Perícia no Processo Judicial Previdenciário · Perícia no Processo Judicial Previdenciário...

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João Baptista Opitz Neto

Médico e AdvogadoMestre em Bioética – UMSA Buenos Aires/AR

Especialista em Medicina do Trabalho, Medicina Legal e Perícia Médica

Perícia no Processo Judicial Previdenciário

2019

João Baptista Opitz Neto

@joaoopitzneto

Instituto Paulista de SST

@opitzneto

Incapacidade Laborativa

• É a impossibilidade de desempenho dasfuncoes especificas de uma atividade, funcaoou ocupacao habitualmente exercida pelosegurado, em consequencia de alteracoesmorfopsicofisiologicas provocadas por doencaou acidente.

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018Resolução INSS 637/2018

Incapacidade Laborativa

• Devera estar implicitamente incluido noconceito de incapacidade, desde que palpavele indiscutivel no caso concreto, o risco para siou para terceiros, ou o agravamento dapatologia sob analise, que a permanencia ematividade possa acarretar.

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018Resolução INSS 637/2018

Incapacidade Laborativa

• Grau:

– Parcial = parcial: limita o desempenho dasatribuicoes do cargo, sem risco de morte ou deagravamento, embora nao permita atingir a metade rendimento alcancada em condicoes normais;

– Total = gera impossibilidade de desempenhar asatribuicoes do cargo, funcao ou emprego.

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018Resolução INSS 637/2018

Incapacidade Laborativa

• Duração:

– Temporária = se pode esperar recuperação dentro de prazo previsível

– Indefinida = insuscetível de alteração em prazo previsível com os recursos da terapêutica e reabilitação disponíveis à época

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018Resolução INSS 637/2018

Incapacidade Laborativa

• Profissão

– Uniprofissional = uma atividade específica

– Multiprofissional = diversas atividades

– Omniprofissional = toda e qualquer atividade

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018Resolução INSS 637/2018

Invalidez

• Incapacidade laborativa total, indefinida emultiprofissional, insuscetível de recuperaçãoou reabilitação profissional, que correspondeà incapacidade geral de ganho, emconsequencia de doença ou acidente

Manual Técnico de Perícia Médica Previdenciária, 2018Resolução INSS 637/2018

DIREITOMEDICINAPERÍCIA

MÉDICA

Perícia Médico-Legal

Perícia é a capacidade teórica e prática para empregar,com talento, determinado campo do conhecimento,alcançando sempre os mesmos resultados.

Hermes Rodrigues de Alcântara – 1982

Perícia Médica, em sentido amplo, é todo e qualquerato propedêutico ou exame, feito por médico, com afinalidade de contribuir com as autoridadesadministrativas, policiais ou judiciárias na formação dejuízos a que estão obrigadas.

PERÍCIA MÉDICO-LEGAL

Exame acurado e objetivo para comprovar oudescaracterizar uma situação concreta, no caso denatureza médica, para o enquadramento normativono âmbito do processo.

CPC/15

Art. 473. O laudo pericial deverá conter:

I - a exposição do objeto da perícia;

II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;

III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;

IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.

CPC/15Art. 473

§ 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação emlinguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançousuas conclusões.

§ 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bemcomo emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico oucientífico do objeto da perícia.

§ 3o Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentestécnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindotestemunhas, obtendo informações, solicitando documentos queestejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas,bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos,fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento doobjeto da perícia.

DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS

Informações escritas, por um médico,

por qualquer razão, em que matéria

médica de interesse jurídico é relatada.

São obrigatoriamente emitidos por

profissionais habilitados, na forma da

legislação vigente e que praticaram os

atos médicos específicos.

DIFERENÇAS SUBSTANCIAIS

• Atestado• Relatório (prontuário)• Parecer• Laudo

DOCUMENTOS MÉDICOS

• Quando o documento médico-legal é o resultado do pedido de pessoa interessada é designado atestado ou parecer.

• Se for em cumprimento a encargo definido pela autoridade competente é designado como laudo, isto é, é a descrição minunciosade uma perícia.

ATESTADO MÉDICO

• É uma afirmação simples e por escrito de umfato médico e suas conseqüências.

• Não se exige maior formalidade para suaobtenção, bastando que o interessado osolicite ao profissional que tenha praticado ocorrespondente procedimento médico. Deveser sempre emitido seguindo as normasemanados de Resolução CFM 1658/2002.

ATESTADO MÉDICO

• para fins previdenciários e similares

• atestados para intervenção compulsória;

• atestados para abonos de faltas laborais ouescolares,

• atestados de aptidão física,

• atestados de comparecimento à consultamédica (também chamados de declaração decomparecimento)

• atestado de óbito.

Resolução CFM 1658/2002

• Art. 1º O atestado médico é parte integrante do atomédico, sendo seu fornecimento direito inalienável dopaciente, não podendo importar em qualquer majoraçãode honorários.

• Art. 2º Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrarem ficha própria e/ou prontuário médico os dados dosexames e tratamentos realizados, de maneira que possaatender às pesquisas de informações dos médicos peritosdas empresas ou dos órgãos públicos da PrevidênciaSocial e da Justiça.

Resolução CFM 1658/2002

• Art. 3º Na elaboração do atestado médico, o médico assistente observará os seguintes procedimentos:I - especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a recuperação do paciente;

II - estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente;

III - registrar os dados de maneira legível;

IV - identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina.

CFM 1658/2002

• Parágrafo único. Quando o atestado for solicitado pelo paciente ou seu representante legal para fins de perícia médica deverá observar:

I - o diagnóstico;

II - os resultados dos exames complementares;

III - a conduta terapêutica;

IV - o prognóstico;

V - as conseqüências à saúde do paciente;

CFM 1658/2002VI - o provável tempo de repouso estimado necessário

para a sua recuperação, que complementará o parecer fundamentado do médico perito, a quem cabe legalmente a decisão do benefício previdenciário, tais como: aposentadoria, invalidez definitiva, readaptação;

VII - registrar os dados de maneira legível;

VIII - identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina.

Prontuário Médico

• Resolução CFM 1638/2002

– Art. 1º - Definir prontuário médico como odocumento único constituído de um conjunto deinformações, sinais e imagens registradas, geradasa partir de fatos, acontecimentos e situaçõessobre a saúde do paciente e a assistência a eleprestada, de caráter legal, sigiloso e científico, quepossibilita a comunicação entre membros daequipe multiprofissional e a continuidade daassistência prestada ao indivíduo.

Prontuário Médico

• Art. 2º - Determinar que a responsabilidade pelo prontuário médico cabe:

– I.Ao médico assistente e aos demais profissionais que compartilham do atendimento;

– II.À hierarquia médica da instituição, nas suas respectivas áreas de atuação, que tem como dever zelar pela qualidade da prática médica ali desenvolvida;

– III.À hierarquia médica constituída pelas chefias de equipe, chefias da Clínica, do setor até o diretor da Divisão Médica e/ou diretor técnico.

Prontuário Médico

• Art. 5º - Compete à Comissão de Revisão deProntuários:

– I. Observar os itens que deverão constarobrigatoriamente do prontuário confeccionadoem qualquer suporte, eletrônico ou papel:

• a. Identificação do paciente – nome completo, data denascimento (dia, mês e ano com quatro dígitos), sexo,nome da mãe, naturalidade (indicando o município e oestado de nascimento), endereço completo (nome davia pública, número, complemento, bairro/distrito,município, estado e CEP);

Prontuário Médico

• b. Anamnese, exame físico, exames complementaressolicitados e seus respectivos resultados, hipótesesdiagnósticas, diagnóstico definitivo e tratamentoefetuado;

• c. Evolução diária do paciente, com data e hora,discriminação de todos os procedimentos aos quais omesmo foi submetido e identificação dos profissionaisque os realizaram, assinados eletronicamente quandoelaborados e/ou armazenados em meio eletrônico;

Prontuário Médico• d. Nos prontuários em suporte de papel é obrigatória a

legibilidade da letra do profissional que atendeu opaciente, bem como a identificação dos profissionaisprestadores do atendimento. São também obrigatóriasa assinatura e o respectivo número do CRM;

• e. Nos casos emergenciais, nos quais seja impossível acolheita de história clínica do paciente, deverá constarrelato médico completo de todos os procedimentosrealizados e que tenham possibilitado o diagnósticoe/ou a remoção para outra unidade.

Prontuário Médico

• Assegurar a responsabilidade dopreenchimento, guarda e manuseio dosprontuários, que cabem ao médico assistente,à chefia da equipe, à chefia da Clínica e àDireção técnica da unidade.

Aspectos Jurídicos

• Assistentes Técnicos apresentam Pareceres Técnicos

• Perito Judicial apresenta Laudo Pericial

Meio Ambiente de Trabalho

Nexo Causal

Nexo causal é a relação direta de causa e efeitoentre dois eventos sucessivos, ou seja, a ocorrênciado segundo evento decorre diretamente doprimeiro.

Nexo Causal

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercíciodo trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício dotrabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbaçãofuncional que cause a morte ou a perda ou redução,permanente ou temporária, da capacidade para otrabalho.

Acidente de Trabalho – Lei 8213/1991

Acidente de Trabalho – Lei 8213/1991

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a

adquirida ou desencadeada em função de

condições especiais em que o trabalho é

realizado e com ele se relacione diretamente,

constante da relação mencionada no inciso I.

• Classificação de Schilling:

– Trabalho como causa necessária (grupo I)

– Trabalho como fator contributivo, mas não necessário (grupo II)

– Trabalho como provocador de um distúrbio latente ou agravador de doença já estabelecida (grupo III)

Nexo Causal

• O grupo I são aquelas doenças onde o trabalhoé considerada causa necessária.

• Exemplo: uma intoxicação com metal pesado,ou até mesmo uma pneumoconiose.

• São aquelas doenças profissionais reconhecidaspor lei.

Nexo Causal

Nexo Causal

• O grupo II seriam os casos onde o trabalho é um fator contributivo, mas não necessário.

• Exemplos: doença cardíaca insuficiência vascular periférica.

Nexo Causal

• Já o grupo III seriam aquelas entidades nosológicas onde o trabalho atuou como provocador de um distúrbio latente, ou fator agravante de doença já estabelecida.

• Exemplos: dermatite alérgica ou asma.

PROCEDIMENTOS MÉDICOS PARA O ESTABELECIMENTO DO NEXO CAUSAL

Recomenda-se, incluir nos procedimentos e no raciocínio médico-pericial:

Fonte: Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde – Ministério da Saúde - 2001

• Natureza da exposição:

• o “agente patogênico” é claramente identificável pela:

– história ocupacional

– e/ou pelas informações colhidas no local de trabalho

– e/ou de fontes idôneas familiarizadas com o ambiente ou local de trabalho.

• “Especificidade” da relação causal e “força” da associação causal:

o “agente patogênico” ou

o “fator de risco” estão

pesando de forma importante

entre os fatores causais da

doença;

Fonte: Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde – Ministério da Saúde - 2001

• Tipo de relação causal com o trabalho:

O trabalho é: - Causa necessária;

- Fator de risco contributivo de doença de etiologia multicausal;

- Fator desencadeante;

- Agravante de doença.

Fonte: Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde – Ministério da Saúde - 2001

• Grau ou intensidade da exposição: é

ele compatível com a produção da doença?

• Tempo de exposição: é ele suficiente para

produzir a doença?

Fonte: Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde – Ministério da Saúde - 2001

• Registro do “estado anterior” do trabalhador;

• Evidências epidemológicas que reforcem a relação causal.

Fonte: Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde – Ministério da Saúde - 2001

A resposta positiva à maioria destas questões irá conduzir o raciocínio na direção do

reconhecimento técnico da relação causal entre a doença e o trabalho.

Nexo entre a atividade e a exposição ao risco

• Demonstrar que uma determinada atividade expõe o trabalhador a um determinado risco

Atividade

Risco

Nexo Causal entre o risco e a Lesão

• Demonstrar que um determinado risco causa a lesão

– Doença profissional reconhecida (face quadro clínico característico)

– Evidenciado por examesAtividade

Risco

Lesão

Nexo causal entre a lesão a e alteração funcional

• Quando a lesão causa alteração funcional específica (compatibilidade)

Lesão Incapacidade Funcional

Atividade

(trabalho)

Incapacidade Funcional

(seqüela)

Lesão

(doença)

(agente patogênico)

Risco

CONCAUSA

• Lei 8213/91

– Artigo 21 - Equiparam-se tambem ao acidente dotrabalho, para efeitos desta Lei:

– I - o acidente ligado ao trabalho que, embora naotenha sido a causa unica, haja contribuidodiretamente para a morte do segurado, parareducao ou perda da sua capacidade para otrabalho, ou produzido lesao que exija atencaomedica para a sua recuperacao;

CONCAUSAL

“outra causa que, juntando-se a principal,concorre para o resultado”.

“nao inicia nem interrompe o processo causal,apenas o reforca, tal como um rio menor quedesagua em outro maior, aumentando-lhe ocaudal”

CAVALIERI FILHO, Sergio. Comentarios ao novo codigo civil. v. XIII. Rio de Janeiro: Forense, 2004, p.83.

Tipos de Nexo Técnico Previdenciário

• Nexo Tecnico Profissional ou do Trabalho

• Nexo Tecnico Individual

• Nexo Tecnico Epidemiologico Previdenciario –NTEP

Nexo Tecnico Profissional ou do Trabalho

• O nexo estabelecido pela associacao do agravo com os agentesetiologicos ou fatores de risco presentes nas atividades economicasdos empregadores e constantes das listas A e B do Anexo II do RPS,sao considerados de natureza profissional ou do trabalho, sendoassim compreendidos:

I - Nexo Tecnico Profissional e aquele decorrente da constatacaode uma doenca profissional, isto e, aquela produzida oudesencadeada pelo exercicio do trabalho peculiar a determinadaatividade cujos trabalhadores tenham sido expostos, ainda queparcial ou indiretamente; e

II - Nexo Tecnico do Trabalho e aquele decorrente da constatacaode uma doenca do trabalho, isto e, aquela adquirida em funcaodas condicoes especiais em que o trabalho e realizado.

Nexo Tecnico Individual

E aquele que decorre de acidentes do trabalho tipicos ou detrajeto, bem como de condicoes especiais em que o trabalho erealizado e com ele relacionado diretamente, nos termos do §2o do art. 20 da Lei no 8.213, de 1991. Engloba tres situacoes:

– Acidente Típico

– Acidente de Trajeto

– Por doença equiparada a acidente do trabalho

SEMIOLOGIA PERICIAL

EXAME E LAUDO PERICIAL

Histórico - Diagnóstico Clínico

Descrição

Discussão - CircunstânciasNorma Legal

PrevidenciáriaTrabalhistaCivil

Conclusão

HISTÓRICO

Inicial - Fundamento da Pretensão

- Requerimento

Anamnese - Relato do periciando

INTERPRETAÇÃO PERICIAL

Valor relativo do Histórico

DESCRIÇÃO

Exame FísicoVistoria

INTERPRETAÇÃO PERICIAL

SOBERANOS !

EXAMES COMPLEMENTARES

Indicação e Interpretação

Finalidade

INTERPRETAÇÃO PERICIAL

Valor relativo

DIAGNÓSTICO FUNCIONAL

Importantíssimo, lembrar que exames subsidiários são para diagnóstico anatômico,

não se confundem com os utilizados para diagnóstico funcional.

EXEMPLOS MAIS COMUNS

Radiografias

Tomografias

Ultra-sonografias

Sorologias

Exames bioquímicos

Audiometrias

É IMPOSSÍVEL EXTRAIR INFORMAÇÕES SOBRE

AS FUNÇÕES DE UM ÓRGÃO OU SISTEMA ATRAVÉS DE EXAMES

COMPLEMENTARES VOLTADOS PARA O DIAGNÓSTICO ANATÔMICO.

DIAGNÓSTICO FUNCIONAL

ESTRUTURA PADRÃO DO LAUDO

• Preâmbulo

• Histórico

• Descrição

• Revisão da Literatura Médica

• Discussão

• Conclusão

• Resposta aos quesitos.

• Encerramento

LAUDO PERICIAL

• Deve ser claro, mesmo a leigos

• Explicar os conceitos médicos emitidos, sehouver possibilidade de não entendimento.

• Ter metodologia em sua elaboração.

LAUDO PERICIAL

• Deve haver uma descrição de todos os sinais esintomas, os resultados dos examesrealizados, o tratamento adotado, a evoluçãoapresentada e esperada pelo paciente.

Documentos

• Quais documentos devo apresentar ?

• Como devo fazê-lo?

• Em que momento?

• Para quem?

QUESITAÇÃO

“Saber é poder definir. Quando duas pessoasdiscutem, devem saber primeiro sobre o quediscutem. Se não definirem previamente oobjetivo da discussão, poderá suceder que osdois usem a mesma palavra com sentidosdiferentes ou duas palavras com o mesmosentido.”

Sócrates

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto

da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega

do laudo.

§ 1o Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias

contados da intimação do despacho de nomeação do

perito:

I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for

o caso;

II - indicar assistente técnico;

III - apresentar quesitos.

CPC/15

Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos

suplementares durante a diligência, que poderão ser

respondidos pelo perito previamente ou na audiência de

instrução e julgamento.

Parágrafo único. O escrivão dará à parte contrária ciência da

juntada dos quesitos aos autos.

Art. 470. Incumbe ao juiz:

I - indeferir quesitos impertinentes;

II - formular os quesitos que entender necessários ao

esclarecimento da causa.

CPC/15

PRINCIPAIS EQUIVOCOS AO

FAZER A QUESITAÇÃO

Patologia X disfunção/dano

(manifestação clínica)

Diagnóstico anatômico X diagnóstico funcional

(lesão) (dano)

Não conseguir X não dever

(incapacidade) (prevenção)

A perícia médica tem por finalidade oesclarecimento técnico de matéria médica deinteresse jurídico.

A quesitação apresenta ao Perito Judicial o quenecessita ser esclarecido sobre o fato quedepende de conhecimento técnico específico.

Quesitação

Quesitação

Como fazê-los:

- Quesito genérico ou específico?

- Quesito direto ou indireto?

Importância do conhecimento do caso e dos

documentos juntados aos Autos

1. Chama a atenção para determinado fato

2. Faz com que o perito tenha que ler documentos

importantes

Quesitação

Quesito como linha condutora da prova

pericial

Quesitação

Quesitação

Art. 473. O laudo pericial deverá conter:

IV - resposta conclusiva a todos os quesitosapresentados pelo juiz, pelas partes e peloórgão do Ministério Público.

Quesitação

CPC/15

Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelojuiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução ejulgamento.

§ 3o Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parterequererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico acomparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desdelogo, as perguntas, sob forma de quesitos.

IMPUGNAÇÃO

IMPUGNAÇÃO

• Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz,pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.

• § 1o As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre olaudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo oassistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seurespectivo parecer.

• § 2o O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias,esclarecer ponto:

• I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, dojuiz ou do órgão do Ministério Público;

• II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.

IMPUGNAÇÃO

• Art. 477

• § 3o Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requereráao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer àaudiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, asperguntas, sob forma de quesitos.

• § 4o O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico,com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da audiência.

IMPUGNAÇÃO

- Ler todo o Laudo Pericial e não apenas a sua conclusão;

- Verificar se o Perito Judicial ultrapassou os limites da matériacontrovertida em análise;

- Caso exista dúvidas sobre exame físico ou qualquer outra analise, buscarinformações:

- Google

- Sites especializados

- Literatura tecnica: Livros, artigos e etc.

IMPUGNAÇÃO

• Conforme artigo 473 do NCPC, o Perito Judicial deveapresentar a fundamentação que o levou a determinadaconclusão, ou seja, evidenciar o motivo que o fez concluirdesta ou daquela forma;

Obrigado!

JOAOOPITZ@YAHOO.COM.BR

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