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POLÍCIA FEDERAL

Agente da Polícia

Federal

Noções de Dto. Penal

Prof. Guilherme Rittel

DIREITO PENAL

Homicídio

Art. 121. Matar alguem:

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

NÃO É CRIME HEDIONDO!!

DIREITO PENAL

Caso de diminuição de pena (HOMICÍDIO

PRIVILEGIADO)

§ 1º Se o agente comete o crime impelido

por motivo de relevante valor social ou

moral, ou sob o domínio de violenta

emoção, logo em seguida a injusta

provocação da vítima, ou juiz pode reduzir

a pena de um sexto a um terço.

DIREITO PENAL

Homicídio qualificado (é crime hediondo)

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de

recompensa, ou por outro motivo torpe;

II - por motivo futil;

III - com emprego de veneno, fogo,

explosivo, asfixia, tortura ou outro meio

insidioso ou cruel, ou de que possa

resultar perigo comum;

[...]

DIREITO PENAL

Homicídio qualificado (é crime hediondo)

IV - à traição, de emboscada, ou mediante

dissimulação ou outro recurso que

dificulte ou torne impossível a defesa do

ofendido;

V - para assegurar a execução, a

ocultação, a impunidade ou vantagem de

outro crime:

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

DIREITO PENAL

Homicídio culposo (falta de um dever de

cuidado)

§ 3º Se o homicídio é culposo:

Pena - detenção, de um a três anos.

DIREITO PENAL

Aumento de pena

§ 4o No homicídio culposo, a pena é

aumentada de 1/3 (um terço), se o crime

resulta de inobservância de regra técnica

de profissão, arte ou ofício, ou se o

agente deixa de prestar imediato socorro

à vítima, não procura diminuir as

conseqüências do seu ato, ou foge para

evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o

homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um

terço) se o crime é praticado contra

pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior

de 60 (sessenta) anos.

DIREITO PENAL

Aumento de pena

§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o

juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as

conseqüências da infração atingirem o

próprio agente de forma tão grave que a

sanção penal se torne desnecessária.

§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um

terço) até a metade se o crime for

praticado por milícia privada, sob o

pretexto de prestação de serviço de

segurança, ou por grupo de extermínio.

DIREITO PENAL

Induzimento, instigação ou auxílio a

suicídio

Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a

suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que

o faça:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o

suicídio se consuma; ou reclusão, de um

a três anos, se da tentativa de suicídio

resulta lesão corporal de natureza grave.

DIREITO PENAL

Induzimento, instigação ou auxílio a

suicídio

Parágrafo único - A pena é duplicada:

Aumento de pena

I - se o crime é praticado por motivo

egoístico;

II - se a vítima é menor ou tem diminuída,

por qualquer causa, a capacidade de

resistência.

DIREITO PENAL

Infanticídio

Art. 123 - Matar, sob a influência do estado

puerperal, o próprio filho, durante o parto

ou logo após:

Pena - detenção, de dois a seis anos.

Importante: Quem é o sujeito ativo do

crime?

DIREITO PENAL

Aborto

Art. 124 - Provocar aborto em si mesma

ou consentir que outrem lho provoque:

Pena - detenção, de um a três anos.

IMPORTANTE: DECISÃO DO STF NA ADPF

54 ACERCA DO ABORTO EM

ANENCÉFALO.

DIREITO PENAL

Aborto provocado por terceiro

Quando não há o consentimento!

Art. 125 - Provocar aborto, sem o

consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de três a dez anos.

DIREITO PENAL

Aborto provocado por terceiro

Quando há o consentimento!

Art. 126 - Provocar aborto com o

consentimento da gestante: (ADPF 54)

Pena - reclusão, de um a quatro anos.

Parágrafo único. Aplica-se a pena do

artigo anterior, se a gestante não é maior

de quatorze anos, ou é alienada ou debil

mental, ou se o consentimento é obtido

mediante fraude, grave ameaça ou

violência

DIREITO PENAL

Forma qualificada (EM VERDADE, SÃO

CAUSAS DE ESPECIAL AUMENTO DE

PENA)

Art. 127 - As penas cominadas nos dois

artigos anteriores são aumentadas de um

terço, se, em conseqüência do aborto ou

dos meios empregados para provocá-lo, a

gestante sofre lesão corporal de natureza

grave; e são duplicadas, se, por qualquer

dessas causas, lhe sobrevém a morte.

DIREITO PENAL

Hipóteses em que o aborto NÃO É

PUNIDO quando praticado POR MÉDICO:

Art. 128 - Não se pune o aborto praticado

por médico: (ADPF 54)

Aborto necessário

I - se não há outro meio de salvar a vida

da gestante;

Aborto no caso de gravidez resultante de

estupro

II - se a gravidez resulta de estupro e o

aborto é precedido de consentimento da

gestante ou, quando incapaz, de seu

representante legal.

DIREITO PENAL

DAS LESÕES CORPORAIS

Lesão corporal (leve)

Art. 129. Ofender a integridade corporal

ou a saúde de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

DIREITO PENAL

Lesão corporal de natureza grave

§ 1º Se resulta:

I - Incapacidade para as ocupações

habituais, por mais de trinta dias;

II - perigo de vida;

III - debilidade permanente de membro,

sentido ou função;

IV - aceleração de parto:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

DIREITO PENAL

Lesão corporal de natureza gravíssima

§ 2° Se resulta:

I - Incapacidade permanente para o

trabalho;

II - enfermidade incuravel;

III perda ou inutilização do membro,

sentido ou função;

IV - deformidade permanente;

V - aborto:

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

DIREITO PENAL

Lesão corporal seguida de morte

§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias

evidenciam que o agente não quís o

resultado, nem assumiu o risco de

produzí-lo:

Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

Crime preter-doloso.

DIREITO PENAL

Diminuição de pena

§ 4° Se o agente comete o crime impelido

por motivo de relevante valor social ou

moral ou sob o domínio de violenta

emoção, logo em seguida a injusta

provocação da vítima, o juiz pode reduzir

a pena de um sexto a um terço.

DIREITO PENAL

Substituição da pena

§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões,

pode ainda substituir a pena de detenção

pela de multa, de duzentos mil réis a dois

contos de réis:

I - se ocorre qualquer das hipóteses do

parágrafo anterior;

II - se as lesões são recíprocas.

DIREITO PENAL

Lesão corporal culposa

§ 6° Se a lesão é culposa:

Pena - detenção, de dois meses a um ano.

DIREITO PENAL

Aumento de pena

§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço)

se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§

4º e 6º do art. 121 deste Código.§ 4.º “a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime

resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte

ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro

à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu

ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso

o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o

crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou

maior de 60 (sessenta) anos”.

§ 6.º “A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se

o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de

prestação de serviço de segurança, ou por grupo de

extermínio”.

DIREITO PENAL

Aumento de pena

§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto

no § 5º do art. 121.

§5.º “o juiz poderá deixar de aplicar a

pena, se as conseqüências da infração

atingirem o próprio agente de forma tão

grave que a sanção penal se torne

desnecessária”.

DIREITO PENAL

Violência Doméstica

§ 9.º Se a lesão for praticada contra

ascendente, descendente, irmão, cônjuge

ou companheiro, ou com quem conviva

ou tenha convivido, ou, ainda,

prevalecendo-se o agente das relações

domésticas, de coabitação ou de

hospitalidade:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3

(três) anos.

DIREITO PENAL

Violência Doméstica

§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1.º a 3º

deste artigo, se as circunstâncias são as

indicadas no § 9º deste artigo (violência

doméstica), aumenta-se a pena em 1/3

(um terço).

§ 11. Na hipótese do § 9.º deste artigo, a

pena será aumentada de um terço se o

crime for cometido contra pessoa

portadora de deficiência.

POLÍCIA FEDERAL

Agente da Polícia

Federal

Noções de Dto. Penal

Prof. Guilherme Rittel

L. dos Crimes Hediondos – 8072/90

Rol taxativo:

I - homicídio, quando praticado em atividade

típica de grupo de extermínio, ainda que

cometido por um só agente, e homicídio

qualificado; II – latrocínio; III - extorsão

qualificada pela morte; IV - extorsão mediante

seqüestro e na forma qualificada; V – estupro;

VI - estupro de vulnerável; VII - epidemia com

resultado morte VII-B - falsificação, corrupção,

adulteração ou alteração de produto destinado

a fins terapêuticos ou medicinais; VIII -

favorecimento da prostituição ou de outra

forma de exploração sexual de criança ou

adolescente ou de vulnerável.

L. dos Crimes Hediondos – 8072/90

Rol taxativo:

Também é considerado crime hediondo o

Genocídio.

L. dos Crimes Hediondos – 8072/90

Os crimes hediondos, a prática da tortura, o

tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins

e o terrorismo são insuscetíveis de:

I - anistia, graça e indulto;

II - Fiança.

L. dos Crimes Hediondos – 8072/90

Regime inicial obrigatoriamente fechado!

Progressão de regime:

a)Se primário: 2/5;

b)Se reincidente: 3/5.

Em caso de condenação, o juiz fundamentará

se pode apelar em liberdade.

L. dos Crimes Hediondos – 8072/90

Prazo para prisão temporária: 30 dias,

prorrogável por igual período.

Presídios federais a condenados de alta

periculosidade.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Perigo para a vida ou saúde de outrem

Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de

outrem a perigo direto e iminente:

Pena - detenção, de três meses a um ano,

se o fato não constitui crime mais grave.

Parágrafo único. A pena é aumentada de

um sexto a um terço se a exposição da

vida ou da saúde de outrem a perigo

decorre do transporte de pessoas para a

prestação de serviços em

estabelecimentos de qualquer natureza,

em desacordo com as normas legais.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Abandono de incapaz

Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob

seu cuidado, guarda, vigilância ou

autoridade, e, por qualquer motivo,

incapaz de defender-se dos riscos

resultantes do abandono:

Pena - detenção, de seis meses a três

anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 1º - Se do abandono resulta lesão

corporal de natureza grave:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 2º - Se resulta a morte:

Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Aumento de pena

§ 3º - As penas cominadas neste artigo

aumentam-se de um terço:

I - se o abandono ocorre em lugar ermo;

II - se o agente é ascendente ou

descendente, cônjuge, irmão, tutor ou

curador da vítima.

III – se a vítima é maior de 60 (sessenta)

anos

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Exposição ou abandono de recém-

nascido

Art. 134 - Expor ou abandonar recém-

nascido, para ocultar desonra própria:

Pena - detenção, de seis meses a dois

anos.

§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de

natureza grave:

Pena - detenção, de um a três anos.

§ 2º - Se resulta a morte:

Pena - detenção, de dois a seis anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Omissão de socorro

Art. 135 - Deixar de prestar assistência,

quando possível fazê-lo sem risco

pessoal, à criança abandonada ou

extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida,

ao desamparo ou em grave e iminente

perigo; ou não pedir, nesses casos, o

socorro da autoridade pública:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou

multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Parágrafo único - A pena é aumentada de

metade, se da omissão resulta lesão

corporal de natureza grave, e triplicada, se

resulta a morte.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Condicionamento de atendimento médico-

hospitalar emergencial

Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota

promissória ou qualquer garantia, bem

como o preenchimento prévio de

formulários administrativos, como

condição para o atendimento médico-

hospitalar emergencial:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1

(um) ano, e multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Condicionamento de atendimento médico-

hospitalar emergencial

Parágrafo único. A pena é aumentada até

o dobro se da negativa de atendimento

resulta lesão corporal de natureza grave, e

até o triplo se resulta a morte.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Maus-tratos

Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde

de pessoa sob sua autoridade, guarda ou

vigilância, para fim de educação, ensino,

tratamento ou custódia, quer privando-a

de alimentação ou cuidados

indispensáveis, quer sujeitando-a a

trabalho excessivo ou inadequado, quer

abusando de meios de correção ou

disciplina:

Pena - detenção, de dois meses a um ano,

ou multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de

natureza grave:

Pena - reclusão, de um a quatro anos.

§ 2º - Se resulta a morte:

Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o

crime é praticado contra pessoa menor de

14 (catorze) anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Rixa

Art. 137 - Participar de rixa, salvo para

separar os contendores:

Pena - detenção, de quinze dias a dois

meses, ou multa.

Parágrafo único - Se ocorre morte ou

lesão corporal de natureza grave, aplica-

se, pelo fato da participação na rixa, a

pena de detenção, de seis meses a dois

anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Calúnia

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe

falsamente fato definido como crime:

Pena - detenção, de seis meses a dois

anos, e multa.

§ 1º - Na mesma pena incorre quem,

sabendo falsa a imputação, a propala ou

divulga.

§ 2º - É punível a calúnia contra os

mortos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Exceção da verdade

§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:

I - se, constituindo o fato imputado crime

de ação privada, o ofendido não foi

condenado por sentença irrecorrível;

II - se o fato é imputado a qualquer das

pessoas indicadas no nº I do art. 141;

III - se do crime imputado, embora de ação

pública, o ofendido foi absolvido por

sentença irrecorrível.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Difamação

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe

fato ofensivo à sua reputação:

Pena - detenção, de três meses a um ano,

e multa.

Exceção da verdade

Parágrafo único - A exceção da verdade

somente se admite se o ofendido é

funcionário público e a ofensa é relativa

ao exercício de suas funções.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Injúria

Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a

dignidade ou o decoro:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou

multa.

§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:

I - quando o ofendido, de forma

reprovável, provocou diretamente a

injúria;

II - no caso de retorsão imediata, que

consista em outra injúria.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou

vias de fato, que, por sua natureza ou pelo

meio empregado, se considerem

aviltantes:

Pena - detenção, de três meses a um ano,

e multa, além da pena correspondente à

violência.

§ 3o Se a injúria consiste na utilização de

elementos referentes a raça, cor, etnia,

religião, origem ou a condição de pessoa

idosa ou portadora de deficiência:

Pena - reclusão de um a três anos e multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Disposições comuns

Art. 141 - As penas cominadas neste

Capítulo aumentam-se de um terço, se

qualquer dos crimes é cometido:

I - contra o Presidente da República, ou

contra chefe de governo estrangeiro;

II - contra funcionário público, em razão

de suas funções;

III - na presença de várias pessoas, ou por

meio que facilite a divulgação da calúnia,

da difamação ou da injúria;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta)

anos ou portadora de deficiência, exceto

no caso de injúria.

Parágrafo único - Se o crime é cometido

mediante paga ou promessa de

recompensa, aplica-se a pena em dobro.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Exclusão do crime

Art. 142 - Não constituem injúria ou

difamação punível:

I - a ofensa irrogada em juízo, na

discussão da causa, pela parte ou por seu

procurador;

II - a opinião desfavorável da crítica

literária, artística ou científica, salvo

quando inequívoca a intenção de injuriar

ou difamar;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

III - o conceito desfavorável emitido por

funcionário público, em apreciação ou

informação que preste no cumprimento de

dever do ofício.

Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III,

responde pela injúria ou pela difamação

quem lhe dá publicidade.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Retratação

Art. 143 - O querelado que, antes da

sentença, se retrata cabalmente da

calúnia ou da difamação, fica isento de

pena.

Art. 144 - Se, de referências, alusões ou

frases, se infere calúnia, difamação ou

injúria, quem se julga ofendido pode pedir

explicações em juízo. Aquele que se

recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não

as dá satisfatórias, responde pela ofensa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Art. 145 - Nos crimes previstos neste

Capítulo somente se procede mediante

queixa, salvo quando, no caso do art. 140,

§ 2º, da violência resulta lesão corporal.

Parágrafo único. Procede-se mediante

requisição do Ministro da Justiça, no caso

do inciso I do caput do art. 141 deste

Código, e mediante representação do

ofendido, no caso do inciso II do mesmo

artigo, bem como no caso do § 3o do art.

140 deste Código.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Constrangimento ilegal

Art. 146 - Constranger alguém, mediante

violência ou grave ameaça, ou depois de

lhe haver reduzido, por qualquer outro

meio, a capacidade de resistência, a não

fazer o que a lei permite, ou a fazer o que

ela não manda:

Pena - detenção, de três meses a um ano,

ou multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Aumento de pena

§ 1º - As penas aplicam-se

cumulativamente e em dobro, quando,

para a execução do crime, se reúnem

mais de três pessoas, ou há emprego de

armas.

§ 2º - Além das penas cominadas,

aplicam-se as correspondentes à

violência.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 3º - Não se compreendem na disposição

deste artigo:

I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem

o consentimento do paciente ou de seu

representante legal, se justificada por

iminente perigo de vida;

II - a coação exercida para impedir

suicídio.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Ameaça

Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra,

escrito ou gesto, ou qualquer outro meio

simbólico, de causar-lhe mal injusto e

grave:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou

multa.

Parágrafo único - Somente se procede

mediante representação.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Seqüestro e cárcere privado

Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade,

mediante seqüestro ou cárcere privado:

Pena - reclusão, de um a três anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco

anos:

I – se a vítima é ascendente, descendente,

cônjuge ou companheiro do agente ou maior

de 60 (sessenta) anos;

II - se o crime é praticado mediante

internação da vítima em casa de saúde ou

hospital;

III - se a privação da liberdade dura mais de

quinze dias.

IV – se o crime é praticado contra menor de

18 (dezoito) anos;

V – se o crime é praticado com fins

libidinosos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de

maus-tratos ou da natureza da detenção,

grave sofrimento físico ou moral:

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Redução a condição análoga à de escravo

Art. 149. Reduzir alguém a condição

análoga à de escravo, quer submetendo-o

a trabalhos forçados ou a jornada

exaustiva, quer sujeitando-o a condições

degradantes de trabalho, quer

restringindo, por qualquer meio, sua

locomoção em razão de dívida contraída

com o empregador ou preposto:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e

multa, além da pena correspondente à

violência.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:

I – cerceia o uso de qualquer meio de

transporte por parte do trabalhador, com o

fim de retê-lo no local de trabalho;

II – mantém vigilância ostensiva no local

de trabalho ou se apodera de documentos

ou objetos pessoais do trabalhador, com

o fim de retê-lo no local de trabalho.

§ 2º A pena é aumentada de metade, se o

crime é cometido:

I – contra criança ou adolescente;

II – por motivo de preconceito de raça,

cor, etnia, religião ou origem.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Violação de domicílio

Art. 150 - Entrar ou permanecer,

clandestina ou astuciosamente, ou contra

a vontade expressa ou tácita de quem de

direito, em casa alheia ou em suas

dependências:

Pena - detenção, de um a três meses, ou

multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 1º - Se o crime é cometido durante a

noite, ou em lugar ermo, ou com o

emprego de violência ou de arma, ou por

duas ou mais pessoas:

Pena - detenção, de seis meses a dois

anos, além da pena correspondente à

violência.

§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o

fato é cometido por funcionário público,

fora dos casos legais, ou com

inobservância das formalidades

estabelecidas em lei, ou com abuso do

poder.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 3º - Não constitui crime a entrada ou

permanência em casa alheia ou em suas

dependências:

I - durante o dia, com observância das

formalidades legais, para efetuar prisão

ou outra diligência;

II - a qualquer hora do dia ou da noite,

quando algum crime está sendo ali

praticado ou na iminência de o ser.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 4º - A expressão "casa" compreende:

I - qualquer compartimento habitado;

II - aposento ocupado de habitação

coletiva;

III - compartimento não aberto ao público,

onde alguém exerce profissão ou

atividade.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 5º - Não se compreendem na expressão

"casa":

I - hospedaria, estalagem ou qualquer

outra habitação coletiva, enquanto aberta,

salvo a restrição do n.º II do parágrafo

anterior;

II - taverna, casa de jogo e outras do

mesmo gênero.

POLÍCIA FEDERAL

Agente da Polícia

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Noções de Dto. Penal

Prof. Guilherme Rittel

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

TÍTULO II

DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

CAPÍTULO I

DO FURTO

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem,

coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e

multa.

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o

crime é praticado durante o repouso

noturno.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de

pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode

substituir a pena de reclusão pela de

detenção, diminuí-la de um a dois terços,

ou aplicar somente a pena de multa.

§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia

elétrica ou qualquer outra que tenha valor

econômico.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Furto qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito

anos, e multa, se o crime é cometido:

I - com destruição ou rompimento de

obstáculo à subtração da coisa;

II - com abuso de confiança, ou mediante

fraude, escalada ou destreza;

III - com emprego de chave falsa;

IV - mediante concurso de duas ou mais

pessoas.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito

anos, se a subtração for de veículo

automotor que venha a ser transportado

para outro Estado ou para o exterior.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

ROUBO (art. 157): “Subtrair coisa móvel

alheia, para si ou para outrem, mediante

grave ameaça ou violência a pessoa, ou

depois de havê-la, por qualquer meio,

reduzido à impossibilidade de

resistência”.

Equiparação (§ 1.º): quem, logo depois de

subtraída a coisa, emprega violência

contra pessoa ou grave ameaça, a fim de

assegurar a impunidade do crime ou a

detenção da coisa para si ou para terceiro.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Causas de especial aumento da pena (§

2º): “a) se a violência ou ameaça é

exercida com emprego de arma; b) se há o

concurso de duas ou mais pessoas; c) se

a vítima está em serviço de transporte de

valores e o agente conhece tal

circunstância; d) se a subtração for de

veículo automotor que venha a ser

transportado para outro Estado ou para o

exterior; d) se o agente mantém a vítima

em seu poder, restringindo sua liberdade.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

IMPORTANTE: Arma de brinquedo.

Latrocínio (roubo qualificado): Se da

violência resulta lesão corporal grave, a

pena é de reclusão, de sete a quinze anos,

além da multa; se resulta morte, a

reclusão é de vinte a trinta anos, sem

prejuízo da multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

EXTORSÃO (art. 158): “Constranger

alguém, mediante violência ou grave

ameaça, e com o intuito de obter para si

ou para outrem indevida vantagem

econômica, a fazer, tolerar que se faça ou

deixar fazer alguma coisa”.

Causa de especial aumento da pena (§ 1º):

crime cometido por duas ou mais

pessoas, ou com emprego de arma.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

§ 3o Se o crime é cometido mediante a

restrição da liberdade da vítima, e essa

condição é necessária para a obtenção da

vantagem econômica, a pena é de

reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos,

além da multa; se resulta lesão corporal

grave ou morte, aplicam-se as penas

previstas no art. 159, §§ 2o e 3o,

respectivamente.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO (art.

159): “Seqüestrar pessoa com o fim de

obter, para si ou para outrem, qualquer

vantagem, como condição ou preço do

resgate”.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Qualificadoras: a) duração superior a 24h;

seqüestrado menor de 18 ou maior de 60

anos; crime cometido por bando ou

quadrilha (em todos os casos, reclusão,

de 12 a 20 anos); b) lesão corporal de

natureza grave (reclusão, de 16 a 24

anos); c) morte (reclusão, de 24 a 30

anos).

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Delação premiada (§ 4.º): “Se o crime é

cometido em concurso, o concorrente que

o denunciar à autoridade, facilitando a

libertação do seqüestrado, terá sua pena

reduzida de um a dois terços”.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

DANO (art. 163): “Destruir, inutilizar ou

deteriorar coisa alheia”.

Dano qualificado: a) violência à pessoa ou

grave ameaça; b) emprego de substância

inflamável ou explosiva, se o fato não

constitui crime mais grave; patrimônio da

União, Estado, Município, empresa

concessionária de serviços públicos ou

sociedade de economia mista; d) motivo

egoístico ou com prejuízo considerável

para a vítima (neste caso, a ação só se

procede mediante queixa-crime).

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

APROPRIAÇÃO INDÉBITA (art. 168):

“Apropriar-se de coisa alheia móvel, de

que tem a posse ou a detenção”

Causas de especial aumento de pena

quando o agente recebeu a coisa: a) em

depósito necessário; b) na qualidade de

tutor, curador, síndico, liquidatário,

inventariante, testamenteiro ou

depositário judicial; c) em razão de ofício,

emprego ou profissão.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

APROPRIAÇÃO INDÉBITA

PREVIDENCIÁRIA (art. 168-A): “Deixar de

repassar à previdência social as

contribuições recolhidas dos

contribuintes, no prazo e forma legal ou

convencional”

Causas de equiparação: art. 168ª, § 1.º

(ler);

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Extinção da punibilidade (art. 168-A, § 2.º):

“É extinta a punibilidade se o agente,

espontaneamente, declara, confessa e

efetua o pagamento das contribuições,

importâncias ou valores e presta as

informações devidas à previdência social,

na forma definida em lei ou regulamento,

antes do início da ação fiscal”.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Perdão judicial (art. 168-A, § 3.º): “§ 3o É

facultado ao juiz deixar de aplicar a pena

ou aplicar somente a de multa se o agente

for primário e de bons antecedentes,

desde que:

I – tenha promovido, após o início da ação

fiscal e antes de oferecida a denúncia, o

pagamento da contribuição social

previdenciária, inclusive acessórios; ou

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

II – o valor das contribuições devidas,

inclusive acessórios, seja igual ou inferior

àquele estabelecido pela previdência

social, administrativamente, como sendo

o mínimo para o ajuizamento de suas

execuções fiscais.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

ESTELIONATO (art. 171): “Obter, para si

ou para outrem, vantagem ilícita, em

prejuízo alheio, induzindo ou mantendo

alguém em erro, mediante artifício, ardil,

ou qualquer outro meio fraudulento”

Estelionato privilegiado: primário e

pequeno valor do prejuízo.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Atenção: Dentre as equiparações a

estelionato do § 2.º, atentar para o cheque

sem fundos: “emite cheque, sem

suficiente provisão de fundos em poder

do sacado, ou lhe frustra o pagamento”.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:

Disposição de coisa alheia como própria

I - vende, permuta, dá em pagamento, em

locação ou em garantia coisa alheia como

própria;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Alienação ou oneração fraudulenta de

coisa própria

II - vende, permuta, dá em pagamento ou

em garantia coisa própria inalienável,

gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel

que prometeu vender a terceiro, mediante

pagamento em prestações, silenciando

sobre qualquer dessas circunstâncias;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Defraudação de penhor

III - defrauda, mediante alienação não

consentida pelo credor ou por outro

modo, a garantia pignoratícia, quando tem

a posse do objeto empenhado;

Fraude na entrega de coisa

IV - defrauda substância, qualidade ou

quantidade de coisa que deve entregar a

alguém;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Fraude para recebimento de indenização

ou valor de seguro

V - destrói, total ou parcialmente, ou

oculta coisa própria, ou lesa o próprio

corpo ou a saúde, ou agrava as

conseqüências da lesão ou doença, com o

intuito de haver indenização ou valor de

seguro;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Fraude no pagamento por meio de cheque

VI - emite cheque, sem suficiente provisão

de fundos em poder do sacado, ou lhe

frustra o pagamento.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

RECEPTAÇÃO (art. 180): “Adquirir,

receber, transportar, conduzir ou ocultar,

em proveito próprio ou alheio, coisa que

sabe ser produto de crime, ou influir para

que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba

ou oculte”

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Receptação qualificada: “Adquirir,

receber, transportar, conduzir, ocultar, ter

em depósito, desmontar, montar,

remontar, vender, expor à venda, ou de

qualquer forma utilizar, em proveito

próprio ou alheio, no exercício de

atividade comercial ou industrial, coisa

que deve saber ser produto de crime”.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Receptação “culposa”: “Adquirir ou

receber coisa que, por sua natureza ou

pela desproporção entre o valor e o preço,

ou pela condição de quem a oferece, deve

presumir-se obtida por meio criminoso”.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

RECEPTAÇÃO

Importante:

a) Na receptação culposa, se o criminoso

é primário, pode o juiz, tendo em

consideração as circunstâncias, deixar de

aplicar a pena;

b) Na receptação dolosa, pode ser

aplicado o disposto no § 2º do art. 155;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

c) Tratando-se de bens e instalações do

patrimônio da União, Estado, Município,

empresa concessionária de serviços

públicos ou sociedade de economia

mista, a pena prevista no caput deste

artigo aplica-se em dobro.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 181 - É isento de pena quem comete

qualquer dos crimes previstos neste

título, em prejuízo:

I - do cônjuge, na constância da

sociedade conjugal;

II - de ascendente ou descendente, seja o

parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil

ou natural.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Art. 182 - Somente se procede mediante

representação, se o crime previsto neste

título é cometido em prejuízo:

I - do cônjuge desquitado ou judicialmente

separado;

II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;

III - de tio ou sobrinho, com quem o

agente coabita.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESPEC.

Dos Crimes contra o Patrimônio

Art. 183 - Não se aplica o disposto nos

dois artigos anteriores:

I - se o crime é de roubo ou de extorsão,

ou, em geral, quando haja emprego de

grave ameaça ou violência à pessoa;

II - ao estranho que participa do crime.

III – se o crime é praticado contra pessoa

com idade igual ou superior a 60

(sessenta) anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

TÍTULO X

DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA

CAPÍTULO I

DA MOEDA FALSA

Moeda Falsa

Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou

alterando-a, moeda metálica ou papel-

moeda de curso legal no país ou no

estrangeiro:

Pena - reclusão, de três a doze anos, e

multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem,

por conta própria ou alheia, importa ou

exporta, adquire, vende, troca, cede,

empresta, guarda ou introduz na

circulação moeda falsa.

Quem recebe de boa fé?

§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé,

como verdadeira, moeda falsa ou alterada,

a restitui à circulação, depois de conhecer

a falsidade, é punido com detenção, de

seis meses a dois anos, e multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 3º - É punido com reclusão, de três a

quinze anos, e multa, o funcionário

público ou diretor, gerente, ou fiscal de

banco de emissão que fabrica, emite ou

autoriza a fabricação ou emissão:

I - de moeda com título ou peso inferior ao

determinado em lei;

II - de papel-moeda em quantidade

superior à autorizada.

§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem

desvia e faz circular moeda, cuja

circulação não estava ainda autorizada.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Crimes assimilados ao de moeda falsa

Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete

representativo de moeda com fragmentos

de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros;

suprimir, em nota, cédula ou bilhete

recolhidos, para o fim de restituí-los à

circulação, sinal indicativo de sua

inutilização; restituir à circulação cédula,

nota ou bilhete em tais condições, ou já

recolhidos para o fim de inutilização:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e

multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Parágrafo único - O máximo da reclusão é

elevado a doze anos e multa, se o crime é

cometido por funcionário que trabalha na

repartição onde o dinheiro se achava

recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em

razão do cargo.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Petrechos para falsificação de moeda

Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a

título oneroso ou gratuito, possuir ou

guardar maquinismo, aparelho,

instrumento ou qualquer objeto

especialmente destinado à falsificação de

moeda:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e

multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Falsificação de documento público

Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte,

documento público, ou alterar documento

público verdadeiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e

multa.

§ 1º - Se o agente é funcionário público, e

comete o crime prevalecendo-se do cargo,

aumenta-se a pena de sexta parte.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se

a documento público o emanado de

entidade paraestatal, o título ao portador

ou transmissível por endosso, as ações

de sociedade comercial, os livros

mercantis e o testamento particular.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 3o Nas mesmas penas incorre quem

insere ou faz inserir:

I – na folha de pagamento ou em

documento de informações que seja

destinado a fazer prova perante a

previdência social, pessoa que não

possua a qualidade de segurado

obrigatório;

II – na Carteira de Trabalho e Previdência

Social do empregado ou em documento

que deva produzir efeito perante a

previdência social, declaração falsa ou

diversa da que deveria ter sido escrita;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

III – em documento contábil ou em

qualquer outro documento relacionado

com as obrigações da empresa perante a

previdência social, declaração falsa ou

diversa da que deveria ter constado.

§ 4o Nas mesmas penas incorre quem

omite, nos documentos mencionados no §

3o, nome do segurado e seus dados

pessoais, a remuneração, a vigência do

contrato de trabalho ou de prestação de

serviços.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Falsificação de documento particular

Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte,

documento particular ou alterar

documento particular verdadeiro:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e

multa.

Falsificação de cartão

Parágrafo único. Para fins do disposto no

caput, equipara-se a documento particular

o cartão de crédito ou débito.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Falsidade ideológica

Art. 299 - Omitir, em documento público

ou particular, declaração que dele devia

constar, ou nele inserir ou fazer inserir

declaração falsa ou diversa da que devia

ser escrita, com o fim de prejudicar

direito, criar obrigação ou alterar a

verdade sobre fato juridicamente

relevante:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e

multa, se o documento é público, e

reclusão de um a três anos, e multa, se o

documento é particular.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Parágrafo único - Se o agente é

funcionário público, e comete o crime

prevalecendo-se do cargo, ou se a

falsificação ou alteração é de

assentamento de registro civil, aumenta-

se a pena de sexta parte.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Falso reconhecimento de firma ou letra

Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira,

no exercício de função pública, firma ou

letra que o não seja:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e

multa, se o documento é público; e de um

a três anos, e multa, se o documento é

particular.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Certidão ou atestado ideologicamente

falso

Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente,

em razão de função pública, fato ou

circunstância que habilite alguém a obter

cargo público, isenção de ônus ou de

serviço de caráter público, ou qualquer

outra vantagem:

Pena - detenção, de dois meses a um ano.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Falsidade material de atestado ou certidão

§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte,

atestado ou certidão, ou alterar o teor de

certidão ou de atestado verdadeiro, para

prova de fato ou circunstância que

habilite alguém a obter cargo público,

isenção de ônus ou de serviço de caráter

público, ou qualquer outra vantagem:

Pena - detenção, de três meses a dois

anos.

§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de

lucro, aplica-se, além da pena privativa de

liberdade, a de multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Falsidade de atestado médico

Art. 302 - Dar o médico, no exercício da

sua profissão, atestado falso:

Pena - detenção, de um mês a um ano.

Parágrafo único - Se o crime é cometido

com o fim de lucro, aplica-se também

multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Uso de documento falso

Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos

papéis falsificados ou alterados, a que se

referem os arts. 297 a 302:

Pena - a cominada à falsificação ou à

alteração.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Falsa identidade

Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro

falsa identidade para obter vantagem, em

proveito próprio ou alheio, ou para causar

dano a outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano,

ou multa, se o fato não constitui elemento

de crime mais grave.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte,

título de eleitor, caderneta de reservista

ou qualquer documento de identidade

alheia ou ceder a outrem, para que dele se

utilize, documento dessa natureza,

próprio ou de terceiro:

Pena - detenção, de quatro meses a dois

anos, e multa, se o fato não constitui

elemento de crime mais grave.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Fraude de lei sobre estrangeiro

Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar

ou permanecer no território nacional,

nome que não é o seu:

Pena - detenção, de um a três anos, e

multa.

Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro

falsa qualidade para promover-lhe a

entrada em território nacional:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e

multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Art. 310 - Prestar-se a figurar como

proprietário ou possuidor de ação, título

ou valor pertencente a estrangeiro, nos

casos em que a este é vedada por lei a

propriedade ou a posse de tais bens:

Pena - detenção, de seis meses a três

anos, e multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Adulteração de sinal identificador de

veículo automotor

Art. 311 - Adulterar ou remarcar número

de chassi ou qualquer sinal identificador

de veículo automotor, de seu componente

ou equipamento:

Pena - reclusão, de três a seis anos, e

multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 1º - Se o agente comete o crime no

exercício da função pública ou em razão

dela, a pena é aumentada de um terço.

§ 2º - Incorre nas mesmas penas o

funcionário público que contribui para o

licenciamento ou registro do veículo

remarcado ou adulterado, fornecendo

indevidamente material ou informação

oficial.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

CAPÍTULO V - DAS FRAUDES EM

CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO

Fraudes em certames de interesse público

Art. 311-A. Utilizar ou divulgar,

indevidamente, com o fim de beneficiar a

si ou a outrem, ou de comprometer a

credibilidade do certame, conteúdo

sigiloso de:

I - concurso público;

II - avaliação ou exame públicos;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

III - processo seletivo para ingresso no

ensino superior; ou

IV - exame ou processo seletivo previstos

em lei:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)

anos, e multa.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem

permite ou facilita, por qualquer meio, o

acesso de pessoas não autorizadas às

informações mencionadas no caput.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano

à administração pública:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis)

anos, e multa.

§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço)

se o fato é cometido por funcionário

público.

DTO PENAL – P. ESP.

TÍTULO XI - DOS CRIMES CONTRA A

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO I - DOS CRIMES PRATICADOS

POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO

CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

DTO PENAL – P. ESP.

Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário

público, para os efeitos penais, quem,

embora transitoriamente ou sem

remuneração, exerce cargo, emprego ou

função pública.

DTO PENAL – P. ESP.

Funcionário público

§ 1º - Equipara-se a funcionário público

quem exerce cargo, emprego ou função

em entidade paraestatal, e quem trabalha

para empresa prestadora de serviço

contratada ou conveniada para a

execução de atividade típica da

Administração Pública.

DTO PENAL – P. ESP.

Funcionário público

§ 2º - A pena será aumentada da terça

parte quando os autores dos crimes

previstos neste Capítulo forem ocupantes

de cargos em comissão ou de função de

direção ou assessoramento de órgão da

administração direta, sociedade de

economia mista, empresa pública ou

fundação instituída pelo poder público.

DTO PENAL – P. ESP.

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário

público de dinheiro, valor ou qualquer

outro bem móvel, público ou particular, de

que tem a posse em razão do cargo, ou

desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e

multa.

DTO PENAL – P. ESP.

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o

funcionário público, embora não tendo a

posse do dinheiro, valor ou bem, o

subtrai, ou concorre para que seja

subtraído, em proveito próprio ou alheio,

valendo-se de facilidade que lhe

proporciona a qualidade de funcionário.

DTO PENAL – P. ESP.

Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre

culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a

reparação do dano, se precede à sentença

irrecorrível, extingue a punibilidade; se

lhe é posterior, reduz de metade a pena

imposta.

DTO PENAL – P. ESP.

Peculato mediante erro de outrem

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou

qualquer utilidade que, no exercício do

cargo, recebeu por erro de outrem:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e

multa.

DTO PENAL – P. ESP.

Emprego irregular de verbas ou rendas

públicas

Art. 315 - Dar às verbas ou rendas

públicas aplicação diversa da

estabelecida em lei:

Pena - detenção, de um a três meses, ou

multa.

DTO PENAL – P. ESP.

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem,

direta ou indiretamente, ainda que fora da

função ou antes de assumi-la, mas em

razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e

multa.

DTO PENAL – P. ESP.

Excesso de exação

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou

contribuição social que sabe ou deveria

saber indevido, ou, quando devido,

emprega na cobrança meio vexatório ou

gravoso, que a lei não autoriza:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos,

e multa.

DTO PENAL – P. ESP.

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito

próprio ou de outrem, o que recebeu

indevidamente para recolher aos cofres

públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e

multa.

DTO PENAL – P. ESP.

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou

para outrem, direta ou indiretamente,

ainda que fora da função ou antes de

assumi-la, mas em razão dela, vantagem

indevida, ou aceitar promessa de tal

vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze)

anos, e multa.

DTO PENAL – P. ESP.

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se,

em conseqüência da vantagem ou

promessa, o funcionário retarda ou deixa

de praticar qualquer ato de ofício ou o

pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de

praticar ou retarda ato de ofício, com

infração de dever funcional, cedendo a

pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano,

ou multa.

DTO PENAL – P. ESP.

Facilitação de contrabando ou

descaminho

Art. 318 - Facilitar, com infração de dever

funcional, a prática de contrabando ou

descaminho (art. 334):

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito)

anos, e multa.

DTO PENAL – P. ESP.

Prevaricação

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar,

indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo

contra disposição expressa de lei, para

satisfazer interesse ou sentimento

pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano,

e multa.

DTO PENAL – P. ESP.

Art. 319-A. Deixar o Diretor de

Penitenciária e/ou agente público, de

cumprir seu dever de vedar ao preso o

acesso a aparelho telefônico, de rádio ou

similar, que permita a comunicação com

outros presos ou com o ambiente externo:

Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)

ano.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Condescendência criminosa

Art. 320 - Deixar o funcionário, por

indulgência, de responsabilizar

subordinado que cometeu infração no

exercício do cargo ou, quando lhe falte

competência, não levar o fato ao

conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês,

ou multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Advocacia administrativa

Art. 321 - Patrocinar, direta ou

indiretamente, interesse privado perante a

administração pública, valendo-se da

qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou

multa.

Parágrafo único - Se o interesse é

ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano,

além da multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Abandono de função

Art. 323 - Abandonar cargo público, fora

dos casos permitidos em lei:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês,

ou multa.

§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:

Pena - detenção, de três meses a um ano,

e multa.

§ 2º - Se o fato ocorre em lugar

compreendido na faixa de fronteira:

Pena - detenção, de um a três anos, e

multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Exercício funcional ilegalmente

antecipado ou prolongado

Art. 324 - Entrar no exercício de função

pública antes de satisfeitas as exigências

legais, ou continuar a exercê-la, sem

autorização, depois de saber oficialmente

que foi exonerado, removido, substituído

ou suspenso:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês,

ou multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

CAPÍTULO II

DOS CRIMES PRATICADOS POR

PARTICULAR CONTRA A

ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Resistência

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal,

mediante violência ou ameaça a

funcionário competente para executá-lo

ou a quem lhe esteja prestando auxílio:

Pena - detenção, de dois meses a dois

anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 1º - Se o ato, em razão da resistência,

não se executa:

Pena - reclusão, de um a três anos.

§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis

sem prejuízo das correspondentes à

violência.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Desobediência

Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de

funcionário público:

Pena - detenção, de quinze dias a seis

meses, e multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Desacato

Art. 331 - Desacatar funcionário público

no exercício da função ou em razão dela:

Pena - detenção, de seis meses a dois

anos, ou multa.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Tráfico de Influência

Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter,

para si ou para outrem, vantagem ou

promessa de vantagem, a pretexto de

influir em ato praticado por funcionário

público no exercício da função:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)

anos, e multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada da

metade, se o agente alega ou insinua que

a vantagem é também destinada ao

funcionário.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Corrupção ativa

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem

indevida a funcionário público, para

determiná-lo a praticar, omitir ou retardar

ato de ofício:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze)

anos, e multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de

um terço, se, em razão da vantagem ou

promessa, o funcionário retarda ou omite

ato de ofício, ou o pratica infringindo

dever funcional.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Descaminho

Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o

pagamento de direito ou imposto devido

pela entrada, pela saída ou pelo consumo

de mercadoria

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)

anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 1o Incorre na mesma pena quem:

I - pratica navegação de cabotagem, fora

dos casos permitidos em lei;

II - pratica fato assimilado, em lei especial,

a descaminho;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

III - vende, expõe à venda, mantém em

depósito ou, de qualquer forma, utiliza em

proveito próprio ou alheio, no exercício de

atividade comercial ou industrial,

mercadoria de procedência estrangeira

que introduziu clandestinamente no País

ou importou fraudulentamente ou que

sabe ser produto de introdução

clandestina no território nacional ou de

importação fraudulenta por parte de

outrem;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito

próprio ou alheio, no exercício de

atividade comercial ou industrial,

mercadoria de procedência estrangeira,

desacompanhada de documentação legal

ou acompanhada de documentos que

sabe serem falsos.

§ 2o Equipara-se às atividades

comerciais, para os efeitos deste artigo,

qualquer forma de comércio irregular ou

clandestino de mercadorias estrangeiras,

inclusive o exercido em residências.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime

de descaminho é praticado em transporte

aéreo, marítimo ou fluvial.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Contrabando

Art. 334-A. Importar ou exportar

mercadoria proibida:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco)

anos.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 1o Incorre na mesma pena quem:

I - pratica fato assimilado, em lei especial,

a contrabando;

II - importa ou exporta clandestinamente

mercadoria que dependa de registro,

análise ou autorização de órgão público

competente;

III - reinsere no território nacional

mercadoria brasileira destinada à

exportação;

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

IV - vende, expõe à venda, mantém em

depósito ou, de qualquer forma, utiliza em

proveito próprio ou alheio, no exercício de

atividade comercial ou industrial,

mercadoria proibida pela lei brasileira;

V - adquire, recebe ou oculta, em proveito

próprio ou alheio, no exercício de

atividade comercial ou industrial,

mercadoria proibida pela lei brasileira.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

§ 2º - Equipara-se às atividades

comerciais, para os efeitos deste artigo,

qualquer forma de comércio irregular ou

clandestino de mercadorias estrangeiras,

inclusive o exercido em residências.

§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime

de contrabando é praticado em transporte

aéreo, marítimo ou fluvial.

NOÇÕES DE DTO PENAL – P. ESP.

Crimes Contra a Administração da Justiça

Reingresso de estrangeiro expulso (Art.

338);

Denunciação caluniosa (Art. 339);

Comunicação falsa de crime ou de

contravenção (Art. 340);

Auto-acusação falsa (Art. 341);

Falso testemunho ou falsa perícia (Art.

342)

Etc.

Leiam com atenção todos os delitos!

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Constituição Federal de 1988

• Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem

distinção de qualquer natureza, garantindo-se

aos brasileiros e aos estrangeiros residentes

no País a inviolabilidade do direito à vida, à

liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade, nos termos seguintes:

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Constituição Federal de 1988

• Art. 5.º, LII - não será concedida extradição de

estrangeiro por crime político ou de opinião;

• Art. 14, § 2º - Não podem alistar-se como

eleitores os estrangeiros [...].

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Constituição Federal de 1988

• Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal

Federal, precipuamente, a guarda da

Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

g) a extradição solicitada por Estado

estrangeiro;

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Constituição Federal de 1988

• Art. 109. Aos juízes federais compete

processar e julgar:

• X - os crimes de ingresso ou permanência

irregular de estrangeiro, a execução de carta

rogatória, após o "exequatur", e de sentença

estrangeira, após a homologação, as causas

referentes à nacionalidade, inclusive a

respectiva opção, e à naturalização;

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Constituição Federal de 1988

• Art. 207. As universidades gozam de

autonomia didático-científica, administrativa

e de gestão financeira e patrimonial, e

obedecerão ao princípio de indissociabilidade

entre ensino, pesquisa e extensão.

• § 1º É facultado às universidades admitir

professores, técnicos e cientistas

estrangeiros, na forma da lei.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Estatuto do Estrangeiro

• Regra: Liberdade de trânsito e permanência,

desde que satisfeitas as condições legais.

• Art. 1° Em tempo de paz, qualquer estrangeiro

poderá, satisfeitas as condições desta Lei,

entrar e permanecer no Brasil e dele sair,

resguardados os interesses nacionais.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Aplicação do Estatuto

• Critérios orientadores:

– a) Segurança nacional;

– b) Organização institucional;

– c) Interesses políticos, sócio-econômicos e

culturais do Brasil;

– d) Defesa do trabalhador nacional;

– e) Concessão, prorrog. e transf. de vistos

sempre atenderão a interesses nacionais.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ADMISSÃO DE ESTRANGEIROS (ART. 4.º A 21)

• Espécies de vistos:

• 1) de trânsito; 2) de turista; 3) temporário; 4)

permanente; 5) de cortesia; 6) oficial; 7)

diplomático.

• Os vistos são individuais, mas é possível

estender aos dependentes (ressalvas do art.

7.º).

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ADMISSÃO DE ESTRANGEIROS (ART. 4.º A 21)

• Requisitos para os vistos: regulamento (Decr.

N.º 86.715/1981).

• Posse ou Propriedade de bens no BR não

garantem ao estrangeiro qualquer direito de

visto ou autorização de permanência.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ADMISSÃO DE ESTRANGEIROS (ART. 4.º A 21)

• Vedação à concessão de visto:

• I - menor de 18 (dezoito) anos, desacompanhado doresponsável legal ou sem a sua autorização expressa;

• II - considerado nocivo à ordem pública ou aos interessesnacionais;

• III - anteriormente expulso do País, salvo se a expulsãotiver sido revogada;

• IV - condenado ou processado em outro país por crimedoloso, passível de extradição segundo a lei brasileira; ou

• V - que não satisfaça às condições de saúdeestabelecidas pelo Ministério da Saúde.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO DE TRÂNSITO

• Destinado ao estrangeiro que, para atingir o país

de destino, tenha de entrar em território nacional.

• Permite a estada por apenas 10 dias

improrrogáveis e uma só entrada.

• Se for necessário apenas a realização de escalas

obrigatórias, quando se tratar de viagem

contínua.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO DE TURISTA

• Destinado ao estrangeiro que venha ao Brasil emcaráter recreativo ou de visita, assim consideradoaquele que não tenha finalidade imigratória, nemintuito de exercício de atividade remunerada.

• Reciprocidade na dispensa: Se o turista for nacionalde país que dispense ao brasileiro idênticotratamento. É necessário acordo internacional, queobservará o prazo de estada do turista fixado nestaLei.

• Resp. pela verificação da doc. exigida: empresatransp.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO DE TURISTA

• Prazo de validade: até cinco anos;

• Quem fixa o prazo é o Min. das Rel. Exteriores,

dentro de critérios de reciprocidad.

• Há limitação de estadas no período de um ano:

Não podem exceder a 90 dias, prorrogáveis por

igual período, totalizando o máximo 180 dias por

ano.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO TEMPORÁRIO

• Hipóteses: 1) viagem cultural ou missão de estudos;2) em viagem de negócios (90d); 3) na condição deartista ou desportista (90d); 4) na condição deestudante (1a, prorrog.); 5) na condição de cientista,professor, técnico ou profissional de outra categoria,sob regime de contrato ou a serviço do Governobrasileiro; 6) na condição de correspondente dejornal, revista, rádio, televisão ou agência noticiosaestrangeira; 7) na condição de ministro de confissãoreligiosa ou membro de instituto de vida consagradae de congregação ou ordem religiosa (até 1a).

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO TEMPORÁRIO

• Com exceção dos prazos mencionados (90 dias e

1 ano), nos demais será a duração da missão, do

contrato, ou da prestação de serviços,

comprovada perante a autoridade consular,

observado o disposto na legislação trabalhista.

• Para o estudante prorrogar o prazo de 1 ano,

deve comprovar o aproveitamento escolar e a

matrícula.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO TEMPORÁRIO

• Caso do artista ou desportista e do cientista,

professor, técnico ou profissional:

Deve satisfizer às exigências especiais

estabelecidas pelo Conselho Nacional de Imigração

e for parte em contrato de trabalho, visado pelo

Ministério do Trabalho, salvo no caso de

comprovada prestação de serviço ao Governo

brasileiro.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO PERMANENTE

• Destinado ao estrangeiro que pretenda se fixardefinitivamente no Brasil.

• Finalidade: especialização de mão de obra, visando àPolítica Nacional de Desenvolvimento em todos osaspectos. Objetiva-se: 1) aumento da produtividade,2) assimilação de tecnologia e 3) captação derecursos para setores específicos.

• Deve preencher os requisitos do regulamentoespecífico e as exigências de caráter especialprevistas nas normas de seleção de imigrantesestabelecidas pelo Conselho Nacional de Imigração.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO PERMANENTE

• É possível condicionar, por prazo não-superior a

5 anos, ao exercício de atividade certa e à fixação

em região determinada do território nacional.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO DIPLOMÁTICO, OFICIAL E DE CORTESIA

• Cabe ao MRE disciplinar a matéria.

• Visto Diplomático: Destinado a autoridades e

funcionários estrangeiros e de organismos

internacionais que tenham status diplomático,

que viajem ao Brasil em missão oficial.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO DIPLOMÁTICO, OFICIAL E DE CORTESIA

• Visto oficial: Destinado a autoridades e

funcionários estrangeiros e de organismos

internacionais que viajem ao Brasil, em missão

oficial de caráter transitório ou permanente,

incluídas nessa definição as missões de cunho

científico cultural e a assistência técnica

praticada no âmbito de acordos que contemplem

expressamente a concessão de visto oficial a

técnicos, peritos e cooperantes.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VISTO DIPLOMÁTICO, OFICIAL E DE CORTESIA

• Visto de Cortesia: Destinado a personalidades e

autoridades do país onde se encontra o

Consulado brasileiro, em viagem não oficial ao

Brasil, para visitas por prazo não superior a 90

(noventa) dias.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

TAXAS PARA CONCESSÃO DE VISTO

• A regra é a cobrança.

• Exceções:

I - os regulados por acordos que concedamgratuidade;

II - os vistos de cortesia, oficial oudiplomático;

III - os vistos de trânsito, temporário ou deturista, se concedidos a titulares de passaporte

diplomático ou de serviço.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

VALIDADE PARA UTILIZAÇÃO DO VISTO

• 90 dias, contados da concessão, prorrogáveis

uma vez por igual prazo, cobrando-se os

emolumentos devidos, aplicando-se esta

exigência somente a cidadãos de países onde

seja verificada a limitação recíproca.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

MORADORES DE PAÍSES LIMÍTROFES• País limítrofe: Caso o estrangeiro seja domiciliado

em cidade contígua ao território nacional,respeitados os interesses da segurança nacional,poder-se-á permitir a entrada nos municípiosfronteiriços a seu respectivo país, desde queapresente prova de identidade.

• É possível trabalhar ou estudar no BR: Sim, sendofornecido documento especial que o identifique ecaracterize a sua condição, e, ainda, CTPS, quandofor o caso. Este doc. não garante direito deresidência no Brasil, nem autoriza o afastamento doslimites territoriais daqueles municípios.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

MORADORES DE PAÍSES LIMÍTROFES• País limítrofe: Caso o estrangeiro seja domiciliado

em cidade contígua ao território nacional,respeitados os interesses da segurança nacional,poder-se-á permitir a entrada nos municípiosfronteiriços a seu respectivo país, desde queapresente prova de identidade.

• É possível trabalhar ou estudar no BR: Sim, sendofornecido documento especial que o identifique ecaracterize a sua condição, e, ainda, CTPS, quandofor o caso. Este doc. não garante direito deresidência no Brasil, nem autoriza o afastamento doslimites territoriais daqueles municípios.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ENTRADA DE ESTRANGEIROS (Arts. 22 a 25)

• Entrada somente onde houver fiscalização dosórgãos competentes dos Ministérios da Saúde,da Justiça e da Fazenda.

• Art. 23. O transportador ou seu agenteresponderá, a qualquer tempo, pela manutençãoe demais despesas do passageiro em viagemcontínua ou do tripulante que não estiverpresente por ocasião da saída do meio detransporte, bem como pela retirada dos mesmosdo território nacional.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ENTRADA DE ESTRANGEIROS (Arts. 22 a 25)

• Os estrangeiros não podem se afastar do local

de entrada e inspeção, sem que o seu

documento de viagem e o cartão de entrada e

saída hajam sido visados pelo órgão competente

do MJ.

• Art. 25. Não poderá ser resgatado no Brasil, sem

prévia autorização do MJ, o bilhete de viagem do

estrangeiro que tenha entrado no território

nacional na condição de turista ou em trânsito.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

IMPEDIMENTO (Arts. 26 e 27)

• O visto é uma mera expectativa de direito. A entrada,

estada ou registro do estrangeiro pode ser negado

nos casos do artigo 7º, ou se for inconveniente sua

presença no território nacional, a critério do MJ.

• Inclusive, se algum membro da família for impedido,

é possível a extensão do impedimento ao grupo

familiar.

• Em caso de imposição de multa, enquanto o

estrangeiro não recolher o valor devido, não poderá

reentrar no BR.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

IMPEDIMENTO (Arts. 26 e 27)

Responsabilidade da transportadora:

• Art. 27. A empresa transportadora responde, a qualquertempo, pela saída do clandestino e do impedido.Parágrafo único. Na impossibilidade da saída imediata doimpedido ou do clandestino, o Ministério da Justiçapoderá permitir a sua entrada condicional, mediante termode responsabilidade firmado pelo representante daempresa transportadora, que lhe assegure a manutenção,fixados o prazo de estada e o local em que devapermanecer o impedido, ficando o clandestino custodiadopelo prazo máximo de 30 (trinta) dias, prorrogável porigual período.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ASILADO (Arts. 28 e 29)

• Estrangeiro admitido no BR como asilado

político sujeita-se aos deveres impostos pelo

Direito Internacional, bem como às disposições

da legislação vigente e as que o Governo

brasileiro lhe fixar.

• Não é permitido que o asilado saia do País sem

prévia autorização do Governo brasileiro, sob

pena de renúncia ao asilo e impedimento de

reingresso nessa condição.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

REGISTRO (Arts. 30 a 33)

• Estrangeiro permanentes, temporários (incisos I

e de IV a VI do art. 13) ou de asilado deverá

registrar-se no MJ, em 30 dias, contados da

entrada ou concessão do asilo, identificando-se

pelo sistema datiloscópico.

• O nome e a nacionalidade do estrangeiro, para o

efeito de registro, serão os constantes do

documento de viagem.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

REGISTRO (Arts. 30 a 33)

• Titular de visto diplomático, oficial ou de

cortesia, com prazo superior a 90 dias, deverá

providenciar seu registro no MRE.

• O estrangeiro titular de passaporte de serviço,

oficial ou diplomático, que haja entrado no Brasil

ao amparo de acordo de dispensa de visto,

deverá, igualmente, proceder ao registro

mencionado neste artigo sempre que sua estada

no Brasil deva ser superior a 90 dias.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

REGISTRO (Arts. 30 a 33)

• Uma vez registrado, é fornecido doc. de

identidade ao estrangeiro.

• Com exceção do asilado ou de titular de visto de

cortesia, oficial ou diplomático, o registro está

sujeito ao pagamento da taxa.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

DA PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE ESTADA

(Arts. 34 a 36)

• Estrangeiro com visto de turista, temporário,

asilado, cortesia, oficial ou diplomático, é

possível a prorrogação, que não excederá a 90

dias, podendo ser cancelada a critério do MJ.

• Exceção: No caso de ministro de confissão

religiosa ou membro de instituto de vida

consagrada e de congregação ou ordem

religiosa, a prorrogação não excederá a 1 ano.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

TRANSFORMAÇÃO DE VISTOS (Arts. 37 a 42)

• O cientista, professor etc., e ministro de confissão

religiosa..., poderá obter transformação do mesmo

para permanente (art. 16), satisfeitas às condições

previstas nesta Lei e no seu Regulamento.

• No caso do ministro de confissão religiosa..., a

transformação só ocorrerá após o prazo de 2 anos de

residência no País.

• Nada impede que a transformação seja condicionada,

como p. ex., à fixação em certa região.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

TRANSFORMAÇÃO DE VISTOS (Arts. 37 a 42)

• Casos em que não ocorrerá a legalização da

estada do estrangeiro: 1) clandestino; 2)

irregular;

• Casos em que não ocorrerá a transformação do

visto, em permanente: 1) de trânsito; 2) de

turista; 3) temporário (artigo 13, itens I a IV e VI);

4) de cortesia.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

TRANSFORMAÇÃO DE VISTOS (Arts. 37 a 42)

• Visto diplomático ou oficial: poderá ser

transformado em temporário (artigo 13, itens I a

VI) ou permanente (artigo 16), ouvido o MRE, e

satisfeitas as exigências previstas nesta Lei e no

seu Regulamento, cessando todas as

prerrogativas, privilégios e imunidades

decorrentes daqueles vistos.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

TRANSFORMAÇÃO DE VISTOS (Arts. 37 a 42)

• O pedido de transformação de visto não impede

a deportação, se o estrangeiro ultrapassar o

prazo legal de estada no território nacional.

• Há recurso em caso de indeferimento do pedido?

Sim, cabe pedido de reconsideração.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

TRANSFORMAÇÃO DE VISTOS (Arts. 37 a 42)

• Nos casos mencionados em que é possível a

transformação, ela fica sem efeito se não for feito

o registro no prazo de 90 dias, contados da

publicação do deferimento.

• Se a transformação pleiteada for para o visto

oficial ou diplomático, ela poderá ocorrer nos

vistos previstos nos artigos 8°, 9°, 10, 13 e 16.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ALTERAÇÃO DE ASSENTAMENTOS (Arts. 43 a 44)

• É possível alterar o nome que consta no registroquando: 1) estiver comprovadamente errado; 2) tiversentido pejorativo ou expuser o titular ao ridículo; 3)for de pronunciação e compreensão difíceis e puderser traduzido ou adaptado à prosódia da línguaportuguesa.

• É necessária apresentar documentaçãocomprobatória para o pedido, sendo investigado ocomportamento do requerentes.

• Se o erro for meramente materiais, há correção deofício.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ALTERAÇÃO DE ASSENTAMENTOS (Arts. 43 a

44)

• Divórcio ou separação no estrangeiro só terão

validade após homologação, no Brasil, da

sentença respectiva (STJ).

• O art. 43, § 4° permite a averbação no registro do

nome abreviado usado pelo estrangeiro como

firma comercial registrada ou em qualquer

atividade profissional.

• Competência para alteração: MJ.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ATUALIZAÇÃO DO REGISTRO (Arts. 45 A 48)

• A Junta Comercial, ao registrar firma de que

participe estrangeiro, remeterá ao MJ os dados

de identificação do estrangeiro e os do seu

documento de identidade emitido no Brasil.

• Sociedade anônima: a providência é obrigatória

em relação ao estrangeiro que figure na condição

de administrador, gerente, diretor ou acionista

controlador.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ATUALIZAÇÃO DO REGISTRO (Arts. 45 A 48)

• Em caso de casamento ou óbito de estrangeiro:

Cartórios de Registro Civil remeterão,

mensalmente, ao MJ os registros.

• Estabelecimento hoteleiro, empresa imobiliária,

proprietário, locador, sublocador ou locatário de

imóvel e síndico de edifício remeterão ao MJ,

quando requisitados, os dados de identificação

do estrangeiro admitido na condição de hóspede,

locatário, sublocatário ou morador.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

ATUALIZAÇÃO DO REGISTRO (Arts. 45 A 48)

• Com exceção do art. 21, § 1.º (país limítrofe),

para o estrangeiro trabalhar ou estudar no BR,

ele precisa estar registrado.

• Os empregadores e instituições de ensino

encaminharão ao MJ, que dará conhecimento ao

Ministério do Trabalho, quando for o caso, os

dados do estrangeiro, informando qualquer

alteração na situação.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Cancelamento e Restabelecimento do Registro (Art. 49)

• Casos de cancelamento: 1) naturalização brasileira;2) expulsão; 3) se requerer a saída do territórionacional em caráter definitivo, renunciando,expressamente, ao direito de retorno previsto noartigo 51; 4) se permanecer ausente do Brasil porprazo superior ao previsto no artigo 51; 5) se ocorrera transformação de visto de que trata o artigo 42; 6)se houver transgressão do artigo 18, artigo 37, § 2º,ou 99 a 101; 7) se temporário ou asilado, no términodo prazo de sua estada no território nacional.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Cancelamento e Restabelecimento do Registro (Art. 49)

• Nos casos dos incisos I e II, é possível orestabelecimento do registro se cessarem as causas,e, nos demais casos, se o estrangeiro retornar aoterritório nacional com visto de que trata o artigo 13ou 16, ou obtiver a transformação prevista no artigo39.

• No caso de saída do território nacional em caráterdefinitivo, com renúncia ao direito de retorno, oestrangeiro deve entregar o RNE e deixar o BR em 30dias.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Saída e Retorno (Art. 50 a 52)

• Via de regra não é necessário visto para saída do

estrangeiro do território nacional, salvo quando

houver razões de segurança interna.

• Havendo a necessidade de visto, deve ser

estipulado o prazo de validade e as condições

para a sua concessão.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

Saída e Retorno (Art. 50 a 52)

• Estrangeiro permanente: caso se ausente, pode

regressar independentemente de visto se o fizer

dentro de 2 anos; Estrangeiro temporário: pode

regressar independentemente de novo visto, no

prazo de sua estada.

• Data da saída: anotação aposta, pelo órgão

competente do MJ, no documento de viagem do

estrangeiro, no momento em que o mesmo deixar

o território nacional.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

DO DOCUMENTO DE VIAGEM PARA

ESTRANGEIRO (Art. 54 a 56)

• Art. 54. São documentos de viagem o passaporte

para estrangeiro e o laissez-passer (não

reconhecido pelo BR, a ex. do Butão).

• Tais docs. são de propriedade da União, cabendo

a seus titulares a posse direta e o uso regular.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

DO DOCUMENTO DE VIAGEM PARA ESTRANGEIRO (Art. 54 a 56)

• É possível concessão de passaporte para estrangeiro:

• I - no Brasil:

» a) ao apátrida e ao de nacionalidadeindefinida; b) a nacional de país que nãotenha representação diplomática ou consularno Brasil, nem representante de outro paísencarregado de protegê-lo (após ouvido oMRE); c) a asilado ou a refugiado, como taladmitido no Brasil.

• II - no Brasil e no exterior, ao cônjuge ou à viúva debrasileiro que haja perdido a nacionalidadeoriginária em virtude do casamento.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

DO DOCUMENTO DE VIAGEM PARA

ESTRANGEIRO (Art. 54 a 56)

• Laissez-passer: poderá ser concedido, no Brasil ou

no exterior, ao estrangeiro portador de documento de

viagem emitido por governo não reconhecido pelo

Governo brasileiro, ou não válido para o Brasil.

• Art. 56, parágrafo único. A concessão, no exterior, de

laissez-passer a estrangeiro registrado no Brasil

como permanente, temporário ou asilado, dependerá

de audiência prévia do Ministério da Justiça.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

DEPORTAÇÃO (Art. 57 a 64)

• Hipótese de cabimento:

• a)Entrada ou estada irregular de estrangeiro, seeste não se retirar voluntariamente do territórionacional no prazo fixado em Regulamento (oprazo pode ser desconsiderado se convenienteaos interesses nacionais), será promovida suadeportação.

• b) infringência ao disposto nos artigos 21, § 2º,24, 37, § 2º, 98 a 101, §§ 1º ou 2º do artigo 104 ouartigo 105.

Lei n.º 6.815/1980

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DEPORTAÇÃO (Art. 57 a 64)

• A deportação é a saída compulsória do

estrangeiro, deportando-se o estrangeiro para

seu país de nacionalidade ou de procedência, ou

para outro que consinta em recebê-lo.

• A princípio, quem custeia as despesas e o

transportador, mas na impossibilidade, será o

Tesouro Nacional.

Lei n.º 6.815/1980

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DEPORTAÇÃO (Art. 57 a 64)

• Havendo penalidade que dificulte a deportação, o

estrangeiro poderá ser dispensado do

cumprimento delas.

• Enquanto aguarda a deportação, pode o

estrangeiro ser preso por ordem do MJ, por 60

dias. Se não for possível identificar o estrangeiro

ou obter seu doc para viagem neste período,

permite-se a prorrogação por igual período.

Lei n.º 6.815/1980

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DEPORTAÇÃO (Art. 57 a 64)

• Caso não seja possível executar a deportação,

ou quando houver indício de periculosidade do

estrangeiro, é possível proceder à sua expulsão.

• Se não for possível a extradição no caso,

também não será possível a deportação.

• Para retorno do deportado, este deve ressarcir

todos os gastos ao Tesouro Nacional, bem como

deverá pagar multa quando for o caso.

Lei n.º 6.815/1980

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EXPULSÃO (Art. 65 a 75)

• Hipótese de cabimento: Estrangeiro que, de

qualquer forma, atentar contra a segurança

nacional, a ordem política ou social, a

tranqüilidade ou moralidade pública e a

economia popular, ou cujo procedimento o torne

nocivo à conveniência e aos interesses

nacionais.

Lei n.º 6.815/1980

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EXPULSÃO (Art. 65 a 75)

• Também caberá a expulsão com relação aoestrangeiro que:

• Parágrafo único. É passível, também, de expulsão oestrangeiro que:

a) praticar fraude a fim de obter a suaentrada ou permanência no Brasil; b) havendo entradono território nacional com infração à lei, dele não seretirar no prazo que lhe for determinado para fazê-lo,não sendo aconselhável a deportação; c) entregar-se àvadiagem ou à mendicância; d) desrespeitar proibiçãoespecialmente prevista em lei para estrangeiro.

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EXPULSÃO (Art. 65 a 75)

• Prerrogativa do Presidente da República

(conveniência e oportunidade). A expulsão ou

sua revogação ocorre por decreto!

• Mesmo que ainda haja processo ou condenação,

se conveniente, é possível a expulsão.

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EXPULSÃO (Art. 65 a 75)

• MP deve remeter ao MJ, de ofício, até trinta dias apóso trânsito em julgado, cópia da sentençacondenatória de estrangeiro autor de crime doloso oude qualquer crime contra a segurança nacional, aordem política ou social, a economia popular, amoralidade ou a saúde pública, assim como da folhade antecedentes penais constantes dos autos. rafoúnico.

• O MJ, recebidos os documentos mencionados nesteartigo, determinará a instauração de inquérito para aexpulsão do estrangeiro.

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EXPULSÃO (Art. 65 a 75)

• PRISÃO CAUTELAR DO ESTRANGEIRO: O MH

pode determinar a prisão por 90d do estrangeiro,

prorrogável por igual prazo.

• Compete ao MJ (ofício ou solicitação) instaurar o

inquérito visando a expulsão de estrangeiro.

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EXPULSÃO (Art. 65 a 75)

• Casos excepcionais:

• “Nos casos de infração contra a segurança nacional, aordem política ou social e a economia popular, assimcomo nos casos de comércio, posse ou facilitação de usoindevido de substância entorpecente ou que determinedependência física ou psíquica, ou de desrespeito àproibição especialmente prevista em lei para estrangeiro,o inquérito será sumário e não excederá o prazo de quinzedias, dentro do qual fica assegurado ao expulsando odireito de defesa”.

• NESTE CASO NÃO CABE PEDIDO DERECONSIDERAÇÃO.

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EXPULSÃO (Art. 65 a 75)

• Com exceção do art. 71, cabe pedido de

reconsideração no prazo de 10 (dez) dias,

contados da publicação do decreto de expulsão.

• Passado o prazo da prisão, ou não sendo ela

necessária, permanecerá o estrangeiro em

liberdade vigiada, respeitando condições

estabelecidas (podem ser modificadas pelo MJ),

sob pena de nova prisão por 90d.

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EXPULSÃO (Art. 65 a 75)

• Casos em que não cabe expulsão:

I - se implicar extradição inadmitida pela leibrasileira; ou

II - quando o estrangeiro tiver:

– a) Cônjuge brasileiro do qual não esteja divorciadoou separado, de fato ou de direito, e desde que ocasamento tenha sido celebrado há mais de 5(cinco) anos; b) filho brasileiro que,comprovadamente, esteja sob sua guarda e deledependa economicamente.

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EXPULSÃO (Art. 65 a 75)

• Não constituem impedimento à expulsão a

adoção ou o reconhecimento de filho brasileiro

supervenientes ao fato que o motivar.

• Verificados o abandono do filho, o divórcio ou a

separação, de fato ou de direito, a expulsão

poderá efetivar-se a qualquer tempo.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Hipótese de cabimento: A extradição poderá ser

concedida quando o governo requerente se

fundamentar em tratado, ou quando prometer ao

Brasil a reciprocidade.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Não se concederá a extradição quando:

• I - se tratar de brasileiro, salvo se a aquisiçãodessa nacionalidade verificar-se após o fato quemotivar o pedido;

• II - o fato que motivar o pedido não forconsiderado crime no Brasil ou no Estadorequerente;

• III - o Brasil for competente, segundo suas leis,para julgar o crime imputado ao extraditando;

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• IV - a lei brasileira impuser ao crime a pena de prisãoigual ou inferior a 1 (um) ano;

• V - o extraditando estiver a responder a processo oujá houver sido condenado ou absolvido no Brasilpelo mesmo fato em que se fundar o pedido;

• VI - estiver extinta a punibilidade pela prescriçãosegundo a lei brasileira ou a do Estado requerente;

• VII - o fato constituir crime político; e

• VIII - o extraditando houver de responder, no Estadorequerente, perante Tribunal ou Juízo de exceção.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• § 1° A exceção do item VII (crime político) não

impedirá a extradição quando o fato constituir,

principalmente, infração da lei penal comum, ou

quando o crime comum, conexo ao delito

político, constituir o fato principal.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• § 2º Caberá, exclusivamente, ao STF, a

apreciação do caráter da infração, sendo que

poderá deixar de considerar crimes políticos os

atentados contra Chefes de Estado ou quaisquer

autoridades, bem assim os atos de anarquismo,

terrorismo, sabotagem, seqüestro de pessoa, ou

que importem propaganda de guerra ou de

processos violentos para subverter a ordem

política ou social.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Requisitos:

• I - ter sido o crime cometido no território doEstado requerente ou serem aplicáveis aoextraditando as leis penais desse Estado; e

• II - existir sentença final de privação deliberdade, ou estar a prisão do extraditandoautorizada por Juiz, Tribunal ou autoridadecompetente do Estado requerente, salvo odisposto no artigo 82.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Conflito de competência:

• Art. 79. Quando mais de um Estado requerer a extradição damesma pessoa, pelo mesmo fato, terá preferência o pedidodaquele em cujo território a infração foi cometida.

• § 1º Tratando-se de crimes diversos, terão preferência,sucessivamente:

• I - o Estado requerente em cujo território haja sidocometido o crime mais grave, segundo a lei brasileira;

• II - o que em primeiro lugar houver pedido a entrega doextraditando, se a gravidade dos crimes for idêntica; e

• III - o Estado de origem, ou, na sua falta, o domiciliar doextraditando, se os pedidos forem simultâneos.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Conflito de competência:

• Para qualquer outra hipótese, será o Governo

brasileiro que decidirá, salvo se houver tratado ou

convenção internacional.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

Procedimento da extradição:

• 1) Via diplomática ou, havendo tratado, diretamenteao MJ.

• O pedido deve ser instruído com:

– a) a cópia autêntica ou a certidão da sentençacondenatória ou decisão penal proferida por juiz ouautoridade competente; b) indicações precisas sobre olocal, a data, a natureza e as circunstâncias do fatocriminoso; c) a identidade do extraditando; d) cópiados textos legais sobre o crime, a competência, a penae sua prescrição.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• O encaminhamento do pedido pelo Ministério da

Justiça ou por via diplomática confere

autenticidade aos documentos.

• Os documentos indicados neste artigo serão

acompanhados de versão feita oficialmente para

o idioma português.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• 2) Exame de admissibilidade (pressup. da lei ou

tratador);

• 3) Encaminhamento pelo MJ ao STF.

Obs: Na falta dos pressupostos, haverá o

arquivamento fundamentado (MJ), sem prejuízo de

renovação do pedido, devidamente instruído, uma

vez superado o óbice apontado.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• PRISÃO CAUTELAR (Exceção): O Estadointeressado na extradição poderá, em caso deurgência e antes da formalização do pedido deextradição, ou conjuntamente com este, requerera prisão cautelar do extraditando por viadiplomática ou, quando previsto em tratado, aoMinistério da Justiça, que, após exame dapresença dos pressupostos formais deadmissibilidade exigidos nesta Lei ou em tratado,representará ao Supremo Tribunal Federal.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• § 1.º O pedido de prisão cautelar noticiará o crimecometido e deverá ser fundamentado, podendo serapresentado por correio, fax, mensagem eletrônicaou qualquer outro meio que assegure a comunicaçãopor escrito.

• § 2.º O pedido de prisão cautelar poderá serapresentado ao Ministério da Justiça por meio daOrganização Internacional de Polícia Criminal(Interpol), devidamente instruído com adocumentação comprobatória da existência de ordemde prisão proferida por Estado estrangeiro.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• § 3.º O Estado estrangeiro deverá, no prazo de90 dias contado da data em que tiver sidocientificado da prisão do extraditando, formalizaro pedido de extradição.

• § 4o Caso o pedido não seja formalizado noprazo previsto no § 3o, o extraditando deverá serposto em liberdade, não se admitindo novopedido de prisão cautelar pelo mesmo fato semque a extradição haja sido devidamenterequerida.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Art. 83. Nenhuma extradição será concedida semprévio pronunciamento do Plenário do STF sobre sualegalidade e procedência, não cabendo recurso dadecisão.

• Art. 84. Efetivada a prisão do extraditando (artigo 81),o pedido será encaminhado ao Supremo TribunalFederal.

• Parágrafo único. A prisão perdurará até o julgamentofinal do Supremo Tribunal Federal, não sendoadmitidas a liberdade vigiada, a prisão domiciliar,nem a prisão albergue.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Recebido o pedido, é designado dia e hora para o

interrogatório do extraditando e, conforme o

caso, dar-lhe-á curador ou advogado, se não o

tiver, correndo do interrogatório o prazo de dez

dias para a defesa.

• Matéria a ser alegada pela defesa: identidade da

pessoa reclamada, defeito de forma dos

documentos apresentados ou ilegalidade da

extradição.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• CONVENSÃO DO FEITO EM DILIGÊNCIAS: Não

estando o processo devidamente instruído, o

Tribunal, a requerimento do PGR, poderá

converter o julgamento em diligência para suprir

a falta no prazo improrrogável de 60 dias,

decorridos os quais o pedido será julgado

independentemente da diligência.

• O prazo conta da data de notificação do MRE à

Missão Diplomática estrangeira.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• CONCEDIDA A EXTRADIÇÃO: o fato será

comunicado através do MRE à Missão

Diplomática do Estado requerente que, no prazo

de sessenta dias da comunicação, deverá retirar

o extraditando do território nacional.

• EM NÃO SENDO RETIRADO O EXTRADITANDO:

Liberdade, sem prejuízo de responder a processo

de expulsão, se o motivo da extradição o

recomendar.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• NEGADA A EXTRADIÇÃO: Não se admitirá novo

pedido baseado no mesmo fato.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Extraditando respondendo a processo no BR ouaqui condenado: Se o crime for punível com PPL,a extradição será executada somente depois daconclusão do processo ou do cumprimento dapena, ressalvado, entretanto, o disposto noartigo 67 (expulsão).

A entrega do extraditando ficará igualmente adiadase a efetivação da medida puser em risco a suavida por causa de enfermidade grave comprovadapor laudo médico oficial.

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Extraditando respondendo a processo no BR ouaqui condenado: Se o crime for punível com PPL,a extradição será executada somente depois daconclusão do processo ou do cumprimento dapena, ressalvado, entretanto, o disposto noartigo 67 (expulsão).

A entrega do extraditando ficará igualmente adiadase a efetivação da medida puser em risco a suavida por causa de enfermidade grave comprovadapor laudo médico oficial.

Lei n.º 6.815/1980

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Art. 90. O Governo poderá entregar o

extraditando ainda que responda a processo ou

esteja condenado por contravenção.

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Estat. do Estrangeiro

EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Requisitos para consumar a extradição: Deve o

Estado requerente assumir o compromisso:

• I - de não ser o extraditando preso nem

processado por fatos anteriores ao pedido;

• II - de computar o tempo de prisão que, no Brasil,

foi imposta por força da extradição;

Lei n.º 6.815/1980

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• III - de comutar em pena privativa de liberdade a

pena corporal ou de morte, ressalvados, quanto

à última, os casos em que a lei brasileira permitir

a sua aplicação;

• IV - de não ser o extraditando entregue, sem

consentimento do Brasil, a outro Estado que o

reclame; e

• V - de não considerar qualquer motivo político,

para agravar a pena.

Lei n.º 6.815/1980

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EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Junto com a entrega do extraditando, serão

entregues os instrumentos e objetos do crime

(que podem ser entregues até mesmo sem o

extraditanto).

• Se o extraditando consegue fugir e volta ao BR?

Basta capturá-lo (pedido feito por via

diplomática) e devolvê-lo, sem formalidades.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

EXTRADIÇÃO (Art. 76 a 94)

• Art. 94. Salvo motivo de ordem pública, poderá

ser permitido, pelo Ministro da Justiça, o trânsito,

no território nacional, de pessoas extraditadas

por Estados estrangeiros, bem assim o da

respectiva guarda, mediante apresentação de

documentos comprobatórios de concessão da

medida.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

DIREITOS E DEVERES DO ESTRANGEIRO (Art.

95 a 110)

NATURALIZAÇÃO (ARTS. 111 a 124)

• Requisitos: Art. 112.

• Efeitos: Art. 122 e ss.

Lei n.º 6.815/1980

Estat. do Estrangeiro

INFRAÇÕES, PENALIDADES E

PROCEDIMENTO (Art. 125 a 128)

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS (ARTS.

130 a 141)

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