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Política Estadual para Contratualização de Hospitais de

Pequeno Porte – HPP

29 de março de 2011

Grupo de Trabalho da PPI

Considerando:• O processo de regionalização dos Municípios, que objetiva a

organização de redes articuladas e resolutivas de serviços, estimulandoa organização da rede de atenção no nível microrregional, garantindoà população o acesso qualificado aos serviços de saúde e a indução doprocesso de descentralização;

• A importância da formulação e implementação de alternativas deorganização e financiamento para hospitais de pequeno portecadastrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde(CNES), que possuam, após o ajuste de leitos definidos por estaresolução, a necessidade de 5 a 30 leitos de internação;

• A necessidade de adequar o perfil assistencial dessasunidades, garantindo a continuidade da atenção prestada pelaAtenção Básica e de Média Complexidade;

• A necessidade de apoiar a Estratégia de Saúde da Família e o acesso aserviços e leitos hospitalares em municípios de até 31 mil habitantes;

Considerando:

• A necessidade de adequar a oferta de leitos tomando por base apopulação de sua área de abrangência, a partir das necessidades desaúde e características epidemiológicas;

• A necessidade de promover a contratualização de ações e serviços desaúde entre gestores e hospitais de pequeno porte, utilizando-se deinstrumentos que propiciem a regulação, o controle e a avaliação;

• As iniciativas existentes de reorganização da rede hospitalar depequeno porte, respeitando as propostas locais para suprirnecessidades assistenciais da população;

• O fortalecimento do processo de democratização da gestão e daparticipação social no SUS;

• A Política Nacional para os Hospitais de Pequeno Porte, instituída peloato portaria GM/MS nº 1044, de 1º de junho de 2004; e

• A resolução CIB nº 141 de 20 de maio de 2010, que aprova a novaProgramação Pactuada e Integrada do Estado da Bahia – PPI-BA 2010

RESOLVE

Art. 1º. Instituir a Política Estadual paraContratualização de Hospitais de PequenoPorte, utilizando um modelo de organização efinanciamento que estimule a inserção dessasunidades hospitalares na rede hierarquizada deatenção à saúde, agregando resolutividade equalidade às ações definidas para o seu nível decomplexidade.

Art. 2º. Estabelecer que poderão aderir à Política ora instituída osMunicípios que tenham em seu território estabelecimentohospitalar que preencha os seguintes critérios:

I – ser de esfera administrativa pública;

II – estar cadastrado no Cadastro Nacional de Estabelecimentos deSaúde (CNES) como unidade hospitalar até a data de publicaçãodesta resolução;

III – ter apresentado produção hospitalar em 2010 no SIH/SUSe/ou ter alocado recursos para atenção hospitalar daProgramação Pactuada e Integrada (PPI-BA 2010) no próprioterritório;

IV – possuir, após o ajuste de leitos definidos por esta resolução, anecessidade de 5 a 30 leitos de internação

Art. 3º. Definir que são requisitos necessários aomunicípio sede do HPP para a adesão à Política Estadualpara Contratualização de Hospitais de Pequeno Porte:

I – possuir até 31.000 habitantes; nos casos em que ficarcomprovada a utilização expressiva do hospital porusuários de municípios vizinhos que não têmhospital, poderá ser incorporada a população dessesmunicípios até totalizar a população máxima de 31.000habitantes sob abrangência do HPP (quando issoocorrer, os gestores dos municípios envolvidos deverãoassinar o contrato de metas);

II – ter aderido ao Pacto pela Saúde, com gestão estadualda unidade hospitalar em questão

Art. 3º. Definir que são requisitos necessários aomunicípio sede do HPP para a adesão à Política Estadualpara Contratualização de Hospitais de Pequeno Porte(continuação):

III – apresentar cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF)igual ou superior a 70%; municípios com cobertura menor que70% poderão aderir à Política, porém a contratualização só seráefetivada mediante a adequação desta cobertura para 70% oumais, comprovada por meio do Sistema de Informações da AtençãoBásica – SIAB;

IV – comprovar a operação do Fundo Municipal de Saúde;

V – comprovar o funcionamento do Conselho Municipal deSaúde;

VI – formalizar a adesão junto à Comissão Intergestores Bipartite –CIB-BA.

Art. 4º. Definir que a oferta quantitativa de leitos dosHospitais de Pequeno Porte será ajustada tomandocomo parâmetro:

I – a necessidade de internações de médiacomplexidade, estimada em 3,6% da população da área deabrangência/ano;

II – a taxa de ocupação de 80%; e

III – a média de permanência de 05 dias.

Parágrafo único. Esses parâmetros serão reavaliadosperiodicamente pela SESAB, podendo ser atualizados namedida da necessidade.

Art. 5º. Estabelecer que, em relação à Política Estadual paraContratualização de Hospitais de Pequeno Porte, caberá aosestabelecimentos de saúde, de acordo com normatização vigente:

I – adequar o seu perfil assistencial para oferta de:

a) internação nas especialidades básicas (clínicas: médica, obstétrica e pediátrica);

b) pequenas cirurgias ambulatoriais; e

c) urgência e emergência, preenchendo os requisitos técnicos pertinentes e comointegrante do sistema microrregional, conforme Anexo 1 desta resolução.

II – participar das políticas prioritárias do Sistema Único de Saúde e colaborar ativamentena constituição de uma rede de cuidados progressivos à saúde, de acordo com a realidadelocorregional;

III – garantir apoio ao SAMU e à UPA (quando couber) e assegurar leitos de retaguardapara pacientes de longa permanência estabilizados, bem como auxiliar no fortalecimentodos processos regulatórios;

IV – participar da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde;

V – cumprir as metas firmadas com o gestor estadual;

VI – desenvolver ações de qualificação da gestão hospitalar;

VII – regularizar e manter sob a regulação do gestor municipal do SUS a totalidade dosserviços contratados, de acordo com as normas operacionais vigentes no SUS; e,

VIII – alimentar, mensalmente, os sistemas de informações do SUS.

Art. 6º. Determinar que em relação à Política Estadualpara Contratualização de Hospitais de PequenoPorte, caberá ao responsável pela gestão municipal:

I – Manter a cobertura da estratégia de saúde da famíliade no mínimo 70%, sob pena de ter suspensão dorepasse relativo à contratualização do HPP; e

II – Estabelecer um fluxo de referência e contra-referência de usuários do HPP para a rede de atençãobásica do seu município, garantindo que acoordenação do cuidado seja realizada pelas equipesda atenção básica.

Art. 7º. Estabelecer que, em relação à Política Estadualpara Contratualização de Hospitais de PequenoPorte, caberá ao CGMR:

I – Apreciar e aprovar o Plano Operativo fornecido pelaSESAB contendo o detalhamento das metas, ações eprogramações a serem implementadas nas unidades desaúde que preencherem os critérios de adesão;

II – Participar do processo de pactuação com os gestoresmunicipal e estadual dos mecanismos de referência econtra-referência para atendimento à população em suamicrorregião, em consonância com as diretrizes einstrumentos de regionalização; e

III – Ter acesso ao relatório de desempenho dasunidades contratualizadas fornecido pela SESAB.

Art. 8º. Determinar que, em relação à Política Estadual paraContratualização de Hospitais de Pequeno Porte, caberá aoresponsável pela gestão estadual:

I – apresentar diagnóstico da rede hospitalar e sua integração com osistema de atenção locorregional;

II – estabelecer cooperação técnica com o município paraelaboração do Plano Operativo a ser submetido ao respectivoConselho Municipal de Saúde – e, em caso da área de abrangênciado HPP envolver mais de um município, também ao CGMR –, contendo o detalhamento das metas, ações e programações aserem implementadas;

III – pactuar com os gestores municipais os mecanismos dereferência e contra-referência para atendimento à população emsua microrregião, em consonância com as diretrizes e instrumentosde regionalização;

Art. 8º. Determinar que, em relação à Política Estadual paraContratualização de Hospitais de Pequeno Porte, caberá aoresponsável pela gestão estadual (continuação...):

IV – elaborar relatório semestral contendo avaliação das açõesrealizadas, a ser encaminhado à respectiva Secretaria Municipal deSaúde e ao Conselho Municipal de Saúde e, em caso da área deabrangência do HPP envolver mais de um município, também aoCGMR;

V – acompanhar e avaliar o desempenho dos estabelecimentos desaúde e o cumprimento das metas pactuadas;

VI – monitorar a alimentação das informações nos bancos de dadosdo SUS, por parte dos estabelecimentos de saúde contratados;

VII – fomentar a integração do hospital com a rede de atenção básicae a implementação das políticas de saúde prioritárias do SUS; e

VIII – participar do financiamento, conforme estabelecido no artigo 10desta resolução.

Art. 9º. Definir que a alocação de recursos de custeiodos estabelecimentos de saúde contratualizados poresta Política será efetuada por Orçamento Global daAtenção Hospitalar (com recursos pré-fixados), mediante Contrato de Metas.

Parágrafo único. Quando pertinente, o Contrato poderáincluir Atenção Ambulatorial, que será estabelecidamediante componente pós-fixado, com definição demetas na Ficha de Programação Físico-Orçamentária(FPO).

Art. 10. Os recursos financeiros para custeio das unidadeshospitalares serão repassados da seguinte forma:

§ 1º. O componente pré-fixado do contrato (internação hospitalar)será repassado de forma automática, do Fundo Estadual de Saúdepara o respectivo Fundo Municipal, de acordo com as normasvigentes para tal finalidade.

§ 2º. O componente pós-fixado do contrato (ambulatorial)somente será repassado após apresentação e aprovação dosprocedimentos pela SESAB, de acordo com o fluxo deprocessamento do SIA/SUS.

§ 3º. Os recursos referentes aos incentivos estaduais estabelecidospela PPI 2010 compõem o componente pré-fixado do contrato eserão repassados através do Fundo Estadual de Saúde para osfundos municipais, obedecendo as regras contratuais para tal.

Art. 10. Os recursos financeiros para custeio das unidadeshospitalares serão repassados da seguinte forma (continuação...):

§ 4º. Para os hospitais já contemplados pela Política Nacional paraos Hospitais de Pequeno Porte, será mantida a parcela de recursosrepassada pelo Ministério da Saúde no componente pré-fixado, configurada como contrapartida federal.

§ 5º. A adesão e o valor de contrato destinado a cadaestabelecimento de saúde, bem como os valores a seremrepassados às Secretarias Municipais de Saúde serão publicados noDiário Oficial do Estado da Bahia.

Art. 11. Definir o valor de R$ 3.000,00/leito/mês (três mil reais acada leito por mês), instituído na resolução CIB nº141/2010, para o cálculo do Orçamento Global da AtençãoHospitalar.

§ 1º. O cálculo do Orçamento Global da AtençãoHospitalar, referido no caput, será realizado pela seguinte fórmula:

OG = 3000 x Pop. x 0,036 x 5

365 x 0,8

em que OG=orçamento global; 3000 = valor leito/mês (de R$3.000,00); Pop.= população da área de abrangência, referida noinciso I do artigo 3º; 0,036 = percentual de internação (de3,6%), referido no inciso I do artigo 4º; 5 = média de permanência(de cinco dias); 365 = dias do ano; 0,8 = taxa de ocupação (de 80%).

Art. 11. Definir o valor de R$ 3.000,00/leito/mês (três mil reais acada leito por mês), instituído na resolução CIB nº141/2010, para o cálculo do Orçamento Global da AtençãoHospitalar (continuação...).

§ 2º A partir da aprovação desta Política, todos os hospitais depequeno porte contratualizados pela SESAB seguirão a mesmaregra de definição do Orçamento Global da AtençãoHospitalar, considerando apenas o valor de recursos por leitoreferido no caput.

§ 3º. As contrapartidas federais e estaduais seguem as mesmasregras da política nacional, estando já incluídas no OrçamentoGlobal referido no caput.

Art. 12. Definir que todos os hospitais já contratualizados comoHPP serão recontratualizados, de forma a atingirem o OrçamentoGlobal da Atenção Hospitalar estabelecido no artigo 11.

§ 1º. Os hospitais já contratualizados como HPP queapresentem Orçamento Global maior que o estabelecido noartigo 11 passarão por readequação trimestral de 10% dadiferença entre o valor atualmente contratualizado e o definidopor esta resolução.

§ 2º. Os hospitais já contratualizados como HPP pelo valor deR$ 1.453,00/leito/mês (um mil, quatrocentos e cinquenta e trêsreais a cada leito por mês) suplementarão seu OrçamentoGlobal até o valor definido no artigo 11, mediante avaliação daárea técnica específica.

Art. 13. Estabelecer que o não cumprimento das obrigaçõesprevistas nesta Política e no Contrato de Metas por 03 (três)meses consecutivos ou 05 (cinco) meses alternados, no períodode um ano, implicará na suspensão das transferênciasfinanceiras pactuadas.

§ 1º. No caso da suspensão das transferências pactuadas peloContrato de Metas, o pagamento da produção assistencial seráatravés da comprovação da realização desta produção através do SIAe SIH/SUS, por um período de 03 (três) meses, até que possa serrevista a relação formalizada do hospital com o SUS, redefinindo suainserção no sistema e a oferta assistencial.

§ 2º. A contratualização poderá ser reestabelecida após avaliação daSESAB com comprovação da capacidade da unidade hospitalar emrealizar as metas contratuais através do registro da produção nossistemas de informação pelo período de 2 (dois) meses consecutivos.A avaliação realizada deverá ser aprovada pelo CGMR e homologadapela CIB-BA.

Art. 14. Estabelecer que a SESAB divulgaráatravés de Portaria Estadual os fluxos deadesão, contratualização, acompanhamento eavaliação dos estabelecimentos contratualizadospor esta Política.

Art. 15. Esta resolução entra em vigor na data desua publicação, revogando a resolução da CIB-BAnº 135/2005.

Análise de alguns dos municípioscom unidades que apresentamperfil de adesão à Política de

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