Para Os Golpistas U é Vitória do Povo! - marxists.org no Rio, onde o pau- ... condições de...

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BRIZOLA ANUNCIA: PRESIDENTE GOULART EM BRASÍLIA AS 12 HS. Twfii "I— *

3* patina

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PuniçãoParaOs Golpistas

A camarilha gotpUta •»*•gou a ComUtuiçáo. 11.-«manto o *r. lUnien Ma.-...-li ficava rm Unu>ilia, comottm litere impre*tâvrl. reilu-»tdo à Inslgníficáncia dc«ua própria aubterviencia,oa dirigentes da maaorca —Jíenjrs, Hwk. Ortm Muw,Cordeiro de rarias — a cam-param no Rio, onde o pau-•mandado Lacerda t* pres-U k tndoa os papeis conttao poro.

A população da Cluannba-ra • de diversas outros Es-tado» sofreu as maiores vlo-lAnclaa . arbitrartedadrs.Mtiiurri* « civis, operários,estudantes, intelectuais ío-ram atirados à prts&o. Apolicia invadiu domicílios eaedes de entidades sindicaise estudantis, Interditando-•aa. Ocupou redaçâes dejornais, estabeleceu a cen-Mira. prendeu jornalista»,apreendeu edições Inteiras.Controlou rádio* c trans-mi*, or.i, dc televisão, intcr-ceptou cartas c lelccramn*.,controlou os telefones. En-flm, foi instaurado, de fato,o estado de sitio, com a au-pressão dc todos os direitose garantias constitucionais.

Além dc tudo isso, que le-cou o., direitos dos cidadãoso grupo gotpi_ta também éresponsável p*>r ter levado opaís às hordas da guerra ei-vil, por tentar impor à na-çào uma ditadura terrorista,por levar a intranqüilidadea todos os lares, por desor-Ranlzar a vida econômica,acarretando sofrimentos eprejuízos _cm conta e Irre-cuperaveis. Foi. na verdade,um crime de lesa-pátrla.

Não é po-sivcl que tàocl-moronos crime1! fioucmImpunes, Se se condena aqusnt, íurt-ndo um simplesobjeto, prejudica a apenasuma pessoa, como deixarsem punição aos que prati-«•am ao mesmo tempo umaférle dc gravíssimos crimescontra o pais inteiro?

Denys, Kcck, Moss, Cor-deiro de Çarlas, Lacerda etodos os demais responsáveispelos atentados contra aConstituição e nosso povodevem sofrer as conseqüên-cias de seus atos criminosos.Xâo podem ficar Impunes. Edoa severamente como tam-bém apeados dos postos ecargos que ocupam, de ma-neira a qne não tenhamcondições de repetir o quefizeram. Mesmo porque elesjá sáo reincidentes.

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fe*j»ICAO KX-r«A

NOVOSij ji r«X2

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ANO III Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1961 N' 134

8 TRUSOR LICERDfl E INDIGNO DECONTINÜM " FüENTE DO G.VERNO

A crise politica que o paisatravessa serviu para mos.irar, em corpo inteiro,.quemê o renegado Carlos Laccr.d.i. Certo que nós, comunis.Ias, nunca nos enganamosom relação a esse sub.ho.mem. Sabíamos muito bemquem ele é. Seu passado deindignidade não permitianenhuma dúvida. E tambémo povo carioca, de modo ge.ral, não se deixou enganar.Tanto que, apesar du es.candalosa propaganda feita.o candidato lanterneiro sóconseguiu engambcLr umterço do eleitorado da Gua-nabara.

Mas, já agora, depois dealguns meses no governo doEstado e, principalmente,em virtude de nia condutafrente aos últimos aconte-cimento.s politicos até os ce-gos podem ver a realidade.O jornalista; que se fan-taslava de defensor das li.herdades; teve a máscara

arrancada. Voltou-se comfúria selvagem contru a li.herdade de imprensa. Impôs,abusiva e criminosamente,em plena vigência da Cons.titu.tliio Federal, a mais vio.lenta censura à imprensaM:.ndou beleguins para asredações. Impediu que edi.ções circulassem. Seqüestrouedições nas bancas. Prendeu,arbitrariamente, jornalistas.E idênticas ilegalidades pia-t.lcou contra trabalhadoresdo rádio e da televisão. At;;is desatinos chegou, queprofissionais da imprensaresolveram expulsá-lo doseu meio. E' indigno de usaro nome de jornalista. Maisainda do que isso. Os pro.prl.tãiios de jornal, em duas'reuniõe s, consideraram--no um traidor, um transiu,ga, e pediram sua expulsãoda Sociedade Interamé.iqanade Imprensa.

O negocista da rua doLavradio, da indecorosa tro-

PELA LIBERTAÇÃODE FRAGMON BORGES

Autoridades civis e militares, uma vez derrotado ogolpe, tentam agora descartar-se da responsabilidade pe-Ias medidas arbitrárias praticadas contra a imprensa.E enquanto se explicam, inclusive em entrevistas àimprensa, mantém presas várias pessoas, em 'diferentespresídios, recusando-se a cumprir as ordens de habeas--corpus impetradas em favor dos presos.

É este o caso, entre outros, do redator-chefe de NO-VOS RUMOS, Fragmon Borges. Preso em sua casa hámais de uma semana, foi mantido durante vários dias emlugar Ignorado. A policia recusou-se a cumprir a ordemde habr.as-corpus que o beneficiava.

Soubemos que teriam procurado justificar perante oPresidente da ABI a sua recusa pelo fato de o jornalistahaver resistido a medida ilegal e arbitrária da policia.Era um direito que lhe assistia diante da arbitrariedade.O qué não podemos, nem nós, nem a nossa Associação deImprensa, é nos confor,marmos com a cínica alegação daautoridade.

Exigimos a libertação do nosso companheiro ilegal-mente encarcerado. Uma das funções da ABI é alias estamesma: zelar pela liberdade de imprensa. E a prisão deum jornalista constitui um brutal cerceamento a esta li-herdade, além de uma ani/.ça a todos os jornalistas. Quea ABI cumpra, portanto, o seu dever, como soube cum-prir honrosamente tantrs vezes em situação semelhan-tes. Que nos ajude a recuperar a liberdade do valentejornalista da imprensa democrática c antigolpista que éFragmon Borges.

ca de terrenos, mostroutambém, para os que nãoo conheciam devidamente,seu caráter de inimigodo povo e da democ. a-cia. A lei, para êle, denada vale, a nào ser paraexploração demagógica. Pra-ticou as maiores violências,arbitrariedades e ciimes.Foram feitas centenas deprisões ilegais. Tentou es-magar o movimento opera-rio. Mandou espancar o po-vo nas ruas. Interditou or-ganizações estudantis eoperárias. Procurou, enfim,implantar na Guanabaraum regime de terror fascis-ta, tentando sufocar a fer-ro e fqgo todas as manlfes-tações populares.

Agindo, sempre, comoagente provocador, sei viude instrumento para a re-núncia de Jânio Quadros,êle que já havia levado Var-gas ao suicídio. E tudo íèzpara que o sr. João Gou-lart fosse impedido de as-sumir a Presidência da Re-pública, instaurando-se nopais uma ditadura militarterrorista, a serviço dos in-

terêsses do imperialismonorte-ameiícano.

A verdade ficoujnuito cia-ra para nosso povo, de mo-do particular para o povocarioca. Carlos Lacerda cum inimigo declarado. Suaimpostura a ninguém maisengana. E' responsável porcrimes que o tornam ¦ lndig-no de exercer a função degovernador do Estado. Suapermanência à fiente dogoverno, aiéin de constituiruma decepção para os quenele acreditaram, constituitambém uma afronta aoconjunto da população. Nãofracassou apenas como ad-ministrador, icvelando suaincapacidade em resolver osmais elementares problemasda cidade. Nem se mostrouapenas um corrupto, nego-ciando com os bicheiros.Apareceu, claramente, paratodos, com sua verdadeiralace de agente do golpismo,de lacaio do Imperialismo,de inimigo do povo. Nãopode, por isso tudo, ficarimpune. Deve ser impedidode continuar à frente dogoverno. Deve ser punidopelos ciimes que praticou.

Conselho de Telecomunicações:MENTIRA A, SERVIÇO DO GOLPEEm seu desespero sem ro.

médio, o grupo fascista deLacerda, os antigos iantor.neiros, lançam mã0 de todosos recursos, mesmo os maisignóbeis, para confundir osincautos. Não importa quesejam mentiras e calúniastorpes o mal arquitetadas.De posse ainda tle órgãosdc aparelho do Estado, pas.saram, depois de derrotados

em sua infame (rama gol.pista, u difundir noticias ab.solutamento falsas para es.palhar a confusão entre aopinião pública.

Uma das invenciònicesmais grosseiras do bando la-cerdista foi a de que LuisCarlos Prestos estaria co.mandando a Brigada Mili.lar do Rio Grande do Sul.(Conclui na 3' página)

Posse de Jangoé Vitória do Povo!

A pou* do ar. Joào Goulart na Pre.id.ii.liid« ltr|niblii-M. apó» mais dr uma semana de len-sao e lula, constitui uma importante vitória dupovo brasileiro e uma fragorosa derrota do bandocolplxta que, rasgando aírontosamente a Consti*tulção, tentou impedir a ascensão do sr. Goulartao posto que por direito lhe cabe.

Logo no dia seguinte à renúncia do sr. J&niuQuadros, e depois de "autoritar" o sr. Ranieri Mas.tili a instalar-se formalmente no Palácio do Pin-nalto, o marechal Odilio Denys, falando em nomelambem dos ministros da Marinha e da ..rroiniu*tica — Ifeck e Moss — declarou que as Forças Ar-madas "vetavam" a posse do sr. Joáo Goulart. Erao golpe, uma vet que a Constituição estabelececom toda a clareia que, nos casos de impedimentodo presidente, o poder passa para as mãos do vice-•presidente.

. •Vetando" a posse do sr. Goulart, os três mi-nistros militares, com o apoio de Cordeiro dc Fa-rias, Carlos Lacerda e alguns outros inimigos dopovo, pretendiam barrar o processo democráticoem curso no pais e implantar uma ditadura queanulasse os passos progressistas dados pelo sr. Já-nio Quadros no terreno da politica exterior, es-magasse o movimento nacionalista, operário e po-pular no pais e pusesse em prática, com mão deferro, a politica ditada pelos monopólios norte-•americanos através do Departamento de Estadoe da Embaixada norte-americana. Convinha-lhes,naturalmente, revestir a ditadura com uma a na-rêneia "civil" e "legal". Dai fazerem do sr. Maz_fili um caricato testa-de-ferro. que nada tinha a fa-ser além de bater a emproada cabeça e enviarultimatos ao Congresso. E já nos últimos dias,nem isso: transferindo-se para a Guanabara,os ministros militares largaram o sr. Mazzili emBrasília, como um bagaço já imprestável, e aquimesmo tudo decidiram sem dar-lhe a menoratenção.

Imaginavam os cabecilhas do bando golpistaque o crime seria consumado sem maiores dificul-dades, não passando de mais um "pronunciamen-to" diante do qual a nação se curvaria. Erraramno cálculo, porém, menõ-pretando o avanço daconsciência democrática e patriótica do povo bra-sileiro. Pensavam, certamente, que todos c-apitu-latiam, como havia capitulado o sr. Jânio Qua-dros. i

A reação ao golpe nio ae fés esperar. Em pou-eu horas apenas converteu-se no maior e maisq»_-asi-ifiiH__-agres saíram às ruas protestando energicamente con-tra o golpe e exigindo a posse imediata dc Jango.Em alguns Estados, sobretudo na Guanabara, cujogovêmo era o "núcleo civil" do golpe, tiveram asmassas que lutar contra os fuzis e as bombasda policia, mas em nenhum momento abando-nando o campo de batalha. Os trabalhadores e osestudantes pronunciaram-se imediatamente con-tra o atentado i Constituição, indo inclusive àgreve, embora fossem invadidas e interditadas assedes de suas principais entidades, especialmenteno Rio. O Congresso Nacional, fortalecido com oapoio da opinião pública, decidiu resistir ao golpe,exigindo o respeito à vontade popular e rechaçan-do o vergonhoso pedido de "impedimento" para osr. João Goulart. Por sua vez, os mais dignos re-presentantes das forças armadas, a começar pelomarechal Teixeira Lott, denunciaram vigorosamen-te o crime e apelaram à resistência do povo. Ospartidos políticos, cm geral, tomaram posição afavor da legalidade. Através da palavra de Pres—tes, os comunistas advertiram a nação e exorta-ram à unidade e à luta de todos os partidos e de-mocratas.

Foi no Rio Grande do Sul, porém, que essaresistência assumiu as suas formas mais altas. Ogovernador Leonel Brizola, com o apoio maciçodo povo gaúcho, empunhou a bandeira da Cons-tituição, disposto a fazê-la cumprir até com a fôr-ça das armas. O general Machado Lopes, briosocomandante do III Exército, e toda a oficialidadee a tropa dessa unidade, assim como o comandoe a tropa da 5." Zona Aérea, puseram-se ao ladodo governador Brizola, repelindo a infame maqui-nação golpista.

Os chefes do golpe, dispostos a esmagar essaresistência, que crescia a cada hora, implantaramo terror fascista no país. Sem que fosse decretadoo estado de sítio, pisotearam brutalmente todasas liberdades asseguradas pela Carta Magna, im-plantando a censura sobre a imprensa, o rádio ca televisão, reprimindo selvagemente as manifes-tações populares, interditando a UNE e inúmerossindicatos, realizando prisões em massa dc civise militares, assaltando residências e sedes dc or-ganizações — o que se verificou sobretudo no Rio,cujo abjeto governo prestou-se ao papel do maisvil lacaio dos chefes militares do golpe.

Mas o terror só serviu para mostrar ao povoo que seria a ditadura que os golpistas queriam"legalizar". E a resistência, longe de arrefecer, eraa cada dia e a cada hora mais enérgica c resoluta.Os sinistros conspiradores sentiam o terreno fu-gir-lhe aos pés — e se não chegaram a desenca-dear a guerra civil foi porque tinham a certeza, apartir de certo momento, de que esse caminho oslevaria a uma derrota esmagadora e definitiva.

Se desde o inicio os golpistas constituíam umreduzido grupo de uitra-reacionários, cada dia que

!""**.» «M fraqueia w toroavu mato evidente.KrpudiadoH pela unanimidwde do povo, repelidoNjwla maioria dentro das força» poUtiras e do Par-lamento e encontrando a viril oposição no seio doscomandos militares e das tropas, a camarilha Ias.Hsta viu-se isolada. Seus dias — ou melhor, sua»nora* — estavam contados. Foi nesse instante quesurgiu, sob o falso pretexto de uma "saida hon-ri°? Pf/" f* F_,r.a* Arm****" - qut. na reali-onde. já nao obedeciam às ordens dos violadoresda Constituição — a fórmula conciliatório de umaemenda à Constituição instituindo o parlamenta-rismo no Brasil e. desse modo, diminuindo sen-sivclmente. as atribuições do presidente da Repú-Mico. Coube a iniciativa dessa fórmula aos gru-pos mais reacionários dos partidos politicos majo-ritarios. temerosos de que a luta pela aplicaçãontegral e imediata da Constituição levasse a umainfluência maior das forças populares de vanguar*da — a uma "revolução social", como disseramalgum comentaristas politicos. O parlamentarismoseria a "solução honrosa".

Dc qualquer sorte, entretanto, o fato é quea posse do sr. João Goulart e o fracasso dos pia-nos de implantação de uma ditadura terroristaconstituem uma derrota esmagadora do grupelhomilitar reacionário, que se julgava em condiçõesde impor ao pais a sua vontade que ê, de fato, avontade dos monopólios norte-americanos. Os che-fes desse bando diziam, arrogantemente, que emnenhuma hipótese o sr. Goulart assumiria a pre-Mdencia e que. ao contrário, seria preso se desem-barcasse em qualquer ponto do território nacio-nal. Através de sucessivos comunicados, cada qualcm termos mais grosseiros e insolentes, insistiamcm proclamar o "veto" à posse de Jango, por serconsiderado "perigoso agente do comunismo inter-nacional".Apesar das limitações resultantes da emenda

parlamentarista, aprovada a toque de caixa e emflagrante desrespeito à vontade expressa pelo povo,não só nas urnas de 1960 como agora, nos ruase nos quartéis, o bando fascista sofreu inapeiávelderrota. Embora'emendada à última hora, pre-valeceu afinal a Constituição.Não está excluída, entretanto, a possibilidadede novas tentativas de golpe, tal é a obstinaçãoreacionária e entreguista da quadrilha de crimi-nosos até então encastelada em postos-chave do

governo. Quaisquer que sejam, porém, oa seus fre-neticos esperneio* encontrará pela frente a invtn-tW-_Wlí__í_l_Nr.al_ belas páginardé nmhistoria de luta pela liberdade.

O sr. João Goulart assume a presidência daRepublica levando para esse alto posto os compro*missos que tem com o povo brasileiro, contraídosem sua campanha eleitoral, no programa de seuPartido e nas jornadas gloriosas dessas duas se-manas. O presidente da República é o fiador deuma politica externa independente e progressistae de uma orientação interna capaz de imprimir umsentido nacionalista às soluções para os angustian-tes problemas da nação e do povo. Esses terão de seros rumos seguidos pelo futuro Conselho de Minis-tros — onde devem estar aqueles líderes que, porsuas corajosas e claras atitudes em defesa da Cons-tituição, foram consagrados pelo povo nesse gran-dioso plebiscito que foi a luta contra o golpe. Opovo brasileiro não admitiria que, depois da vi-tória sôbrc a camarilha golpista Denys-Ileck-Moss--Cordciro-Lacerda, fosse o governo entregue a ho-

_mens como Clemente Mariani — o executor dasordens do-FMI _-^___*.u_.Junici Magalhães, que noauge da crise teve o dcsplantc dc saudar no ma-rcchal Denys um porta-voz reconhecido das Fôr-ças Armadas. Brizola, Sérgio Magalhães, AuroMoura Andrade, Machado Lopes, Teixeira Lott,Almino Afonso, Mauro Borges — estes, sim, sãoalguns dos lideres civis c militares que galvani-zaram a opinião nacional e se impuseram ao seurespeito e à sua admiração. O futuro Conselho deMinistros refletirá fielmente os desejos e as ten-dências majoritárias do pais se homens como aquê-les forem chamados para compor os seus qua-dros. Eles c que podem falar cm nome do povo,porque foram eles os eleitos nesses difíceis dias deluta.

O povo brasileiro tem justos motivos para fes-tejar na posse do sr. João Goulart uma vitória doseu bom combate pela democracia e contra o gol-ge. Certamente que as massas estarão nas ruastle todo o pais para festejar êsse triunfo contraa reação e a ditadura. Mas também para dizerque exigem do novo governo — afastados e exem-plarmentc punidos os cabecilhas do golpe — umafirme política independente e progressista, dc res-peito às liberdades c aos direitos dos trabalhado-res e do povo.

Uma tarefa especial cabe, nesse sentido, aobravo povo carioca: a de expulsar do governo daGuanabara, como criminoso sem perdão, ò execra-vel tiranete Carlos Lacerda. A Assembléia da Gua-nabara náo tem outro caminho senão a aprova-ção rápida do "impeachment" contra êsse vil mas-sacrador das liberdades.

Depois de inflingir aos golpistas uma esma-gadora derrota, o povo brasileiro festeja o seutriunfo, mas não Aandona as trincheiras da lutapela Constituição, pela democracia e pela inde-pendência nacional.

Povo é Quem Paga os Desatinos doGolpistas: Emissão Agrava Crise?TEXTO NA

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*- ? NOVOS RUMOS Me dt Jontifo, 4 dt ••ftmbro dt I96i --

Greve Geral na GuanabaraPela Posse de João Goulart

--Coiii-iameitM» lt*4»»* o*uausluadore* e muremst.»- atividade», declarando.•ie em ereve de epoto asr ; .»• da legalidade ate ep - . «oluçeo ".- situaçãorxilttira**. A este ehamamen*i .!':.;¦ no manifesto de17 sindicato» e ffdrraç»'*-* detrabalhadores do Rstado daOufiwbara lido ne A-ucm-bleia legislativa pelo depti*tado Himdea Corrêa, toda a«•* .--»* operaria carioca »ematendendo, num .rc*cenduque provocara a paralUarâototal da cidade se ante* dl*>«o n»o tomar posse, a***--enradas tód.» a- perro-ea-Cvai que a Cmutttuic&oeu-iícre ao pre.idente da Re-pJ-bUea. o sr J<úa GoulartO manifesto dos dirigentes••indicai», depois de observar<j-ie "tu iCrçaa golpista*. re-p:t-;entadas t-eln» ministrosmilitares e pelo eovernadorda Ouanabara tentam emd- -¦¦¦ tro rasgar e Consti-

tmçjko'•'. rttrante que u i>> ¦leiartado tudo fere "para«iue ae|e rr-tpeiUMlo o vere.dito das uriu*. empouadoo preetdeiite ]>•&¦> Goulart,e para qur •=•- maixenha in-tarla e Cuiuittuicâo da Re-publica. • u¦"•¦¦ cumprimentointegral de iodos m u.*$tfsillvos rkta amrarado porartimanhas de reforma* eoutras medida." "As tredl-coei de liberdade e firmriado povo brasileiro — dU ou*tro trecho do manifesto —chão multo bem represen-tadas nes elitudes patrtotl.nt do Conirrwo. da tro-prensa democrattee. do ao-vernador Leonel Orizole edo III Kxérclio. Mtio pre-«entes ne oportuna pruda-maçào do Marechal Utt enoa pronunciamento do» cs-tudantrs. trabalhador»-* eIntelectuais, nunca tendohavido tâo grande unidadeem tomo de uma posiçãopolítica". A deflaaraçáo da

Jo está nos bancos, o revisto «ESTUDOSSOCIAIS» n 10, que apresenta nesle númeroos seguintes trabalhos:

EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO —(de Hugo Regis dos Reis)

OFICIO DE ESCRITOR — (Rui de Pina)PASSADO E PRESENTE DA LITERATURA TCHECA

— (Zdenek Hampejs)PROBLEMAS DO PLANEJAMENTO DA ECONO

MIA BAIANA — (Armando de Alcântara)CUBA: O ENCONTRO DE DUAS CORRENTE1*

REVOLUCIONÁRIAS — (Almir Matos)EXISTENCIALISMO E MARXISMO —

(Adam Schoff)A BIBLIOTECA DO PADRE JOÃO RIBEIRO

— II. Borges)QUILOMBOS (III) — (Miguel Cosia Filho)

"ESTUDOS SOCIAIS"Rua São José, 50 — sala 502

Rio de Janeiro — GB

gtrtr nainouca pele intu*rabilidade da CoMtitukãoe peta unetiidura de Jen-¦o ne i>r<-»iitíiit-i» da Repu-'•-: a e ouiiuita pur. entreoutros, ditigemea ->lndirauda» »etuinte» categoriasferroviário-, baiieerlos. eati-vadore*. írafiíu». portua-!¦-¦¦• metalúrgico*, aera*»*-rios, aeroneuies, marinhei*ros. têxteis, alfaiate», *apa-tetro*. hoteleinM. rodovia»nau. trabalhadores ne In*dústria de petróleo e pm»frssore».

PAUlAMfNIARISMO. NAO'

Na Jtcxta-l«-int. diruirine*.sindicais da orla marítimalançaram aos Iraballiadorrse ao povo o seguinte manl*festo:

Os dirigentes sindical**i'ii.i'.a-¦<•« deste 'manifestoconclamam o* trabalhado-res, estudante», intclecluat».rnftm. todo o povo a publi-car mensagens ao Congre-t-»o Nacional incentivando-oa repudiar, com u mesmovigor que o fc<* quau-to ao "Impeachmeut". qual-que» emenda a Constituiçãonesta hora difícil que nosaaPatrin atravessa em conse-quéncia da» atividades deconhecido grupo golpista,que se utiliza de um pobrelouco para criar entraves auma política independenuc patriótica.

Nào c admissível que se'ir tenda, neste momento,at o icglme parla-

* o que seria ca-,. * aos golpistas,niii.i <i«o conchavoque so u ¦ interessa, pois•¦-ta nao c situação para amudança de regime.

Ao mesmo tempo, deve-mos todos exigir do presi-dente constitucional, sr. JoáoGoulart, que não transljaquanto ao cumprimento dacarta Magna nem deixe deconfiar nos forças progres-slstas da Naçào.

Para que apressemos uderrota dos inimigos da Pa-

Iria, r íitvciíaíi.i ui.r '..;.•>0» Irlolr» dr llal.alho :t..:'..|i«iA!i»»d.k» Cumpieendrndoessa ne**e*eidade, je aat*rem os breco* no •«¦«••'« ma-ntlmo, ot poriuanos, estiva-dare*. conferoittcti de cerea« ttãCmtt», traiuportes daUuanabara. iratetio do Uovdllraiileiro, trafeto da Cia.Nacional de Navegação Co»teira, Cie. Comercio e Ne-vrtcaçjU». fkrvlçt»» Marítimosc a üi u y t « n n Hldráuli-ca. operarlor navat» • outro*. i necess .rio que o mo-viu.c«to m estrudã tmedie-tamente a t«Vle MarinhaMerrente e trabalhadores deterra e ar. ele que a <'•«••Mulçao se|a cumprida coma posse do presidente com-tltuclotul, quando, então, ooperariado voltara e atlvl-dade apda o tusenllmentodos dirigente» sindicais quedefendem a legalidade.

TUDO PELA LEOAL1DA-DE DEMOCRÁTICA. 8EMQUALQUER CONCILIAÇÃOCOM OS TRAIDORES DOBRASIL!

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.tfíffiqrej de íiíburboioi aguardam nas lllat a rer de seguirem paro o$ .*e«t tara. em cominhôt* t oulroí meioi ittwupvrte. Menos nos frens da Leopoldina, porque a Leopoldina parou na luta contra o golpismo.

Trabalhadores da GuanabaraEm Greve Contra o GolpeDerrotam Terror Lacerdista

De todos os pontos doterritório brasileiro chegamnoticias da tomada de po-nição dos trabalhadores que,aliados aos estudantes, aos

Greve Nacional Dos Estudantes De Pé:Batalha Legalista Vai Áté o Fim *

A «greve da legalidade ?decretada pela União Nacio.nal dos Estudantes em defe.aa da intocabilidade da nos.aa Carta Magna e pela possedo presidente Goulart prós.segue com absoluto êxito cmtodo o pais. tendo agoraalingido a cem por cento oÍndice de paralisação dasaulas nos estabelecimentosdo ensino de nível superior.De Porto Alegre, capital 'Ialegalidade, a diretoria daUNE comanda a parede: ede todas as 'capitais bra«ilei-ras as organizações filiadasà entidade máxima dos uni.vèrsltâriOB lançam procla.mao*k's eondtando o povo aresistir às tentativas de im-plantação de emendas queviriam diminuir a exiensândos poderes que o povo. porsua vontade soberana, con.fiou an presidente da Repú-blica, e abriu um preceden-ie para a degola das conquis-tas democráticas que ;t po.pulação. depois de muitaslutas, conseguiu ver expros.sas na Constituição.

WAP ALERTA

O Diretório Acadêmico daEscola Brasileira de Admi.nístraçfio Pública, da. Fun-dáçjãò Getúlio Vargas, fezdivulgar sábarlo n seguintemanifesto, assinado, além dadiretoria por mais de 400alunos daquela casa rle ensi.no: .Os alunos da EscolaBrasileira de AdministrarãoPública, pm greve geral pe.la legalidade desde o dia 2í)de agosto último, e que seencontram em assembléiageral permanente, vêm depúblico manifestar inteirorepúdio àqueles que nestemomenio tentam alterar aConstituição Federal, fa/en.do aprovar a emenda parla-meritàrista, Chamam a atou-ção da imprensa, dos intelec.tuais, operários e estudantes

contra mais esta manobradas forças da reação. Se talemenda fór aprovada, o sr.João Goulart, a quem cabeconstltucionalmente o man.dato, não passará de merafigura decorativa nas mãosdos prepotentes e dos usur.padorem.

PUC INTEIRA í PELACARTA MAGNA

Os alunos da PontifíciaUniversidade Católica do Riode Janeiro também estão nalinha de frenlo do combatepela preservação do regimedemocrático. Os acadêmicosdas seguintes unidades dauniversidade da Gávea de.ram a público manifestosrechaçando os argumentosque impediriam a posse dosr. Joáo Goulart e declaran.do.se contrários à emendaparlamentarista oil a qual-quer outra niodificar.fio dotexto constitucional vigente:Faculdade de Filosofia. Fa.cuidado de Serviço Social,instituto de Física, EscolaPolitécnica. Escola de Sócio,logla Política. Faculdade deDireito. Escola de Biblioteco.nomia o Documentação eFaculdade de Filosofia San.ta Úrsula,

Sábado o ontem diversasnutras organizai.-õc.s éstudan-tis reafirmaram a posi.ção da mocidade estúdios;',de inarredável vigília dianteila Constituição ameaçadapelas forcas golpistas querepresentam os Interessesanti. nacionais. Registramosproclamações das seguintesentidades: Associação CristãAcadêmica ique congregatodos os estudantes, ovange-listas da Guanabara), Juven.tudo Democrática Cristã. Di.retório Contrai dos Esludan.tes de Agronomia do Brasil

i órgão máximo de coorde.nação dos estudantes deagronomia de todo o pais),Diretório Acadêmico da Fa.culdad*1 Nacional de Cion.cias Econômicas.

NA ENE LEGALIDADE£ LUZ

Na fachada da Escola Na.cional de Engenharia os es_.tudantes colocaram váriasfaixas e um letreiro himi.noso com a palavra Leçali.da«le. Em assembléia geralpermanente, os estudantesde engenharia estão semprepreparandp novos cartazes ofaixas com dizeres de apoioao governador Brizola, aoIII Exército e a todas asforças do movimento lega.li.sta. Na parte superior dotradicional prédio do Largode São Francisco os jovensinstalaram potente serviçoalto-falantes que retransmi-tem para os populares quese aglomeram no Largo asirradiações da «Cadeia daLegalidade».

O PEDRO IIEM GREVE

Subindo já a algumas con.tonas dc milhares o númerode estudantes de grau mé.

dio em greve em todo o pais,a parede dos secundarisiasveio ganhar característicasdc força das mais impor-tantos na luta pela perma.nénein da legalidade consti.tuclonal com a adesão aomovimento dos alunos do co.légio Pedro II, o maior cs.tabclocimenlo de ensino se.eundário do Brasil. Os jo-vens colegiais anunciaram asua decisão em manifesto doseguinte teor: <Nosso cole.gio, como padrão tle ensino,moral e do civismo, nâo pn.derla de forma alguma fi-car ausente, comodista eomisso. Os alunos resolve,ram, em virtude dos últimosacontecimentos decretargreve geral, solidarizando.secom os demais estudantesbrasileiros, em sinal de re.pulsa o tle protesto à inter.dição da UNE ás forças ma-leriais que pretendem im-nedir o cumprimento da or.dom constitucional e às ar.hilrariodades contra sindi.calos, inclusive o de profes.sores».

intelectuais e a outras t-a-madas populares, respon-deram dc pronto a Investi-da do grupo golpl-ita, reali-zando grandes manifesta-çóes. pronunciando-se atra-ves dos seus órgãos dc cias-se e se declarando em gre-ve. No Estado da Guanabaraprincipalmente, onde do-mina cm toda a sua fnrla eódio ao povo a policia deLacerda, os trabalhadoresestào utilizando, cada vezcom maior amplitude, a ar-ma dá greve para imporuma derrota fragorosa aogolpismo. Param as ferro-vias. cessa o movimento nosportos, ficam às moscas osarmazéns abarrotados docais. silenciam os estalei-ros — e assim se vai avo-lumando a onda de reaçãodos trabalhadores aos quepretende-n obstar o desen-volvimonto dâ-^ democraciacm nossa Pátria Ai vão osfatos.

LEOPOLDINA

Continuam de braços cru-zados os bravos ferroviáriosda Leopoldina. em defesa dalegalidade, pela posse ime-diata de João Goulart naPresidência da República.

Não se deixando intiml-dar pelos arreganhos da po-Hcia de Lacerda, aliada aosmilitares fascistas que pre-tendem implantar a ditadu-ra em nossa Pátria, os tra-baihadores da Leopoldinaestão dando demonstraçãodc grande combatividade ecoragem, c se dispõem a sóvoltar ao trabalho, fazendocircular novamente os trens,

depois de empossado o sr.João Goulart.

O transporte da popula-çao da Guanabara para ossubúrbios da Leopoldina vi-nha sendo realizado por ca-minliões do Departamentodc Estradas de Rodagem doEstado, de forma bastanteprecária, a tal ponto que, apedido do Diretor do Servi-ço de Transito, o Sindicatodas Empresas dc Transpor-tes de Passageiros teve ne-ccssldade de colocar à suadisposição cinqüenta ônibuscom aquela finalidade.

Em face da decretação dagreve geral pela FederaçãoNacional dos Ferroviários,aguarda-se a paralisação, aqualquer momento, de tó-das as ferrovias.

O PORTO PAROU

Revelando, sua firmo dis-posição de defesa da Cuns-tituiçào e de respeito à von-tade popular, com a possede João Goulart, deflagra-ram também greve total ostrabalhadores do Porto doRio de Janeiro, compreen-dendo portuários, arruma-dores, estivadores, mariti-mos, ferroviários, conferen-tes ' e vigias portuários.Acham-se paralisados, emconseqüência, todos os ser-viços de carga e descarga denavios e os de armazena-mento. Trinta e oito arma-zens, abarrotados de gene-ros, estão sob a vigilância deguardas portuários e fuzilei-ros navais, em todas as ho-ras do dia e da noite. Con-quanto ordeiro e pacifico, omovimento dos trabalhado-

RADIO DE MOSCOUTRANSMISSÕES PARA 0 BRASIL

Ondas:

25 metros31 metros

¦11 metros

Freqüências:1\.ki iriegaciclos11.929.47 megaciclos0.789,8

11,7511.79

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Diariamente, das 1!) às 21 horas.

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Enquanto os estivadores, conjcrenles e outros trabalhado-res do cais cruzam os braços como protesto contra as ten-tatívàs de implantação da ditadura militar fascista nopais, ficam us moscas os armazena do- Porlo. abarrotadosde yèncrus. Os rjrevislas sabem (jtc as eventuais dijwul-

dades que venha a sofrer a população cm conseqüênciada paralisação do Porto serão amplamente compensadaspela eliminação do golpismo em nossa<,pãtria, o que so serápossível mediante medidas vigt rosas de defesa da demo-crucia e de respeito a vontade popular, como a que estãutomando.

res do Porto esta revelandoo alto grau de compreensãodos grevistas, que demons-Iram, com sua atitude, a de-cisão de uão permitir o des-respeito à Constituição e aImplantação de uma dita-dura militar-fa.sci-.ta emnosso pais, apesar da osten-siva presença, no cais doPorto, da policia dc Lacerdaquê tenta inutilmente obrl-gá-Ios a suspender a greve.

Considerando que "traba-lhar agora é ajudar a forta-lecer as hostes golpistas, éconsolidar a miséria relnan-te em nosso pais e prepa-rar uma pátria dc sofrlmcn-tos e privações para os nos-sos filhos, uma pátria semliberdade", a Diretoria daFederação Nacional dos Es-tivadores recomendou aosseus filiados a paralisaçãodc suas atividades em todo opais, a exemplo do que jafizeram os estivadores doporto do Rio.

Enquanto isso, o sr. MarioBrandt, Superintendente doCais, distribuiu patético ape-io aos portuários: que re-gressem ao trabalho, "paranão causar confusão nemmal-entendidos". Os por-tuários resolveram nào to-mar conhecimento do apeloe a greve prossegue com en-lusiasmo; firmeza e altograu de combatividade.

TRABALHADORES NO MAR

Inicialmcntee limitada aalguns setores, extendeu-.seagora a todo o pais a gre-ve dos trabalhadores tiomar, abrangendo cerca cietrezentos mil marítimos, queatenderam, assim, á vibran-te proclamacào dos lideresda classe em defesa daConstituição e pela posseimediata do presidente JoãoOoulart."Quando as forças maisreacionárias se movimen-tam no sentido de sufocara nossa Carta Magna, im-pedindo por todos os meiose modos a posse do presi-dente constltucionalmenteeleito, dr, João Goulart, —diz a proclamaçáo — con-clamamos todos os compa-nheiros para que unidos de-tendamos a legalidade de-mocrática e a nossa Consti-tuição" "Na certeza de queunidos iremos desarmar asmais fortes concepções in-dividuais, é que a classe la-

—boriosa-—que—representámos-decidiu DECRETAR GREVEGERAL em defesa da sobe-rania popular e da posse dopresidente eleito, dr. JoãoGoulart. Não temos a me-nor dúvida de que vence-remos mais essa luta e queos criminosos desse atenta-do, muito em breve, serãodenunciados ao povo parao devido castigo".

O importante documentoé assinado pelos presidentesdas seguintes entidades quecongregam os trabalhado-res do mar em todo o ter-ritório brasileiro: Sindicatodos Mestres df! Pequena Ca-botagem. Sindicato Nacio-nal dos Contramestres, Ma-rinheiros, Moços e Reni?.rio-res em Transportes Mariti-mos, Sindicato Nacional dosFogulstas e Carvoeiros daMarinha Mercante, Sindi-cato Nacional dos Taifeiros,Culinários o Paniflcadorcsda Marinha Mercante eSindicato dos Pré ticos Ar-rais e Mestres de Cabo'(i-cem do -?io de Janeiro eSau Paulo.

OFICIAIS DE NÁUTICA"Que os Oficiais dc Nau-

tica. práticos da Costa Nor-te. dos Portos. Lagoas e Ba-cia Amazônica paralisemimediatamente suas ativida-des. onde estiverem" — diso sr. Serapião do Nascimen-to. Presidente do SindicatoNacional dos Oficiais daNáutica, em manifesto aclasse. Justifica a medidacom a necessidade de deíe-sa da Constituição, conside-,rando que a nossa CartaMagna está sendo violenta-da e que não existem ga-rantias sindicais ou civis.Atendendo à convocação deseu sindicato, os Oficiais doNáutica somente deverão re-tornar às suas atividades de-pois de normalizada a situa-ção.

ESTADO DO RIOVárias cidades do interior

fluminense paralisaram in-teiramente suas atividades,como protesto contra a vio-laçáo das garantias consti-tucionals e contra as tenta-tivas de implantação de ro-Kime ditatorial fascista emnossa Pátria Impedlndo-sea posse do sr João Goulartna presidência da Repúbll-ea. Prefeitos municipais, cã-maras legislativas o outrasautoridades do interior flu-minense vêm-se pronun-ciando energicamente emdefesa das liberdades asse-guradas em nossa CartaMagna e contra o golpismo.

PARAM AS BARCAS

O transporte Rio-Niteról,que já vinha sendo feitomuito precariamente, estácaminhando para colapsototal, em virtude da grevegeral decreta pelo pessoaldas barcas, que demonstram,assim, o seu vigoroso pro-testo contra o golpe paraimpedir a posse do Presi-dente João Goulart e con-tra a supressão das garan-tias constitucionais.

As estações de embarquede passageiros em Niteróio no Rio estão sendo forte-mente policiadas por tropasdo Exército. O cais da Pra-ca XV está ocupado por tro-pas de Fuzileiros Navais. ¦

^lOYÜlRUMOS

tllretorMino Alvei

Dlretnt- ExecutivoOrlandu Bnmfim .lúntor

Reilator Chefe¦"r.iKnvm BorgesHei ente

Cuttemhorg CavalcantiR.ecJtíÇ&.o: At Riu Rrnnrn•*.-.". 11" anrinr R/.IÍIJ — T>1:

4-i.r.mGeríllélU! \t Uio Branco

3»*, S» nnilnr R/fHl.--.«rn usai nr. s. paui.o¦tua 15 ile Viivemhrci. **S,

S" üiwlnr - S/S?*Tel: 87. «til

Enii"Ti*í*n ip|nç»i--ft firo:«NOVOSnPMOS»

ASSINATURASAnual CrS 500,0.(1Semestral > 2Vi,ooTrlmesti-Hl 130.00.Numero avulsn .. » 10.00^«roTii Hirasario > 1B.00

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Rio de Janeiro, 4 do setembro de 1961 NOVOS RUMOS 3 -

Povo é Quem Paia os DesatinosDos Golpistas: Emissão do30 Bilhões Agrava a Crise No PaisCertamente è impossível

rontabilisar t» pesados pre*: . .- » rauuido* a economianacional pelo* aventureiro*que uiili-aram a* arma* dar• >• ¦>» para tatUfaier seu*Hpetites golpistas e reaclo*siarioa. Todavia, alftun* f • •'•.- jà mostram o quanto se*ra acrescido o sofrimento«as ma**a* *populares e. emgeral, da economia do pai»,mesmo depois que a contei*

... ia democrática imponha.. derrota decisiva aoa mlll-tare* golpista*.

Asatm, em apenas oitodia», a contar daquele emque ae verificou o afasta-mento do u. Jánlo Quadro*do Poder, foram emitido*nada menos de 30 bilhões decruzeiros, segundo declara-ções do sr. Clemente Maria*ni. Por que foram feitasrmlsaoea tão fantástica*?Por que, em apenaa oitodias o papel-moeda em clr-i-ulaçáo passou de poucomal* de 230 bilhar* parucerca de 270 bilhões de cru-:-.:¦¦•¦'¦ Que conseqüênciasacarretara êste fato para o,»¦¦-.-.. e em especial para o*trabalhadores c todos ot quevivem de salários?

REACAO EM CADEIALogo que *c delineou o ra-

rater dc profundidade da-rrise política centenas dcmilhares de dcposltautes.mii todo o Brasil, acorreramtos bancos a fim de retirarlinhetro. Uns. para ter con-dgo moeda corrente, a fimle satisfazer suas neccssl-tades individuais e domes-Ira* de consumo: outros,'orno e o caso das empre-•as. em geral para ter dl-ihelro cm caixa a fim dcitender às suas necessida-les e compromissos espe-Ificos.Esta verdadeira corrida

«'•/ eom que a caixa dos bali.os se rcduzlsr.e considera-cimente. Assim, quando..pos os feriados bancáriosle 28 e 28 do mês passado.• governo determinou abertura dos bancos, êstesiveram que retirar dos seuslepo.sitos no Banco doBrasil vultosas somas paraitender, por sua vez, à so-licitação doa seus depoti-tantes. E, de tal maneira foigrande a procura de dinhel-ro que as autoridades vol-taram a determinar o fe-rnamento dos bancos, t

rlaro que apenas Uto nioresolve a sltuaeao. Comefeito, tào centena*, senãomilhares aa empresas queno Rio e em Sáo Paulo,principalmente, deixam drpagar os aalarlo* ao* seusopararloa e empregado*,«ob a alegação, verdadeiraou falsa, de que não dlt*nòem do numerário paraUso. em decorrência da *u«*pensão do funcionamentodos bancos. A situação éainda mala séria por coin*ddlr a crise com o encerra*mento de um mês e prln-ciplo de outro, dias rm queoa comiiromlAioa sáo cousl*derãvelmente maiores.GASTOS MIUTAIES

Por certo, o* 30 bilhões decruseiros emitidos até mea-doa da «emana passada náose destinaram apenas aosfins antes mencionados.Uma grande pai te dele* eposteriores cmMsõcs feitas,mas de montante desconhe-ctdo, deMiiiuram.se a alcn-der a castos público* — ne-ceasldadea do Tesouro Na.cional. No momento, essasnecessidades são em primei-ro lugar, aa relacionadascom despesas militares. A*rnliados e salda* de navio*de guerra, o* deslocamentosde tropa* e petrcrhos milita.ras estão custando a Naçãorios de dinheiro. Scráo bi-lhões de cruzeiros que osministérios militares vêmexigindo do Tesouro Nado-nal. para aplicá-los em finsque. além de criminosos, sáoabsolutamente improdutivos,do ponto de vista econó-mico. Esses bilhões de cru-zeiros, ademais, são em par-te considerável, fornecidosIrregularmente. Ignorando asnormas do Código dc Con-tabilidade da União, semqualquer autorização lcgís-lativa. o que torna aindamaior o delito dos ministro*militares.

E' sabido que a Id daquantidade de dinheiio ne-cessário á circulação estabe-lece que quanto maior é avelocidade com que a moedacircule tanto menor é aquantidade de dinheiro quese faz necessária. E quantomenor fór a velocidade, Un-to maior., será a quantidadenecessária.

Qu se passa neste momen.to. em decorrência da cri-se?

Em face da incerteza no

FALECEU EM MOSCOUWILLIAM Z. FOSTER

Faleceu a 1.° de setem-bro, em Moscou, o conheci-do dirigente comunista nor-te-americano William Z.Foster. Havia poucos meses,em fevereiro dêste ano, olíder operário marxistacompletaria 80 anos de ida-de.

Foster chegou a Moscou hápouco tempo, a fim de tra-tar-se de uma afecção car-diaca de que vinha sofrendohá muito. Desde há algunsanos, na impossibilidade deefetuar um tratamento ade-quado em seu pais, Fostertentara viajar para a UniãoSoviética. Foi impossibili-tado dc fazê-lo pelas au-loridades policiais e judi-ciárias americanas, que lherecusaram o necessário vis-to de saída. Só a muitocusto, depois de um grandemovimento de opinião pú-blica, o conseguiu.

Os últimos anos da vidade Foster foram dc perse-guições constantes pelostribunais norte- america-nos. Submeteram-no a di-versos processos por sua.atividade na direção do Par-tido Comunista. Essas per-seguições aumentaram du-rante a histeria macartista,quando vários lideres co-munistas americanos forampresos e submetidos a pro-cessos.

XXXWilliam Z. Foster era fi-

lho de um imigrante irian-dês que chegou—aos lista-"dos Unidos três anos depoisdc terminada a guerra civil,James Foster. William nas-ceu a 21 de fevereiro de1881, no mesmo ano em queera fundada a FederaçãoAmericana do Trabalho.Sem recursos, desde muitojovem teve que trabalharcomo operário. Primeiro, naindústria madeireira, depois,como embarcadiço. Conhe-ceu, então, a bordo de na-vios mercantes, a África, aAustrália, a América do Sul.Lia muito, já então. Massua educação politica seiniciou em Portland, noOregon, durante uma é*>o-ca cm que ai viveu, tra-balhando em ocupações di-versas, inclusive na cons-trução civil, em viaa-fér-reas, na agricultura. Asidéias socialista* estavamnas discussões dos jovens.E Fo*ter conheceu então oManifesto Comunista, Tra-balho assalariado e Capi-tal. Salário. Preço e Lucroe. finalmente, O Capital, de

Marx. Mais tarde, aproxi-mou-se dos socialistas, atra-vés da seção do Partido So-ciaiista que funcionava emPortland. Ampliou seus oo-nhecimentos teóricos, lendoe estudando Paul Lafargue,Plekhánov, Kautsky. A re-.veluçáo russa de 1905 veiocontribuir decisivamente pa-ra mostrar o quanto asidéias socialistas estavamperto da realidade prática.Derrotada embora essa re-voluçáo, ela foi um passo àfrente no movimento sócia-lista mundial. E Foster com-provou o quanto os socialis-tas americanos, reformistas,estavam longe do que deve-ria ser um partido autênti-camente revolucionário.

Mas William Z. Fosterainda deveria percorrer umlongo caminho até a funda-ção do Partido Comunista.Êsse caminho foi de lutasconstantes: lutas operárias,lutas pelas liberdades civis,lutas anti-racistas, lutas pe-Ia unificação das organiza-ções operárias. De todaselas. durante sua longa vi-da, Foster participou ativa-mente, sempre à frente dosmais destacados combaten-tes do proletariado ameri-cano.

Sua longa vida está in-timamente ligada, sem ummomento de repouso, a tô-das a* heróicas e denoda-das lutas travadas neste sé-culo nelo punha«*" *** y>mve*r-revolucionário* americanosque enfrentaram a maispoderosa burguesia que co-nhece a história do capi-talismo, no vais que final-mente se transformou nocentro da reação mundial edo imoerialismo, seu últimobaluarte. ;

As -rrandes lutas dos tra-balhadores americanos fixe-ram de Foster um lHer emi-nente Aa classe operária.Possuem também inestim»-vel valor seu* trabalhos teó-ri"os. generttiixando a exn*>-r'ència do heróico Parttdor.omiin.sta do* Estados Uni-dos e do movimento owrá-rio. entre o* quais se des-laçam: Fsbôeo de HistóriaPolítica das Américas. His-t.órla do Partido Comunistados Kstados Unidos. O po-vn negro na história amo-ri cana, História das TrêsInternacionais, e, flnstme.n-te, «*u «IHmo livro. Esbôcod» História do MovimentoTrabalhista M,,T,dlnl. e«*'-Indo noando do seu "lã."aiiversário.

futuro, toda* at petaoa» eenpréta* que puderam fa*«Mo miraram dos banco*os recursos que possuíamdepositado* nele* para te*lo*a mio. Com i»*o. bilhões decruzeiro* daquele* definido*como -em poder do público".acham*se entetourados, fo*ia de circulação. Por outraparte, os consumidores ai*t-ratii teu* habito* de con.

umo e patiarn a fazer com*pra* rm massa de deter ni-nada* mercadoria* — noia-damente gênero» allmenturios, enquanto deixam decomprar outros artigos, oureduzem tais compras demaneira considerável. A es*tmtura do consumo sofrei..~iiin. uma grande deforma*çáo. A Id da oferta e dapior ura, ao lado da espe-culaçáo. atuam no sentidoda elevação dos preços dosgênero* alimentício* e ar-tlgo* estendais, fazendocom que se incorpore a clr-culaçáo uma quantidade dedinheiro maior do que a queseria necessária, cm condi-çôc* dr normalidade.

f.v.r o quadro dc agora,quando começam a escasse-ar certos gêneros, como oaçúcar. Todavia, a situaçãotornar-sc-á mais grave aln-o... isto e. os preços subirãoainda mais, quando èsses bi-lhões que ainda eslào ente-.•¦ourada-, vierem somar-seaos bilhões emitido». E selevarmos rm conta qui* a*emissões presentes minei-dem com uma certa dimi-nuíçãn da produção, prlncl-palmcnte devida aos abalosna Indústria c nas transpor-tes, verificaremos que asperspectivas .«.Io ainda mais.sombrias. N.*io 6 difícil. OS.sim, prognosticar que os ira.balhadores cujo nível ricvida já vinha caindo em con.seqüência da carestla dosúltimos meses — terão quelutar por aumentos dc sa-brios para sustcntar-sr e àssuas famílias.

A tradição da administra-cão brasileira não é de moi-de a fazer crer que o govér-no venha a adotar medidasno sentido dc retirar da cir-culaçáo esses bilhões dc cru-zeiros emitidos. Pelo contra-rio, no passado o comum emrelação às..e**üss,Qes_.é. quecias se Incorporaram defini-tlvamente ao melo circulan-te. E isto significará um au-mento considerável dos pre-ços.

Por fim. a decisão de ta*bado do presidente do Han*ro do Brasil, sobre o regi*mr de funcionamento dosbanco* hoje, amanhã e de*pois <só abrirão para co*branca de títulos e para vi-*ar eheque*: não farto qual-quer pagamento em dlnhei-!<>> mostra que a* autorldt*de* la.fndaria. querem fa-zer frente à situação que *ee*boça arravlstlma, mas atra-vés de medldaa que recairioprincipalmente contra o po-vo, contra as massas traba-lhadoraa.

No que se refere an no*,so principal produto de et.portaçáo e nossa principalfniiie de divina*, o café. a.<••.... doa golpistas leve pé*.*imo efeito. Aa*lm a cotarãodo café caiu nesle* dis»em aproximadamente umrent de dólar por libra /peto,o que eqüivale a m»!* de 1ilólnr e "W cent* por saca.•'uanu. aos embarque* parai, exielor. que poderir.m terailngldo índices recorde* nomê* de agAito ficaramnquém do possível, em fareda sliuaçflo nos transportr*i>noi porto*.

A «.cito do* militares gol.piMa* foi também «eguida!¦¦>!¦ uma nova deavalorlzaçioexterna do cruzeiro, que pa*.sou de rêrca de 270 cruzei,ros por dólar, oara nié 312rruzdro*. no último ril» emque houve operacoc* carnbl.rt!*, K *«* o mercado livre decâmbio nAo continuar sus.penso, é certo romo dol* edois s.i.1 quatro, que o dólaratingirá proporções inaurii.t-s, varando a barreira rins•100 ou mesmo dos ."*00 cru-ze-lros no mercado livre.

Nesta circunstância, im.j.õo.se que o Congresso Na.donal adote medldaa deemrrgênda no sentido dealiviar a situação econômicado povo. entre a* ouals *mais urgente é. talvez, aconcessão dc umi moratóriaa todos os inquilinos, dils-latido p°r vinte dias ou maisn prazo para pagamento riosaluguéis, cujo vencimento,-limite ri lei fixa para o dia10 de cada mê*.

Quanto à recuperação dasituaoio econômica. du-ramente atingida pelos gol.pista*. nSo «é dará antes devário* meses, supondo queo oais nossa entrar aeoranum período dc normalida.de.

ESTUDANTES APLAUDEMP0SICA0 DE NOVOS RUMOS

Os estudantes da KscoU Brasileira de AdministraçãoPública, da Fundação GctAlio Vargas, ein assembléia g'-ral permanente desde o dia 29 dc agosto último, envia-ram a NOVOS RUMOS a seguinte moção dr louvor pelaiwsiçâo assumida por êsié semanário rm face Ua graveconjuntura que o país atravessa:

«Os alunos da Kscola Brasileira ue Administração Pú-blica que se encontram em greve desde o dia 29 de-agós-to. ate que sejam respeitados os dispositivo-, constitui-lo-liais, e que su m-liam rm assembléia geral permanente.aprovaram moção de louvor a Novos Rumos, pela ma-neira patriótica com qur Ke vem portando nistes diasiliticeis pitra a Nação, sobrei tido resistindo à censura He-galimuite imposta na Guanabara pelo sr. Cariou l-accrda.Por outro lado, fs/emos apelo a esse órgão para que não('• lenda qualquer um didii dr melo termo, ora em dis-missão nu Congresso, mas tão somente a sobrevivênciada nossa Carla Magna. *«*m nenhuma reforma de. últi-um librar/.

A moção está assinada pelo acadêmico Ignáclo Siquel-r», presidente da assembléia geral permanente.

MENTIRA A SERVIÇO DO.(Cnncrn*«o í/.i /' pàytiM)

Auioria e responsabilidadepeia mentira - rogistrc.se

o Conselho Nacional do,Telecomunicações, Trata-sefie um órgão ao quul estãoafetos importantes atribui,ções e que, portanto, nâo pu.ce continuar nus maus cieum mentiroso o intrigante,como se revelou o oficial Ia.eorelista que o dirige atual,mon le. "

Mas êste não íoi um chüii.Joriulto-..ü--irrt-sTiriT'CoiisellioNacional de Telecomunica-ções divulgou outra mentiraIgualmente grosseira: queFidel Castro oferecera tro-pas e armas ao governadorLeonel Brizola.

Trala.se de ilnfòrivuições»que se desmentem por simesmas, tão pouca Intellgch.cia revelam us jjuç as ospa-Iharh. Todo o Brasil sabeque c o povo brasileiro emconjunto que sr pronunc apolo respeito à Constltuiçáíie pela posse tio sr. JoãoGoulart. Que não é neeessá.r'u ajuda externa para portermo à mazorca cio grupe,lho militar que se levantoueóhtr.i a Constituição e eòív.tra a posse dn substitutoeleito do sr. Jânio Quadros.De norte a sul do pais. er.gueram.se patriotas, nas fór.cas armadas c no seio cio po.vo-, decididos a salvaguardara.s liberdades democráticas,que o grupo fascista de Lá.corda violentou criminosa,mente no Estado (ia Guana.h.ir;i e que ficaram amea.çadas rio \y is inteiro.

A propósito dessa onda de

mentiras espalhadas peioConselho Nacional de Telc.comunicações, o «Jornal riuBrasil», depois dc dizer queestas notícias são falsas,acrescenta uma informa.auv;i!iosa: Pelo menos foi u(|.tte apuramos com a.s agen-cias noticiosas Internado.nais. cujos servItMs assina-mos e que. ;.o ter conheci.mento da informarão veicu.lada pelo Conselho de Telc-coniuni.enc.6es, pu.scram.se,

Tmóiiatamentc. cm contBCtocom suas matrizes. Fossasngênci:'.s (... I não ednsegui-ínm captar qualquer comu-ilicação rle Havana em que riPrlmeiro-Mlnistro cubano tt-vesse prometido apoiar ma.ieri:ilmente o governador doRio Grande do Sul. Tal pri-vlléglo coube aos repórteresrio coronel.aviador, homensile muita imaginação e ciepomo critério, aos quais nãopo-loria. em hipótese alguma,ser confiada urna '. ilssãoflessíi natureza numa horarle crise .

Nem em qualquer hora.dizemos nós. Esses fundo.nários são pagos pelo povo,com o dinheiro do povo. pa.ra servi-lo."e não para ten.lar confundi-lo com menti,ras. Sâo. por seus atos, pas.sivels de punição,- ainda quesejam mandados por seuschefetes em desespero.

Mas. sobretudo, é nece^á-rio que a opinião pública fi.ou» alerta ante as noticiasfalsas espalhadas pbr umórfjfio ofic'-'l a serviço de In.lerè^srs rio Lacerda e seusasseclas.

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Brizola: Jango HojeBrasília para

emPosse

"Atenção, presdentr pro-vlsórlo Ranieri Mazztlli. Opresidente constitucional, sr.João Goulat t, chegaráamanhã às 12 horas a Bra-silia. Espero que o sr. este-ja no aeroporto para rece-bé-lo. So não estiver, é por-que o marechal Ocnys nãoo deixou ii" — fazendo im-portanto comunicação aopovo brasileiro, entre a*quais esta ao "presidenteprovisório" da República, ogovernador da legalidade,Leonel Brizzola, denunciouontem, mais uma vez. atta-vés da Rede de Emissorasda Lecalidade. as inaídiosasmanobras dos ministros roI-pistas contra a democracia,a forma como foi votada a

i niènrlà parlamentarista noCongresso e anunciou a via-fiem do presidente JoãoGoulart á Capital cia Reptt-blica, onde devei a cie.sem-barcar às 12 horas.

A mensagem do governa-dor gaúcho, lida as 13 lio-ras e retransmitida diver-sas vezes pela Rede cia Le-saudade, constitui um li-belo contra os ministros ml-litaics que, em seu deses-pêro tentam ainda lançar opuís á guerra civil, c aumesmo tempo unia elenún-cin contra a forma como foivotada pelo Congresso aemenda parlamentarista.Em seu ptonunciamenlo,através do qual toda a Na-ção brasileira tomou cunhe-cimento cia viagem, hoje.cio presidente João Goulartpara Brasília, o governadorgaúcho também chama aatenção cio povo biasilèlropara que se mantenha v.'gi-lantc e firme na defesa cialegalidade democrática econstitucional ainda amea-caria pelos ministros golpis-tas, assim como acompanheminuciosamente todos osdetalhes da viagem do pre-siderite constitucional aBrasília, o seu desembarquena capital Federal o os acon-tecimentos oue a êle se su-cederão. A Rècle da Legali-riacle. segundo afirmou o go-veinaclor Brizzola. tránsmi-tlrá todos os detalhes cioacontecimento.

O apelo feito pelo chefedo executivo ççaúcho. segun-do suas próprias palavras,an povo brasileiro, tem umrVojetlvo: fazer com que to-do o Brasil saiba, imediata-mente, se alguma violênciafoi cometida contra o pre-sldehte João Goulart porocasião cio seu desembar-que em Brasília.DECEPÇÃO

Assinalando estar expri-mindo sua opinião pessoalsobre a questão, o gover-nador Brizola verberou compalavras canclentes a posi-ção do Congresso votando aemenda parlamentarista.

"Foi uma decepção, povobrasileiro. — afirmou. Apro-varam a emenda parlamen-tarista longe do povo e semo conhecimento do povo. Adecisão — no meu modo dcentender — é nâo apenasinoportuna mas amoral,embora esteja revestida delegalidade. 2 amoral porquetiveram que reformar nspressas o R.iRiniento Internoliara poder vota-la".

Em sua mensagem o che-fe do executivo gaúcho tam-bém a.s.'-iiialoii que a quês-tão da legitimidade amplae profunda da emenda aln.dn e uma questão a ser exa-niinada. Indiciai que a mes-ma havia .s!do aprovarianuma situação de anormall-riacle. cie estado cie sitio c!efato. e qur a própria Cnns-tjluição vrcla alterações nuseu texto em situações deanormalidade no pais.

"Embora o estado cie si-tio hão tenha sido votadona Câmara — declarou o go-vernador — existe. No Riocie Janeiro campeia o maisviolento regime policlales-co. com prisões ilegais e een-sura".

"O Congresso sal onxova-lhado afirmou ainda osr. Leonel Brizzola, acres,remando* Volou na caladaria noile, surdo nus apelosque se faziam, mesmo àqilC.les de adiamento cie IS ho.ras. 1 semana. 1 mês. Os mi-nistros exigiram o remédiomesmo â custa do prestigioe rio respeito dó Parlamen.lo .

Afirmando que o sr. JoãoGoulart é agora o presicien-te constitucional poVsuces-são legitima que lhe foi ou-torgada pelo voto direto, ecom atribuições definidas eespecificas, o governadorBrizola declarou que aemenda aprovada Impunhagrandes restrições a estasatribuições.

PARLAMENTARISMOESPÚRIO

Manifestando sua discor-clância frontal'com a for-ma pela qual foi votada aemenda, sem uma consultaao povo, "o plebiscito rioqual tiveram medo", o sr.Leonel Brizola acrescentouque a mesma Instituía um"Parlamentarismo espúrio,uma salada e mais um ar-ranio para atender às con-venièncias de grupos" quepoderia levar aos que hu-milharam o povo. causarama intranqüilidade do país rda familia brasileira a con-tinuarem ainda ministros.

Em relaçã" aos três ml-nistros militares que plane-jaram c executaram o pia-nn golpista dc conturbar aNação c instalar a ditadii-ra. o governador eaúcho *ez

denúncias sérias. Acusou-asde pretenderem "tutelar opovo como feitores e impora sua vontade", de utiliza-rem para isso o poder arma-do e policial dc que dis-põem."Foi assim — afirmou —que o Congresso decidiu, nasescavações dc Brasília, rmmenos de 24 horas, a refor-ma institucional".

A POSIÇÃO DE JANGO"A posição de João Gou-

lart - declarou mais — éclara c Inequívoca. Suagrande preocupação c a paz,o bem estar e a tranquili-li.uic cia familia brasileira...Trá ao extremo sacrifício ouá luta mais extrema paraevitar o caos".

Afirmou ainda n gover-nador que mantém o sr.João Goulart uma posição"clr respeito, cm principioa todas a.s cicci.sões legití-mas do Congresso Nacio-nal".

Posição. adiantem, "cierespeito e acatamento cien-tro cios princípios ria honrae cia dignidade. Não da sua,m-s ria do posto que exer-ee".HOJE EM BRASÍLIA

Anunciou cm seguiria queo presidente viajara hojepaia Brasília, devendo alichegar às 12 horas, emcompanhia cie grenrie mi-mero cie jornalistas. O ge-neral Machado Lopes, o In-dito general ria legalidade,comunicou ainda o gover-nador Brizzola, dfereceu-separa acompanhar o presl-ciente da República cm suaviagem. "E é provável quecie o faça" — acrescentou.

O presidente João Gou-lart, reafirmou ainda o go-vernador gaúcho, mantémem principio "uma posiçãode acatamento e respeitoa.j decisões rio Congresso, doqual foi presidente até hãurmeo. Mas. a emenda espe-eifica. que em principio -ele respeita como decisãocio Congresso, só a examl-nnrá em Brasília","Viajara sem nenhumagarantia — prosseguiu. F'uiconvocado pelo presidenteriu Senado. Atiro cie MouraAndrade, para a solenidadee atendera a mesma.''REVELAÇÃO

Falando a respeito rias gn.rantlas que terá o presicien.le para sua viagem a Bra.silia. o governador Brizzolafez uma grave revelação: osenador Auro cie Moura An.drade. em conversa telefóni.ca. lho havia declarado ni'cnão poriia oferecei- nenlut.ma garantia ao sr. JoãoGoulart.

Após essa revelação o sr.Leonel Brizzola dirigiu amensagem ao sr. Mazzilli:

I) nj.-e.sirJfílUo "i'-isjlln'-i,in;i|

chegará às 12 horas, dr. Ma-*»zilli. Eu espero que V. Kxcu»,esteja no aeroporto esperan*(lo.u. So não estiver, è po*)|que o marechal Denys nttSdeixou».

Mensagem sóbre a ehcgawda cio presidente à capitalfederal lambem foram cliri.giclas pelo governador Briz»zola. durante ò discurso, aoapresidentes do .Senado e da("amara Federal e ao pre-sidente e membros rio Siupremo Tribunal FederalAfirmou o governador queutilizava esse recurso par»enviar as mensagens tendoem vista o fato de que to.dos os meios de comunica-ção entre o Rio Grande d»Sul c Brasília estão sob con.tróle ria censura ou entãointerrompidos.

cSerá qne João Goulartserá présò? Receberá uranovo veto'.' E uma questãoC|i;c amanhã saberemos. —riisse o governador, acres,coutando: A Réilo cia Erga.lidade estará presente. Man.lenhani.se atentes ás onriaaria cadeia. A viagem e •desembarque1 cio presidenteserão transmitidos. Se ao sr..lii.ui Goulart fór imposta ai.suma violência ou const ran.gimento, todo o povo brasi.leiro saberá. Então estarábem claro que a decisão rio

i ngresso Instituindo o par.Inmontarismo estará nula.Atentos, pois brasileiros! *COMUNICAÇÃOSENSACIONAL

líuaiiilo concluía o --eu dis..urso. o governador Brizzolarecebeu rias autoridades mi.,litares uma comunicação im.portanto, que logo passoudivulgar a todo o povo bra.sileiro: O .Minas Gorais omais .sete belonaves so en.

¦ iniram nas proximidadescie Florianópolis.-.

Após Isso o governadorBrizzola fé/, um apelo aosoficiais e marinheiros paraquo não so submetessem aqualquer ordem bélica rios

três ministros prepotentesque enxovalham a liberdadec atropelam o regime . rxtl|f?confraternizassem com opovo nas\cidaclcs onde cie.«.embarcassem.

Nfo cila 7, marinheiros <*oficiais, aqui ha Legal.CapiCapital da Legalidadei. rea.llzaremos um desfile riasnossas gloriosas Forças Ar.marias. Queremo-los parti.cipanrio dele com a via han-ria maravilhosa e ^eus gar.hneos homens- — exclamouo governador, que concluiudirigindo uma mensagem atorios us brasileiros rie Bra.silia. aos candangos prlncl.palmentp. para que tribtt.lassem an presidente JoãoGoulart a hnmonaçfim que o)presidente ri'' '''¦'

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ímpeto Legalista e Resistência Democrática Ocupam As Ruas De São Paulo" *» '-I*4W"Íi*if f\.'" >ílij»£í»l "" 1 IJ^eSH' ***?'' •* t . » .* '" "f^^aaal

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A lula pclti legalidade epela garantiu das liberda-des democráticas, represai-iadas neste momento pelamestidura do sr Joáo Gou-

larl no cargo de presidenteda Repúbltca. empolgoutambém o poro paulista. Apopulação da capital ban-detrante. a juventude a

frente, tem permanecido,nestes dias de transe que opais conhece em rlgiliaconstante à Carta Magna,saindo amiúde às ruas pa-

ra manifestar, em concen-trações, comidos e passea-tas. o seu repúdio às com-piratas ditatoriais e a suadisposição de combater até

o fim para assegurar a con-tmuldade das conquistas dc-mocraticas e populares ins-erltas na Constituição. Anmanifestações operárias, que

a Interdição de sindicatosnão tém impedido: os vi-bratttes pronunciamentos es-tudantis (o tradicional lar-go do S. Francisco reviveu

seus grandes »¦*"¦ •-*.¦•.•••que o circo militar ás facul-dades não tém obviada: rea-firmam a consciência antl-•golpista e o amadurcclmen-

lo democrático no Estado. Aslargas artérias pauil*h.:n«do estreitas para conter oímpeto tegallUa (fatal da

..*.*• ..V "ti-.ii, .1..-.-. .

III Exército Foi Exemplo:Resistência DemocráticaEmpolga Forças ArmadasOs aluais acontecimentos

lolíticos vieram demonstrar

§os

generais golpistascontam mais. como no

ado, com a adesão in-liclonal das forças ar-

kadas em suas aventurasjontra os interesses nacio-Sais.

Desde as primeiras horas"ra deflagração da atual cri-p política, ficou patentelua os chefes da consplratulontra a Constituição e con-pa a posse de João Goulartlão tinham a seu lado apaloria das tropas. E dai oiecuo, as medidas táticas^ue passaram a adotar, pre-

[endo uma explosão genera-

rada no pais inteiro.A catCRÓrica afirmação do

Ín exército, sob o comando

o general José MachadoLopes, de que estava pron-t»i ;i defender a Constitui-ç.10 e garantir a posse dolegitimo Presidente da Re-pú ííiea, que devia suceder aoPresidente renunciata-rio desorientou os golpistase pós abaixo seus planos cri-nilriosos contra o pais.

A partir de então, viramDenys, Orun Moss, Silvio

.Heck c Cordeiro de Fariaque era inflrme o terrenoem que pisavam. Embora,como Informou um jornalcarioca, antes, o Ministro daGuerra acreditasse que comtrês telefones controlava oBrasil...

PRISÕES EM MASSA

Ainda nos postos de co-mando, os Ministros milita-res passaram à adoção demedidas extremas. Efetua-ram a prisão de centenas deoficiais, tanto do Exércitocomo da Marinha e da Ac-ronáutlca. Presídios milita-res, fortalezas e navios deguerra se transformaramem cárceres de patriotasque não compactuavam coma mazorca da clique golpis-ta. Dois dias depois de iui-ciada a crise, a imprensa dl-vulgava estarem presos eincomunicáveis no navio--transporte "Custódio Joséde Melo" diversos oficiaisaviadores, oficiais da Mari-nha e do Exército.

NOVOS

O T BC CONTRA OGOLPE

A Io de tetembro, um fa-to novo vinha trazer maiordesalento aos golpistas. Osoficiais do 2* Batalhão deCaçadores, sediado em SãoVicente, declararam-que nãofaltariam ao*JUttftíiènte*sole-ne prestado como oficiais:respeitar a Constituição daRepública. Assim, nSo esta.vam dispostos a marcharcontra seus Irmãos do Sul,contra as tropas do III Exér.cito. como lhes havia sidoordenado.

Naquele mesmo dia ocoronel Creso Coutlnho daCosta, comandante 'do IIBC, distribuía à imprensaum comunicado em que serecusava o batalhão a aca.lar a ordem de marchar ru-mo ao sul.

Deve-se assinalar que adecisão do 2" BC íoi toma.ria pela unanimidade rie suaoficialidade.

PRESO O COMANDANTEDA BASE AÉTEA DEBELÉM

A 2 de setembro a impren-sa noticiava que o coman-riante da Base Aérea de Be-lém, coronel Fausto Gerp,havia tornado público suaadesão à causa constitucio.nal, pela posse do presiden.te Goulart.

Informava.se mais tarde

que o coronel Fausto Gerpíõra príso por ordem do ro.mandante da I Zona Aérea

A SITUAÇÃO NAMARINHA

De Porto Alegre Informa.-se que o contra.almiranteEduardo Seco declarara nãoser verdade que a Marinha,cm sua totalidade esteja como Ministro Denys, acentuan.do que inúmeros oficiais emesmo altas patentes apó-iam a legalidade.

VOLANTES DA FAB

O grupo golpista, numatenativa de quebrar a uni-dade das tropas do III Exér-cito, anunciou a demoblliza-ção de oficiais e sub-oficiaisdaquele exército. Logo dc-pois, aviões da FAB lança-vam sóbre Porto Alegre coutras cidades volantesanunciando a desmobiliza-ção.

A manobra, porém, nãosurtiu efeito algu.m.

O general Machado Lopes,através da Rede Nacionalda Legalidade, declarava,em boletim oficial, que aanunciada desmobjlizaçãotinha caráter meramentepsicológico. Na prática, nãose efetuaria.

O boletim do comando doIII Exército acrescentavaque é "ótimo o moral datropa, que não se deixa em-

OS TRÊS PORTAVOZESDA CLIQUE GOLPISTA

Cycia u.i* com as suas particularidades, três

jonia o da reação destacaram-se nestes dias como'nota:-: dissonantes na imprensa brasileira: "O Glo-bo" e "Tribuna da Imprensa", no Rio, e "O Estadode Sãc: Paulo", na capital bandeirante.

Foi um teste magnífico. Enquanto toda aimprense conservadora apoiava irrestritamente acausa da legalidade constitucional, batendo-se pe-la pesse do presidente Goulart, aqueles três diáriosrealizaram um autêntico streep-tease perante anação: licaram inconfundivelmente ao lado doimperialismo americano e seus lacaios golpistas.

Sru^ editoriais, suas informações mentirosasp '••¦ítJenciosas, muitas vezes, como as que divul-

gávcir cm nome do Conselho de Telecomunica-

çõ'-"* fr-.-mavar." o pólo oposto ao da opinião pú-bi'.-**i i* i-ional. Vieram confirmar, neste momen-to. qu* êl-s defendem interesses absolutamentecontiário.* aos interesses nacionais.

É sintomático que todos três (um deles; éclaro, é o próprio jornal de Lacerda !) ficaramao lado do malogrado governador da Guanabara,esse mesmo governador que não governa e quemanda censurar jornais, apreender suas edições,•-.ssãltar suas redações e oficinas, prender jorna-listas. São, portanto, além de tudo, jornais ini-migos da liberdade de imprensa.

Mas, em sua atitude asquerosa, isto é umdetalhe, porquanto se colocaram a favor da ex-tinçãr da própria legalidade democrática, a fa-vor de uma ditadura, que seria uma ditadurasangrenta, de tipo fascista, a que planejavamimplantar no país os golpistas chefiados pelostréí* ministros militares. E precisamente essascloacas da imprensa deveriam ser os seus porta-vozes. A derrota também lhes cabe, pois a vitó-ria é do povo.

balr pelas manobras golpis-tas".MEDIDAS DE VIGILÂNCIA

Ante a situação aindagrave que permanece com aintransigência dos chefesgolpistas, o comando do IIIExército adotou várias me-dldas de segurança, obje-tlvando o completo sigilodas operações relacionadascom o deslocamento dastropas.

Sabe-se, porém, que pon-tos estratégicos nas frontei-ras com São Paulo foram.jupados pelo III Exército,assim como as estradas evias de acesso em direçãoao sui.ALEGAÇÃO FALSA

Em comentário, ontem, "O: stado de São Paulo" eseie-via, num elogio aos minis-tros militares golpistas: "Emqualquer outro pais, nómea-damente da América Latina,o perfeito entendimento dastrês Armas conferiria ime-dlatamente aos reupectivosministios autoridade bas-tante para sufocarem aqualquer preço as insubor-dinações de um Exército".

Em primeiro lugar, o.s In-subordinados eram os ml-nlstros militares, que se le-vantaram contra a Cqnstt-tuiçâo da República que ha-viam jurado defender e res-peitar.

Em segundo lugar, a pró-pria inércia a que se viramforçados os ministros mill-tares, depois da atitude dlg-na do III Exército, era oreconhecimento tácito deque não contavam com oapoio das Forças Armadaspara sua crimniosa aven-tura golpista. Foi por Isso, enão por serem "bonzinhos",que eles meteram a violano saco e trataram de ne-gociar uma conciliação, de-pois que foram detidos emsua fúria contra a legall-dade democrática.

Finalmente, as Forças Ar-madas como era de preverjá de há bastante tempo,comungaram com os senti-mentos democráticos do po-vo brasileiro e infligiramuma derrota esmagadora aogrupo de generais ultra-rea-cionários e seus apanigua-dos. \

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a DefesaA União Nacional dos Es-

tudantes, em Nota Oficialde sua diretoria, divulgadaontem, reafirma a sua posl-ção de vigilância na defesada Integridade da Constl-tulção e repele, enérgica-mente, qualquer soluçãoarranjada fora dos quadrosconstitucionais,

Diz a nota: "A Constitui-ção brasileira, que os estu-dantes com seu sangue aju-daram a ser criada há al-guns anos, não será desres-peitada! Desde as primeirashoras da crise a União Na-cional dos Estudantes temestado alerta e ativa nu de-fesa da Democracia e doRegime. Fecharam nossasede, perseguem nossos li-deres, dissolvem nossas ma-nifestações à força. Mas osestudantes hão de resistir.O povo brasileiro, nestahora de decisão, não podetitubear indeciso entre amanutenção da legalidade ea imposição da força. Nãopodemos aceitar qualquerespécie de golpe e exigimosque seja cumprida à riscaa letra da Constituição.Conclamamos o povo, e par-tlcularmente os estudantes,a que se mantenham vlgi-lantes. Infelizmente, cerca-da, perseguida, fechada, aUNE nem sempre tem po-dido furar a censura e o po-licialismo que domina o Es-tado da Guanabara. Mas,não cederemos. A Constitui-ção deve ser defendida. Povo

e Estudantes do Brasil, per-maneçamos unidos pelaConstituição e unidos pelaLegalidade"

DESINTERDIÇÃO DA SEDEO professor Hermes Lima,

catedrático e ex-diretor daFaculdade Nacional de Di-reito, impetrou, junto aoTribunal de Justiça do Esta-do da Guanabara, habeas--corpus em favor da desin-terdição do prédio que ser-ve de sede à UNE, ocupadoarbitrária e ilegalmentepela polícia de Lacerda des-de a madrugada do dia 27de agosto. A medida judicialrequerida pelo professorHermes Lima é extensiva àgarantia de liberdade paraos diretores, da União Na-cional dos Estudantes, que apartir do assalto praticadopelos policiais comandadospor Ardovino à "Casa daResistência ' Democrática",vêm sendo perseguidos pe-Ias forças policiais do golpe,estando ocultos.

JUSTIFICATIVA

O recurso do professorHermes Lima está acompa-nhado da seguinte justifica-tiva:"1.° A referida socieda,-de é o órgão máximo dos es-tudantes das Escolas Supe-rlores do Brasil, reconheci-da oficialmente. No entan-to, no dia 27 dc agosto fin-

do, a sua sede foi ocupadapor Forças Policiais do Es-tado e, nessa situação con-tinua até agora, interdita-do o edifício, onde não podeentrar nenhum dos seus di-retores ou nenhum dos seusassociadas. O fato é públi-co e notório, largamente no-ticiado pela imprensa e vi-sivel por quem quer que lhepasse à porta.

2.° Além da matcrialida-de do fato acima aludido,sucede que. seriamenteameaçados de prisão, os di-retores da entidade foramobrigados a se ocultarem,achando-se, assim, dupla-mente impedidos de exercero mandato que lhes foi con-ferido,

3.° A responsabilidade doseventos cabe ao governadordo Estado, a cujas ordensse acham as Forças Poli-ciais ocupantes da sede,mesmo porque não se com-preenderia que medidas tãotemerárias e prolongadasfossem praticadas sem co-nhecimento e aprovação dochefe do Executivo Esta-dual.

4.° Não estando o paisem estado de sitio, nemsuspensas as garantias cons-titueionais, o.s mencionadosfatos, a interdição da sedee a ameaça de prisão, ca-racterizam flagrante abusodo poder e contundente

violação da ConstituiçãoEstadual que no seu art. 53,Impõe ao Estado assegurar,pela lei e atos administra-tivos de seus agentes, nãosó os direitos e garantiasindividuais expressamentemencionados na Constitui-ção Federal, mas tambéma de quaisquer outros decor-rentes do regime e dos prin-•ípios que ela adota.

, Nessas condições, pede o'impetrante, na sua quali-dade de advogado e profes-sor da Faculdade Nacionalde Direito da Universidadedo Brasil, que, solicitadasinformações ao Exmo. sr.governador do Estado, sejajulgado o feito com a maiorurgência possível, a fim defazer cessar a coação, demaneira que os diretores daUnião Nacional dos Estu-dantes possam entrar 11-vremente na sua sede e delasaírem, sem qualquer cons-tfanglmento, por ser da maisestrita justiça".

AINDA FECHADALogo após a entrada noTribunal do pedido de ha-

beas-corpus, as tropas esta-cionadas na frente do pré-dio da UNE foram retira-das. Permanece, entretanto,lacrada a porta da entra-da do edifício e o.s diretorasda entidade continuam soba ameaça de iminente en-carceramento.

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