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05/02/2015 Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e Águas avança na percepção da saúde na ótica da determinação social

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Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo,da Floresta e Águas avança na percepção da saúde na ótica dadeterminação social

Entrevista com Kátia Souto

26/06/14 | 11:06

Kátia Souto: “Política e fator importante para melhoria das condições de saúde equalidade de vida dessa parcela da população”. Foto: KarinaZambrana/SGEP/MS

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A Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e Águas (PNSIPCFA)foi aprovada na 14ª Conferência Nacional de Saúde e representa um passo importante na percepção dasaúde a partir da ótica da determinação social. A política busca conhecer as peculiaridades para acomposição das estratégias e combate às iniquidades. Transversal, a PNSIPCFA articula e integradiferentes áreas de saúde, como saúde do idoso, da mulher e saúde mental. A diretora­substituta deApoio à Gestão Participativa da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) do Ministérioda Saúde, Kátia Souto acredita que a política é um passo importante para a melhoria das condições desaúde e da qualidade de vida dessa população, justamente por entender a saúde dentro de suacomplexidade, respeitando a peculiaridade do contexto em que está inserido este grupo e elaborandoestratégias que compreendam estas diferenças.

Quais os principais objetivos da PNSIPCFA e por que ela foi criada?

A Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo da Floresta e Águas tem o objetivode promover a saúde das populações do campo e da floresta por meio de ações e iniciativas quereconheçam as especificidades de gênero, geração, raça, etnia e orientação sexual, visando o acessoaos serviços de saúde, à redução de riscos e agravos decorrentes dos processos de trabalho e dastecnologias agrícolas e à melhoria dos indicadores de saúde e da qualidade de vida. Entre seusobjetivos específicos se destacam: garantir o acesso aos serviços de saúde com resolutividade,qualidade e humanização, incluindo as ações de atenção básica, as especializadas de média e altacomplexidade e as de urgência e de emergência, de acordo com as necessidades e demandasapontadas pelo perfil epidemiológico da população atendida; reduzir os acidentes e agravosrelacionados aos processos de trabalho no campo e na floresta, particularmente o adoecimentodecorrente do uso de agrotóxicos e de mercúrio, do risco do trabalho no campo, na floresta e águas eda exposição contínua aos raios ultravioleta; contribuir para a melhoria da qualidade de vida daspopulações do campo e da floresta, incluindo articulações intersetoriais para promover a saúde,envolvendo ações de saneamento e meio ambiente; e reconhecer e valorizar os saberes e as práticastradicionais de saúde dessas populações, respeitando suas especificidades.

Como esta política é operacionalizada por cada esfera da gestão – Federal, Estadual eMunicipal?

Foi pactuado na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que envolve as três esferas de gestão doSUS, o Plano Operativo que apresenta estratégias que orientarão as gestões Federal, Estadual eMunicipal no processo de enfrentamento das iniquidades e desigualdades em saúde, com foco naspopulações do campo e da floresta. A operacionalização do Plano se norteia pela articulação intra eintersetorial e a transversalidade no desenvolvimento de políticas públicas e a PNSIPCFA.

O plano é estruturado em quatro eixos: acesso das populações do campo, da floresta e das águas naatenção à saúde; ações de promoção e vigilância em saúde a populações do campo, da floresta e daságuas; educação permanente e educação popular em saúde com foco nas populações do campo, dafloresta e das águas; monitoramento e avaliação do acesso às ações e serviços de saúde às populaçõesdo campo, da floresta e das águas.

Já existem resultados para o panorama de saúde destas populações?

As articulações desenvolvidas pela Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério daSaúde, junto às outras secretarias do Ministério (Secretaria de Atenção à Saúde e Secretaria deVigilância em Saúde) resultaram em ações que vão ao encontro dos objetivos e ao plano operativo daPolítica. Entre elas, podemos destacar a ampliação da Política Nacional de Atenção Básica, incluindoUBS Fluviais e UBS Ribeirinhas reconhecendo novos desenhos para as Equipes de Saúde da Família(ESF); a instituição de 10 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs) rurais (CE,GO, MG, MS, MT, PI, RO, RR) e de quatro Comitês de Politicas de Promoção de Equidade (RN, PI,

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ES e SE), que tem participação social de representantes dos movimentos sociais de Campo, Floresta eAguas.

O Ministério da Saúde também está investindo na formação de lideranças (trabalhadores do SUSinseridos na atenção básica, saúde ambiental, saúde do trabalhador e gestão em saúde) para a gestãoparticipativa da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta. Osprojetos têm sido desenvolvidos em parceria com instituições formadoras (Fiocruz, UniversidadeFederal do Acre, Fapac, UnB) e com a OPAS e contemplam diversos movimentos sociais como aConfederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), o Movimento de Luta pelaTerra (MLT), o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), o Movimento dos Trabalhadores SemTerra (MST), a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetrafe), o Movimento dosAtingidos pela Barragem (MAB) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Essas parceriasabrangerão um total de 3 mil lideranças dos movimentos em 21 estados, em especial da AmazôniaLegal e do Nordeste.

Política foi publicada em 2013 e pode seracessada no site do Ministério da Saúde(Imagem: reprodução)

Destacamos, ainda, a elaboração do Módulo de Educação a Distância sobre a Política Nacional deSaúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas desenvolvido para os profissionaisdo Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica (Provab). Também vale destacar oprojeto do Observatório da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e daFloresta (PNSIPCF), em parceria com a UnB, que visa avaliar e contribuir para implantação daPolítica. A proposta do observatório se insere na perspectiva da estruturação de uma rede, envolvendoacadêmicos especialistas na temática, pesquisadores populares e lideranças dos movimentos sociais docampo e da floresta, bem como os gestores e trabalhadores do SUS.

Uma das mais antigas reivindicações e luta do movimento da saúde dessas populações era peloprofissional médico em seus locais de moradia. Hoje, o programa Mais Médicos esta tornando issouma realidade. Os municípios deste programa, na sua maioria, estão localizados nas regiões docampo, floresta e aguas, atendendo ribeirinhos, marisqueiras, pescadores, camponeses, quilombolas,

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entre outros, levando saúde e cidadania a estas populações.

Quais as perspectivas da PNSIPCFA?

A perspectiva é que com a PNSIPCFA haja promoção do acesso às ações e serviços de saúde àspopulações do campo, da floresta e das águas, com resolutividade, qualidade e humanização,valorizando as práticas e conhecimentos tradicionais, assim como a produção de novosconhecimentos e praticas de cuidados. Neste sentido, vale destacar mais uma vez o programa MaisMédicos, que vem beneficiando essas populações, fazendo a diferença no acesso aos serviços desaúde.

Confira aqui a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e Águas(PNSIPCFA) na íntegra.

Kátia Souto

Citação Bibliográfica

Souto K. Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e Águas avançana percepção da saúde na ótica da determinação social [entrevista na internet]. Recife (PE): PortalDSS Nordeste; 2014 Jun 26. Entrevista concedida a Maira Baracho. Disponível em:http://dssbr.org/site/entrevistas/politica­nacional­de­saude­integral­das­populacoes­do­campo­da­floresta­e­aguas­avanca­na­percepcao­da­saude­na­otica­da­determinacao­social/

Tags: campo, iniquidades em saúde, Políticas Públicas de Saúde

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Entrevistas

Os entrevistados nesta seção são personalidades do governo e sociedade civil comprometidos com ocombate às iniqüidades em saúde através de sua atuação em estudos, políticas, programas emovimentos sociais relacionados aos Determinantes Sociais da Saúde. Cada entrevista incluiperguntas e respostas enviadas por escrito e um vídeo de 13 minutos onde o entrevistado discorresobre suas experiências no campo dos DSS. Como em todas as seções do Portal as entrevistas podemser objeto de comentários. [Veja todas as Entrevistas]

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