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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO RIO GRANDE DO NORTE
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
Natal/RN, fevereiro de 2008.
Diretor Geral Francisco das Chagas de Mariz Fernandes
Diretor da Unidade Sede – Natal/RN Enilson Araújo Pereira Diretora da Unidade de Ensino Descentralizada da Zona Norte de Natal – Natal/RN Anna Catharina da Costa Dantas
Diretor da Unidade de Ensino Descentralizada de Mossoró Clóvis Costa de Araújo
Diretor da Unidade de Ensino Descentralizada de Currais Novos Rady Dias de Medeiros
Diretor da Unidade de Ensino Descentralizada de Ipanguaçu Paulo Roberto Leiros de Souza
Diretor de Ensino Belchior de Oliveira Rocha
Diretora de Assuntos Estudantis Solange da Costa Fernandes
Diretor de Pesquisa José Yvan Pereira Leite
Diretor de Relações Empresariais e Comunitárias Liznando Fernandes da Costa
Diretor de Administração e Planejamento Valdelúcio Pereira Ribeiro Elaboração e Sistematização Enilson Araújo Pereira Anna Catharina da Costa Dantas José Yvan Pereira Leite Eduardo Bráulio Wanderley Netto Suzyneide Soares Dantas Nadja Maria de Lima Costa Pollyana Karenine Campos de Andrade Adriana Maria Pereira de Andrade Nadir Arruda Skeete Revisão Lingüística Nadir Arruda Skeete
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS I
LISTA DE TABELAS II
1. INTRODUÇÃO 1
2. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 4
3. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CEFET-RN 10
3.1. CARACTERÍSTICAS E OBJETIVOS DO CEFET-RN 10 3.2. FUNÇÃO SOCIAL DO CEFET-RN 12 3.3. CONCEPÇÃO, PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DO CURRÍCULO 12
4. DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DE ENSINO DO CEFET-RN 18
4.1. UNIDADE SEDE 20 4.2. UNIDADE DA ZONA NORTE DE NATAL 24 4.3. UNIDADE DE MOSSORÓ 27 4.4. UNIDADE DE IPANGUAÇU 30 4.5. UNIDADE DE CURRAIS NOVOS 32
5. PRINCIPAIS INDICADORES DA GESTÃO DO CEFET-RN EM ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO 36
6. PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DO IFET DO RIO GRANDE DO NORTE 48
6.1. DELIMITAÇÃO TERRITORIAL DE ATUAÇÃO 49 6.2. PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO 51 6.3. PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 56 6.4. PROJETO DA REITORIA 61
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 62
REFERÊNCIAS 64
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
i
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Fotos da Unidade Sede, 2007. ________________________________________________ 23 Figura 2 – Fotos da Unidade da Zona Norte de Natal-RN, 2007. ______________________________ 26 Figura 3 – Fotos da Unidade de Mossoró-RN, 2007.________________________________________ 29 Figura 4 – Fotos da Unidade de Ipanguaçu-RN, 2007. ______________________________________ 32 Figura 5 – Fotos da Unidade de Currais Novos-RN, 2007. ___________________________________ 34 Figura 6 – Indicador do perfil socioeconômico dos alunos, 2004-2007. _________________________ 37 Figura 7 – Indicador de Atuação Profissional Egressos, 2004-2007. ___________________________ 39 Figura 8 – Indicador Relação Alunos x Docentes em tempo integral, 2004-2007. _________________ 39 Figura 9 – Indicador Relação Aluno x Técnico Administrativo, 2004-2007._______________________ 40 Figura 10 – Relação entre Técnicos Administrativos e Docentes, 2004-2007. ____________________ 40 Figura 11 – Percentual de docentes em pós-graduação, 2004-2007. ___________________________ 41 Figura 12 – Indicador do Grau Docente de Envolvimento em Pesquisa 2004-2007.________________ 44 Figura 13 – Indicador de publicação docente, 2004-2007. ___________________________________ 45 Figura 14 – Indicador do Grau de Envolvimento em Extensão 2004-2007._______________________ 47 Figura 15 – Expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica no Rio Grande do Norte.48 Figura 16 – Proposta de atuação do IFET-RN nos Centros Vocacionais Tecnológicos._____________ 50 Figura 17 – Modelo de estrutura organizacional proposto para o IFET-RN. ______________________ 57 Figura 18 – Estrutura organizacional de referência proposta para a Reitoria do IFET-RN.___________ 58 Figura 19 – Estrutura organizacional de referência proposta para o Campus Central do IFET-RN. ____ 59 Figura 20 – Estrutura organizacional de referência proposta para os Campi Avançados do IFET-RN. _ 60
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
ii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Total de servidores do quadro efetivo do CEFET-RN. Fonte: SIAPE, 2007. _____________ 18 Tabela 2 – Total de alunos por nível/modalidade de ensino do CEFET-RN. Fonte: Relatório de Gestão
do CEFET-RN, 2007.________________________________________________________________ 19 Tabela 3 – Total de alunos atendidos em programas de assistência estudantil no CEFET-RN. Fonte:
Relatório de Gestão do CEFET-RN, 2007. _______________________________________________ 19 Tabela 4 – Total de alunos por curso e nível/modalidade de ensino na Unidade Sede, 2007. ________ 23 Tabela 5 – Total de alunos por curso e nível/modalidade na Unidade da Zona Norte de Natal-RN, 2007.
_________________________________________________________________________________ 27 Tabela 6 – Total de alunos por curso e nível/modalidade na Unidade de Mossoró-RN, 2007. ________ 29 Tabela 7 – Total de alunos por curso e nível/modalidade na Unidade de Ipanguaçu-RN, 2007. ______ 32 Tabela 8 – Total de alunos por curso e nível/modalidade na Unidade de Currais Novos-RN, 2007. ___ 35 Tabela 9 – Indicadores de desempenho utilizados pelo CEFET-RN. ___________________________ 36 Tabela 10 – Estágios formalizados em 2007. _____________________________________________ 37 Tabela 11 – Titulação docente e sua distribuição – 2005 e 2007. ______________________________ 41 Tabela 12 – Grupos de Pesquisa certificados pela Instituição no CNPq, 2007. ___________________ 42 Tabela 13 – Áreas de pesquisa e distribuição dos Grupos. Fonte: CNPq. _______________________ 43 Tabela 14 – Produção científica do CEFET-RN, 2005-2007. _________________________________ 44 Tabela 15 – Índice de publicação docente do CEFET-RN, 2005-2007.__________________________ 44 Tabela 16 – Projetos de pesquisa e extensão com participação de docentes do CEFET-RN. ________ 46 Tabela 17 – Expansão da Rede Federal de EPT no Rio Grande do Norte._______________________ 49 Tabela 18 – Proposta de novas áreas e números de atuação do ensino regular do IFET-RN.________ 54 Tabela 19 – Estimativa do número de funções para a estrutura organizacional de referência.________ 61
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
1
1. INTRODUÇÃO
A rede federal de educação profissional e tecnológica, cujas origens remontam
ao ano de 1909, com a criação das Escolas de Aprendizes e Artífices, vive hoje um
momento ímpar em sua história. Com a missão de oferecer educação profissional e
tecnológica, pública, gratuita e de qualidade, encaminha-se para o seu centenário
ainda mais desafiada a contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico e
sociocultural do país, sem perder de vista o seu caráter inclusivo e sustentável.
Até 2010, o plano de expansão do Governo Federal terá aumentado em cerca
de 150% o número de unidades de ensino existentes, atingindo todas as capitais e as
principais cidades do interior brasileiro, com uma proposta de oferta educacional
verticalizada, que abrange desde a educação profissional técnica de nível médio até a
superior (graduação tecnológica, formação de professores e pós-graduação), com
ênfase na pesquisa e na inovação tecnológica, tanto na modalidade presencial como à
distância. Além disso, a rede vem-se abrindo, cada vez mais, para o acolhimento de
novos públicos oriundos de outras demandas, como a formação inicial e continuada de
trabalhadores e a educação de jovens e adultos (EJA), incluindo também as pessoas
com necessidades educacionais especiais.
Nesse contexto, a educação profissional e tecnológica (EPT) revela-se como
uma das esferas estratégicas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que
propõe uma reorganização da rede, a fim de dar conta dos desafios que a ela vem
sendo confiados no quadro da educação brasileira. Com a publicação do Decreto nº.
6.095/2007, foram estabelecidas as diretrizes para essa reorganização, na forma da
constituição dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia – IFET, a partir
dos atuais Centros Federais de Educação Tecnológica – CEFET, de modo a favorecer
a sua atuação integrada e referenciada regionalmente.
No documento Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e
programas, apresenta-se como justificativa principal para a criação dos IFET a
dimensão tomada pele rede: Uma rede com 354 unidades não pode manter as mesmas características do período anterior. A maturidade da rede federal de educação profissional e tecnológica e a escala e a dispersão das unidades por todas as mesorregiões do País exigem um novo modelo de atuação, que envolva o desenvolvimento de um arrojado projeto político-pedagógico, verticalidade da oferta de educação profissional e
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tecnológica, articulação com o ensino regular, aumento da escolaridade do trabalhador, interação com o mundo do trabalho e as ciências e apoio à escola pública. (BRASIL, MEC, 2007, p. 33).
De fato, essa maturidade se faz notar na maioria das instituições que compõem
a rede, como é o caso do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do
Norte (CEFET-RN), cujo modelo de atuação vem atendendo cada vez mais a demanda
tecnológica advinda dos setores produtivos e aproximando-se do campo científico
nacional, como resultado, entre outros fatores, da crescente qualificação do seu corpo
docente e da participação em projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico
sustentável. Tudo isso sem desconsiderar sua vocação inicial de promover a inclusão
social das camadas socioeconomicamente desfavorecidas e alavancado por um projeto
político-pedagógico que está em sintonia com esses objetivos e se apóia em bases
claramente definidas, conforme expressa a sua função social:
(...) promover a educação científico-tecnológico-humanística visando à formação integral do profissional-cidadão crítico-reflexivo, competente técnica e eticamente e comprometido efetivamente com as transformações sociais, políticas e culturais e em condições de atuar no mundo do trabalho na perspectiva da edificação de uma sociedade mais justa e igualitária, através oferta da formação inicial e continuada de trabalhadores; da educação profissional técnica de nível médio; da educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação; e da formação de professores, fundamentais na construção, reconstrução e transmissão do conhecimento. (BRASIL, CEFET-RN, 2005)
Com base nesses pressupostos e em atendimento à Chamada Pública
MEC/SETEC nº. 002/2007, a presente proposta tem o objetivo de apresentar ao
Ministério da Educação informações relevantes quanto à capacidade institucional do
CEFET-RN de se tornar um IFET no Estado do Rio Grande do Norte, visando reunir
melhores condições, através de uma nova configuração social jurídica, para o
desempenho de seu papel de destaque, no Estado e na Região, como instituição que
promove desenvolvimento tecnológico com inclusão social.
Para tanto, obedecendo aos requisitos propostos na referida Chamada Pública,
será apresentada inicialmente a caracterização socioeconômica do Rio Grande do
Norte, destacando-se aspectos gerais e alguns números da economia norte-rio-
grandense. Em seguida, prossegue-se com a caracterização do CEFET-RN, trazendo
informações importantes sobre o seu Projeto Político-Pedagógico, que embasa a
atuação institucional, e logo depois tem-se o diagnóstico das Unidades de Ensino,
buscando-se descrever a infra-estrutura física, as áreas de abrangência e sua
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
3
localização nas mesorregiões e microrregiões do Estado, além dos principais
indicadores da gestão em ensino, pesquisa e extensão. Por fim, tem-se a apresentação
propriamente dita da proposta de implantação do IFET-RN, destacando-se a
delimitação territorial e as perspectivas de atuação institucional, bem como alguns
elementos necessários à implementação da proposta, tais como estrutura
organizacional e localização da Reitoria, órgão central da nova Instituição.
Acredita-se que a aprovação desta proposta, calcada na trajetória de excelência
das instituições da rede em geral e do CEFET-RN em particular, possibilitará a
construção de uma nova realidade educacional no país, contribuindo para o
desenvolvimento regional e interiorização da EPT, o acolhimento de públicos excluídos
das políticas educacionais, a formação em áreas estratégicas para a nação, a
consolidação da verticalização do ensino com aumento do acesso ao ensino superior
público, à pesquisa e à inovação tecnológica e com a democratização do conhecimento
(Cf. CONCEFET, 2007).
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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2. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
O Estado do Rio Grande do Norte é uma das 27 Unidades da Federação,
constituído de 167 municípios distribuídos em quatro mesorregiões. Situado na região
Nordeste do Brasil, tendo como limites a norte e a leste o Oceano Atlântico, o RN
apresenta uma extensão territorial de 53.077,3 km² (representando 0,62% do território
nacional), superior a países como Holanda (41.864 km²), Taiwan (36.000 km²), Bélgica
(30.528 km²) e Israel (21.042 km²) (IDEMA, 2004).
A população do Estado é de 2.776.782 habitantes, segundo o Censo
Demográfico de 2000 (BRASIL, IBGE, 2000), tendo como capital a cidade do Natal.
Localizada em uma das esquinas da América do Sul, com temperatura média de
26,8°C, Natal foi considerada pela NASA/INPE como a cidade com melhor qualidade
do ar da América Latina.
O Rio Grande do Norte possui uma faixa litorânea de 410 km, com belas e raras
paisagens que servem para o incremento do turismo, uma das principais atividades
econômicas da região. Espera-se ainda um crescimento significativo do fluxo turístico
estimulado pela perspectiva de construção de empreendimentos na área hoteleira e de
resort, planejados por grupos europeus, para as regiões dos litorais norte e sul. Isso
acarretará uma maior atratividade para o turista internacional, o que, se por um lado,
possibilitará aumento do PIB, por outro, poderá produzir grande impacto na região
devido à necessidade de se construírem sistemas de saneamento, englobando água,
esgoto, lixo e drenagem, assim como infra-estrutura de transportes rodoviário e aéreo.
Nesse sentido, os governos federal e estadual têm buscado superar dificuldades
estruturais e institucionais que interferem no desenvolvimento turístico do Estado,
investindo em infra-estrutura e apoiando os setores de hotelaria, alimentação e lazer.
Como parte desse esforço, destaca-se a construção do novo terminal de passageiros
no aeroporto Augusto Severo, que teve sua capacidade de atendimento triplicada, com
todas as facilidades de um empreendimento moderno e funcional; a construção da BR-
101-Norte e da ponte sobre o rio Potengi ligando o Forte dos Reis Magos à praia da
Redinha, constituindo importante acesso a praias de beleza internacionalmente
reconhecida como a de Genipabu, bem como a novos e grandes empreendimentos
turísticos.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
5
Com esses investimentos, o Estado deu um salto significativo de 1,2 milhões de
visitantes em 2002 para 2,2 milhões no ano de 2006 (ASSECOM-RN, 2007). A receita
do setor cresceu de 216 milhões de dólares em 2002 para 573 milhões de dólares em
2006. No mesmo período, o número de empregos gerados pela atividade subiu de 48,9
mil para mais de 120 mil (ASSECOM-RN, 2007).
Ainda na perspectiva de incrementar o turismo, mas também de impulsionar a
indústria local, destaca-se ainda a construção do aeroporto de São Gonçalo do
Amarante, o primeiro do país a ser construído pela iniciativa privada, através do modelo
de concessão pública, cuja abertura de licitação está prevista para o início de 2008.
Como parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), esse empreendimento
constitui uma das prioridades do Governo Federal na área de infra-estrutura
aeroportuária. Seu terminal de cargas deverá abrigar uma Zona de Processamento de
Exportações (ZPE) na região Nordeste, ou seja, o aeroporto vai funcionar como uma
ponte central do Brasil para o resto do mundo, em função da proximidade com a
Europa, a América do Norte e a África. Entre os bens comercializados nessa ZPE,
ressaltam-se os produtos de tecnologia e aqueles ligados à área de biotecnologia,
decorrentes da implantação do Centro de Neurociências. Outros produtos
manufaturados, que não concorram com a indústria local, também poderão compor a
ZPE do aeroporto.
Sob essa mesma ótica, outros empreendimentos também devem ser citados: a
duplicação da BR-101, a reestruturação do Terminal Salineiro de Areia Branca, a
transposição das águas do Rio São Francisco e a construção da Adutora do Alto Oeste
(BEZERRA, 2007).
Atualmente, além do turismo, os principais vetores do desenvolvimento
sustentado do Rio Grande do Norte são fruticultura, carcinicultura e indústrias do Pólo
Gás-Sal. Como essas atividades exercem forte pressão sobre a infra-estrutura do
Estado, e particularmente da região da Grande Natal, há necessidade de um
planejamento estratégico voltado para a sua programação, de modo a permitir que
sejam viabilizadas novas oportunidades econômicas relacionadas a esses setores.
Contudo, o Rio Grande do Norte possui muitos motivos para comemorar em se
tratando de indicadores sociais e econômicos. Dados divulgados por instituições como
o IBGE e o Ministério do Trabalho apontam que a renda domiciliar dos potiguares é a
maior do Nordeste, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,705 é o segundo
maior da região e o mercado de trabalho local está entre os que mais se destacam na
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
6
geração de empregos formais. Também o Estado é o destino preferido dos investidores
estrangeiros, e o Produto Interno Bruto (PIB) cresce acima da média nacional,
passando de R$ 9,8 bilhões em 2001 para R$ 17,9 bilhões em 2005 (IDEMA, 2004).
Nos últimos cinco anos, a renda domiciliar do potiguar cresceu mais de 65%. Em
2001, a renda domiciliar média no Estado era de R$ 702,00, saltando para R$ 1.161,00
em 2005. Nesse período, o maior aumento se deu nas classes mais pobres: para as
famílias que em 2001 ganhavam até um salário mínimo, o aumento da renda foi de
23,66%. Mais dinheiro no bolso significa que também houve um aumento no número de
empregos. Relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do
Ministério do Trabalho (CAGED) revela que em 2001 foram gerados 5.865 empregos
com carteira assinada (FIERN, 2005). Já em 2005 este saldo foi de 18.396 novas
oportunidades de trabalho, o melhor desempenho no Nordeste.
Com relação à distribuição da produção rural, grande parte está localizada no
semi-árido, dispondo de excelentes áreas para o cultivo de produtos agrícolas através
de sistemas de irrigação. O RN é o maior produtor de melão do país e vem-se
destacando também na produção de outras culturas, tais como: abacaxi, banana e
coco-da-baía, dentre outros. Estima-se que o fluxo médio de transporte de cargas
rodoviárias previsto para 2010, na região de acesso ao porto de Natal, deverá envolver
o expressivo número de 387 caminhões/dia no período de safra do melão (SEBRAE,
2006).
Na pecuária, é crescente a participação da caprinovinocultura no rebanho
estadual devido à fácil adaptação dessa atividade às condições climáticas da região. A
criação de camarão em cativeiro tornou-se uma atividade significante para a economia
do Estado, que dispõe de excelentes condições para o cultivo. Hoje, este produto é o
segundo na pauta de exportação do Estado.
Na indústria extrativa, a produção de sal marinho supera os 90% da oferta
nacional, e a produção de petróleo coloca o Rio Grande do Norte numa posição de
destaque, ficando atrás apenas do Estado do Rio de Janeiro. Sobressai-se também na
produção de gás natural, que atualmente vem sendo aproveitado pelo setor industrial e
automotivo. Entre as atividades fabris, a indústria têxtil tem se expandido através da
ampliação, modernização e implantação de novas empresas.
A infra-estrutura disponível cobre todas as regiões do Estado, com estradas
pavimentadas, energia elétrica, sistema de comunicação adequado, permitindo o
escoamento da produção em níveis satisfatórios.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
7
Para atrair indústrias, o Governo estadual concedeu nos últimos quatro anos
redução de carga tributária para mais de 120 empresas através do Programa de Apoio
ao Desenvolvimento Industrial (Proadi), totalizando 36 mil empregos diretos em todas
as regiões do Estado. Além disso, as empresas que se instalam em território potiguar
podem usufruir de gás com tarifa subsidiada e a infra-estrutura que o Estado oferece
(estradas, energia, entre outros) também é favorável para a atração de novos
investimentos.
Todos esses dados demonstram o grande potencial econômico do Estado do
Rio Grande do Norte e como ele tem alcançado bons índices de crescimento
econômico em relação aos demais estados do Nordeste. O cenário também se mostra
favorável em relação aos indicadores econômicos e sociais em nível nacional,
conforme demonstra dados do IBGE, de acordo com os quais a taxa de desemprego
nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil é de 9,3%, tratando-se, portanto,
da menor série histórica desde março de 2002.
Contudo ainda há muito a ser construído em termos de políticas públicas que
criem condições para o desenvolvimento sustentável, com elevação dos níveis de
escolaridade e formação de profissionais para atuar nos setores produtivos. Sob essa
perspectiva, o Rio Grande do Norte apresenta números preocupantes.
De acordo com o Dieese, foram criados 15.004 novos empregos formais em
2007, um número menor do que o de 2006, mas que representou aumento de 5,08%
no total de postos de trabalho, percentual que deixa o Estado em quarto lugar no
Nordeste. Ainda segundo o Dieese, no balanço do ano de 2007, os destaques foram a
indústria de transformação, que criou 6,8 mil vagas, e a agropecuária, que cortou 1,9
mil empregos. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged),
do Ministério do Trabalho, informam que a quantidade de novas vagas em 2007 é 2,1%
menor do que as 15.341 geradas em 2006.
Em relação aos desempregados, os números são estarrecedores, quando se
analisa a sua vinculação com o grau de escolaridade dos trabalhadores. Do universo
pesquisado pelo Dieese, de 1.508 desempregados em seis municípios da Grande Natal
e quatro do interior do Estado, 28,3% estão sem trabalho há mais de 15 meses. E a
falta de escolaridade dos trabalhadores é a maior causa de desemprego, sendo,
portanto, a escolaridade um dos principais requisitos na hora de uma empresa
contratar mão-de-obra. Mais de 50% dos desempregados no Rio Grande do Norte não
têm o primeiro grau completo. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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(Pnad) do IBGE, em 2006, revelam que de cada cinco jovens com idade entre 18 e 29
anos só um termina o ensino fundamental. O Rio Grande do Norte fica na sexta
posição com 34% dessa faixa etária fora da escola.
Quanto à média salarial paga pelo mercado potiguar, esta representa a menor
média salarial do país. São salários de R$ 463,86 mensais, em média, contra R$
524,76 médios no Nordeste e R$ 730,52 no Brasil. O RN chega, inclusive, a colocar-se
em patamar inferior ao Piauí, que é considerado um dos estados mais pobres da
região, mas que paga salários médios de R$ 466,35.
Pelo levantamento, a maior parte dos postos de trabalho abertos no primeiro
semestre de 2007 (37.511) oferece remuneração na faixa de 1,01 a 1,5 salário mínimo
(R$ 383,80 a R$ 570), o que representa 56,55% do total de vagas abertas (66.337).
Outros 16.767 trabalhadores foram contratados por 0,5 a 1,0 salário mínimo (R$ 190 a
R$ 380) ou 25,28%. Apenas 5.237 estão na faixa de 1,5 a 2 salários mínimos (R$ 570
a R$ 760), o que equivale a 7,89%. O Dieese no RN mostra, ainda, que as
contratações são significativamente menores nas faixas superiores a três salários
mínimos (R$ 1.140). Os salários pagos na faixa de 7,01 a 10 mínimos (R$ 2.660 a R$
3.800) representam apenas 0,28% das admissões.
Diante de problemas como falta de capacitação profissional e crescimento
econômico baixo, o Brasil está se transformando no país do salário mínimo, e o Rio
Grande do Norte segue o mesmo caminho. Apesar da precarização da mão de obra, os
dados do Dieese mostram que 64,2% desses novos contratos foram fechados com
trabalhadores que tinham o Ensino Médio (2º grau) completo.
Além da escolaridade, outro ponto que chama atenção nas novas vagas é a
idade, pois 85,5% delas se voltaram para jovens entre 18 e 24 anos. Já entre os
trabalhadores com 40 anos ou mais, não houve abertura de postos, mas sim
demissões. Isso é motivo de preocupação, pois, o Rio Grande do Norte conta
efetivamente como fator principal de atração de investimentos mão-de-obra abundante
e barata (CAVALCANTE; FERREIRA, 2002).
No campo da educação superior e tecnológica pública, o Estado possui duas
universidades federais (Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN e a
Universidade Federal do Semi-árido – UFERSA), uma universidade estadual
(Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN) e um centro federal de
educação profissional (Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do
Norte – CEFET-RN), mas que não chegam a cobrir toda a dimensão territorial potiguar.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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De fato, a precária escolaridade de sua população poderá comprometer o ritmo
de crescimento da economia e do desenvolvimento do Estado. Basta verificar o baixo
desempenho das escolas públicas no último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM,
2006. O Rio Grande do Norte apresentou-se como um dos estados de pior
desempenho no país. Quando analisado o ranking nacional, os alunos potiguares
ocuparam apenas a 23ª colocação em português, e a 21ª em matemática, entre as 27
unidades federativas. A média foi de 37,15 pontos, uma das mais baixas do exame.
Em face do exposto, pode-se inferir que a liberalização e modernização da
economia brasileira não vêm contribuindo para a redução das profundas desigualdades
sócio-econômicas existentes em nível nacional, regional ou local. Serão necessárias
medidas governamentais de maior impacto tanto na economia, como no setor
educacional, notadamente na formação de mão-de-obra qualificada para fomentar o
desenvolvimento do país. Para isso, a expansão da rede de escolas técnicas, a
expansão do ensino superior – REUNI e a transformação dos CEFET em Institutos
Federais de Educação Ciência e Tecnologia – IFET constituem importantes iniciativas
para garantir uma educação de qualidade.
Quanto a esse último aspecto, no que diz respeito à transformação do CEFET-
RN no IFET do Rio Grande do Norte, objeto do presente trabalho, será apresentada a
seguir a caracterização da Instituição, partindo-se do Projeto Político-Pedagógico, que
orienta toda a atuação institucional, passando pelo diagnóstico das Unidades de
Ensino que compõem este Centro Federal até chegar aos principais indicadores do
desempenho do CEFET-RN em gestão de ensino, pesquisa e extensão.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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3. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CEFET-RN
O Projeto Político-Pedagógico do CEFET-RN, em constante construção,
avaliação e aprimoramento, apresenta, com base nas relações entre sociedade,
estado, tecnologia, trabalho, cultura e educação e partindo de determinadas
concepções de ser humano, educação e currículo, as diretrizes para a ação
institucional, pautadas em sua função social, características e objetivos, buscando a
integração entre ensino, pesquisa e extensão. (BRASIL, CEFET-RN, 2005).
A ação do CEFET-RN está fundamentada em princípios emanados da
Constituição Federal e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no.
9.394/96, de forma que suas ações educativas são pautadas pela liberdade de
aprender, de ensinar, de pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; apreço à tolerância; valorização do
profissional da educação; gestão democrática; garantia de um padrão de qualidade;
valorização de experiências extra-escolar; e vinculação entre educação escolar, o
mundo do trabalho e as práticas sociais.
3.1. CARACTERÍSTICAS E OBJETIVOS DO CEFET-RN
As características e os objetivos do CEFET-RN, assim como das demais
instituições que integram a rede federal de educação tecnológica, são definidos através
de legislação específica (Decreto no. 5.224/2004). Dessa forma, o CEFET-RN tem
como características básicas:
I. Oferta de educação tecnológica, levando em conta o avanço do
conhecimento tecnológico e a incorporação crescente de novos métodos e
processos de produção e distribuição de bens e serviços;
II. Atuação prioritária na área tecnológica, nos diversos setores da economia;
III. Conjugação, no ensino, da teoria com a prática;
IV. Articulação verticalizada e integração da educação tecnológica aos
diferentes níveis e modalidades de ensino, ao trabalho, à ciência e à
tecnologia;
V. Oferta de ensino superior de graduação e de pós-graduação na área
tecnológica;
VI. Oferta de formação especializada em todos os níveis de ensino, levando
em consideração as tendências do setor produtivo e do desenvolvimento
tecnológico;
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11
VII. Realização de pesquisas aplicadas e prestação de serviços;
VIII. Desenvolvimento da atividade docente, abrangendo os diferentes níveis e
modalidades de ensino, observada a qualificação exigida em cada caso;
IX. Utilização compartilhada dos laboratórios e dos recursos humanos pelos
diferentes níveis e modalidades de ensino;
X. Desenvolvimento do processo educacional que favoreça, de modo
permanente, a transformação do conhecimento em bens e serviços, em
benefício da sociedade;
XI. Estrutura organizacional flexível, racional e adequada às suas
peculiaridades e objetivos;
XII. Integração das ações educacionais com as expectativas da sociedade e as
tendências do setor produtivo.
Ainda com base na mesma legislação, observadas as características definidas
anteriormente, o CEFET-RN tem por objetivos:
I. Ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores,
incluídos a iniciação, o aperfeiçoamento e a atualização, em todos os
níveis e modalidades de ensino;
II. Ministrar educação de jovens e adultos, contemplando os princípios e
práticas inerentes à educação profissional e tecnológica;
III. Ministrar ensino médio, observada a demanda local e regional e as
estratégias de articulação com a educação profissional técnica de nível
médio;
IV. Ministrar educação profissional técnica de nível médio, de forma articulada
com o ensino médio, destinada a proporcionar habilitação profissional para
os diferentes setores da economia;
V. Ministrar ensino superior de graduação e de pós-graduação lato sensu e
stricto sensu, visando à formação de profissionais e especialistas na área
tecnológica;
VI. Ofertar educação continuada, por diferentes mecanismos, visando à
atualização, ao aperfeiçoamento e à especialização de profissionais na
área tecnológica;
VII. Ministrar cursos de licenciatura, bem como programas especiais de
formação pedagógica, nas áreas científica e tecnológica;
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12
VIII. Realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções
tecnológicas de forma criativa e estendendo seus benefícios à comunidade;
IX. Estimular a produção cultural, o empreendedorismo, o desenvolvimento
científico e tecnológico e o pensamento reflexivo;
X. Estimular e apoiar a geração de trabalho e renda, especialmente a partir de
processos de autogestão, identificados com os potenciais de
desenvolvimento local e regional;
XI. Promover a integração com a comunidade, contribuindo para o seu
desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida, mediante ações
interativas que concorram para a transferência e aprimoramento dos
benefícios e conquistas auferidos na atividade acadêmica e na pesquisa
aplicada.
3.2. FUNÇÃO SOCIAL DO CEFET-RN
Em consonância com as características e objetivos acima definidos, a função
social do CEFET-RN foi definida internamente nos seguintes termos: promover a
educação científico-tecnológico-humanística visando à formação integral do
profissional-cidadão crítico-reflexivo, competente técnica e eticamente e comprometido
efetivamente com as transformações sociais, políticas e culturais e em condições de
atuar no mundo do trabalho na perspectiva da edificação de uma sociedade mais justa
e igualitária, através oferta da formação inicial e continuada de trabalhadores; da
educação profissional técnica de nível médio; da educação profissional tecnológica de
graduação e pós-graduação; e da formação de professores fundamentais na
construção, reconstrução e transmissão do conhecimento.
Dessa forma, a partir de sua função social, a Instituição aponta as diretrizes de
sua atuação, assumindo uma linha de ação política, que implica a decisão de contribuir
para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Desde o ponto de vista
simbólico, essa função social está repleta de significado para os distintos agentes da
Instituição, pois tem o objetivo de criar identidade entre os setores do CEFET-RN - é
um elemento aglutinativo, que perpassa todos os objetivos institucionais.
3.3. CONCEPÇÃO, PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DO CURRÍCULO
Para o CEFET-RN, o currículo é um conjunto integrado e articulado de
atividades, pedagogicamente concebidas a partir de uma determinada visão de
homem, de mundo, de sociedade, de trabalho, de cultura e de educação, organizadas
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13
para promover a construção e a reconstrução do conhecimento, visando o
desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade.
3.3.1. BASES LEGAIS
As bases legais constituem os fundamentos estabelecidos pela legislação
vigente que define a natureza da educação profissional, prevista no parágrafo 2º do
artigo 36 e nos artigos 39 a 42 da Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - LDB,
além das seguintes normas legais complementares:
• Lei nº. 5.524 de 05 de novembro de 1968, que dispõe sobre o exercício da
profissão de Técnico Industrial de Nível Médio, e o Decreto no. 90.922, de
06 de fevereiro de 1985, que a regulamenta;
• Resolução da Câmara de Educação Básica/CNE, no. 15/98, que
regulamenta as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio-
DCNEM;
• Resolução no. 03/98-CNE, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio;
• Parecer CNE/CEB no. 16/99, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Profissional de Nível Técnico, atual Educação Profissional
Técnica de Nível Médio;
• Resolução CNE/CEB no. 04/99, que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico;
• Resolução CNE/CP no. 01, de 18 de fevereiro de 2002, que institui as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da
Educação Básica, em nível superior, através dos cursos de licenciatura de
graduação plena;
• Resolução no. 03, de 18 de dezembro de 2002, que institui as diretrizes
curriculares nacionais gerais para a organização e o funcionamento dos
cursos superiores de tecnologia;
• Parecer no. 35/2003 CNE/CEB, que estabelece normas para organização e
realização de estágio de alunos do Ensino Médio e da Educação
Profissional;
• Resolução CNE/CEB no. 01, de 21 de janeiro de 2004 que estabelece as
diretrizes nacionais para a organização e a realização de estágio de alunos
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14
da Educação Profissional e do Ensino Médio, inclusive nas modalidades de
Educação Especial e de Educação de Jovens e Adultos;
• Decreto no. 5.154/2004, de 23 de julho de 2004, que regulamenta o
parágrafo 2º do artigo 36 e os artigos 39 a 41 da LDB, os quais
estabelecem diretrizes para a educação profissional;
• Decreto no. 5.224/2004, de 1º. de outubro de 2004, que dispõe sobre a
organização dos Centros Federais de Educação Tecnológica;
• Decreto no. 5.225/2004, de 1º. de outubro de 2004, que altera dispositivos
do Decreto no. 3.860/2001, de 9 de julho de 2001, que dispõe sobre a
organização do ensino superior e a avaliação de cursos e instituições;
• Decreto nº. 5.840/2006, de 13 de julho de 2006, que institui, no âmbito
federal, o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com
a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos; e
• Resolução CNE/CEB nº 01, de 5 de julho de 2000, que estabelece as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação e Jovens e Adultos.
3.3.2. BASES SÓCIO-CULTURAIS
Compreender a cultura e os mecanismos simbólicos que ela constrói implica
percebê-la como um conjunto de estratégias resultantes de processos sociais que
condicionam atitudes, comportamentos e condutas, todos esses acionados por
suportes ideológicos e valorativos. A cultura, então, assume o papel de estrutura social
fornecedora de sentidos e significados para vida em sociedade.
O Projeto Político-Pedagógico do CEFET-RN assume a cultura como um
repertório de símbolos que fornece laços identitários entre os integrantes de
determinados conjuntos sociais, cuja relevância se mostra essencial ante o processo
esmagador promovido pela “globalização”, a qual interfere decisivamente nos valores e
culturas locais. Assim, acredita-se que é papel irrenunciável da escola oferecer uma
leitura crítica desse processo para seus alunos, de modo a proporcionar-lhes o
instrumental para dialogar com os valores oferecidos em escala mundial, sem perder
de vista a identidade local e os elementos que a compõem.
3.3.3. BASES FILOSÓFICAS
O pensamento crítico-social-histórico associado à visão sistêmica, relacional e
aberto traz consigo a idéia de movimento, de mudança, de inovação, de transformação,
de fluxo contínuo, de processos auto-organizadores e auto-reguladores, sinalizando a
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15
existência de um dinamismo que traduz a natureza cíclica e fluida desses processos.
Ele nos fala de relações entre totalidades e partes e das partes entre si. Assim, pensar
de modo sistêmico é pensar de maneira complexa, dialógica e transformadora.
A concepção crítico-social-histórica abordada através de uma visão sistêmica
permite-nos reconhecer que as nossas ações são influenciadas pela história, pelos
espaços geográficos, pensamentos, crenças, valores, reações dos outros que
contribuem para que haja uma conscientização da necessidade de transformar a
realidade vigente. O contexto da formação está sempre em transformação, já que tudo
que se forma também se transforma através da reflexão e da crítica, que produzem
uma nova formulação, a qual aponta na direção de uma ação inovadora e
transformadora do status quo vigente. Isso porque, desde o primeiro momento em que
o educador atua, ele está interatuando em função dos pressupostos de
intersubjetividade e complexidade.
Dessa forma, percebe-se que essa epistemologia compreende o que se deseja
para o currículo do CEFET-RN, pois é um conceito capaz de articular aspectos
epistemológicos, filosóficos, metodológicos, sócio-culturais, legais etc., que integram os
vários princípios e conceitos apresentados neste projeto político-pedagógico.
Tudo isso se constitui em reflexos dos aspectos filosóficos de um currículo.
Esses aspectos devem ser a linha diretriz da ação escolar, o que se traduz na função
social e nos objetivos aos quais se propõe a Instituição, bem como nas maneiras
através das quais estes podem ser alcançados, de forma a permitir que professores e
alunos façam uma reflexão crítica acerca dos problemas inerentes ao processo de
formação do indivíduo.
Adotar uma perspectiva crítica como pressuposto do currículo significa
reconhecer a não-neutralidade da ciência, dos saberes e das atitudes de quem
aprende e de quem ensina. Significa também contribuir para a formação de
determinados valores dos alunos, o que leva a dimensionar uma ótica da relação entre
interesses e saberes/conhecimentos, entre os componentes afetivo, cognitivo, social e
psicomotor gerados no marco das estruturas e das dinâmicas de poder para assumir
um compromisso com a sociedade.
Diante dessa perspectiva, a concepção que norteia o projeto político pedagógico
do CEFET/RN baseia-se:
• no dever de desenvolver ações que contribuam para a construção de uma
sociedade democrática e, portanto, mais justa e igualitária, o que implica no
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16
compromisso com a transformação da sociedade vigente, tendo como
referência os interesses sociais e coletivos, notadamente os das classes
populares;
• numa visão de homem como sujeito histórico, produto e produtor das
relações econômicas, sociais, políticas e culturais, que se situa no contexto
das contradições caracterizadoras de uma sociedade capitalista. Dessa
forma, o homem assume uma atitude de trabalhar a favor de uma sociedade
mais justa, da democracia e da identidade no projeto social do qual participa.
3.3.4. BASES EPISTEMOLÓGICAS
Na base de toda organização curricular, existe uma questão de natureza
epistemológica, decorrente de um sistema filosófico que garante o arcabouço teórico
norteador das grandes linhas a serem adotadas. As bases epistemológicas
representam uma concepção de aprendizagem, sociedade, de educação, de cultura,
tecnologia e ser humano e, conseqüentemente, referem-se às formas de organizar o
processo segundo as intencionalidades educativas.
São fundamentos que influenciam o pensamento humano na direção de uma
nova construção e reconstrução não apenas da educação, mas, sobretudo, de um
melhor reposicionamento do aprendiz diante do mundo e da vida, a partir de uma
compreensão mais adequada do que seja a realidade e o significado de sua própria
humanidade.
Os fundamentos epistemológicos presentes nas novas ciências têm como
objetivo combater o modelo causal tradicional presentes nas teorias instrucionistas, ao
mesmo tempo em que oferecem algumas chaves pedagógicas importantes embutidas
nesses fundamentos e que, talvez, possam ser mais bem compreendidas e exploradas
pelos educadores e pela ciência, em geral.
Por isso, acredita-se que o pensamento crítico-social-histórico apoiado numa
abordagem sistêmica é capaz de responder aos desafios de nossa realidade atual e da
complexidade implícita nos processos de (re)construção do conhecimento e na
aprendizagem, já que ele é capaz de captar interações e implicações mútuas, além de
compreender as múltiplas realidades de nossa sociedade.
Esse pensamento permite também uma compreensão das diferentes direções
do conhecimento caracterizadas pela disciplinaridade, multidisciplinaridade, inter e
transdisciplinaridade. Reconhece a importância primordial de se tentar contextualizar
as disciplinas, compreender em que meio elas nascem, quais os problemas que
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17
levantam ou quando é que ficam obsoletas e necessitam ser modificadas ou
transformadas.
Para reforçar essa visão, pode-se recorrer a Morin (2000), de acordo com quem
é preciso saber ultrapassar as disciplinas e conservar o que for importante e necessário
em cada uma delas, destacando assim que a natureza disciplinar deve ser, ao mesmo
tempo, aberta e fechada. Aberta às inovações, ao inesperado e ao novo; aberta a
novas metodologias e estratégias, mas relativamente fechadas em relação às
finalidades e objetivos educacionais que a caracterizam como tal, pois convém
reconhecer que existe um conjunto de conhecimentos específicos no interior de cada
disciplina, embora saibamos que estes deverão ser revisados sempre que necessário.
Por isso, a identificação e a clareza de algumas bases epistemológicas são
muito importantes, especialmente para a abertura e o desenvolvimento de novas
reflexões e compreensões quanto às implicações no processo de construção do
conhecimento e da aprendizagem. Servirão também como uma síntese para a
discussão de possíveis implicações pedagógicas dessa linha de pensamento. A
preocupação maior é iniciar um diálogo, colaborar para a discussão a respeito do que
já existe e principalmente discutir os fundamentos epistemológicos capazes de orientar
a construção de um pensamento voltado para a compreensão e a valorização da
dinâmica da vida nos processos de (re)construção do conhecimento e nos ambientes
educacionais.
Assim, dentre os princípios e diretrizes que fundamentam o projeto político-
pedagógico do CEFET-RN, destacamos os seguintes: estética da sensibilidade; política
da igualdade; ética da identidade; inter e transdisciplinaridade; contextualização;
flexibilidade; e intersubjetividade. Tal é a base política-pedagógica em que se apóia o
desenvolvimento das ações da Instituição, cujo diagnóstico será apresentado a seguir,
procurando-se descrever, entre outros aspectos, a área de abrangência, a infra-
estrutura física constituída, o quadro de pessoal e as ofertas educacionais de cada uma
de suas Unidades de Ensino.
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18
4. DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DE ENSINO DO CEFET-RN
A estrutura organizacional do CEFET-RN conta, atualmente, com cinco unidades
de ensino, assim denominadas: Unidade Sede (Natal-RN), Unidade da Zona Norte de
Natal (Natal-RN), Unidade de Mossoró, Unidade de Ipanguaçu e Unidade de Currais
Novos.
O quadro de pessoal efetivo do CEFET-RN está composto por 748 servidores,
sendo 416 docentes e 332 técnicos-administrativos. A Tabela 1 especifica o número e
qualificação de professores e de técnicos administrativos do quadro efetivo por regime
de trabalho, por cargo/titulação. É importante ressaltar que o número total de
servidores não inclui os cargos que ainda serão disponibilizados em função da
conclusão da fase I da expansão da rede federal de educação profissional e
tecnológica do MEC, restando, ainda, a contratação de 30 docentes (dos 40 iniciais por
unidade) e 91 técnicos-administrativos (dos 65 iniciais por unidade).
Tabela 1 – Total de servidores do quadro efetivo do CEFET-RN. Fonte: SIAPE, 2007.
REGIME DE TRABALHO SERVIDORES DE 40
horas 30
horas 20
horas TOTAL %
DOCENTES Doutores 41 02 –– 02 45 10,8% Mestres 186 11 –– 12 209 50,2% Especialistas 87 07 –– 08 102 24,5% Aperfeiçoado 06 –– –– –– 06 1,4% Graduados 45 06 –– 03 54 13,0% SUBTOTAL 365 26 –– 25 416 ––
TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS Nível Superior –– 76 02 05 83 25,0% Nível Intermediário –– 219 –– 02 221 66,6% Nível Auxiliar –– 28 –– –– 28 8,4% SUBTOTAL –– 332 02 07 332 ––
TOTAL 365 358 02 32 748 ––
A partir do projeto político-pedagógico, com base na sua função social e nos
objetivos definidos para a ação institucional, a oferta educacional do CEFET-RN
concentra-se nos seguintes níveis/modalidades de ensino, inclusive na modalidade de
educação à distância:
• Educação profissional técnica de nível médio na forma integrada (regular e
PROEJA);
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19
• Educação profissional técnica de nível médio na forma subseqüente;
• Educação profissional tecnológica de graduação;
• Formação de professores;
• Pós-graduação lato sensu; e
• Formação inicial e continuada de trabalhadores.
A Tabela 2 especifica o número de alunos atendidos nos cursos regulares, por
nível/modalidade de ensino atualmente ofertados, além dos cursos de formação inicial
e continuada e dos projetos e programas de extensão.
Tabela 2 – Total de alunos por nível/modalidade de ensino do CEFET-RN.
Fonte: Relatório de Gestão do CEFET-RN, 2007.
Nível/Modalidade Matrículas % Cursos Regulares 7.226 –– Pós-graduação 286 4,0% Cursos Superiores de Tecnologia 1.414 19,6% Licenciaturas 337 4,7% Cursos Técnicos Subseqüentes 2.567 35,5% Cursos Técnicos Integrados 2.573 35,6% Ensino Médio 49 0,7% Cursos de Formação Inicial e Continuada 8.745 –– Total 15.971 ––
De forma a contribuir para o acesso e permanência desses alunos nas
atividades acadêmicas, o CEFET-RN desenvolve programas de assistência estudantil,
financiados, em sua grande maioria, pelo próprio orçamento. A Tabela 3 apresenta o
total de alunos atendidos nos programas de assistência estudantil.
Tabela 3 – Total de alunos atendidos em programas de assistência estudantil no CEFET-RN.
Fonte: Relatório de Gestão do CEFET-RN, 2007.
Atividade Alunos Atendidos
Alimentação Escolar 1.899 Iniciação ao Trabalho 348 Isenção de Taxas 1771 Material Didático 515 Auxílio-Transporte 358 Caracterização socioeconômica 1.912 Atendimento Individualizado 1.891 Atendimento Psicológico 1218 Fardamento Escolar 72 Jovem Aprendiz 16 Consultas oftalmológicas 41
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Exames laboratoriais 104 Medicamentos 42 Óculos de grau 08 Enfermagem (procedimentos) 3.503 Encaminhamento hospitalar 10 Vacinação 632 Consultas médicas 1.534 Odontologia 4.195 Fisioterapia 2.190 Imobilização 06 Pequenas cirurgias 06 Total 22.271
A seguir, para cada uma das atuais unidades de ensino, são apresentados: a
caracterização socioeconômica e educacional da área de abrangência da unidade; o
número e a qualificação de servidores do quadro efetivo; uma descrição sumária da
infra-estrutura física constituída; bem como a relação dos cursos regulares atualmente
ofertados e o número de alunos, por nível/modalidade de ensino.
4.1. UNIDADE SEDE
A cidade do Natal, capital do Rio Grande do Norte, está localizada na
microrregião de Natal, mesorregião do Leste Potiguar. Nas décadas finais do século
XX, o gradual avanço no processo de industrialização do Estado, especialmente no
ramo têxtil e de confecções, concentrado basicamente na capital e no seu entorno,
atraiu substancial migração para as cidades que atualmente integram a Região
Metropolitana de Natal – Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, Extremoz,
Ceará-Mirim, São José de Mipibu, Nísia Floresta e Monte Alegre. A partir de 2000, a
população dessa região ultrapassou 700.000 habitantes, sendo esse crescimento
demográfico ampliado com o incremento da atividade turística em Natal e seus
arredores, especialmente nas áreas litorâneas.
Em 2007, Natal atinge uma população de 744.205 habitantes, apresentando os
seguintes indicadores: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,707 e taxa de
alfabetização de 88,7% da população (IBGE, 2007). Segundo o IBGE, o PIB de Natal
em 2005 era de R$ 7.004.232 mil e, em 2007, o PIB per capita chega a R$ 9.047,00.
A economia da cidade está basicamente assentada no comércio, na indústria,
na extração mineral e principalmente no turismo, chegando a concentrar atualmente
25% de sua população economicamente ativa como mão-de-obra trabalhando nessa
atividade. Embora seus principais atrativos naturais estejam ao longo da costa, fora dos
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21
limites do município, é na zona urbana onde está concentrada a maior parte dos hotéis,
shoppings, restaurantes e bares, principalmente na Via Costeira (hotéis) e na Praia de
Ponta Negra (bares, restaurantes, shoppings e lojas de artesanato).
A cidade de Natal possui uma boa infra-estrutura básica. Hoje quase 100% de
seus domicílios são atendidos pela rede elétrica e mais de 93% são ligados ao
abastecimento de água. Por outro lado, menos de 30% têm saneamento básico. Na
área de comércio e serviços, possui seis mercados públicos, sete feiras livres, 128
supermercados, 11 shoppings, 1173 restaurantes, 443 postos de medicamentos,
farmácias e drogarias (FIERN, 2003). Já no setor industrial, possui 522
microempresas, 56 pequenas empresas, 22 empresas de médio porte e sete grandes
empresas (FIERN, 2005).
No campo educacional, Natal possui quatro estabelecimentos federais, 129
estaduais e 251 municipais, totalizando 478, segundo a Secretaria de Educação e
Cultura do Estado. Há duas instituições públicas de ensino superior, cujas sede e
campus principal estão situados em Natal: a Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN) e o Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte
(CEFET-RN), ambas mantidas pelo Governo Federal. Há ainda um campus da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), mantida pelo Governo
Estadual. A UFRN é o principal centro de ensino universitário e de pesquisa científica
do Estado.
Além destas, há diversas instituições privadas de ensino superior em Natal,
algumas das quais atuando em várias áreas de ensino. A única universidade privada
do estado é a Universidade Potiguar (UnP). Existem também outras faculdades
particulares como a FATERN-Gama Filho, FAL, FANEC, Faculdade Câmara Cascudo,
FACEN, FACEX, a FARN, mantida pela Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, a
Faculdade Católica Nossa Senhora das Neves, a União Americana, a UVA
(Universidade Vale do Acaraú) e a Faculdade CDF. Há também na cidade diversas
instituições de ensino superior à distância.
Em 2006, foi inaugurado o Instituto Internacional de Neurociências de Natal, com
sede na capital potiguar. Tal iniciativa, idealizada pelo neurocientista Miguel Nicolelis,
considerado um dos vinte mais importantes neurocientistas em atividade no mundo,
visa descentralizar a pesquisa nacional, atualmente restrita às regiões Sudeste e Sul.
Nesse contexto, está situada a Unidade Sede do CEFET-RN, cuja história se
confunde com a própria história da Instituição. Suas origens remontam a 23 de
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22
setembro de 1909, quando Nilo Peçanha, então Presidente da República, assinou o
Decreto n°. 7.566, criando 19 Escolas de Aprendizes Artífices, dentre elas a do Rio
Grande do Norte, instituindo, dessa forma, o ensino profissional primário gratuito.
Assim, em 3 de janeiro de 1910, instalou-se na capital a Escola de Aprendizes Artífices
de Natal, no prédio do antigo Hospital da Caridade, atual Casa do Estudante. Em 1914,
a Instituição, que, ao longo do tempo, passaria por muitas transformações e receberia
diferentes denominações, foi transferida para a Avenida Rio Branco, Cidade Alta, onde
funcionou até 1967, quando se mudou para as atuais instalações.
Vale salientar que, de lá para cá, passados 40 anos, o prédio histórico da Av.
Rio Branco, que foi tomado da Instituição à época da Ditadura Militar e posteriormente
cedido à UFRN, está sendo devolvido ao CEFET-RN, através de um Contrato de
Cessão de Uso firmado em dezembro próximo passado. Tombado como patrimônio
histórico-cultural, suas instalações encontram-se em precárias condições de
conservação, devendo ser restauradas e recuperadas para aí ser implantado um
Centro Cultural, vinculado à Unidade Sede.
Dessa forma, a Unidade Sede não é apenas a unidade precursora, mas também
difusora e propulsora da ação institucional, funcionando como referência para as
demais unidades. Suas instalações atuais, localizadas na Av. Senador Salgado Filho
com a Av. Bernardo Vieira, em área privilegiada da cidade, compreendem um terreno
de 90.000 m2, cujo prédio principal foi inaugurado em 1967. A área construída é de
42.848 m2, sendo 9.324 m2 de área administrativa, 11.710 m2 de área pedagógica
(salas de aula e laboratórios) e 24.169 m2 de área esportiva. A estrutura física é
constituída dos seguintes componentes:
• Auditório (500 lugares) e Miniauditório (100 lugares);
• Salas de professores (07);
• Salas de aulas teóricas (76);
• Salas de videoconferência (01) e audiovisual (09);
• Biblioteca (01) e videoteca (01);
• Cantina/Lanchonete (01), refeitório (01) e alojamentos (02);
• Unidade de assistência médico-odontológica (01) e de acompanhamento
psicológico (01);
• Piscinas (02), quadras esportivas (03), ginásio poliesportivo (01), campo de
futebol (01) com pistas de atletismo.
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23
• Laboratórios de Construção Civil (12), Indústria (15), Informática (21), Meio
Ambiente (05), Mineração (12), Segurança do Trabalho (02), Línguas
Estrangeiras (09), Biologia (01), Física (01), Química (01).
Figura 1 – Fotos da Unidade Sede e prospecto do prédio da Av. Rio Branco, 2007.
O quadro de servidores da Unidade Sede é composto por 285 docentes, sendo
23 graduados, 04 aperfeiçoados, 75 especialistas, 145 mestres e 38 doutores,
distribuídos entre disciplinas de formação geral e de formação tecnológica; e 204
técnicos-administrativos, sendo 46 ocupantes de cargos de nível superior, 140 de nível
intermediário e 18 de nível auxiliar.
Atualmente, estão sendo atendidos 5.307 alunos nas áreas de formação de
professores, construção civil, indústria, recursos naturais, informática, gestão,
comércio, serviços e segurança do trabalho, sendo em cursos técnicos integrados
regulares e na modalidade EJA, em cursos técnicos subseqüentes, cursos superiores
de tecnologia, licenciaturas e pós-graduação. A Tabela 4 especifica o número de
alunos, por nível/modalidade de ensino, bem como os cursos regulares atualmente
ofertados.
Tabela 4 – Total de alunos por curso e nível/modalidade de ensino na Unidade Sede, 2007.
Curso MatrículasPós-Graduação 251 Atualização em Educação Ambiental e Geografia do Semi-árido 186 Curso de Especialização em Educação Profissional e Tecnológica 25 Especialização PROEJA 40 Licenciatura 337 Licenciatura em Espanhol 68 Licenciatura em Física 125 Licenciatura em Geografia 144 Graduação Tecnológica 1.414 Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas 136 Tecnologia em Automação Industrial 191 Tecnologia em Comércio Exterior 119 Tecnologia em Construção de Edifícios 114
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Tecnologia em Controle Ambiental 24 Tecnologia em Desenvolvimento de Software 105 Tecnologia em Fabricação Mecânica 132 Tecnologia em Gestão Ambiental 162 Tecnologia em Lazer e Qualidade de Vida 59 Tecnologia em Materiais 71 Tecnologia em Meio Ambiente 4 Tecnologia em Produção da Construção Civil 45 Tecnologia em Redes de Computadores 100 Tecnologia em Gestão Ambiental a Distância 152 Técnicos Subseqüentes 1.891 Técnico em Construção Predial 37 Técnico em Controle Ambiental 227 Técnico em Desenho de Projetos de Edificações 35 Técnico em Desenvolvimento de Sistemas para Internet 73 Técnico em Edificações 110 Técnico em Eletrotécnica 140 Técnico em Geologia e Mineração 134 Técnico em Hotelaria 1 Técnico em Manutenção de Computadores 22 Técnico em Mecânica 119 Técnico em Operação e Manutenção da Produção de Petróleo e Gás Natural 32 Técnico em Redes de Computadores 26 Técnico em Segurança do Trabalho 107 Técnico em Turismo 120 Técnico em Mineração – EaD 98 Técnico em Saneamento Ambiental - EaD – Inspetor 31 Técnico em Saneamento Ambiental - EaD – Auxiliar 579 Técnicos Integrados 1.385 Técnico em Controle Ambiental 216 Técnico em Controle Ambiental – EJA 43 Técnico em Edificações 228 Técnico em Eletrotécnica 112 Técnico em Geologia e Mineração 223 Técnico em Informática 228 Técnico em Mecânica 112 Técnico em Turismo 223 Ensino médio 29 Formação Inicial e Continuada 4.892 Total 10.199
4.2. UNIDADE DA ZONA NORTE DE NATAL
A Zona Norte de Natal, inserida na microrregião de Natal, tem crescido em
número de habitantes, com a formação de diferentes conjuntos habitacionais e em
decorrência de investimentos nas indústrias têxteis, de vestuário, alimentos, além da
atividade turística. Especificamente, possui 244.743 habitantes, perfazendo,
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
25
juntamente com os municípios adjacentes de São Gonçalo do Amarante, Extremoz e
Ceará-Mirim, um total de 420.860 habitantes, o que representa uma população de
cerca de 15,16% do Estado.
Nessa região estão concentrados o Distrito Industrial de Natal, um Pólo
Cerâmico, o novo Aeroporto Internacional de cargas de São Gonçalo do Amarante,
considerado o integrador das atividades de logística e transporte do Mercosul com
Europa e Estados Unidos da América, além de uma expansiva atividade turística,
setores de serviço e comércio varejista e usinas de produção e beneficiamento de
açúcar.
Outros fatores que têm impulsionado o desenvolvimento local podem ser
destacados: a inauguração da ponte Newton Navarro (Forte-Redinha), que está
atraindo grandes empreendimentos e investidores estrangeiros no setor turístico e
imobiliário; a aprovação do novo plano diretor da Zona Norte de Natal, que promete um
aumento da atividade imobiliária na região; a construção de supermercados de grande
porte, de um grande shopping, de um Centro de Lazer e Cultura e a ampliação das
linhas de ônibus dentro da própria Zona Norte, o que contribuirá para o incremento da
atividade comercial da região e para o crescimento da demanda dos serviços ofertados
à população; a quantidade de escolas públicas na região, muito superior número de
escolas particulares, proporcionando a celebração de convênios para a formação inicial
e continuada para os alunos e funcionários.
Em relação a esse último aspecto, observa-se que há uma grande
predominância de alunos freqüentando a rede estadual, seguindo-se da rede privada e
das redes municipal e federal, sendo que alguns dos estabelecimentos públicos
trabalham especificamente com Educação de Jovens e Adultos (EJA). Isso evidencia a
necessidade de melhoria no atendimento àqueles estudantes que foram formados pela
rede estadual e municipal.
Nesse contexto, a Unidade da Zona Norte de Natal do CEFET-RN, em
funcionamento desde 2006, vem ao encontro das demandas identificadas para
capacitação de profissionais em cursos técnicos, superiores e cursos de formação
inicial e continuada, nas áreas de indústria e informática, com capacidade para ampliar
sua oferta para as áreas de vestuário, construção civil, turismo e hotelaria e gestão e
negócios, visando atender, principalmente, as necessidades de profissionalização de
jovens e adultos atualmente sem perspectivas devido à inexistência de instituição de
educação profissional pública, gratuita e de qualidade, além de permitir uma adequada
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
26
requalificação dos profissionais, que atuam nessas áreas, como forma de melhorar os
serviços por eles prestados.
Localizada na Rua Brusque com a Av. das Fronteiras, em um dos maiores
conjuntos habitacionais da região, a Unidade da Zona Norte de Natal está encravada
em um terreno de cerca de 30.000 m2 (3ha), cujo prédio principal com área de 4.100m2
encontra-se totalmente construído, urbanizado e em pleno funcionamento. A estrutura
física constituída conta com:
• Salas de administração (19);
• Auditório (160 lugares) e Sala de Audiovisual (60 lugares);
• Biblioteca e Laboratório de Estudos de Informática (01);
• Salas de Aula (09) e Laboratório de Línguas (01);
• Laboratórios de Química (01), Biologia (01), Física e Matemática (01);
• Laboratórios de Informática (02);
• Laboratórios de Eletricidade e Eletrônica de Potência (01), Eletrônica
Analógica e Digital (01);
• Laboratórios de Manutenção de Computadores (01) e Redes de
Computadores (01);
• Salas de Servidores e Sala de Estudos de Servidores;
• Área de Convivência com Lanchonete, Lojinha e Diretório Acadêmico;
• Setor de Saúde: Atendimento Médico, Odontológico e de Enfermagem;
• Assistência Estudantil: Psicologia e Serviço Social;
• Quadra Coberta e Campo de Futebol.
Figura 2 – Fotos da Unidade da Zona Norte de Natal-RN, 2007.
O quadro de servidores da Unidade da Zona Norte de Natal é composto por 28
docentes, sendo 02 graduados, 06 especialistas, 18 mestres e 02 doutores, distribuídos
entre disciplinas de formação geral e de formação tecnológica; e 32 técnicos-
administrativos, sendo 10 ocupantes de cargos de nível superior e 22 de nível
intermediário.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
27
Atualmente, estão sendo atendidos 357 alunos nas áreas de indústria e
informática, em cursos técnicos integrados regulares e na modalidade EJA e em cursos
técnicos subseqüentes. A Tabela 5 especifica o número de alunos, por
nível/modalidade de ensino, bem como os cursos regulares atualmente ofertados.
Tabela 5 – Total de alunos por curso e nível/modalidade na Unidade da Zona Norte de Natal-RN, 2007.
Curso Matrículas Técnicos Subseqüentes 92 Técnico em Sistema de informação 19 Técnico em Manutenção de Computadores 73 Técnicos Integrados 265 Técnico em Informática – EJA 42 Técnico em Manutenção de Computadores – EJA 75 Técnico em Eletrotécnica – EJA 69 Técnico em Informática 39 Técnico em Eletrotécnica 40 Formação Inicial e Continuada 406 Total 763
4.3. UNIDADE DE MOSSORÓ
Localizada na região semi-árida do Rio Grande do Norte, na microrregião de
Mossoró, a 277 km da capital, a Unidade de Mossoró foi a primeira unidade de ensino
descentralizada do CEFET-RN, contemplada pela política de interiorização da
educação profissional, tendo sido inaugurada em 29 de dezembro de 1994.
O município de Mossoró é considerado o segundo maior do Estado, com uma
população estimada em 229.787 habitantes. De acordo com dados do IPEA do ano de
1996, o PIB era estimado em 393,46 reais, sendo que 10,6% correspondia às
atividades baseadas na agricultura e na pecuária, 30,0% à indústria e 59,3% ao
comércio e setor de serviços. O PIB per capita era de R$ 1,91, o maior do estado. Em
2003, conforme estimativas do IBGE, o PIB havia evoluído para R$ 1,329 bilhão e o
PIB per capita para R$ 5.928,00. Já em 2004, o PIB teria subido para R$ 1.599,98
bilhão e a renda per capita para R$ 7.114,00.
A frota de automóveis em 2006 era de 25.506 carros, fazendo gerar uma
expectativa em relação à gestão do trânsito no município, tendo em vista os grandes
problemas que a cidade vem enfrentando com o fluxo no tráfego. Já a frota de
automóveis, somada aos demais veículos, atingiu mais de 65 mil veículos, o que
representa menos da metade da frota registrada na capital potiguar.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
28
Nos últimos anos, principalmente, vem ganhando força na região o mercado da
construção civil e a atividade industrial. Sal, petróleo e agroindústria são os principais
elementos da economia de Mossoró. O setor industrial tem vivido ciclos diferenciados.
No passado, junto ao sal, que ainda hoje se sobressai, apesar da crise por que passa o
setor, floresceram as indústrias de beneficiamento de algodão e da cera de carnaúba.
A vocação industrial extrativista de Mossoró a coloca hoje no pódio como principal
produtora de sal e de petróleo (em área terrestre do país). Contribui com 50% da
produção salineira do país e possui mais de 3.500 poços de petróleo, produzindo 47 mil
barris/dia, que colocam o município em segundo lugar no país. O primeiro em terra.
Mossoró ainda abriga uma das melhores fábricas do cimento Portland, do segundo
maior grupo cimenteiro do país, além de muitas outras indústrias, como de temperos,
castanhas etc.
A Unidade de Mossoró vem, portanto, ao encontro das demandas identificadas
para capacitação de profissionais em cursos técnicos, superiores e de formação inicial
e continuada nas áreas de indústria, informática construção civil, meio ambiente e
segurança do trabalho, atendendo às necessidades de profissionalização de jovens e
adultos, proporcionando educação profissional pública, gratuita e de qualidade, além
de permitir uma adequada requalificação dos profissionais que atuam nessas áreas,
como forma de melhorar os serviços por eles prestados. Com área de atuação
abrangendo ainda os municípios de Tibau, Grossos, Areia Branca, Serra do Mel e
Baraúna, atende a uma população de 296.669 habitantes.
Localizada no Conjunto Ulrick Graff, Costa e Silva, a Unidade situa-se em um
terreno de cerca de 97.200m2 (9,7ha), com um total de 20.000m2 de área construída. A
estrutura física constituída conta com:
• Salas de Aulas Teóricas (13);
• Salas Administrativas (23);
• Salas de Projeções (03) e Sala de Videoconferência (01);
• Sala de Estudos dos Professores e Sala de Servidores;
• Auditório (150 lugares);
• Biblioteca (01);
• Laboratórios de Informática (03) e de Manutenção de Computadores (01);
• Laboratórios de Desenho (02);
• Laboratório de Línguas Estrangeiras (01);
• Laboratório de Química (01), Física (01) e Biologia (01);
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29
• Laboratório de Música (01);
• Laboratório de Construção Civil (01);
• Laboratório de Automação Industrial (01) e Eletrônica (01);
• Laboratório de Instalações Elétricas e Hidrossanitárias (01);
• Laboratório de Produção Mecânica (01);
• Laboratório de Medidas Elétricas (01) e Metrologia (01);
• Laboratório de Segurança do Trabalho (01);
• Laboratório de Materiais e Tratamento Térmico (01);
• Laboratório de Soldagem (01), Termodinâmica (01);
• Refeitório/Cantina;
• Consultório Médico, Consultório Odontológico, Sala de Enfermagem;
• Parque Poliesportivo: Ginásio, Campo de Futebol, Piscina e Quadra de Areia.
Figura 3 – Fotos da Unidade de Mossoró-RN, 2007.
Atualmente, estão sendo atendidos 945 alunos nas áreas de Indústria,
Informática, Construção Civil, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho, em cursos
superiores, cursos técnicos integrados regulares e na modalidade EJA e em cursos
técnicos subseqüentes, além de ensino médio. A Tabela 6 especifica o número de
alunos, por nível/modalidade de ensino, bem como os cursos regulares atualmente
ofertados.
Tabela 6 – Total de alunos por curso e nível/modalidade na Unidade de Mossoró-RN, 2007.
Curso MatrículasPós-Graduação 35 Especialização PROEJA 35 Técnicos Subseqüentes 439 Técnico em Mecânica 69 Técnico em Eletrotécnica 70 Técnico em Construção Predial 73 Técnico em Edificações 36 Técnico em Desenvolvimento de Software 29 Técnico em Saneamento 57 Técnico em Operação e Manutenção da Produção de Petróleo e Gás Natural 33
Técnico em Sistema de Informação 32
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
30
Técnico em Segurança do Trabalho 40 Técnicos Integrados 451 Técnico em Mecânica 93 Técnico em Eletrotécnica 90 Técnico em Edificações 108 Técnico em Informática 88 Técnico em Edificações – EJA 72 Ensino Médio 20 Formação Inicial e Continuada 2.390 Total 3.335
4.4. UNIDADE DE IPANGUAÇU
A microrregião do Vale do Açu é composta pelos municípios de Açu, Ipanguaçu,
Carnaubais, Alto do Rodrigues, Pendências, Afonso Bezerra, Upanema, e Itajá,
compreendendo uma população de 117.027 habitantes, dos quais 58,79% se
concentram nas zonas urbanas desses municípios e 38,92% na zona rural.
Essa região convive com contrastes nos campos econômico-social e
educacional, onde grandes empreendimentos agrícolas e industriais estão implantados
e, no entanto, não se empregam pessoas da região pela falta de capacitação e
qualificação nas mais diversas áreas profissionais.
Destaca-se, na região, o grande potencial de recursos naturais de águas, solos
e energias às margens dos rios Açu/Pataxós e Apodi/Mossoró. A principal atividade
econômica é a agricultura irrigada, seguindo-se de um potencial na piscicultura,
exploração de petróleo e gás natural e do pólo cerâmico. Embora o elevado potencial
agrícola esteja baseado nas grandes empresas de exploração de agricultura irrigada,
de carcinicultura e de exploração de petróleo, foi identificada na região a presença de
cerca de 60 mil pequenos agricultores estabelecidos em sítios, fazendas,
assentamentos e comunidades rurais.
Apesar disso, a região carece de instituições que atendam a necessidade de
capacitação profissional para esses segmentos produtivos, de modo a desenvolver a
região de forma sustentável, mantendo as pessoas próximas de suas residências e
evitando a migração para as grandes cidades. Por isso, com o intuito de atender a
demanda de profissionalização na região, foi concebido o projeto de implantação de
uma unidade de ensino do CEFET-RN na cidade de Ipanguaçu, distante 220 km de
Natal.
Assim, a Unidade de Ipanguaçu do CEFET-RN, em funcionamento desde 2006,
vem, portanto, ao encontro das demandas identificadas para capacitação de
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
31
profissionais em cursos técnicos, superiores e de formação inicial e continuada nas
áreas de meio ambiente e informática, com possibilidade de ampliação para as áreas
de pesca, construção civil e segurança do trabalho, atendendo às necessidades de
profissionalização de jovens e adultos, proporcionando educação profissional pública,
gratuita e de qualidade, além de permitir uma adequada requalificação dos
profissionais que atuam nessas áreas, como forma de melhorar os serviços por eles
prestados.
Com um perfil agrícola, a Unidade, situada no Distrito de Base Física, está
encravada em um terreno de 1.333.000 m2 (133ha), com um total de 21.304m2 de área
construída. A estrutura física constituída conta com:
• Salas de aula (16);
• Laboratórios (07): Informática (02), Biotecnologia (01), Ciências (01), Análise
de água e solo (01), Produção de mudas (01) e Zootecnia (em construção);
• Biblioteca;
• Alojamento com sala para estudo, recepção e doze apartamentos
(capacidade para 48 pessoas);
• Centro de Integração Comunitária (6 ambientes);
• Miniauditório (120 lugares);
• Setor Administrativo (8 salas), Almoxarifado (01);
• Setor de Manutenção de Máquinas e Implementos Agrícola;
• Capela: Padroeira Nossa Senhora de Fátima;
• Quadra Poliesportiva e Campo de Futebol (em construção);
• Usina de Processamento de Mel (certificada pelo Ministério da Agricultura);
• Lagoa de captação de águas pluviais;
• Tanque didático para piscicultura;
• Refeitório (em construção) e Centro de Vivência com Anfiteatro;
• Garagem para carros oficiais e Estacionamento
• Aviário (em construção) e Aprisco para ovelhas (em construção)
• 26 ha. de área de preservação e 80 ha. para projetos e produção agrícola.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
32
Figura 4 – Fotos da Unidade de Ipanguaçu-RN, 2007.
O quadro de servidores da Unidade de Ipanguaçu é composto por 26 docentes,
sendo 07 graduados, 02 aperfeiçoados, 07 especialistas, 09 mestres e 01 doutor,
distribuídos entre disciplinas de formação geral e de formação tecnológica; e 25
técnicos-administrativos, sendo 08 ocupantes de cargos de nível superior e 17 de nível
intermediário.
Atualmente, estão sendo atendidos 274 alunos nas áreas de agroecologia e
informática, em cursos técnicos integrados regulares e na modalidade EJA e em cursos
técnicos subseqüentes. A Tabela 7 especifica o número de alunos, por
nível/modalidade de ensino, bem como os cursos regulares atualmente ofertados.
Tabela 7 – Total de alunos por curso e nível/modalidade na Unidade de Ipanguaçu-RN, 2007.
Curso Matrículas Técnicos Subseqüentes 28 Técnico em Sistemas de Informação 28 Técnicos Integrados 246 Técnico em Agroecologia 81 Técnico em Informática 82 Técnico em Agroecologia - EJA 83 Formação Inicial e Continuada 713 Total 987
4.5. UNIDADE DE CURRAIS NOVOS
A região do Seridó, onde está situada a Unidade de Currais Novos, é composta
pelos municípios de Acari, Carnaúbas dos Dantas, Currais Novos, Equador, Parelhas e
São Tomé, compreendendo uma população de 96.195 habitantes. Além desses
municípios, considera-se como área de abrangência a Zona das Serras Centrais, sub-
zona de Santana do Matos, que compreende os municípios de Bodó, Cerro Corá,
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33
Florânia, Lagoa Nova, Santana do Matos, São Vicente, Tenente Laurentino Cruz,
acrescentando uma população a ser atendida em 63.675 habitantes. Desse modo, tem-
se um total de abrangência de 159.870 habitantes.
Dentre as atividades que marcam, atualmente, a vida econômica, social e
política da região, merece destaque a pecuária leiteira, que é realizada nos espaços
rurais e que tem a ver com a antiga vocação regional. Além disso, deve-se mencionar a
utilização da informática nas atividades gerenciais e de serviços e a revitalização do
setor mineral.
A existência de cooperativas participando do mercado de laticínios e de mais de
uma centena de queijarias, vem consolidando um segmento de produção de alimentos
regionais e alternativas de novos produtos. A possibilidade de diversificação para a
produção de laticínios, carnes, pescados e fruticultura, desenvolvendo atividades não-
agrícolas nas zonas rurais e expandindo indústrias e serviços nas áreas urbanas da
região, apresenta-se como um dos potenciais do Seridó.
Diante desse cenário, faz-se necessário um aporte tecnológico, que
consubstancie todo o desenvolvimento, inclusive permitindo sua sustentabilidade. A
informática tem uma contribuição fundamental nos aspectos produtivos, gerenciais e
comerciais para este aporte. Em relação aos aspectos produtivos, pode-se utilizá-la
para automatizar boa parte da produção, permitindo um nível de excelência no volume
produzido, bem como na qualidade final dos produtos. No que diz respeito aos
aspectos gerenciais, há uma gama de possibilidades para o desenvolvimento de
soluções que permitam um completo controle de todas as informações empresariais,
desde a compra, distribuição, consumo e contabilização dos bens e serviços.
Recentemente, tem havido um crescimento dos negócios na Internet, de modo
que esta prática permitirá a empresa aumentar seu portfólio de clientes, reduzir seus
custos, bem como garantir um completo atendimento aos requisitos de seus clientes.
Nesse sentido, a expansão dos negócios via web também se apresenta como uma
contribuição da informática para os negócios empresariais.
Existe, ainda, a carência de uma profissionalização em relação às práticas
associativas e o gerenciamento adequado desses empreendimentos de pequeno e
médio porte nas áreas de processamento de alimentos, mineração e de informática
como suporte para o desenvolvimento dessas áreas, fazendo com que as estruturas já
existentes e outras que venham a se criar possam dar bons resultado e melhorar a
qualidade de vida da população dessas regiões.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
34
Dessa forma, a Unidade de Currais Novos, em funcionamento desde 2006, vem,
portanto, ao encontro das demandas identificadas para capacitação de profissionais em
cursos de formação inicial e continuada, técnicos de nível médio e superiores, nas
áreas de alimentos e informática, com capacidade para ampliar sua oferta educacional
para as áreas de mineração, construção civil e serviços, visando atender as
necessidades de profissionalização de jovens e adultos excluídos da atividade
produtiva por falta de acesso à educação profissional pública, gratuita e de qualidade,
além de permitir uma adequada requalificação dos profissionais, que atuam nessas
áreas, como forma de melhorar os serviços por eles prestados.
Construída a partir da cessão do terreno de cerca de 185.782m2 (18,6ha), onde
se encontra o Centro de Tecnologia do Queijo, cedido pelo Governo do Estado, a
Unidade de Currais Novos possui um total de 12.837m2 de área construída. A estrutura
física constituída conta com:
• Salas de aula (10);
• Sala de Projeções (01);
• Laboratórios de Alimentos (05) e Ciências (01);
• Laboratórios de Informática (08), Manutenção de Computadores (01),
Eletrônica (01) e Redes de Computadores (01);
• Sala dos Servidores (01);
• Biblioteca;
• Auditório (120 lugares);
• Setor médico, odontológico e enfermaria (01), Assistência social (01) e
Psicologia (01);
• Cantina e Área de Convivência;
• Quadra poliesportiva coberta e Campo de futebol;
• Ambientes administrativos (10), Salas de Manutenção e Almoxarifado;
• Garagem para veículos oficiais;
Figura 5 – Fotos da Unidade de Currais Novos-RN, 2007.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
35
O quadro de servidores da Unidade de Currais Novos é composto por 25
docentes, sendo 10 graduados, 04 especialistas, 10 mestres e 01 doutor, distribuídos
entre disciplinas de formação geral e de formação tecnológica; e 27 técnicos-
administrativos, sendo 09 ocupantes de cargos de nível superior, 17 de nível
intermediário e 01 de nível auxiliar.
Atualmente, estão sendo atendidos 378 alunos nas áreas de alimentos e
informática, em cursos técnicos integrados regulares e na modalidade EJA, em cursos
técnicos subseqüentes e em uma especialização. A Tabela 8 especifica o número de
alunos, por nível/modalidade de ensino, bem como os cursos regulares atualmente
ofertados.
Tabela 8 – Total de alunos por curso e nível/modalidade na Unidade de Currais Novos-RN, 2007.
Curso Matrículas Pós-Graduação 35 Especialização PROEJA 35 Técnicos Subseqüentes 117 Técnico em Alimentos 67 Técnico em Sistemas de Informação 50 Técnicos Integrados 226 Técnico em Alimentos 84 Técnico em Informática 81 Técnico em Alimentos – EJA 61 Formação Inicial e Continuada 344 Total 722
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
36
5. PRINCIPAIS INDICADORES DA GESTÃO DO CEFET-RN EM ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
O CEFET-RN utiliza 30 indicadores para a análise do seu desempenho, os quais
norteiam o planejamento e a avaliação de suas ações anuais, de acordo com
orientações dos órgãos superiores de supervisão e controle. A Tabela 9 apresenta
esses indicadores.
Tabela 9 – Indicadores de desempenho utilizados pelo CEFET-RN.
Indicadores de Desempenho Institucional Relação Docentes em Capacitação x Docentes com Pós-Graduação Relação de Técnicos-administrativos em Capacitação x Nº de Técnicos-administrativos(TC) Indicador de Titulação Docentes (MT) Indicador de Regime de Trabalho Docente (RT) Indicador de Publicações dos Docentes (Npub) Indicador de Produções Cientificas, Técnicas, Pedagógicas, Culturais e Artísticas (MPRO) Indicador de Experiências Profissional no Magistério Superior (ME) Indicador de Experiências Profissional fora do Magistério Superior (MEF) Indicador de produção Acadêmica (PA) Indicador de Atuação profissional dos Egressos (APE) Grau de Envolvimento com Pesquisa (GEP) Grau de Envolvimento com Extensão (GEE) Indicador aluno/Técnico-Administrativo (ATA) Indicador Técnico-Administrativo/Docente (TAD) Grau de Participação Estudantil (GPE) Conceito INEP (Cl) Índice de Docentes Afastados (DA) Indicador de Satisfação dos alunos (ISA) Indicador de Eficácia Educacional (EE) = Eficiência Acadêmica de Concluintes Índice de Efetividade (IE) = Relação Candidato/Vaga Índice de Gastos Correntes por Aluno (GCA) Percentual de Gastos com Pessoal (GP) Percentual de Gastos com outros Custeios (GOC) Percentual de Gastos com Investimentos (GI) Perfil Socioeconômico da Clientela (PSC) Relação Aluno/Docente em Tempo Integral (ADI) Relação de Ingressos/Alunos (lA) Relação Concluintes/Alunos (CA) Índice de Retenção do Fluxo Escolar (RFE) Indicador de Alunos/Computadores (IAC)
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37
Com o objetivo de oferecer uma visão do desempenho institucional, serão
apresentados a seguir alguns desses indicadores, tomando-se como referência os
resultados alcançados no ano de 2007 e, em alguns casos, comparando-se os índices
obtidos nos últimos quatro anos. Considerando os limites e objetivos deste trabalho,
optou-se por fazer um recorte, selecionando-se os dados mais significativos. Assim, o
primeiro indicador a ser apresentado diz respeito ao perfil socioeconômico dos alunos
da Instituição.
0102030405060708090
100
2004 2005 2006 2007
Ano
Indi
cado
r Per
fil S
ocio
econ
ômic
o -
Alun
os (%
)
Até 3 SM
De 3 a 5 SM
De 5 a 10 SM
Acima de 10 SM
Figura 6 – Indicador do perfil socioeconômico dos alunos, 2004-2007.
A Figura 6 apresenta uma série histórica do perfil de renda familiar dos alunos.
Observa-se que 49,0% dos estudantes da Instituição é proveniente de família com
renda de até 3 salários mínimos. Quando se amplia a renda familiar para até 5 salários
mínimos, esse número aumenta para 75,3%. Esse dado mostra forte identidade da
Instituição com a formação acadêmica, social e transformação da juventude de baixo
nível socioeconômico.
Para demonstrar o nível de oportunidade que os alunos da Instituição têm
quando da conclusão, são apresentadas a Tabela 10 e a Figura 7, as quais mostram o
nível de inserção para o estágio no ano 2007 e a absorção dos egressos no mercado
de trabalho no período entre 2004-2007.
Tabela 10 – Estágios formalizados em 2007.
Estágios Formalizados Quan- tidade
Curso Superior de Tecnologia em Desenvolvimento em Sistemas para Internet 2
Curso Técnico de Manutenção na Indústria do Petróleo e gás natural 3 Curso Técnico de Manutenção na Indústria do Petróleo e gás natural 3
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Curso Técnico de Eletromecânica/ Eletrotécnica 3 Curso Técnico de Projetos de Administração de Redes de Computadores 4
Curso Técnico de Eletromecânica /Mecânica 4 Curso Superior de Licenciatura em Geografia 5 Curso Superior de Tecnologia em Fabricação Mecânica 5 Curso Técnico de Mecânica (Integrado) 6 Curso Técnico em Desenvolvimento de Software 6 Curso Superior de Tecnologia em Materiais 7 Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior 8 Curso Técnico de Turismo (Integrado) 8 Curso Técnico de Eletrotécnica (Integrado) 8 Curso Técnico em Informática (Integrado) 9 Curso Técnico em Controle Ambiental (Integrado) 9 Curso Superior de Tecnologia Em Lazer e Qualidade de vida 9 Curso Técnico de Segurança no Trabalho ( modular) 9 Curso Técnico de Turismo (modular) 10 Curso Superior de Tecnologia em Automação industrial 10 Curso Técnico de Saneamento 10 Curso Técnico de Segurança do Trabalho 14 Curso Técnico de Manutenção de Equipamentos de Informática 15 Curso Técnico de Eletrotécnica 15 Edificações (Integrado) 17 Curso Técnico de Eletrotécnica (modular) 20 Curso Técnico de Mecânica (modular) 20 Curso Técnico de Desenho de Projetos 21 Curso Técnico de Mecânica 22 Curso Superior de Tecnologia em Meio Ambiente 25 Curso Técnico de Construção Predial 25 Curso Técnico de Construção Predial 29 Curso Superior de Tecnologia em Desenvolvimento em Software/ Sistemas 35
Curso Técnico de Controle Ambiental (Modular) 36 Curso Superior de Tecnologia em Produção da Construção Civil 38 Curso Técnico de Geologia e Mineração (Modular) 79 Total 549
Constata-se que em 2007 foram disponibilizados 549 estágios em empresas
e/ou instituições, dos quais 447 foram para a Unidade Sede e 102 para a Unidade de
Mossoró, não estando computados nesse número a quantidade de estágios realizados
no próprio ambiente das Unidades da Instituição.
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r Atu
ação
Pro
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onal
Eg
ress
os (%
)
Figura 7 – Indicador de Atuação Profissional Egressos, 2004-2007.
Os dados da Figura 7 demonstram que os egressos disponibilizados aos setores
produtivos têm absorção crescente no período 2004-2007 e atinge seu nível máximo a
partir de 2006, mostrando que existe mercado para ampliação da formação profissional
nas áreas em que a Instituição atua.
Essa alta absorção reflete também a qualidade do profissional formado na
Instituição, o que, em parte, pode ser atribuído às relações quantitativas entre número
de alunos e número de docentes e técnicos-administrativos. As Figuras 9 e 10
apresentam estas relações, respectivamente.
0
10
20
30
40
2004 2005 2006 2007
Ano
Indi
cado
r Rel
ação
Alu
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Doc
ente
Figura 8 – Indicador Relação Alunos x Docentes em tempo integral, 2004-2007.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
40
Atualmente, 93,08% dos docentes têm regime de trabalho de dedicação
exclusiva, possibilitando um aumento na relação de alunos por docente.
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2004 2005 2006 2007Ano
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ação
Alu
no x
Téc
nico
Adm
inis
trat
ivo
Figura 9 – Indicador Relação Aluno x Técnico Administrativo, 2004-2007.
A relação de alunos para cada técnico administrativo é crescente e em 2007
atinge a relação de 36,6. Para uma análise mais criteriosa desta relação, é
apresentada a relação entre técnicos administrativos e docentes no período 2004-2007
(Figura 6).
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
2004 2005 2006 2007Ano
Rel
ação
de
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Adm
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Do
cent
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Figura 10 – Relação entre Técnicos Administrativos e Docentes, 2004-2007.
A Figura 10 mostra que a relação numérica entre os técnicos administrativos e
os docentes apresenta valores constantes próximo a 0,7. Essa relação está invertida e
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
41
apresenta um valor extremamente baixo para uma Instituição com vasto campo de
atuação. Assim é recomendável atingir uma relação de pelo menos 4 técnicos para 1
docente. É importante salientar que estes técnicos desenvolvem, majoritariamente,
suas atividades de apoio administrativo aos setores. Assim, para o desenvolvimento
pleno das atividades docentes, ou seja, de ensino, pesquisa e extensão, necessita-se
da ampliação de pessoal para realizar atividades de apoio nos ambientes de
laboratórios.
Para mostrar a importância da ampliação da relação acima, é importante
verificar o aumento do número de docentes em pós-graduação e com pós-graduação
(Figura 11 e Tabela 11).
0102030405060708090
100
2004 2005 2006 2007
Ano
Doce
ntes
em
Pós
-Gra
duaç
ão (%
)
Figura 11 – Percentual de docentes em pós-graduação, 2004-2007.
Tabela 11 – Titulação docente e sua distribuição – 2005 e 2007.
Graduado Especialista Mestre Doutor Ano Quant. % Quant. % Quant. % Quant. % 2005 47,0 16,0 91,0 31,1 136,0 46,4 19,0 6,5 2007 69,0 16,6 98,0 23,6 206,0 49,5 43,0 10,3
Os esforços institucionais para qualificação profissional do seu quadro estão
explícitos na Figura 11 e na Tabela 11. Vê-se um percentual de 60% do quadro
docente com formação em nível de mestrado e doutorado. Observa-se também que
entre 2005 e 2007 o número de mestres saltou de 46,4% para 49,5%, enquanto o de
doutores subiu de 6,5% para 10,3%. Esses resultados de qualificação docente elevam
a responsabilidade da Instituição com o desenvolvimento sustentável do Estado, pois
precisa atuar na resolução dos seus problemas, sejam eles associados aos arranjos
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
42
produtivos e principalmente aqueles da formação acadêmica para o trabalho
qualificado.
Com essa preocupação, a Instituição tem motivado a formação de grupos de
pesquisa, os quais são apresentados dos na Tabela 12.
Tabela 12 – Grupos de Pesquisa certificados pela Instituição no CNPq, 2007.
Unidade de Ensino Nome do Grupo de Pesquisa
Grupo de Estudo e Pesquisa em Ensino de Física Núcleo de Pesquisa em Saneamento Básico Grupo de estudos em Astronomia Núcleo de Pesquisa em Energia e Conforto Ambiental Núcleo de Pesquisa em Tecnologia Química Núcleo de Pesquisa em Educação - NUPED Caracterização de solos agrícolas Qualidade e Produtividade no Setor da Construção Civil NUARQ Núcleo de Estudos em Sustentabilidade Empresarial - NESE Geoprocessamento Processamento de materiais metálicos e não metálicos. Núcleo de Tecnologia em Telemática - NUTEL NUDEM - Núcleo de Desenvolvimento em Mecatrônica Processamento Mineral e Resíduos Núcleo de Desenvolvimento de Software Nucleo de Estudos Escola Sociedade - NESTES Núcleo de Pesquisas e Estudos Geográficos Cultura, arte e sociedade Pesquisa mineral Grupo Interdisciplinar de Pesquisa Aplicada à Inclusão Núcleo de Gestão e Tecnologias da Informação Núcleo de Pesquisas em Processos de Petróleo e Gás Natural TGIS - Núcleo de Estudos de Tecnologia e Gestão na Indústria e Serviços Análises de águas, efluentes e estudos costeiros Grupo de Estudos da Transdisciplinaridade e da Complexidade (GETC) Lazer e Gestão de Políticas Públicas e Privadas
Sede
Núcleo de Estudos do Semi-Árido (NESA) Núcleo de Pesquisas em Educação Construção Civil, Petróleo e Desenvolvimento Sustentável NECTA - NÚCLEO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS AMBIENTAIS Mossoró
Núcleo de Pesquisa e Extensão em Tecnologia da Informação de Mossoró Pesquisas Aplicadas em Ciência e Tecnologia de Alimentos Currais
Novos Núcleo de Pesquisa e Extensão em Tecnologia da Informação no Seridó
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43
Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Sustentável Ipanguaçu Núcleo de Tecnologia e Desenvolvimento Ambiental Zona Norte de Natal
Grupo de Pesquisa em Ensino Médio Integrado na Modalidade Educação de Jovens e Adultos
A distribuição dos grupos de pesquisa por Unidade é a seguinte: Sede (75,7%),
Zona Norte (2,7%), Currais Novos (5,4%), Ipanguaçu (5,4%) e Mossoró (10,8%). É
importante observar que, apesar de as novas Unidades terem apenas 01 (um) ano de
funcionamento, a pesquisa já está presente em suas ações, representando o empenho
para consolidação do trinômio ensino, pesquisa e extensão, de modo a garantir uma
formação de qualidade, bem como contribuir para o desenvolvimento sustentável do
Estado do Rio Grande do Norte. Os grupos em questão estão organizados de acordo
com as áreas apresentadas na Tabela 13.
Tabela 13 – Áreas de pesquisa e distribuição dos Grupos. Fonte: CNPq.
Número de Grupos Área de Pesquisa Quantidade Distribuição
(%) Ciências Agrárias 02 5,41 Ciências Biológicas 01 2,70 Ciências Exatas e da Terra 12 32,43 Ciências Humanas 09 24,32 Ciências Sociais Aplicadas 02 5,41 Engenharias 11 29,73 Total 37 100,00
Os dados das Tabelas 12 e 13, bem como a distribuição dos grupos por
Unidade, demonstram que o esforço Institucional de interiorização da pesquisa atingiu
todas as Unidades e suas principais áreas de conhecimento. A consolidação destas
ações está caracterizada nas Unidades Sede e de Mossoró, no entanto, observam-se
nas novas Unidades ações de excelente nível, sendo necessária a sua disseminação
para ampliação da participação docente e discente.
O reflexo dessas ações é mostrado no indicador de envolvimento de docentes
em pesquisa apresentado na Figura 12.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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Figura 12 – Indicador do Grau Docente de Envolvimento em Pesquisa 2004-2007.
A Figura 12 mostra que, na Instituição, 50% da docência está envolvida em
pesquisa o que aponta para um resultado bastante importante, pois mostra que esta
ação se dissemina em todos os níveis de ensino. Estes resultados também quebram
paradigmas de que pesquisa só se desenvolve em níveis de pós-graduação. É
evidente que sua consolidação na Instituição deve estar atrelada à conquista de
projetos em editais públicos, bem como ao atendimento de encomendas de projetos do
setor produtivo. Essa prática já é identificada, no entanto precisa ser ampliada.
Para analisar a inserção da publicação docente no CEFET-RN, são mostrados
seus dados nas Tabelas 14 e 15.
Tabela 14 – Produção científica do CEFET-RN, 2005-2007.
Tipo de Produção 2005 2006 2007 Trabalhos Completos 220 355 408 Trabalhos Resumidos 144 179 93 Trabalhos em Periódicos 59 45 82 Capítulo de Livros 11 14 25 Livros 12 5 21 Total 446 598 629
Tabela 15 – Índice de publicação docente do CEFET-RN, 2005-2007.
Índices de Produção 2005 2006 2007 Docentes em Pesquisa 115 132 210 Docentes da Instituição 318 370 416 Índice de Publicação Docente 0,561 0,683 0,803
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
45
A Figura 13 mostra a evolução do Índice de Publicação Docente entre os anos
de 2004 e 2007.
00,10,20,30,40,50,60,70,80,9
1
2004 2005 2006 2007
Ano
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r Pu
blic
ação
Doc
ente
Figura 13 – Indicador de publicação docente, 2004-2007.
É interessante observar que a Instituição criou condições para consolidar este
quadro, propiciando diversas ações, entre elas:
• Programa de bolsas de iniciação científica;
• Programa de bolsas de pesquisa para servidores;
• Estímulo à publicação de trabalhos científicos;
• Criação de revista científica eletrônica – Holos;
• Criação de Editora do CEFET-RN, para publicação de livros;
• Congresso Anual de Iniciação Científica;
• Apoio a desenvolvimento de projetos de pesquisa;
• Captação de Programa de bolsas no CNPq – Bolsas PIBITI;
• Captação de bolsas Desenvolvimento Científico Regional – FAPERN/CNPq;
• Associação do programa de pesquisa ao programa de empreendedorismo;
A consolidação e estruturação de um programa de pesquisa qualificam a
Instituição para melhor interagir com a sociedade, em particular para o atendimento às
demandas dos setores produtivos. A Tabela 16 mostra alguns dos projetos com este
perfil oriundos de negociações com os grupos de pesquisa, e a Figura 14 mostra a
evolução do grau de envolvimento docente em extensão.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
46
Tabela 16 – Projetos de pesquisa e extensão com participação de docentes do CEFET-RN.
Título do Projeto Agência Fomento Horus Extensão – ASGA FINEP Horus AR – ASGA FINEP Controle Avançado para as Unidades de Processamento de Gás Natural de Guamaré (UN-RNCE)
UFBA/UFRN/PETROBRAS / PETROBRAS/CENPES
Sistema de Informações da Educação Profissional (SIEP)
SETEC/MEC
Portal Nacional de EPT SETEC/MEC
Reavaliação da Mina Brejuí Mineração Tomaz Salustino / FUNCERN
Arranjo Produtivo Local de Pegmatito – Sub-projeto Caracterização e Beneficiamento FINEP/CNPq
Implementação de Controladores Não-Lineares em Processos Petroquímicos
UFBA/UFRN/PETROBRAS/UN-RNCE
Inventário das Referências Culturais do Seridó
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN – Ministério da Cultura. O projeto é administrado pela FUNCERN
Projeto de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos na Divisão Automotiva do Grupo Farias em Natal RN (Ponta Negra FIAT e Salinas)
SEBRAE-RN
Adequação Operacional e Ambiental através da Ferramenta de Gestão Ambiental “Produção mais Limpa” no Arranjo Produtivo Local da Indústria Moveleira da Grande Natal
SEBRAE-RN
Alternativas de sistemas de irrigação para produção familiar de banana orgânica variedade pacovan no vale do Açu-RN
FUNDECI - Banco do Nordeste do Brasil
Prospecção e caracterização de novas linhagens de mamona na região nordeste
FUNDECI - Banco do Nordeste do Brasil
Produção de Borregos Precoces Mestiços em Sistema de Produção Agroecológico no Semi-Árido
FUNCERN
Modelo Integrado de Gestão Ambiental para Implementação na Indústria de Cerâmica Vermelha
FAPERN/CNPq
O meio ambiente como tema transversal na educação básica do RN: o papel do gestor ambiental
FNDE, através do Convênio com a Universidade Aberta do Brasil
Aplicação de tecnologias de programação para internet e dispositivos móveis na informatização do departamento de engenharia operacional do corpo de bombeiros
FUNCERN
Avaliação operacional e da eficiência de lagoas de estabilização no estado do Rio Grande do Norte FUNASA
Estudo de balneabilidade das praias do estado do rio grande do norte IDEMA / – FUNPEC
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
47
Caracterização e estudo de alternativas de tratamento de lodos de fossa séptica da cidade do Natal/RN
PROSAB / FINEP
Tratamento de esgotos em ete anaeróbia e condicionamento dos efluentes para hidroponia e eventual descarte no meio
PROSAB / FINEP
Cadastramento, nivelamento, monitoramento, banco de dados e SIG de poços tubulares na região de Natal/RN
Governo do RN / FUNCERN
Desenvolvimento de unidade robótica para inspeção de redes de distribuição de energia elétrica
ANEEL de projeto para P&D COSERN ciclo 2006/2007 – Realizado em parceria com CEFET-CE
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2004 2005 2006 2007Ano
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Figura 14 – Indicador do Grau de Envolvimento em Extensão 2004-2007.
A evolução do nível de envolvimento em extensão é crescente para a série
estudada, no entanto é necessário identificar problemas regionais no setor produtivo,
identificar grupos de pesquisa com perfil na Instituição e negociar projetos, visando
atendê-los. Nesse sentido, para ampliar e consolidar tais atividades, um Núcleo de
Inovação Tecnológica auxiliará os pesquisadores da Instituição na construção e
registro de patentes, devendo ser implantado este ano, com o apoio de projeto de
pesquisa liderado pela Universidade Federal de Pernambuco e financiado pela FINEP.
Os dados até aqui apresentados por si mesmos credenciam o CEFET-RN para
se tornar um Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia no Rio Grande do Norte,
visando potencializar ainda mais sua atuação. A seguir, apresenta-se a proposta de
implantação do IFET-RN, abordando-se alguns aspectos dessa transformação.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
48
6. PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DO IFET DO RIO GRANDE DO NORTE
A implantação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia
integra o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado pelo Ministério da
Educação, em 2007, como parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do
Governo Federal. No âmbito da educação profissional e tecnológica, em especial, o
PDE traz, como uma das ações propostas, a expansão da rede federal de escolas
técnicas para cidades-pólos em todo o território nacional, ação destacada como
imprescindível para o desenvolvimento e o crescimento do país.
No Rio Grande do Norte, foram contemplados, como pólos para a expansão, na
primeira fase, a Zona Norte da cidade do Natal e os municípios de Currais Novos e
Ipanguaçu. Na segunda fase, através da Chamada Pública MEC/SETEC 001/2007,
foram incluídos os municípios de Apodi, Caicó, João Câmara, Macau, Pau dos Ferros e
Santa Cruz. A Figura 15 apresenta o mapa da expansão da rede federal no Estado,
destacando-se os municípios contemplados nas fases I e II, e distribuídos em suas
respectivas micro e mesorregiões e em sintonia com os arranjos produtivos locais,
atendendo a uma população de cerca de 2,5 milhões de habitantes (Tabela 17).
Figura 15 – Expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica no Rio Grande do Norte.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
49
Tabela 17 – Expansão da Rede Federal de EPT no Rio Grande do Norte.
Município / Unidade de
Ensino Mesor-região
Micror-região
População Abrangida* (habitantes)
Arranjos Produtivos Locais
Natal / Unidade Sede
Leste Potiguar Natal 914.260 Diversos
Natal / Unidade Zona Norte de Natal
Leste Potiguar Natal 420.860
Indústria, Confecções, Alimentos, Turismo Serviço e Comércio
João Câmara Agreste Potiguar
Baixa Verde 123.256
Cajucultura, Agricultura e Pecuária, Apicultura,
Comércio
Santa Cruz Agreste Potiguar
Borborema Potiguar 122.414 Confecções,
Ovinocaprinocultura
Currais Novos Centro Potiguar
Seridó Oriental 159.870 Minério, Laticínios e
Alimentos
Caicó Centro Potiguar
Seridó Ocidental 111.654 Confecções e Bordados
e Laticínio, Pecuária
Macau Centro Potiguar Macau 61.281
Sal Marinho e Carcinicultura, Pesca,
Petróleo
Mossoró Oeste Potiguar Mossoró 296.669
Petróleo e Gás Natural, Sal, Fruticultura,
Serviços e Comércio
Ipanguaçu Oeste Potiguar
Seridó Ocidental 117.027
Apicultura, Agricultura, Pecuária, Cerâmica,
Fruticultura
Pau dos Ferros Oeste Potiguar
Pau dos Ferros 124.560
Caprinocultura, Pecuária, Comércio e
Serviços
Apodi Oeste Potiguar Apodi 57.808
Apicultura, Ovinocaprinocultura,
Cerâmica Total –– –– 2.509.659 ––
* Observação: parte da população atendida é coincidente, considerando a distância entre as unidades.
6.1. DELIMITAÇÃO TERRITORIAL DE ATUAÇÃO
Diante da necessidade de articular os diferentes níveis e modalidades de ensino
profissional e tecnológico e a formação de professores com os arranjos produtivos
econômicos, sociais e culturais locais e regionais e com a finalidade de levar o saber
científico e tecnológico a todas as regiões do Estado, a implantação do IFET-RN, com
unidades localizadas em áreas definidas estrategicamente, contribuirá para o
desenvolvimento do Estado e da Região, consolidando-se como instituição de
excelência em educação profissional e tecnológica e servindo também como referência
para os demais sistemas de educação.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
50
Nesse contexto, tendo como delimitação territorial o Estado do Rio Grande do
Norte, propõe-se a criação do IFET-RN, a partir da atual estrutura do CEFET-RN e
suas unidades de ensino atuais e em implantação (Sede, Zona Norte de Natal, João
Câmara, Santa Cruz, Currais Novos, Caicó, Macau, Mossoró, Ipanguaçu, Pau dos
Ferros e Apodi), transformadas em campi, oferecendo condições para a qualificação
profissional, suporte ao desenvolvimento das atividades produtivas locais e geração e
disseminação de conhecimentos científicos e tecnológicos.
Dessa forma, o IFET-RN contará com 11 campi, com possibilidade de expansão
de sua atuação através:
• da criação de núcleos educacionais em Nova Cruz e Parnamirim;
• da ampliação da oferta de educação à distância, com pólos de ensino da
Universidade Aberta do Brasil (UAB) e da Escola Técnica Aberta do Brasil
(eTecBrasil);
• da implantação de Centro Vocacionais Tecnológicos (CVTs) nas regiões de
abrangência dos campi (Figura 16);
• da implementação de ações artísticas e culturais na cidade do Natal, com a
reincorporação do prédio histórico da Av. Rio Branco, onde funcionou a
antiga Escola Industrial de Natal, berço da Instituição e patrimônio histórico e
cultural do ensino profissional potiguar e brasileiro.
Figura 16 – Proposta de atuação do IFET-RN nos Centros Vocacionais Tecnológicos.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
51
6.2. PERSPECTIVAS DE ATUAÇÃO
Diante do cenário traçado e com base nos princípios estabelecidos pelo atual
projeto político-pedagógico, o IFET-RN propõe-se a:
• ofertar educação profissional e tecnológica, como processo educativo e
investigativo, em todos os seus níveis e modalidades, sobretudo de nível
médio, reafirmando a verticalização como um dos princípios;
• ofertar a educação básica, a licenciatura e bacharelado em áreas em que a
ciência e a tecnologia são componentes determinantes, bem como ofertar
estudos de pós-graduação, lato e stricto sensu;
• orientar a oferta de cursos em sintonia com a consolidação, o fortalecimento
e as potencialidades dos arranjos produtivos, culturais e sociais, de âmbito
local e regional, privilegiando os mecanismos de inclusão social e de
desenvolvimento sustentável;
• promover a cultura do empreendedorismo e cooperativismo, apoiando
processos educativos que levem à geração de trabalho e renda
• constituir-se em centro de excelência na oferta do ensino de ciências, voltado
à investigação empírica e qualificar-se como centro de referência no apoio à
oferta do ensino de ciências nas escolas públicas;
• oferecer programas especiais de formação pedagógica inicial e continuada
com vistas à formação de professores para a educação profissional e
tecnológica e educação básica, de acordo com as demandas de âmbito local
e regional, em especial, nas áreas das ciências da natureza (biologia, física e
química) e matemática;
• estimular a pesquisa e a investigação científica, visando ao desenvolvimento
da ciência e da tecnologia e de inovação, ressaltando a pesquisa aplicada; e
• promover a divulgação científica e programas de extensão, no sentido de
disponibilizar para a sociedade, considerada em todas as suas
representatividades, as conquistas e benefícios da produção do
conhecimento, na perspectiva de cidadania e da inclusão.
Tendo por base as metas e ações apontadas pelo PDE, respeitadas as
possibilidades e condições atuais e considerando a evolução das ações do plano de
expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica, o IFET-RN tem por
objetivos:
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
52
• ministrar educação profissional técnica de nível médio (mínimo de 50% de
suas vagas), na forma de cursos integrados, subseqüentes e concomitantes,
para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de
jovens e adultos;
• ministrar em nível de educação superior:
o cursos superiores de tecnologia visando à formação de profissionais
para os diferentes setores da economia;
o cursos de licenciatura e programas especiais de formação
pedagógica, com vistas à formação de professores para a educação
básica (mínimo de 20% de suas vagas);
o cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de
profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do
conhecimento;
o cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e
especialização, visando à formação de especialistas nas diferentes
áreas do conhecimento; e
o cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que
contribuam para promover o estabelecimento de bases sólidas em
educação, ciência e tecnologia, com vista ao processo de geração e
inovação tecnológica.
• ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores,
objetivando a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a
atualização de profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas
da educação profissional e tecnológica;
• realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções
técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade;
• desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e
finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o
mundo do trabalho e os segmentos sociais e com ênfase na produção,
desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos; e
• estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e
renda, e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento
socioeconômico local e regional.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
53
De forma a garantir a expansão da atuação do IFET-RN, mantendo e ampliando
a ação institucional, exemplo de educação pública, gratuita e de qualidade, faz-se
necessário tecer algumas considerações quanto às condições atuais e a necessidade
de concretização, por parte do MEC, das ações previstas no PDE:
• implementação de política que garanta a contratação e reposição de pessoal
efetivo (docentes e técnicos-administrativos), ampliação de infra-estrutura
física e de orçamento, consoante com a nova dimensão educacional e
administrativa que o IFET trará para as instituições atuais;
• adoção de providências para implantação de um Plano de Cargos e Carreira
de Professores da Educação Profissional e Tecnológica,e para a correção de
distorções no Plano de Cargos e Carreiras dos Técnicos Administrativos em
Educação – PCCTAE, de acordo com as prerrogativas do IFET; e
• criação, em lei, de um Fundo de Financiamento e Desenvolvimento da
Educação Profissional e Tecnológica – FUNDEP, a fim de garantir à
educação profissional e tecnológica o seu caráter estratégico e, ao mesmo
tempo, transformá-la numa política de Estado.
Nessa perspectiva, tendo como base os campi propostos do IFET-RN, além dos
cursos e modalidades atualmente ofertados, propõem-se novas áreas de atuação,
sintonizadas com as demandas emanadas dos arranjos produtivos econômicos, sociais
e culturais, locais e regionais, com a finalidade de propagar o saber científico e
tecnológico, formar profissionais com capacidade para atuar no mundo do trabalho,
adotando formas diversificadas de atuação, empresariais e empreendedoras, no
desempenho técnico, ético e político.
A Tabela 18 apresenta uma proposta de novas áreas de atuação de cada um
dos campi, bem como de atendimento a alunos em cursos regulares. Os números
descritos consideram a atuação em três turnos de funcionamento, com uma média de
15 alunos/professor e a existência de quadro efetivo de servidores composto por 80
docentes e 65 técnicos-administrativos em cada campi avançado, 400 docentes e 320
técnicos-administrativos no campus central e 60 técnicos-administrativos na reitoria do
IFET.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
54
Tabela 18 – Proposta de novas áreas e números de atuação do ensino regular do IFET-RN.
Áreas de Atuação Campi Atual Perspectivas Previsão de
Matrícula
Central de Natal
Ambiente, Saúde e Segurança; Controle e Processos Industriais; Gestão e Negócios;
Hospitalidade e Lazer; Infra-estrutura; Informação e
Comunicação; Produção Industrial; Recursos
Naturais; Física; Geografia; Língua Espanhola
Produção Cultural e Design; Matemática 6.000
Zona Norte de Natal
Controle e Processos Industriais; Informação e
Comunicação
Ambiente, Saúde e Segurança; Gestão e
Negócios; Hospitalidade e Lazer; Produção Industrial;
Matemática; Língua Portuguesa
1.200
João Câmara –––
Informação e Comunicação; Gestão e Negócios; Infra-
estrutura; Matemática 1.200
Santa Cruz ––– Informação e Comunicação;
Controle e Processos Industriais; Matemática
1.200
Currais Novos
Ambiente, Saúde e Segurança; Informação e Comunicação; Produção
Alimentícia
Recursos Naturais; Controle e Processos Industriais; Hospitalidade e Lazer;
Química
1.200
Caicó ––– Informação e Comunicação;
Controle e Processos Industriais; Física
1.200
Macau ––– Recursos Naturais; Química; Biologia 1.200
Mossoró
Ambiente, Saúde e Segurança; Controle e Processos Industriais;
Informação e Comunicação; Infra-estrutura; Produção
Industrial
Gestão e Negócios; Hospitalidade e Lazer; Produção Alimentícia;
Física; Química
1.200
Ipanguaçu Informação e Comunicação; Recursos Naturais
Ambiente, Saúde e Segurança; Produção Alimentícia; Produção
Industrial; Biologia
1.200
Pau dos Ferros –––
Informação e Comunicação; Produção Alimentícia;
Química 1.200
Apodi ––– Recursos Naturais; Produção Industrial; Geografia; Química
1.200
Total ––– ––– 18.000
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
55
É importante ressaltar que a Instituição assume internamente uma política de
valorização de suas Unidades, a partir de um planejamento estratégico do ensino, da
pesquisa e da extensão e da evolução dos indicadores de gestão. Dessa forma, a
atuação de cada campi do IFET-RN poderá ser redimensionada, de forma a garantir
uma ação em prol do crescimento da atuação global do Instituto.
Quanto à oferta educacional prevista em termos regulares, vale salientar que
esta deverá ser ampliada consideravelmente com o incremento da atuação em
educação à distância (EaD), em cursos de pós-graduação e em cursos de formação
inicial e continuada de trabalhadores.
O aumento da oferta através da EaD no IFET-RN, numa perspectiva de difusão
do conhecimento, propõe-se a integrar os diversos níveis educacionais e esferas
governamentais; interiorizar as ofertas educativas, através da implantação de pólos de
EaD em cada um dos campi; e desenvolver ações ligadas à extensão e à pesquisa.
Números para a oferta de cursos através de EaD dão conta de um total na faixa de
10.000 matrículas/ano, devendo ser adotadas as seguintes linhas estratégicas:
• Atuar em todos os níveis e modalidades de ensino, em consonância com as
demandas profissionais da região;
• Desenvolver programas de formação inicial e continuada de trabalhadores;
• Promover cursos de capacitação/atualização para professores e funcionários
da rede pública, através de convênios com as secretarias de educação
municipais e estadual;
• Disponibilizar softwares educacionais para serem utilizados como apoio em
sala de aula;
• Estimular e orientar a utilização das tecnologias de informação e
comunicação (TICs), como instrumento de ensino;
• Socializar a produção acadêmica, na qual se utilizam diversos tipos de mídia;
• Romper com as barreiras geográficas, disponibilizando oportunidades de
capacitação, utilizando recursos de videoconferência;
• Vincular a pesquisa ao ensino à distância;
• Promover cursos de capacitação em EaD.
A ampliação da oferta de pós-graduação na Instituição se apresenta como uma
meta para o IFET-RN, a partir de indicadores de produção acadêmica e de capacitação
e estabelecidas condições operacionais pedagógicas e infra-estruturais. Como
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
56
conseqüência dessa atuação, instigam-se novas possibilidades de produção e
verticalização do conhecimento, de modo a realimentar a pesquisa e a extensão.
Além disso, o incremento da atuação através de cursos de formação inicial e
continuada de trabalhadores e da expansão dos projetos e programas de extensão,
proporcionarão um acréscimo de cerca de 22.000 matrículas.
Dessa forma, estima-se que o atendimento do IFET-RN chegue ao expressivo
número de 50.000 matrículas/ano, com uma média de 1 matrícula para cada 50
pessoas, por ano, da população total atendida na área de abrangência da Instituição.
Para dar conta desse imenso desafio que representa toda essa expansão, faz-se
necessário dispor, além das condições referidas anteriormente, de uma estrutura
organizacional condizente com as dimensões da estrutura física, a amplitude
acadêmica e os níveis de complexidade administrativa que assumirá a Instituição. É o
que será apresentado a seguir.
6.3. PROPOSTA DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A estrutura organizacional proposta para o IFET-RN foi concebida a partir dos
seguintes princípios norteadores:
• Utilização dos padrões estabelecidos na Minuta do Projeto de Lei proposta
na Chamada Pública 002/2007-MEC, ou seja, considera que:
o o IFET-RN será um instituição de educação superior, básica e
profissional, pluricurricular e multicampi, com proposta orçamentária anual
identificada para cada campus e para a reitoria (descentralizada);
o a administração do IFET-RN terá como órgãos superiores um Conselho
Superior e um Colégio de Dirigentes;
o o IFET-RN terá como órgão executivo a reitoria, composta de um Reitor e
cinco Pró-Reitores; e
o os campi serão dirigidos por Vice-Reitores.
• Estabelecimento de três níveis de influência da estrutura: estratégico, tático e
operacional.
• Utilização de autoridade hierárquica e funcional, estabelecidas através das
ligações da própria estrutura e da função exercida pelas unidades
organizacionais.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
57
Além desses pressupostos, considera-se, ainda, que as atuais funções
componentes da estrutura do CEFET-RN serão mantidas, transformando-se as funções
FG-4 em FG-2.
Dessa forma, as Figuras 17 a 20 apresentam e detalham o modelo de estrutura
organizacional proposto para o IFET-RN. É importante ressaltar que apenas a Reitoria
e o Campus Central possuem uma estrutura diferenciada, tendo todos os Campi
Avançados a mesma estrutura organizacional, como referência.
CONSELHO SUPERIORCOLÉGIO DE DIRIGENTES
REITORIA
CAMPUSCENTRAL DE NATAL
CAMPUSZONA
NORTE DE NATAL
CAMPUSJOÃO
CÂMARA
CAMPUSMACAU
CAMPUSSANTA CRUZ
CAMPUSCURRAIS NOVOS
CAMPUSCAICÓ
CAMPUSMOSSORÓ
CAMPUSIPANGUAÇU
CAMPUSAPODI
CAMPUSPAU DOS FERROS
PRÓ-REITORIA ENSINO
PRÓ-REITORIA
EXTENSÃO
PRÓ-REITORIA ADMINIS-TRAÇÃO
PRÓ-REITORIA PESQUISA
PRÓ-REITORIA
RECURSOS HUMANOS
CONSELHO SUPERIORCOLÉGIO DE DIRIGENTES
REITORIA
CAMPUSCENTRAL DE NATAL
CAMPUSZONA
NORTE DE NATAL
CAMPUSJOÃO
CÂMARA
CAMPUSMACAU
CAMPUSSANTA CRUZ
CAMPUSCURRAIS NOVOS
CAMPUSCAICÓ
CAMPUSMOSSORÓ
CAMPUSIPANGUAÇU
CAMPUSAPODI
CAMPUSPAU DOS FERROS
PRÓ-REITORIA ENSINO
PRÓ-REITORIA
EXTENSÃO
PRÓ-REITORIA ADMINIS-TRAÇÃO
PRÓ-REITORIA PESQUISA
PRÓ-REITORIA
RECURSOS HUMANOS
Figura 17 – Modelo de estrutura organizacional proposto para o IFET-RN.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
58
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COORDENAÇÃO DE COMPRAS E CONTRATOS
COORDENAÇÃO DE SERVIÇOS GERAIS E MANUTENÇÃO
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Figura 18 – Estrutura organizacional de referência proposta para a Reitoria do IFET-RN.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
59
CONSELHO ESCOLAR
GABINETE
DEPARTAMENTO TÉCNICO-EDUCACIONAL
DEPARTAMENTO DE INFRA-
ESTRUTURA
DEPARTAMENTOSACADÊMICOS (08)
COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
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DIVISÃO DE EXTENSÃO
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Figura 19 – Estrutura organizacional de referência proposta para o Campus Central do IFET-RN.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
60
CONSELHO ESCOLAR
COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
VICE-REITORIADE CAMPUSAVANÇADO
GABINETE
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E
PLANEJAMENTO
COORDENAÇÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
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DEPARTAMENTOSACADÊMICOS (03)
ADJUNTOCOORDENAÇÃO
PEDAGÓGICA
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DIVISÃO DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL
DIVISÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL
DIVISÃO DE RECURSOS HUMANOS
DIVISÃO DE
PESQUISA
DIVISÃO DE EXTENSÃO
Figura 20 – Estrutura organizacional de referência proposta para os Campi Avançados do IFET-RN.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
61
A Tabela 19 detalha a estimativa do número de funções necessárias à
implementação da estrutura organizacional de referência proposta para o IFET-RN.
Tabela 19 – Estimativa do número de funções para a estrutura organizacional de referência.
Função Reitoria Campus Central
Campi Avançados
Total de Funções
CD-1 01 –– –– 01 CD-2 06 01 01 17 CD-3 08 01 –– 09 CD-4 03 13 04 56 FG-1 38 14 10 152 FG-2 03 86 42 509 FG-4 –– –– –– ––
TOTAL 59 115 57 744
6.4. PROJETO DA REITORIA
A reitoria do IFET-RN será estabelecida no município de Natal/RN, num terreno
de 5.000m2, situado à Rua Dr. Nilo Ramalho, bairro do Tirol, em espaço físico
independente de quaisquer dos campi que integram o IFET-RN, conforme orientação
contida na Chamada Pública em tela.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
62
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente projeto foi elaborado com base nos critérios estabelecidos pela
Chamada Pública MEC/SETEC nº. 002/2007 e contou com a participação da
comunidade institucional através de debates e sugestões. Ao longo do documento,
foram apresentadas informações relevantes sobre potencialidades e necessidades do
Estado do Rio Grande do Norte e suas relações com a atuação do Centro Federal de
Educação Tecnológica – CEFET-RN, além de dados sobre o Projeto Político-
Pedagógico, as Unidades de Ensino e os principais indicadores do desempenho da
Instituição, o que serviu de fundamento para a elaboração da proposta de implantação
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFET-RN.
Na constituição da proposta propriamente dita, além desses pressupostos, foram
sublinhados os seguintes elementos: a delimitação territorial do IFET-RN, com a
definição dos 11 campi e as possibilidades de expansão; as perspectivas de atuação
institucional, com o estabelecimento dos objetivos e a previsão de ofertas
educacionais, inclusive com projeção do número de matrículas; e algumas condições
necessárias para a implantação do IFET, como a aprovação de uma nova estrutura
organizacional e do projeto da Reitoria.
Ainda com relação às condições de implantação do IFET, foram levantadas
também neste projeto três grandes necessidades, que constituem reivindicações
políticas advindas dos setores, entidades e órgãos de representação vinculados às
instituições da rede, a saber:
• implementação de política que garanta a contratação e reposição de
pessoal efetivo (docentes e técnicos-administrativos), ampliação de infra-
estrutura física e de orçamento, consoante com a nova dimensão
educacional e administrativa que o IFET trará para as instituições atuais;
• adoção de providências para implantação de um Plano de Cargos e
Carreira de Professores da Educação Profissional e Tecnológica,e para a
correção de distorções no Plano de Cargos e Carreiras dos Técnicos
Administrativos em Educação – PCCTAE, de acordo com as prerrogativas
do IFET; e
• criação, em lei, de um Fundo de Financiamento e Desenvolvimento da
Educação Profissional e Tecnológica – FUNDEP, a fim de garantir à
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
63
educação profissional e tecnológica o seu caráter estratégico e, ao
mesmo tempo, transformá-la numa política de Estado.
Diante do exposto, acredita-se que a implantação do IFET-RN a partir da
transformação do CEFET-RN, nos termos ora propostos, contribuirá de forma
significativa para ampliação e consolidação da atuação institucional. Representará
também um reconhecimento à rede federal de educação profissional e tecnológica,
que, prestes a completar um século de existência, tem muitos serviços prestados ao
país e está demonstrando, através dos resultados obtidos, que pode contribuir ainda
mais. Nesse contexto, tal projeto assume uma importância estratégica para o alcance
dos objetivos definidos no Plano de Desenvolvimento da Educação do Governo
Federal, como política indutora de democratização do acesso ao conhecimento e,
conseqüentemente, de desenvolvimento socioeconômico.
Projeto de Implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
64
REFERÊNCIAS
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DO RIO GRANDE DO NORTE, 2007. Disponível em <http//www.assecom.rn.gov.br>.
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de Natal. Disponível http://diariodenatal.dnonline.com.br/site/materia.php?idsec=2&idm
at=167372. Acesso em 30 de janeiro de 2008.
BEZERRA, Fátima. Rio Grande do Norte. “Deputada faz balanço das ações de Lula no
Estado”. Trecho do discurso na Câmara federal. Brasília-DF, 26/11/2007. Disponível em
<http://www.politicareal.com.br/noticia>. Acesso em 10 de janeiro de 2007.
BRASIL. MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Plano de Desenvolvimento da
Educação – PDE. 2007. Disponível em <http//www.mec.gov.br>. Acesso em 10 de
janeiro de 2008.
_____. CEFET/RN – CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO RIO
GRANDE DO NORTE. Projeto político-pedagógico do CEFET-RN: um documento em
construção (versão preliminar). Disponível em <http://www.cefetrn.br>. Acesso em 13
de janeiro de 2008. Natal/RN, 2005.
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Demográfico, 2000.
_____. INEP – INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS
EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Resultados do ENEM em 2005: análise do perfil
socioeconômico e do desempenho dos participantes, 2006.
CAVALCANTI, S.; FERREIRA, A. A inserção espúria do Rio Grande do Norte na
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