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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
Edição 2014
PERFIL DO DISTRITO DE MACOSSA
PROVÍNCIA DE MANICA
MACHAZE
GURO
MACOSSA BARUE
GONDOLA MANICA
TAMBARA
SUSSUNDENGA
MOSSURIZE
CIDADE_DE_CHIMOIO
Macossa
PÁGINAi
A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma natureza informativa.
Copyright © 2012 Ministério da Administração Estatal
Todos os direitos reservados.
Publicado por
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL
Direcção Nacional de Administração Local
Maputo - Moçambique
Primeira edição, primeira impressão 2012
Esta publicação está disponível na Internet em http://www.portaldogoverno.gov.mz
Macossa
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Índice
Prefácio v
Siglas e Abreviaturas vii
1 Breve Caracterização do Distrito 1 1.1 Localização, Superfície e População 1 1.2 Clima e Topografia 1 1.3 Recursos Naturais 2 1.4 Infraestruturas 3 1.5 Economia e Serviços 4 1.6 História, Cultura e Sociedade Civil 7
2 Demografia 9 2.1 Estrutura etária e por sexo 9 2.2 Traço sociológico 10 2.3 Analfabetismo e Escolarização 11
3 Habitação e Condições de Vida 12
4 Organização Administrativa e Governação 16 4.1 Governo Distrital 16 4.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais 19 4.2.1 Secretaria Distrital 20 4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas 20 4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 21 4.2.3.1 Educação 22 4.2.3.2 Cultura 25 4.2.3.3 Formação Profissional e Emprego 25 4.2.3.4 Tecnologia 26 4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 26 4.2.4.1 Saúde 26 4.2.4.2 Acção Social 28 4.2.4.3 Género 30 4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas 33 4.2.5.1 Ordenamento Territorial 33 4.2.5.2 Gestão Ambiental 33 4.2.5.3 Educação Ambiental 33 4.2.5.4 Infraestruturas 34 4.3 Finanças Públicas e Investimento 34 4.4 Justiça, Ordem e Segurança pública 36 4.5 Participação comunitária e apoio externo 38 4.6 Constrangimentos e Perspectivas 39
5 Actividade Económica 41
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5.1 População economicamente activa 41 5.2 Pobreza e Segurança Alimentar 44 5.3 Infraestruturas de base 45 5.4 Uso e Cobertura da Terra 47 5.5 Sector Agrário 50 5.5.1 Zonas agro-ecológicas 50 5.5.2 Produção agrícola e sistemas de cultivo 50 5.5.3 Pecuária 51 5.5.4 Florestas, Fauna bravia e Pescas 52 5.6 Indústria, Comércio e Serviços 53
6 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local 55 6.1 Visão 55 6.2 Missão 55 6.3 Estratégia de desenvolvimento 55 6.4 Objectivos Estratégicos 56 6.5 Zonas de desenvolvimento 57 6.6 Objectivos Específicos 57 6.7 Problemas e Potencialidades por Pilar Estratégico 62
Lista de quadros
Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012 9 Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 9 Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão 10 Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 10 Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil 10 Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 10 Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 11 Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 11 Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade 12 Quadro 10. Tipo de habitações 12 Quadro 11. Habitações segundo o material de construção 13 Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia 15 Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 15 Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar 22 Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 22 Quadro 16. Taxas de escolarização 23 Quadro 17. Escolas, alunos e professores, 2012 24 Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 24 Quadro 19. Unidade de Saúde, Camas e Pessoal existente, 2011 27 Quadro 20. Indicadores de cuidados de saúde, 2011 27 Quadro 21. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 29 Quadro 22. População deficiente, 2007 29 Quadro 23. População portadora de deficiência, segundo a causa 29 Quadro 24. Programas de Acção Social, 2012 30 Quadro 25. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 31
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Quadro 26. Execução orçamental (em ‘000 MT) 35 Quadro 27. Projectos aprovados e implementados, 2007 a 2012 35 Quadro 28. População segundo a condição de actividade 41 Quadro 29. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 42 Quadro 30. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 43 Quadro 31. Rede de estradas 45 Quadro 32. Rede de estradas e estado de conservação 45 Quadro 33. Fontes de Água e sua operacionalidade, 2011 46 Quadro 34. Uso e Cobertura da Terra 47 Quadro 35. Produção agrícola, por principais culturas: 2011-2012 51
Lista de figuras
Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna ........................................ 11 Figura 2. Tipo de habitações ................................................................................................. 13 Figura 3. Habitações segundo o material de construção .................................................. 14 Figura 4. Habitações e condições básicas existentes ......................................................... 14 Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado ......................... 23 Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído ........................... 25 Figura 7. Quadro epidémico, 2011 ....................................................................................... 28 Figura 8. Indicadores de escolarização por sexos .............................................................. 31 Figura 9. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo ............................. 32 Figura 10. População segundo a posição no trabalho e sexo ........................................... 32 Figura 11. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade ................................. 42 Figura 12. População activa, segundo a ocupação principal ............................................ 43 Figura 13. População activa, segundo o ramo de actividade ............................................ 44 Figura 14. Explorações segundo a sua utilização ............................................................... 49 Figura 15. Explorações por classes de área cultivada ........................................................ 49
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Siglas e Abreviaturas
APEs Agentes Polivalentes Elementares
BCI Banco Comercial e de Investimentos
BIM Banco Internacional de Moçambique
CDPRM Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique
CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção
CFM Caminhos de Ferro de Moçambique
CGRN Comité de gestão de recursos naturais
CISM Centro de Investigação em Saúde da Malária
CL’s Conselhos Locais
CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA
COVs Crianças Órfãs e Vulneráveis
DNAL Direcção Nacional da Administração Local
DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento
DPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação
DPPF Direcção Provincial do Plano e Finanças
DPS Direcção Provincial de Saúde
DTS Doença de Transmissão Sexual
EDM Electricidade de Moçambique
EN Estrada Nacional
EN1 Estrada Nacional nº 1
EP1 Ensino Primário do 1º Grau
EP2 Ensino Primário do 2º Grau
EPC Escola Primária Completa
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ESG1 Ensino Secundário Geral do 1º ciclo
ESG2 Ensino Secundário Geral do 2º ciclo
ET Ensino Técnico
FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital
GD Governo Distrital
IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar
IFP Instituto de Formação de Professores
INE Instituto Nacional de Estatística
IPCC’s Instituições de participação e consulta comunitária
ITS’s Infecções de Transmissão Sexual
LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado
MAE Ministério da Administração Estatal
Mcel Moçambique Celular
MF Ministério das Finanças
MINAG Ministério da Agricultura
MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento
ONGs Organizações Não Governamentais
ORAM Organização de Ajuda Mútua
PA Posto Administrativo
PARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta
PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas
PQG Programa Quinquenal do Governo
PRM Polícia da República de Moçambique
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PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água
SD Secretaria Distrital
SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas
SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
SDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas
SDSMAS Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social
SIFAP Sistema de Formação em Administração Pública
STV Soico Televisão
TDM Telecomunicações de Moçambique
VODACOM Operadora de telefonia móvel
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1 Breve Caracterização do Distrito
1.1 Localização, Superfície e População
O distrito de Macossa está situado a nordeste da Província de Manica, tendo como limites: a
Norte os distritos de Tambara e Guro; a Leste os distritos da Gorongosa e Maringué da
província de Sofala; a Sul o rio Pungué, que o separa do distrito de Gondola; e a Oeste
confina com o distrito do Barué.
A superfície do distrito1 é de 9.594 km2 e a sua população está estimada em 38 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 4,0
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 60 mil habitantes.
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:0.7, isto é,
por cada 10 crianças ou anciões existem 7 pessoas em idade activa. Com uma população
jovem (55%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 92% (por cada 100
pessoas do sexo feminino existem 92 do masculino) e uma matriz rural acentuada.
1.2 Clima e Topografia
O clima do distrito é do tipo sub-húmido seco em geral, sendo a precipitação média anual
de 800 a 1000 mm, com um período húmido curto a moderado, variando de 4 a 5 meses
(Dezembro a Março), e o período seco algo longo (Maio a Novembro), podendo atingir os
7 meses. A humidade média relativa do ar é de 60/65 a 70% e a temperatura média anual
varia de 22 a 26ºC.
O distrito é atravessado, para além do rio Phandira, o único de regime permanente, pelos
rios Nhassacara, dos Elefantes, Mucombedzi, Mussangadze, Chatora, Murodzi, Nhaluiro.
O distrito é, ainda, recheado de riachos, represas e lagoas, cujo senão é o facto de os
períodos de retenção de água serem bastante curtos.
O distrito de Macossa apresenta três zonas distintas:
O norte do distrito, possuindo cerca de 90 Km² de extensão, apresenta um clima
quase semi-árido;
A parte Oeste do PA de Nhamagua, com 120 Km² de extensão é dotada de maior
potencial agrícola, com solos areno-argilosos, férteis e adequados para a produção
1 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com
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de culturas diversas, razão pela qual é considerado o celeiro do distrito. As
precipitações variam de 700-1000 mm ao longo do ano.
A parte Este é caracterizada por escassez de recursos hídricos, precipitações
irregulares, solos pouco férteis, um clima quase semi-árido, registando a ocorrência
frequente de secas cíclicas e temperaturas elevadas e um início de chuvas tardio,
normalmente apenas nos finais de Dezembro.
O distrito fisiograficamente é influenciado pelos sistemas de montanhas de Choa a Oeste e
Gorongosa a Sudeste, que influenciam o padrão de distribuição de chuvas, solos e recursos
hídricos no distrito.
A base geológica da região é o sistema do Precambrico Médio ou Superior representado
pelo complexo de gneisse e granito. De acordo com a informação disponível, são as regiões
influenciadas ou parte do sistema meso-planáltico de Choa e Gorongosa aquelas que maior
número de cursos de água apresentam, enquanto que a região central do distrito, de
transição entre a bacia dos rios Púnguè a sul e Zambeze a norte, é muito pobre no que se
refere à existência de rios e riachos.
À região mais acidentada, dissecada e de declives acentuados, correspondem solos delgados,
embora nas partes mais planas associados aos solos litólicos possam ainda ocorrer
alternadamente fases pouco profundas de solos com textura grosseira ou mediana, como
são disso exemplo os solos vermelhos.
1.3 Recursos Naturais
Em 2012 procedeu-se o lançamento do plano de uso de terra em coordenação com a
Direcção Provincial de Coordenação e Acção Ambiental.
O distrito debate-se com problemas de aridez em algumas zonas, devido à desmatação e
queimadas descontroladas que se verificam com frequência nos Postos Administrativos de
Macossa-sede e de Inhamagua causados por caça furtiva, carvão, machambas e conflito
homem fauna-bravia.
A rede hidrográfica do distrito é caracterizada maioritariamente por rios de regime
periódicos, destacando-se: Rio dos Elefantes, Mussangadze, Mucombedze, Chatola,
Morodze, Nhamfloiru, Muadze, Mucunduzi e Nhandhue. Os rios Phandira, Chiwawa e
Púngué são de regime permanente. O distrito conta ainda com duas represas,
sendo uma no rio Mucombedze e a outra no rio Phandira.
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O distrito apresenta uma vegetação típica de floresta natural aberta, caracterizada por
diversos tipos de árvores: mangais ao longo dos rios e pequenos arbustos nas zonas altas
ricas em diversidades de plantas medicinais, bem como árvores que fornecem madeira,
estacas e lenha para a produção de carvão e esculturas.
O distrito possui várias espécies faunísticas, nomeadamente: Elefantes, Macacos, Búfalos,
Pala-palas, Javalis, Impalas, Suínos Selvagens, Erlandes, Gazelas, Leões e outros de pequeno
porte.
O Distrito conta actualmente com duas Coutadas (nº 9 e 13) e uma Fazenda do Bravio
(Mafuia Safaris).
No distrito predominam três tipos de solos: Solos areno-argilosos férteis, Solos ferralíticos
(vermelhos) e argila-limosos. A sua localização é a seguinte:
• Solos areno-argilosos férteis: A oeste do Distrito no Posto Administrativo de
Nhamagua, com 120km² de extensão;
• Solos ferralíticos (vermelhos) e argila-limosos: Ocorrem nas zonas Este, Sul e Norte do
Distrito e são solos menos férteis.
O Distrito de Macossa é caracterizado por ocorrência de minérios:
• Posto Administrativo de Nhamagua, na zona de Dzamulamombe (cal viva e pedras
preciosas);
• Posto Administrativo de Macossa-Sede (granada em Murodze e Mussangadze e ouro
em Macossa-Sede);
• Posto Administrativo de Nguawala (ouro).
Estes recursos estão a ser explorados em moldes artesanais pelos habitantes locais e
forasteiros.
1.4 Infraestruturas
O distrito de Macossa e servido por uma estrada regional/secundaria N 261 que dá acesso
aos postos Administrativos, Localidades e Povoações. Na época das chuvas, porém, muitas
das vias interiores do distrito são de trânsito difícil.
A ponte sobre o rio Phandira na ER 261 está de momento transitável, encontrando-se,
porém, em avançado estado de degradação.
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A principal forma de transporte do distrito é por via terrestre, por estrada ou por atalhos.
Os meios de transporte são raros no distrito.
O distrito conta com infraestruturas de telefonia móvel da mCel e Movitel nos dois Postos
Administrativos de Macossa-sede e Nhamagua, com excepção do Posto Administrativo de
Nguawala, e de comunicações via rádio, encontrando-se rádios transmissores-receptores
instalados no Governo Distrital, Centro de Saúde e na sede do partido Frelimo.
Devido à dispersão populacional, o distrito enfrenta problemas sérios no que respeita ao
acesso a fontes de água potáve l , sendo que a maioria da população consome água
imprópria, nomeadamente de pântanos.
O distrito possui um pequeno sistema de abastecimento de água que se encontra avariado,
recorrendo actualmente os residentes a vias alternativas, como sendo a furos existentes nas
comunidades circunvizinhas.
O distrito conta com um total de 67 furos e 03 poços de água. O abastecimento de água no
distrito é feito através de furos e poços. Desde que as bombas foram montadas, nunca
beneficiaram de manutenção e reparação geral. Além disso, não há peças sobressalentes no
mercado local. Das 6 bombas instaladas, duas não estão operacionais.
O distrito possui um gerador eléctrico que funciona, normalmente, por um período de 3h
diárias, das 18h00 às 21h00. Actualmente, este gerador encontra-se avariado.
O distrito possui 23 escolas (das quais, 10 do ensino primário nível 1) e está servido por 5
unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população ao serviço do
sistema nacional de saúde, apesar de um nível bastante insuficiente.
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das
chuvas, tem problemas de transitabilidade.
1.5 Economia e Serviços
Este distrito possui potencialidades agrárias, cuja exploração domina a actividade económica
das famílias. Dos 959 mil hectares da superfície do distrito, estima-se 2 em 450 mil hectares
o potencial de terra arável deste distrito. Por ser um distrito fracamente povoado não há a
2 Conforme JVA Cenacarta-IGN France International, Estatísticas de Uso e Cobertura da Terra, Nov. 1999 (escala 1:250,000)
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registar conflitos sérios ligados à posse e acesso à terra.
Nos últimos anos, porém, têm-se registado com um certa frequência conflitos entre os
concessionários das coutadas e a população residente, já que esta se vê privada de
desenvolver actividades habituais de caça, apicultura e outras.
Outros conflitos registados são de carácter animal-homem, havendo a registar casos de
invasão das machambas por animais bravios, já que 1/3 da população vive no interior das
áreas de conservação.
De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações
familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.
O sistema de produção predominante nos solos de textura pesada e mal drenados é a
monocultura de batata doce em regime de camalhões ou matutos (época fresca), enquanto
que nos solos moderadamente bem drenados predominam as consociações de milho,
mapira, mandioca e feijão nhemba. Algodão e girassol são culturas de rendimento,
produzidas em regime de monoculturas. Este sistema de produção é ainda complementado
por criações de espécies como gado bovino, caprino, e aves.
A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre
bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de
armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.
Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio
das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das
questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta
ou insuficiência de sementes e pesticidas.
O potencial para agricultura irrigada é muito limitado estando circunscrito aos solos
aluvionares das margens do Pungué, em particular aqueles de textura média a pesada, com
capacidades de retenção de água e nutrientes.
A irregularidade da precipitação e a vulnerabilidade às calamidades naturais condicionam,
bastante, o potencial de produção agrícola do distrito.
Dada a existência de boas áreas de pastagem, há condições para o desenvolvimento da
pecuária, sendo as doenças (mosca tsé-tsé) e a falta de fundos e de serviços de extensão, os
principais obstáculos ao seu desenvolvimento.
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Foi introduzido algum gado bovino na zona de Dunda (PA de Nhamagua) a título
experimental, para tracção. Os animais domésticos mais importantes para o consumo
familiar são as galinhas, os patos e os cabritos.
O recurso natural mais importante do distrito é a floresta e fauna bravia, destacando-se as
essências nativas produtoras de madeira de alto valor no mercado nacional e internacional,
nomeadamente, Panga-panga, Umbila, Chanfuta, Pau-preto, Messassa e várias outras.
É de referir que 69% da população vive dentro de áreas de conservação, as quais ocupam
cerca de 72% da área do distrito. É nestas áreas onde a população encontra grande parte dos
seus meios de subsistência, nelas desenvolvendo a agricultura, pesca, produção de mel,
extracção de lenha e de material de construção, produção de carvão vegetal e outras. A
exploração e aproveitamento dos recursos existentes é feita, porém, em moldes que não
beneficiam as comunidades locais.
A lenha é o principal combustível doméstico, sendo as espécies mais usadas, quer para lenha
ou fabricação de mobiliário a panga-panga, muroto e umbila. As estacas, caniço e capim são
também usados na construção de casas e outras construções.
As mangueiras e cajueiros são as árvores de fruta que mais crescem no distrito e cujos frutos
são consumidos localmente. A falta de sementes ou mudas, a seca, a falta de hábitos, a fraca
qualidade e a falta ou insuficiência de terra, são as principais limitações à produção de
árvores.
No que diz respeito às espécies faunísticas destacam-se os elefantes, gazelas, javalis,
macacos, cudos, changos, pala-palas, zebras, porcos-bravos e espinhos, ursos formigueiros,
cabritos do mato, leopardos, leões, búfalos e impalas.
O peixe, proveniente do rio Mucombezi, também é um complemento importante da dieta
alimentar das famílias.
O comércio, a pequena indústria local (carpintaria, artesanato) e a pesca artesanal surgem
como alternativa à actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
O distrito possui 72 unidades de processamento (muajeiras) sendo 37 no posto
administrativo de Macossa-sede, 29 no posto administrativo de Nhamagua e 6 no Posto
Administrativo de Nguwala. Os produtos processados são: Milho e mapira.
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Em relação ao ano de 2011 houve um aumento de 5,9%, tendo-se passado de 68 para 72
moageiras em 2012. O distrito conta ainda com 4 padarias e 7 carpintarias.
A rede comercial é ainda incipiente, estando o mercado essencialmente a ser abastecido
pelos comerciantes informais. Existem no distrito 195 bancas fixas.
Os poucos e pequenos agentes económicos que o distrito possui enfrentam dificuldades
financeiras, já que as oportunidades de financiamento são raras, tendo apenas um pequeno
número de agentes económicos beneficiado de financiamento através do Fundo de Apoio à
Reabilitação da Economia (FARE).
A cal viva já foi explorada na zona de Zamulamombe, Localidade de Dunda, havendo
indícios de existência de pedras semipreciosas na Localidade de Mussangadze, assim como
na montanha de Nhamachachana, na zona de Zamulamombe.
O distrito tem condições naturais para o turismo cinegético. Existem no distrito 7
estabelecimentos turísticos dos quais 4 de restauração de comidas e bebidas (Campo Jú,
Casa Bongisse, Casa Muira e Depósito de Bebidas) e 3 de alojamento (Macossa 2,
Residencial Cama e Casa Jackson) com cerca de 157 camas.
O distrito conta ainda com 2 áreas de conservação sendo Coutadas (nº 9 e 13) e fazenda do
Bravio de Mafuia Safaris.
1.6 História, Cultura e Sociedade Civil
As principais etnias do distrito são: Mabarue, Masena e Magorongoza, sendo a etnia
predominante a Mabarue. As línguas mais faladas são o xibarue, xisena e xigorongozi.
A organização social está representada por povoações muito dispersas, organizadas de
acordo com os hábitos culturais e condições socioeconómicas.
Existem no distrito várias confissões religiosas, nomeadamente: Assembleia de Deus
Africana, Jhoane Malangue, Católica, Pentecostes, Evangélica Assembleia de Deus,
Ministério Autriz, Missão Mundial, Fé Apostólica, Full Gospel Church, Velhos Apostólicos
e Assembleia de Deus Internacional, sendo a Católica a mais predominante.
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por 50 membros e presidido
pelo Administrador Distrital. O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido
pelo Administrador Distrital. No Distrito funcionam três Conselhos Consultivos dos Postos
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Administrativos, presididos pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu
funcionamento participativo estes envolvem os membros dos 8 Conselhos Consultivos de
Localidade.
Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do
PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,
bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e
projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são
submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.
No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias, de
acordo com as entidades distritais, foi levado a cabo um trabalho de divulgação do mesmo
em todos os Postos Administrativos, Localidades, Aldeias e Povoações, tendo sido
envolvidas todas as camadas sociais. Este trabalho culminou com a Legitimação, pelas
respectivas comunidades, dos 58 Líderes Comunitários de vários escalões a nível do distrito,
sendo 5 Régulos, 17 Saphandas (uma mulher) e 36 M’fumos, tendo já sido reconhecidos
pela autoridade competente os 5 régulos.
A relação entre a Administração e as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído
para a solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos
de terras existentes no distrito.
A relação entre as duas entidades tem permitido, também, dar solução aos casos cíclicos,
aos vários problemas derivados da ocorrência de fenómenos naturais, tem ajudado na
mudança de atitudes, valores e costumes das populações, na melhoria de técnicas agrícolas e
no uso de sementes melhoradas, tendo em vista o desenvolvimento socioeconómico do
distrito.
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2 Demografia333 A superfície do distrito4 é de 9.594 km2 e a sua população está estimada em 38 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 4,0
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 60 mil habitantes.
2.1 Estrutura etária e por sexo A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:0.7, isto é,
por cada 10 crianças ou anciões existem 7 pessoas em idade activa. Com uma população
jovem (55%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 92% (por cada 100
pessoas do sexo feminino existem 92 do masculino) e uma matriz rural acentuada.
Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012
TOTAL Grupos etários
0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais Distrito de Macossa 37,983 8,869 12,149 13,727 2,369 868 Homens 18,162 4,394 6,014 6,264 1,043 447 Mulheres 19,821 4,475 6,135 7,463 1,326 422 P.A. de Macossa 15,304 3,507 4,956 5,495 1,006 341 Homens 7,312 1,783 2,429 2,490 446 163 Mulheres 7,994 1,726 2,527 3,004 560 179 P. A. de Nguawala 3,141 795 942 1,157 185 63 Homens 1,459 364 459 509 87 39 Mulheres 1,680 429 483 647 98 23 P.A. de Nhamangua 19,538 4,567 6,251 7,076 1,179 465 Homens 9,392 2,247 3,125 3,265 510 244 Mulheres 10,147 2,320 3,126 3,813 669 220 Fonte : INE, Dados do Censo de 2007.
Das pessoas residentes no distrito, 66% nasceram no próprio distrito, o que denota fluxos
de migração significativos. No caso das mulheres este fluxo é maior do que nos homens.
Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento
Local de Nascimento
No próprio distrito
Noutro distrito da mesma província
Noutra Província
Total 66.4% 17.7% 15.9% -‐ Homens 68.2% 17.2% 14.6% -‐ Mulheres 64.8% 18.0% 17.1%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
3 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 4 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com
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2.2 Traço sociológico
Das 12 mil famílias5 do distrito, a maioria é do tipo sociológico nuclear com filhos (43%),
isto é, com um ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 5.1 membros.
Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão % de agregados, por dimensão
1 - 2 3 - 5 6 e mais
16.4% 44.3% 39.3% Fonte : INE, Dados do Censo de 2007 e Pro je c ções g lobais da população .
Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR
Unipessoal Monoparental (1) Nuclear
Alargado (2) Masculino Feminino Com filhos Sem filhos
6.5% 1.3% 23.3% 43.4% 3.7% 21.7%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. 1) Família com um dos pais. 2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.
Na sua maioria casados após os 12 anos de idade, têm crença religiosa, dominada pela
religião Evangélica.
Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil Com 12 anos ou mais, por Estado civil
Total Solteiro Casado ou
união Separado/ Divorciado Viúvo
100.0% 28.1% 65.0% 1.4% 5.6%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. Tendo o Cindau como língua materna dominante, constata-se que 45% da população do
distrito (com 5 ou mais anos de idade) tem conhecimento da língua portuguesa, sendo este
domínio maior nos homens, dada a maior inserção na vida escolar e mercado de trabalho.
Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo
TOTAL GRUPO ETÁRIO
5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 44 45 e mais TOTAL 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% Cindau 79.9% 82.0% 80.4% 77.8% 76.2% 79.9% Chiteve 0.2% 0.1% 0.2% 0.2% 0.5% 0.2% Cimanika 1.8% 1.0% 1.6% 2.9% 3.6% 1.6% Cisena 0.5% 0.4% 0.3% 0.6% 0.8% 0.5% Cinyngwe 0.1% 0.0% 0.1% 0.1% 0.3% 0.1% Cibalke 0.1% 0.0% 0.1% 0.1% 0.2% 0.1% Português 0.5% 0.5% 0.8% 0.7% 0.7% 0.3% Outras 16.9% 16.0% 16.4% 17.5% 17.8% 17.2%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. 5 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.
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Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português
Sabe falar Português Não sabe falar Português
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 44.8% 59.2% 32.0% 55.2% 40.8% 68.0%
5 - 9 anos 33.6% 35.6% 31.7% 66.4% 64.4% 68.3%
10 - 14 anos 70.0% 74.6% 65.2% 30.0% 25.4% 34.8%
15 - 44 anos 68.8% 84.9% 53.9% 31.2% 15.1% 46.1%
45 anos ou mais 35.7% 59.4% 17.2% 64.3% 40.6% 82.8%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca .
2.3 Analfabetismo e Escolarização
Com 39% da população alfabetizada, predominantemente homens, o distrito tem uma taxa
de escolarização normal, constatando-se que 53% dos seus habitantes frequentam ou já
frequentaram a escola, ainda que maioritariamente somente até ao nível primário.
Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 Taxa de analfabetismo
TOTAL Homens Mulheres
Total 61.3% 39.5% 79.0% 15 - 19 anos 32.8% 15.9% 48.5% 20 - 24 anos 52.1% 23.9% 72.1% 25 - 29 anos 63.0% 35.4% 82.2% 30 - 44 anos 70.2% 47.5% 88.3%
45 anos ou mais 81.5% 64.5% 96.5% P.A. de Macossa 58.2% 36.8% 75.2% P. A. de Nguawala 72.4% 52.7% 88.2%
P.A. de Nhamangua 62.1% 39.5% 80.6%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Cindau, 79,9%
Cimanika, 1,8%
Portugues, 0,5%
Outras, 17,8%
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3 Habitação e Condições de Vida666 As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e
o acesso a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do
nível de vida dos agregados familiares. As características do parque habitacional duma
sociedade constituem um indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento
socioeconómico.
Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade
Total de Habitações 100.0% -‐ Próprias 94.4% -‐ Alugadas 0.6% -‐ Cedidas ou emprestadas 2.2% -‐ Outro regime 2.9%
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A maioria (94%) das cerca de 16 mil habitações7 existentes no distrito são de propriedade
própria. O tipo de habitação dominante é a palhota (92%). A casa mista, que é um tipo de
habitação que combina materiais de construção duráveis e materiais de origem vegetal,
representa 6% do parque habitacional do distrito.
Quadro 10. Tipo de habitações
Casa convencional8 ou apartamento9 0.3% Casa mista10 5.7% Casa básica11 2.3% Palhota12, casa improvisada13 e outras 91.7% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
6 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 7 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007. 8Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s), casa de banho, cozinha dentro de casa, e
construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Pode ser de rés do chão,
mais de 1 ou 2 pisos. 9Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma unidade
habitacional multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos. 10Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão),
materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc.) e adobe. 11Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com
materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de
quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água). 12Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu,
caniço, adobe, paus maticados, etc.). 13Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas, cascas de
árvores, etc.
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Figura 2. Tipo de habitações
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Apesar de as condições de habitação serem diferentes entre as zonas urbanas e rurais do
distrito, verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por:
• A maioria das casas tem paredes de caniço/paus (84%);
• A maioria das casas tem cobertura de capim ou palha (94%); e
• A maior parte das casas tem pavimento de adobe (84%).
Quadro 11. Habitações segundo o material de construção
Em % Total Urbano Rural Paredes 100.0% n.a 100.0% -‐ Blocos de cimento ou tijolo 5.2% n.a 5.2% -‐ Caniço / Paus 84.1% n.a 84.1% -‐ Madeira / Zinco 0.0% n.a 0.0% -‐ Outro material 10.7% n.a 10.7% Cobertura 100.0% n.a 100.0% -‐ Chapas ou telhas 5.7% n.a 5.7% -‐ Laje de betão 0.0% n.a 0.0% -‐ Capim ou outro material 94.3% n.a 94.3% Pavimento 100.0% n.a 100.0% -‐ Cimento, parquet ou mosaico 3.8% n.a 3.8% -‐ Adobe 84.0% n.a 84.0% -‐ Sem nada 12.2% n.a 12.2%
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Casa convencional
ou Apartamento ,
0,3%
Casa mista , 5,7% Casa básica ,
2,3%
Palhota , 91,7%
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Figura 3. Habitações segundo o material de construção
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
O gráfico e quadro seguintes mostram a distribuição percentual das habitações por acesso
aos serviços básicos.
• A maioria das famílias (69%) usa a lenha como fonte de energia;
• Cerca de 32% das famílias tem acesso a fontes de água potável14; e
• Somente 4% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados15.
Figura 4. Habitações e condições básicas existentes
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
14Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba. 15Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada.
5,2%
84,1%
0,0% 5,7%
94,3%
3,8%
84,0%
12,2%
Casas com energia
eléctrica, 0,1%
Casas que usam fontes de água potável,
31,5%
Casas com sistemas de saneamento melhorados,
4,0%
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Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia
HABITAÇÕES E CONDIÇÕES BÁSICAS EXISTENTES TOTAL Casa convencional
Casa mista
Casa básica Palhota
ENERGIA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Electricidade 0.1 0.0 0.3 0.4 0.0 Gerador/placa solar 0.9 52.4 1.0 12.4 0.0 Gás 0.0 0.0 0.3 0.0 0.0 Petróleo/parafina/querosene 27.1 19.0 65.7 29.3 24.5 Velas 2.5 14.3 8.2 9.9 1.7 Baterias 0.1 0.0 0.0 0.4 0.1 Lenha 69.1 14.3 23.2 47.5 73.4 Outras 0.2 0.0 1.3 0.0 0.2 ÁGUA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Água canalizada 0.2 38.1 0.0 0.4 0.0 - dentro da casa 0.1 14.3 0.0 0.0 0.0 - fora de casa 0.1 23.8 0.0 0.4 0.0 Não-canalizada 99.8 61.9 100.0 99.6 100.0 - fontenário 1.0 9.5 0.7 2.9 0.9 - poço/furo protegido c/ bomba 30.3 47.6 62.1 80.2 25.7 - poço sem bomba 21.8 0.0 16.0 1.7 23.3 - rio/lago/lagoa 45.7 0.0 19.9 14.9 49.1 - chuva 0.1 0.0 0.3 0.0 0.0 - mineral 0.0 4.8 0.0 0.0 0.0 - outros 0.9 0.0 1.0 0.0 1.0 SANEAMENTO 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Retrete ligada a fossa séptica 1.3 33.3 0.0 0.0 1.3 Latrina melhorada 1.0 42.9 2.9 13.2 0.1 Latrina tradicional melhorada 1.6 0.0 5.2 17.4 0.6 Latrina não melhorada 5.6 9.5 20.9 15.3 4.1 Não tem retrete/latrina 90.4 14.3 70.9 54.1 93.9
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias
residentes no distrito é apresentada na tabela seguinte.
Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis Casa
própria Rádio Televisor Telefone
fixo Computador Carro Motorizada Bicicleta Nenhum
bem
94.4% 48.5% 0.9% 0.1% 0.0% 0.5% 0.3% 46.0% 40.7% Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Constata-se que, exceptuando a casa própria, 48 por cento das famílias não possuem
nenhum dos bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007.
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4 Organização Administrativa e Governação O actual território do distrito fazia parte no passado do distrito de Báruè que, devido às suas
dimensões, aquando da primeira revisão da divisão administrativa do país, acabou por ser
elevado, no dia 25 de Julho de 1986, a nível de distrito de Macossa, constituído por três
postos administrativos, incluindo a Sede Macossa, Nhamangua e Nguawala que, por sua
vez, estão divididos em 8 Localidades.
De entre os PA’s, o mais desfavorecido em termos de desenvolvimento humano e de
infraestruturas é o de Nguawala que dista cerca de 250Km da Sede do distrito, via Báruè, e
cerca de 180 Km, via Nhamagua.
Posto Administrativo Localidades MACOSSA-SEDE Macossa – sede
Mussangadze Rio dos Elefantes
NGUAWALA Nguawala – sede Nhacassoro Massenguere
NHAMANGUA Nhamangua – sede Dunda
O Distrito de Macossa Conta com 52 povoações as quais constituem as unidades
territoriais mais pequenas.
4.1 Governo Distrital
O Governo Distrital é dirigido pelo Administrador de Distrito e, ao abrigo da Lei nº 8/2003
de 19 de Maio, está estruturado na Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços Distritais:
• Actividades Económicas;
• Saúde, Mulher e Acção Social;
• Educação, Juventude e Tecnologia; e
• Planeamento e Infraestruturas.
De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº
6/2006 de 12 de Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é a que é apresentada em
seguida.
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Estrutura Tipo do Governo Distrital
Fonte: Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril
Para além destes serviços, funcionam ainda as seguintes instituições públicas:
• Registo e Notariado;
• Comando Distrital da PRM;
• Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ);
• Procuradoria Distrital da República;
• STAE;
• SISE.
Com um total em 2013 de 618 funcionários dos quais, 166 são mulheres, apresenta a
seguinte distribuição por categorias profissionais:
ü Técnicos Superiores -----------------------------------------------------------------------25
ü Técnicos Médios -------------------------------------------------------------------------152
ü Técnicos Básicos -------------------------------------------------------------------------329
ü Operários, Auxiliares Administrativos e Agentes de Serviços -------------------112
O pessoal da Administração Distrital apresenta a seguinte distribuição por serviços:
• 102 no Gabinete do Administrador/ Secretaria Distrital (GA/SD);
• 385 no Serviço Distrital de Educação Juventude e Tecnologia (SDEJT);
• 74 no Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social (SDSMAS);
• 34 no Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE); e
• 23 no Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas.
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Do total de funcionários, 4% tem formação superior, 24,6% formação media, 53,2%
formação básica e os restantes 18,1% formação elementar. Ocupam cargos de chefia 54
funcionários (dos quais 10 são mulheres).
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por 50 membros e presidido
pelo Administrador Distrital. Em 2012 o CCD aprovou 176 projectos de iniciativa local.
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pelo Administrador Distrital.
No Distrito funcionam três Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos
pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes
envolvem os membros dos 8 Conselhos Consultivos de Localidade.
Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do
PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,
bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e
projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são
submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.
No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital,
foram institucionalizados os Conselhos Locais (Localidade, Posto Administrativo e
Distrito), Balcão de Atendimento Único Distrital (BAUD), descentralizados os
investimentos no distrito, tramitados os expedientes para a nomeação de directores dos
serviços distritais bem como dos chefes de Localidade.
A governação tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitárias e
Tradicionais. Os Presidentes das Localidades são representantes da Administração e
subordinam-se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador
Distrital, sendo coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de
Quarteirões e Chefes de Blocos.
4.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais
Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de tarefas realizadas, focam-
se as principais actividades de intervenção pública directa que contribuem para o
desenvolvimento social e económico do distrito.
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4.2.1 Secretaria Distrital
A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo
Distrital que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar
assistência técnica e administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos
humanos, materiais e financeiros do Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo
das actividades do Governo distrital, bem como na elaboração de relatórios de análise de
actividades do Governo Distrital; e (d) garantir a assistência técnica e administrativa
necessária ao funcionamento dos postos administrativos, localidades e povoações.
Estrutura Orgânica da Secretaria Distrital
Fonte: MAE/DNAL.
4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
a promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção
alimentar e de culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária
de tanques carracicidas; (d) a emissão de licenças de pesca artesanal, caça e de abate, bem
como o combate a caça furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a
divulgação do potencial económico, industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da
pequena indústria e mineração artesanal; (h) a emissão de pareceres sobre pedidos de
licenciamento de actividades económicas, licenciar actividades comerciais e emitir licenças
turísticas; (i) efectuar o recenseamento das actividades de artesanato; e (j) promover
mecanismos de financiamento das actividades produtivas.
Agricultura e Desenvolvimento Rural
Dos 959 mil hectares da superfície do distrito, estima-se 16 em 450 mil hectares o potencial
de terra arável deste distrito. Por ser um distrito fracamente povoado não há a registar
conflitos graves ligados à posse e acesso à terra.
16 Conforme JVA Cenacarta-IGN France International, Estatísticas de Uso e Cobertura da Terra, Nov. 1999 (escala 1:250,000)
SecretariaGeral
Repartição de Planificaçãoe Desenvolvimento Local
Secretário PermanenteDistrital
Repartição deFinanças
Repartição de Administração Locale Função Pública
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Nos últimos anos, porém, têm-se registado com um certa frequência conflitos entre os
concessionários das coutadas e a população residente, já que esta se vê privada de
desenvolver actividades habituais de caça, apicultura e outras. Outros conflitos registados
são de carácter animal-homem, havendo a registar casos de invasão das machambas por
animais bravios, já que 1/3 da população vive no interior das áreas de conservação.
De um modo geral, a agricultura no distrito é praticada em regime de consociação de
culturas com base em variedades locais.
O distrito é marcado frequentemente pelo cenário de estiagem e seca caracterizado por
chuvas irregulares e abaixo do normal criaram uma situação de insegurança alimentar,
exigindo do Governo Distrital iniciativas enérgicas de mitigação, de que se destacam:
Distribuição de sementes e utensílios agrícolas às vítimas das cheias;
Reabilitação de valas de drenagem nas baixas do distrito;
Fomento de batata-doce de polpa alaranjada; e
Aquisição e distribuição de bovinos de fomento.
Foram realizadas feiras de sementes e outros insumos agrícolas, onde os camponeses
puderam vender as suas sementes e adquirir instrumentos como enxadas, catanas e
machados.
4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
garantir o funcionamento de estabelecimentos de ensino, formação de professores,
alfabetização, educação de adultos e educação não formal; (b) realizar estudos sobre cultura,
diversidade cultural, valores locais e línguas nacionais; (c) promover o fabrico de
instrumentos musicais tradicionais; (d) incentivar o desenvolvimento de associações juvenis,
bem como promover iniciativas geradoras de emprego, autoemprego e outras fontes de
rendimento dos jovens; e (e) promover o uso de novas tecnologias.
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4.2.3.1 Educação
Somente 39% da população do distrito é alfabetizada e 53% das pessoas com 5 anos ou
mais de idade, predominantemente homens, frequentam ou já frequentaram o nível
primário do ensino. A análise por sexos revela um padrão melhor entre os homens do que
nas mulheres.
Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar
P O P U L A Ç Ã O Q U E:
FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 33.1% 41.1% 26.1% 20.3% 26.0% 15.3% 46.5% 32.8% 58.6%
P.A. de Macossa 35.5% 44.3% 27.8% 20.4% 25.6% 15.9% 44.1% 30.1% 56.3%
P. A. de Nguawala 22.9% 32.5% 14.7% 19.0% 27.1% 12.1% 58.1% 40.4% 73.2%
P.A. de Nhamangua 32.9% 40.0% 26.5% 20.5% 26.2% 15.4% 46.6% 33.8% 58.1%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 1997.
A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola,
revela uma concentração significativa no nível primário de ensino.
Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino
NÍVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA
Total AEA EP1 EP2 ESG1 ESG2 Técnico Superior TOTAL 100.0% 2.4% 77.7% 13.9% 5.5% 0.4% 0.1% 0.0% 5 - 9 anos 100.0% 0.5% 99.5% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 10 - 14 anos 100.0% 0.6% 86.1% 12.7% 0.5% 0.0% 0.1% 0.0% 15 - 19 anos 100.0% 1.7% 41.4% 40.0% 16.3% 0.7% 0.0% 0.0% 20 - 24 anos 100.0% 8.1% 21.0% 24.6% 41.7% 4.2% 0.3% 0.0% 25 e + anos 100.0% 27.8% 30.2% 23.6% 14.2% 2.1% 1.8% 0.3% HOMENS 100.0% 1.9% 72.6% 17.5% 7.2% 0.7% 0.2% 0.0% MULHERES 100.0% 3.1% 84.8% 8.9% 3.1% 0.0% 0.1% 0.0% EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG2 - 11º e 12º Anos; ET – Ensino técnico; CFP – Curso de formação de professores; AEA -Alfabetização e educação de adultos.
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Macossa
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Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado
Fonte de dados : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Um aspecto importante é a observação das taxas de escolarização bruta e líquida. A
primeira taxa calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino
(independentemente da idade) pela população do grupo etário correspondente à idade
oficial para o referido nível17. Para calcular a segunda taxa , divide-se o total de alunos cuja
idade coincide com a idade oficial para o nível pela população do grupo etário
correspondente a esse nível. Estas são as medidas mais comuns para estimar o
desenvolvimento quantitativo do sistema educativo.
Quadro 16. Taxas de escolarização
Taxas de escolarização Taxa Bruta de Escolarização Taxa Líquida de Escolarização
TOTAL H M TOTAL H M EP1 110.2 120.8 99.9 59.1 63.0 55.3 EP2 70.4 101.6 38.4 7.2 9.1 5.3 ESG1 21.2 31.5 10.3 1.8 2.0 1.6 ESG2 3.1 5.6 0.2 0.2 0.4 0.0
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007 .
Como se pode observar, a taxa bruta de escolarização do Ensino Primário do 1º Grau é de
110%, o que indica um elevado nível de cobertura escolar neste nível. Atendendo a que a
idade ideal para frequentar o EP1 é de 6 a 10 anos (para terminar este nível sem nenhuma
reprovação), este indicador acima dos 100% reflecte a entrada tardia na escola, a reprovação
e desistência escolar, levando a que exista um elevado número de alunos no EP1, com
idades superiores a 10 anos.
17EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos.
Alfab., 2,4%
EP1, 77,7%
EP2, 13,9%
ESG1, 5,5%
ESG2, 0,4% Técnico, 0,1% Superior, 0,0%
Macossa
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Efectivamente, a taxa líquida de escolarização no EP1 confirma aquele facto ao indicar que
59% das crianças de 6 a 10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a sua idade,
neste caso o EP1, e que somente 7% das crianças de 11 a 12 anos frequentam o nível de
ensino correspondente a idade, o EP2. Em geral, os rapazes apresentam melhores
indicadores.
A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o facto de a rede
escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um ritmo
significativo, serem insuficientes, o que é agravado por baixas taxas de aproveitamento e
altas taxas de desistência em algumas localidades do distrito, devido ao facto de haverem
muitos casamentos prematuros e emigração de jovens.
Quadro 17. Escolas, alunos e professores, 2012 NÍVEIS DE ENSINO № de № de Alunos № de Professores
Escolas M HM M HM TOTAL DO DISTRITO 23 4.591 9.890 86 353
EP1 10 3.911 8.232 64 210
EP2 11 356 998 11 50
ESG1 2 324 750 1 33
Fonte: Governo Distrital - Perfil do Distrito de Macossa, 2013
EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos.
O distrito conta ainda com 65 centros de alfabetização e educação de adultos frequentados
por 1.290 alfabetizandos, dos quais 657 são mulheres.
Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos
ou mais de idade, só 19% concluiu algum nível de ensino, na sua maioria o nível primário.
Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído
NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO
Nenhum TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior
TOTAL 18.8% 0.2% 16.3% 2.0% 0.1% 0.2% 0.0% 81.2%
10 - 14 anos 12.3% 0.0% 12.2% 0.1% 0.1% 0.0% 0.0% 87.7% 15 - 19 anos 37.3% 0.2% 35.4% 1.7% 0.0% 0.0% 0.0% 62.7%
20 - 24 anos 30.9% 0.3% 25.8% 4.2% 0.2% 0.5% 0.0% 69.1%
25 - 29 anos 21.4% 0.4% 16.7% 3.5% 0.3% 0.4% 0.2% 78.6% 30 e + anos 10.7% 0.3% 8.1% 1.9% 0.2% 0.1% 0.0% 89.3%
HOMENS 29.6% 0.3% 25.2% 3.6% 0.2% 0.2% 0.1% 70.4%
MULHERES 9.7% 0.1% 8.7% 0.6% 0.1% 0.1% 0.0% 90.3%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
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Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
4.2.3.2 Cultura
Na área da cultura existem vários grupos que praticam diverso tipo de danças e cânticos
típicos de toda a região. No concernente à juventude, destaca-se a existência de grupos
activistas e associações juvenis que de dedicam a motivar boas práticas entre os seus
concidadãos. Têm sido promovidas várias actividades, nomeadamente a participação no
Festival Nacional de Dança Popular, o fomento do associativismo juvenil e de grupos
culturais, bem como o apoio ao desenvolvimento das artes plásticas.
Em coordenação com a Direcção Provincial de Cultura, as autoridades distritais têm vindo a
buscar melhores formas de preservar duas bases militares identificadas como elementos
importantes do nosso património cultural, nomeadamente, a Base do guerreiro
MAKOMBE que foi um ponto focal na resistência à colonização e a Base Central da
FRELIMO, aquando da Luta de Libertação Nacional.
4.2.3.3 Formação Profissional e Emprego
O Governo Distrital de Macossa, em coordenação com o instituto de Emprego e Formação
Profissional (INEFP), tem formado jovens na área de carpintaria onde foram absorvidos
um total de 20 jovens. O INEFP forneceu a um jovem empreendedor kits de ferramentas
para a arte de carpintaria.
O FDD tem sido uma oportunidade para a população jovem se empregar nas
actividades agrícolas, comerciais, carpintaria e outras. De 2007 a 2012, o
Alfab., 0,2%
Primário, 16,3% Secund., 2,0%
Técnico, 0,1%
C.F.P., 0,2%
Superior, 0,0%
Nenhum, 81,2%
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FDD financiou um total de 830 projectos dos quais 212 são de jovens. O Governo do
distrito continua a sensibilizar a camada jovem para elaborar projectos de iniciativa local de
modo a promover o auto emprego e a criação de mais postos de trabalho.
4.2.3.4 Tecnologia
A ciência, a tecnologia e a inovação, jogam um papel extremamente importante no domínio
do conhecimento para o desenvolvimento do distrito.
O sector da Ciência, Tecnologia e Inovação é caracterizado pela existência do uso das
tecnologias de informação e comunicação vulgo TIC’s onde se desenvolvem trabalhos
relacionados com o uso de computares para processamento de informação. O sector conta
ainda com a existência de leccionação de disciplinas de ciências exactas nomeadamente:
Física, Matemática e Química.
O sector identificou um jovem inovador, decorrendo o processo de tramitação de
documentação da invenção junto da Direção Provincial de Ciência e Tecnologia. Foi
realizada uma feira de ciência na qual se pretendia descobrir talentos inovadores e expandir
o gosto das ciências para os alunos do nível secundário.
Constitui um desafio para este sector:
§ Divulgação dos talentos tecnológicos de modo a torna-los mais acessíveis a maioria
da população.
§ Desenvolvimento das actividades relacionadas com palestras para a promoção de
inovação e investigação científica.
4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
assegurar o funcionamento das unidades sanitárias e incentivar a medicina tradicional; (b)
promover acções de apoio e protecção da criança, da pessoa portadora de deficiência e do
idoso; (c) desenvolver acções de prevenção da violência doméstica e de abuso de menores; e
(d) promover a igualdade e equidade do género.
4.2.4.1 Saúde
A rede de saúde do distrito é composta por 5 unidades sanitárias (2 centro de saúde I e 3
centros de saúde II).
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Quadro 19. Unidade de Saúde, Camas e Pessoal existente, 2011
Unidades, Camas e Pessoal
existente
Tipo de Unidades Sanitárias
Total Hospital Distrital
Hospital Rural
Centro de Saúde
Postos de Saúde
Número de Unidades 5 5
Número de Camas
33 33
Pessoal Total
64 64
Licenciados 1 1
Nível Médio 17 17
Nível Básico e elementar 28 28
Pessoal de apoio 18 18
Fonte: Ficha de Recolha de Informação do SDSMAS
A Direcção Distrital de Saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”
e pelos Postos de Saúde “Kits B”. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a
posição de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos serviços
do Sistema Nacional de Saúde.
Quadro 20. Indicadores de cuidados de saúde, 2011 Indicadores
DCO´s 1.139 Partos Institucionais 743 Vacinação 16.752 Saúde materno-infantil 8.346 Consultas externas 43.259 Taxa de mortalidade hospitalar 3,6% Taxa de baixo peso à nascença 12,6% Taxa de mau crescimento 4,3% Fonte : SDSMAS
De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários
níveis que denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente:
• Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias,
bem como em brigadas móveis e nos locais de interesse público
• Saúde Ocupacional: Realizadas visitas de trabalho as empresas para vacinação aos
Macossa
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trabalhadores, bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios
• Saúde reprodutiva
• Saúde Infantil, Nutrição, Saúde Escolar
• Suplementação de Vitamina ‘A’
• Programa alargado de vacinação
• Saúde Mental.
O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no
seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.
Figura 7. Quadro epidémico, 2011
Fonte : Adminis tração do Distr i to e Direc ção Provinc ia l da Saúde
4.2.4.2 Acção Social
A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza
absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e
portadores do HIV-SIDA, toxicodependentes e regressados.
Tem existido coordenação das acções de algumas organizações não governamentais,
associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de
direito entre homem e mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração,
quando possível, no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida
escolar.
No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 1.650
órfãos (na sua maioria órfãos de pai e entre os 10 e 14 anos de idade) e cerca
1012
4009
184
38
117
3
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500
Diarreia
Malária
DTS/SIDA
Tuberculose
Disenteria
Sarampo
Macossa
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de 1.800 pessoas portadoras de deficiência (92% com debilidade física e 8% com doenças
mentais).
Quadro 21. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007
População Órfão de: 0-‐14 anos Total Mãe Pai Pai e Mãe Total 100.0% 11.1% 3.0% 7.1% 1.0% -‐ Homens 100.0% 10.9% 2.8% 7.1% 1.0% -‐ Mulheres 100.0% 11.3% 3.1% 7.1% 1.0% Grupos etários: -‐ 0 a 4 anos 100.0% 4.2% 0.8% 3.2% 0.2% -‐ 5 a 9 anos 100.0% 11.3% 3.2% 7.3% 0.8% -‐ 10 a 14 anos 100.0% 24.0% 6.9% 14.4% 2.8%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Quadro 22. População deficiente, 2007
Grupos de Idade População Sem Com deficiência
Total Deficiência Total Física Mental Total 100.0% 98.8% 1.2% 1.1% 0.1% 0 - 14 100.0% 99.5% 0.5% 0.5% 0.0% 15 - 44 100.0% 98.4% 1.6% 1.3% 0.2% 45 e mais 100.0% 96.1% 3.9% 3.7% 0.2%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A tabela seguinte apresenta a distribuição percentual das 330 pessoas portadoras de
deficiência, segundo a causa.
Quadro 23. População portadora de deficiência, segundo a causa
TOTAL Física Mental
Total 100.0% 100.0% 100.0%
À nascença 19.9% 18.5% 33.3%
Doença 47.1% 47.0% 48.5%
Minas/Guerra 5.4% 6.0% 0.0%
Serviço Militar 4.8% 5.4% 0.0%
Acidente de Trabalho 6.9% 7.7% 0.0%
Acidente de Viação 3.6% 3.7% 3.0%
Outras 12.1% 11.7% 15.2% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Durante o ano 2012, foram beneficiadas 300 Crianças Órfãs e Vulneráveis em apoio
alimentar fornecido pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA);28 COV´s em
registo gratuito (Cédulas); 817 idosos e 253 portadoras de deficiência.
Macossa
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Quadro 24. Programas de Acção Social, 2012 Tipo de Programa 2012 Crianças atendidas 300 Idosos atendidos 817 Deficientes atendidos 253 Doentes crónicos 51 TOTAL 1.421 Fonte :Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social
4.2.4.3 Género
O distrito tem uma população estimada de 38 mil habitantes - 20 mil do sexo feminino -
sendo 15% dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres.
Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações
não governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de
oportunidades e direitos entre sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a
integração da mulher no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida
escolar.
Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e concertação da
acção, evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de forma a
melhorar a eficácia e eficiência das acções governamentais e das iniciativas da comunidade e
do sector privado.
Tendo por língua materna dominante o Cindau, 32% das mulheres do distrito com 5 ou
mais anos de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais
acentuado nos homens (59%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de
trabalho. A taxa de analfabetismo na população feminina é de 79%, sendo de 40% no caso
dos homens.
Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 59% nunca frequentaram a escola (no caso
dos homens só 33% nunca estudaram) e 9% concluíram o ensino primário (no caso dos
homens, 25% terminaram o primário).
Macossa
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Figura 8. Indicadores de escolarização por sexos
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
No que diz respeito ao acesso a novas tecnologias também se verifica um desequilíbrio
acentuado entre sexos, como se pode deduzir da tabela seguinte.
Quadro 25. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais)
Número de pessoas que usou: % de pessoas
Computador Internet c/ Telemóvel
Total 0.5% 0.1% 2.5% -‐ Homens 0.9% 0.2% 4.4% -‐ Mulheres 0.1% 0.0% 0.9%
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
No tocante a actividade económica, de um total em 2012 de 20 mil mulheres, 9 mil estão em
idade de trabalho (mais de 15 anos), das quais 7.500 são economicamente activas18. A
população não economicamente activa de mulheres com 15 anos ou mais (18%) é
constituída principalmente por senhoras domésticas (9%) e estudantes a tempo inteiro (5%).
O nível da participação no trabalho das mulheres (82%) é superior ao dos homens (75%).
18Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa na actividade económica e que
tenha 15 anos de idade e mais. Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram
activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez.
40%
59%
33% 25%
79%
32%
59%
9%
Taxa de analfabecsmo
Sabe falar Português Sem frequencia escolar
Ensino primário concluído
Homens
Mulheres
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Figura 9. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A distribuição das mulheres economicamente activas residentes no distrito de acordo com a
posição no processo de trabalho e o sector de actividade é a seguinte:
Cerca de 94% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;
2% são comerciantes, artesãs, ou empresárias; e
As restantes 4% são, na maioria, trabalhadoras do sector de serviços, incluindo
empregadas do sector comercial formal e informal.
Figura 10. População19 segundo a posição no trabalho e sexo
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
19 Com 15 anos ou mais.
Trabalha, 79,2% Trabalha, 75,4%
Trabalha, 82,2%
Só estuda, 10,2%
Só estuda, 17,1%
Só estuda, 4,6%
Doméscco(a), 5,8%
Doméscco(a), 2,4%
Doméscco(a), 8,5%
Total Homem Mulher
Homem, 11,4% Homem, 4,1%
Homem, 81,5%
Homem, 0,5% Homem, 2,5% Mulher, 3,5% Mulher, 1,6%
Mulher, 94,3%
Mulher, 0,0% Mulher, 0,5%
Assalariados Comerciantes e artesaos Camponeses Empresarios Outras
Macossa
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4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
elaborar propostas de Plano de Estrutura e de Ordenamento Territorial; (b) promover a
construção de fontes de abastecimento de água potável bem como a gestão dos respectivos
sistemas de abastecimento; (c) assegurar, em colaboração com outras entidades, a
disponibilidade do sistema de fornecimento de energia eléctrica e a promoção do
aproveitamento energético dos recursos hídricos e uso de energias renováveis; (d) assegurar
a reabilitação, manutenção das estradas não classificadas, pontes e outros equipamentos de
travessia; (e) promover a construção, manutenção e reabilitação de infraestruturas e edifícios
públicos, bem como de valas de irrigação, jardins públicos, infraestruturas desportivas e
parques de estacionamento; (f) promover o uso da bicicleta e da tracção animal; (g) elaborar
propostas de gestão ambiental; e (g) garantir a prestação dos serviços públicos tais como
cemitérios, matadouros, mercados e feiras, limpeza e salubridade, iluminação pública, jardins
campos de jogos e parques de diversão.
4.2.5.1 Ordenamento Territorial O distrito de Macossa conta actualmente com 3 planos de pormenores nas localidade de
Macossa-sede, Mussangadze e Dunda. Ainda neste âmbito, o distrito possui uma zona de
expansão onde foram abertas algumas ruas e demarcados talhões para a construção de
infraestruturas públicas, também estão demarcadas áreas para a reserva do estado.
4.2.5.2 Gestão Ambiental No âmbito da criação de florestas comunitárias (um líder uma floresta),foram indicadas 12
áreas para florestas comunitárias nos 3 postos administrativos nas quais se iniciou a
plantação de árvores das seguintes espécies: Panga panga, Chanfuta, Eucalipto e Fruteiras.
No âmbito da iniciativa presidencial ”um aluno uma planta por ano” o distrito conta até ao
ano de 2012 com 42.677 plantas, das quais 22.677 de frutas e 20.000 de sombra.
4.2.5.3 Educação Ambiental
Neste âmbito, foram feitos encontros de divulgação da legislação ambiental, tendo como
grupo alvo o governo do distrito, chefe dos postos administrativos e localidades e líderes
comunitários.
Macossa
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Foram realizadas palestras de sensibilização, em todo distrito com os líderes comunitários e
chefes das localidades no âmbito de conservação de recursos naturais e queimadas
descontroladas.
4.2.5.4 Infraestruturas
Em relação ao fundo de infraestruturas, o distrito teve as seguintes iniciativas em 2012:
§ Na sede do distrito foram reabilitadas 2 residências para funcionários sendo uma
tipo 2 e outra tipo 3. Ainda na vila sede do distrito foi concluída a obra da
secretaria distrital.
§ Foram concluídas as obras de construção de edifícios e residências nas
localidades de Mussangadze, Dunda e Nhancassoro.
§ Foram construídas 70 lages para latrinas melhoradas na localidade de Dunda.
§ No que toca as obras de estradas ao nível distrital foram construídas 3
aquedutos e 4 drifts e efectivou-se a conclusão da ponteca sobre o rio
Nhamapaco na vila sede do Distrito.
4.3 Finanças Públicas e Investimento
O financiamento do funcionamento dos Governos Distritais e das funções para eles
descentralizadas é assegurado por via de:
(i) Receitas próprias20que provém da comparticipação das receitas fiscais e consignadas ao
nível Distrital e as correspondentes taxas, licenças e serviços cobrados pelo Governo
Distrital; e
(ii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas correntes;
20 Receitas próprias do distrito provenientes de serviços e licenças cobradas fora do território das autarquias locais são: (a) utilização do património
público sob gestão do distrito; (b) ocupação e aproveitamento do domínio público e aproveitamento de bens de utilidade pública; (c) pedidos de uso e
aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização; (d) loteamento e execução de obras particulares; (e) realização de infraestruturas
simples; (f) ocupação da via pública por motivo de obras e utilização de edifícios; (g) exercício da actividade de negociante e comércio a título precário;
(h) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras; (i) autorização de venda ambulante nas vias e recintos públicos; (j) aferição e
conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição; (k) autorização para o emprego de meios de publicidade destinados a propaganda comercial; (l)
licenças de pesca artesanal marítima e em águas interiores; (m) licenças turísticas nos termos de legislação específica; (n) licenças para a realização de
espectáculos públicos; (o) licenças de caça e abate; (p) licenças e taxas de velocípedes com ou sem motor; (q) estacionamento de veículos em parques ou
outros locais a esse fim destinados; (r) utilização de instalações destinadas ao conforto, comodidade ou recreio público; (s) realização de enterros,
concessão de terrenos e uso de instalações em cemitérios.
Constituem ainda receitas do distrito as taxas e tarifas por prestação dos serviços, nos casos em que os órgãos do distrito tenham sob sua
administração directa, a prestação de serviço público: (a) abastecimento de água; (b) fornecimento de energia eléctrica; (c) utilização de matadouros; (d)
recolha, depósito e tratamento de resíduos sólidos de particulares e instituições; (e) ligação, conservação e tratamento dos esgotos; (f) utilização de infra
estruturas de lazer e gimnodesportivas; (g) utilização de latrinas públicas; (h) transportes urbanos; (i) construção e manutenção de ruas privadas; (j)
limpeza e manutenção de vias privadas; (k) utilização de tanques carracicidas; (l) registos determinados por lei.
Macossa
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(iii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas de investimento (Fundo
de Desenvolvimento Distrital, Fundo de Investimento em Infraestruturas);
(iv) Fundos Sectoriais Descentralizados, nomeadamente dos sectores de águas, estradas,
educação e agricultura;
(v) Donativos provenientes de ONGs, cooperação internacional ou entidades privadas.
O Governo Distrital teve em 2011 a seguinte execução orçamental.
Quadro 26. Execução orçamental (em ‘000 MT)
Rubricas 2011
DESPESA TOTAL 55.210
Despesa corrente 42.301 - Despesas com pessoal 36.269 - Bens e serviços 4.640 - Outros gastos materiais 1.392 Despesa de Investimento 12.909 - Fundo de desenvolvimento distrital 7.405 - Fundo de investimentos em infraestruturas 5.504 - Fundos sectoriais descentralizados s.i.
Fonte: Ministério das Finanças, Conta Geral do Estado, 2011. No âmbito do investimento de iniciativa local (vulgo 7 milhões) o Governo Distrital durante
o período total do FDD financiou e implementou 720 projectos locais de desenvolvimento,
cuja distribuição é apresentada na tabela seguinte.
Quadro 27. Projectos aprovados e implementados, 2007 a 2012 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Total Sing. Assoc. Total Sing. Assoc. Total Sing. Assoc. Total Sing. Assoc. Total Sing. Assoc. Total Sing. Assoc.
Posto Nhamagua 08 06 02 66 66 00 29 28 01 30 30 00 93 26 86 86 00
Posto Nguawala 05 05 00 19 19 00 19 19 00 08 08 00 11 05 27 27 00
Posto Macossa 20 18 02 48 48 00 29 29 00 52 51 01 78 47 63 63 00
Total 33 29 04 133 81 00 106 64 01 90 89 01 182 78 104 176 176 00
Fonte: Secretaria Distrital
O FDD tem sido uma oportunidade para a população jovem se empregar nas actividades
agrícolas, comerciais, carpintaria e outras. De 2007 a 2012, o FDD financiou um total de
720 projectos dos quais 65 são jovens. O Governo do distrito continua a sensibilizar a
camada jovem para elaborar projectos de iniciativa local de modo a promover o auto
emprego e a criação de mais postos de trabalho.
Macossa
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No âmbito da construção de infraestruturas escolares, o Distrito possui 4 escolas cujas suas
obras ainda não estão concluídas. A falta do cumprimento da meta, resulta do mau
desempenho do empreiteiro.
Durante o ano de 2012, no âmbito de aplicação dos fundos de manutenção e rotina e dos
fundos direccionados ao sector agrário, foram levadas a cabo as seguintes intervenções de
construção e manutenção de estradas.
• Reabilitação da estrada que liga o posto administrativo de Nhamagua a
Nguawala com um percurso de 40km. Em parceria com operadores florestais
foram abertas 04 vias de acesso num troco de 180 km nos povoados de Catique
Nzaia, Tropa, Gundo-Correia e Chatora nos Postos Administrativos de
Macossa-Sede e Nguwala, respectivamente.
• Construção de 3 aquedutos e de 4 drifts na Localidade de Mussangadze
permitindo a circulação de pessoas e bens e conclusão se ponteca sobre o rio
Nhamapaco.
4.4 Justiça, Ordem e Segurança pública
A situação geral e criminal ao nível distrital durante o ano de 2011 foi calma e tranquila,
tendo, contudo, sido registados 12 casos criminais, dos quais 9 foram esclarecidos,
contra 7 casos criminais registados no ano 2010, todos eles esclarecidos.
Pese embora o aumento em 5 casos, no tocante aos casos criminais, a situação de
criminalidade no Distrito, durante o ano de 2011, pode-se considerar calma e tranquila.
Acidentes de viação
Durante o ano de 2011 foram registados 3 acidentes de viação do tipo despiste e
capotamento, os quais tiveram como causa o excesso de velocidade. Em 2010 houve
registo de 4 acidentes de viação, que causaram 3 danos materiais avultados e 19 feridos
ligeiros.
Identificação Civil
Durante o período em análise, estes Serviços atenderam 751 pedidos de emissão de bilhetes
de identidades, contra 372 do ano de 2010. Nesta área, foi arrecada uma receita no valor de
122.880,00 MTs, contra 43.810,00 MTs do ano 2010.
Macossa
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Registo Civil ACTOS 2011 2010
Assentos de nascimento 3.904 1.461
Assento de casamento 01 02
Processo de casamentos 01 02
Certidões 797 437
Assentos de óbito 12 09
Cédula 2ª via 355 225
Reconhecimentos de assinaturas 2.244 1.438
Conferências de fotocópias 2.658 1424
Procurações 01 03
Termos de autenticação 87 13
Brigadas móveis de registo de nascimento 10 08
Visitas aos Tribunais Comunitários 06 03
Revitalização dos Tribunais Comunitários 02 06
Criação de Tribunais Comunitários 01 03
Visitas às igrejas 07 10
Fonte: Relatório das Actividades realizadas pelo Governo Distrital
Tribunais Comunitários
Durante o ano em destaque, os tribunais comunitários atenderam os seguintes casos:
Tribunal Comunitário de Nhamagua---------------------------------------------------------- 15
casos;
Tribunal Comunitário de Dunda------------------------------------------------------.--------11 casos;
Tribunal Comunitário de Mapangapanga---------------------------------------------------- 05 casos;
Tribunal Comunitário de Rio dos Elefantes------------------------------------------------ 03 casos;
Tribunal Comunitário de Nguawala---------------------------------------------------------- 09 casos;
Tribunal Comunitário de Cazibete------------------------------------------------------------ 06 casos;
Tribunal Comunitário de Nhamatica--------------------------------------------------------- 06 casos;
Tribunal Comunitário de Nhabondo--------------------------------------------------
------- 04 casos;
Macossa
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Tribunal Comunitário de Cumbucane------------------------------..------------------------ 11 casos;
Tribunal Comunitário de Catique-Nzaia----------------------------------------------------- 04 casos;
Tribunal Comunitário de Nhawata----------------------------------------------------------- 20 casos;
Tribunal Comunitário de Zadula-------------------------------------------------------------- 20 casos.
Dos casos supracitados, 2 foram encaminhados ao Comando Distrital da PRM, dada a sua
natureza criminal.
As minas constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à segurança da
população e ao desenvolvimento económico. A acção de desminagem em curso no país
desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a situação existente no país e
neste distrito mais controlada e conhecida.
4.5 Participação comunitária e apoio externo A participação comunitária tem sido essencial para suprir várias necessidades em matéria de
construção, reabilitação e manutenção de infra-estruturas, nomeadamente estradas
interiores, postos de saúde e escolas, bem como residências para professores e enfermeiros.
Para tal, o Governo Distrital tem estabelecido coordenação de acções com as ONG’s,
visando levar a efeito a reconstrução e construção de infra-estruturas com base em recursos
locais e nos programas “comida pelo trabalho” financiados pelo PMA
Na sua actuação, o Governo Distrital tem tido o apoio de vários organismos de cooperação,
que promovem programas sociais de assistência, protecção do ambiente e desenvolvimento
rural, que desempenham um papel activo e importante no apoio à reconstrução e
desenvolvimento locais.
ONG’s ACTIVIDADE SITUAÇÃO ACTUAL LOCAL PROJ. GCP/MO/BEL/027
Segurança alimentar e nutrição Em acção Todo o distrito
CRUZ VERMELHA Saúde e nutrição Em acção Todo o distrito PMA Emergência (assistência alimentar) Em exercício Todo o distrito HELEN KELLER Saúde e Nutrição/suplementação
com vitamina A e saúde escolar Em exercício
Todo o distrito
ORAM Difusão da lei de Terras e Florestas e Fauna Bravia
Em acção
PA de Nhamagua
KULIMA Desenvolvimento saúde comunitária
Em acção Todo o distrito
MOLISV Desenvolvimento comunitário e segurança alimentar
Terminado em 2001
PA’s de Macossa-sede e Nhamagua
Macossa
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GPZ-VALE DO ZAMBEZE
Desenvolvimento comunitário Em acção PA’s de Macossa-sede e Nhamagua
UNICEF Desenvolvimento comunitário Terminado Todo o distrito ESP-MARRP Desenvolvimento comunitário Terminado Todo o distrito AFRICARE Desenvolvimento comunitário e
fomento de oleaginosas Terminado
Todo o distrito
PDHL/MOZ Desenvolvimento de recursos humanos e institucional
Terminado em 2000
Todo o distrito
PNPFD Programa Nacional de Planificação de Finanças descentralizadas.
Em acção Todo o distrito
4.6 Constrangimentos e Perspectivas No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os princ ipais
constrangimentos observados durante a governação dos últimos anos:
Não alocação de fundos de investimentos para manutenção das vias de acesso;
Falta de fundos de investimento para manutenção dos PS de Água e dos furos nas
aldeias;
Falta de infraestruturas de educação e saúde para a população do distrito;
Insuficiência de meios de transporte;
Insuficiência de enfermeiras de SMI nos Centros de Saúde de Mussangadze,
Nhamagua e Nguawala
Insuficiência de residências para funcionários públicos;
Insuficiência de fundos para concluir as obras paralisadas;
Falta de energia eléctrica da rede nacional (HCB);
Falta de fiscais de florestas e fauna bravia;
Insuficiência de extensionistas para prestação de assistência aos camponeses.
Falta de viaturas para a Administração e de motorizadas para locomoção dos Chefes
dos Postos Administrativos; e
Ausência de um programa de construções para atender o crescimento do aparelho
de estado.
No geral, de acordo com o Governo Distrital, as princ ipais perspec t ivas são
Garantir o cumprimento do PESOD de 2012;
Realizar visitas às comunidades no âmbito da Governação Aberta;
Realizar campanhas de sensibilização sobre a vacinação obrigatória;
Incentivar o combate às queimadas descontroladas
Macossa
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Garantir a conclusão das obras dos edifícios de funcionamento e das residências dos
chefes das localidades que se encontram paralisadas; e
Realizar supervisões pedagógicas às escolas.
Expandir a iniciativa “um líder uma floresta” para os líderes comunitários do 2 e 3
escalões;
Realizar as campanhas de sensibilização sobre o combate as queimadas
descontroladas;
Continuar a sensibilizar os mutuários para o reembolso dos 7 milhões;
Conclusão do edifício da secretaria distrital;
Construção do Centro Cultural;
Construção do edifício e respectiva residência para Chefe da Localidade de Rio Dos
Elefantes;
Conclusão da abertura da estrada que liga Nhamagua á Nguawala.
Macossa
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5 Actividade Económica 5.1 População economicamente activa
De um total em 2012 estimado de 38 mil habitantes, 17 mil estão em idade de trabalho
(mais de 15 anos).
Quadro 28. População segundo a condição de actividade21
Total Homens Mulheres
Total 16,965 7,754 9,211 Trabalhou 76.2% 71.6% 79.9% Não trabalhou, mas tem emprego 0.2% 0.3% 0.2% Ajudou familiares 2.7% 3.4% 2.2% Procurava novo emprego 0.0% 0.0% 0.0% Procurava emprego pela 1ª vez 0.1% 0.2% 0.0% População economicamente activa 22 79.3% 75.6% 82.2% Doméstico(a) 5.8% 2.4% 8.5% Somente estudante 10.2% 17.1% 4.6% Reformado(a) 0.1% 0.1% 0.1% Incapacitado(a) 1.1% 1.1% 1.1% Outra 3.6% 3.6% 3.5% População não activa 20.7% 24.4% 17.8%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Verifica-se que 79% da população de 15 anos ou mais (13.500 mil pessoas) constituem a
população economicamente activa (PEA) do distrito. O nível da participação masculina na
PEA é inferior à feminina: 76% contra 82%.
A população não economicamente activa (21%) é constituída principalmente por mulheres
domésticas e estudantes a tempo inteiro.
21Referido a situação na semana anterior a realização do Censo 2007. 22Segundo recomendações internacionais, a PEA é a população que participa na actividade económica com 15 anos de idade e mais.
A PEA compreende, pois, as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho (desocupadas),
incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez. A análise da PEA que é apresentada nesta secção seguiu esta recomendação.
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Figura 11. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A distribuição da população economicamente activa indica que 89% são camponeses por
conta própria, na sua maioria mulheres. A percentagem de trabalhadores assalariados é de
7% da população activa e é dominada por homens (as mulheres assalariadas representam
4% da população activa feminina e 11% no caso dos homens).
Quadro 29. População activa23, ocupação e ramo de actividade, 2007
RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL
OCUPAÇÃO PRINCIPAL
Assalariados Comerciantes
& Trabalhadores Empresário Outras e
Total Técnicos Operários Serviços Artesãos Camponeses Patrão desconhecido
Total 100.0% 6.9% 2.6% 1.3% 3.0% 2.6% 88.8% 0.2% 1.4%
- Homens 100.0% 11.4% 4.1% 2.4% 5.0% 4.1% 81.5% 0.5% 2.5%
- Mulheres 100.0% 3.5% 1.5% 0.4% 1.6% 1.6% 94.3% 0.0% 0.5% Agricultura, silvicultura e pesca 100.0% 1.6% 0.0% 0.1% 1.5% 0.0% 98.0% 0.0% 0.4% Indústria, energia e construção 100.0% 78.9% 0.5% 1.9% 76.6% 0.5% 0.5% 1.0% 19.1% Comércio, Transportes Serviços 100.0% 51.9% 35.5% 15.5% 0.9% 35.8% 1.1% 2.8% 8.4% [1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
23Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Trabalhou 79%
Doméscco(a) 6%
Somente estudante
10%
Outra 5%
Macossa
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Figura 12. População activa, segundo a ocupação principal
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A distribuição segundo o ramo de actividade reflecte que a actividade dominante no distrito
é agrária, que ocupa 91% da população activa do distrito. O comércio e outros serviços tem
tido uma importância crescente, ocupando já 7% da população activa do distrito.
Quadro 30. População activa24, ocupação e ramo de actividade, 2007
RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL
OCUPAÇÃO PRINCIPAL
Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras e
Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão desconhecido
Total 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
- Homens 42.6% 70.6% 67.1% 80.2% 69.7% 65.5% 39.1% 91.7% 77.6%
- Mulheres 57.4% 29.4% 32.9% 19.8% 30.3% 34.5% 60.9% 8.3% 22.4% Agricultura, silvicultura e pesca 90.6% 20.7% 0.8% 6.6% 43.5% 1.2% 99.9% 8.3% 26.1% Indústria, energia e construção 2.2% 24.7% 0.4% 3.3% 54.4% 0.4% 0.0% 8.3% 29.9% Comércio, Transportes Serviços 7.3% 54.6% 98.8% 90.1% 2.0% 98.4% 0.1% 83.3% 44.0%
[1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez. Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
24Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Assalariados, 6,9%
Comerciantes e artesaos, 2,6%
Camponeses, 88,8%
Empresarios, 0,2%
Outras, 1,4%
Macossa
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Figura 13. População activa, segundo o ramo de actividade
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
5.2 Pobreza e Segurança Alimentar Este distrito apresenta uma redução no Índice de Incidência da Pobreza25 desde um nível de
77% em 1997 para 53% no ano de 200726.
Este distrito é frequentemente alvo de calamidades naturais que afectam profundamente a
vida social e económica da comunidade. Estes desastres conduzem a níveis de segurança
alimentar de risco sobretudo os camponeses de menos posses, idosos e famílias chefiadas
por mulheres, numa situação potencialmente vulnerável.
Efectivamente, dadas as tecnologias primárias utilizadas e, consequentemente, os baixos
rendimentos das culturas, a colheita principal é, em geral, insuficiente para cobrir as
necessidades de alimentos básicos, que só são satisfeitas com a ajuda alimentar, a segunda
colheita, rendimentos não agrícolas ou outros mecanismos de sobrevivência.
Nos períodos de escassez, as famílias recorrem a uma diversidade de estratégias de
sobrevivência que incluem a participação em programas de "comida pelo trabalho", a
recolha de frutos silvestres, a venda de lenha, carvão, estacas, caniço, bebidas e a caça.
25O Índice de Incidência da Pobreza (poverty headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da linha
da pobreza. 26Relatório da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional - Ministério da Planificação e Desenvolvimento,
Direcc ̧a ̃o Nacional de Estudos e Ana ́lise de Poli ́ticas, Outubro de 2010(District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and
2007Based on consumption adjusted for calorie underreporting).
Agricultura, silvicultura e pesca, 90,6%
Indústria, energia e construção,
2,2%
Comércio, Transportes Serviços, 7,3%
Macossa
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As famílias com homens activos recorrem ao trabalho remunerado nas cidades mais
próximas, já que as oportunidades de emprego no distrito são reduzidas, dado que a
economia ter por base, essencialmente, as relações familiares.
Para atenuar os efeitos desta situação, as autoridades distritais lançaram um plano de acção
para redução do impacto da estiagem incluindo sementes e culturas resistentes e introdução
de tecnologias adequadas ao sector familiar.
5.3 Infraestruturas de base
O distrito de Macossa e servido por uma estrada regional/secundaria N 261 que dá acesso
aos postos Administrativos, Localidades e Povoações. Na época das chuvas, porém, muitas
das vias interiores do distrito são de trânsito difícil.
A ponte sobre o rio Phandira na ER 261 está de momento transitável, encontrando-se,
porém, em avançado estado de degradação.
A principal forma de transporte do distrito é por via terrestre, por estrada ou por atalhos.
Os meios de transporte são raros no distrito.
Quadro 31. Rede de estradas
Localização Dimensão (Kms) Tipo* Transitável Reabilitada Tecnologia** Cruz.102-Murodzi 120 EN220 Sim Sim M Macossa-Nhaluíro 40 NC Sim Sim O Macossa-Nguawala 250 NC Não Não - Dunda-Nhamagua 15 NC Não Não -
Classificação: EN –Estrada Nacional; ER – Estrada Regional secundária, NC – Não Classificada, estrada rural terciária Tecnologia: M –Mecanizada; O – Trabalho Manual Fonte: Administração do Distrito
Quadro 32. Rede de estradas e estado de conservação
Estradas Condições EN7 cruzamento o limite com Sofala Razoável Dunda a Nhamagua Razoável Cruzamento N261 á Mussangdze Mau Macossa-‐Sede á EN1 Razoável Macossa-‐Sede á Zvinga Mau Mussangdze á Nhaluíro Mau Cruzamento á Zamulamombe Mau Mussangdze á Ngidza Mau Mussangdze á Nhassalala Mau
Fonte: Ficha de Recolha de Informação do SDPI
Macossa
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O distrito conta com infraestruturas de telefonia móvel da mCel e Movitel nos dois Postos
Administrativos de Macossa-sede e Nhamagua, com excepção do Posto Administrativo de
Nguawala, e de comunicações via rádio, encontrando-se rádios transmissores-receptores
instalados no Governo Distrital, Centro de Saúde e na sede do partido Frelimo.
Devido à dispersão populacional, o distrito enfrenta problemas sérios no que respeita ao
acesso a fontes de água potáve l , sendo que a maioria da população consome água
imprópria, nomeadamente de pântanos.
O distrito possui um pequeno sistema de abastecimento de água que se encontra avariado,
recorrendo actualmente os residentes a vias alternativas, como sendo a furos existentes nas
comunidades circunvizinhas.
O distrito conta com um total de 67 furos e 03 poços de água. O abastecimento de água no
distrito é feito através de furos e poços. Desde que as bombas foram montadas, nunca
beneficiaram de manutenção e reparação geral. Além disso, não há peças sobressalentes no
mercado local. Das 6 bombas instaladas, duas não estão operacionais.
Quadro 33. Fontes de Água e sua operacionalidade, 2011
Fontes de água não funcionais Fontes Funcionais
PSAA Furos Poços Furos Poços
Total do Distrito de Macossa 67 3 - - -‐ Posto Administrativo de Macossa-Sede 31 3 31 - -‐ Posto Administrativo de Nhamagua 32 - - - -‐ Posto Administrativo de Nguawala 4 - - - -‐
Fonte: Ficha de Recolha de Informação do SDPI
O distrito possui um gerador eléctrico que funciona, normalmente, por um período de 3h
diárias, das 18h00 às 21h00. Actualmente, este gerador encontra-se avariado.
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das
chuvas, tem problemas de transitabilidade.
Macossa
PÁGINA47
5.4 Uso e Cobertura da Terra Dos 959 mil hectares da superfície do distrito, estima-se em 450 mil hectares o potencial de
terra arável deste distrito. Por ser um distrito fracamente povoado não há a registar conflitos
sérios ligados à posse e acesso à terra.
Nos últimos anos, porém, têm-se registado com um certa frequência conflitos entre os
concessionários das coutadas e a população residente, já que esta se vê privada de
desenvolver actividades habituais de caça, apicultura e outras.
Outros conflitos registados são de carácter animal-homem, havendo a registar casos de
invasão das machambas por animais bravios, já que 1/3 da população vive no interior das
áreas de conservação.
Quadro 34. Uso e Cobertura da Terra Classe Área (ha) (%)
Cultivado Sequeiro 2560.65 0.27 Solo Sem Vegetação 771.22 0.08 Formação herbácea 19884.01 2.07 Moita (arbustos baixos) 4551.63 0.47 Matagal Médio 2043.98 0.21 Matagal Aberto 72281.9 7.53 Formação herbácea Arborizada 747222.67 77.88 Floresta de Baixa Altitude Aberta 110106.06 11.48 TOTAL 959422.14 100.00
Fonte : Centro Nacional de Cartogra f ia e Teledete c ção (CENACARTA).
A restante informação desta secção27 foi extraída dos resultados do Censo Agropecuário
realizado pelo INE em 2009/10 e tem por objectivo descrever os traços gerais que
caracterizam a base agrícola do distrito.
27Apesar das reservas a colocar na representatividade dos dados ao nível distrital, a sua análise permite observar tendências e os principais aspectos estruturais.
Macossa
PÁGINA49
O distrito possui cerca de 7.250 explorações agrícolas com uma área média é de 1.9 hectare,
sendo cerca de 96% ocupadas com a exploração de culturas alimentares.
Figura 14. Explorações segundo a sua utilização
Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agropecuár io , 2009-2010
Com um grau de exploração familiar dominante, 55% das explorações do distrito têm
menos de 2 hectares.
Figura 15. Explorações por classes de área cultivada
Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agropecuár io , 2009-2010
100,0% 95,5%
62,4%
Total Com culturas alimentares Com árvores de fruta
< 1 ha 10,4%
1 a 2 ha 44,9%
2 a 5 ha 42,2%
5 a 20 ha 2,4%
>= 20 ha 0,1%
Macossa
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Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,
têm como responsável o homem da família, apesar de na maioria dos casos ser explorada
por mulheres a trabalharem sozinhas ou com a ajuda das crianças da família. A maioria da
terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares.
5.5 Sector Agrário
5.5.1 Zonas agro-ecológicas O distrito de Macossa apresenta três zonas distintas:
O norte do distrito, possuindo cerca de 90 Km² de extensão, apresenta um clima
quase semi-árido;
A parte Oeste do PA de Nhamagua, com 120 Km² de extensão é dotada de maior
potencial agrícola, com solos areno-argilosos, férteis e adequados para a produção
de culturas diversas, razão pela qual é considerado o celeiro do distrito. As
precipitações variam de 700-1000 mm ao longo do ano.
A parte Este é caracterizada por escassez de recursos hídricos, precipitações
irregulares, solos pouco férteis, um clima quase semi-árido, registando a ocorrência
frequente de secas cíclicas e temperaturas elevadas e um início de chuvas tardio,
normalmente apenas nos finais de Dezembro.
5.5.2 Produção agrícola e sistemas de cultivo
De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações
familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.
O sistema de produção predominante nos solos de textura pesada e mal drenados é a
monocultura de batata doce em regime de camalhões ou matutos (época fresca), enquanto
que nos solos moderadamente bem drenados predominam as consociações de milho,
mapira, mandioca e feijão nhemba. Algodão e girassol são culturas de rendimento,
produzidas em regime de monoculturas. Este sistema de produção é ainda complementado
por criações de espécies como gado bovino, caprino, e aves.
A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre
bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de
armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.
Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos
como o pousio das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas,
Macossa
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estrume ou cinzas. Para além das questões climáticas, os principais constrangimentos à
produção são as pragas, a seca, a falta ou insuficiência de sementes e pesticidas.
O potencial para agricultura irrigada é muito limitado estando circunscrito aos solos
aluvionares das margens do Pungué, em particular aqueles de textura média a pesada, com
capacidades de retenção de água e nutrientes.
Na campanha 2011/2012, de um plano de 30 819,12 há, foram cultivados 25 957,30ha o
que corresponde a uma execução de 84,22%. Nestas áreas cultivadas, foram produzidas
42 961,07 toneladas de produtos diversos contra 49.495,88 toneladas da campanha anterior,
verificando-se um decréscimo na ordem de 13,2%.
Quadro 35. Produção agrícola, por principais culturas: 2011-2012
2011/12 2010/11
Cereais 15 232,72 14 545,74
Leguminosas 2 944,18 4 916,62
Tubérculos 16 609,28 25 903.83
Hortícola 1 038,85 1 416,35
Outras Culturas 387,85 4 705,75
Culturas Rendimento 2 748,75 2 438,33
Total 42 961,07 49 495,88 Fonte : SDAE 2012
5.5.3 Pecuária
O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infraestruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
Dada a existência de boas áreas de pastagem, há condições para o desenvolvimento da
pecuária, sendo as doenças (mosca tsé-tsé) e a falta de fundos e de serviços de extensão, os
principais obstáculos ao seu desenvolvimento.
Foi introduzido algum gado bovino na zona de Dunda (PA de Nhamagua) para tracção. Os
animais domésticos mais importantes para o consumo familiar são as galinhas, os patos e os
cabritos.
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Efectivo Pecuário Espécie 2011
Bovinos 218
Caprinos 3,580
Ovinos 81
Suínos 588
Aves 11,342
Total 15.809 Fonte: Governo Distrital de Macossa, 2013
5.5.4 Florestas, Fauna bravia e Pescas
O recurso natural mais importante do distrito é a floresta e fauna bravia, destacando-se as
essências nativas produtoras de madeira de alto valor no mercado nacional e internacional,
nomeadamente, Panga-panga, Umbila, Chanfuta, Pau-preto, Messassa e várias outras.
É de referir que 1/3 da população vive dentro de áreas de conservação, as quais ocupam
cerca de 72% da área do distrito. É nestas áreas onde a população encontra grande parte dos
seus meios de subsistência, nelas desenvolvendo a agricultura, pesca, produção de mel,
extracção de lenha e de material de construção, produção de carvão vegetal e outras.
A exploração e aproveitamento dos recursos existentes é feita em moldes que não
beneficiam as comunidades locais, sendo de destacar os seguintes empreendimentos:
Coutada oficial n˚ 9, com uma extensão de 3.763,8 Km², área de conservação
destinada ao turismo e caça desportiva;
Coutada oficial n˚ 13, com uma extensão de 4.720,9 Km², área de conservação
destinada à prática do turismo e caça desportiva;
Fazenda de bravios “Mafuia Safaris “com uma extensão de 26.800ha, onde são
desenvolvidas actividades de conservação dos recursos faunísticos e de turismo; e
A empresa IMPEX, Lda – operador madeireiro – fazendo o corte de espécies como
a Panga-panga, Umbila e Chanfuta.
Está em curso no distrito através do projecto GPC/MOZ/027/BEL (FAO) um estudo
sobre a Segurança Alimentar e Nutricional , através da promoção da gestão sustentável dos
recursos naturais existentes, com o propósito de: Avaliar as possibilidades de formação de
Conselhos de Gestão das Coutadas; identificar mecanismos de retorno de
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20% de benefícios para as comunidades locais; e identificar como o turismo poderá
contribuir para a segurança alimentar.
A lenha é o principal combustível doméstico, sendo as espécies mais usadas, quer para lenha
ou fabricação de mobiliário a panga-panga, muroto e umbila. As estacas, caniço e capim são
também usados na construção de casas e outras construções.
As mangueiras e cajueiros são as árvores de fruta que mais crescem no distrito e cujos frutos
são consumidos localmente. A falta de sementes ou mudas, a seca, a falta de hábitos, a fraca
qualidade e a falta ou insuficiência de terra, são as principais limitações à produção de
árvores.
No que diz respeito às espécies faunísticas destacam-se os elefantes, gazelas, javalis,
macacos, cudos, changos, pala-palas, zebras, porcos-bravos e espinhos, ursos formigueiros,
cabritos do mato, leopardos, leões, búfalos e impalas.
O peixe, proveniente do rio Mucombezi, também é um complemento importante da dieta
alimentar das famílias.
5.6 Indústria, Comércio e Serviços
O comércio, a pequena indústria local (carpintaria, artesanato) e a pesca artesanal surgem
como alternativa à actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
O distrito possui 72 unidades de processamento (muajeiras) sendo 37 no posto
administrativo de Macossa-sede, 29 no posto administrativo de Nhamagua e 6 no Posto
Administrativo de Nguwala. Os produtos processados são: Milho e mapira.
Em relação ao ano de 2011 houve um aumento de 5,9%, tendo-se passado de 68 para 72
moageiras em 2012. O distrito conta ainda com 4 padarias e 7 carpintarias.
A rede comercial é ainda incipiente, estando o mercado essencialmente a ser abastecido
pelos comerciantes informais. Existem no distrito 195 bancas fixas.
Os poucos e pequenos agentes económicos que o distrito possui enfrentam dificuldades
financeiras, já que as oportunidades de financiamento são raras, tendo apenas um pequeno
número de agentes económicos beneficiado de financiamento através do Fundo de Apoio à
Reabilitação da Economia (FARE).
A cal viva já foi explorada na zona de Zamulamombe, Localidade de Dunda, havendo
Macossa
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indícios de existência de pedras semipreciosas na Localidade de Mussangadze, assim como
na montanha de Nhamachachana, na zona de Zamulamombe.
O distrito tem condições naturais para o turismo cinegético. Existem no distrito 7
estabelecimentos turísticos dos quais 4 de restauração de comidas e bebidas e 3 de
alojamento (Macossa 2, Residencial Cama e Casa Jackson) com cerca de 157 camas.
O distrito conta ainda com 2 áreas de conservação sendo Coutadas (nr 9 e 13) e fazenda do
Bravio de Mafuia Safaris.
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6 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local
Este capítulo tem como base as conclusões do PEDD - Plano Estratégico de
Desenvolvimento Distrital.
6.1 Visão
“Erradicar progressivamente a pobreza e melhorar a qualidade de vida da
população através da promoção de participação da comunidade local na
planificação e tomada de decisão. Colocar Macossa como destino de referência
na Província no desenvolvimento do turismo do interior, pelas suas atractivas
condições paisagísticas.”
6.2 Missão
“Capitalizar os recursos naturais do distrito promovendo o bem estar
económico e social das populações.“
6.3 Estratégia de desenvolvimento
Para responder aos desafios que nos impõe com vista a promoção do desenvolvimento
económico e social sustentável, bem como a melhoria da qualidade da vida da população o
Governo Distrital estabeleceu e adoptou as seguintes linhas de força estratégicas:
Valores
• Governação participativa orientada ao cidadão;
• Valorização dos recursos endógenos para o desenvolvimento local;
• Preservação da cultura local.
Objectivos Gerais
• Aumentar a capacidade do distrito na gestão sustentável dos Recursos Naturais,
humanos e financeiros;
• Coordenar e implementar as actividades de desenvolvimento;
• Contribuir para a descentralização do Aparelho do Estado;
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• Democratizar a planificação através da participação da sociedade civil;
• Promover um desenvolvimento equilibrado do distrito;
• Facilitar a angariação de fundos para a implementação de projectos de
desenvolvimento local;
• Reforçar a capacidade das instituições no distrito para a monitoria e coordenação
dos projectos de desenvolvimento.
6.4 Objectivos Estratégicos
O PEDD identifica como vectores estratégicos do distrito: o Desenvolvimento Humano e
Social, o Desenvolvimento Económico, a Boa Governação, Descentralização, Combate a
Corrupção e Cultura de Prestação de Contas, e os Assuntos Transversais.
Pilar 1: Desenvolvimento Humano e Social
Este pilar pretende alcançar maior índice da renda familiar, resultante da implementação de
iniciativas dos actores públicos e privados, de forma a reduzir o actual índice de pobreza.
Pilar 2: Desenvolvimento Económico
O Distrito vai durante os cinco anos procurar melhorar com o envolvimento das famílias
produtoras, uso de tracção animal e da maquinaria, aumentar a sua produção agrícola,
pecuária, industrial e comercial para a satisfação das necessidades alimentares dos seus
habitantes.
Pilar 3: Boa Governação, Descentralização, Combate á Corrupção e Cultura
de Prestação de Contas
É desafio do Governo Distrital nos próximo cinco anos assegurar a prestação de serviços de
qualidade aos cidadãos, elevação do nível técnico e profissional dos funcionários e agentes
do Estado.
Pilar 4: Assuntos Transversais
O uso de boas práticas ambientais e a exploração sustentável dos recursos naturais,
constituem desafios do Governo Distrital nos próximos cinco anos, desenvolvendo acções
tendentes a redução do desmatamento e aumento da área reflorestada.
Macossa
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6.5 Zonas de desenvolvimento
Do ponto de vista territorial a estratégia defenida assenta na definiçao de três zonas
geográficas no distrito com problemas e pontencial diversos.
- Zona A: Compreende toda a região das Localidades de Dunda e Nhamagua-Sede.
- Zona B: Compreende as zonas do Posto Administrativo de Macossa-Sede e Localidade de
Nhacassoro (Posto Administrativo de Nguawala).
- Zona C: Compreende toda a região da Localidade de Massenguere e Nguawala-Sede.
6.6 Objectivos Específicos
• Promover o acesso e posse segura de terra infraestruturada;
• Promover o acesso à habitação condigna garantindo segurança durabilidade, estética,
conforto e saúde ao cidadão sobretudo aos jovens, funcionários e agentes do Estado;
• Desenvolver estudos e capacitar os diversos actores envolvidos nos processos
habitacionais de forma a melhorar as condições habitacionais do Distrito;
• Fortalecimento da gestão do sistema administrativo da educação aos vários níveis
particularmente nos postos administrativos, com o enfoque em assegurar
oportunidades educacionais com equidade para todos;
• Expansão do ensino com qualidade para assegurar que em 2015 todas as crianças do
Distrito tenha oportunidade de concluir uma educação básica da 7ª classe com
qualidade;
• Expansão do acesso para jovens e adultos aos programas de alfabetização e da
habilidades para a vida através da consolidação e harmonização das diferentes
intervenções;
• Expansão sustentável do ensino secundário através de sistema formal e do ensino a
distância assegurando a devida qualidade;
• Consolidação da reforma em curso no ensino técnico profissional e a expansão do
sistema formal e informal aos diferentes níveis;
• Promover a cultura e a sua contribuição no desenvolvimento social económico no
distrito;
• Preservar e valorizar o património histórico e cultural;
• Fortalecer a moçambicanidade no âmbito da unidade na diversidade;
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• Fortalecer e consolidar o movimento juvenil a nível do distrito;
• Promover a participação activa da juventude na criação de oportunidade de empregos e
auto emprego;
• Promover hábitos de vida saudável;
• Consolidar a implementação do sistema de formação de agentes desportivos;
• Consolidar o programa de desporto para o desenvolvimento no âmbito de massificação
desportivas para elevar auto estima do cidadão;
• Adoptar estratégia de intervenção para o desenvolvimento de desporto no Distrito;
• Promover a equidade no acesso aos cuidados de saúde privilegiando a saúde da mulher e
da criança e de outros grupos vulneráveis;
• Reduzir o impacto das grandes endemias como a malária, a tuberculose, o HIV/SIDA,
as parasitoses intestinais, as doenças diarreicas e outras pandemias, e contribuir para
redução das taxas de desnutrição crónicas e da desnutrição proteico-calórica e
micronutrientes;
• Intensificar as acções de promoção de saúde e prevenção contra as doenças ou acidentes
mortais, uso do tabaco, a diabete, a asma e doenças negligenciadas;
• Melhorar a rede sanitária através da expansão, reabilitação e ampliação da rede
secundária;
• Melhorada a gestão de recursos humanos, elevando o nível de humanização do serviços
com ênfase no atendimento com qualidade e na satisfação das necessidades dos utentes;
• Promover o estatuto da mulher e da sua participação na vida política, económica e
social lutando contra a descriminação da mulher;
• Promover a igualdade de direitos e de oportunidade entre o homem e a mulher na
sociedade e perante a lei;
• Promover e prestar assistência e integração social dos grupos em situação de
vulnerabilidade, particularmente, mulheres, crianças, idosos e pessoas portadoras de
deficiência;
• Divulgar a legislação estratégica de atendimento a criança, mulher pessoa idosa, pessoa
portadora da deficiência e a outros grupos em situação de vulnerabilidade;
• Melhorar infra-estruturas, o apetrechamento e a capacitação institucional administrativa;
• Promover o uso das TICs para a redução do índice da pobreza e
crescimento económico;
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• Promover mecanismos, plataforma, infraestruturas e facilidade para disseminação e
adopção de tecnologia nas comunidades locais;
• Pesquisar, preservar e divulgar a história e património da luta de libertação Nacional e
defesa da soberania;
• Promover a inserção socioeconómica dos combatentes através da formação e da
implementação de projectos de geração de rendimentos;
• Aumentar a provisão e acesso à água potável nas zonas rurais;
• Promover as potencialidade do Distrito para atracção de novos investimentos;
• Promover e atrair investimentos para o desenvolvimento rural, com particular atenção
para a agricultura, turismo, Mineração, pecuária e indústria;
• Promover e desenvolver o empresariado local com especial atenção para o
empreendedorismo juvenil, bem originado dos extractos populacionais mais pobre,
facilitando o acesso a factores de produção e tecnologias adequadas;
• Melhorar a segurança alimentar e nutricional familiar através do aumento da produção e
produtividade agrária e diversificação da produção;
• Promover o desenvolvimento do sector agrário comercial para a criação de excedentes;
• Melhorar a administração e gestão sustentável dos recursos naturais;
• Prosseguir o reforço da capacidade de fiscalização visando garantir a exploração racional
dos recursos minerais;
• Prosseguir o apoio na mineração artesanal e de pequena escala com boas práticas
ambientais, tecnológicas e incentivar que os operadores mineiros artesanais se
constituem em empresas;
• Continuar a promover e assegurar a extracção sustentável dos recursos minerais cuja
exploração seja economicamente viável;
• Continuar a expandir o acesso a energia ao menor custo possível através do alargamento
da cobertura geográfica de infra-estrutura e serviço de fornecimento de energia;
• Promover o desenvolvimento industrial com enfoque especial nas micro, pequenas e
médias industrias que explorem de forma eficaz os recursos e capacidades produtivas
disponíveis no distrito;
• Melhorar o quadro legal e institucional para o apoio a indústria;
• Promover a valorização e aumento da produção e consumo de produtos
nacionais transformados;
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• Promover o alargamento da rede comercial, virada para o abastecimento as
comunidades;
• Assegurar a qualidade dos materiais e a optimização dos sistemas construtivos garantido
o controlo dos custos de construção;
• Melhorar a transitabilidade das estradas, priorizando as que apresentam um grande
impacto no desenvolvimento socioeconómico do distrito;
• Assegurar a gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos desenvolvendo e
mantendo as infra-estruturas que garantam a disponibilidade de água para responder as
demandas de água para necessidades básicas da população, ao desenvolvimento
socioeconómico e a mitigação dos impactos negativos das secas;
• Desenvolver sistema de transporte interligados e /ou combinados seguros que sejam
suficientemente competitivos, atractivos e sustentáveis para facilitar o investimento;
• Promover o desenvolvimento dos sectores postal, telecomunicações e metrologia
visando o acesso universal, no ambiente competitivo com qualidade aceite pelos
cidadão;
• Melhorar a qualidade da provisão de produtos e serviços turísticos, através da formação
e capacitação dos agentes servidores das áreas turísticas;
• Desenvolver acções visando posicionar o distrito como destino turístico da região da
Província através da valorização de elementos histórico-culturais eventos desportivos e
promover programas de Bem Servir;
• Promover o desenvolvimento integrado das áreas prioritárias para o investimento em
turismo;
• Assegurar a harmonização das relações de trabalho com vista à paz e estabilidade social
entre os trabalhadores e empregadores;
• Assegurar a divulgação e a aplicação da legislação laboral;
• Assegurar a observância das normas de higiene e segurança no trabalho;
• Consolidar a administração pública orientada para resultados e voltada para o cidadão,
segurando que os serviços sejam prestados com qualidade e que o cidadão participe na
monitoria da qualidade de serviços que lhe são prestados;
• Assegurar a preservação da memoria institucional e o acesso aos cidadãos a informação
sobre administração pública;
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• Prosseguir a descentralização orientada para o empoderamento das comunidades locais
e consolidar os mecanismos de colaboração das autoridades comuntárias com o estado
e criar mecanismos que assegurem a Governação local participativa;
• Garantir a actualização do endereçamento e toponímia do Distrito;
• Continuar a reforçar e consolidar a Independência e autonomia do judiciário, face aos
demais órgãos do exercício do poder do Estado;
• Garantir o acesso a justiça, atravês da consolidação e alargamento dos serviços de
assistência jurídica e judiciária aos cidadãos economicamente desfavorecidos;
• Garantir o acesso a justiça, atravês da consolidação e alargamento dos serviços de
assistência jurídica e judiciária aos cidadãos economicamente desfavorecidos;
• Garantir o acesso a justiça atravês de alargamento da rede registral, resolução de
conflitos a partir da base e manuntenção da harmonia e paz social;
• Prosseguir com a construção de infraestruturas e respectivo apetrechamento para o
normal funcionamento das instituições de Administração da Justiça;
• Garantir a Ordem e Segurança de pessoas e bens, o clima de paz e a tranquilidade
públicas, bem como o combate efectivo ao crime organizado e a criminalidade em geral;
• Garantir a Ordem e Segurança de pessoas e bens, o clima de paz e a tranquilidade
públicas, bem como o combate efectivo ao crime organizado e a criminalidade em geral;
• Reforçar a prevenção e combate aos acidentes de viação;
• Prosseguir o processo da reforma da polícia de investigação Criminal (PIC);
• Modernizar os sistemas de identificação civil, garantindo a redução de tempo de espera
dos documentos de identificação, valorizando o uso das tecnologias de comunicação e
informação;
• Promoção, e capacitação dos meios de comunicação, apetrechamento e a capacitação
instituicional;
• Promover a localização, denúncia, remoção e destruição das minas anti-pessoais e
engenhos não explodidos;
• Promover e implementar estratégias e medidas de prevenção e controlo das queimadas e
desmatamento;
• Promover o Planeamento e Ordenamento Territorial nas comunidades e assegurar que
as prioridades ambientais sejam devidamente integradas nos programas
de desenvolvimento;
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• Promover a educação ambiental e difundir a pertinência da perservação do ambiente;
• Garantir a divulgação e implementação da lesgilação ambiental para o uso sustentável
dos recursos naturais e manutenção da biodiversidade;
• Evitar perdas de vidas humanas e destruição de propriedades provocadas por
calamidades naturais;
• Garantir a coordenação multi-sectorial para a implementação do Plano Director de
Prevenção e mitigação de Calamidades Naturais;
• Reduzir a taxa de novas infecções diárias de HIV e SIDA;
• Aumentar a cobertura de acções de mitigação das consequências do HIV e SIDA em
indivíduos, famílias e comunidades, com incidência particular para crianças órfãs e
pessoas com dificiências;
• Promover a equidade de género através da elevação do estatuto da mulher e da sua
participação na vida política económica e social do distrito;
• Estabilidade do consumo alimentar a todo o tempo;
• Promover a comercialização orientada para o mercado interno para a segurança
alimentar e melhoria da balança comercial;
• Melhorar a segurança alimentar e nutricional familiar através do aumento de produção,
produtividade agrária diversificação da produção e higiene alimentar;
• Expandir o capital humano, inovação e tecnologia;
• Diversificação e eficiência do capital social de desenvolvimento instituicinal;
• Boa governação e planeamento para mercado.
6.7 Problemas e Potencialidades por Pilar Estratégico
A estratégia de implementação definida deriva da análise dos problemas e potencialidades
existentes em cada área de cada um dos pilares estratégicos de intervenção e cujas
conclusões são a seguir sistematizadas.
Pilar 1: Desenvolvimento Humano e Social
- Síntese dos Problemas do Pilar
• Falta de casas para a venda de materiais de construção;
• Inexistência de técnicos formados na área de construção;
• Insuficiência de habitação em particular para jovens;
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• Longas distâncias percoridas pela população a escola mais próxima;
• Falta do ensino secundário do 2º ciclo e ensino técnico profissional;
• Alta taxa de analfabetismo;
• Insuficiência de pessoal de saúde SMI;
• População percorre longas distâncias a procura de cuidados médicos;
• Insuficiência de bombas de água nas escolas;
• Insuficiência de residências de construção convencional para professores;
• Fraca promoção da cultura local;
• Fraca iniciativa empreendedora por parte dos jovens;
• Insuficiência de emprego;
• Falta de instalação para o funcionamento do Conselho Distrital da Juventude;
• Insuficiência de infraestruturas desportivas;
• Falta de sistema de frio para a conservação de corpos na casa mortuária;
• Insuficiência de água para consumo da população e outras actividades;
• Falta de hospital distrital;
• Fraco apoio a pessoas deficientes físicos em meios de compensação;
• Falta de energia da Rede Nacional Eléctrica;
• Falta de um centro multimédia e ligação a internet;
• Deficiente saneamento do meio.
- Síntese das Potencialidades do Pilar
• Existência de recursos naturais para construção (pedra, areia, argila e calcário);
• Comunidade sensibizada sobre a importância do ensino;
• Coordenação inter-sectorial a todos os níveis;
• Matronas capacitadas;
• Existência de activistas capacitados em cuidados domiciliários;
• Património cultural rico e variado;
• Existência de talentos em várias áreas no seio dos jovens;
• Existência de espaço para a implantação de infra-estruturas desportivas;
• Comunidade sensibilizada sobre a importância de saúde;
• Mulher empreendedora;
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• Conhecimentos dos valores históricos e culturais.
Pilar 2: Desenvolvimento Económico
- Síntese dos Problemas do Pilar
• Fraca divulgação das potencialidades do distrito;
• Baixo nível de produção e produtividade agrárias;
• Desflorestamento provocado por queimadas descontroladas e abate excessivo de
árvores;
• Comercializaçao ilegal de recursos minerais;
• Elevados indices de perdas pós-colheita;
• Deficiente processamento de produtos agricolas ao nivel do distrito;
• Mineração artesanal ilegal;
• Falta de energia da Rede Nacional Eléctrica;
• Elevados custos dos combustiveis;
• Desonestidade de empreiteiros e artesãos com contratos de empreitadas;
• Falta de estabelecimento para comercialização de materiais de construção;
• Fraca qualificação dos artesãos;
• Insuficiência de transponte ao nível do distrito;
• Insegurança nas rodovias;
• Caça furtiva;
• Conflito homem fauna bravia;
• Insuficiência de postos de emprego;
• Incumprimento das normas de higeine e segurança no trabalho nas empresas.
- Síntese das Potencialidades do Pilar
• Terra arável para a prática da agricultura;
• Exitências de extensas áreas florestais com espécies faunisticas e madeireiras
diversificadas;
• Existência de recursos minerais (ouro, granadas, fluorite, água marinhas,quartz,
tentalite, morganite,cal viva e turmalinas);
• Existência de pequenas e médias empresas;
• Produção de matérias primas diversas para a transformação industrial;
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• Existência de materiais de construcão (pedra, areia e argila);
• Existência da rede da telefonia móvel e fixa;
• Existência de mão de obra activa no distrito.
Pilar 3: Boa Governação, Descentralização, Combate a Corrupção e Cultura De
Prestação de Contas
- Síntese dos Problemas do Pilar
• Fraco conhecimento da importância sobre pagamento dos impostos;
• Fraca cobertura de serviços Publicos a população
• Fraca colaboração da população na denuncia dos casos criminais e de corrupção
• Deficiente funcionamento dos Conselhos Consultivos locais;
• Falta de cadeia distrital
• Falta do tribunal judicial distrital;
• Falta de edificios para o funcionamento dos postos policiais;
• Falta da rádio comunitária;
• Falta de representantes de órgãos de informação e comunicação social.
- Síntese das Potencialidades do Pilar
• Terra arável para a prática de agricultura;
• Existência de grandes áreas florestais com diferentes espécies faunisticas e
madereiras;
• Exisência de recursos minerais (ouro, granadas, fluorite, água marinhas,quartz,
tentalite, morganite,cal viva e turmalinas)
• Existência de pequenas indústrias;
• Matérias primas diversas para a transfomação agro- industrial;
• Existência de pedra, areia e argila para construção;
• Existência da rede da telefonia móvel e fixa;
• Existência de mão de obra activa no distrito.
Pilar 4: Assuntos Transversais
- Síntese dos Problemas do Pilar
• Fraca implementação das leis do ambiente;
• Queimadas descontroladas;
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• Desmatamento;
• Vulnerabilidade da população em casos de ocorrência de calamidades;
• Fraca aderência e abandono de pacientes ao TARV;
• Prevalência do HIV-SIDA na população;
• Baixo nível de escolaridade nas mulheres em relação aos homens;
• Fraco poder económico nas mulheres em relação aos homens.
- Síntese das Potencialidades do Pilar
• Ambiente rico variado e menos explorado.
- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2010, Governo
Distrital.
- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2011, Governo
Distrital.
- CENACARTA - http://www.cenacarta.com
- Conta Geral do Estado 2011 e 2010 – Ministério das Finanças, Direcção Nacional
do Orçamento.
- District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007 - Based on
consumption adjusted for calorie underreporting - Ministério do Plano e Finanças,
Direcção Nacional de Estudos e Análise de Políticas.
- Estrutura Tipo do Governo Distrital - Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril.
- Fichas estatísticas para o perfil distrital – Serviços Distritais
- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo agropecuário, 2009-2010.
- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Recenseamento da População de 2007.
- Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.
- Ministério da Educação, Estatísticas Escolares.
- Ministério da Saúde, Estatísticas da Saúde.
- Perfil Distrital de 2005, Ministério da Administração Estatal, Direcção Nacional da
Administração Local.
- Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital, Governo Distrital (Plano para
cinco anos)
- Regulamento da Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2010,
Governo Distrital.
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
Governo Distrital.
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDAE
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDPI
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDSMAS
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDEJT
- Relatório sobre Pobreza e Bem-estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional
(Outubro de 2010), Ministério do Plano e Finanças, Direcção Nacional de Estudos e
Análise de Políticas.
- Revista de Marketing Territorial – Ministério da Administração Estatal, Direcção
Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural.
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informativa.
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