 10x mais que a atualTaxa de ocupação: Próximo da total capacidade dos veículosParque automóvel circulante necessário: apenas 3% da frota existente atualmenteEspaço para estacionamento necessário em meio urbano menos 95% do atual (OECD/ITF, 2016)
A inter e multimodalidade serão alavancadas por sistemas inteligentes de transporte, capazes de assegurar a integração entre diferentes modos de transporte sem constrangimentos, sem pausas e de forma fluida
A crescente e permanente tendência para a urbanização poderá potenciar a implementação destes sistemas integrados e desta revolução, na medida em que a concentração de parte relevante do público-alvo fará crescer o interesse dos diferentes agentes neste tipo de investimentos. As melhorias na logística e operações podem reduzir 13% da atividade (tkm) em 2050 (IEA, 2017a)
8
EnquadramentoTendências globais & mudanças disruptivas
Referências: OECD/ITF, 2016. Shared Mobility: Innovation for Liveable Cities. International Transport Forum’s Corporate Partnership Board. Disponível em: http://bit.ly/29i2ebD; IEA, 2018. Global EV Outlook 2018 .IEA Publications. Paris. International EnergyAgency Disponível em: https://www.iea.org/gevo2018/; IEA, 2017a. The Future of Trucks - Implications for energy and the environment, IEA Publications. Paris. International Energy Agency. Disponível em: https://www.iea.org/publications/freepublications/publication/TheFutureofTrucksImplicationsforEnergyandtheEnvironment.pdf.
mobilidade e transportes
Metodologia
Modelação
Resultados
• Emissões de GEE• Consumo de energia
por subsetor• Perfil tecnológico
Módulo Transportes
Rodoviário | Ferroviário | Aéreo | Navegação
Passageiros Mercadorias
Gerador de procura de mobilidade2005 – 2050
Tipologias de procura: passageiros (Mpkm), mercadorias (Tkm) e energia (PJ apenas para
navegação)
Atualização base de dados tecnológicaInclui vários tipos de veículos e infraestrutura de suporte (ex. rede de carregamento de veículos
elétricos)
Mpkm | Tkm | PJ
Parâmetros técnicos (ex. eficiência) e económicos (ex. custos de investimento e manutenção)
Modelo tecnológico TIMES_PT
Setores e tipo de mobilidade incluída
Inclusão de aspetos comportamentais e outras tendências de uso tecnológico
Análise exógena dos fatores relacionados com nível de partilha e de autonomização (ex. taxas de
ocupação de veículos e distâncias percorridas)
Taxas de ocupação (passageiros/veículo); Distância percorrida (km)
9
mobilidade e transportes
TIMES_PT | Representação simplificada do Sistema Energético, com alguns exemplos
Ferramenta de modelação | TIMES_PTO TIMES_PT é um modelo de otimização energética, que inclui, de forma integrada, todo o sistema energético Português desde daprodução de energia, transporte e distribuição até ao consumo nos setores de uso final, como a indústria, transportes, residencial,serviços e agricultura nos seus múltiplos usos energéticos (aquecimento, arrefecimento, iluminação, equipamentos elétricos,mobilidade de passageiros e de mercadorias, entre outros). Mais detalhe sobre esta ferramenta pode ser encontrada no volumerelativo à Energia.
mobilidade e transportes
> As projeções de procura de mobilidade nacional de passageiros (pkm) e mercadorias (tkm) foram efetuadas através da aplicação da relação histórica existente entre indicadores macroeconómicos e procura, através de regressões múltiplas, projetando-se a sua evolução em cada um dos cenários.
RODOVIA FERROVIA NAVEGAÇÃO AVIAÇÃO
Passageiros Mercadorias Passageiros MercadoriasPassageiros + Mercadorias
Passageiros Mercadorias
LigeiroAutocarroInterurb.
AutocarroUrbano
Moto Ligeiro Pesado Comboio Metro Comboio Navio Avião Avião
PIB
População residente: total
População residente: urbana
Rendimento disponível bruto das famílias
Despesas famílias em transportes e comunicações
VAB de Indústria de bens Transacionáveis
Grau de abertura ao exterior
> Validação da magnitude de variação através de consulta bibliográfica e/ou a stakeholdersex: Infraestruturas de Portugal (IP), MobiE, OCDE/ITF,...
11
MetodologiaGeração de procura de mobilidade
Indicadores chave utilizados
Modo de Transporte
mobilidade e transportes
> Introdução complementar de megatendências/mudanças disruptivas no setor transportes nos cenários futuros
Mudançade
paradigma
Alterações de base ao sistema de T&M
- Perfis de mobilidade
- Repartição modal
- Morfologia do setor USO PARTILHADO
min
USO INDIVIDUAL
Tipologia de utilização
Nív
el d
e A
uto
no
mia
do
s ve
ícu
los
MAX
12
MetodologiaInclusão de tendências globais – autonomia e/ou partilha mobilidade
e transportes
A. As diferentes procuras são consideravelmentedíspares, traduzidas por um cenário de procuramais reduzida em 2050 (o Fora de Pista), umcenário intermédio (Pelotão, 19% mais procurade transportes do que o FP em 2050) e umcenário de maximização da procura (CamisolaAmarela com mais 42% de procura que o FP em2050)
B. O nível de partilha e de autonomização dasfrotas e dos veículos é máximo no caso doCamisola Amarela, cenário de grandecircularidade, e mínimo no caso do Fora de Pista
C. A partilha e autonomia condicionam de formadecisiva alguns fatores como:
> taxas de ocupação, maiores para os veículospartilhados atingindo 2.5 pax/veículo em 2050e ainda maiores para autónomos partilhados(otimização na alocação de diferentes viagens,com car-pooling gerido por sistemas de gestãoda procura), atingindo 3.5 pax/veículo
> número de kms percorridos por ano, máximonos veículos partilhados
> tempo de vida de cada tipo de veículo,autónomos partilhados a durarem 1/5 (5 anos)dos convencionais não partilhados em 2050
> eficiências, veículos autónomos assumem 10%de melhoria do consumo energético por via daotimização do uso
> custos de investimento e de operação, máximosos primeiros para as viaturas mais tecnológicas,mínimos os segundos para os partilhados e,especialmente, os autónomos partilhados (queprescindem do elemento humano: o condutor)
13
PressupostosFatores decisivos de diferenciação entre cenários
mobilidade e transportes
Modos/Tecnologia e tipo de mobilidade Rodoviário Ferroviário Aéreo Navegação
Passageiros
Mercadorias
Ligeiros
Pesados
Ligeiros
Pesados
• Automóveis|curta e longa distância (Mpkm)
• Motos (Mpkm)• Autocarros Urbanos
(Mpkm)• Autocarros Intercidades
(Mpkm)
• Metro (Mpkm)• Comboios (Mpkm)
• Aviões (Mpkm) • Energia (PJ)
• Comboios (Mtkm)• Automóveis (Mtkm)• Camiões (Mtkm)
• Energia (PJ)• Aviões (Mtkm)
14
MetodologiaEstrutura do setor dos transportes no TIMES_PT mobilidade
e transportes
Evolução da procura de mobilidade
15
mobilidade
e transportes
16
Evolução da procura de mobilidadePassageiros
O aumento da procura é mais significativo no Cenário Pelotão e ainda mais relevante no Cenário Camisola Amarela, refletindo o nível de atividade económica subjacente
A fração de cada um dos modos de transporte mantém-se estável nos vários cenários
mobilidade e transportes
17
Evolução da procura de mobilidadeMercadorias
Aumento linear da procura com maior expressão no caso do Cenário Camisola Amarela face à maior atividade económica prevista
Aumento absoluto mais significativo do transporte rodoviário de mercadorias
Aumento relativo mais significativo do transporte ferroviário de mercadorias
mobilidade e transportes
18
Evolução da procura de mobilidadeÍndice de passageiros e mercadorias
Evolução mais expressiva no Cenário Camisola Amarela, reflexo da maior atividade económica
Evolução da procura muito significativa em termos relativos do transportes de mercadorias por ferrovia com posterior estabilização
Tendência de menor aumento da procura ao longo do tempo para o automóvel
mobilidade e transportes
LIGEIRO PASSAGEIROS MOTOCICLOS
LIGEIRO MERCADORIAS
19
Evolução da procura de mobilidadeModo de transporte
Aumento da procura de mobilidade de passageiros tendencialmente crescente emtodos os cenários
Crescimento com maior expressão nos cenários Pelotão e Camisola Amarela,associado a uma maior atividade económica e melhorias de acesso a serviços demobilidade
A crescente procura de mobilidade através de motociclos pressupõe uma tendênciapara uso deste tipo de veículo em contextos urbanos
No caso do transporte de mercadorias à escala urbana (ligeiros de mercadorias), ocrescimento assumido reflete maior atividade económica associada aos cenáriosPelotão e Camisola Amarela, bem como, à massificação do comércio digital eautomação para a distribuição de mercadorias na last mile
mobilidade e transportes
PESADO PASSAGEIROSUrbano
PESADO PASSAGEIROSInterurbano
PESADO MERCADORIAS
20
Evolução da procura de mobilidadeModo de transporte
O aumento da procura de mobilidade de passageiros em veículos pesados apresentatambém uma tendência crescente mais expressiva nos cenários Pelotão e CamisolaAmarela
O crescimento da procura nestes modos está associado a uma melhoria dos serviçosprestados e uma perspetiva de multi e intermodalidade. Assume-se que uma fluidezde informação e a transição da mobilidade para formatos de serviços permitirá umaconjugação de várias opções de transporte que tenderão a complementar-se em vezde competir entre si
O crescimento do transporte de mercadorias através de veículos pesados,diferenciado entre cenários, deve-se ao crescimento da atividade económica e adiferentes níveis de transação de mercadoria
mobilidade e transportes
FERROVIA PASSAGEIROSComboio
FERROVIA PASSAGEIROSMetro
AVIAÇÃO PASSAGEIROS
21
Evolução da procura de mobilidadeModo de transporte
O aumento da procura de mobilidade de passageiros em modos ferroviáriosapresenta-se tendencialmente crescente nos cenários Pelotão e CamisolaAmarela, associado a melhorias de infraestrutura, flexibilidade e decomplementariedade com outros meios de transportes (ex. serviçospartilhados)
Na Ferrovia as estimativas de captação da procura para passageiros emercadorias até 2050, decorrentes do Ferrovia 2020, concretizam-seplenamente para o cenário Pelotão e são superadas, em 35%, no cenárioCamisola Amarela
A crescente procura de mobilidade de aviação pressupõe uma generalização dautilização deste tipo de transporte e a expansão das atividades aeroportuárias
mobilidade e transportes
Evolução da procura de mobilidadeModo de transporte
FERROVIA MERCADORIAS AVIAÇÃO MERCADORIAS
NAVEGAÇÃO
22
O aumento da procura de mercadorias por meio ferroviário deve-se a uma maiorintensidade da atividade económica nos cenários Pelotão e Camisola amarela,tendo uma tendência para estabilização no longo prazo fruto de restrições deinfraestrutura
O crescimento do transporte de mercadorias por aviação reflete também ocorrespondente crescimento económico e a expansão das atividadesaeroportuárias
O crescimento da navegação deve-se a melhorias de oferta de mobilidade destemodo em trajetos nacionais (ex. ligações no estuário do Tejo) e maior número deligações entre o Continente e as Regiões Autónomas
mobilidade e transportes
Representação da distribuição relativa às deslocações de curta distância em Transporte Público (TP), excluindo (esquerda) e integrando (direita) sistemas de partilha
Partição modal de TP “clássico” Partição modal de TP “com partilha”
23
Evolução da procura de mobilidadePartição modal de Transportes Públicos
TP clássico: refere-se aos modos tradicionalmente classificados como Transporte Público, tais como: metro, comboio, táxi e autocarro urbano e interurbanoTP com partilha: agrega, para além de todos os anteriores, todos os sistemas que integrem partilha de veículo (sejam táxis partilhados, serviços a pedido através de plataformas eletrónicas). Não se consideraram serviços de e-scooters ou e-bikes nestes quantitativos
mobilidade e transportes
Percentagem da Procura de Transporte Público de curta distância satisfeita com Sistemas de Partilha
PressupostosNíveis de partilha e autonomia
Foram considerados pressupostos contrastantes no que respeita à utilização de sistemas de partilha de veículos automóveis
Cenário Camisola Amarela assume uma enorme utilização em termos de quilómetros percorridos por pessoa em veículos com circuitos otimizados e sempre com uma elevada ocupação devido à partilha de uso associada
mobilidade e transportes
Percentagem de veículos autónomosna frota
25
PressupostosNíveis de partilha e autonomia
Foram considerados pressupostos contrastantes no que respeita à evolução tecnológica e viabilidade e aceitação de veículos autónomos na frota
Os veículos autónomos poderão ser muito relevantes no aumento da mobilidade de uma população proporcionalmente mais idosa, otimizando também trajetos num quadro de maior partilha, principalmente no cenário Camisola Amarela
mobilidade e transportes
26
PressupostosQuantificação e evolução dos Modos Suaves
36% das deslocações urbanas são efetuadas em MODOS SUAVES
10,2 km é a distância média percorrida na AML e AMP
Assumiu-se que deslocações até 3 km são captáveis por modos suaves, as quais se estendem
até 7,5 km (MUBi, 2017)
FONTE: INE, Inquérito à Mobilidade nas Áreas Metropolitanas do Porto e de Lisboa, 2017
Entre 2015 e 2050 assumiu-se as seguintes taxas de crescimento:
Cenário Fora de Pista: 0%Cenário Pelotão: 150%
Cenário Camisola Amarela: 75%
(a maior percentagem de aumento para o cenário Pelotão reflete a maior densificação urbana associada a este cenário)
Procura de mobilidade por modos suaves em 2015
mobilidade e transportes
Trajetórias para a descarbonização da mobilidade
27
mobilidade
e transportes
Interpretação do uso de energia final é relevante na análise dos diferentes cenários mas deve ser efetuada com reserva, dado que as eficiências associadas são diferentes, por exemplo, com valores perto dos 100% na mobilidade elétrica e de apenas 20% a 25% no recurso a gasóleo ou gasolina
Eletrificação é ainda mais relevante com a introdução de metas de redução de emissões
Hidrogénio aparece no mix energético com impacte no longo prazo
Gasóleo praticamente sai dos cenários até 2050, na trajetória de redução de emissões de GEE
Os combustíveis gasosos não têm expressão nos diferentes horizontes e cenários testados 28
CONSUMO ENERGIA FINAL TRANSPORTESmobilidade e transportes
Camisola AmarelaPelotãoFora de Pista
Traj
etó
ria
de
ne
utr
alid
ade
29
Nos ligeiros de passageiros a neutralidade carbónica
depende, em grande medida, da adoção de modelos de
partilha no transporte urbano e da eletrificação
A partilha e autonomia em 2050 são custo-eficazes,
satisfazendo 44% da procura (cenário Camisola Amarela)
Em 2040 o gasóleo tem pouca expressão (satisfazendo 3% da
procura) e a gasolina tem utilização exclusiva em veículos
híbridos
Mesmo no cenário Fora de Pista, os veículos de combustão
interna (VCI) perdem quase completamente expressão em
2050 relativamente aos veículos elétricos (ELE)
MODO RODOVIÁRIO LIGEIROS DE PASSAGEIROSmobilidade e transportes
MODO RODOVIÁRIO LIGEIROS DE MERCADORIAS
30
Nos ligeiros de mercadorias, em parte
devido à sua forte componente de atividade
centrada em ambiente urbano, segue-se a
lógica de eletrificação plena num horizonte
relativamente próximo (até 2030)
mobilidade e transportes
MODO RODOVIÁRIO MOTOCICLOS
31
Nos motociclos, a abordagem custo-eficaz
para a neutralidade assenta numa rápida
e generalizada eletrificação no horizonte
até 2040 (estando já plenamente
eletrificado o parque nesta fase)
mobilidade e transportes
MODO RODOVIÁRIO PESADOS DE PASSAGEIROS
32
O transporte rodoviário pesado de
passageiros em meio urbano é assegurado
por modos elétricos
Na longa distância, as alternativas ainda não
apresentam um nível de maturidade que lhe
configure custo-eficácia, assentando este
modo na utilização de biocombustíveis, por
escassez de alternativas tecnológicas (com
dados publicados credíveis, disponíveis em
tempo útil) e devido à competitividade no
sector
mobilidade e transportes
MODO RODOVIÁRIO TRANSPORTE PESADO DE MERCADORIAS
33
O transporte rodoviário pesado de
mercadorias encontra no hidrogénio um
combustível eficaz na satisfação de procura
de longo curso, bem como a instalação de
catenárias em rodovias estruturantes,
permitindo a utilização das mesmas por
pesados elétricos
A introdução de novos combustíveis
(hidrogénio) ou tecnologias (catenárias) está
dependente da implementação de
infraestrutura de base no território nacional
mobilidade e transportes
MODO FERROVIÁRIO
Passageiros Mercadorias
34
A ferrovia de passageiros e de mercadorias, já hoje maioritariamente elétrica, assume que um crescimento custo-
eficaz se fará todo por esta via. O transporte ferroviário ligeiro de passageiros deverá ser um dos modos com aumento
importante da procura em função das alterações que se esperam no ambiente urbano
mobilidade e transportes
AVIAÇÃO
Passageiros Mercadorias
35
A aviação de curta distância eletrifica-se nas ligações domésticas continentais. A aviação doméstica para as Regiões
Autónomas utilizará aeronaves híbridas consumindo querosene de forma mais eficiente do que atualmente. O recurso a
biocombustíveis poderá também ser relevante neste setor. Nota: a aviação internacional não é contabilizada
mobilidade e transportes
NAVEGAÇÃO
36
A navegação é o sector menos descarbonizado. As
soluções preconizadas incluem o uso de medidas de
eficiência energética e de combustíveis alternativos
Na média-longa distância prevê-se a utilização de GNL e
biocombustíveis
A navegação de curta distância deverá ser eletrificada
(em particular o transporte fluvial de passageiros)
mobilidade e transportes
A transição da mobilidade
37
mobilidade
e transportes
Redução de emissões de GEE no sector dos Transportes
Evolução das emissões no sector dos Transportes
Redução face a 1990 (%):
O sector dos Transportes tem um peso significativo (31% em 2015) quando comparado com as emissões totais de todos os sectores
A redução de emissões obtida em 2050 é expressiva, face a 1990, atingindo os 98% no Cenário Camisola Amarela
A procura de mobilidade de passageiros e mercadorias no cenário CA é mais exigente do que no PL, o que induz um maior desafio para descarbonização do setor dos transportes
mobilidade e transportes
A transição da mobilidade | Cenário Pelotãomobilidade e transportes
O sector dos transportes terá alterações expressivas naspróximas duas décadas, no sentido da sua descarbonizaçãoprofunda
Grande aumento de procura de mobilidade em todos osmodos, que não impede a rápida e intensa descarbonizaçãodo sector
Os combustíveis fósseis tradicionais são progressivamentesubstituídos por eletricidade, biocombustíveis e H2
A eletrificação é preponderante na generalidade dos meiosde transporte, atingindo valores da ordem de 70% doconsumo energético em 2050
O aumento de procura de mobilidade de passageiros éassegurado quer com mais transporte público, quer com ageneralização do transporte individual elétrico partilhadoe/ou autónomo
40
A transição da mobilidade | Cenário Pelotão
Nos pesados de passageiros verifica-se um grande potencialpara a mobilidade elétrica que assegura cerca de 1/3 daprocura na década 2030-2040 e 2/3 da procura na década2040-2050, sendo o restante consumo assegurado porbiocombustíveis em 2050
Nos pesados de mercadorias a introdução de novoscombustíveis (H2) ou tecnologias (catenárias) depende daimplementação de infraestrutura de base
Com exceção da navegação, os combustíveis gasosos nãotêm expressão
Aumento da expressão dos modos suaves na mobilidade decurta distância
Grandes melhorias de eficiência em todos os setores demobilidade traduzem-se em reduções da intensidadeenergética, entre 2005 e 2050, de:
- 74% de energia consumida por pkm
- 83% de energia consumida por tkm
mobilidade e transportes
A transição da mobilidade | Cenário Camisola Amarela
Nota: destacam-se a azul as alterações do cenário CA face ao PL apresentado anteriormente
mobilidade e transportes
Comportamento do sector é semelhante ao Pelotão, salientando-se como diferenças:
Maior utilização de veículos partilhados e/ou autónomos é fator determinante para a descarbonização do setor
Níveis de circularidade máximos, permitindo reduzir a intensidade energética assegura a satisfação de procuras demobilidade mais elevadas com menor consumo energético
Entrada mais rápida e expressiva de novos combustíveis (H2) e tecnologias (sistemas de carregamento dinâmico) notransporte pesado de mercadorias
A elevada procura de transportes públicos no cenário CA induz uma maior necessidade de introdução de biocombustíveis
Aumento significativo da expressão dos modos suaves na mobilidade de curta distância
42
A transição da mobilidade | Cenário Camisola Amarela
mobilidade e transportes
Equipa técnica | Sector Mobilidade e Transportes
Francisco Ferreira (coordenação)
Hugo Tente (equipa técnica sector T&M)
Luís Dias (equipa técnica sector T&M)
Joana Monjardino (equipa técnica sector T&M)
Patrícia Fortes (integração com modelação TIMES)
mobilidade
e transportes
www.descarbonizar2050.pt
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