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COLÉGIO RURAL ESTADUAL JOSÉ ALVES DOS SANTOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO e-mail: erejasantos@hotmail.com
Fone: (42) 8808-7974
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
RIO BONITO DO IGUAÇU
2012
"Se a educação sozinha não transforma a
sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade
muda." (Paulo Freire)
3
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO__________________________________________________ 6
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO______________________________ 6
2.1 DADOS DO ESTABELECIMENTO_____________________________________ 6
2.2 HISTÓRICO_______________________________________________________ 7
3. DIAGNÓSTICO ____________________________________________________ 9
3.1 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR_______________________ 10
3.2 PROPOSTA DE TRABALHO DO COLÉGIO PARA A ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E A COMUNIDADE____________________________________________
10
3.3 RELACIONAMENTO ENTRE OS PROFISSIONAIS DO COLÉGIO E OS DISCENTES_________________________________________________________
11
3.4 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR______________________________ 11
3.5 AMBIENTES PEDAGÓGICOS________________________________________ 12
3.6 ÍNDICES DA APROVEITAMENTO ESCOLAR____________________________ 13
3.7 REGIME ESCOLAR E PROMOÇÃO___________________________________ 13
3.8 CLASSIFICAÇÃO__________________________________________________ 14
3.9 PROGRESSÃO PARCIAL____________________________________________ 14
3.10 ATENDIMENTO A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DO COLÉGIO___________________________________________________________
14
3.11 HORA ATIVIDADE________________________________________________ 14
4. FUNDAMENTAÇÃO ________________________________________________ 15
4.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO_______________________________________ 16
4.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM___________________________________________ 16
4.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO__________________________________________ 17
4.4 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE_______________________________________ 17
4.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA_________________________________________ 18
4.6 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO___________________________________ 19
4.7 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM____________________________ 19
4.8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO_______________________________________ 20
4.9 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR ________________________________ 21
4.10 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA_______________________________________ 21
4.11 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO______________________________________ 22
4.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA_____________________________________ 23
4.13 SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM _________________________________ 24
4.14 PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM CONTRATURNO ___ 25
5. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES ___________________________________________ 26
5.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS__________________________________________ 27
5.1.1 Conselho Escolar________________________________________________ 27
5.1.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)__________________ 27
4
5.1.3 Conselho de Classe______________________________________________ 27
5.1.4 Alunos e Professores representantes de turma_______________________ 28
5.2 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO COLÉGIO_______________________________ 30
5.2.1 Avaliação Institucional___________________________________________ 31
5.2.2 Avaliação da Educação – IDEB____________________________________ 31
5.3 ENFRENTAMENTO A EVASÃO ESCOLAR – PROGRAMA FICA COMIGO_____ 32
5.4 ENFRENTAMENTO ÀS DROGAS, A VIOLÊNCIA E A INDISCIPLINA NO COLÉGIO___________________________________________________________
33
5.4.1 Patrulha Escolar_________________________________________________ 35
5.5 AGENDA 21______________________________________________________ 35
5.6 CONFERÊNCIA INFANTO JUVENIL PELO MEIO AMBIENTE _______________ 36
5.7 JOGOS COLEGIAIS DO PARANÁ (JOCOP'S)____________________________ 37
5.8 PROJETOS PROMOVIDOS PELO COLÉGIO____________________________ 38
5.8.1 Festival de Arte_________________________________________________ 38
5.8.2 Feira do Conhecimento___________________________________________ 39
5.8.3 Gincana Esportiva_______________________________________________ 40
5.9 CAMPANHAS QUE O COLÉGIO REALIZA_____________________________ 41
5.9.1 Semana de Orientação sobre a Gravidez na Adolescência_____________ 41
5.9.2 Dia da Consciência Negra________________________________________ 42
5.10 COMEMORAÇÕES E DESFILE CÍVICO_______________________________ 42
5.11 ATENDIMENTO AOS ALUNOS INCLUSOS NO ENSINO REGULAR_________ 43
5.12 PROGRAMA SAREH______________________________________________ 44
5.13 ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA______ 45
5.14 ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO PARANÁ_____________________ 46
5.15 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO______________________________________ 46
5.16 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR E APOIO ___________ 47
5.17 INCLUSÕES NO CURRICULO ______________________________________ 48
5. 18 ARTICULAÇÃO ENTRE NÍEIS DE ENSINO ____________________________ 49
6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR______________________________ 50
6.1 ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO____________________________________ 50
6.1.1 Proposta Pedagógica Curricular de Arte_____________________________ 50
6.1.2 Proposta Pedagógica Curricular de Biologia _________________________ 72
6.1.3 Proposta Pedagógica Curricular de Ciências ________________________ 80
6.1.4 Proposta Pedagógica Curricular de Educação Física__________________ 91
6.1.5 Proposta Pedagógica Curricular de Ensino Religioso _________________ 101
6.1.6 Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia ________________________ 105
6.1.7 Proposta Pedagógica Curricular de Física __________________________ 113
6.1.8 Proposta Pedagógica Curricular de Geografia _______________________ 119
6.1.9 Proposta Pedagógica Curricular de História _________________________ 138
6.1.10 Proposta Pedagógica Curricular de LEM _ Inglês ___________________ 147
5
6.1.11 Proposta Pedagógica Curricular de Língua Portuguesa ______________ 158
6.1.12 Proposta Pedagógica Curricular de Matemática_____________________ 174
6.1.13 Proposta Pedagógica Curricular de Química _______________________ 184
6.1.14 Proposta Pedagógica Curricular de Sociologia _____________________ 196
6.2 Proposta do CELEM _ Espanhol ____________________________________ 207
6.3 Proposta da Sala de Recursos ______________________________________ 223
7. Referências _______________________________________________________ 232
8. ANEXOS__________________________________________________________ 235
6
1. APRESENTAÇÃO
A sociedade atual exige uma educação de qualidade, que garanta as
aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, criativos, críticos e
participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na
sociedade e sobre a qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais,
políticas e econômicas. Para tanto, se faz importante priorizar conteúdos significativos
para a vida presente e que, ao mesmo tempo, favoreçam o aprendizado, pois o processo
de aprender é permanente.
Neste sentido o Colégio Rural Estadual José Alves dos Santos, traça aqui seus
ideais e objetivos os quais serão retratados nesse Projeto Político Pedagógico, o qual foi
elaborado através de um amplo trabalho, onde envolveu alunos, pais, professores,
funcionários, diretor e equipe pedagógica, com o propósito de definir uma concepção de
educação, de homem, de mundo, de sociedade, de cultura, de conhecimento, de ensino-
aprendizagem, de avaliação, de gestão democrática, de cidadania, etc. Deste modo o
P.P.P. é uma representação da gestão democrática de nosso colégio.
Conforme afirma Veiga (1998), o projeto político pedagógico exige profunda
reflexão sobre os fins da escola, assim como a explicação de seu papel social tendo
clareza sobre a definição dos caminhos e das formas operacionais e ações a serem
tomadas por todos os participantes do processo educativo.
O presente Projeto Político Pedagógico está fundamentado na Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais que visam nortear a linha progressista da educação, no Currículo Básico para a
Escola Pública do Paraná, este documento tem a função de prever e dar direção à gestão
do colégio.
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
2.1 DADOS DO ESTABELECIMENTO
Colégio Rural Estadual José Alves dos Santos
Código do Colégio: 0030-2 Código do MEC: 41355342
Endereço: Localidade de Pinhal Ralo, s/n. Comunidade da SEDE. Assentamento Ireno
Alves dos Santos.
7
Telefone: (42) 8808-7974
Site da Escola: www.rbnjosealvesantos.seed.pr.gov.br
E-mail Institucional:rbnjosealvesantos@seed.pr.gov.br
Município: Rio Bonito do Iguaçu
Código do Município: 2234
Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação (SEED)
NRE: Laranjeiras do Sul
Código: 31
Distância da Escola até o NRE: 40 Km
2.2 HISTÓRICO
Na Comunidade da Sede localizado no Assentamento Ireno Alves dos Santos,
surgiu uma luta de centenas de famílias organizadas pelo MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra), seu objetivo era um pedaço de terra e condições de
vida digna.
Um povo valente, mas de famílias pobres, que passavam fome, frio e que
perderam muitas de suas crianças nesta luta. Após muitas lutas e pela persistência, as
famílias que estavam acampadas conseguiram conquistar suas terras. Com isto surgiu o
Assentamento Ireno Alves dos Santos com uma área de 16.800 hectares, com a
implementação deste, as famílias foram fixando-se pelos talhões ou lotes. Formaram
novas comunidades e escolas, num total de 11 escolas de 1a a 4a série, 4 escolas de 5a a
8a série e 3 escolas de Ensino Médio, correspondendo a um total de 2.000 crianças
atendidas aproximadamente, sendo que na Sede, ou Primeira Conquista, onde está
localizado atualmente nosso Colégio, instalou-se provisoriamente uma escola de 1a a 4a
série com aproximadamente 250 alunos e em 19 de maio de 1997, foi criada a Escola
Rural Estadual José Alves dos Santos – Ensino Fundamental, (código 0030-2), onde
ofertou-se o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série. O Colégio fica localizado na zona rural
do município de Rio Bonito do Iguaçu (código 2234), com dependência administrativa
Estadual (código 2), pertencente ao Núcleo Regional de Educação de Laranjeiras do Sul
(código 31), tendo como Entidade Mantenedora o Governo do Estado do Paraná (SEED).
Sendo autorizada sob resolução n° 1.969/97 de 05 de junho de 1997, sendo reconhecida
8
pelo ato n°1145/03 de 10 de abril de 2003, e a última renovação de reconhecimento do
Ensino Fundamental foi atendida pela Resolução nº 1850/09 de 04/06/2009,
posteriormente o estabelecimento de ensino atendendo a grande demanda de alunos
conseguiu a implantação do Ensino Médio de forma simultânea no ano de 2007, o qual foi
autorizado pela resolução nº 5285/07 publicada em diário oficial em 24/01/2008 e teve
sua autorização prorrogada pela resolução nº 1051/09 de 23/03/09 e seu reconhecimento
encontra-se em tramitação. O Regimento Escolar foi aprovado pelo Núcleo Regional de
Educação de Laranjeiras do Sul através do ato administrativo nº 72 de 23/12/2009.
O Colégio situa-se a 40 km do Núcleo Regional de Educação. Sua finalidade é
atender aos filhos dos pequenos agricultores assentados, oportunizando a esses
adolescentes e jovens o acesso ao estudo e a educação de qualidade.
O nome do colégio é uma homenagem a um trabalhador pertencente ao MST
que morreu em uma emboscada de pistoleiros, onde hoje se situa o Assentamento Ireno
Alves dos Santos.
O Primeiro diretor do colégio foi o professor Nelson Gomes da Silva, até o ano
de 1998, quando houve a remoção do mesmo para outra escola do Assentamento,
assumindo a nova diretora nomeada, Maria Lúcia Garbin.
No início de 2001, após reunião registrada em ata, o professor Nabor Bettega
Júnior assumiu a direção do estabelecimento atuando até o término do ano, eleito
novamente reassumiu o cargo.
Inicialmente o colégio, funcionou com as seguintes turmas no período matutino
(início às 7 horas e 30 minutos e término às 11 horas e 45 minutos): uma turma de 5ª
série, uma turma de 8ª série e duas turmas de correção de fluxo, pelo fato de muitos
alunos estarem acima da faixa etária estabelecida para o Ensino Fundamental, na parte
da tarde ( início às 13 horas e término às 17 horas e 15 minutos) funcionavam 3 turmas
sendo uma 5ª série, uma 6ª série e uma 7ª série, somando um total de 177 alunos .
O colégio inicialmente, não tinha sede própria e funcionava juntamente com a
escola municipal em um casarão de madeira, mais tarde no ano de 2002 o colégio passou
a contar com sede própria contando com cinco salas de aula, sendo que, quatro delas
eram ocupadas como salas de aulas e uma funcionava como biblioteca e sala dos
professores. As demais repartições como secretaria, cozinha, direção e banheiros
permaneceram na primeira instalação (barracão de madeira).
No ano de 2004 iniciou-se a construção das novas instalações no colégio, a
qual terminou em outubro de 2006, foram construídos locais onde se instalaram as
9
dependências da secretaria, biblioteca, laboratório de informática, cozinha, sala dos
professores, da direção e da equipe pedagógica, ficando disponível uma sala, a qual é
ocupada como sala de aula.
3. DIAGNÓSTICO
Analisando o contexto sócio-econômico do país verificamos que vivemos em
uma sociedade moldada nos parâmetros do capitalismo, excludente e dividida por classes
que infelizmente visa o individualismo. O que constatamos é que a escola dentro desse
sistema funciona como perpetuadora deste modelo, onde os alunos, geralmente, acabam
se adequando e reproduzindo atitudes capitalistas, ou muitas vezes são excluídos.
Buscamos desenvolver em nosso colégio um trabalho diferenciado, onde o mesmo não
seja excludente e não dê enfase ao individualismo, mas sim ao cooperativismo.
Constatamos que a sociedade atual valoriza extremamente a cultura urbana, o
que incentiva os alunos a deixarem o campo, acreditando que nas grandes metrópoles
encontrarão melhores condições de vida, o que proporciona um grande êxodo rural e
“inchaço” das periferias (favelas).
Em consequência desse “inchaço” nas cidades houve uma retroação, ou seja,
as mesmas pessoas que deixaram o campo e migraram para os centros urbanos, diante
das dificuldades encontradas, fizeram o caminho de volta, o que é facilmente observado
em nossa região, pois o grande contingente de pessoas que fez parte do MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), são as mesmas que venderam suas
terras, ou perderam-nas no pagamento de dívidas e acabaram novamente voltando para o
campo em busca de um “pedaço de chão” que lhes proporcionassem uma vida digna.
O Colégio Rural Estadual José Alves dos Santos é o retrato fidedigno desta
situação, pois surgiu da luta de 3.040 famílias vindas de vários municípios da região
sudoeste, centro-oeste e noroeste do Paraná juntamente com centenas de famílias
brasiguaias (vindas do Paraguai), que vieram para este local organizadas pelo MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Seu objetivo era um pedaço de terra
da fazenda Araupel ou Giacomet, localizada em vários municípios da região Centro-
Oeste, entre eles, Rio Bonito do Iguaçu.
Essas famílias eram arrendatárias, bóia-frias, favelados ou assalariados,
pessoas pobres, muitas vezes que não chegavam a receber um salário mínimo, ou tendo
mal o que comer.
10
Pela persistência e lutas pela terra conseguiram vencer e foram assentados
nesta terra, onde cada família recebeu de 5 a 7 alqueires de terra, havendo também
aqueles que já conseguiram adquirir mais terras, formando propriedades maiores. No
entanto, atualmente muitos dos que moram no assentamento compraram suas terras e
não são os mesmos que participaram da luta por um pedaço de chão.
Dentro do contexto apresentado, temos inserido o Colégio Rural Estadual José
Alves dos Santos, que almejando uma educação libertadora e democrática baseada na
concepção histórico crítica dos conteúdos, reformula coletivamente, com a participação de
toda a comunidade escolar, este Projeto Político Pedagógico.
3.1 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR
A maioria das famílias são de baixa renda, onde vivem com apenas um
salário mínimo. Os pais dos alunos possuem baixa escolaridade, a grande maioria
começou o Ensino Fundamental, porém não concluiu, e há também um alto número de
pais analfabetos.
Os alunos em sua maioria moram com seus pais, e há alguns que vivem
com os avós ou tios. Muitos moram no assentamento há mais de 12 (doze) anos. O lazer
das famílias nos finais de semana são as festas ou saraus que acontecem nas
comunidades e há também jogos de futebol e bocha.
3.2 PROPOSTAS DE TRABALHO DO COLÉGIO PARA A ARTICULAÇÃO COM A
FAMÍLIA E A COMUNIDADE
O objetivo primordial da escola é o aprender e a participação crítica e o espírito
de coletividade que se desenvolverá através do esforço comunitário de todos os setores
do colégio juntamente com o Conselho Escolar, a APMF, e demais voluntários
participantes da comunidade. Na forma de reuniões com pais para informações sobre o
desenvolvimento cognitivo de seus filhos e para apresentar sugestões para melhoria do
ensino.
O colégio enfatiza a importância da participação da família e da comunidade
em geral em todas as decisões, mesmo porque a gestão democrática prevê esta
participação que se dá através da organização de reuniões trimestrais ou quando se fizer
necessário, onde são discutidos assuntos referentes a administração, e sobretudo é
11
tratado sobre o processo de ensino e aprendizagem.
O Colégio também participa do planejamento, organização e efetivação de
festividades na comunidade.
3.3 RELACIONAMENTOS ENTRE OS PROFISSIONAIS DO COLÉGIO E OS
DISCENTES
As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na
realização de mudanças em nível profissional e comportamental, não podendo ignorar a
importância de tal interação entre os profissionais do colégio e alunos.
De acordo com Elias, “É por intermédio das modificações comportamentais da
área afetiva que a escola pode contribuir para a fixação dos valores e dos ideais que a
justificam como instituição social.” (1996, p.99)
Como o ensino não pode e não deve ser algo estático e unidirecional, devemos
nos lembrar de que a escola não é apenas um lugar para transmitir conteúdos teóricos; é,
também, local de aprendizado de valores e comportamentos, de aquisição de uma
mentalidade científica lógica e participativa, que poderá possibilitar ao indivíduo, bem
orientado, interpretar e transformar a sociedade e a natureza em benefício do bem-estar
coletivo e pessoal.
Neste sentido o colégio busca trabalhar de forma a garantir a todos uma
convivência saudável, fazendo com que cada um cumpra com o seu papel.
3.4 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
Há em funcionamento no colégio atualmente 12 turmas, sendo 7 no período da
manhã e 5 no período da tarde totalizando 216 alunos. Cada turma tem 5 aulas
diariamente, somando um total de 25 aulas semanais. Quanto à distribuição das turmas
no período matutino há 6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, e 1ª, 2ª e 3ª série do
Ensino Médio, cada série com uma turma somente. No turno vespertino há 6º, 7º, 8º e 9º
anos do Ensino Fundamental, e uma primeira série do Ensino Médio.
Além das aulas regulares temos no colégio as atividades de complementação
curricular:
� Salas de Apoio à Aprendizagem, nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, destinadas ao 6º e 9º sendo quatro em funcionamento no período matutino e
12
quatro no período vespertino, totalizando oito salas de Apoio;
� Uma Sala de Recursos destinada aos alunos com Deficiência Intelectual e
Transtornos Funcionais Específicos, com funcionamento no período da manhã;
� CELEM _ Centro de Línguas Estrangeiras Modernas ofertada no Colégio é o
de Espanhol – curso básico, com funcionamento no período da tarde, sendo uma turma
de P1 e uma turma de P2, totalizando duas turmas.
� Um PACC _ Programa de Atividades Complementares em Contraturno de
Aprofundamento da Aprendizagem, na área de Língua portuguesa destinado aos alunos
do Ensino Fundamental do período da tarde.
No quadro de profissionais o Colégio conta com 30 professores, sendo estes
do quadro próprio do magistério (QPM), ou contratados através de Processo Seletivo
Simplificado (PSS), 2 professores pedagogos com carga horária de 20 horas semanais; 1
diretor; 1 secretária; 2 Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e
Operação de Multimeios Escolares e 4 Funcionárias que atuam nas Áreas de Manutenção
de infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e
Interação com o Educando.
3.5 AMBIENTES PEDAGÓGICOS
� 6 salas de aula;
� Quadra Poliesportiva;
� Secretaria;
� Sala dos Educadores;
� Sala da Equipe Pedagógica;
� Sala da Direção;
� Sala de Recursos;
� Biblioteca;
� Laboratório de Informática;
� Laboratório de Química, Física, Biologia e Ciências.
No que diz respeito à disponibilidade de materiais, o colégio dispõe de uma
televisão de 20 polegadas, 6 TVs Pendrive, 6 aparelhos de DVD, um microcomputador
com impressora, 20 computadores e 2 impressoras do programa Paraná Digital, dois
rádios, uma caixa de som e 9 ventiladores.
13
A biblioteca conta com um acervo de livros didáticos e literários que estão
diariamente a disposição dos alunos e professores para a realização de trabalhos,
pesquisas e leituras. Porém, ainda se faz necessário uma maior quantidade de livros de
pesquisa principalmente para o ensino médio, visto que o Colégio não possui o acervo da
biblioteca do professor.
O laboratório de informática dispõe de 16 microcomputadores os quais são
utilizados por toda comunidade escolar.
O colégio também procura manter materiais para uso dos professores, seja
para a preparação de aulas, ou para realização de trabalhos em sala de aula. As salas de
aula contam com um quadro negro, um mural, além das carteiras e cadeiras disponíveis
para a acomodação dos alunos.
3.6 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR
Rendimento Escolar Ensino Fundamental e Médio (%) ANO ESCOLAR Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono
2009 93,25 3,9 2,7
2010 89,59 4,5 5,8
2011 77,62 19,17 3,19
3.7 REGIME ESCOLAR E PROMOÇÃO
A organização do trabalho pedagógico em todos os níveis e modalidades de
ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais.
No colégio o regime da oferta da Educação Básica é de forma presencial, organizado por
série.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
O regime escolar é trimestral, onde cada aluno terá 3 notas no ano em cada
disciplina, com exceção do Ensino Religioso. Na promoção ou certificação de conclusão,
para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida
é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.
Os alunos que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas
letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina serão
14
considerados aprovados ao final do ano letivo. Observando que a promoção é o resultado
da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua frequência.
Os alunos serão considerados retidos ao final do ano letivo quando
apresentarem, frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar e também quando estes apresentarem frequência superior ou
igual a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada
disciplina.
Para o cálculo da média anual será usado a seguinte fórmula:
M.A.= 1º Trimestre + 2º Trimestre + 3º Trimestre = 6,0
3
3.8 CLASSIFICAÇÃO
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível
com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais e
pode ser realizada por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série
ou fase anterior na própria escola, por transferência, para os alunos procedentes de
outras escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem,
independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o aluno
na série, compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios
formais ou informais. A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem.
3.9 PROGRESSÃO PARCIAL
O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial. As transferências recebidas de alunos com dependência em até três
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
3.10 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DO COLÉGIO
Os professores e funcionários estão em constante processo de formação, onde
os mesmos participam dos cursos ofertados pela SEED: Grupos de Estudos, Grupo de
Trabalho em Rede, hora atividade coletiva promovidas pelo Núcleo Regional de
15
Educação, simpósios, DEB Itinerante, Jornada Pedagógica, profuncionário entre outros, e
cursos ofertados pelas Secretarias Municipais de Educação, Universidades, etc.
Buscando assim uma formação contínua, no intuito de oferecer uma educação de
qualidade aos educandos.
3.11 HORA ATIVIDADE
A hora atividade é um direito dos professores do Estado do Paraná que estão
em efetiva regência de classe. Direito este adquirido através da lei nº 13807 de
30/09/2002. A hora atividade é o período em que o professor desempenha funções da
docência, reservado a estudos, planejamentos, reunião pedagógica, atendimento à
comunidade escolar, preparação de aulas, avaliação dos alunos e outras correlatas,
devendo ser cumprida integralmente no colégio, de acordo com cronograma estabelecido
pela SEED.
16
4. FUNDAMENTAÇÃO
Em face da realidade descrita e apresentada, explicitaremos a seguir as
concepções do colégio quanto:
4.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Partimos do princípio de que a educação desempenha um papel estratégico
num processo de transformação social, por isso o processo pedagógico assumido pelo
colégio precisa assumir-se também como político, construindo uma educação que
desenvolva a consciência de classe trabalhadora, onde educadores e educandos
assumam suas trajetórias de vida e através delas resgatem a possibilidade de fortalecer a
transformação social, próxima e distante. Nesta perspectiva faz-se necessário a seleção
de conteúdos, métodos, proposta que abram este caminho, nesse novo horizonte.
Devemos estar abertos a novas realidades, enxergar além de nossos olhos,
pois assim temos maior capacidade de projetar o futuro, enfim uma educação aberta para
o mundo, que instrumentalize os sujeitos numa perspectiva histórica com resgate do
passado, análise do presente e principalmente pensar e projetar o futuro, construindo-o
verdadeiramente na/para cidadania.
Podemos observar a partir de nosso colégio, que a educação no campo surge
como um processo educacional compreendido a partir dos sujeitos que tem o campo
como seu espaço de vida. Nesse sentido, ela é uma educação que deve ser no e do
campo – No, porque “o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive; Do, pois o
povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,
vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais” (CALDART, 2002,
p.26).
4.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem não se reduz aos limites do tempo e do espaço. Suas raízes não
devem ser um problema de desenvolvimento. Ele é sujeito por vocação, o que lhe permite
ultrapassar os limites do tempo e se lançar num domínio que lhe é exclusivo: construir sua
história e sua cultura.
O homem no processo educacional é ao mesmo tempo, educador e
17
educando, num acontecimento que poderíamos dizer, como Paulo Freire, dialético. O
homem é um ser inacabado, inconcluso, em construção. Dizemos, retirando o conceito da
matemática, que o homem é um espaço aberto. É um ser finito que teima em não se
aceitar como tal, buscando, pois, a infinitude. Como inacabado, busca completar-se, num
processo ao mesmo tempo infinito e impossível.
Por outro lado, o homem, como dizia Aristóteles, é um ser social, ou, dizemos
nós, é um ser-com. O homem se constrói, constrói o mundo material e simbólico, constrói
a verdade no encontro com o outro. É no rosto do outro, no apelo que este rosto nos faz,
na interiorização que este rosto nos leva a fazer que, em resposta, construímos o mundo.
Nada existe em mim que não seja, queira eu ou não, partilha com o outro.
4.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO
O ser humano é sujeito da história, não está “colocado” no mundo, mas ele é o
mundo, faz o mundo, faz cultura.
Neste sentido, a nossa concepção do mundo que nos rodeia, tal como a que
temos de nós próprios, muda em cada dia que passa. Vivemos numa época de transição.
Nós seres humanos, conforme Robert Musil (2004).
Estamos ainda muito longe dos objetivos, não nos aproximamos deles, nem sequer os avistamos, havemos de enganar-nos ainda muitas vezes no caminho, teremos muitas vezes ainda que mudar de cavalos; mas qualquer dia, depois de amanhã ou daqui a dois mil anos, o horizonte começará a deslizar e precipitar-se-á sobre nós, mugindo! O crepúsculo cairá, e encontraremos o porquê de muitas coisas deste mundo, ou não chegaremos nunca ao ponto final, visto que o mundo, muda a cada minuto.
4.4 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Escola e sociedade possuem um ciclo que frequentemente se renova. Se por
um lado é a escola que define as relações que se estabelecem no âmbito social, por
outro, é a sociedade que determina o que se ensina na escola.
Segundo Dewey (1971), a escola é definida como uma micro-comunidade
democrática. Seria o esboço da socialização democrática? Ponto de partida para reforçar
a democratização da sociedade.
Conforme o mesmo autor, educação e democracia formam parte de uma
18
totalidade, definem a democracia com palavras liberais, onde os indivíduos deveriam ter
chances iguais. Em outras palavras, igualdade de oportunidades dentro de um universo
social de diferenças individuais.
Desta forma pensamos que longe de a educação ter por objeto único e
principal o indivíduo e seus interesses, ela é antes de tudo o meio pelo qual a sociedade
renova perpetuamente as condições de sua própria existência. A sociedade só pode viver
se dentre seus membros existe uma suficiente homogeneidade. A educação perpetua e
reforça essa homogeneidade, fixando desde cedo na alma da criança as semelhanças
essenciais que a vida coletiva supõe.
No entanto, apesar da questão da homogeneidade da sociedade e das
diferenças sociais em que vivemos, devemos pensar numa educação para a
emancipação, onde os sujeitos sejam autores de suas histórias, mudando o rumo da
trajetória que aí está sendo imposto.
4.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA
Entendemos por cultura tudo aquilo que as pessoas, os grupos e a sociedade
produz para representar ou expressar o seu jeito de viver, de entender e de idealizar o
mundo. É a cultura que permite a comunicação humana e, portanto, permite a própria
educação. São expressões culturais: a linguagem, os costumes, as tradições, a arte, os
rituais, a religiosidade, os comportamentos, os saberes, as normas, o jeito de se
relacionar com as outras pessoas no cotidiano, os valores éticos, entre outros.
A educação pode ser considerada ao mesmo tempo um processo de produção
e de socialização da cultura; pode ser ainda um processo de transformação cultural das
pessoas, dos grupos. Neste sentido, em outros princípios de nossa proposta de
educação, já aparecem elementos desta relação necessária entre educação e cultura. O
destaque aqui é para enfatizar especificamente o papel que cabe a educação no processo
de construção e de reconstrução da identidade cultural.
Nossas escolas precisam ser espaços privilegiados para a vivência e a
produção de cultura. Seja através da comunicação, da arte, do estudo da própria história
do grupo, da festa, do convívio comunitário como antídoto ao individualismo que é um
valor absoluto no capitalismo; seja também às manifestações culturais que compõem o
patrimônio cultural da humanidade, seja pelo enfrentamento dos conflitos culturais que
aparecem no dia a dia. O que não podemos perder de vista é o objetivo maior de tudo
19
isso, e que diz respeito não a um simples resgatar a cultura popular, mas principalmente
ao produzir uma nova cultura; uma cultura da mudança, que tenha o passado como
referencia, o presente como uma vivência que ao mesmo tempo pode ser plena em si
mesma, é também antecipação do futuro, nosso projeto utópico, nosso horizonte.
4.6 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
A produção de conhecimento é uma das dimensões do processo educativo.
Então, através deste princípio estamos dizendo que precisamos nos preocupar em como
garantir que nossos educandos produzam conhecimento. Conhecimento sobre o que?
Sobre a realidade. Mas quando falamos em realidade não estamos nos referindo apenas
à realidade que nos cerca, a que vivemos ou enxergamos. É tudo aquilo que existe e que
merece ser conhecido, apreciado, transformado e que pode estar a milhares e milhares
de quilômetros de nosso local. Só que não tem sentido conhecer todo o mundo sem
conhecer a nossa realidade. Porque, afinal, é nela que nós vivemos e é para melhorar as
condições de vida dela que estamos estudando.
Esta perspectiva de valorização do campo pode ser observada nas palavras de
Fernandes (2002), afirmando que o campo é um lugar onde se prospera a vida, onde as
pessoas podem morar, trabalhar, estudar com dignidade de quem tem o seu lugar e
sobretudo sua identidade cultural. O campo não é só lugar da produção agropecuária e
agroindustrial, do latifúndio e da grilagem de terras. O campo é o espaço e território dos
moradores do campo, sendo lugar de vida e, sobretudo de educação.
4.7 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Ensinar é criar condições para que ocorra a aprendizagem, é mediar o
processo de construção do conhecimento, é ajudar o outro a entender, a refletir e a
indagar, facilitando assim a compreensão do conhecimento.
Aprender é a construção do conhecimento, ou seja, o aprimoramento do
conhecimento já existente e aplicação dos mesmos a novas situações. O cotidiano
escolar é rico em oportunidades para aprender, mas para que a aprendizagem seja
significativa para o aluno é preciso que o ensino seja desafiador. Compreender é pensar e
agir com flexibilidade em qualquer circunstância, partindo do que se aprendeu sobre o
assunto. Ensinar para a compreensão requer uma proposta pedagógica (didática), e isso,
20
por sua vez, requer uma nova organização que comporte diferentes modos de ensinar.
Neste sentido, queremos educar os sujeitos para um novo projeto de
desenvolvimento social para o campo, educar para a ação transformadora, isto quer dizer
que precisamos de pessoas capazes de articular, cada vez mais as potencialidades,
teoria e prática.
Segundo Vygotsky e o seu conceito de zona de desenvolvimento proximal, que
se refere à “região” ou “distância” entre aquilo que o aluno já sabe, que já foi assimilado,
isto é, aquilo que ele consegue fazer sozinho, daquilo que o indivíduo pode vir a aprender
ou a fazer com a ajuda de outras pessoas, denominado desenvolvimento potencial, é a
distância entre seu desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução
independente de problemas e o nível de seu desenvolvimento potencial, determinado
através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros mais capazes.
Conforme Freire (1996), uma das tarefas mais importantes da pratica
educativa-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns
com os outros e todos com o educador ensaiam a experiência profunda de assumir-se,
como ser social, histórico e sobretudo como ser pensante, criador e realizador de sonhos.
“A aprendizagem é uma construção pessoal que o aluno realiza com ajuda de outras
pessoas.” (COOL, 2006).
4.8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
O processo de avaliação numa perspectiva democrática visa a superar o ato
de medir quantitativamente resultados esperados, o que acaba sempre por confundir o
mais importante com o mais mensurável. A avaliação ultrapassa o caráter classificatório
que leva a aprovar ou reprovar.
A avaliação, tal como a concebemos, é abrangente porque contempla tanto as
questões ligadas estritamente ao processo ensino-aprendizagem, como as que se
referem à organização do trabalho escolar, à função socializadora e cultural, à formação
das identidades, dos valores, etc.
Assim, não mais procede pensar que o único avaliado é o aluno em seu
desempenho cognitivo. A avaliação é um processo formativo e contínuo.
A Avaliação deve ser entendida como um dos aspectos de ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a
21
finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem
como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. Deve dar condições para que seja
possível ao professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de
aprendizagem.
Na avaliação, o professor deve utilizar técnicas e instrumentos diversificados,
tais como: tarefas variadas, trabalhos, pesquisas, experimentos, relatórios, exposições,
provas e outras que se recomendem, preponderando os aspectos qualitativos da
aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos
conteúdos.
Portanto, para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deve ser
diagnóstica, contínua, permanente e cumulativa, considerando os resultados obtidos
durante o período letivo, num processo contínuo, cujo resultado final venha a incorporá-
los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar.
4.9 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR
A nova concepção de Educação pauta-se na gestão democrática, ou seja, o
colégio não tem mais possibilidades de ser dirigido de cima para baixo e na ótica do poder
centralizador que dita normas. A gestão democrática exige uma ruptura histórica na
prática administrativa do colégio e exige uma construção coletiva do Projeto Político
Pedagógico.
A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais a escola é mera executora. (VEIGA, 1995, p. 18)
Considerar a democracia um princípio pedagógico significa dizer que não basta
os educandos estudarem ou discutirem sobre a mesma, mas principalmente vivenciar um
espaço de participação democrática educando-se pela e para a democracia social.
4.10 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
22
Cidadania deve ser entendida como o ato de o homem constituir-se como
homem entre outros homens e como homem que, com os outros homens, constrói o
mundo humano, material e simbólico em que subsiste. Ser cidadão é ser sujeito do
processo histórico, em contraposição ao ser objeto, sobre o qual incide a ação do sujeito;
é ser agente, produtor do espaço cultural em que deverá viver.
Conforme Signorelli, constituir-se como cidadão é assumir-se protagonista do
processo histórico. Assim sendo, o cidadão não delega responsabilidades, não deixa
parte de si para outrem. Educar para a cidadania é nunca permitir que o dado seja aceito
sem a necessária reflexão, sem consciência crítica; educar para a cidadania é ensinar a
nunca se permitir ser objeto, mas sim, construtor de seu próprio ser, de sua própria
identidade, do seu próprio mundo; educar para a cidadania é mostrar a presença do outro,
do rosto que apela por relação, do rosto que apela por verdade, justiça, igualdade e
solidariedade; educar para a cidadania é mostrar a vida como dom, como construção,
como tarefa inconclusa, mas bela, trabalhosa, mas necessária.
4.11 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
É através do currículo que o colégio vai preparar o educando para o exercício
da cidadania, porque não ensina alguém somente a partir de discursos e sim da interação
“discurso↔prática”. Segundo Veiga (1995), considerando que currículo é a construção
social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que essa
construção se concretize, a produção, transmissão e assimilação são processos que
compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, se
constituindo no currículo propriamente dito.
O colégio para ensinar, precisa fazer o discurso da democracia e executá-la;
inclusive deve demonstrar as dificuldades de praticá-la.
O currículo na sua essência visa compreender o que se passa no mundo onde
vivemos e as formas de agir e atuar neste mundo de forma crítica. O cidadão crítico deve
dominar, necessariamente, o conhecimento daquilo que vai criticar, para ser capaz de
fazer distinção, julgamento, separação dos fatos. E é através do currículo, do ensino, que
estaremos abrindo janelas para que os educandos compreendam melhor o mundo, essas
janelas que abriremos são as disciplinas fundamentais.
Ao levar os alunos a compreender através dessas janelas estaremos mudando
a sua compreensão de si mesmo e a sua relação com o mundo, mostrando uma nova
23
visão de homem e mundo, mesmo porque “o currículo não pode ser separado do contexto
social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado” (VEIGA,
p.27, 1995).
De acordo com Veiga (1995), na organização curricular é preciso considerar
primeiramente que currículo não é um instrumento neutro. O currículo passa ideologias,
as quais precisam ser identificadas pelo colégio, implicando uma análise interpretativa e
crítica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular.
É importante salientar a presença ainda do currículo oculto, entendido com as
mensagens transmitidas pelo ambiente escolar, caracterizando-se em todo o coletivo de
normas e valores que mesmo indiretamente são passados aos educandos.
Ainda conforme a mesma autora, a organização curricular com objetivos
emancipatórios implica em desvelar as visões simplificadas da sociedade, que estabelece
padrões homogêneos de sociedade e na qual todo o ser humano se iguala, aceitando
papéis necessários a sua adaptação ao contexto em que vive.
4.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
Baseado no texto As “Tecnologias de Informação” e “Comunicação na Escola”
encaminhado pela SEED para a Semana Pedagógica de agosto de 2010, as tecnologias
de informação e comunicação presentes nesta sociedade vêm assumindo um duplo
papel: funcional – a tecnologia como ferramenta, instrumento, função e normativo – a
tecnologia determinando modelos para as relações sociais.
O papel funcional das tecnologias oscila entre a versão otimista de
transformação da sociedade, que afirma o mundo sem fronteiras, a rapidez nas trocas de
informação, entre outras, e a versão pessimista de controle social e político, onde o
cidadão passa a ser vigiado e perde sua privacidade. Nas duas versões é possível
identificar a mesma ideologia: a técnica determina o mundo e as relações humanas.
O acesso às tecnologias de informação e comunicação amplia as
transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói
o conhecimento. Frente a este cenário de desenvolvimento tecnológico que vem
provocando mudanças nas relações sociais, a educação tem procurado construir novas
estratégias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos
tecnológicos, resultando em práticas que promovam o currículo nos seus diversos
campos dentro do sistema educacional. A extensão do uso desses recursos tecnológicos
24
na educação, além de se constituir como uma prática libertadora, uma vez que contribui
para inclusão digital, também busca levar os agentes do currículo a se apropriarem
criticamente dessas tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas
oferecem no incremento das práticas educacionais.
Considerando a organização do trabalho pedagógico na escola, entre as
possíveis temáticas a serem consideradas nesse processo de reflexão sobre o uso das
tecnologias de informação e comunicação, destacam-se: o papel de mediação do
professor na aprendizagem; o processo de interação e colaboração em ambientes virtuais
de aprendizagem; as mídias impressas e televisivas presentes na escola e a pesquisa
escolar na internet.
4.13 SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED - implementou o
Programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às
defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam o 6º ano do
Ensino Fundamental. A partir do ano de 2011 a SEED ampliou o atendimento aos alunos
do 9º ano.
As Salas de Apoio à Aprendizagem fazem parte do programa de atividades
curriculares complementares e, devem funcionar em contraturno, nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à
aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e
quantidades nas suas operações básicas e elementares. A carga horária disponível para
cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa e Matemática - será de 04 horas-aula
semanais para os alunos, acrescidas de 01(uma) hora-aula-atividade para o professor,
devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subsequentes,
sempre tendo em vista o benefício do aluno.
As Salas de Apoio à Aprendizagem deverão ser organizadas em turmas de no
máximo 20 (vinte) alunos. Cabe a Direção, Equipe Pedagógica e aos Professores
regentes das turmas, decidir sobre a indicação dos alunos para composição das turmas,
de acordo com diagnóstico realizado. Cabe ao Professor elaborar um Plano de Trabalho
Docente integrado a este Projeto Político Pedagógico e propondo metodologias
adequadas às necessidades dos alunos, diferenciando-as das atividades da classe
comum.
25
A partir de sua criação, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná vêm
promovendo ações e eventos de formação continuada aos professores que atuam nessa
modalidade de ensino, bem como aos diretores e às equipes pedagógicas das escolas,
buscando esclarecer a todos quais são os objetivos das Salas de Apoio à Aprendizagem e
promovendo discussões sobre quais devem ser os encaminhamentos metodológicos que
façam com que os alunos do 6º e 9º ano, com dificuldades de aprendizagem possam –
por meio de atividades diferenciadas e significativas oferecidas no contra-turno – superar
essas dificuldades e acompanhar seus colegas do turno regular, diminuindo assim a
repetência e melhorando a qualidade da educação ofertada pela rede pública.
4.14 PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES DE CONTRATURNO
O Programa de Atividades Complementares de Contraturno (PACC), visa a
expansão de atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação
curricular, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades
da formação do aluno e de sua realidade. A Resolução 1690/2011 institui, em caráter
permanente, o PACC na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino. Esta atividade
tem duração de 4 horas semanais realizadas em contraturno, com no mínimo 25 alunos e
esta pautada na necessidade da comunidade escolar.
O programa compreende os seguintes macrocampos: aprofundamento da
aprendizagem; experimento e iniciação cientifica; cultura e arte; esporte e lazer;
tecnologias da informação, da comunicação e uso de mídias; meio ambiente; direitos
humanos; promoção da saúde; atividades relacionadas ao mundo do trabalho e geração
de rendas; e demandas específicas da comunidade escolar.
As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular tem como objetivo
dar condições para que os profissionais da educação desenvolvam diferentes atividades
pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno
escolar, viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades
pedagógicas de seu interesse e possibilitar aos mesmos a integração na comunidade
escolar.
26
5. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
Diante da realidade em que nosso colégio está inserido observamos a
importância de se compreender as reais necessidades, e tomar atitudes que venham ao
encontro das mesmas, sendo assim delimitamos o conjunto de atitudes pensadas e
tomadas pelo colégio visando à melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Deste modo, para a efetivação de um ambiente escolar democrático os
objetivos e as metas são de grande importância. A parceria entre os envolvidos fecha-se
como um elo, pois o grupo designa a cada um dos envolvidos uma função, que somada
às demais tornará real o objetivo em comum. Assim, cada membro sente-se responsável,
pela parte que forma um todo, e percebe o quanto é importante para a realização do que
almeja ser alcançado.
A gestão democrática na escola existe quando todos participam, opinando,
indagando, e tomando decisões conjuntas, do que é prioritário na instituição, e analisando
como o coletivo pode encontrar as soluções de determinada situação. Mas, se buscamos
uma gestão pautada na democracia, sabemos que a mesma se conquista gradativamente
então, entendemos que a gestão democrática escolar, num primeiro momento, deverá
oferecer a pais e a comunidade, palestras, encontros e reuniões salientando a importância
da participação e o quanto isto implica nas tomadas de decisões que afetam a vida
escolar de seus filhos, proporcionando a todos o compartilhamento de decisões,
efetivando então, a gestão democrática.
Neste estabelecimento de ensino, a prática da gestão participativa abrange as
dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras, contribuindo assim, para a
superação de conflitos com vistas à melhoria do trabalho, das relações estabelecidas na
instituição educativa e, fundamentalmente, na qualidade de ensino. O êxito de uma
organização depende da ação construtiva de seus componentes, pelo trabalho associado,
mediante reciprocidade que cria um “todo” orientado por uma vontade coletiva.
Em se tratando de Gestão Democrática temos em nosso colégio as seguintes
instâncias colegiadas: Conselho Escolar, APMF, Conselho de Classe e os alunos e
professores representantes de turma, sendo que estes participam ativamente das
decisões, opinam sobre as questões financeiras, administrativas e pedagógicas.
27
5.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
5.1.1 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva deliberativa e
fiscal, com o objetivo de estabelecer a Proposta Pedagógica da escola, critérios relativos
a sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites
da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e políticas educacionais, traçadas
pela Secretaria de Estado da Educação. Tendo por finalidade promover a articulação entre
os vários segmentos organizados da sociedade e os setores do Colégio, a fim de garantir
a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.
Dessa instância colegiada participam: o diretor, professores, funcionários,
estudantes, pais e outros representantes, conforme estatuto, para discutir, definir e
acompanhar o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico do colégio. Este deve ser
visto, debatido e analisado dentro do contexto nacional e internacional em que vivemos.
5.1.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)
Associação de Pais, Mestres e Funcionários - pessoa jurídica de direito
privado, é um órgão de representação dos pais e profissionais do estabelecimento, não
tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo
remunerados os seus Dirigentes e Representantes, sendo constituído pelo prazo de dois
anos. Terá como finalidade principal, a integração Escola–Família–Comunidade, bem
como a promoção de atividades que gerem algum benefício educacional, social,
desportivo ou cultural para os alunos e/ou suas famílias. A APMF é regida por estatuto
próprio, aprovado pela Direção do Estabelecimento de Ensino, os representantes da
APMF serão escolhidos via eleição, a qual deverá ser registrada em ata e reconhecida em
cartório.
5.1.3 Conselho de Classe
O conselho de classe tem a função de acompanhamento de todo o processo
da avaliação, analisando e debatendo todos os componentes da aprendizagem dos
alunos. Como instrumento democrático na instituição escolar ele garante o
28
aperfeiçoamento do processo da avaliação, tanto em seus resultados sociais como
pedagógicos.
O conselho de classe é rico em essência, pela diversidade dos depoimentos de
diferentes professores, que dominam conteúdos diversos, pelos enfoques pedagógicos
variados que articulados, podem trazer à tona a riqueza da totalidade orgânica do
processo de ensino, numa busca comum por soluções e pela construção de propostas
alternativas de trabalho.
São atribuições do Conselho de Classe: emitir o parecer sobre os assuntos
referentes ao processo ensino–aprendizagem, respondendo as consultas feitas pela
Direção e pela Equipe Pedagógica; analisar as informações sobre conteúdos curriculares,
encaminhamentos metodológicos e processo de avaliação que afetem o rendimento
escolar; propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em vista
o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos da classe;
estabelecer planos específicos e viáveis de recuperação aos alunos, em consonância
com o Plano de Trabalho Docente, e com a Proposta Pedagógica Curricular; colaborar
com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de alunos
transferidos, quando se fizerem necessários e decidir sobre aprovação ou reprovação de
alunos que, após a apuração dos resultados finais não atinjam a nota mínima para
aprovação, levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno.
5.1.4 Alunos e Professores representantes de turma
Outra ferramenta que faz parte da gestão democrática e que auxilia o trabalho
no colégio é a eleição dos representantes de turma, sendo que cada turma realiza a
escolha do seu respectivo representante, sendo que o mesmo tem a função de colaborar
com o trabalho do professor, da equipe pedagógica e direção. As funções do Coordenador
de turma são:
� Coordenar o trabalho de organização da sala juntamente com os demais
alunos;
� Quando necessário buscar material para o desenvolvimento das atividades,
de forma organizada para sair o mínimo possível da sala de aula;
� Encaminhar possíveis pedidos, sugestões e reclamações à equipe
pedagógica ou a direção;
� Colaborar com o professor regente, proporcionando momentos de reflexão e
29
aprendizado;
� Fazer a intermediação entre alunos e professores para a possível resolução
de problemas relacionados à metodologia utilizada em sala e quando não for possível
resolver, comunicar a equipe pedagógica;
� Colaborar na organização de apresentações propostas pelo colégio e
incentivar apresentações pensadas pela turma;
� Participar de reuniões juntamente com os demais representantes de turma a
fim de propor melhorias para o colégio como um todo.
� Comunicar a equipe pedagógica, possíveis problemas de indisciplina que
venham atrapalhar o processo de ensino aprendizagem;
� Colaborar com todos os professores quando requisitados para facilitar o
trabalho, visando o melhor rendimento da turma.
� Assim como os alunos representantes de turma, cada turma tem seu
professor coordenador que também colabora para a organização das turmas
desempenhando as seguintes funções:
� Acompanhar o processo de ensino aprendizagem e encaminhar a Equipe
pedagógica sempre que surgir casos de alunos que necessitem de algum
acompanhamento;
� Acompanhar a organização da turma de acordo com o mapa de sala e se
preciso alterar, conforme a necessidade, para um melhor rendimento escolar;
� Conscientizar os alunos sobre a importância da organização da sala, higiene
pessoal, do ambiente escolar, e outros;
� Acompanhar a frequência dos alunos e comunicar a equipe pedagógica se
necessário;
� Conscientizar os alunos para que cumpram o regulamento do colégio;
� Assegurar que na sala de aula não ocorra tratamento discriminativo em
qualquer situação;
� Propor momentos de reflexão que venham contribuir com a formação do
aluno, através de textos, músicas, dinâmicas, etc.
� Colaborar com possíveis apresentações da turma, dando sugestões
orientando, organizando o trabalho para que os alunos produzam trabalhos de qualidade.
5.2 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO COLÉGIO
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A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno. Esta será contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas neste Projeto Político Pedagógico. A avaliação deverá utilizar procedimentos
que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a
comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma. Os resultados das atividades avaliativas serão
analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e
as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos. Esta dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos alunos
serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a
regularidade e autenticidade de sua vida escolar. Os resultados da recuperação serão
incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais
um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro
Registro de Classe.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada à apuração da sua frequência.
Durante o trimestre, o professor deverá realizar no mínimo duas provas e dois
31
trabalhos, totalizando 10,0 pontos ao final do período. A nota deverá ser dividida em 6,0
(seis) pontos de provas diversificadas e 4,0 (pontos) de trabalhos diversos, o professor
não deve submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de
avaliação.
Os Instrumentos avaliativos diversificados que podem ser utilizados são: Prova
escrita dissertativa, descritiva e objetiva, prova oral, atividades, trabalhos em grupo e
individuais, pesquisas, debates, representações artísticas, fóruns, seminários,
apresentações, relatórios, entre outros.
A recuperação será simultânea, cabendo ao professor aplicar a reavaliação aos
alunos que não atingiram nota satisfatória durante o processo avaliativo, lembrando que
todo o aluno tem direito a recuperação. Para a reavaliação o professor deve
preferencialmente escolher um instrumento de avaliação diferente do já aplicado aos
alunos. Ao aluno que obtiver na recuperação uma nota inferior a que já havia obtido,
prevalecerá para este a nota maior.
Os critérios estabelecidos para a avaliação deverão estar definidos no plano de
trabalho docente de cada professor e estarem de acordo com o Projeto Político
Pedagógico e Regimento do Colégio.
5.2.1 Avaliação Institucional
A avaliação institucional ocorrerá por meio de mecanismos criados pelo
estabelecimento de ensino e/ou por meio de mecanismos criados pela SEED. Esta
ocorrerá anualmente, preferencialmente no fim do ano letivo, e subsidiará a organização
do Plano de Ação da Escola no ano subsequente.
A Avaliação Institucional é um processo que busca avaliar a Instituição de
forma global, ou seja, contemplando os vários elementos que a constituem em função de
sua finalidade. Através de instrumentos que permitam a manifestação das suas
características próprias, e que também a localizem dentro da globalidade do sistema, sem
deixar de articular identidade e globalidade com o contexto social.
5.2.2 Avaliação da Educação – IDEB
O IDEB foi criado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e de Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira) em 2007, como parte do Plano de Desenvolvimento da
32
Educação (PDE). Ele é calculado com base na taxa de rendimento escolar (aprovação e
evasão) e no desempenho dos alunos no SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica) e na Prova Brasil. Ou seja, quanto maior for a nota da instituição no
teste e quanto menos repetências e desistências ela registrar, melhor será a sua
classificação, numa escala de zero a dez.
O índice permite um mapeamento detalhado da educação brasileira, com
dados por escolas, municípios e estados, além de identificar quem são os que mais
precisam de investimentos e cobrar resultados. A Prova Brasil e o SAEB são aplicados a
cada dois anos. A coleta e compilação dos dados demora cerca de um ano.
Além de instrumento de análise, o IDEB é também um sistema de metas. As
metas são estipuladas de acordo com o patamar atual de cada instituição, mas todas
devem melhorar seus índices. IDEB do Colégio no ano de 2009 foi 4,3.
5.3 ENFRENTAMENTO A EVASÃO ESCOLAR – PROGRAMA FICA COMIGO
O Programa Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida foi
concebido pela Secretaria de Estado da Educação, em parceria com o Ministério Público.
Seu objetivo maior é garantir que nenhuma criança fique fora da escola, impedindo que os
números da evasão escolar, motivada por vários fatores históricos, sociais e mesmo
educacionais, continuem a crescer no Paraná em proporções alarmantes.
Com este Programa, a Secretaria busca confirmar a concepção democrática de
escola como direito de todos. Não apenas um direito legal, com a preocupação com
situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes na
escola. Com a implantação de um documento denominado FICA, pretende-se criar uma
rede de enfrentamento à evasão, promovendo a inserção, no sistema educacional, das
crianças e dos adolescentes que tenham sido excluídos.
A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – FICA é um dos instrumentos
colocados à disposição do colégio e da sociedade, para a sistematização de ações de
combate à evasão escolar em todo o Estado do Paraná.
No sistema de operacionalização da FICA, a atuação do colégio é essencial,
pois, além da família, as instituições educacionais também são responsáveis pelo
desenvolvimento pessoal e social da criança e adolescente. O principal agente desse
processo é o professor, na medida em que, constatada a ausência do aluno por 05 (cinco)
33
dias consecutivos ou, então, 07 (sete) alternados no período de um mês, esgotadas as
iniciativas a seu cargo, comunicará o fato à equipe pedagógica do colégio, que entrará em
contato com a família, orientando e adotando procedimentos que possibilitem o retorno do
aluno.
Os grandes parceiros do colégio nos casos de evasão escolar são os
Conselhos Tutelares e a Promotoria Pública.
5.4 ENFRENTAMENTO ÀS DROGAS, A VIOLÊNCIA E A INDISCIPLINA NO COLÉGIO
A globalização traz consigo profunda mutação social conformando um novo
mundo. Os desafios, as incertezas e a vulnerabilidade, encontram-se permanentemente
presentes em todos os segmentos sociais, gerando complexidade, iniquidade e
desigualdades marcantes. Essa nova sociedade vem acompanhada de uma grande
transformação nas relações de produção e de poder, que resultam numa mudança
substancial no modo de se perceber as formas de espaço e tempo e, ainda, no
aparecimento de uma nova cultura (CASTEELS, 2002).
Inserida nesse contexto social está à violência, cada vez mais presente,
intensa, diversa e preocupante. A violência aparece hoje como um dos focos de
preocupação e atenção por negar os direitos fundamentais à maioria da população, não
apenas no Brasil, mas também em muitos países do mundo.
A escola não escapou desse fenômeno social e sofre incessantemente com o
agravamento das ocorrências de atos violentos no seu interior e também no seu entorno.
A violência se manifesta de diversas maneiras e envolve os integrantes da escola tanto
como vítimas quanto como agressores. A dimensão que a violência atingiu no ambiente
escolar, que deveria ser de socialização, aprendizagem e formação do homem, põe em
risco o exercício dessas funções, pois a instituição escolar também aparece como lugar
de explosão de conflitos sociais. Trata-se de uma tendência bastante difundida, pois foi
registrada em, pelo menos, 23 países nos quais o fenômeno foi pesquisado (SANTOS,
2001).
No entanto, observamos que em nosso colégio temos pouquíssimos casos de
violência, o que enfrentamos com mais frequência são problemas de indisciplina.
Todavia, como meio de enfrentar a violência e para que não tenhamos casos
desta natureza, o colégio vem empreendendo esforços no sentido de propor alternativas
viáveis aos adolescentes e jovens que convivem com a violência. Entre as iniciativas
34
encontram-se o programa “Abrindo Espaços: Educação e Cultura Para a Paz”, lançado
pela UNESCO (2000), em parceria com os governos estaduais e municipais, um dos
objetivos do projeto é construir uma cultura de paz. Também observamos que é
importante manter um clima escolar acolhedor; a valorização do aluno, do professor e da
escola; o exercício do diálogo; o trabalho coletivo; a participação da família e da
comunidade; a ressignificação do espaço físico; o incremento da sociabilidade e a
construção do sentido de pertencimento. O sentimento de pertença e integração, ou seja,
o “sentir-se parte de” é essencial para que nos sintamos estimulados, envolvidos, e
responsáveis por nossas ações, pelo outro e por nós mesmos.
Muito discutida no âmbito escolar, à indisciplina, essa constantemente gera
muita polêmica, as causas são inúmeras e dificilmente se chega a uma conclusão. Porém,
observa-se que na maioria, dos poucos casos que ocorrem em nosso colégio, a
indisciplina é gerada pela falta de interesses de alguns alunos, que vem ao colégio não
com o objetivo de estudar, mas como “fuga”, um momento de liberdade e para estes, até
mesmo diversão, pois as horas na escola significam “não ter que trabalhar na roça” e ou
”ajudar os pais no trabalho em casa”, segundo alguns depoimentos orais dos próprios
alunos.
No que tange aos professores, há esforço de incentivo aos alunos, em alguns,
já outros nem tanto, pela observância constatada no cotidiano do colégio, mas se deve
lembrar que cada indivíduo histórico (neste caso o professor) tem uma postura particular
diante de acontecimentos e situações várias. Constatamos também, que alguns de
nossos educandos não aprenderam o que é “limite” em sua dinâmica familiar e ainda, que
nossos educandos variam entre 10 e 18 anos, passando pela fase da adolescência,
durante o período em que estudam aqui, fase esta em que, em alguns casos, é normal
tentar ser resistente a regras.
Buscando suprir os problemas de indisciplina, procuramos desenvolver um
trabalho juntamente com os pais e professores, expondo para estes os problemas que
vimos enfrentando, para que os mesmos estejam cientes e para juntos encontrarmos
alternativas para solucioná-los, onde os pais assumem com responsabilidade o seu papel
e onde todos, escola, pais e alunos assumem compromissos. Também orientamos aos
professores de que desenvolvam suas aulas dando a elas um resultado produtivo e
significativo para que os alunos não se dispersem.
Pitágoras já dizia, há 2.500 anos: "Eduquem as crianças de hoje e não será
preciso castigar os homens de amanhã."
35
No que diz respeito ao enfrentamento às drogas em nosso colégio não
constatamos problemas desta natureza, porém trabalhamos no sentido preventivo.
Realizando projetos interdisciplinares, parcerias com a Patrulha Escolar e outros órgãos
e/ou entidades ministrando palestras aos alunos, professores, funcionários, pais e
comunidade.
Uma grande parceira das escolas no enfrentamento às drogas, a violência e a
indisciplina no Colégio é a Patrulha Escolar.
5.4.1 Patrulha Escolar
A Patrulha Escolar Comunitária é a alternativa inteligente que a Polícia Militar -
PR encontrou para assessorar as comunidades escolares na busca de soluções para os
problemas de segurança encontrados nas escolas, que comprometem a segurança dos
alunos, professores, funcionários e instalações dos estabelecimentos.
A participação efetiva de todas as autoridades locais juntamente com a
comunidade escolar nas reflexões sobre a realidade indesejada, procurando as soluções
para mudanças e o compromisso de cada um, para juntos chegar à realidade projetada e
a retomada para a conquista do sentimento de segurança para o crescimento social. O
processo educativo deve ser constante para que os resultados sejam satisfatórios. Por
isso, a Patrulha Escolar Comunitária acontece de acordo com o ritmo e característica de
cada Comunidade Escolar.
5.5 AGENDA 21
A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco 92 ou Rio-92,
ocorrida no Rio de Janeiro em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de
cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual
governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade
poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais. Cada país
desenvolve a sua Agenda 21 e no Brasil as discussões são coordenadas pela Comissão
de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). A Agenda
21 se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a
um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando
maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade,
36
não apenas a quantidade do crescimento.
As ações prioritárias da Agenda 21 brasileira são os programas de inclusão
social, a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e
a ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável. Mas o mais
importante ponto dessas ações prioritárias, é o planejamento de sistemas de produção e
consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício. A Agenda 21 é um plano de ação
para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações
Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana
impacta o meio ambiente.
Neste sentido, o colégio busca desenvolver junto aos alunos e a comunidade,
atividades de mobilização e conscientização, para a proteção do meio ambiente e para a
sustentabilidade, desenvolvendo pesquisas, palestras, debates e levantamento de dados
junto à comunidade, sobre os problemas ambientais que esta vem enfrentando, com o
objetivo de encontrar soluções para os mesmos.
5.6 CONFERÊNCIA INFANTO JUVENIL PELO MEIO AMBIENTE
A Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente se insere no processo de
enfrentamento de dois imensos desafios: um planetário, voltado à pesquisa e ao debate,
nas escolas, de alternativas civilizatórias e societárias para as mudanças ambientais
globais; o outro, educacional, relacionado à iniciativa do Plano de Desenvolvimento da
Educação – PDE, que deve envolver pais, alunos, professores, funcionários e gestores na
busca da melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem e da permanência
do aluno na escola.
A conferência é construída de três momentos de encontros e debates, que são:
Conferência na Escola, Conferência Estadual e Conferência Nacional.
A conferência é um processo de diálogo e participação no qual as pessoas se
reúnem, discutem os temas propostos expondo diversos pontos de vista, deliberam
coletivamente e, a partir dos debates, escolhem representantes que levam adiante as
ideias que obtiveram a concordância de todos.
Desenvolve-se a conferência, para:
� Para que todos possam ouvir a voz dos adolescentes. Milhões de
estudantes têm o direito de participar, no presente, da construção de um futuro
sustentável para o Brasil.
37
� Para ter a chance de discutir na escola os problemas ambientais da
comunidade e do país. Essa é uma forma diferente de tratar os temas da educação
ambiental.
� Para descobrir e incentivar uma nova geração que se empenhe na resolução
dos problemas ambientais.
� Para criar uma rede da juventude pela sustentabilidade.
As propostas são enviadas pelo MEC e discutidas entre direção, equipe
pedagógica, professores, funcionários, alunos e pais buscando desenvolver um trabalho
de valorização e preservação do Meio Ambiente.
O Colégio trabalha a Agenda 21 juntamente com a Conferência Infanto Juvenil
pelo Meio Ambiente, buscando atender o exposto na Lei nº 9795/99, que institui a política
nacional de educação ambiental.
5.7 JOGOS COLEGIAIS DO PARANÁ (JOCOP’S)
O jogo esta na gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo, da
possibilidade de experimentar, de criar e de transformar o mundo. O esporte ensina o
valor da participação ativa sobre essa realidade. Os jogos permitem destacar o esforço de
todos os participantes para que se efetive a transformação da realidade, convivendo com
a solidariedade, com as regras próprias, com a dedicação, com o planejamento e com a
mobilização que tornam possível o seu desempenho frente às situações do mundo.
Os Jogos Colegiais do Paraná (JOCOP’S), como parte dos Jogos Oficiais do
Paraná, são organizados pelo Governo de Estado, através da Secretaria de Estado da
Educação / Paraná Esporte, Núcleos Regionais de Educação, Centros Regionais de
Esportes e Lazer, com apoio das Prefeituras Municipais e Entidades de Administração do
Desporto do Paraná, regulamenta-se genericamente, pela legislação vigente aplicável e,
especificamente, pelas disposições contidas no seu Regulamento e atos administrativos
expedidos pela autoridade publica, no exercício de suas atribuições.
Tendo em vista, a importância do Jocop’s o colégio participa deste,
incentivando seus alunos e buscando obter bons resultados, mas nunca se esquecendo
do espírito de cooperação entre todos e não de competitividade.
5.8 PROJETOS PROMOVIDOS PELO COLÉGIO
38
5.8.1 Festival de Arte
Sendo a escola o primeiro espaço formal onde se dá o desenvolvimento de
cidadãos, nada melhor que por ela se dê o contato sistematizado com o universo artístico
e suas linguagens: artes visuais, teatro, dança, música e literatura.
Reconhecendo não só a necessidade da arte, mas a sua capacidade
transformadora, os educadores estarão contribuindo para que o acesso à ela seja um
direito do homem. Aceitar que o fazer artístico e a fruição estética contribuem para o
desenvolvimento de crianças e de jovens é ter a certeza da capacidade que eles têm de
ampliar o seu potencial cognitivo e assim conceber e olhar o mundo de modos diferentes.
Esta postura deve estar internalizada nos educadores, a fim de que a prática pedagógica
tenha coerência, possibilitando ao educando conhecer o seu repertório cultural e entrar
em contato com outras referências, sem que haja a imposição de uma forma de
conhecimento sobre outra, sem dicotomia entre reflexão e prática.
Reconhecendo a arte como ramo do conhecimento, contendo em si um
universo de componentes pedagógicos. Os educadores poderão abrir espaços para
manifestações que possibilitam o trabalho com a diferença, o exercício da imaginação, a
auto-expressão, a descoberta e a invenção, novas experiências perceptivas,
experimentação da pluralidade, multiplicidade e diversidade de valores, sentido e
intenções.
Entender e estimular o ensino da arte nesta perspectiva tornará a escola um
espaço vivo, produtor de um conhecimento novo, revelador, que aponta para a
transformação.
OBJETIVOS:
� Abrir espaços para novas possibilidades na arte, almejando novas
possibilidades de vida, através do fazer, do apreciar e do contextualizar, das crianças e
jovens;
� Conhecer as diversas manifestações da arte;
� Apreciar produtos da arte em suas várias linguagens;
� Realizar produções artísticas;
� Valorizar o ensino da arte em nosso Colégio.
DESENVOLVIMENTO
39
Para desenvolver o presente projeto, será feito inicialmente produções de arte
em sala de aula e produção escrita de poesia com tema a ser escolhido anualmente pela
direção, equipe pedagógica e professores, os trabalhos serão expostos no dia do festival
que ocorrerá no mês de setembro.
Cada professor coordenador de turma ficará encarregado de preparar com a
sua turma uma poesia, para ser declamada no dia do festival, uma paródia e trabalhos
artísticos que serão expostos no Festival.
Neste mesmo dia será realizada uma gincana de perguntas, sobre o tema do
Festival, para participar da gincana cada turma deverá ter dois alunos como
representantes.
Também, serão julgados neste dia a melhor torcida e melhor nome de equipe.
Posteriormente será divulgada a turma vencedora do Festival.
5.8.2 Feira do conhecimento
Tendo em vista a importância de todas as disciplinas do currículo escolar,
pretendemos com este projeto desenvolver pesquisas nas diferentes áreas do
conhecimento. O objetivo da Feira do Conhecimento é incentivar a investigação através
de conteúdos significativos, interdisciplinares e contextualizados, estimular as práticas de
investigação da cultura junto à comunidade escolar.
OBJETIVOS
� Valorizar as diferentes disciplinas do currículo escolar;
� Despertar o interesse pela pesquisa;
� Difundir novos conhecimentos e novas práticas através dos trabalhos apresentados;
� Desenvolver a criatividade nos educandos;
� Incentivar o trabalho coletivo.
DESENVOLVIMENTO
A Feira do Conhecimento ocorrerá no mês de setembro, na mesma semana
que o Festival de Arte, será organizada da seguinte forma: cada professor coordenador de
40
turma organizará junto a turma que é coordenador um trabalho de pesquisa sobre um
tema que considere relevante dentro de sua área de atuação. No dia da feira cada turma
irá expor o trabalho pesquisado, expondo materiais, explicando o assunto, expondo o
desenvolvimento da pesquisa.
Será organizada uma equipe julgadora para escolher os três melhores
trabalhos realizados.
5.8.3 Gincana Esportiva
O esporte individual e coletivo é uma atividade teórico-prática e um fenômeno
social. Em suas várias manifestações e abordagens, pode contribuir para aprimorar a
saúde, bem como integrar os sujeitos em suas relações sociais. A partir deste projeto
pretende-se que os alunos tenham condições tanto de entender e respeitar o outro como,
também, de se posicionarem frente ao mundo.
Através dos jogos os alunos aprendem a respeitar combinados, também
aprendem a se mover entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo
grupo.
O esporte na escola pode contemplar os princípios da competição, mas,
principalmente, deve ser pensado para coletividade, conforme as necessidades de toda
turma, sejam elas de divertimento, de prazer e de recreação.
OBJETIVOS
� Despertar o interesse esportivo nos alunos, elevando o espírito de equipe
acima do individualismo;
� Trabalhar a socialização através de atividades desportivas;
� Desenvolver os aspectos motores, considerando as mudanças físicas,
intelectuais e psíquicas do aluno;
� Compreender as manifestações corporais, como elemento indispensável na
interação do aluno com o meio em que vive.
DESENVOLVIMENTO
41
A gincana esportiva ocorrerá em dois momentos, o primeiro no mês de
setembro. Esta gincana será uma competição inter-salas, onde os alunos participaram de
diversas provas, com diferentes pontuações como: Corrida do saco, caça ao tesouro,
corrida do ovo na colher, maçã no balde de água, bala na farinha, perguntas e respostas,
etc.
No final do primeiro semestre do ano letivo será realizado os jogos inter-salas,
que faz parte de uma das provas da gincana.
Ao final da gincana será feita a somatória de pontos de cada turma para
premiação da turma campeã.
5.9 CAMPANHAS QUE O COLÉGIO REALIZA
5.9.1 Semana de Orientação sobre a Gravidez na Adolescência
A Lei nº 16105/2009, institui, no Estado do Paraná, a Semana de Orientação
Sobre a Gravidez na Adolescência, na primeira semana do mês de maio, na semana de
que trata esta lei serão promovidas campanhas de conscientização, sobre os riscos da
gravidez na adolescência, bem como sobre a necessidade de acompanhamento médico
nesses casos.
A adolescência implica num período de mudanças físicas e emocionais
considerado, por alguns, um momento de conflito ou de crise. Não podemos descrever a
adolescência como simples adaptação às transformações corporais, mas como um
importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar,
sexual e entre o grupo.
A puberdade, que marca o início da vida reprodutiva da mulher, é caracterizada
pelas mudanças fisiológicas corporais e psicológicas da adolescência. Uma gravidez na
adolescência provocaria mudanças maiores ainda na transformação que já vinha
ocorrendo de forma natural. Neste caso, muitas vezes a adolescente precisa de um
importante apoio do mundo adulto para saber lidar com esta nova situação.
A gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à
sexualidade da adolescência, com sérias consequências para a vida dos adolescentes
envolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias.
Pensando nisso, é que o Colégio desenvolve, conforme estabelece a lei acima
42
citada, uma semana de palestras, dinâmicas de grupo e atividades interdisciplinares, com
a intenção de prevenir e reduzir o número de adolescentes grávidas, realizando um
trabalho de prevenção.
5.9.2 Dia da Consciência Negra
Com a Lei 15674 - 13 de Novembro de 2007, fica instituído o dia 20 de
novembro como Dia Estadual da Consciência Negra, a ser comemorado anualmente.
No intuito de atender ao exposto na lei e ao que é solicitado pela SEED, o
Colégio formou uma Equipe Multidisciplinar de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e
Indígena, para desenvolver a Agenda Paranaense da Consciência Negra, onde esta
equipe estará realizando práticas pedagógicas em conjunto com alunos e demais
professores do colégio, com a intenção de divulgar a cultura negra, a origem de seus
povos, conflitos, os efeitos da colonização e independência do continente africano, seus
mártires, contribuição na formação e desenvolvimento do nosso país, a situação atual dos
povos e seus descendentes na África, no Brasil e no resto do mundo.
As práticas pedagógicas serão desenvolvidas, na intenção de que o colégio
cumpra com sua função social em direção a uma sociedade justa, democrática e não
racista.
5.10 COMEMORAÇÕES E DESFILE CÍVICO
Os desfiles cívicos são celebrações resultantes de momentos históricos
específicos que contribuem para a construção da cidadania emancipatória, dentro do
ambiente cultural escolar e social. Em sua grande maioria estas solenidades resultam da
parceria entre a entidade mantenedora SEED/NRE com a Secretaria Municipal de
Educação, onde há a participação, através de convite, a nossos educandos e professores,
sem o sentimento de obrigação. A instituição também trabalha as disciplinas afins de
modo integrado às comemorações e datas importantes que compõem o cenário nacional,
o estado e município, bem como a história e os fatos que fizeram e fazem parte.
5.11 ATENDIMENTO AOS ALUNOS INCLUSOS NO ENSINO REGULAR
43
O Colégio possui alunos inclusos com necessidades educacionais especiais e
para atender a estes alunos, este conta com o compromisso dos professores, equipe
pedagógica, direção e funcionários, com intuito de proporcionar a todos uma educação de
qualidade.
Neste sentido, para atender as características específicas dos diferentes
alunos em seu processo de apreender e construir conhecimento e responder efetivamente
às necessidades educacionais especiais dos alunos, faz-se necessário modificar os
procedimentos de ensino, tanto introduzindo atividades alternativas às previstas, como
introduzindo atividades complementares, através da flexibilização curricular. Esta se dá
através da adaptação curricular, do enriquecimento curricular e da avaliação diferenciada.
As adaptações curriculares, são respostas educativas que devem ser dadas
pelo sistema educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre estes, os que
apresentam necessidades educacionais especiais: o acesso ao Currículo; a participação
integral, efetiva e bem-sucedida em uma programação escolar tão comum quanto
possível.
Para atender a estes alunos o colégio também conta com o Atendimento
Educacional Especializado em Sala de Recursos, que atende alunos com Deficiência
Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos.
O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, constitui um
conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivo,
motor, sócio-afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de
conhecimentos.
Os alunos que frequentaram o Atendimento Educacional Especializado são os
alunos egressos de Escolas de Educação Especial, Classe Especial e Sala de Recursos
de séries iniciais, estes deverão apresentar o último Relatório Semestral da Avaliação,
indicando a continuidade do Atendimento de Apoio Especializado e cópia do Relatório de
Avaliação realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional. Também se
procederá a avaliação de novos alunos.
A avaliação de ingresso na Sala de Recursos será realizada no contexto do
ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado, equipe
pedagógica do colégio, com assessoramento de uma equipe multiprofissional externa –
(Secretaria Municipal de Educação, através do estabelecimento de parcerias) e equipe do
NRE, devidamente orientada pela SEED/DEEIN.
O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as
44
dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.
Na Sala de Recursos, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com
atendimento por cronograma. O cronograma para o atendimento dos alunos será
elaborado pelo professor da Sala de Recursos juntamente com a equipe pedagógica.
O horário de atendimento na Sala de Recursos será em período contrário ao
que o aluno está matriculado e frequentando a classe comum. Neste estabelecimento o
horário de funcionamento se dá no período da manhã. Os avanços e
necessidades dos alunos serão registrados no Relatório de Acompanhamento
Pedagógico, elaborado semestralmente pelo professor da Sala de Recursos juntamente
com a equipe pedagógica.
5.12 PROGRAMA SAREH (SERVIÇO DE ATENDIMENTO À REDE DE
ESCOLARIZAÇÃO HOSPITALAR)
A defesa da educação básica e da escola pública, gratuita e de qualidade,
como direito fundamental do cidadão se consolida em mais uma ação da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná - SEED quando esta reconhece oficialmente a
intervenção escolar hospitalar, aos educandos impossibilitados de frequentar a escola, em
virtude de situação de internamento hospitalar ou sob outras formas de tratamento de
saúde, garantindo a continuidade do processo de escolarização, bem como sua inserção
ou a reinserção em seu ambiente escolar de origem.
Ao sistematizar a oferta de ensino para atender a essa demanda, surge o
Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar SAREH, contribuindo para a
socialização dos educandos por meio da garantia do processo de escolarização, que
envolvem intervenções pedagógicas adequadas, possibilitando que as informações
recebidas sejam relacionadas a um contexto de atividades que promovam os saberes
escolares, respeitando a diversidade desse campo educacional e considerando o
educando como sujeito do processo educativo.
5.13 ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
Sabemos que historicamente as escolas vêm desenvolvendo conteúdos e
discursos que trazem as marcas de culturas homogêneas e hegemônicas.
45
No entanto, a educação não é neutra, nunca foi. Ela foi produzida pelas elites,
definindo até os dias de hoje as divisões sociais. A escola atual tem o compromisso com a
(re)construção do projeto político pedagógico em todos os seus aspectos, que precisam
ser revistos, reelaborados, sistematizados e apropriados para os nossos estudantes.
Precisamos promover um processo de socialização e produção de saberes que
contemplem as culturas e as vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados
que não dispõe de estrutura imponente de poder e que geralmente são bruscamente
silenciadas.
Não podemos cair no equivoco de dedicar um dia do ano à luta contra os preconceitos racistas ou a refletir sobre as formas adotadas pela opressão das mulheres e da infância. Um currículo anti-marginalização é aquele em que todos os dias do ano letivo, em todas as tarefas acadêmicas e em todos os recursos didáticos estão presentes as culturas silenciadas. (SANTOMÉ, 1992, p. 172)
São numerosas as formas através das quais o racismo aflora no sistema
educacional, de forma consciente ou oculta. Assim, por exemplo, podem-se detectar
manifestações de racismo nos livros didáticos de diversas áreas do conhecimento,
especialmente através dos silêncios que são produzidos em relação aos direitos e
características de comunidades, etnias e povos minoritários e sem poder.
As atitudes de racismo e discriminação costumam ser dissimuladas também
recorrendo a descrições dominadas por estereótipos e pelo silenciamento de
acontecimentos históricos, sócio-econômicos e culturais. Basta uma repassada pelos
livros didáticos para nos fazer ver de que forma fenômenos como invasões coloniais e
explorações de recursos naturais de numerosos povos do terceiro mundo aparecem
nomeados como atos de descobrimento, aventuras humanas, feitos heroicos, desejos de
civilizar seres primitivos ou bárbaros, de fazê-los participar da verdadeira religião, etc. É
muito difícil encontrar raciocínios em torno de conceitos como exploração e domínio,
alusões a situações de escravidão e ações de brutalidade, com as quais se levam a cabo
muitas das invasões e colonizações de populações e territórios.
Com uma história narrada com tal quantidade de deformações, seus leitores e
leitoras podem facilmente atribuir a esses povos qualificativos tais como: primitivos,
cruéis, assassinos, ladrões, estúpidos, pobres, exótico. Com isso, uma pessoa dessas
nações ou etnias, quando se vê obrigada a emigrar ou a exilar-se em países nos quais
esse tipo de material predomina nas instituições escolares, tem muitas possibilidades de
46
ser recebida com atitudes de comportamentos de hostilidade.
A partir disso, devemos desconstruir a neutralidade no interior da escola com
uma discussão mais viva desses temas. Para isso há que se transformar as concepções
de todos os envolvidos no processo, desconstruindo também (principalmente) as
mentalidades enraizadas, trabalhando com as diferentes disciplinas e áreas de ensino,
integrando-as numa perspectiva emancipadora e libertadora.
5.14 ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO PARANÁ
Com a extinção das disciplinas de História e Geografia do Paraná as
instituições de ensino passaram a englobar estes assuntos principalmente nas disciplinas
de História e Geografia, mas não somente nestas, devido à gama de oportunidades de se
trabalhar com os aspectos regionais. Os professores de História e Geografia ao
desenvolverem atividades de aspectos globais sempre devem em algum momento das
reflexões de sala de aula voltar os assuntos às questões locais mais específicas, ou partir
delas para discussões referentes aos conteúdos.
Também nas séries que tratam das questões de História e Geografia do Brasil
deve ser dado ênfase ao estudo do Estado do Paraná, pois é de grande importância para
os educandos saber não somente aspectos globais, como também aspectos do lugar
onde vivem.
5. 15 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
O estágio não obrigatório tem por objetivo contribuir para a formação do aluno
no desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem
concebê-lo como ato educativo. O educando deverá ter no mínimo 16 anos completos na
data do termo de convênio/compromisso e ficará responsável pelo estágio o professor-
pedagogo.
O aluno-estagiário poderá realizar no estágio não-obrigatório, atividades que
possibilitem a integração social, o uso das novas tecnologias, produção de textos,
aperfeiçoamento do domínio do cálculo, aperfeiçoamento da oralidade, compreensão das
relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento, organização e realizações de
atividades que envolvam rotina administrativa, documentação comercial e rotinas afins.
47
5.16 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR E APOIO
O colégio oferta Atividades de complementação curricular e Apoio tais como,
duas turma de CELEM _ Centro de Línguas Estrangeiras Modernas. A língua ofertada no
Colégio é o Espanhol. O CELEM é uma oportunidade para os que os alunos conheçam
uma nova língua estrangeira. O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas é uma oferta
extracurricular gratuita de ensino de Línguas Estrangeiras nas escolas da rede pública do
Estado do Paraná, destinado a alunos, professores, funcionários e à comunidade.
O estudo de uma nova língua tem o poder nos colocar em contato com uma
nova cultura e, consequentemente, respeitar e compreender melhor o mundo como uma
grande nação sem distinções e fronteiras, o que é fundamental diante da globalização.
Aprender outro idioma é andar por novos territórios, é investir em algo que lhe abrirá
muitas portas. O trabalho realizado através do CELEM tem contribuído de maneira
significativa na realidade educacional com oportunidades de melhoria na perspectiva
profissional, conhecimento das línguas e preservação da cultura das etnias formadoras do
seu povo.
Oferta também Salas de Apoio a Aprendizagem nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemárica, no 6º e 9º ano, somando um total de oito (8) Salas de Apoio. A
Sala de Apoio a Aprendizagem é um programa que tem por objetivo trabalhar as
dificuldades de aprendizagem dos alunos, para que estes possam, por meio de atividades
diferenciadas e significativas, superar essas dificuldades e acompanhar seus colegas do
turno regular, diminuindo assim a repetência, a evasão e melhorando a qualidade da
educação.
A instituição de Ensino possui uma turma de Sala de Recursos, e esta é um
espaço de investigação e compreensão dos processos cognitivos, sociais e emocionais,
visando a superação das dificuldades de aprendizagem e o desenvolvimento de
diferentes possibilidades dos sujeitos. “A educação básica tem por finalidades
desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício
da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
(LDB art.22)
A Sala de Recursos tem o objetivo de criar um momento de integração entre os
alunos, proporcionando o exercício da coletividade e criação, envolvendo as várias áreas
do saber. O foco do trabalho não é clínico e sim pedagógico. Nas salas de recursos o
professor prepara o aluno para desenvolver habilidades e utilizar instrumentos de apoio
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que facilitem o aprendizado nas aulas regulares. O trabalho não é um reforço escolar,
hoje, a lei determina que somente quem tem um laudo será aluno da Sala de Recursos.
Cada aluno tem um plano pedagógico exclusivo, com as atividades que deve desenvolver
e o tempo estimado que passará na sala.
O Colégio possui um PACC _ Programa de Atividades Complementares em
Contraturno, de Aprofundamento da Aprendizagem, que tem por objetivo sanar
dificuldades de aprendizagem dos alunos na área de Língua portuguesa, bem como
ampliar as possibilidades de aprendizagem dos alunos. Este programa é destinado aos
alunos do Ensino Fundamental do período da tarde.
5.17 INCLUSÕES NO CURRÍCULO
O Colégio trabalha no sentido de formar cidadãos conscientes, capazes de
compreender com criticidade a realidade, atuando na busca da superação das
desigualdades e do respeito ao ser humano. Por isso foi incluído no Currículo:
� História e cultura Afro, Afro-brasileira e Indígena amparado na Lei 11,645/08;
� História do Paraná (Lei 13.381/2001), a qual deverá ser abordada em
atividades contextualizada juntamente com a disciplina de História;
� Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, enfrentamento a Violência e
Sexualidade Humana – de acordo com a Instrução nº 009/2011,
� A LEI Nº 11.525/2007, que trata dos direitos das crianças e dos
adolescentes, tendo como diretriz a Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o
Estatuto da Criança e do Adolescente.
� A Lei Nº 9.795/1999, que trata da Educação ambiental, será um componente
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo.
� Educação Tributária e Fiscal – de acordo com o Decreto nº 1143/99 e
Portaria nº 411/02, como conteúdos trabalhados ao longo do ano letivo;
� Nos conteúdos da disciplina de Arte, contemplará o ensino da Música, de
acordo com a Lei nº 11.769/08.
5.18 ARTICULAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE ENSINO
As instituições do Sistema Estadual de Ensino com oferta do Ensino
49
Fundamental _ anos finais, a partir de 2012, implantarão o 6º ao 9° ano, esta mudança
ocorrerá de forma simultânea. A implantação do 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental
exigirá uma adequação do Projeto Político Pedagógico, bem como do tempo e espaço e
procedimentos adotados pela instituição de ensino.
A busca incessante pela articulação da escola à sociedade pode ser
esclarecida pela ótica de Paulo Freire “Não posso ser professor se não percebo cada vez
melhor que, por não ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada
de posição. Decisão. Ruptura. (FREIRE, 1996, p. 115).
A escola se constrói na sua relação com a sociedade, sendo um reflexo das
necessidades socioculturais de cada época. A articulação entre anos iniciais e anos finais
do Ensino Fundamental e entre esta etapa e o Ensino Médio, exige um novo jeito de olhar
para as diferenças, percebendo-os nos alunos os seus saberes, articulando as histórias
individuais e coletivas de vida. É necessário que ocorra um compromisso coletivo de
todos os segmentos da escola com a aprendizagen do aluno.
Cabe a escola definir-se pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo
com a sua visão de sociedade. Cabe também a incumbência de definir as mudanças que
julga necessário nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar.
50
6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
6.1 ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
6.1.1 Proposta Pedagógica Curricular de Arte
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A área de Arte que está se delineado neste documento visa destacar os
aspectos essenciais da criação e percepção dos alunos do Ensino Médio e o modo de
tratar a apropriação de conteúdos imprescindíveis para a cultura do cidadão
contemporâneo. As oportunidades de aprendizagem da arte, dentro e fora da escola,
mobilizam a expressão e a comunicação pessoal e ampliam a formação do educando
como cidadão, principalmente por intensificar as relações do próprio educando com seu
mundo interior como exterior.
A arte é a fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna
consciente da sua existência individual e social; percebe-se e se e se interroga, é levado
a interpretar o mundo e a si mesmo. A arte ensina a desaprender os princípios das
obviedades atribuídas aos objetos e às coisas, é desafiadora, expõem contradições,
emoções e os sentidos de suas construções. Por isso, o ensino da Arte deve interferir e
expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico, para que o aluno possa
situar-se como sujeito de sua realidade histórica.
A dimensão histórica, apresentada nessa proposta destaca alguns marcos do
desenvolvimento da arte no âmbito escolar. Conhecer tanto quanto possível a historia da
arte nos permite a compreensão sobre a atual posição do ensino da arte em nosso país e
no Paraná. No período colonial, os jesuítas desenvolveram uma educação de tradição
religiosa, cuja os registros revelam o uso pedagógico da arte esse contexto foi importante
na constituição da matriz cultural brasileira e manifesta-se na cultura popular paranaense.
A influência francesa muito também contribuiu para o culto à beleza clássica, o que
caracterizou o pensamento pedagógico tradicional da arte. Em 1808, com a vinda da
família real de Portugal para o Brasil, uma série de obras e ações foram iniciadas para
atender materialmente e culturalmente a corte portuguesa, como a fundação da Academia
de Belas Artes. Com a formação da Republica, em 1890 ocorreu a primeira reforma
educacional do Brasil republicana. Tal reforme foi marcada pelos conflitos de ideias
51
positivistas e liberais, Benjamin Constanst, responsável pelo texto da reforma procurou
atender aos interesses do modo de produção capitalista e secundarizou o ensino da arte,
que passou abordar somente as técnicas e artes manuais. Nas primeiras décadas da
republica por influencias de movimentos políticos e sociais que influenciaram o ensino de
arte nas escolas, ocorreu a Semana de Arte Moderna de 1922, o importante marco para
arte brasileira.
A partir da década de 1950 as produções e movimentos artísticos se
intensificaram, como por exemplo, nas artes plásticas com as bienais. Esses movimentos
tiveram forte caráter ideológico, e gradativamente deixaram de acontecer com o
endurecimento do regime militar. Foi nesse movimento de repreensão política e cultural
que no ensino de arte tornou-se obrigatório no Brasil.
Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de
habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido
estético da arte.
Enfocando a expressividade, espontaneísmo e criatividade, a Arte passou por
vários processos devido as novas idéias e experiências, mas o que estimulou a Arte a se
tornar disciplina escolar foi sua importância para o desenvolvimento da sociedade e a
valorização da realidade local, bem como a aplicação dela nos meios produtivos.
O ensino da Arte proporcionará o conhecimento das mais variadas linguagens
artístico por intermédio do conhecimento dos conteúdos e das técnicas necessárias à
leitura e produção, possibilitando a formação da percepção da sensibilidade estética e o
domínio do conhecimento acumulado, por meio do contato com a produção cultural
existente. Esta prática se fundamenta na premissa de que o acesso ao conhecimento no
âmbito da escola, realizará na interação professor-aluno. A Arte propicia um tipo de
comunicação em que inúmeras significações se condensam na combinação de
determinados elementos e conceitos específicos de cada modalidade artística. A
percepção é condicionada pelas vivências culturais, experiências estruturas mentais.
O ensino de Arte na escola objetiva construir a identidade e a consciência do
jovem, tornando-se capaz de conhecer, diferenciar e ao mesmo tempo integrar o concreto
e o abstrato compreendendo a diversidade de valores que orientam tanto seus modos de
pensar e agir na sociedade. A proposta curricular no ensino aponta caminhos possíveis no
processo de ensinar e aprender.
O ensino da arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade
da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos,
52
os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Entretanto
diante da complexidade da tarefa de definir a arte, considerou-se a necessidade de
abordá-las a partir dos campos conceituais que historicamente têm produzido estudos
sobre ela, quais sejam:
O conhecimento estético: Que está relacionado à apreensão do objeto artístico
como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente originado na Filosofia, o
conhecimento estético constitui um processo de reflexão a respeito do fenômeno artístico
e da sensibilidade humana, em consonância com os diferentes momentos históricos e
formações sociais em que se manifestam. Pode-se buscar contribuições nos campos da
Sociologia e da Psicologia para que o conhecimento estético seja melhor compreendido
em relação às representações artísticas.
O conhecimento da produção artística: Está relacionado aos processos do
fazer e da criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras
desde suas raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a produção,
o saber científico e o nível técnico alcançado na experiência com materiais; bem como o
modo de disponibilizar a obra ao público, incluindo as características desse público e as
formas de contato com ele, próprias da época da criação e divulgação das obras, nas
diversas áreas como artes visuais.
Conhecer a dimensão histórica, tanto quanto possível, permitirá aprofundar a
compreensão sobre a posição atual do ensino de arte em nosso país e no Paraná. Os
avanços recentes podem levar a uma transformação no ensino da Arte, mas ainda são
necessárias reflexões e ações que permitam a compreensão da Arte como campo do
conhecimento, de modo que não seja reduzida a um meio de comunicação para destacar
dons inatos ou a prática de entretenimento e terapia. Por meio de práticas sensíveis de
produção e apropriação artísticas e de reflexões sobre as mesmas nas aulas de arte, os
alunos podem desenvolver saberes que levem a compreender e envolver-se com
decisões estéticas, apropriando-se nessa área, de saberes culturais e contextualizadas
referentes ao conhecer e comunicar arte. No ensino educacional o ensino da Arte passa a
se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
53
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
� Elementos formais – Recursos empregados numa obra
� Composição – Produção artística
� Movimentos e Períodos – Caracterizado pelo contexto histórico relacionado ao
conhecimento em Arte.
6º ano
Música
ELEMENTOS FORMAIS
�Altura;
�Duração;
�Timbre;
�Intensidade;
�Densidade.
COMPOSIÇÃO
�Ritmo;
�Melodia;
�Escalas: diatônica, pentatônica cromática, improvisação.
MOVIMENTOS E PERIODOS
�Greco-romana ocidental, oriental e africana
Artes Visuais
ELEMENTOS FORMAIS
�Ponto;
�Linha;
�Forma;
�Textura;
�Superfície;
�Volume;
54
�Cor;
�Luz;
COMPOSIÇÃO
�Bidimensional;
�Figurativa;
�Geométrica, simetria;
�Técnicas: pintura, escultura;
�Arquitetura;
�Gêneros: cenas da mitologia;
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Arte Greco-Romana;
�Arte Africana;
�Arte Oriental;
�Arte Pré-histórica.
Teatro
ELEMENTOS FORMAIS
�Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
�Ação;
�Espaço.
COMPOSIÇÃO
�Enredo, roteiro;
�Espaço cênico, adereços;
�Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...;
�Gênero: tragédia, comédia, circo.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Greco-romana;
�Teatro oriental;
�Teatro medieval;
�Renascimento.
55
Dança
ELEMENTOS FORMAIS
�Movimento corporal
�Tempo
�Espaço.
COMPOSIÇÃO
�Kinesfera;
�Eixo;
�Ponto de apoio;
�Movimentos articulares;
�Fluxo (livre, interrompido);
�Rápido e lento;
�Formação níveis (alto, médio e baixo);
�Deslocamento (direto e indireto);
�Dimensões (pequeno e grande);
�Técnica: improvisação;
�gênero: circular.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Pré-história
�Greco-romana
�Renascimento
�Dança clássica
7º ano
Música
ELEMENTOS FORMAIS
�Altura;
56
�Duração;
�Timbre;
�Intensidade;
�Densidade.
COMPOSIÇÃO
�Ritmo;
�Melodia;
�Escalas;
�Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico;
�Técnicas: vocal, instrumental, mista improvisação.
MOVIMENTOS E PERIODOS
�Música popular e étnica (ocidental oriental)
Artes Visuais
ELEMENTOS FORMAIS
�Ponto;
�Linha;
�Forma;
�Textura;
�Superfície;
�Volume;
�Cor;
�Luz.
COMPOSIÇÃO
�Proporção;
�Tridimensional;
�Figura e fundo;
�Abstrata;
�Perspectiva;
�Técnicas: pintura, escultura, modelagem, gravura...;
57
�Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta....
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Arte indígena;
�Arte popular brasileira e paranaense;
�Renascimento;
�Barroco.
Teatro
ELEMENTOS FORMAIS
�Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
�Ação;
�Espaço.
COMPOSIÇÃO
�Representação;
�Leitura dramática;
�Cenografia;
�Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...;
�Gêneros: rua, arena, caracterização....
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Comédia dell'arte;
�Teatro popular brasileiro e paranaense;
�Teatro africano.
Dança
ELEMENTOS FORMAIS
�Movimento corporal
�Tempo
�Espaço
COMPOSIÇÃO
�Ponto de apoio;
�Rotação;
58
�Coreografia;
�Salto e queda;
�Peso (leve, pesado);
�Fluxo (livre, interrompido e conduzido);
�Lento, rápido e moderado;
�Níveis (alto, médio e baixo);
�Formação;
�Direção;
�Gênero: folclórica, popular, étnica.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Dança popular;
�Brasileira;
�Paranaense;
�Africana;
�Indígena.
8º ano
Música
ELEMENTOS FORMAIS
� Altura;
�Duração;
�Timbre;
�Intensidade;
�Densidade.
COMPOSIÇÃO
�Ritmo;
�Melodia;
�Harmonia;
�Tonal, modal e a fusão de ambos;
�Técnicas: vocal, instrumental e mista.
MOVIMENTOS E PERIODOS
59
� Indústria cultural;
�Eletrônica;
�Minimalista;
�Rap, rock, tecno.
Artes Visuais
ELEMENTOS FORMAIS
�Linha;
�Forma;
�Textura;
�Superfície;
�Volume;
�Cor;
�Luz.
COMPOSIÇÃO
�Semelhanças;
�Contrastes;
�Ritmo visual;
�Estilização;
�Deformação;
�Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual, mista.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Arte no Séc. XX;
�Arte contemporânea.
Teatro
ELEMENTOS FORMAIS
�Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
�Ação;
�Espaço.
COMPOSIÇÃO
60
�Representação no cinema e mídias;
�Texto dramático;
�Maquiagem;
�Sonoplastia;
�Roteiro;
�Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica....
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Indústria cultural;
�Realismo;
�Expressionismo;
�Cinema novo.
Dança
ELEMENTOS FORMAIS
�Movimento corporal
�Tempo
�Espaço
COMPOSIÇÃO
�Giro;
�Rolamento;
�Saltos;
�Aceleração;
�Desaceleração;
�Direções (frente, lado, atrás, direita e esquerda);
�Improvisação;
�Coreografia;
�Sonoplastia;
�Gênero: indústria cultural e espetáculo.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Hip hop;
�Musicais;
61
�Expressionismo;
�Indústria cultural;
�Dança moderna.
9º ano
Música
ELEMENTOS FORMAIS
�Altura;
�Timbre;
�Duração;
�Intensidade;
�Densidade.
COMPOSIÇÃO
�Ritmo;
�Melodia;
�Harmonia;
�Técnicas: vocal, instrumental, mista;
�Gêneros: popular, folclórico, étnico.
MOVIMENTOS E PERIODOS
�Música engajada;
�Música popular brasileira;
�Música contemporânea.
Artes Visuais
ELEMENTOS FORMAIS
�Linha;
�Forma;
�Textura;
�Superfície;
�Volume;
�Cor;
62
�Luz.
COMPOSIÇÃO
�Bidimensional;
�Tridimensional;
�Figura-fundo;
�Ritmo visual;
�Técnica: pintura, grafitte, performace...;
�Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano...
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Realismo;
�Vanguardas;
�Muralismo e arte latino-americana;
�Hip hop.
Teatro
ELEMENTOS FORMAIS
�Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
�Ação;
�Espaço.
COMPOSIÇÃO
�Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-fórum...;
�Dramaturgia;
�Cenografia;
�Sonoplastia;
�Iluminação;
�Figurino.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Teatro engajado;
�Teatro do oprimido;
�Teatro pobre;
�Teatro do absurdo;
63
�Vanguardas.
Dança
ELEMENTOS FORMAIS
�Movimento corporal
�Tempo
�Espaço
COMPOSIÇÃO
�Kinesfera;
�Ponto de apoio;
�Peso;
�Fluxo;
�Quedas;
�Saltos;
�Giros;
�Rolamentos;
�Extensão (perto e longe);
�Coreografia;
�Deslocamento;
�Gênero: performance, moderna.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
�Vanguardas
�Dança moderna
�Dança contemporânea
ENSINO MÉDIO
MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS
� altura
� duração
� timbre
64
� intensidade
� densidade
COMPOSIÇÃO
� ritmo
� melodia
� harmonia
� escalas
� modal, tonal e fusão de ambos
� gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop...
� técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista e improvisação
MOVIMENTOS E PERÍODOS
� música popular
� brasileira
� paranaense
� indústria cultural
� engajada
� vanguarda
� ocidental
� oriental
� africana
� latino-americano
ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS
� ponto
� linha
� forma
� textura
� superfície
� volume
� cor
� luz
65
COMPOSIÇÃO
� bidimensional
� tridimensional
� figura e fundo
� figurativo
� abstrato
� perspectiva
� semelhanças
� contrastes
� ritmo visual
� simetria
� deformação
� estilização
� técnica: pintura, desenho, modelagem
� instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em
quadrinhos...
� gêneros: paisagem, natureza-morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa da
mitologia
MOVIMENTOS E PERÍODOS
� arte ocidental
� arte oriental
� arte africana
� arte brasileira
� arte paranaense
� arte popular
� arte de vanguarda
� indústria cultural
� arte contemporânea
� arte latino-americana
TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS
66
� personagem: expressões corporais,vocais, gestuais e faciais
� ação
� espaço
COMPOSIÇÃO
� técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, teatro-fórum
� roteiro
� encenação, leitura e dramática
� gêneros: tragédia, comédia, drama e épico
� dramaturgia
� representação nas mídias
� caracterização
� cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação
� direção
� produção
MOVIMENTOS E PERÍODOS
� teatro grego-romano
� teatro medieval
� teatro brasileiro
� teatro paranaense
� teatro popular
� indústria cultural
� teatro engajado
� teatro dialético
� teatro essencial
� teatro do oprimido
� teatro pobre
� teatro de vanguarda
� teatro renascentista
� teatro latino-americano
� teatro realista
� teatro simbolista
67
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS
� movimento corporal
� tempo
� espaço
COMPOSIÇÃO
� kinesfera
� fluxo
� peso
� eixo
� salto e queda
� giro
� rolamento
� movimentos articulares, lentos, rápido e moderado
� aceleração
� desaceleração
� níveis
� deslocamento
� direções
� planos
� improvisação
� coreografia
� gêneros: espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, populares, salão
MOVIMENTOS E PERÍODOS
� pré-história
� grego-romana
� medieval
� renascimento
� dança clássica
� dança popular brasileira, paranaense, africana, indígena, hip hop
� indústria cultural
� dança moderna
68
� vanguardas
� dança contemporânea
3. METODOLOGIA
É necessário sentir e perceber, conhecer e trabalhar artisticamente saberes
que levem os educandos a conhecer, compreender e envolver-se com a arte. Portanto, as
aulas de arte serão trabalhadas em sala através da articulação entre os conhecimentos
estéticos, artísticos e contextualizados de modo que o aluno desenvolva a percepção
estética por meio do contato com a produção cultural existente. Ou seja, teorizar
fundamentando e possibilitando o aluno perceber e apropriar a obra artística, bem como,
que ele desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos. Sentir e
perceber para que o aluno possa realizar a apreciação, fruição, leitura e acesso á obra de
arte. E o trabalho artístico que é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses elementos ou pelos
três simultaneamente. Ao final das atividades em um ou várias aulas espera-se que o
aluno tenha vivenciado cada um deles.
O trabalho deve procurar se articular em entendimento as leis explicitadas aqui.
A lei sobre a obrigatoriedade do ensino da música nas escolas, Lei 11.769/08 é
contemplada em nossa proposta especifica em música. Lei 11.645/08 e Lei 10.639/03
referente a História e Cultura Africana, Afro- brasileira e Indígena esta contemplada nos
conteúdos pertencentes aos quatro eixos artísticos. A prevenção e uso indevido de
drogas, sexualidade humana, educação fiscal, educação tributaria N° 11.43/99, portaria n°
413/02 e a lei ambiental n° 9795/99 serão abordadas no decorrer do ano letivo no
conteúdo especifico de artes visuais e teatro.
Essa pratica se realizara na interação entre professor-aluno em que ambos
sintam-se protagonistas do processo de apropriação do conhecimento de que este só se
da de forma viva e interativa.
Para isso nos fixaremos no ver, sentir, e fazer através de:
� Aulas expositivas.
� Leitura e análise de obras produzidas.
� Aulas teóricas e práticas.
69
� Experimentação com técnicas e materiais diversos.
� Exposição de trabalhos realizados pelos alunos.
� Participação efetiva com materiais solicitados.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação será de maneira processual e diagnostica, processual por
pertencer a todos os momentos da pratica pedagógica e deve incluir formas de avaliação
de aprendizagem do ensino e a auto avaliação dos alunos e diagnostica para ser
referencia do professor para planejar as aulas, avaliar os alunos e o seu próprio trabalho.
Os conteúdos serão planejados a partir dos conhecimentos trazidos pelos
alunos seja ele música, artes visuais, teatro e dança, determinando as atividades a serem
desenvolvidas durante o ano letivo. Observando os trabalhos e registros das atividades
propostas, a avaliação será diagnóstica e cumulativa.
A disciplina de arte deve levar em conta o conteúdo teórico, relatando vários
momentos da história com fundamentos e reflexão, levando o aluno a reproduzir individual
e coletivamente várias obras e criações próprias, introduzindo a arte no cotidiano do
aluno, ampliando sua autonomia de pensamento e postura ativa à arte e à vida.
A fim de se obter uma avaliação efetiva e de grupo são necessários vários
instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos individuais e em grupo,
pesquisas bibliográficas e de campo, debates em forma de seminário, provas praticas e
teóricas, registros em formas de relatórios, gráficos, portfólio, áudio visual e outros.
Propomos no trabalho do aluno avaliar o domínio que vai adquirindo dos
modos de organização destes conteúdos ou elementos formais na composição artística.
Valorizar também o aspecto da sua formação como pontualidade, responsabilidade e
respeito com os trabalhos dos outros e de seu próprio trabalho e asseio com seu material
produzido e propostas a fazer. Faremos através de:
� Participação efetiva das aulas através do uso de materiais e elaboração das
atividades propostas, individual ou grupal.
� Entregar os cadernos ou pastas com os trabalhos e atividades no dia
marcado, com condições satisfatórias para avaliação.
� Observação direta sobre a produção.
� Avaliação teórica descritiva.
70
RECUPERAÇÃO
Fará de forma imediata possibilitando ao aluno uma nova chance para
entrega dos trabalhos e ou apresentações do que lhe foi proposto, pesquisa, trabalho
prático, entrega de atividades, apresentações em sala na cooperação com o grupo e
outros, a fim de que se aproprie de uma ou outra forma do conteúdo trabalhado.
5.REFERÊNCIAS
BRAGHIROLI, Mário M, MORAIS, Walter A.- Educação Artística, Ed. FTD.
FREITAS, Juliana e Ornaldo- Arte e comunicação, Ed. FTD.
MARCHESI, Isaias Junior- Atividades de Educação Artistica, Ed. Ática
OLIVEIRA, Malaí Guedes- Hoje é dia de arte, Ed. IBEP.
PARANÁ- SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, Diretrizes Curriculares para a
disciplina de Artes, 2006.
VASCONCELLOS, Thelma ,NOGUEIRA Leonardo- Reviver nossa arte, Ed, Scipione
XAVIER, Natália, AGNER, Albano- Viver com arte, Ed. Ática.
YAJIMA, Eiji- Plástica e educação artística, Ed.
71
6.1.2 Proposta Pedagógica Curricular de Biologia
1. Apresentação da disciplina
A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA. Ao
longo da historia da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este
fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo compreendê-lo.
Como conseqüência da retomada do objeto de estudo dessa disciplina,
sobretudo ao considerar que ensinar biologia incorpora a idéia de ensinar sobre a ciências
ea partir dela, o desenvolvimento da metodologia de ensino sofre influência de refleções
produzidas pela filosofia da ciência e pelo contexto histórico, político, social e cultural do
desenvolvimento.
No ensino de biologia , o ato de observar extrapola o olhar descomprometido
ou o simples registro, pois inclui identificação de variáveis relevantes e de medidas
adequadas para o uso de instrumentais. Entretanto, considera-se a intencionalidade do
observador, uma vez que ele é o sujeito do processo de observação, o que implica
reconhecer a sua subjetividade.
A preocupação com descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou
o ser humano a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel como parte
deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a sobrevivência
humana.
A incursão pela historia da ciência permite identificar a concepção de ciência
presente nas relações sociais de cada momento histórico, bem como as interferências
que tal concepção sofre e provoca no processo de construção e conceitos sobre o
fenômeno vida, reafirmando como objeto de estudo da Biologia.
A Ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendências e
transformações da sociedade, aos valores e ideologias e às necessidades materiais do
homem. Ao mesmo tempo em que sofre a sua interferência, nelas interfere (ANDERY,
1988: ARAÙJO, 2002).
Como elemento da construção cientifica, a biologia deve ser entendida como
processo de produção do próprio desenvolvimento humano ( ANDERY, 1988). O avanço
da biologia, portanto é determinado pelas necessidades materiais do ser humano com
vistas ao seu desenvolvimento , em cada momento histórico. De fato, o ser humano sofre
a influência das exigências do meio social e das ingerências econômicas dele decorrentes
72
ao mesmo tempo em que nelas interfere.
Para o ensino de Biologia, propõe-se o método da pratica social, que decorre
das relações dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de mundo; entre a
compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade ( SAVIANI 1997; LIBÂNEO,
1983). Confrontam-se assim os saberes do aluno com o saber elaborado, na perspectiva
de uma apropriação da concepção de ciência como atividade humana. Ainda busca-se a
coerência por meio da qual o aluno seja agente desta apropriação do conhecimento.
A história da ciência desde a antiguidade muito contribuiu para o
desenvolvimento da Biologia. Muitos foram os pensadores e filósofos que, deixaram
contribuições relevantes quanto à organização dos seres vivos e o conhecimento do
Universo.
A igreja desempenhou um papel importante no aspecto religioso, social, político
e econômico vinculando a natureza a um Deus criador. “Para tudo o que não podia ser
explicado, visto ou reproduzido havia uma razão divina. Deus era o responsável.” (RAW,
2002, p.13).
Após esse período surgiu a necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o
conhecimento produzido pelo ser humano, iniciando uma nova perspectiva para a
explicação dos fenômenos naturais superando as ideias antigas, emergindo novos
modelos.
Houve um avanço significativo no estudo da Botânica e Zoologia. Carl von
Linné (1707-1768) organizou o principio da classificação Taxonômica através do método
da observação e descrição que caracterizaria o pensamento biológico descritivo.
Inicialmente a Botânica e a Medicina explicavam a natureza de forma descritiva
surgindo então a necessidade de um método cientifico que associasse as ideias
cientificas a prática.
Vários filósofos se dedicaram ao aprimoramento desse método. No fim do
século XVIII e XIX a imutabilidade da vida foi questionada por evidencias da evolução e
mutação dos seres vivos ao logo do tempo por Erasmus Darwin, Jean Baptiste de Monet
conhecido por Lamarck.
No inicio do século XIX Charles Darwin valeu se das ideias de seus
precursores para consolidar sua teoria sobre a Origem das Espécies.
Em 1865 Gregor Mendel apresentou sua pesquisa sobre hereditariedade, que
ficou comprovada após a proposição da Teoria Celular após a invenção do microscópio e
o aperfeiçoamento dos estudos realizados por Robert Hoock, Matthias Schleiden e
73
Theodor Schwann.
No século XX foi confirmado o modelo explicativo dos mecanismos evolutivos,
vinculados ao material genético e ao pensamento biológico evolutivo.
Os estudos de Thomas Hunt Morgan (1866-1945), contribuíram para que a
Genética se desenvolve como Ciência. Neste contexto histórico a Biologia passou a ser
vista como utilitária no estudo da Medicina, Agricultura e outras áreas. Na década de 1970
o avanço cientifico e tecnológico possibilitou a ampliação do estudo da Biologia,
interferindo no pensamento biológico e evolutivo gerando conflitos biológicos, filosóficos
científicos, sociais e religiosos com o surgimento da manipulação genética e suas
implicações sobre a vida.
No final da década de sessenta e início da década de setenta, fez se uma
crítica rígida ao saber transmitido no sistema escolar brasileiro. Tratava se com desprezo
o chamado saber tradicional, visto como livresco, humanista, metafísico, apropriado a
uma república de bacharéis diletantes e improdutivos. Propunha se um saber moderno,
técnico-científico, útil, prático, capaz de formar profissionais e trabalhadores eficientes
para uma sociedade produtiva. (ARROYO, 1988, p. 05)
Na década de 1970 com o impacto da revolução técnico cientifica, das
questões ambientais decorrentes da industrialização surgiu a necessidade de discutir uma
nova concepção para o ensino de ciências.
A Lei nº5692/71 reformulou o ensino básico, estruturando o primeiro e segundo
graus, com o Ensino Tecnicista e formação compulsória para o segundo grau. A escola
passou a servir para a formação do futuro cientista ou ao profissional liberal.
Na década de 1980 varias criticas foram feitas ao Ensino Tecnicista e a
metodologia usada que se baseava na observação, raciocínio e experimentação.
No final da década de 1980 e inicio da outra a abordagem dos conteúdos
deveria se dar na interação com a realidade concreta do aluno.
Em 1998 foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio, onde o ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, onde a
Biologia ficou na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
Essas Diretrizes Curriculares fundamentam se na concepção histórica da
ciência onde foram identificados os marcos conceituais do pensamento biológico,
servindo como critério para a escolha dos conteúdos estruturantes e dos
encaminhamentos metodológicos.
74
2. Objetivos Gerais da Disciplina
� Reconher a Biologia como um fazer humano, e portanto, histórico, fruto da conjunção
de fatores sociais , políticos, econômico, culturais, religiosos e tecnológicos;
� Compreender os fundamentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos,
relacionando a teoria com a prática e transformando a informação em experiências
pessoais.
3. Conteúdos estruturantes e Básicos
� Organização dos seres vivos;
� Mecanismos Biológicos;
� Biodiversidade;
� Manipulação Genética.
Conteúdos Básicos
� Classificação dos seres vivos: critérios taxionômicos e filogenéticos.
� Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.
� Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
� Teoria celular; mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
� Teorias evolutivas.
� Transmissão das características hereditárias.
� Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência
com o ambiente.
� Organismos geneticamente modificados.
4.Metodologia
De acordo com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a descrição dos
conteúdos estruturantes e seus desdobramentos, propõe se que os conteúdos
específicos sejam encaminhados metodologicamente numa abordagem articulada de
forma critica e histórica e orientem o encaminhamento metodológico neste plano de
trabalho docente,considerando se a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos
75
e biológicos.
Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na
disciplina de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter
provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar
conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e
cultural.
De acordo com as diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia firmam-se
na construção a partir da práxis do professor. objetiva-se, portanto trazer os conteúdos de
volta para os currículos escolares , mas numa perspectiva diferenciada, em que se
retome a história da produção do conhecimento cientifico e da disciplina escolar e seus
determinantes políticos, sociais e ideológicos.
A proposição dos conteúdos estruturantes na disciplina de Biologia sugere,
inicialmente, a possibilidade de selecionar conteúdos específicos que farão parte da
proposta curricular da escola.
Como recurso para diagnosticar as idéias primeiras do aluno é recomendável
favorecer o debate em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para formação
de sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a realidade.
Dizer que o aluno deva superar suas concepções anteriores implica promover ações
pedagógicas que permitam tal superação .
Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam que o ensino dos conteúdos neste
caso conteúdos específicos de biologia, necessita apoiar-se num processo pedagógico
em que:
�A prática Social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é
perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de visão
sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado;
�A Problematização implique o momento para detectar a apontar as questões
a serem resolvidas na prática social.
�A instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos sistematizados
para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e
profissional.
�A catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo
aluno e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais,
transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a entender e
elaborar novas estruturas de conhecimentos.
76
�O retorno à pratica social se caracterize pela apropriação do saber concreto
e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção
de uma sociedade mais igualitária.
�Lei 11.645/08 historia e cultura dos povos indígenas. A abordagem
pedagógica sobre o historia e cultura afro- brasileira bem como, sobre a cultura indígena,
poderá ser desenvolvida por meio de analise que envolve a constituição genética da
população brasileira. De forma contextualizada favorecendo a compreensão da
diversidade biológica e cultural.
�Lei 9.795/99 Educação Ambiental devera ser uma pratica educativa
integrada sobre as questões ambientais.
�Decreto 1143/99 e portaria 413/02 Educação Fiscal.
De acordo com a Diretriz Curricular de Ensino de Biologia, o estudo dos
conteúdos estruturantes propostos implica uma articulação com conhecimentos de outras
ciências os quais procuram explicar fenômenos naturais que ocorrem no mundo. Para
isso, a metodologia de ensino deve favorecer a construção do conhecimento através da
investigação e experimentação.
Nesse sentido, algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos
são: relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em biologia, elaborando conceitos
identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações, utilizar critérios
científicos para realizar classificações de animais, vegetais, relacionar os diversos
conteúdos conceituais de biologia na compreensão de fenômenos. estabelecer relações
entre parte e todo de um fenômeno ou processo biológico, relacionar e utilizar
metodologias cientificas adequadas para a resolução de problemas fazendo uso, quando
for o caso, de tratamento estatístico da análise de dados coletados, formular questões,
diagnósticos, e propor soluções para problemas apresentados, utilizando elementos da
biologia, utilizar noções e conceitos da biologia em novas situações de aprendizado
(existencial ou escolar), relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o
entendimento de fatos ou processos biológicos, descrever processos e características do
ambiente ou de seres vivos, observados em microscópios ou a olho nu.
Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da biologia, apresentar suposições e
hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo. apresentar, de forma organizada,
o conhecimento biológico aprendido, através de textos, desenhos, esquemas gráficos,
tabelas, maquetes, conhecer diferentes formas de obter informações(Observação,
experimento, leitura de texto, desenhos, esquemas gráficos, tabelas, maquetes, etc.),
77
expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos.
5. Avaliação
As concepções reducionistas e simplistas do processo avaliativo requerem
análise e questionamento. De acordo com Carvalho & Gil-Pérez (2001), ainda estão no
senso comum do ambiente escolar as seguintes noções;
�È fácil avaliar os conhecimentos científicos, devido a sua precisão e
objetividade;
�O fracasso é inevitável, pois a Biologia tem conhecimentos difíceis, que não
estão ao alcance de todos.
�Tal fracasso, por vezes muito elevado pode ser atribuído a fatores
extraescolares, como capacidade intelectual e ambiente familiar;
�A prova deve ser discriminatória e produzir uma discriminação de notas em
escala descendente;
�A função essencial da avaliação é medir a capacidade e o aproveitamento do
aluno, Destinando-o `a promoção e seleção classificatória de cunho autoritário.
A avaliação e continua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursadas, com preponderância dos aspectos
quantitativos. A avaliação deve ser formativa e processual visando orientar e facilitar a
aprendizagem.
Vários instrumentos de avaliação que competem varias formas de expressão
dos alunos devem ser utilizados como leitura e interpretação de texto, relatórios de
atividades experimentais , avaliação, trabalhos , pesquisas, seminários entre outros .
Sendo atribuído um valor de 7,0 pontos para provas orais ou escrita e 3,0 para trabalhos.
Utilizaremos a recuperação paralela como forma de melhorar a apropriação
dos conteúdos que ficarem falhos e corrigir possíveis erros ocorridos durante o processo
para que a avaliação não perca sua finalidade educativa.
�Recuperação: Revisão da prova com análise dos erros e acertos
�Retomada dos recortes dos conteúdos estudados para explicação do
professor;
�Atividades de revisão e fixação no caderno de produção do aluno;
�Prova de recuperação individual e escrita;
78
Plano de estudo para alunos que não atingiram a média estabelecida.
6. Referências
Biologia - 1ª série; César da Silva Jr e Sezar Sasson,2005 Saraiva S.A – São Paulo SP 2005.
Biologia - José Luis Soares Vol. I, II , III.
Biologia - Sônia Lopes – Vol. Único
Biologia Atual - Wilson Roberto Paulino Vol. II
Biologia Genética Evolução e Ecologia - Demétrio Gowdak, Neide Simões de Mattos.
Curso Completo de Biologia Sintético e Atualizado Vol. I, II, III
Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. Brasília: MEC 1996.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio.Curitiba: SEED, 2008.
79
6.1.3 Proposta Pedagógica Curricular de Ciências
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Partindo-se do pressuposto que um sujeito é fruto do seu tempo histórico, das
relações sociais em que está inserido e que participa no mundo de modo como o
compreende, o ensino de Ciências bem como as demais disciplinas escolares devem
proporcionar aos estudantes, o acesso e apropriação do conhecimento produzido pela
humanidade , para que estes sujeitos possam efetivamente participar na sociedade. Nas
palavras de Saviani (1991, p. 15), “o homem não se faz homem naturalmente, ele não
nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir.
Para saber pensar e sentir, para saber querer, agir ou avaliar é preciso aprender, o que
implica o trabalho educativo”.
De acordo com a DCE (2008) a disciplina de Ciências tem como objeto de
estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de
vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que
constitui o Universo em toda sua complexidade.
A Natureza legitima, então, os objetos de estudo das ciências naturais e da
disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de natural é uma maneira de
enunciar tal forma de legitimação (LOPES, 2007). Chauí (2005) corrobora tal afirmação ao
lembrar que no século XIX, sob influência dos filósofos franceses e alemães, dividiu-se o
conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto estudado, tipo de método
empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas ciências naturais passaram a
ser tomadas como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das
ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber
cotidiano. (DCE, 2008, p.40)
A ciência não revela a verdade, mas propõem modelos explicativos construídos
a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e
Fourez (1995) apud DCE (2008), modelos científicos são construções humanas que
permitem interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os
elementos fundamentais que compõem a Natureza. Muitas vezes esses modelos são
utilizados como paradigmas, leis e teorias.
Diante da complexidade dos fenômenos naturais, os modelos são incapazes
de uma descrição de sua universalidade, tendo em vista “que é impossível, mesmo ao
80
mais completo cientista, dominar todo o conhecimento no âmbito de uma única
especialidade” (MENEZES, 2000, p.51) apud DCE (2008).
Nesse sentido, refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma
construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num
determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural,
religioso, ético e político, evitando creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”.
“[...] para concretizar este discurso sobre a Ciência (...) é necessário e imprescindível
determiná-la no tempo e no contexto das realizações humanas, que também são
historicamente determinadas” (RAMOS, 2003, p.16).apud DCE (2008).
Por isso, conceituar ciência exige cuidado epistemológico, pois para conhecer
a real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história da construção do
conhecimento científico (KNELLER, 1980) .apud DCE (2008).
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico,
mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de
pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam (KNELLER, 1980) .apud DCE
(2008). Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram,
significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza nos diversos
momentos históricos.
Para Gaston Bachelard (1884-1962) existem três grandes períodos do
desenvolvimento do conhecimento científico: o estado pré-científico, o estado científico e
o estado do novo espírito científico.
O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um
período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico. Este
estado representa a busca da superação das explicações míticas, com base em
sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza,
além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do
séc. XVIII. O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado
pelo estado científico, em que um único método científico constitui-se para a
compreensão da Natureza. Isto não significa que no período pré-científico os naturalistas
não se utilizavam de métodos para a investigação da Natureza, porém, tal investigação
reduzia-se ao uso de instrumentos e técnicas isolados. O método científico, como
estratégia de investigação, é constituído por procedimentos experimentais, levantamento
e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em leis ou teorias. Isso produz um
conhecimento (científico) a respeito de um determinado recorte da realidade, o que rompe
81
com a forma de construção e divulgação do conhecimento feita no período pré-científico.
No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano de
investigação dos fenômenos da natureza, com maior divulgação do conhecimento
científico em obras caracterizadas por uma linguagem simples.
Modelos explicativos utilizados no período pré-científico foram questionados,
pois no estado científico o mundo era considerado mutável e o Universo infinito. Novos
estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as evidências de mudanças na
crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a transformação da matéria e a
conservação de energia.
O estado do novo espírito científico configura-se também, como um período
fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de
divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços científicos.
Segundo Sevcenko (2001), mais de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações
técnicas ocorreram nos últimos cem anos, destes, mais de dois terços após a Segunda
Guerra Mundial. Ainda, cerca de setenta por cento de todos os cientistas, engenheiros,
técnicos e pesquisadores formados desde o início da ciência ainda estão vivos, continuam
a contribuir com pesquisas e produzir conhecimento científico.
Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a
superação dos estados pré-científico e científico, na mesma expressividade em que
ocorre na atividade científica e tecnológica, o processo de produção do conhecimento
científico seria mais bem vivenciado no âmbito escolar, possibilitando discussões acerca
de como a ciência realmente funciona (DURANT, 2002), apud DCE, (2008)
Assim, no ensino de Ciências, os estudantes devem perceber que a Ciência
não só é de cientistas com verdades eternas, mas como construção humana e intencional
e que a apropriação desses saberes é um direito de todos.
Ainda segundo Delizoicov, Angotti (2002),a ação docente buscará construir o
entendimento de que o processo de construção do conhecimento é sócio-historicamente
determinado, submetido a pressões com processos e resultados ainda pouco acessíveis à
maioria das pessoas, passíveis de uso e compreensão ingênuos, ou seja , é um processo
de produção que precisa, por essa maioria ser apropriado e entendido.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTE E BÁSICO
Propõe-se, então, que o ensino de Ciências ocorra por meio de uma integração
82
conceitual que estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes
conteúdos estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos
estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares);
entre os conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento
científico (relações contextuais).
�Astronomia
�Matéria
�Sistemas Biológicos
�Energia
�Biodiversidade
6º ano
ASTRONOMIA:
*Universo
*Sistema solar
*Movimentos terrestres
*Movimentos celestes
*Astros
MATÉRIA:
* Constituição da matéria
SISTEMAS Biológicos
*Níveis de organização celular
ENERGIA
*Formas de energia
*Conversão de energia
*Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
*organização dos seres vivos
*ecossistemas
83
*evolução dos seres vivos
7º ano
ASTRONOMIA:
*movimentos terrestres
*movimentos celestes
MATÉRIA:
*constituição da matéria
SISTEMAS BIOLóGICOS
*célula
*morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
*formas de energia
*transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
*organização dos seres vivos
*origem da vida
*sistemática
8°ano
ASTRONOMIA:
*origem e evolução do universo
MATÉRIA:
* Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
*célula
*morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
84
*Formas de energia
BIODIVERSIDADE
*evolução dos seres vivos
9º ano
ASTRONOMIA:
*astros
*gravitação universal
MATÉRIA:
* propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
*morfoloogia e fisiologia dos seres vivos
*mecanismos de herança genética
ENERGIA
*Formas de energia
*Conversão de energia
BIODIVERSIDADE
*interações ecológicas
3. METODOLOGIA
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de
critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o número
de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser abordados
considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a história da ciência, a
divulgação científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de
conceitos científicos escolares no processo ensino aprendizagem da disciplina de
Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico que resulta da investigação
85
da Natureza), levando em consideração que, para tal formação conceitual, há
necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona
cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para
tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes (relações
conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a outras
disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as
questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se
fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de
Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos
escolares. Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos professores
de Ciências, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações,
interdisciplinaridade, aula dialogada, analogias, pesquisas, leituras científicas, atividade
em grupo, observações, atividade experimental, lúdico, entre outros. Podemos fazer uso
de muitos recursos pedagógicos e tecnológicos, como revistas, jornais, livros, mapas,
modelos didáticos, microscópio, jogos, de recursos instrucionais e espaços pedagógicos,
como laboratórios, museus, exposições, seminários, entre outros.
Quanto à História da Ciência, ao fazer uso nas aulas de Ciências, o estudante
poderá compreender a evolução da construção do conhecimento e perceber que é uma
construção humana, histórica, resultado de muita discussão, não sendo uma verdade
absoluta. O professor pode optar por usar textos, imagens, documentários e registros.
A divulgação cientifica é uma estratégia que pode contribuir para melhoraria do
processo de ensino e aprendizagem de conceitos científicos de Ciências, aproximando o
conhecimento cientifico e o conhecimento científico escolar. São inúmeros os recursos
que podem ser utilizados que já estão presentes no cotidiano dos estudantes, como
textos científicos e não científicos, artigos, divulgados em revistas, jornais, internet,
televisão, documentários e rádios. Essa abordagem deve ser planejada e necessita de
adequação pelo professor, pois não foi produzida inicialmente para ser utilizada em sala
de aula.
As atividades experimentais devem permitir ao estudante, refletir sobre o
conteúdo, relacionar, problematizar, contextualizar o conteúdo, interagir com colegas e
professores, confrontar erros e acertos em um sentido investigativo, facilitando o
desenvolvimento cognitivo e conceitual dos estudantes. As atividades experimentais
podem ser demonstrativas, de observação ou de manipulação realizadas em laboratórios
sala de aula, ambiente externo, com equipamentos, vidrarias, ou materiais alternativos,
86
dependendo do planejamento do professor.
Segundo as DCE (2008) par o ensino de Ciências propõem uma prática
pedagógica que leve a integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo
metodológico. Os conteúdos específicos necessitam ser entendidos em us complexidade
de relações conceituais, mas também de relações interdisciplinares e contextuais,
relacionando com os conteúdos de outras disciplinas e com questões sociais,
econômicas, culturais,religiosas, éticas, tecnológicas e políticas.
No âmbito das relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o
professor pode abordar a História e Cultura Afro-brasileira (lei nº 10,639/03), História e
Cultura dos povos Indígenas (Lei nº 11,645/08) e Educação Ambiental ( Lei nº 9,795/99) e
demais desafios educacionais contemporâneos, abordados a partir e conteúdos
específicos quando possível, conforme previsto no Plano de Trabalho Docente.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais necessita de
mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de ideias e modificar
comportamentos docentes de "senso comum” muito persistente (CARVALHO & GIL-
PÉREZ, 2001).
As concepções reducionistas e simplistas do processo avaliativo requerem
análise e questionamento. De acordo com Carvalho & Gil-Pérez (2001), ainda estão no
senso comum do ambiente escolar as seguintes noções:
� É fácil avaliar os conhecimentos científicos, devido a sua precisão e
objetividade;
� Tal fracasso, por vezes muito elevado, pode ser atribuído a fatores extra-
escolares, como capacidade intelectual e ambiente familiar;
� A prova deve ser discriminatória e produzir uma distribuição de notas em escala
descendente;
� A função essencial da avaliação é medir a capacidade e o aproveitamento do
aluno, destinando à promoção e seleção classificatória de cunho autoritário.
A superação deste senso comum implica em estudos, pesquisas e análises de
resultados que permitam a elaboração de programas de formação continuada para os
professores envolvidos no processo ensino-aprendizagem, a fim de possibilitar a
elaboração de uma concepção de avaliação adequada à realidade escolar da qual
87
participa.
Muitos professores mantêm-se crédulos ao sistema de avaliação classificatório
por acreditar ser este a garantia de um ensino de qualidade que resguarde um saber
competente dos alunos (HOFFMANN, 2003). Quando a concepção de avaliação é
classificatória, pautada em critérios que visam medir o aproveitamento, identificam erros,
dificuldades de aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações
levantadas e os professores acabam por não se preocuparem em “auxiliar o aluno a
resolver suas dificuldades ou a avançar no seu conhecimento” (HOOFMANN, 2003,
p.121).
Tomando por base as análises desenvolvidas pelas autoras Carvalho e
Hoffmann, considera-se a necessidade de envolvimento dos professores na análise crítica
da própria avaliação. Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que os professores
se envolvam numa análise crítica que aponte conceber e considerar a avaliação com
instrumento de aprendizagem que permita fornecer um feedback adequado para
promover o avanço dos alunos. Ao considerar o professor co-responsável pelos
resultados que os alunos obtiverem o foco da pergunta muda de "quem merece uma
valorização positiva e quem não" para "que auxílio precisa cada aluno para continuar
avançando e alcançar os resultados desejados". Além disso, introduzir formas de
avaliação da prática docente como instrumento para melhorar o ensino.
Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino
aprendizagem, abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos
à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos
constituem importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado
pelo professor entre o conhecimento e o aluno.
A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e
investigação visando a melhoria na qualidade do ensino. Deste modo, avaliar implica em
um processo para obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem.
Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome
conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças
necessárias.
Para mensurar valores na avaliação podemos utilizar instrumentos variados
como textos, resenhas, relatórios, provas, seminários, debates, trabalho em grupo,
pesquisa, atividades experimentais, entre outros.
88
Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a
verificação do rendimento escolar previstos na LDB nº 9394/96 que considera a avaliação
como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos...”.
Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do
processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e
alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os
obstáculos existentes.
Quanto aos critérios de avaliação, deve-se verificar:
- Apropriação dos conceitos científicos escolares de conteúdos de Ciências;
- Compreensão de conteúdos expressos em textos científicos;
- Compreensão de conceitos expressos em textos não científicos;
- Capacidade de elaborar relatórios, textos, sínteses, tendo como referência os
conceitos de Ciências;
- Analisar se o conteúdo específico ensinado tem significado real para o
estudante e se interagem com as ideias existentes na estrutura cognitiva do estudante;
- Entendimento que a construção do conhecimento é histórica, intencional,
falível, feita pela humanidade não sendo uma verdade eterna.
� Capacidade de análise de situações cotidianas onde estão presentes
conceitos científicos de Ciências.
� Capacidade de relacionar os conceitos apropriados com questões sociais,
econômicas, culturais,religiosas, éticas, tecnológicas e políticas.
5. REFERÊNCIAS
BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma
psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. SP: Ática, 2005;
DURANT, J. O que é alfabetização científica? In: MASSARANI, L.; TURNEY, J;
MOREIRA, I.C. (Org). Terra incógnita: a interface entre ciência e público. Rio de
Janeiro: UFRJ, 2005
89
KRASILCIK, M. Práticas de Ensino de Biologia. SP: EDUSP, 2004;
SEED, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Disciplina de
Ciências, 2008.
LOPES, A. C. Currículo e epistemologia. Ijuí: UNIJUí, 2007.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
9394/96. Brasília: MEC, 1996.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica: Primeiras aproximações. São Paulo.
Cortez: Autores Associados, 1991;
DELIZOICOV, D; ANGOTTI, J. A. Metodologia do Ensino de Ciências,, São Paulo:
Cortez, 1998.
90
6.1.4 Proposta Pedagógica Curricular de Educação Física
1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A fim de situar historicamente a trajetória da Educação Física do século XIX,
optou-se por retratar às transformações sociais pelas quais o Brasil passava, dentre elas
o fim da exploração escrava e as políticas sociais de incentivo à imigração,
principalmente o crescimento das cidades exigindo uma série de medidas com vistas à
aplicar preceitos de moralidade, bem como instaurar a ordem social, adaptando o modo
de viver dos novos cidadãos configurados na sociedade.
A partir da Proclamação da República, começou a discussão sobre as instituições
escolares e as políticas educacionais que eram praticadas pelo antigo regime. A princípio,
a burguesia brasileira depositava na ginástica, a responsabilidade de promover através de
exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana.
As práticas pedagógicas escolares da Educação Física se fortaleceram com as
instituições militares e pela medicina, onde seus modelos eram provindos da Europa e
sendo incorporados nos currículos brasileiros.
Esses modelos visavam melhorar o funcionamento do corpo e dependiam de
técnicas construídas com base no conhecimento biológico e tinha a tarefa de construir
corpos saudáveis e dóceis que levassem o sujeito a um maior processo produtivo.
(DIRETRIZES CURRICULARES, 2006)
A Educação Física foi consolidada realmente no contexto escolar, somente a
partir da Constituição de 1937 e tinha como objetivos a doutrinação, dominação e
contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a
ordem, além desses, ela pregava princípios higienistas para um corpo forte e saudável,
com atividades ligadas a formação de um corpo masculino robusto, voltado para a defesa
familiar e da pátria, e o feminino caracterizado pelas formas femininas e também
preparação para a maternidade futura. (CASTELANI FILHO, 1991)
Ainda nessa década (30), o esporte começou a ser difundido e confundido com a
Educação Física. Uma série de medidas foram implantadas para ressaltar o sentimento
de valorização da pátria por meio dos esportes.
Foram criados vários centros esportivos e importados especialistas que
dominavam técnicas de algumas modalidades esportivas. (SOARES, 2004)
Com o passar dos anos a Educação Física se tornou obrigatória e objetivava
91
formar mão de obra fisicamente adestrada e capacitada para o mercado de trabalho, além
de sua obrigação pela defesa da pátria. (BRACHT, 1992)
A partir de 1964, o esporte ganhou mais ênfase no Brasil na área de Educação
Física e os professores começaram a frequentar cursos de pós-graduação nos Estados
Unidos na área esportiva. O esporte se tornou uma hegemonia nas escolas e os
currículos passaram a tratá-lo com maior ênfase, através do método tecnicista que era
centrado na competição e no desempenho, sendo seu objetivo central formar atletas para
representar o país em competições internacionais. (DAÓLIO, 1997)
Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do Paraná
foi a elaboração do Currículo Básico que está embasado na Pedagogia Histórico-Crítica
da educação e caracteriza-se por uma proposta avançada onde a instrumentalização do
corpo deveria dar lugar a formação humana do aluno em todas as suas dimensões.
(NAVARRO, 2007)
Com o passar dos anos a Educação Física rompeu com as perspectivas da
aptidão física fundamentada em aspectos técnicos e fisiológicos, destacando outras
questões consideradas relevantes relacionadas às dimensões culturais, sociais, políticas
e afetivas no tratamento dos conteúdos, baseada em concepções teóricas que discutem
corpo e movimento.
“Um dos principais objetivos da Educação Física é propiciar às crianças a
participação em diferentes atividades corporais, procurando adotar atitudes de
cooperação e solidariedade, sem discriminar os colegas pelo desempenho ou por razões
sociais, físicas, sexuais ou culturais.” (SOLER, Reinaldo)
É fundamental entender a importância da Educação Física como uma área que
possibilita aos alunos uma ampliação da visão e trata um tipo de conhecimento
denominado cultura corporal, que tem como temas e conteúdos que apresentam relações
com os principais problemas dessa cultura corporal e o contexto histórico-social do aluno.
(COLETIVO DE AUTORES, 1992 )
A participação dos alunos em atividades culturais, com jogos, esportes, danças,
lutas e ginástica com a finalidade de lazer, é parte integrante do ensino-aprendizagem,
possibilitando a eles maior valorização e vivência de modo concreto no cotidiano escolar.
A análise crítica e a busca de superação apontam a necessidade de que se
considerem também, discussões culturais, sociais e afetivas, tais como uso indevido de
drogas, sexualidade humana, educação fiscal, educação ambiental, enfrentamento à
violência contra a criança e o adolescente e outros assuntos que permitam aos
92
educandos situarem-se como cidadãos ativos, visando seu aprimoramento como ser
humano, para que desenvolvam suas possibilidades de forma democrática.
2.Conteúdos Estruturantes e Básicos
6º ANO
Esporte
� Individuais;
� Coletivos;
Jogos e Brincadeiras
� Jogos e brincadeiras populares;
� Brincadeiras e cantigas de roda;
� Jogos de tabuleiro;
� Jogos cooperativos;
Dança
� Danças Folclóricas;
� Danças de Rua;
� Danças Criativas;
Ginástica
� Ginástica Rítmica;
� Ginástica Circenses;
� Ginástica Geral;
Lutas
� Lutas de Aproximação;
� Capoeira;
7º ANO
93
Esporte
� Individuais;
� Coletivos;
Jogos e brincadeiras
� Jogos e brincadeiras populares;
� Brincadeiras e cantigas de roda;
� Jogos de tabuleiro;
� Jogos cooperativos;
Dança
� Dança de Rua;
� Dança folclórica;
� Dança criativa;
� Danças Circulares;
Ginástica
� Ginástica Circenses;
� Ginástica rítmica;
� Ginástica Geral;
Lutas
� Capoeira;
� Lutas de Aproximação;
8º ANO
Esporte
� Coletivos;
� Radicais;
Jogos e brincadeiras
� Jogos cooperativos;
� Jogos e Brincadeiras Populares;
94
� Jogos Dramáticos;
� Jogos de tabuleiro;
Dança
� Danças Criativas;
� Danças Circulares;
Ginástica
� Ginástica Circense;
� Ginástica Rítmica;
� Ginástica Geral;
Lutas
� Capoeira;
� Lutas com Instrumento Mediador;
9º ANO
Esporte
� Coletivos;
� Radicais;
Jogos e Brincadeiras
� Jogos Cooperativos;
� Jogos de Tabuleiro;
� Jogos Dramáticos;
Dança
� Danças Criativas;
� Danças Circulares;
Ginástica
� Ginástica Geral;
� Ginástica Rítmica;
95
Lutas
� Capoeira;
� Lutas com Instrumento Mediador;
Ensino Médio
Esporte
� Coletivos;
� Individuais;
� Radicais.
Jogos e Brincadeiras
� Jogos Dramáticos;
� Jogos Cooperativos;
� Jogos de Tabuleiro.
Dança
� Dança de Salão;
� Dança Folclórica;
� Dança de Rua;
Ginástica
� Ginástica Artística/Olímpica;
� Ginástica Geral;
� Ginástica de condicionamento Físico;
Lutas
� Lutas com Aproximação;
� Lutas que mantêm a distancia;
� Luta com instrumento mediador;
� Capoeira.
3. METODOLOGIA
96
Ao incluir o aluno na elaboração das propostas de ensino e aprendizagem, serão
consideradas, a sua realidade social e pessoal, a percepção de si e do outro, suas
dúvidas e necessidades de compreensão desta mesma realidade.
Os conteúdos de Educação Física serão trabalhados respeitando as
individualidades físicas, rítmicas, psíquicas e motoras buscando a compreensão e
vivências das diferentes formas de praticar atividades corporais e relacionando estas
práticas à reflexão das situações sociais, instigando o educando a pensar sobre diferentes
temas tais como uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal, educação
ambiental, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, modismos, valores
estéticos, percepção, desenvolvimento das capacidades físicas e habilidades motoras.
Assim partiremos do pressuposto da inclusão, para construir coletivamente um
ambiente de aprendizagem significativo, que faça sentido ao aluno, no qual ele tenha a
possibilidade de fazer escolhas, trocar informações, estabelecer questões e construir
hipóteses na tentativa de respondê-las, valorizando a história e cultura de todos os povos
(negro, índio, mestiço, imigrantes e outros) não apenas elevando a autoestima e
compreensão de sua etnia, mas de todas as etnias, na perspectiva da afirmação de uma
sociedade multicultural e pluri-étnica. De acordo com as leis: História e cultura afro-
brasileira e , indígena ( 11.645/3/2008) e meio ambiente (9795/99).
Os alunos participarão das atividades propostas individualmente e em grupos
variando conforme os objetivos a serem alcançados, abrindo assim um leque para
discussões férteis para a melhoria da qualidade das aulas.
Professor e aluno poderão participar de uma integração cooperativa de
construção e descoberta, em que o professor promove uma visão organizada do processo
e o aluno contribui com o elemento novo, trazendo a síntese da atualidade para o
movimento da aprendizagem.
Utilizaremos várias formas de trabalho como:
• Estudo do meio
• Exposição de vídeo
• Leitura de textos
• Apreciação de obras de vários autores
• Discussão de assuntos (debates, questionamentos e reflexões)
• Estudo sobre mídia
97
• Projetos interdisciplinares
• Resgate de brincadeiras populares
• Elaboração de coreografias
• Confecção de materiais alternativos
4. AVALIAÇÃO
Discutir com os alunos os critérios de avaliação, contribuindo no atendimento do
programa a ser desenvolvido no período letivo como também ampliará a compreensão
dos alunos sobre o que buscamos alcançar, responsabilizando a todos pela trajetória a
ser percorrida.
Estabelecer relações entre conhecimentos, conceitos, valores e atitudes; integra-
se a dimensão emocional e sensível do corpo à cultura corporal do movimento e
ampliando sua compreensão de saúde e bem-estar, tendo em vista a promoção da
qualidade devida, buscando do aluno o seu próprio valor como ser humano integrado na
sociedade.
Utilização da auto-avaliação como um momento para a reflexão do educando
sobre as contribuições, no seu crescimento profissional e coletivo, sobre seu próprio
desempenho, buscando assim, a mudança da conduta e posicionamento do educando
sobre o processo de construção do conhecimento contínuo.
Avaliar a cooperação, integração social em grupo, com atitudes de respeito
mútuo, solidariedade e dignidade, reconhecendo suas próprias características e
limitações no seu desenvolvimento.
Não esquecendo que a avaliação deve ser continua, cumulativa e processual
devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características
individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com
preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Nas aulas práticas o
aluno será avaliado diariamente.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino-aprendizagem. Devendo ser feita uma revisão dos conteúdos, onde
serão propostos novos exercícios de fixação e esclarecimentos das dúvidas que ainda
possam existir. Quanto aos alunos inclusos será feita uma avaliação diferenciada,
respeitando seu tempo e limitações, de acordo com o PPP da escola.
Dessa forma, utilizar-se-á diferentes instrumentos de avaliação, de acordo com as
98
diversidades e possibilidades das várias turmas e turnos, respeitando as vivências dos
alunos, tais como:
• Debate
• Avaliação teórica e prática
• Avaliação oral
• Trabalhos individuais
• Trabalhos em grupo
• Pesquisas
• Relatórios
5. REFERÊNCIAS
ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte:Possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores associados/CBCE, 2001. AUTORES ASSOCIADOS. Imagens da educação no corpo. Campinas:1998 BARRETO, Débora. Dança: ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas:Autores associados, 2004. BERTHERAT, Therése. As estações do corpo. São Paulo: Martins Fontes,1986 BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992. BREGOLATO, R.A. Textos de Educação Física para a sala de aula. Cascavel, assoeste, 1994. CARVALHO, Yara Maria de RUBIO, Kátia. Educação Física e Ciências Humanas. São Paulo: Hucitec, 2001 CRESPO Jorge. A história do corpo. Liboa: Difel.1990. DAOLIO, Jocimar. Educação Física brasileira: autores e atores da década de 80. 97f. Tese ( Doutorado em Educação Física) – Programa de pós-graduação da Universidade Estadual de Campinas, Campinas: UNICAMP, 1997. Educar em revistas nº16. Corporalidade e educação. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2000. GARCIA, Regina Leite (Org.). O corpo que fala dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. MARCELINO, Nelson Carvalho. Lúdico, Educação e Educação Física. 1999.
99
PARANÀ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990. PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Educação Física para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008. TABORDA DE OLIVEIRA, Marcos Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação Física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia Junho/1998. VAGO, Tarcísio Mauro. Intervenção e conhecimento na escola: por uma cultura escolar de Educação Física.
OBRAS CONSULTADAS
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 3ª Edição Atualizada - Janeiro /2007 REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Rural Estadual José Alves dos Santos. E.F.M. Rio Bonito do Iguaçu - Paraná – 2009. PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO. Colégio Rural Estadual José Alves dos Santos. E.F.M. Rio Bonito do Iguaçu - Paraná – 2010. PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO. Colégio Rural Estadual José Alves dos Santos. E.F.M. Rio Bonito do Iguaçu - Paraná – 2011.
100
6.1.5 Proposta Pedagógica Curricular de Ensino Religioso
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A escola é um espaço privilegiado de construção de conhecimento, expansão
da criatividade, valorização da vida e da educação para que possamos viver em um
mundo melhor.
O Ensino Religioso tem o compromisso de transformação social e histórica a
fim de contribuir para estabelecer novas e boas relações entre os seres humanos, a
natureza e o transcendental.
A Educação Religiosa tem o compromisso de contribuir para eliminar quaisquer
preconceitos, sociais, religiosos, culturais e econômicos entre os alunos.
O alunado necessita para tanto, de conhecimentos que lhe permitam perceber
e compreender as diferenças e semelhanças dentro de sua comunidade.
O Ensino Religioso procura promover um diálogo, o entendimento, o respeito
mútuo e a integração entre os alunos, para tanto é necessário adotar determinados
procedimentos, tais como a dinâmica que resulte na sensibilidade e promova a
integração, para uma perfeita e harmoniosa convivência.
A Tradição Religiosa está intrinsecamente ligada à Ética e a Moral. Caso em
que as aulas deverão ser permeadas de valores por elas apontadas, pois é através delas
que as religiões se aproximam umas das outras, levando os alunos a perceberem que
mesmo nas diferenças religiosas, é possível uma convivência fraterna e pacífica.
A disciplina propõe-se a subsidiar os alunos com conteúdos que permitam
analisar, compreender e comparar as diversas interpretações e análises das diferentes
manifestações do sagrado e do religioso, com vistas `interpretação dos seus múltiplos
significados. Também fornecerá subsídios aos educandos para uma perfeita compreensão
dos conceitos básicos religiosos e na forma como a sociedade sofre as influências das
tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
O Ensino Religioso valoriza o pluralismo e a diversidade cultural presente na
sociedade brasileira, facilita a compreensão das formas que exprimem a transcendência
na superação da amplitude humana e que determina a subjetividade, o processo histórico
da humanidade.
101
2. OBJETIVOS GERAIS
• Proporcionar ao educando a compreensão de sua identidade religiosa numa
construção em reciprocidade com o outro e na percepção da ideia do
transcendente, expressada de maneiras diversas pelos símbolos e valores da
religiosidade, buscando sempre a imparcialidade e evitando direcionamentos.
• A construção das verdades dos discursos religiosos, sempre buscando o respeito
mútuo.
• Entender e conhecer os fenômenos religiosos como sendo manifestações culturais,
valorizando-as e respeitando-as como tal.
• Reconhecer que toda forma de religiosidade é importante para aquele grupo que a
pratica, evitando o radicalismo e o fanatismo.
• Incentivar a vivência e convivência de valores que possam contribuir para o
crescimento pessoal, emocional e religioso do educando.
• Desfazer e superar preconceitos, construir relações de reciprocidade onde as
diferenças sejam respeitadas e que o educando seja visto como parte integrante e
atuante na construção de sua personalidade e religiosidade.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
• Paisagem Religiosa
• Universo Simbólico Religioso
• Texto Sagrado
6º Ano
• Organizações Religiosas;
• Lugares Sagrados;
• Textos Sagrados orais ou escritos;
• Símbolos Religiosos;
102
7º Ano
• Temporalidade Sagrada;
• Festas Religiosas;
• Ritos;
• Vida e morte.
4. METODOLOGIA
O conteúdo de Ensino Religioso deve destacar sua contribuição para a forma
de superação do preconceito de todo proselitismo, bem como da discriminação de
qualquer expressão do sagrado.
A disciplina não tem como propósito o juízo desta ou daquela prática religiosa,
mas, buscar formas de respeitar o direito à liberdade de consciência e à opção religiosa
do educando, ou seja, as reflexões e análises se darão por meio dos conteúdos,
destacando-se os aspectos científicos do universo, das diferentes culturas, afro,
indígenas, europeias, americana, asiática, etc... nos quais se firmam o sagrado e suas
expressões do coletivo.
O que se pretende é que o aluno desenvolva um constante olhar reflexivo ante
as diversidades das religiões, buscando sempre explicações e informações que auxiliem
na construção de uma analogia, a interpretação e a síntese do mundo em que vive.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir seu verdadeiro
significado, assumir a função de construção da aprendizagem, para isso a avaliação não
pode ser vista como recurso autoritário, que decide a vida do educando e sim, assuma o
papel de auxiliar o crescimento pessoal e humano de cada um. Que cresça no educando
o envolvimento em todo processo de aprendizagem, inclusive a avaliação, que deverá ser
de forma diagnóstica e continuada, vindo assim a somar toda a prática e as habilidades
do educando em sala de aula e fora dela. Não se caracteriza por acerto de contas ou
penalidade do fracasso, mas pelo estímulo e valorização das expectativas de
aprendizagem.
Propor novos questionamentos, fornecer novas informações, estimular a troca
103
de conhecimentos e promover trabalhos interdisciplinares.
A avaliação terá caráter de acompanhamento, dessa forma, não deverá existir
preocupação com a verificação de nota (valor numérico), somente com a qualidade da re-
elaboração e produção de conhecimento empreendida por cada aluno.
6. REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Disciplina de Ensino Religioso. Curitiba: SEED, 2008.
104
6.1.6 Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Filosofia gira em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua
longa história, os quais, devidamente aplicados, geram discussões criativas, muitas
vezes, ações e transformações, um dos objetivos é de oferecer aos estudantes a
possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo e tem como
papel fundamental viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do
mundo em todos os aspectos.
Cabe a Filosofia recuperar a prática reflexiva, questionadora que contribui para
a compreensão de quem somos, em que mundo vivemos, quais são as relações sociais
existentes na sociedade, permitindo ampliar a visão de mundo trazida pela Ciência e
outras expressões de cultura, apresentadas na escola como saber escolar.
Ora, a Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que
possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento. O ensino de Filosofia é
um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como
atividades indissociáveis que dão vida ao ensino de Filosofia.
Por ser a Filosofia uma disciplina que busca, desvelar a realidade, levando o
indivíduo a criar consciência da sua existência no mundo, como agente histórico, portanto
um ser de relações e em constante transformação é que em 1971, erradica-se as
Ciências Humanas do currículo e os seus professores, notadamente os de Filosofia, ficam
sem campo de ação.
Após um longo período fora do currículo, é que a Filosofia está voltando para
as escolas, lugar onde nunca deveria ter saído.
Segundo a nova LDB em seu Artigo 35 a finalidade da Filosofia no Ensino
Médio é “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos, a preparação básica para o
trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo” o aprimoramento do
educando, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico, a compreensão dos fundamentos científicos tecnológicos dos
processos produtivos.
Portanto, a Filosofia tem um papel fundamental na formação do cidadão e da
cidadania, deve fornecer elementos para a construção deste. Não se pode pensar em
105
nenhum homem que não seja solicitado a refletir e agir, isso significa que todo homem
tem (ou deveria Ter) uma concepção de mundo, uma linha de conduta moral e política, e
deveria atuar no sentido de manter ou modificar a maneira de pensar e agir do seu tempo.
Portanto, a Filosofia assim como as outras disciplinas tem um papel árduo,
frente aos novos desafios que a sociedade nos apresenta, logo, tem uma especificidade
que se concretiza na relação do estudante com os problemas suscitados, na busca de
soluções nos textos filosóficos por meio da investigação, no trabalho em direção a criação
de conceitos.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
� Oportunizar o exercício de interpretação e reflexão através da compreensão de
elementos da filosofia;
� A reflexão filosófica permite ao ser humano uma consciência plena, em cada
momento, de todos os fatores que envolvem cada situação e cada evento de sua
existência, produzir a decisão certa no momento certo e oportuno, com sabedoria, a partir
de valores éticos de respeito a vida em todas as formas.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Existem formas diversificadas de trabalhar os conhecimentos filosóficos nos
currículos escolares. Por isso, os conteúdos estruturantes na disciplina de Filosofia devem
ser trabalhados na perspectiva de fazer com que os estudantes pensem os problemas
com significado histórico e social e analisem a partir dos textos filosóficos que lhes
forneçam subsídios para que pesquisem, façam relações e criem conceitos. As DCEs do
Estado do Paraná apresentam a seguinte organização curricular para a Disciplina de
Filosofia:
Conteúdos Estruturantes
� Mito e Filosofia
� Teoria do Conhecimento
� Ética
� Filosofia Política
106
� Filosofia da Ciência
� Estética
Mito e Filosofia
� Saber mítico;
� Saber filosófico;
� Relação Mito e Filosofia;
� Atualidade do mito;
� O que é Filosofia?
Teoria do Conhecimento
� Possibilidade do conhecimento;
� As formas de conhecimento;
� O problema da verdade
� A questão do método;
� Conhecimento e lógica.
Ética
� Ética e moral;
� Pluralidade ética;
� Ética e violência;
� Razão, desejo e vontade;
� Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
Filosofia Política
� Relações entre comunidade e poder;
� Liberdade e igualdade política;
� Política e ideologia;
� Esfera pública e privada;
� Cidadania formal e/ou participativa.
Filosofia da Ciência
� Concepções de ciência;
� A questão do método científico;
107
� Contribuições e limites da ciência;
� Ciência e ideologia;
� Ciência e ética.
Estética
� Natureza da arte;
� Filosofia e arte;
� Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.;
� Estética e sociedade.
4. METODOLOGIA
As aulas de Filosofia serão organizadas em quatro momentos: o primeiro deles
é a sensibilização, que pode ser conduzido pelo professor através de inúmeras atividades,
assim como: a leitura de textos, filmes, imagens e músicas, são meios utilizados para
poder iniciar uma aula de Filosofia, com o objetivo de levar o estudante a pensar e refletir
motivando os mesmos a fazer possíveis relações com sua própria realidade e também
com o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.
A partir disso, passamos para o segundo momento, que é a problematização,
trabalho propriamente filosófico, onde de forma conjunta professor e estudantes levantam
questionamentos, formulam conceitos, enfim, identificam problemas. Problemas estes,
que sugerem uma análise profunda e que pode ser estudado por meio das investigações
e que aqui podemos chamar de terceiro momento. Ao estudante recorrer à teoria e se
empenhar na investigação, perceberá diferentes maneiras de encarar o problema, mesmo
que este não encontre soluções, mas ao menos servirá para que guie ou oriente suas
discussões. É importante ressaltar aqui, que haja uma preocupação em fazer uma análise
da atualidade, trazer o debate para o presente com o objetivo de entender o que ocorre
na nossa realidade.
Dessa forma, caminhamos para o último ou quarto momento da aula, que é a
conclusão, depois que o estudante conhece o conteúdo filosófico e relaciona com seu
cotidiano, pode-se dizer que ele possui capacidade para formular conceitos, ter suas
próprias ideias e defender aquilo que pensa, enfim, é neste processo dialógico que ocorre
o ensino-aprendizagem, onde o estudante vai se mostrar preparado para atuar sobre os
problemas de nossa sociedade.
108
No início do processo os trabalhos de produção de textos, debates, trabalhos
de pesquisa bibliográfica e de campo, leitura de textos, trabalhos em grupos, com
apresentação, síntese de ideias extraídas do texto filosófico, aulas expositivas e
problematizando a realidade vivenciada pelos educandos.
O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida,
por isso é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também
com uma análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o estudante à sua
própria realidade.
Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados da História da Filosofia,
do estudo dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o estudante do
Ensino Médio pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto filosófico
que ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão
será trazido para o presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como se
pode, a partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa sociedade.
Como a disciplina de Filosofia tem como objetivo principal desvelar a realidade,
e levar os educandos a desenvolver a consciência da sua existência no mundo, como
agente histórico, como cidadão que compreende as relações sociais no tempo e no
contexto onde vive é fundamental que sejam abordadas e analisadas questões referentes
aos temas contemporâneos História e Cultura Afro, Afro-Brasileira e Indígena - conforme o
preconiza a Lei nº 11.645/08 da Presidência da Republica que inclui e estabelece a
obrigatoriedade desta temática na rede de ensino em todas as disciplinas; Meio Ambiente
– Lei nº 9.745/99, Uso indevido de drogas, Sexualidade Humana e Educação Fiscal.
Estes temas poderão ser tratados de forma sistematizada através de leituras, análise de
imagens e documentários, debates e discussões possibilitando aos alunos da disciplina a
reflexão sobre assuntos relacionados aos temas desenvolvendo a consciência crítica.
Como esta instituição de ensino faz parte da rede pública escolar do Estado do
Paraná é imprescindível abordar questões referentes á história deste estado, respaldados
na Lei nº 13.381/01 que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e. Médio da Rede
Pública Estadual, o conteúdo de História do Paraná, nas atividades propostas em sala de
aula, situando no tempo e no espaço, considerando o contexto social, cultural, político e
geográfico em que estão inseridos os alunos desta comunidade.
5. AVALIAÇÃO
109
Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na
sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem.
No processo da avaliação deve ser levada em consideração à capacidade
argumentativa dos estudantes, a construção de conceitos encontra seu sentido na
experiência, na discussão com outro, ou seja, através do diálogo que o professor pode
propiciar e instigar os estudantes a fazer comentários, a debater, a pensar e a dizer o que
pensam.
Contudo, é nesse processo dialógico entre estudante e professor que pode ser
concebida a avaliação, de forma que não priorize um determinado momento isolado ou
um conteúdo presente na história e, nem examine a capacidade de tratar deste ou
daquele tema, mas, que possa avaliar todo o processo educativo.
A avaliação se inicia com a observação do que o estudante pensava antes e o
que ele adquiriu durante e após os estudos. Deve ser levada em conta a parte prática, isto
é, o diálogo com outro, é a partir da discussão que se constroem conceitos e que só se
encontra seu sentido na experiência. O professor pode propiciar e preparar essas
discussões. A avaliação deve ser concebida na sua função de diagnosticar, ou seja,
auxiliar na ação do processo ensino aprendizagem.
No ato de avaliar, alguns aspectos devem ser levados em consideração:
respeito pelas posições dos estudantes, pois o que está em jogo é a capacidade
argumentativa, deve ser levada em conta a capacidade de construção e de tomar
posições, isto é, avaliar qual discurso que o estudante tinha antes e qual é o discurso
depois de ter estudado, jamais o professor pode determinar ou medir, pelo contrário, deve
simplesmente diagnosticar sua capacidade desenvolvida antes e depois de ter estudado
Filosofia.
Portanto, a avaliação deve conceber o educando como o sujeito do processo
educativo e não pode ser tratado como algo estático que ocorre num determinado
momento do processo educacional, mas que se dá no processo contínuo do ensino-
aprendizagem.
A avaliação não é feita para quantificar se o educando sabe, mas diagnosticar
as dificuldades e intervir no processo para que possa atingir uma maior qualidade de
reflexão.
Recursos de Avaliação: Produção de texto, produção de mapas conceituais,
produção artística, leitura e análise de textos clássicos, análise e reflexão de imagens e
110
documentários, e interpretação oral.
Os critérios da avaliação serão os seguintes:
� A compreensão e não apenas a memorização dos conteúdos;
� Será considerado o desempenho do aluno com relação á aprendizagem dos
conceitos, procedimentos e atitudes;
� O entendimento dos conteúdos por meio do processo da resolução de
atividades propostas.
Aos alunos portadores de necessidades especiais serão possibilitadas as
formas de avaliação que atendam as expectativas da disciplina, respeitando e
considerando as limitações apresentadas pelo aluno.
Quanto á recuperação de conteúdos será proporcionado aos alunos, novas
abordagens sobre os conteúdos como revisão dos principais temas tratados em sala de
aula. Serão propostas atividades de análise de erros e acertos, através da devolutiva dos
instrumentos de avaliação utilizados, proporcionando a refacção dos mesmos, caso seja
necessário.
Conforme as DCEs a avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o
conhecimento, por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do
que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um
processo.
6. REFERÊNCIAS
ABBAGNANO, Nicola; Dicionário de Filosofia. São Paulo: Cromosete. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução a Filosofia. 2 ed. São Paulo: Moderna, 1993. CORDI, Cassiano... et al. Para filosofar. 4.ed. São Paulo: Scipione, 2000. CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. 9.ed. São Paulo: Ática, 1997. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1991. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Filosofia. SEED, Secretaria de Estado da Educação/ Superintendência da Educação. Curitiba, 2008.
111
6.1.7 Proposta Pedagógica Curricular de Física
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física (do grego physis, natureza) é a ciência que se propõe a descrever e
compreender os fenômenos que se desenvolvem na natureza. Ela não é um conjunto de
conhecimentos completos e imutáveis; ao contrário, ela é algo que cresce e também se
modifica. Constantemente surgem novos campos de estudo e fenômenos que
aparentavam ser independentes, sem qualquer relação entre si, passam a revelar-se
como aspectos diferentes de um único fenômeno mais geral.
Originalmente, chamavam-se “físicos” todos aqueles que se dedicavam ao
estudo da natureza. Mais tarde, com o desenvolvimento do conhecimento, o campo de
atuação subdividiu-se em várias partes, que se tornaram capítulos separados da Ciência.
Temos assim, a Astronomia, a Biologia, a Química, etc.
É difícil definir com precisão o campo de atuação da Física, porque ela não tem
contornos bem delimitados e se encontra em constante evolução. Há algum tempo dizia-
se que a Física estudava os fenômenos da natureza não-viva, nos quais não houvesse
grande participação dos aspectos químicos nem astronômicos. Esta porém, é uma
definição muito aproximada e um pouco simplista. O que caracteriza a Física não são
tanto seus conteúdos, mas sim o método científico no qual ela se fundamenta. O método
experimental se baseia nas observações e nas experiências e permite formular as leis
físicas, habitualmente expressas por fórmulas matemáticas.
Busca-se atualmente construir um ensino de Física centrado em conteúdos e
metodologias capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das ciências
sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade científica.
Entende-se então que a Física deve educar para a cidadania, contribuindo para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica
ao longo da história e compreender a necessidade dessa dimensão do conhecimento
para o estudo e o entendimento do universo e dos fenômenos que o cerca. Mas também,
que percebam a não-neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais,
políticos, econômicos e culturais dessa ciência, seu comprometimento e envolvimento
com as estruturas que representam esses aspectos.
112
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
�Desenvolver nos educandos o entendimento dos conteúdos de Física em
continuidade aos conhecimentos por eles adquiridos no ensino fundamental;
�Promover a interdisciplinaridade dos conteúdos de Física com os conteúdos das
demais áreas do conhecimento, possibilitando uma visão mais ampla, no educando, do
meio no qual está inserindo e dos fenômenos que nele ocorrem;
�Aprimorar nos alunos o senso de observação dos fenômenos físicos em situações
do cotidiano, de modo específico na sua área de formação, justificando-os frente aos
conhecimentos desenvolvidos na disciplina;
�Instrumentalizar o educando na busca de soluções para os problemas que envolvam
os conhecimentos de Física, de forma crítica, científica e criativa;
�Direcionar o processo ensino-aprendizagem à preparação dos educandos para: A
compreensão dos fenômenos do universo; o seu crescimento como cidadão consciente e
participativo; a resolução de problemas no contexto de seu cotidiano e o preparo para o
ingresso no curso superior e/ou no mercado de trabalho.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os três conteúdos: MECÃNICA, TERMODINÂMICA e ELETROMAGNETISMO
foram escolhidos como estruturantes porque indicam campos de estudo da Física que, a
partir de desdobramentos em conteúdos pontuais, possam garantir os objetos de estudo
da disciplina da forma mais abrangente possível. Eles foram indicados a partir da história
da Física enquanto campo de conhecimento devidamente constituído ao longo do tempo,
e o entendimento, pelos professores, de que o ensino médio deve estar voltado à
formação de sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem a visão da natureza, das
populações e das relações humanas.
Além disso, os conteúdos desenvolvidos no âmbito do estudo do Movimento,
da Termodinâmica e do Eletromagnetismo permitem o aprofundamento, as
contextualizações e as relações interdisciplinares, os avanços da Física dos últimos anos,
a tecnologia disso decorrente e as perspectivas para o futuro.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
113
MOVIMENTO
�Momentum e inércia
�Conservação de quantidade de movimento (momentum)
�Variação da quantidade de movimento: impulso
�2ª Lei de Newton – Princípio fundamental da Dinâmica
�3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
�Gravidade
�Energia e o Princípio da Conservação da energia
�Variação/transformação da energia de parte de um sistema – trabalho e potência
�Fluidos
�Oscilações.
TERMODINÂMICA
�Leis da Termodinâmica:
�Lei zero da Termodinâmica
�1ª Lei da Termodinâmica
�2 ª Lei da Termodinâmica
�3ª Lei da Termodinâmica
ELETROMAGNETISMO
� Óptica
� Carga, corrente elétrica e campo elétrico
� Força eletromagnética
� Equações de Maxwell: (lei de Gauss (lei de Coulomb para a eletrostática), lei de
Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday).
4. METODOLOGIA
Por se tratar de um curso de Ensino Médio, serão desenvolvidos com os alunos
os conhecimentos sistematizados pelo homem no decorrer de seu processo de evolução,
procurando relacionar tais conteúdos, com aqueles desenvolvidos nas demais disciplinas
do curso e com os conhecimentos trazidos pelo educando através de sua escolaridade
anterior e de sua própria experiência de vida.
114
As aulas serão, em sua maioria, expositivas e dialogadas. Sempre que possível
e/ou necessário, diferentes recursos e estratégias serão empregados, tais como os
recursos tecnológicos (apresentações em PowerPoint, simulações), recursos audiovisuais
(retroprojetor, vídeo, DVD, Internet, etc.), além do material didático e paradidático; acervo
da biblioteca do professor; Portal Dia-a-dia da Educação. Também dentro das
possibilidades de recursos físicos, materiais, serão desenvolvidas atividades práticas
(experiências) e projetos de pesquisa.
Todos os conteúdos serão retomados de forma cíclica, de modo a evidenciar
que os conhecimentos adquiridos durante os estudos não são terminais, mas voltam a ser
utilizados quando se tratam de outros conceitos a serem estudados, bem como, ora
exigem a extrapolação para novos conceitos, e ora facilitam e simplificam os conceitos já
estudados.
Sendo a Matemática uma ferramenta importante na expressão quantitativa dos
fenômenos que se pretende abordar, é necessário, inicialmente ter em mente que ela é
apenas uma ferramenta, e como tal, não pode substituir o estudo dos fenômenos físicos.
Inicialmente, ao tratar dos assuntos, é de valia começar formulado e/ou
descrevendo os fenômenos utilizando os recursos de linguagem verbal, gráfica,
demonstrativa e experimental que se tenha. Em seguida, trata-se das relações de
dependência entre as variáveis e o fenômeno, propondo-as em forma de
proporcionalidade: direta e inversamente proporcional.
Uma vez estabelecidas essas relações se pode passar à composição das
equações que venham a auxiliar na expressão quantitativa entre as variáveis e o
fenômeno, de forma que, dadas os valores das mesmas, se possa expressar o valor da
energia, força, temperatura ou intensidade de corrente adequadamente.
A experimentação é a forma de investigar e questionar a natureza quanto a
fenômenos que se pode observar. Ela é sempre uma parte de um método, e não o
método em si mesmo: experimentar pela experimentação é perda de tempo. Ela deve
estar relacionada com algum problema.
Mesmo que a comunidade já conheça a resposta ao problema, ainda se podem
criar questões que levem os estudantes a formular as hipóteses que respondem a esses
questionamentos e verificar experimentalmente qual das hipóteses é a verdadeira em
relação à problematização inicial.
Essas atividades podem ser desenvolvidas em sala de aula, que pela
demonstração efetuada pelo professor, quer pela implementação dos alunos em
115
atividades práticas, ou serem propostas para serem realizadas em casa, com materiais
alternativos. Independente do meio utilizado, a entrega de um relatório, quer individual,
quer coletivo, será obrigatório, mas, é ainda de maior valia, conversar sobre os acertos e
os erros cometidos – principalmente sob o aspecto da física – e as causas e/ou pré-
conceitos que os originaram.
O uso de softwares de simulação pode também servir de meio para se
desenvolver atividades cujos materiais sejam de difícil acesso, ou seu manuseio implique
em riscos à saúde dos participantes.
Sabe-se que a leitura e interpretação de textos contribui de forma significativa
na formulação de conceitos científicos. Pode também auxiliar na reformulação do dia a
dia, ao substituir conceitos obsoletos, por novos, historicamente construídos.
A disciplina de Fisica englobará em seus conteúdos estruturantes e básicos as
leis e temas sociais contemporâneos conforme orientação da SEED. Durante o
desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis:
� História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Lei 10639/03);
� Prevenção ao uso indevido de Drogas;
� Educação Ambiental (Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999);
� Educação Fiscal;
� Enfrentamento à Violência contra a criança e o adolescente.
Estas temáticas serão trabalhadas ao longo do ano letivo pelas disciplinas de
forma contextualizada, articulados com os respectivos objetos de estudos dessas
disciplinas e sob o rigor de seus referenciais teórico- conceituais.
5.AVALIAÇÃO
A avaliação deve levar em conta a apropriação dos conceitos, leis e teorias que
compõem o quadro teórico da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o
acompanhamento constante do progresso do estudante quanto a compreensão dos
aspectos históricos, filosóficos e culturais, a evolução das ideias em Física e à não-
neutralidade da ciência.
Considerando a dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento para que
o professor conheça o seu aluno antes que se inicie com os conteúdos escolares, quanto
para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo. Durante o processo de
ensino é preciso identificar os problemas de aprendizagem dos alunos, suas possíveis
116
causas e, as possibilidades de intervenção ou revisão do planejamento pedagógico.
A avaliação é um instrumento auxiliar a serviço da aprendizagem dos alunos,
cuja finalidade é sempre ao seu crescimento e sua formação. Sendo instrumento auxiliar
do processo pedagógico deve zelar pela aprendizagem dos alunos aceitando-os na sua
individualidade e diversidade, condição indispensável numa prática pedagógica que seja
democrática e inclusiva.
A avaliação ocorrerá por meio de provas, trabalhos individuais, trabalhos em
grupo, pesquisas, relatórios, entre outros.
6. REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Física. Curitiba: SEED, 2008.
117
6.1.8 Proposta Pedagógica Curricular de Geografia
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Geografia vem das palavras gregas "geo" e "graphos" significando
respectivamente Terra e escrever. Geografia é o estudo científico da superfície da Terra
com o objetivo de descrever e analisar a variação espacial de fenômenos físicos,
biológicos e humanos que acontecem na superfície do globo terrestre.
A superfície da Terra é a camada do planeta de contato e inter-relacionamento
entre a atmosfera, biosfera, hidrosfera e litosfera. Esta camada permite através de seu
equilíbrio natural o surgimento de minerais, água, solos diferentes, vida animal, vida
vegetal e uma série quase infinita de outros acontecimentos que tendem a mudar com o
tempo. É de essencial importância para a geografia o estudo destes fenômenos no
espaço, no tempo, seu inter-relacionamento e agrupamento em padrões e funções.
Surgida na Grécia antiga o estudo da superfície da Terra se perdeu no mundo cristão
junto com o conhecimento grego na Idade Média, ressurgindo com o renascimento e os
grandes exploradores do século XIV e XV. Dadas todas as possibilidades de estudo, a
geografia é hoje uma disciplina extremamente complexa e está dividida em inúmeras
áreas de conhecimento tais como: Geografia física, econômica, social, cultural.
A Geografia é uma ciência que tem por objeto o espaço; não o espaço
cartesiano, mas o espaço criado através das relações entre o homem e o meio,
envolvendo os aspectos dialéticos e fenomenológicos. Uma definição simples, mas
abrangente, poderia ser: Geografia é o estudo da superfície terrestre e a distribuição
espacial e as relações recíprocas dos fenômenos físicos, biológicos e sociais que nela se
manifestam.
Pode-se considerar que o Ensino da Geografia, no século XIX, teve do ponto
de vista epistemológico, sua predominância no positivismo, e foi no interior dessa
concepção de ciência que a Geografia emergiu. Portanto, embora o exercício não
estivesse caminhando de forma condizente, surgiu à necessidade de uma visão
globalizada.
A partir dos anos 1960, iniciaram estudos com propostas para construção de
uma Geografia que se construísse a partir de uma posição política, clara, a começar pelos
professores, e que deveria, portanto, trabalhar as relações indeléveis entre a política e o
epistemológico diante de um novo contexto político. Porém, na década de 1970, teve
118
início um movimento de contestação à geografia tradicional que na escola, traduzia-se por
um ensino mecanicista.
Pode-se afirmar que a Geografia do século XXI é uma geografia crítica e que,
portanto, trabalha com as contradições, os conflitos, as ambigüidades das lutas sociais,
que caracterizam as relações entre sociedade e natureza que produziram e produzem o
espaço geográfico. Contudo, trabalhar com assuntos que enfocam a natureza e seus
fenômenos tem se distanciado cada vez mais do discurso geográfico, deslizando para um
campo das teias interdisciplinares.
Visentini (1995, p.15) esclarece como deve caminhar o ensino de Geografia do
século XXI:
Como a Geografia é a ciência que estuda as relações entre a sociedade e a natureza, em muitos momentos ela possui a tendência de utilizar outras ciências, segundo Andrade (1987, p.15), tem naturalmente a necessidade de manter contatos, de trocar conhecimentos e experiências com muitas das ciências ditas naturais. (...) tem colocado em perigo até a identidade da Geografia.
Ainda, conforme Andrade (op.cit, p.17):
Como a Geografia é uma ciência que tem relacionamento com uma série de ciências afins, é natural que entre ela e as outras ciências se desenvolvam áreas de conhecimento intermediário, ora como ramos do conhecimento geográfico, ora como ramos do conhecimento de outras ciências que se tornaram ou tendem a tornar-se novas ciências a serem pragmaticamente catalogadas. Daí a existência da Geomorfologia, entre a Geografia e a Geologia; da Hidrografia, entre a Geografia e a Hidrologia; da Climatologia, entre a Geografia e a Meteorologia; da Biogeografia, entre a Geografia e a Biologia; da Geo- história, entre a Geografia e a História; da Geopolítica entre a Geografia, a Ciência Política e as Relações Internacionais; da Geoeconomia, entre a Geografia e a Economia Política etc.
Partindo deste pressuposto, ao analisarmos um fenômeno de geografia, em
um determinado espaço, temos que ter ciência da dimensão histórica deste fenômeno.
Por conseguinte, a realidade que temos hoje é fruto de um processo de transformação
social, onde os principais agentes são os homens que interagem com o meio e o
transformam através dos tempos (OLIVEIRA, 1984, p. 121).
O avanço da tecnologia, principalmente no campo da informática e da
comunicação, e a conseqüente transformação econômica, social e política, trazem
mudanças na configuração, na estrutura e na leitura da Geografia de hoje. Essa situação
119
vem provocando discussões, entre profissionais, acerca de uma nova abordagem teórica
e de sua prática nas escolas. Tal fato sinaliza a necessidade de uma constante
atualização dos profissionais para o aprofundamento de conhecimento teórico, com a
preocupação de novas formas de estudo e da aplicação de uma nova prática.
Ao nosso ver uma concepção de Geografia que visa a transformação e a
formação do cidadão, é aquela que leve o aluno, segundo Oliveira (1989, p.29), a
compreender o espaço produzido pela sociedade em que vivemos hoje, suas
desigualdades e contradições, as relações de produção que nela se desenvolvem e a
apropriação que essa sociedade faz da natureza.
Diante da terceira revolução industrial ou revolução técnico-científica, novas
abordagens foram inseridas no contexto geográfico como nova ordem mundial,
globalização, multipolaridade, sociedade pós-capitalista, competição econômica e
tecnológica, excluindo quase que integralmente o estudo da natureza.
Levando em consideração que o mundo de hoje é submetido a expressões
como globalização, nova ordem mundial e revolução técnico-científica, tudo isso passou a
fazer parte, com maior freqüência, do universo de estudiosos de comunicação de massa,
provocando a moldagem de opiniões mais críticas.
O ensino de geografia e a escola sofrem suas crises provocadas pela
abstração de suas responsabilidades, a geografia que não consegue firmar suas bases
conceituais, pois como responsável por definir e analisar o mundo deveria ser um elo
despertador de interesse por parte dos alunos, mas apenas tem conseguido provocar por
parte dos mesmos um bloqueio ao nível da disciplina, pois a primeira preocupação é
descrever em lugar de explicar; inventariar e classificar em lugar de analisar e de
interpretar. (BRABANT, 1986, p.19)
É preciso procurar elucidar as questões das contradições e entender que
mesmo a degradação do meio ambiente tendo suas origens nas relações intersociais,
devemos levar em consideração a realidade local, onde é o espaço de vivência do
educando, este deve estar inserido no processo do contexto do mundo, em meio à
globalização da economia e da mundialização da cultura engendrada numa sociedade
tecnológica.
A Geografia tem por objetivo estudar as relações entre o processo histórico na
formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura do
lugar, território, a partir de sua paisagem. A Autora CALLAI (2001) aponta para a
possibilidade de tornar a Geografia um ensino que leve à cidadania. Acredita que a função
120
da escola é o desenvolvimento da capacidade de perceber e questionar a organização da
sociedade enquanto construção histórica dos homens; utilizando uma ponte entre a
análise do local e do global, o aluno construiria os instrumentos indispensáveis para
pensar o mundo.
Na busca dessa abordagem relacional, trabalha diferentes noções espaciais e
temporais, bem como nos fenômenos sócio-culturais e naturais característicos de cada
paisagem, para permitir uma compreensão processual e dinâmica na sua constituição;
para identificar e relacionar aquilo que na paisagem representa as heranças das
sucessivas relações no tempo entre a sociedade e a natureza em sua interação.
Além disso, compreender o que é o território, implica também em compreender
a complexidade da convivência, nem sempre harmônica, em um mesmo espaço, da
diversidade de tendências, idéias, crenças, sistema de pensamento, e tradições de
diferentes povos e etnias. É reconhecer que, apesar de uma convivência comum,
múltiplas identidades coexistem e por vezes se influenciam reciprocamente.
Para o aluno do ensino fundamental, o relevante é o desenvolvimento de um
raciocínio geográfico, ou, como sugerem outros, de um conhecimento espacial, que o
auxilie na compreensão do mundo, privilegiando a sua dimensão espacial. Para MORAES
(1998) “formar o indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dando-lhe não
uma explicação pronta do mundo, mas elementos para o próprio questionamento das
várias explicações. Formar o cidadão democrático implica investir na sedimentação no
aluno do respeito à diferença, considerando a pluralidade de visões como um valor em si”.
Nesse contexto, a Geografia continua tendo uma relevante contribuição.
Diante deste quadro, a contribuição da disciplina de Geografia no ensino
fundamental, tem o compromisso de contribuir para formar o homem por inteiro, no
sentido de torná-lo capaz de exercer sua cidadania, suprindo suas necessidades e
contribuindo para a construção de uma nova ordem social.
O trabalho do docente precisa ser integrado com as demais disciplinas no
sentido de se buscar a “humanização” do homem, ou sua formação por inteiro, evitando o
ensino compartimentado ou fragmentado.
É essencial a formação do cidadão consciente, conhecedor de seus direitos e
deveres e capaz de manifestar-se criticamente em relação à forma como o espaço foi,
está sendo, ou será construído, esse é um dos principais fundamentos do ensino da
geografia.
Esta disciplina não pode ser encarada apenas como uma ciência que serve
121
para dotar os indivíduos de conhecimentos sobre o mundo. Ela deve ir mais adiante,
questionando sobre os problemas da região, sobre as contradições existentes na vida
econômica, social e política, e, tentar buscar as soluções que beneficiem a todos os
segmentos da sociedade, principalmente aqueles que estão à margem de todo o
processo.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos da disciplina de Geografia, elencados a seguir serão trabalhados
dentro dos seguintes enfoques estruturantes articulados entre si conforme as DCEs.
� Dimensão econômica da produção do/no espaço;
� Geopolítica;
� Dimensão sócioambiental;
� Dinâmica cultural e demográfica.
6º ANO
1-Dimensão Econômica Da Produção do/no Espaço
� Conceitualização da disciplina de geografia;
� Objeto de estudo da geografia;
� Aprofundamento dos conceitos de sociedade, paisagem, região.
� Conceito de território, todos especializados nas diferentes causas geográficas.
� Inte-rrelação entre a paisagem natural e geográfica;
� Relações e interdependência entre espaço urbano e o campo;
� Relação de produção e de trabalho;
� Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
� Sistema de produção do setor primário, secundário e terciário;
� Sociedades e produção do espaço geográfico.
� Dinâmica e a espacialização dos elementos naturais, presentes na paisagem e como
estes compõe a paisagem artificial.
2. Geopolítica
122
� Território e lugar;
� Relações de poder e domínio sobre os territórios;
� Formação e expansão do território brasileiro;
� Movimentos Sociais urbanos e do campo;
� As instâncias e instituições, oficiais ou não, que governam os territórios;
� Políticas ambientais;
� Recursos energéticos renováveis e não renováveis.
3. Dimensão Sócio Ambiental
� Meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
� As eras geológicas;
� Os movimentos da Terra no Universo e suas influências (rotação e translação);
� Movimentos sócio ambientais;
� Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
� Rios e bacias hidrográficas e potencial hidrelétricos;
� Desmatamento e queimadas;
� Processos erosivos ocasionados por práticas agrícolas inadequada;
� Os principais problemas urbanos decorrentes do crescimento das cidades e das
práticas industriais.
� Espaço e tempo.
� Rochas e minerais.
� Desigualdade social.
4. Dinâmica Cultural Demográfica
� Ocupação das cidades e seus setores de produção e serviços.
� Formações e conflitos étnicos religiosos e raciais.
� Fluxo migratório e sua influencia no espaço geográfico,
� Movimentos sociais urbanos e do campo.
� Meios de transportes e comunicações.
� Nacionalismo / civismo
7º ANO
1. A dimensão econômica da produção do/no espaço
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� Conceito e objeto de estudo da disciplina de geografia;
� Aprofundamento dos conceitos de sociedade, território, paisagem, região.
� Colonização e expansão do território brasileiro
� Construção de espaços geográficos no Brasil
� Panorama da agropecuária no Brasil.
� A apropriação do espaço indígena e a construção de espaços geográficos
� Brasil: país de industrialização tardia ou retardatária
� A agroindústria no Brasil
2. A dinâmica cultural demográfica
� Êxodo rural e sua influencia na ocupação de áreas de risco;
� problemas da urbanização brasileira no século XX ;
� A cultura Afro- brasileira
� O Brasil e suas relações com os países do mundo globalizado;
� Estrutura etária
� Formações e conflitos étnicos-religiosos e raciais;
� Consumo e consumismo
� Movimentso sociais
� Meios de comunicação;
� A identidade nacional;
� Fluxo migratórios nacionais e internacionais.
3. A dimensão sócio-ambiental
� As fontes de energia utilizadas na produção e nos transportes
� Domínios morfoclimáticos;
� Alterações atmosféricas e mudanças climáticas
� Rios e bacias hidrográficas
� Circulação e poluição atmosférica
� impactos ambientais da agricultura.
� Impactos ambientais da urbanização;
� Ocupação de áreas irregulares e problemas ambientais
4. A questão geopolítica
124
� A globalização;
� Política externa brasileira
� O Mercosul;
� Movimentos sociais;
� Políticas ambientais;
� Recursos Energéticos;
� Meio Ambiente e Desenvolvimento;
� Desenvolvimento sustentável.
8º ANO
1.Dimensão Econômica Da Produção Do/No Espaço
� Acordos e blocos econômicos.
� Sistemas de produção industrial.
� Agroindústria brasileira.
� Globalização;
� Geopolítica brasileira,
� Economia e desigualdade social
� Dependência tecnológica.
2.Geopolítica
� Globalização.
� MERCOSUL e blocos econômicos internacionais;
� Formação dos estados nacionais.
� Políticas ambientais.
� Sistemas econômicos.
� As grandes guerras mundiais e a Guerra fria.
� Subdesenvolvimento e desenvolvimento.
� Estado, nação e território.
� Geopolítica e imperialismo;
� Neoliberalismo.
� Conflitos mundiais.
� Biopirataria.
� Terrorismo e Narcotráfico.
125
� Desigualdade dos países: Norte x Sul.
� A identidade nacional e processo de globalização.
3. Dimensão Sócio ambiental
� Movimentos sócio ambientais.
� Sistemas de energia e sustentabilidade;
� Desmatamento em escala mundial.
� Chuva ácida e a industrialização dos países desenvolvidos.
� Efeito estufa (Aquecimento global).
� Desigualdade social e problemas ambientais.
4. Dinâmica Cultural Demográfica
� Êxodo Rural.
� Urbanização e favelização.
� Fatores e tipos de migração e imigração e suas influencias no espaço geográfico.
� Formação e conflito étnico – religiosos e raciais.
� Consumo e consumismo.
� A identidade nacional e o processo de globalização.
9º ANO
1.Dimensão Econômica Da Produção Do/No Espaço
� Definição e princípios da geografia
� Economia e desigualdade social.
� Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações.
� Sistemas de produção industrial.
� Agroindústria brasileira;
� Acordos e blocos econômicos.
� Dependência tecnológica.
2. Geopolítica
� Globalização.
� Conflitos atuais as razões e os principais focos.
� As grandes guerras e a Guerra fria.
126
� Políticas ambientais.
� Órgãos internacionais.
� Biopirataria.
� Movimentos sociais.
� O papel do estado e das forças políticas não estatais.
� Território e lugar; Estado, nação;
� Terrorismo, Narcotráfico e Crime organizado.
� Neoliberalismo.
� ONGs no espaço mundial,
� Meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
3. Dimensão Socioambiental
� Relações entre sociedade, capital e natureza na diferenciação das paisagens sociais e
culturais.
� Características do meio urbano e rural nos continentes estudados.
� Características da agropecuária mundial e sua influência na degradação do espaço
rural;
� Movimentos sócio ambientais.
� Circulação e poluição atmosférica.
� Buraco na camada de ozônio.
� Desigualdade social e problemas ambientais.
� Chuva ácida e Efeito Estufa x o desenvolvimento.
� Desmatamento X vegetação original.
� Conceitos de modo de produção, classes sociais, consumo, dinâmica da natureza e
tempo.
4. Dinâmica Cultural Demográfica
� Marcas culturais na produção das paisagens, rural e urbana e suas razões históricas,
econômicas, naturais.
� A ocupação e distribuição da população no espaço geográfico mundial e suas
conseqüências econômicas, culturais e sociais.
� Região e paisagens / singularidades e generalidades.
� Alteração do espaço decorrente da urbanização e industrialização;
� Consumo, consumismo e o desperdício.
127
� Fatores e tipos de migração e imigração e suas influencias no espaço geográfico
mundial.
� Formações e conflitos étnicos, religiosos e raciais nos continentes.
� A identidade nacional e o processo de globalização.
� Meios de comunicação e redes de comunicações.
� A identidade nacional e processo de globalização.
ENSINO MÉDIO
1ª série
Dimensão econômica da produção do/no espaço
� Organização e (re)organização do espaço geográfico;
� As relações econômicas e as relações entre os lugares;
� A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
� Alterações produtivas e a modernização da agropecuária;
� O espaço rural e a modernização da agricultura.
� A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
� A indústria e a transformação do espaço no decorrer da história;
� 0s meios de transportes e o transporte do Brasil.
Geopolítica
� Formação territorial dos estados nacionais;
� Políticas regionais governamentais;
� As grandes cidades e a urbanização.
� As diversas regionalizações do espaço geográfico;
� Fluxos migratórios internacionais e regionais;
Dimensão sócio-ambiental
�Coordenadas geográficas;
�O movimento de rotação e de translação da terra e as estações do ano;
�Noções de cartografia: Geoestratégia ; leitura e interpretação dos mapas;
�O tempo geológico e as placas tectônicas;
128
�A estrutura do planeta terra: Dinâmica interna e externa do relevo;
�A atmosfera: fenômenos meteorológicos, e alterações climáticas;
�Os grandes biomas mundiais e sua degradação;
�A água: oceanos e mares do planeta e suas contaminações.
Dinâmica cultural e demográfica
� A formação e transformação das paisagens pelas atividades humanas.
�A população brasileira: crescimento e formação étnica.
�A população brasileira: distribuição e estrutura.
�Movimento migratório da população no Brasil.
�A população da terra: o crescimento e as teorias demográficas.
�A população da terra: suas diversidades.
2ª série
Dimensão econômica da produção do/no espaço
� Globalização econômica e seus efeitos no espaço geográfico;
� O setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico
(comércio,turismo,energia,entre outros);
� Produção capitalista: os diferentes ritmos de produção e sua configuração da
produção;
� Distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográficas;
� Comércio internacional: o fluxo da economia do espaço mundial.
� Formação dos blocos econômicos regionais e seus impactos na organização sócio
espacial;
� Industrialização dos países pobres: diferenças tecnológicas e econômicas;
Geopolítica
� O comércio e as implicações sócio-espaciais.
� Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios � As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
� Estrutura fundiária, movimentos sociais e os conflitos no campo;
� Questões territoriais indígenas;
129
� A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
Dimensão sócio-ambiental
� A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
� Atividades agrárias e suas implicações ao meio ambiente;
� A destruição da natureza: atividades humanas e os impactos ambientais.
� Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço,
Dinâmica cultural e demográfica
�O capitalismo e o socialismo na construção do espaço geográfico.
�A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
�A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
�Distribuição dos recursos renováveis e a utilização pelas industrias
3ª série
Dimensão econômica da produção do/no espaço
� A organização dos espaços produtivos mundiais resultantes da interferência da OMC,
Banco Mundial e FMI,
� A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
� A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
� As implicações sócioespaciais do processo de mundialização
Geopolítica
� Organizações internacionais: ONU, Otan, entre outros, e seus influências na
reorganização do espaço geográfico;
� A nova ordem mundial no inicio do século XXI e a atual oposição norte-sul;
� Os novos papéis das organizações internacionais na mediação dos conflitos
mundiais;
� As regionalizações e a configuração do espaço entre os países emergente;
130
� A espacialização dos principais conflitos mundiais, suas causa e seus efeitos;
Dimensão sócio-ambiental
� A questão ambiental: Natureza, sociedade e tecnologia.
� Exploração dos recursos naturais
� O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
� Os grandes impactos ambientais do desenvolvimento.
� Atividades humanas e a poluição global.
� Meio ambiente e desenvolvimento sustentável
Dinâmica cultural e demográfica
� Os conflitos e a configuração do espaço;
� Recursos hídricos e ocupação humana;
� Uso sustentável pela sociedade de consumo;
� Os meios de comunicação e tecnologia interligando o ser humano;
� Redes urbanas e sua configuração no espaço.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Sabendo que o principal objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico,
deve se considerar sempre o espaço conhecido e vivenciado pelo aluno buscando
sempre trabalhar os conteúdos de forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e
realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos utilizados e fazendo da
cartografia uma ferramenta essencial, possibilitando transitar em diferentes escalas
espaciais ou seja do local para o global e vice-versa.
Os conteúdos a serem apresentados devem criar um dinamismo, chamando o
aluno para o desafio perante os assuntos apresentados e também auxiliando os quando
de acontecimentos inusitados no seu dia-a-dia. As aulas deverão ter uma metodologia
participativa que valorize o respeito mútuo, estimule a ação individualizada, oferecendo
oportunidades criadoras, não somente para compreender o mundo, mas também para
construir seu saber sobre esse mundo que a cada dia se modifica um pouco seja no
âmbito cultural, territorial e principalmente social e político.
Para tanto, serão desenvolvidos diferentes atividades: trabalhos de grupos,
leitura de textos, seminário, debates, leitura de paisagens (através de visitas, vídeos,
131
fotografias, literaturas, relatos e mapas), observação, descrição, explicação, interação
territorial e extensão (estabelecendo limites e fronteiras dos fenômenos, extensão e
tendências espaciais), analise de trabalho com pesquisa, representação com pesquisa,
representação cartográfica, de forma dinâmica e instigante que propiciem a interpelação
entre professores, alunos e conteúdos trabalhados. Oportunizando confronto de idéias,
interesses, valores sociais, econômicos e ambientais.
A disciplina de Geografia requer métodos práticos de ensino que facilitem a
compreensão do seu objeto de estudo o Espaço Geográfico e sua composição conceitual
básica como as abordagens de lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade,
entre outros.
Nesse sentido a instrução da SEED/SUED suprimiu, da parte diversificada da
matriz curricular, as várias disciplinas criadas pelas políticas anteriores, dentre elas, as
que abordavam as especificidades regionais como, por exemplo, os assuntos
relacionados à cultura afro-brasileira e a Geografia do Paraná. Ficou estabelecido então,
que tais assuntos devem ser contemplados nos conteúdos curriculares da disciplina
matriz, nesse caso, a Geografia; não esquecendo também a cultura africana, indígena e
os temas contemporâneos sobre sexualidade.
Assim, estas diretrizes curriculares apresentam-se como documento norteador
para um pensar da prática pedagógica dos professores de geografia, a partir de questões
epistemológicas, teorias e metodologias que estimulam a reflexão sobre essa disciplina e
seu ensino. Problematizar a abrangência dos conteúdos desse campo do conhecimento,
bem como reconhecer os impasses e contradições existentes, são procedimentos
fundamentais para compreender e ensinar o espaço geográfico no período histórico.
No esforço de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos
básicos e de atender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes
correntes de pensamentos se especializaram, percorreram caminhos e métodos de
pesquisas diferentes, de modo que evidenciaram e, em alguns momentos, aprofundaram
a dicotomia Geografia Física e Geografia Humana.
Nas diretrizes curriculares, o conceito adotado para o objeto de estudo da
Geografia é o espaço geográfico, entendido como espaço produzido e apropriado pela
sociedade, composto pela inter-relação entre sistemas de objetos naturais, culturais e
técnicos- e sistemas de ações- relações sociais, culturais, políticas e econômicas
(SANTOS,1996).
A partir da perspectiva dos objetos que pertencem a ciência geográfica é ideal
132
a busca para o estudo das ações humanas e a natureza sobre a realidade, inserindo de
acordo com as potencialidades do aluno as definições de cada uma das abordagens
citadas acima para que a disciplina não se torne abstrata e desinteressante.
O processo histórico que mais modificou as relações da sociedade que
configuram sobre o Espaço Geográfico é definido pela globalização, o professor deve
facilitar o entendimento das mudanças e características marcadas no mundo, sobre cada
um dos conceitos-objetos da geografia, assim como criar perspectivas que permitam que
o aluno seja ativo e atuante como um cidadão crítico e pensante na sociedade.
Dentre os aspectos metodológicos podemos destacar:
� Estudos estatísticos, importantes para as discussões políticas sobre planejamento
ambiental, rural, industrial e urbano, demonstrando, desta forma, as contradições sociais
(etnia, religião, gênero, faixa-etária, distribuição populacional, entre outros);
� Capacitação das formas de representação através da linguagem cartográfica
� Leitura e interpretação de textos, tabelas e gráficos;
� Comparação entre as diferentes realidades socioeconômicas, valorizando o espaço
local;
� Pesquisas, discussões dos dados e proposições de alternativas, proporcionando ao
aluno o reconhecimento crítico e a sua contribuição nos processos democráticos;
4. AVALIAÇÃO
Em todos os momentos de nossa vida somos avaliados, mas em ambiente
escolar essa forma de avaliar é dada pelas notas, mas como avaliar é um ato ético e é o
mesmo que buscar respostas se o educando está respondendo bem ao que foi proposto
em sala de aula, pois quando se avalia um aluno é o mesmo que avaliar o trabalho
finalizado pelo professor. Claro que, em alguns momentos, muitos de nós usamos a
avaliação como um controle, ou como dominação pedagógica; mas isso é um equívoco e
como tal deve ser tratado; porque avaliar significa dar valor, valorizar, validar e para o
aprendiz é o momento de desafio, reflexão e de demonstração do conhecimento
construído para obter retorno quantitativo e às vezes, qualitativo. Para isso a lei de
Diretrizes e bases da Educação Nacional determina que a avaliação do processo de
ensino aprendizagem seja: Formativa, Diagnóstica e processual, nesse processo a
formativa tem a função diagnóstica é realizada ao longo do processo de aprendizagem e
133
corresponde a uma concepção de ensino que considera que aprender é um longo
processo por meio do qual o aluno vai reestruturando seu conhecimento a partir das
atividades que executa; assim possibilitando um acompanhamento e verificação. Dessa
forma, possibilita que o professor acompanhe o desenvolvimento do aluno por meio de
aproximações sucessivas; na avaliação diagnóstica o processo visa proporcionar um
conhecimento prévio do aluno, podemos dizer que tem a função prognóstica que ontem a
verificação de requisitos no inicio do processo do ensino aprendizagem ela pode ocorrer a
cada vez que uma unidade/tema novo tem um novo início; porém a avaliação processual
estabelece uma função classificatória onde ressalta que os resultados obtidos no decorre
do processo normalmente acontece no final do processo de ensino aprendizagem, de
forma a verificar se os objetivos propostos foram ou não alcançados pelo aluno. O
problema maior da avaliação somática é que, na maioria das vezes, ela é utilizada como
única fonte de avaliação educativa.
Com isso cabe a nós falar sobre avaliação como um bem e parte de um
processo de ensino aprendizagem com diversas modalidades de avaliação,
caracterizadas conforme o período/momento em que ocorrem e conforme o objetivo de
cada professor; pois a avaliação dos alunos se constitui num dos elementos de interação
entre professor/aluno/conhecimentos, muito embora não seja o único. Considera-se que
os alunos têm diferentes ritmos de aprendizagem, identificam-se idificuldades e isso
possibilita a intervenção pedagógica todo o tempo. O professor pode então, procurar
caminhos para que todos os alunos aprendam e participem das aulas, que se envolvam
nas atividades que levem a pesquisa, a leitura de mapas, imagens de dados a produção
de textos, interpretação de diferentes tabelas e gráficos, construção de maquetes e
mapas temáticos, monitorando um posicionamento crítico durante a realização de
debates, questionamentos, reflexão e argumentação, exposições orais, trabalho em
equipe, em um ambiente cooperativo priorizando os desempenhos coletivos e buscando
um grande percentual nas avaliações, que essas avaliações levem em conta todas as
produções do dia a dia dos alunos e não em momentos especiais, como por exemplo, em
dias de prova; para isso não significa a ausência de instrumentos de verificação, mas
realizar um conjunto de práticas para que a avaliação seja efetiva como um processo
contínuo, objetivando o aluno a corrigir seus erros como uma forma de recuperação.
Nesse processo devemos interagir com os alunos, partilhando com eles a análise de suas
produções, transformando eventuais erros em situações de aprendizagem, orientando-os
para reconhecerem seus avanços, potencialidades e dificuldades.
134
Desenvolver avaliações formais, como provas, redações, trabalhos,
seminários, relatórios de vídeos ou saídas de campo, etc., mas sempre valorizando o
entendimento e a aplicação do conhecimento e não a memorização e reprodução do
conteúdo ensinado em sala de aula, realizando avaliações coerentes com os conteúdos e
os conceitos geográficos estudados, para que o processo a avaliativo se concretize de
forma eficaz, configurando resultados satisfatórios que evidencie a interação do processo
entre o professor e o aluno. Com todo esses meios de avaliar a aprendizagem os alunos
devem ter acesso aos resultados, por meio de registros através de acompanhamento e
registros nos boletins para que se apropriem de seus rendimentos para que haja uma
comunicação objetiva entre docentes e discentes, bem como entre seus responsáveis,
afim de sempre proporcionar ao educando melhores resultados a cada dia.
5. REFERÊNCIAS
ARAUJO,I.L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: Ed. UFPR, 2003.
CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo Ática, 1986. MORAES, A.C.R. Geografia: pequena história Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987. SANTOS,M. A natureza do espaço: técnica e tempo,razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. SANTOS,M. Espaço e Método. São Paulo:Nobel,1985. VESENTINI, J. William & VLACH, Vânia: Geografia Crítica: O Espaço Social e o Espaço Brasileiro. Editora Ática, 2ª edição, São Paulo, 2004. BOLIGIAN, Levon – MARTINEZ, Rogério – GARCIA, Wanessa & ALVES, Andressa: Geografia: Espaço e vivência. Editora Atual, 1ª edição, São Paulo, 2001. GARCIA, Hélio Carlos & GARAVELLO, Tito Marcio: Lições de Geografia. Editora Scipione, 9ª edição, São Paulo, 1998. ARAUJO, Regina – GUIMARÃES, Raul Borges & RIBEIRO, Wagner Costa: Construindo a Geografia. Editora Moderna, 1ª edição, São Paulo, 1999. ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia, ciência da sociedade: uma introdução à análise do pensamento geográfico. São Paulo: Atlas, 1987. BRABANT, Jean- Michel. Crise da geografia, crise da escola. In:OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de (Org.). Para onde vai o ensino da geografia?.6ª ed., São Paluo: Contexto,
135
1998. p.15-23. (Repensando o ensino) OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Para onde vai o ensino da geografia?.6ª ed., São Paluo: Contexto, 1984. (Repensando o ensino) OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Situação e tendências da geografia. Orientação, São Paulo, n.5, Instituto de Geografia, p.24-29, 1989. PONTUSCHKA, N. N. Licenciandos de geografia e as representações sobre o “Ser Professor”. Terra Livre, São Paulo, p.189-207, 1993. VISENTINI, José William. O ensino da geografia no século XXI. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, n.17, p. 5-19, jul.1995. PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Geografia. Curitiba: SEED, 2008.
136
6.1.9 Proposta Pedagógica Curricular de História
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de história como ciência estuda as ações humanas nos diferentes
tempos e espaços. Em seus aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, a partir
das tensões identificadas nas relações sociais, e na produção historiográfica inserida nas
práticas escolares destacando as permanências, mudanças e rupturas ocorridas no
ensino de história.
A história nesse contexto privilegia as discussões a respeito de objetos, fontes,
métodos, concepções e referências teóricas do ensino de história privilegiando o debate
entre educandos, educadores e outros setores da sociedade, em torno das reformas
democráticas , respeitando as liberdades individuais e coletivas, a aproximação da
produção acadêmica de história, fundamentada na pedagogia histórico-crítica, buscando
compreender e interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem as suas ações,
construindo uma escola democrática .
A contextualização de fatos históricos permite a valorização das diferentes
vozes históricas, valorizando a diversificação de documentos como imagens, canções,
objetos arqueológicos na construção do conhecimento histórico.
A abordagem local, regional e os conceitos de representação , a prática
cultural, apropriação, circularidade cultural e dialogismo possibilitam aos educandos e
educadores tratarem esses documentos sob problematizações mais complexas em
relação à racionalidade histórica linear , tal diversidade permite a relação interdisciplinar
com outras áreas do conhecimento, podendo desenvolver uma consciência histórica,
levando em conta as diversas práticas culturais dos sujeitos, as relações de poder,
trabalho e cultura.
Compreendendo os fatos e acontecimentos no contexto cultural, econômico,
político, religioso e ideológico em suas diferentes abordagens, valorizando os sujeitos
como indivíduos, família e comunidade em suas concepções de mundo em seu contexto
espaço temporal.
Para que se estabeleça essa consciência e a possibilidade de intervenção
social crítica e propositiva, é necessário que o educando domine procedimentos e
conceitos básicos para que possa conhecer a realidade. Para tanto é necessário que
consiga identificar o processo de formação e organização das sociedades humanas até a
137
atualidade.
A História passa a ser vista como processo, os acontecimentos sociais são
resultados de um conjunto de ações humanas interligadas, de duração variável,
sucessivas e simultâneas, em vários espaços do convívio social, motivados por desejos
de mudanças ou de resistências, pela busca de soluções para problemas, por disputas e
confrontos entre agrupamentos de indivíduos, o que gera tensões, conflitos e rupturas e
delineia os movimentos da História.
2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA
�Contribuir na formação do educando para que se torne mais consciente, crítico,
capaz de analisar o seu tempo, sua história e a implicação das suas ações na sociedade
e na evolução da humanidade;
�Trabalhar a relação passado-presente, respeitando a fase etária e psíquica de
cada educando, levando-o a compreender a importância da História na configuração do
mundo atual, adotando uma postura investigadora, curiosa, observadora, transparente na
forma de pensar e construir o conhecimento;
�Proporcionar ao educando meios para que incorpore umas posturas
investigativas, críticas diante do contexto sociopolítico, econômico, cultural em que vive,
tornando as aulas de história um laboratório de pesquisa da sua realidade, de seu
cotidiano, ajudando-o a compreender a influencia dos fatos atuais, responsáveis pela
transformação futura;
�Repensar o modo de educar na sociedade brasileira, adotando postura da
pratica da liberdade, autonomia e igualdade, valorizando o campo enquanto espaço de
vida e aprendizagem, analisando historicamente a formação do universo, mundo, homem
e sociedade;
�Levar o educando a compreender o significado da história, centrada na realidade
mais próxima, considerando seu nível de desenvolvimento psíquico e ritmo de
aprendizagem, levando em consideração seu interesse natural; que o ajuda a refletir e a
construir seu pensamento crítico e analítico;
�Fazer com que o educando observe os desencontros entre as culturas
historicamente construídas pelos homens, através do manuseio de diferentes fontes e
perceba que o ser humano é sujeito em construção e que são fruto das escolhas, pelas
quais nossos antepassados optaram;
138
� Fazer com que os educandos se envolvam através do estudo, da analise, das
discussões e do debate, nas reflexões sobre o uso e posse da terra, desenvolvendo
a criticidade que permita compreender conceitos como propriedade privada,
latifúndio, movimentos sociais no campo, ideologia, poder dominante, classes
sociais, etc;
� Possibilitar aos educandos que conheçam e compreendam a
formação do mundo moderno, a estruturação da sociedade burguesa, a
consolidação do capitalismo e a exclusão social, ocasionada pelas transformações
no mundo do trabalho, nas desigualdades do uso e apropriação dos recursos
naturais e materiais;
� Fazer com que os educandos aprofundem seu conhecimento, desde
a formação do universo até as grandes civilizações, estabelecendo comparações,
analises e pesquisa de como o ser humano construiu e processou o seu
conhecimento ao longo da História;
� Levar os educandos a analisar as grandes revoluções sociais,
tecnológicas, cientificas e políticas da humanidade, compreendendo criticamente
as suas implicações no mundo moderno e pós-moderno e suas influências na
sociedade atual.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
� Relações de trabalho
� Relações de poder
� Relações culturais
6º Ano
Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias.
� A experiência humana no tempo.
� Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
� As culturas locais e a cultura comum.
7º Ano
139
A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em
Diferentes Tempos e Espaços
� As relações de propriedade.
� A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
� As relações entre o campo e a cidade.
� Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
8º Ano
O mundo do trabalho e os movimentos de Resistência
� História das relações da humanidade com o trabalho.
� O trabalho e a vida em sociedade.
� Os trabalhadores e as conquistas de direito.
9º Ano
Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Instituições
Sociais
� A constituição das instituições sociais.
� A formação do Estado.
� Sujeitos, Guerras e revoluções.
ENSINO MÉDIO
� Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
� Urbanização e industrialização.
� O Estado e as relações de poder.
� Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
� Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.
� Cultura e religiosidade.
4. METODOLOGIA
140
O trabalho será direcionado às especificidades de cada turma, respeitando a
faixa etária e o desenvolvimento psicológico de cada educando, isto é, realizando as
flexibilizações necessárias para a inclusão de alunos com deficiência intelectual e
transtornos funcionais específicos.
O trabalho em História contempla estratégias que visem provocar a reflexão, a
curiosidade e o prazer pela aprendizagem, desta forma serão utilizados as seguintes
estratégias:
Diferentes documentos históricos: Registro de nascimento, fotografias,
músicas, jornais, revistas, calendários;
Diversidade textual: poemas, lendas, mitos, charge, Cartum, etc;
Recursos visuais: mapas, vídeos, iconografias, facilitando e auxiliando em cada
conteúdo trabalhado, respeitando sempre o nível de aprendizagem da turma;
História oral e local; ou seja, priorizando o contato com aqueles que são os
autores da História e conhecimento da sua história, expressa na vida comunitária, política
e individual (hábitos e costumes);
História viva; sempre que possível visitar e observar locais de memória;
A abordagem de cada conteúdo será realizada a partir de:
� Ter como ponto de partida o tempo presente, refletindo os temas buscando
significados na vivência e realidade dos educandos;
� Desenvolver o espírito de investigação e curiosidade, proporcionando a
pesquisa e a sistematização em formas de trabalhos em grupos e individual;
� Exercitar a reflexão, observando semelhanças e diferenças, permanências e
mudanças estabelecendo comparação no estudo das diferentes sociedades;
� Desenvolver o hábito da leitura, interpretação, argumentação, exposição das
ideias, respeito ao posicionamento do outro;
No ensino fundamental e médio o estudo da História deve ter como
fundamento a sociedade atual e a pesquisa sobre sua estruturação e ideologias.
Problematizar o conteúdo a ser trabalhado, desenvolvendo a capacidade de refletir,
discutir, argumentar e questionar o presente e o passado, adquirindo a postura de
pesquisar e não aceitar respostas prontas.
Trabalhar questões que dizem respeito aos problemas sociais
contemporâneos, tais como: mau uso da terra, desemprego, novas regras de trabalho e
convivência, diferenças culturais, movimentos sociais, visando despertar a criticidade e a
autonomia para questionar e posicionar-se na atualidade.
141
A disciplina será trabalhada a partir de cinco elementos básicos, apontados nas
DCEs:
� A observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana em sua
prática social estão ligadas com a orientação no tempo. Essas necessidades fazem
com que os sujeitos busquem no passado respostas para questões do presente.
Portanto, fica claro que os sujeitos fazem relação passado/presente o tempo todo
em sua vida cotidiana;
� As teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a relação
passado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana. Estas
teorias acabam estabelecendo critérios de sentido para esta prática social. Estes
critérios de sentidos são chamados de ideias históricas;
� Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem fundamentações
específicas relativas as pesquisas ligadas ao modo como as ideias históricas são
concebidas a partir de critérios de verificação, classificação e confrontação
científica dos documentos;
� As finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as
interpretações das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e
métodos historiográficos apresentados sob a forma de narrativas históricas. A partir
dessa matriz disciplinar, a História tem como objeto de estudo os processos
históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem
como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência
dessas ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser
definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar,
sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e
politicamente. As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das
ações dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar
constantemente as estruturas sócio-históricas. Mesmo condicionadas, as ações
dos sujeitos permitem espaços para escolhas e projetos de futuro. A investigação
histórica voltada para descoberta das relações humanas busca compreender e
interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem às suas ações.
Para os anos finais do ensino fundamental propõem as diretrizes, que nos
conteúdos temáticos sejam priorizados as histórias locais, regionais e do Brasil
estabelecendo relações e comparações com a história mundial. Para o ensino médio, a
proposta é um ensino por temas históricos, ou seja, os conteúdos (básicos e específicos).
142
O trabalho pedagógico com os conteúdos estruturantes básicos e específicos
tem como finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Essa
metodologia permite a pesquisa e a investigação histórica, permitindo que o educando
entenda que não existe uma verdade histórica única e sim verdades produzidas a partir
de evidências que organizam problematizações fundamentadas em fontes diversas,
promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização social, política e
cultural em cada momento histórico.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante do processo de ensino aprendizagem, estará
presente em todas as atividades realizadas pelos educandos, considerando as
diversidades entre eles e seus ritmos de aprendizagem. A avaliação será a sustentação
do processo educativo, portanto servirá de base para o educador refletir sobre o
encaminhamento das aulas. Terá ainda o caráter de acompanhar o educando nas
conquistas e dificuldades, sendo compartilhada com eles as observações pertinentes a
sua aprendizagem.
Se for detectada alguma necessidade para maior aprendizado, este (assunto
ou conteúdo) será retomado e reavaliado, tanto pelo educador, como pelo educando.
A recuperação de estudos dar-se-á junta e permanentemente com o período de
aprendizado.
As diretrizes curriculares ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de
história, objetiva-se favorecer a busca de coerência entre a concepção de história e as
práticas avaliativas que integram o processo de ensino aprendizagem.
A avaliação deve promover a democratização do ensino, sendo assumida como
um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o
educando tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa
avançar no seu processo de aprendizagem. Ao propor maior participação dos educandos
no processo avaliativo, e necessário ter clareza que avaliar é sempre um ato de valor e o
professor poderá lançar mão de várias formas avaliativas, tais como avaliação
diagnóstica, por exemplo, que permite ao professor identificar o desenvolvimento da
aprendizagem dos educandos para pensar em atividades didáticas que possibilitem a
compreensão de conteúdos a serem trabalhados
A Avaliação Formativa ocorre durante o processo pedagógico e tem por
143
finalidade retomar objetivos de ensino proposto, para a partir dos mesmos identificar a
aprendizagem dos conteúdos trabalhados.
A Avaliação somativa – permite ao professor uma amostragem dos objetivos
propostos identificando consonância com o perfil dos educandos e com os
encaminhamentos metodológicos utilizados para a compreensão dos conteúdos, esta
avaliação é aplicada em um período distante do outro como bimestre, trimestre ou
semestre. As avaliações acontecerão por meio de atividade de leitura, pesquisa e
relatórios de conteúdos trabalhados e prova escrita individual. O professor poderá
investigar como os educandos compreendem as relações de trabalho, relações de poder
e relações culturais. As relações de trabalho no mundo contemporâneo, a constituição do
mundo do trabalho em diferentes períodos históricos considerando os conflitos inerentes a
essas relações.
Nas relações de poder, compreender como essas relações se apresentam em
todos os espaços sociais, identificando e localizando os espaços históricos que as
constituíram.
Relações culturais - investigar se os educandos reconhecem a si e aos outros
como construtores de uma cultura comum, considerando as especificidades de cada
grupo social e as relações entre eles.
Para o ensino fundamental e médio, a avaliação da disciplina de história,
considera três aspectos.
� A investigação e apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;
� A compreensão das relações da vida humana ( conteúdo estruturante);
� O aprendizado dos conteúdos básicos, temas históricos e específicos.
Esses aspectos são entendidos como indissociáveis, o professor deverá
recorrer a diferentes atividades tais como: leitura, interpretação, análise de narrativas
historiográficas, mapas e documentos históricos, produção de narrativas historiográficas,
pesquisa bibliográfica, sistematização de conceitos históricos, apresentação de
seminários.
Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de história os educandos
identifiquem os processos históricos, reconheçam as relações de poder nelas existentes,
bem como interfiram no mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da
própria história.
6. REFERÊNCIAS
144
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de História. Curitiba: SEED, 2008. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de h6istória e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/ Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.
145
6.1.10 Proposta Pedagógica Curricular de LEM _ Inglês
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a disciplina de Língua
Estrangeira Moderna apresenta em seu texto a dimensão histórica da disciplina, levando
em consideração as transformações históricas, sociais, políticas, econômicas e
metodológicas, pelas quais passou o ensino de Línguas Estrangeiras e a estrutura do
currículo escolar no Brasil. Segundo a dimensão histórica da disciplina, citada acima,
com o objetivo de melhorar a instrução pública e atender as demandas advindas da
abertura dos portos ao comércio, o ensino das Línguas Modernas só começou a ser
valorizado depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808. No ano de
1809, e com a assinatura do Decreto de 22 de junho com o Príncipe Regente D. João
XVI, criam-se as cadeiras de inglês e francês. A partir daí, o ensino de línguas modernas
começou a ser valorizado. Em 1837, ocorreu a fundação do Colégio Pedro II, o currículo
do Colégio se inspirava nos moldes franceses, em seu programa constavam sete anos de
Francês, cinco de Inglês e três de Alemão, até 1929 o Francês era o idioma priorizado
seguido pelo Inglês e depois pelo Alemão, por possibilitarem o acesso a importantes
obras literárias e por serem consideradas línguas vivas. Nessa época a abordagem
pedagógica tradicional oriunda da europa prevalecia no ensino das línguas modernas,
metodologia que vigorou até o princípio do século XX.
Com a publicação de Cours de linguistique générale de Ferdinand Saussure
(1857-1913), em 1916, os estudos da Linguagem assumiram um caráter científico. A obra
de Saussure torna-se um marco nos estudos da linguagem, pois estabelece o objeto de
estudo da Linguística: a língua, bem como, as oposições entre langue e parole, a primeira
tratada por Saussure como o próprio sistema linguístico, a segunda tratada como o uso
deste sistema em contextos sociais. Aqui no Brasil, somente com a Reforma de 1931,
chamada Francisco Campos, em homenagem ao Ministro da Educação que, pela primeira
vez, estabeleceu-se um método oficial de ensino de Língua Estrangeira: o Método Direto.
Esse método surgiu na Europa no início do século XX, em oposição ao Tradicional,
pensando em atender aos novos anseios sociais e pela necesside do ensino das
habilidades orais, o surgimento deste método concebeu a língua como um fenômeno
particular, compartilhado com outros falantes da mesma língua. Após a Segunda Guerra
Mundial e com o posicionamento do Brasil contra a Alemanha, os currículos nas escolas
146
brasileiras passaram a privilegiar os conteúdos que valorizavam a História do Brasil e
seus heróis, para contribuir na apropriação da língua Portuguesa em todo o território
nacional, fato que não favoreceu as minorias étnicas, linguísticas e culturais no Brasil.
Esse cenário ainda apresentou-se no Estado Novo, dando ênfase ao discurso
nacionalista, o Francês ainda tinha vantagem sobre o inglês e o Espanhol apareceu como
matéria obrigatória alternativa ao ensino do Alemão.
Os rumos educacionais eram centralizados no Ministério de Educação e Saúde,
que escolhia para cada estabelecimento de ensino o idioma a ser ministrado, a
metodologia e o programa curricular para cada série. A valorização do Espanhol crescia,
no entanto, o ensino de Inglês foi garantido nos currículos por ser o idioma mais usado
comercialmente. Após a Segunda Guerra Mundial a dependência econômica do Brasil em
relação aos Estados Unidos aumentou, com isso, intensificou-se a necessidade de
aprender inglês, em meados de 1940, muitas pessoas vieram dos Estados Unidos para o
Brasil e com elas a produção cultural daquele país, desse modo o ensino do Inglês
ganhou mais espaço no currículo. Em 1961 foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) n 4.024, criou os Conselhos Estaduais de Educação e cabia aos
conselhos a inclusão ou não da Língua Estrangeira nos currículos, essa mesma lei
determinou a retirada da obrigatoriedadedo ensino de Língua Estrangeira no colegial e
instituiu o ensino profissionalizante, mesmo assim, a Língua Inglesa era valorizada devido
às exigências do mercado de trabalho. A partir de 1950 a ciência linguística desenvolveu-
se e o interesse pela aprendizagem de línguas, surgiram várias mudanças nas
abordagens e métodos de ensino, através de muitas reflexões de teóricos como:
Leonardo Bloomfield (1887- 1949), Charles Fries (1854-1940), Robert Lado (1915-1995),
apoiados na Psicologia da Escola Behaviorista de Pavlov e Skinner. Oriundos de uma
visão estruturalista, tais linguístas sistematizaram, em 1942, os Métodos Audiovisual e
Audio-oral, surgidos nos Estados Unidos no período da Segunda Guerra Mundial. O
Método Audiovisual apresentou um avanço em relação ao Método Audio-oral, porque não
usava sentenças isoladas, mas sim diálogos contextualizados, nessa fase o ensino de
Língua Estrangeira ganha inovadores recursos didáticos como: gravador, gravações de
falantes nativos, projetor de slides, dos cartões ilustrativos, dos laboratórios audiolinguais.
Em 1965, surgiu o modelo de descrição linguística postulado por Chomsky- a
Gramática Gerativa Transformacional- que reestruturou a visão de língua e de sua
aquisição, Chomsky retoma a discussão entre língua e fala, para o linguista, a língua é
concebida como parte do sujeito, trata-se de uma contraposição ao conceito de Saussure,
147
para quem uma língua é sitemática, objetiva e homogênea. Tais teorias de aquisição de
linguagem influenciaram o ensino de Língua Estrangeira, pois se passou a permitir o uso
da língua materna para verificar a compreensão dos conceitos. Atualmente, a Língua
Inglesa é considerada a 2ª língua em todo território nacional, devido a globalização e as
diferentes culturas advindas de outros países. No Paraná, de acordo com as diretrizes
curriculares, a maioria das escolas públicas adota o inglês como a 2ª língua. O acesso de
diferentes meios tecnológicos inseridos no cotidiano da comunidade do educando e do
educador torna-se imprescindível o ensino da Língua Inglesa nas escolas.
Sabe-se que o ensino da Língua deve oportunizar aos alunos a aprendizagem de
conteúdos que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já
existentes e novas maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as
relações que podem ser estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão social; o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da
diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
6º Ano
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Linguagem não verbal
148
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
• Discursivos, textuais, estruturais e normativos.
7º Ano
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
149
• Informações explícitas
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica;
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
• contexto;
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
8º Ano
150
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto; - expressões que denotam ironia e humor no texto.
• Léxico.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
151
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito:
9º Ano
LEITURA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Situacionalidade
• Intertextualidade
• Temporalidade
• Discurso direto e indireto
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito, figuras de linguagem)
• Léxico.
ESCRITA
� Tema do texto
� Interlocutor
� Finalidade do texto
� Aceitabilidade do texto
� Informatividade
� Situacionalidade
152
� Intertextualidade
� Temporalidade
� Discurso direto e indireto
� Elementos composicionais do gênero
� Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
� Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
� Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
� Polissemia
� Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
� Processo de formação de palavras
� Acentuação gráfica
� Ortografia
� Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
� Conteúdo temático
� Finalidade
� Aceitabilidade do texto
� Informatividade
� Papel do locutor e interlocutor
� Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas... temporalidade e ideologia ;
� Adequação do discurso ao gênero
� Turmas de fala
� Variação linguística
� Marcas linguísticas: coesão, coerência gírias, repetição, Semântica
� Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).
� Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito
ENSINO MÉDIO: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
Leitura
� Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
153
� Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
� Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
� Linguagem não- verbal.
� As particularidades do texto em registro formal e informal.
� Finalidades do texto.
� Estética do texto literário.
� Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Oralidade
� Variedades linguísticas
� Intencionalidade do texto.
� Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
� Finalidade do texto oral.
� Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Escrita
� Adequação ao gênero: elementos que compõem formas e marcas linguísticas
� Paragrafação.
� Clareza de ideias
� Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Análise Linguística
� Coesão e coerência.
� Função dos pronomes, artigos,adjetivos, numerais preposições,
advérbios,locuções adverbiais, conjunções,verbos, palavras interrogativas,
substantivos,substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e
indireto, vozes verbais, verbos modais, concordância verbal e nominal, orações
condicionais, phrasal verbs e outras categorias como elementos do texto.
� Vocabulário.
� Pontuação e seus efeitos de sentido no texto
154
3. METODOLOGIA
A aprendizagem é uma atividade de natureza social que favorece o
desenvolvimento das funções mentais.
Dentro da metodologia da leitura, oralidade e escrita a prática pedagógica deverá
ser dinâmica e envolvente, para que o aluno desenvolva a consciência linguística,
percebendo a influência que as línguas podem exercer umas sobre as outras e,
observando a cultura dos povos que falam a língua inglesa, através da própria língua,
assim como observando também o fenômeno da importação cultural.
Levando sempre os conhecimentos prévios dos alunos, serão realizados
trabalhos individuais e em grupos, jogos, apresentações culturais, produções, traduções,
versões e compreensão de textos, utilização de materiais diversos como: fotos gráficos,
tirinhas... Além, é claro de aulas expositivas e exercícios para a prática e fixação do
conteúdo.
Os conteúdos serão trabalhados sempre embasados em textos, e estes inseridos
em contextos significativos, procurando as estratégias que melhor respondam as
características e a necessidade peculiar de cada aluno.
Todo o processo dar-se-á de forma participativa, com questionamentos, debates,
discussões e produções dos alunos.
Em nosso Colégio existem alunos com necessidades educacionais especiais,
para atender esses alunos faremos a flexibilização curricular, para contemplar o processo
de ensino e aprendizagem dos alunos.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada em função de todas as atividades desenvolvidas,
utilizando diferentes procedimentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades
de expressão dos alunos, sendo feita através da leitura, oralidade e escrita.
Na avaliação do desempenho do aluno, serão considerados os seguintes
aspectos: participação, interesse, prontidão na realização das tarefas propostas,
pontualidade na entrega dos trabalhos, cumprimento de todas as situações de
aprendizagem oferecidas, a produção individual do aluno.
155
Serão utilizados como instrumentos de avaliação testes orais e escritos, trabalhos
individuais e em grupos, jogos, tarefas e a atuação do indivíduo em sala de aula, seguidos
de recursos paralelos.
A avaliação servirá além de meio para aferir nota ao aluno, como base como uma
revisão da prática pedagógica e dos conteúdos trabalhados, em suma, será um
instrumento de avaliação não apenas do desenvolvimento do aluno, mas da produtividade
das aulas, e servirá para um repensar da prática pedagógica
5. REFERÊNCIAS ARRUDA, Cordila Canabrava, English Plus - Ed. Scipione, 1996. AZEVEDO, Dirce Guedes de, Blow Up – Ed. FTD, S.A, São Paulo – SP, 1999. KAY, Susan, Reward – Macmillan Publihers, 1997. PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.
156
6.1.11 Proposta Pedagógica Curricular de Língua Portuguesa
1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Se tomarmos como referência, os aspectos históricos da disciplina de Língua
Portuguesa veremos que no início da educação brasileira os professores eram os padres,
havendo então um confronto cultural, e também uma miscigenação étnica e sobretudo a
organização educacional seguia uma linha, sem muita didática educacional e
organizacional com um caráter, meramente político e religioso, com uma “sociedade
escravocrata e de produção colonial destinada aos interesses do país colonizador”.
Embora o latim seja uma língua morta, teve e tem até nos dias de hoje, um valor
importantíssimo no aspecto etimológico da nossa língua.
Nesse contexto histórico, já em meados do século XVII o Marquês de Pombal
tornava obrigatório o ensino de Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Eram
ensinadas nas escolas a disciplina de Latim, sendo fragmentada e restringindo-se a
Gramática, Retórica e Política, manteve-se até o final do século XIX essa linha curricular.
“A formação das elites continuou nas mãos da Igreja, com seu princípio de educação
clássica e europeizante”. Somente no ano de 1871 foi criado no Brasil, por decreto
imperial, o cargo de professor de Português. Já no século XX, o latim começa a perder o
prestígio e a língua nacional, passa a ser mais valorizada. A abrangência de abordagens
da disciplina era tida já na época como inovadora, respeitando a língua, análise de textos
literários, para estudos de retórica e poética. Segundo uma linearidade histórica, no
governo Getúlio Vargas, a Língua Portuguesa se pauta em uma instituição tecnicista.
Com a lei 5692/71, a disciplina de Português, passou a denominar-se, no
primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) conservando
sempre tendências normativas, já nos primeiros anos da década de 1980 a Língua
Portuguesa, passou a se pautar em exercícios estruturais, técnicas de redação e
treinamento de habilidades de leitura. Foram mobilizadas também estudos linguísticos e
discussões quanto ao trabalho realizado pelos docentes em sala de aula.
Na década de 90, linhas teóricas da linguística eram estudadas e vistas como
um acervo didático e pedagógico que trazia propostas coesas e inovadoras para o ensino
da Língua, no Paraná foi visto como um enfrentamento do normativismo e do
estruturalismo, no que diz respeito a literatura percebeu-se um otimismo generalizado,
com uma perspectiva mais aprofundada quanto a análise de textos.
157
Na atualidade, o ensino de Língua Portuguesa, assumiu um caráter
abrangente, interdisciplinar e com um aparato pedagógico amplo e didático.
Considerando que nossa atuação enquanto docente é em uma escola rural,
temos que voltar nossas atenções para esse detalhe preponderante. Vivemos em
sociedade, num mundo globalizado com informações rápidas e uma sociedade com
variantes linguísticas, influenciadas por contextos sociais, econômicos e culturais. Nesse
sentido, o ensino de Língua Portuguesa deve também oportunizar ao aluno variedades
significativas quando a escrita, oralidade e leitura.
Trazer aos alunos uma variedade de gêneros textuais, despertar o senso crítico
dos educandos, mostrar e direcionar o docente sobre aspectos sociais da comunidade em
que está inserido no que diz respeito a trabalho e qualidade de vida. A disciplina de
Português, nos dias atuais não se restringe tão somente a exercícios estruturais e
normativos, mas sim a uma vasta abordagem quanto ao ensino da língua falada e escrita.
As variantes linguísticas, a intenção narrativa a interlocução são requisitos
didático desde fundamental importância, no processo educativo. Ler, interpretar, produzir
e reproduzir textos com uma variedade intencional é o eixo central no processo educativo,
da disciplina de Língua Portuguesa . Despertar o interesse do aluno pela leitura e escrita
é o grande desafio dos educadores, sem a leitura as disciplinas, não conseguem informar,
passar a mensagem proposta seja em Ciências, Matemática, Biologia, Português etc.
Nesse contexto educativo, todo espaço físico da escola, a comunidade escolar, a
secretaria, a biblioteca, saguão, fazem parte diretamente do âmbito educacional. Sendo
assim a valorização social cultural da comunidade, deve ser observada e inserida num
contexto educativo igualitário, priorizando e informando sobre questões: étnicas, sociais e
culturais, trabalhando a inclusão, assuntos relacionados a drogas, sexualidade, temas
polêmicos etc.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
� Refletir sobre particularidades étnicas, linguísticas e sociais da nossa língua, suas
estruturas, suas evoluções com o passar dos processos educacionais e
metodológicos, no que diz respeito a escrita, leitura e oralidade.
� Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
158
� Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas
sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além
do contexto de produção;
� Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie
seus conhecimentos linguístico-discursivos;
� Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita;
� Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos;
� Fazer com que os educandos tenham uma boa leitura, no sentido amplo da
palavra, com um conhecimento científico e literário interdisciplinar.
� Reconhecer e valorizar diferentes variações regionais, quanto ao uso da língua
observando aspectos sociais, étnicos e culturais.
� Ressaltar e enfatizar de maneira eficaz o uso da linguagem formal e informal,
produzindo textos coesos e com um vocabulário contextualizado, visando um
interlocutor para a respectiva produção apropriando-se, também, da norma padrão.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONCRETIZANDO-SE NA ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA
Conteúdos Básicos para o Ensino Fundamental
Esferas Sociais de Circulação
Abordagem Teórico-Metodológica
Avaliação
COTIDIANA
Adivinhas, álbum de família, anedotas, bilhetes, cantigas de roda, carta pessoal, cartão, cartão pessoal, causos, comunicado, convites, curriculum vitae
Diário, exposição oral, fotos, músicas, parlendas, piadas, provérbios, quadrinhos, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.
159
LITERÁRIA/ ARTÍSTICA
Autobiografia, biografias, contos, contos de fadas, conto de fadas contemporâneos, crônicas de ficção, escultura, fábulas, fábulas contemporâneos, haicai, histórias em quadrinhos, lendas, literatura de cordel, memórias
Letras de músicas, narrativas de aventura, narrativas de enigma, narrativas de ficção científica, narrativas de humor, narrativas de terror, narrativas fantásticas, narrativas míticas, paródias, pinturas, poemas, romances, tankas, textos dramáticos
ESCOLAR
Ata, cartazes, debate regrado, diálogo/discussão argumentativa, exposição oral, júri simulado, mapas, palestra, pesquisas
Relato histórico, relatório, relatos de experiências, científicas, resenha, resumo, seminário, texto argumentativo, texto de opinião, verbetes de enciclopédias.
IMPRENSA
Agenda cultural, anúncio de emprego, artigo de opinião, caricatura, carta ao leitor, carta do leitor, cartum, charge, classificados, crônica jornalística, editorial, entrevista (oral e escrita)
Fotos, horóscopo, infográfico, manchete, mapas, mesa redonda, notícia, reportagens, resenha crítica, sinopses de filmes, tiras.
PUBLICITÁRIA
Anúncio, caricatura, cartazes, comercial para TV, e-mail, folder, fotos, slogan
Músicas, paródia, placas, publicidade comercial, publicidade institucional, publicidade oficial, texto político
POLÍTICA
Abaixo-assinado, assembleia, carta de emprego, carta de reclamação, carta de solicitação, debate.
Debate regrado, discurso político “de palanque”, forúm, manifesto, mesa redonda, panfleto.
160
JURÍDICA
Boletim de ocorrência, Constituição Brasileira, contrato, declaração de direitos, depoimentos, discurso de acusação, discurso de defesa
Estatutos, leis, ofício, procuração, regimentos, regulamentos, requerimentos.
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas, manual técnico, placas Regras do jogo, rótulos, embalagens
MIDIÁTICA
Blog, chat, desenho animado, e-mail, entrevista, filmes, fotoblog, home Page
Reality show, talk show, telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip, vídeo conferência
6º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS
� Histórias em quadrinhos � Piadas; � Adivinhas; � Lendas; � Fábulas � Contos de fadas; � Poemas; � Narrativa de enigma; � Narrativa de aventura; � Dramatização; � Exposição oral; � Comercial para tv;
LEITURA � Identificação do tema � Interpretação textual,observando:
-contexto temático -interlocutores -fonte -intertextualidade -informatividade -intencionalidade -marcas linguísticas
� Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
� Inferências
161
� Causos; � Carta pessoal; � Email; � Receita; � Convite; � Auto biografia; � Cartaz; � Classificados; � Quadrinhas; � Cantigas de roda; � Bilhetes; � Fotos; � Aviso; � anedotas
� Histórias em quadrinhos � Piadas; � Adivinhas; � Lendas; � Fábulas � Contos de fadas; � Poemas; � Narrativa de enigma; � Narrativa de aventura; � Dramatização; � Exposição oral; � Comercial para tv; � Causos; � Carta pessoal; � Email; � Receita; � Convite; � Auto biografia; � Cartaz; � Classificados; � Quadrinhas; � Cantigas de roda; � Bilhetes; � Fotos; � Aviso; � Anedotas
ORALIDADE � Adequação ao gênero;
- Conteúdo temático -Elementos composicionais - marcas linguísticas
� Variedade linguísticas � Intencionalidade do texto � Papel do locutor e do interlocutor � Particularidades de pronúncia de algumas palavras � Elementos extralinguísticos;
-entonação, pausas , gestos...
� Histórias em quadrinhos � Piadas; � Adivinhas; � Lendas; � Fábulas � Contos de fadas; � Poemas; � Narrativa de enigma; � Narrativa de aventura; � Dramatização;
ESCRITA � Adequação ao gênero :
-conteúdo temático -elementos composicionais -marcas linguísticas
� Argumentação � Paragrafação � Clareza de idéias � Refacção textual
162
� Exposição oral; � Comercial para tv; � Causos; � Carta pessoal; � Email; � Receita; � Convite; � Auto biografia; � Cartaz; � Classificados; � Quadrinhas; � Cantigas de roda; � Bilhetes; � Fotos; � Aviso; � Anedotas � Histórias em quadrinhos � Piadas; � Adivinhas; � Lendas; � Fábulas � Contos de fadas; � Poemas; � Narrativa de enigma; � Narrativa de aventura; � Dramatização; � Exposição oral; � Comercial para tv; � Causos; � Carta pessoal; � Email; � Receita; � Convite; � Auto biografia; � Cartaz; � Classificados; � Quadrinhas; � Cantigas de roda; � Bilhetes; � Fotos; � Aviso; � Anedotas
ANÁLISE LINGUÍSTICA � Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo
aluno � Expressividade dos substantivos e sua função
referencial no texto � Função do adjetivo, pronome,artigo ,numeral e outras
categorias como elementos do texto � A pontuação e seus efeitos de sentido no texto � Recursos graficos : aspas ,travessão, negrito ,hífen,
itálico � Acentuação gráfica � Processo de formação de palavras � Girias � Algumas figuras de pensamento � Alguns procedimentos de concordância verbal e
nominal � Particularidades de grafia de algumas palavras
7º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS
163
� Entrevista ; � Crônica; � Música; � Notícia; � Narrativa mítica; � Tiras; � Propaganda; � Exposição oral; � Paródia; � Provérbios; � Torpedos; � Álbum de família; � Literatura de cordel; � Carta; � Diário; � Cartum; � História em quadrinhos; � Placas; � Provérbios;
LEITURA: • Interpretação textual , observando :
- conteúdo temático - interlocutores - fonte -ideologia -papéis sociais representados - intertextualidade -intencionalidade -informatividade -marcas linguísticas
• Identificação do argumento principal dos argumentos secundários
• As particularidades do texto em registro formal e informal
� Texto verbal e não verbal
� Entrevista ; � Crônica; � Música; � Notícia; � Narrativa mítica; � Tiras; � Propaganda; � Exposição oral; � Paródia; � Provérbios; � Torpedos; � Álbum de família; � Literatura de cordel; � Carta; � Diário; � Cartum; � História em quadrinhos; � Placas; � Provérbios;
ORALIDADE • Adequação ao gênero
-conteúdo tematico -elementos composicionais -marcas linguísticas
• Procedimentos e marcas linguísticas tipicas da conversação (entonação, repetições, pausas...)
• Variedades linguísticas • Intencionalidade do texto • Papel do locutor e do interlocutor
-participação e cooperação � Particularidades de pronúncia de algumas
palavras
� Entrevista ; � Crônica; � Música; � Notícia; � Narrativa mítica; � Tiras;
ESCRITA • Adequação ao gênero
-conteúdo temático -elementos composicionais -marcas linguísticas
• Linguagem formal /informal
164
� Propaganda; � Exposição oral; � Paródia; � Provérbios; � Torpedos; � Álbum de família; � Literatura de cordel; � Carta; � Diário; � Cartum; � História em quadrinhos; � Placas; � Provérbios;
• Argumentação • Coerência e coesão textual • Organização das idéias /parágrafos • Finalidade • Refacção textual
� Entrevista ; � Crônica; � Música; � Notícia; � Narrativa mítica; � Tiras; � Propaganda; � Exposição oral; � Paródia; � Provérbios; � Torpedos; � Álbum de família; � Literatura de cordel; � Carta; � Diário; � Cartum; � História em quadrinhos; � Placas; � Provérbios;
ANÁLISE LINGUÍSTICA � Discurso direto e indireto � Função do advérbio, verbo preposição ... � A pontuação e seus efeitos de sentido � Recursos graficos :aspas ,travessão, negrito
,itálico,parenteses, hífen � Acentuação gráfica � Valor sintático e estilístico dos modos e tempos
verbais � A representação do sujeitono texto
(determinado/indeterminado, ativo/ passivo) � Neologismo � Figuras de pensamento (hipérbole, ironia,
eufenismo, antítese) � Alguns procedimentos de concordância verbal
e nominal � Linguagem digital � Semântica � Particularidades de grafia de algumas palavras
8º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS
� Regimento; � Slogan; � Tele jornal; � Telenovela; � Reportagem; � Pesquisa; � Conto fantástico; � Narrativa de terror; � Charge; � Narrativa de humor; � Crônica jornalística; � Paródia; � Resumo;
LEITURA � Interpretação textual ,observando:
- conteúdo temático -interlocutores -fonte -ideologia -intencionalidade -informatividade -marcas linguísticas
� Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
� As diferentes vozes sociais representadas no texto
165
� Sinopse de filme; � Poema; � Biografia; � Relato pessoal; � Haicai; � Juri; � Mesa redonda; � Caricatura; � Dissertação escolar;
� Linguagem verbal e não verbal, midiatico, infograficos, etc
� Relações dialógicas entre os textos
� Reportagem; � Pesquisa; � Conto fantástico; � Narrativa de terror; � Charge; � Narrativa de humor; � Crônica jornalística; � Paródia; � Resumo; � Sinopse de filme; � Poema; � Biografia; � Relato pessoal; � Haicai; � Juri; � Mesa redonda; � Caricatura; � Dissertação escolar;
ORALIDADE �Adequação de gênero:
- conteúdo temático - elementos composicionais -marcas linguísticas
�Coerências globais do discurso oral �Variedades linguísticas �Papel do locutor e do interlocutor
-participação e cooperação -turnos de fala
� Particularidades dos textos orais � Elementos � Extralinguísticos: entonação,pausas, gestos... � Finalidade do texto oral
� Reportagem; � Pesquisa; � Conto fantástico; � Narrativa de terror; � Charge; � Narrativa de humor; � Crônica jornalística; � Paródia; � Resumo; � Sinopse de filme; � Poema; � Biografia; � Relato pessoal; � Haicai; � Juri; � Mesa redonda; � Caricatura; � Dissertação escolar;
ESCRITA � Adequação ao gênero :
-conteúdo temático -elementos composicionais -marcas linguísticas
� Argumentação � Coerência e coesão textual � Paráfrase de textos � Paragrafação � Refacção textual
166
� Reportagem; � Pesquisa; � Conto fantástico; � Narrativa de terror; � Charge; � Narrativa de humor; � Crônica jornalística; � Paródia; � Resumo; � Sinopse de filme; � Poema; � Biografia; � Relato pessoal; � Haicai; � Juri; � Mesa redonda; � Caricatura; � Dissertação escolar;
ANÁLISE LINGUÍSTICA � Semelhanças e diferenças entre o
discurso escrito e oral � Conotação e denotação � A função das conjunções na conexão de
sentido de texto � Progressão referencial (locuções
adjetivas ,pronomes, substantivos) � Função do adjetivo , advérbio, pronome ,
artigo e de outras categorias como elementos do texto
� A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
� Recursos gráficos :aspas ,travessão,negrito,hífen,itálico
� Acentuação gráfica � Figuras de linguagem � Procedimentos de concordância verbal e
nominal � A elipse na sequência do texto � Estrangeirismos � As irregularidades e regularidades da
conjugação verbal � A função do advérbio: modificador e
circunstanciador � Complementação do verbo e de outras
palavras
9º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS
� Artigo de opinião; � Debate; � Reportagem oral e
escrita; � Manifesto; � Seminário; � Resenha crítica; � Narrativa fantástica; � Romance; � Histórias de humor; � Contos; � Músicas; � Charges; � Editorial; � Entrevista oral e escrita; � Assembleia;
LEITURA � Interpretação textual ,observando :
- interlocutores -conteúdo temático -fonte - intencionalidade -intertextualidade -ideologia -informatividade -marcas linguísticas
� Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários
� Informações implícitas no texto � As vozes sociais presentes no texto � Estética do texto literário
167
� Palestra; � Depoimento; � Imagens; � Artigo de opinião; � Debate; � Reportagem oral e
escrita; � Manifesto; � Seminário; � Resenha crítica; � Narrativa fantástica; � Romance; � Histórias de humor; � Contos; � Músicas; � Charges; � Editorial; � Entrevista oral e escrita; � Assembleia; � Palestra; � Depoimento; � Imagens;
ORALIDADE • Adequação ao gênero:
-conteúdo temático -elementos composicionais -marcas linguísticas
• Variedades linguísticas • Intencionalidadedo texto oral • Argumentação • Papel do locutor e do interlocutor(turnos de fala) • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
gestos,
� Artigo de opinião; � Debate; � Reportagem oral e
escrita; � Manifesto; � Seminário; � Resenha crítica; � Narrativa fantástica; � Romance; � Histórias de humor; � Contos; � Músicas; � Charges; � Editorial; � Entrevista oral e escrita; � Assembleia; � Palestra; � Depoimento; � Imagens;
ESCRITA � Adequação ao gênero
-conteúdo temático -elementos composicionais -marcas linguísticas
� Argumentação � Resumo de textos � Paragrafação � Intertextualidade � Refacção textual
Ensino Médio
Discurso como prática social
LEITURA
� Conteúdo temático
168
� Interlocutor
� Finalidade do texto
� Intencionalidade
� Aceitabilidade do texto
� Vozes sociais presentes no texto
� Elementos composicionais do gênero
� Contexto de produção da obra literária
� Marcas linguísticas
� Progressão referencial
� Partículas conectivas do texto
� Semântica
� Modalizadores
� Figuras de linguagem
ESCRITA
� Conteúdo temático
� Interlocutor
� Finalidade do texto
� Intencionalidade
� Situacionalidade
� Temporalidade
� Referência textual
� Vozes sociais presentes no texto
� Ideologia presente no texto
� Progressão referencial
� Elementos composicionais do gênero
� Semântica
� Operadores argumentativos
� Modalizadores
� Figuras de linguagem
� Marcas linguísticas
� Vícios de linguagem
� Sintaxe de concordância
� Sintaxe de regência
169
ORALIDADE
� Finalidade
� Intencionalidade
� Aceitabilidade do texto
� Informatividade
� Papel do locutor e interlocutor
� Adequação do discurso ao gênero
� Turnos de fala
� Marcas linguísticas
� Elementos semânticos
� Discurso oral e escrito.
4. METODOLOGIA
Leitura, Oralidade e Escrita, são pilares que sustentam e direcionam a
docência de Língua Portuguesa. Motivar o aluno a ler e escrever é uma tarefa difícil, mas
profundamente necessária, dentro dessa ótica, o educador deve sempre oportunizar
variedades discursivas para que o aluno se motive a ler, escrever, falar. Expor as
abrangências comunicativas é o papel fundamental exercido pelo professor de Língua
Portuguesa. Salientar que vivemos em um país com influências étnicas, sociais e culturais
que se incorporam, diretamente no jeito de falar de muitas comunidades, respeitando
variedades regionais, variedades padrão, linguagens formais e informais. Levantar
questionamentos, despertar o senso crítico dos alunos, fazer com que eles façam a leitura
do texto observando as entrelinhas, o sentido conotativo e denotativo de certas
expressões. A exposição teórica e prática de conceitos normativos da Língua , também
devem ser vistos com propriedade, pois nossa língua, exige também, uma constituição de
regras, que devem ser seguidas pelos escritores da norma culta.
A expressão oral é preponderante, sendo feita através de seminários, debates,
oratórias, leituras dramatizadas, declamação de poemas, trazendo os aspectos orais da
Língua para o cotidiano, mesmo sendo os educandos do campo, os meios de
comunicação são preponderantes (jornais, propagandas, programas radiofônicos) são
mecanismos didáticos, relevantes para o ensino da oralidade.
Dentro de um contexto literário, faz-se necessário o educando ter a percepção
170
e interação com uma variedade significativa de conhecimentos científicos, culturais e
sociais.
No processo de leitura não podemos deixar de lado as linguagens não verbais,
como fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais.
A leitura na sua amplitude contempla linhas que segundo Yunes são: memória,
intersubjetividade, interpretação, fruição e interxtualidade.
Em relação à inclusão de alunos com necessidades especiais, o professor
diante desta nova postura deverá media as interações educativas realizando a
flexibilização curricular.
A História e a Cultura Afro , Indígena e Meio Ambiente , são contemplados
através de textos selecionados para utilizar no decorrer de cada bimestre conscientizando
os educandos com relação aos valores como: respeito , igualdade, direitos e deveres ,
responsabilidade, etc. Os materiais dos cursos de Educação do Campo são bem
indicados para usar no tema “Meio Ambiente” , contando também com a ajuda dos
professores de outras disciplinas.
5. AVALIAÇÃO
Os vários mecanismos de avaliação da Língua Portuguesa, propiciam uma
amplitude de recursos didáticos, para um processo avaliativo que contemple uma
infinidade de critérios dentro do aspecto: Oralidade, Leitura e Escrita.
Nesse contexto, a avaliação deve ser processual, cumulativa e diagnóstica. Esses
critérios avaliativos devem ser observados verificando a aplicabilidade, com um
diagnóstico elaborado durante o desenvolvimento do bimestre , com estratégias não só
didáticas mas também adequadas a uma situação de escola rural com todas as suas
particularidades . Oportunizando ao educador e educando vários mecanismos avaliativos.
A prática pedagógica, exercida pela escola abordada nessa proposta realiza
também a recuperação paralela de conteúdos de maneira diagnóstica procurando sempre
uma amplitude na compreensão do conteúdo por parte do educando.
Quanto aos temas que dão sustentação ao ensino da Língua Portuguesa, Leitura,
Escrita e Oralidade, devem ser vistos com propriedade pelo educador, pois as leituras são
amplas com uma imensidade discursiva, a oralidade tem suas influências sociais, étnicas
e culturais e a escrita, tomando como partida o texto está sempre num processo de
produção e não deve ser vista pelo professor e também pelo aluno com “produto final”
171
6.REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008. FARACO Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura. DEM, Departamento de Ensino Médio. Orientações Curriculares- Língua Portuguesa e literatura. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. Spcione, 1994.
172
6.1.12 Proposta Pedagógica Curricular de Matemática
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Sabe-se que a disciplina de matemática deve considerar o cotidiano e a cultura
do aluno, levando o mesmo a se apropriar do objeto matemático historicamente
construído, fazendo-o agir criticamente e com autonomia nas suas relações sociais, pois,
almeja-se um ensino que possibilite análises, discussões, conjecturas, apropriação de
conceitos e formulação de ideias.
Segundo as DCEs – Diretrizes Curriculares de Matemática para as séries finais
do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, aprende-se matemática não somente por
sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas para que, a partir dela, o homem
amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da
sociedade, logo, a matemática deve ser expressada como um saber vivo, dinâmico,
construído historicamente para atender as necessidades sociais, econômicas e teóricas,
onde, a aprendizagem da matemática consiste em criar estratégias que possibilitem ao
aluno atribuir sentido e construir significados às ideias matemáticas, tornando-se capaz de
estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Assim, supera-se o ensino
baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar
conceitos pela memorização ou listas de exercícios.
Nesta perspectiva, a ação do professor é articular o processo pedagógico, a
visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida, da história e do cotidiano.
A matemática, através de sua evolução histórica nos mostra que os primeiros
conhecimentos que vieram a compor a matemática que hoje conhecemos, iniciou-se por
volta de 2000 a.C. , com os babilônicos, que trata-se de registros, que se originaram das
configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e
quantidades. Somente mais tarde , por volta dos séculos VI e V a.C, surgiram com a
civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados, havendo discussões
sobre a importância e o papel da matemática no ensino e na formação das pessoas.
Nos séculos IV a II a.C, o ensino da matemática reduziu-se a contar números
naturais, cardinais e ordinais, fundamentados na memorização e na repetição,
configurando-se como disciplina básica na formação de pessoas somente no século I a.C,
sendo desdobrada nas disciplinas de aritmética, geometria, música e astronomia. A partir
do século V d. C. o ensino teve apenas caráter religioso e a matemática era ensinada
173
para entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar as datas religiosas,
permanecendo assim até o final deste século, onde o caráter empírico e as aplicações
práticas da matemática passaram a ser exploradas.
Entre os séculos VIII e IX surgiram as escolas e a organização dos sistemas de
ensino e assim o caráter empírico da matemática se manteve até os séculos X e XV, a
volta das atividades práticas no ensino desta disciplina.
O século XVI demarca o período de sistematização da matemática, surgindo a
matemática de grandezas variáveis. Este período contribui para o progresso cientifico
econômico, sendo que a matemática tinha como objetivo principal preparar os jovens para
o trabalho com atividades ligadas, ao comércio, arquitetura, música, astronomia, artes da
navegação, da medicina e da guerra. Assim, deste século até o inicio do século o ensino
da matemática contemplava aritmética, geometria, álgebra e trigonometria. O século XIX,
ficou conhecido como o período das matemáticas contemporâneas. Já no século XX,
após discussões e encontros internacionais, a matemática foi legitimada como disciplina
escolar.
O objeto de estudo da educação matemática ainda encontra-se em processo
de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da matemática,
de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, aprendizagem e o conhecimento
matemático. Em virtude disso é fundamental desenvolver o ensino-aprendizagem
acompanhando seu desenvolvimento progressivo, onde se desdobrem hesitações,
dúvidas, contradições, que só um longo trabalho de reflexão e apuramento consegue
eliminar.
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam
ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se
capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.
Aprender Matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou
marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios
instrumentos para resolver problemas, estar preparado para receber estes mesmos
problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conhecer, projetar e
transceder o imediatamente sensível(Paraná, 1990, p. 66)
174
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
ENSINO FUNDAMENTAL
6° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BASICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA �Sistemas de numeração
�Números Naturais
�Múltiplos e divisores
�Potenciação e Radiciação
�Números Fracionários
�Números Decimais
GRANDEZAS E MEDIDAS �Medidas de comprimento
�Medidas de Massa
�Medidas de área
�Medidas de volume
�Medidas de Tempo
�Medidas de ângulo
�Sistema Monetário
GEOMETRIAS �Geometria Plana
�Geometria Espacial
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO �Dados, tabelas e gráficos
�Porcentagem
7° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BASICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA �Números inteiros
�Números racionais
�Equação e inequação do 10 grau
�Razão e proporção
�Regra de três simples
GRANDEZAS E MEDIDAS �Medidas de temperatura
175
� Medidas de ângulos
GEOMETRIAS �Geometria plana
�Geometria espacial
�Geometrias não-euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO �Pesquisas estatísticas
�Média aritmética
�Moda e mediana
�Juros simples
8° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA �Números racionais e irracionais
�Sistemas de equações do 10 grau
�Potências
�Monômios e polinômios
�Produtos notáveis
GRANDEZAS E MEDIDAS �Medidas de comprimento
�Medidas de área
�Medidas de ângulo
�Medidas de volume
GEOMETRIAS �Geometria plana
�Geometria espacial
�Geometria analítica
�Geometrias não-euclidianas
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
�Gráfico e informação
�População e amostra
9°ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA �Números reais
�Propriedades dos radicais
176
�Equação do 20 grau
�Teorema de Pitágoras
�Equações irracionais
�Equações biquadradas
�Regra de três composta
FUNÇÕES �Noção intuitiva de função afim
�Noção intuitiva de função quadrática
GEOMETRIAS �Geometria plana
�Geometria espacial
�Geometria analítica
�Geometrias não-euclidianas
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
�Noções de análise combinatória
�Noções de probabilidade
�Estatística
�Juros compostos
GRANDEZAS E MEDIDAS �Relações métricas no triangulo
retângulo
�Trigonometria no triângulo retângulo
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BASICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA �Números reais
�Números complexos
�Sistemas lineares
�Matrizes e determinantes
�Polinômios
�Equações e inequações Exponenciais,
Logarítmicas e Modulares
FUNÇÕES �Função Afim
�Função Quadrática
�Função Polinomial
177
�Função Exponencial
�Função Logarítmica
�Função trigonométrica
�Função Modular
�Progressão aritmética
�Progressão Geométrica
GEOMETRIAS �Geometria plana
�Geometria espacial
�Geometria analítica
�Geometrias não-euclidianas
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
�Análise combinatória
�Binômio de Newton
�Estudo das Probabilidades
�Estatística
�Matemática Financeira
GRANDEZAS E MEDIDAS �Medidas de área
�Medidas de volume
�Medidas de grandezas vetoriais
�Medidas de informática
�Medidas de energia
�Trigonometria
3. METODOLOGIA
Assim como outras ciências, a matemática surgiu da própria necessidade do
homem. Em específico, da sua necessidade de contar, representar, medir e expor dados
de formas organizadas e precisas.
Baseados na afirmação acima, estabelecemos mais uma vez sua relação com o
cotidiano e as diversas áreas do conhecimento produzido pela humanidade.
Nesse sentido, o ensino da matemática não só garante a construção e
apropriação do conteúdo e/ou conhecimento matemático, como também contribui para
ampliar as possibilidades de participação social do aluno cidadão, e consequentemente
para o desenvolvimento da sociedade.
Ou seja, ao articularmos os conteúdos estruturantes entre si ou com os
178
específicos nos diversos momentos da aprendizagem, estaremos abrindo possibilidades
de engrandecer o trabalho pedagógico através das possíveis relações que se
estabelecem.
É preciso ter claro que a matemática tem um papel social fundamental, o de
buscar transformações para diminuir, e quiçá resolver vários problemas decorrentes de
ordem social. Para tanto, há de se lançar mão de metodologias que apontem para a
investigação e para a produção de conhecimentos que possibilitem aos educandos
análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias.
Assim, a Matemática realizada em sala de aula pressupõe estruturas lógicas
realizadas através de cálculos lógicos, baseados em estruturas formais, mas adaptadas à
realidade do educando.
A praticidade exigida em diversos segmentos da sociedade nos sugere a forma de
trabalho a ser realizada em sala de aula.
A Matemática, deverá ser apresentada e trabalhada, de forma simples e
adequada com o perfil do aluno, ressaltando os pré-requisitos e dando ênfase a todos os
conjuntos numéricos, tomando-se o cuidado e o zelo para que todos aprendam, estudar
matemática nos ajuda a resolver problemas, da vida e da sociedade onde se está
inserido.
As atividades desenvolvidas, devem incorporar elementos estruturais e práticos,
resolução de problemas do dia a dia, uso da calculadora e de tabelas, bem como
fórmulas designadas para aprimoramento das questões. Mas o uso de fórmulas estará
comprometido com a construção, bem como a estruturação da mesma, sua aplicação, e
não somente uma mera substituição de letras por números.
O uso da calculadora corresponde à compreensão de elementos matemáticos tais
como são calculados com e sem máquina, e não somente a manipulação da tabuada, ou
simples cálculos de porcentagem.
Os conteúdos matemáticos envolvem diferentes tipos de aula, desde as
expositivas, as de vídeo, as de pesquisa, até as práticas, geralmente realizadas no pátio
nos laboratórios ou nas demais dependências do colégio.
Os trabalhos serão realizados individualmente, em duplas, trios ou equipes,
podendo até ser realizadas com a turma toda, dependendo da ocasião e do conteúdo
trabalhado.
As aulas de pesquisa e de laboratório permitirão conexões com as outras
disciplinas, principalmente quando se tratarem de história da matemática e de suas
179
aplicações, e a partir disto propiciar a elaboração de problemas, o uso da modelagem
matemática. Em conteúdos como Geometria, Probabilidade, Função e Lógica, utilizar-se-
ão criptogramas, jogos de xadrez e general, bem como simples quebra-cabeças
geométricos, como o tangram, polinômios, ou poliedros. Nos momentos propícios, serão
utilizadas atividades lúdicas matemáticas.
No ensino de Matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em
relacionar observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas, figuras,
escritas numéricas); outro consiste em relacionar essas representações com princípios e
conceitos matemáticos. Nesse processo, a comunicação tem grande importância e deve
ser estimulada, levando o aluno a falar e escrever sobre Matemática, a trabalhar com
representações gráficas, desenhos, construções e aprender como organizar e tratar
dados.
A aprendizagem está ligada à compreensão, isto é, à atribuição e apreensão de
significado; aprender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe identificar
suas relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos
em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma
abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas, favorecendo ao aluno o
reconhecimento no conteúdo matemático, das questões de relevância social.
O conhecimento matemático é historicamente construído e, portanto, está em
permanente evolução. Assim o ensino da Matemática precisa incorporar esta perspectiva,
possibilitando ao aluno reconhecer as contribuições que ela oferece para compreender as
informações, analisá-las e posicionar-se criticamente diante delas.
Recursos didáticos como livros, jogos com material concreto feito pelos próprios
alunos, dicionário de matemática, vídeos, televisão, calculadoras, informática,
etnomatemática, têm integrados situações que levem ao exercício da análise e da
reflexão. Elaborar problemas, na perspectiva de oportunizar ao aluno conhecer e
entender a matemática como campo de conhecimento, em permanente construção.
Também a matemática investigativa será desenvolvida, em especial em experimentos,
feiras, mostras e outras situações que partam da vivência dos alunos, sempre buscando
transcender para o conhecimento validado cientificamente. Importante no trabalho pela
apropriação do conhecimento matemático junto aos alunos, que se desvele a importância
de que todos aprendam, de que todos saibam utilizá-la como forma de inserção social,
como instrumento de inclusão e não como mais uma forma de exclusão do saber e em
consequência do ser, do fazer parte. Neste sentido é fundamental que nós, professores,
180
saibamos lançar mão do que dispõe a Lei n° 10.639/2003, que trata da História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, fazendo do saber matemático, mais uma oportunidade de
exercício de democracia e de partilha.
� Trabalhar o abstrato e o concreto juntos.
� Trabalhar em equipe e individual, com apoio do livro didático.
� Utilizar o dicionário de matemática como fonte de pesquisa.
� Resolução de exercícios em sala de aula com apoio do professor.
O ensino de Matemática deve garantir o desenvolvimento de capacidades como:
observação, estabelecimento de relações, comunicação, argumentação e validação de
processos e o estímulo às formas de raciocínio como intuição, indução, dedução,
analogia, estimativa.
A disciplina de Matemática também prevê o trabalho com a temática da Educação
ambiental que se destina a desenvolver nas pessoas conhecimentos, habilidades e
atitudes voltadas para a preservação do meio ambiente. A Educação Ambiental deve estar
presente dentro de todos os níveis educacionais, com o objetivo de atingir todos os alunos
em fase escolar.
Os professores podem desenvolver projetos ambientais e trabalhar com conceitos
e conhecimentos voltados para a preservação ambiental e uso sustentável dos recursos
naturais.
No Brasil, existe uma lei específica que trata da educação ambiental. A Lei número
9.795 de 27 de abril de 1999, dispõe sobre a educação ambiental, instituindo a política
nacional de educação ambiental.
O ensino de matemática também abordará a Educação Fiscal que é uma forma da
comunidade escolar saber onde, quando e como foram gastas ou aplicadas as verbas
inerentes a Instituição. Estas verbas são públicas, isso faz com que seja direito da
comunidade essa sapiência e dever da mesma de cobrar a prestação eficiente e clara de
contas.
A Educação Fiscal ainda nova no campo educacional busca discutir as relações do
cidadão com o Estado no campo financeiro, integrando suas duas vertentes: arrecadação
e gasto público. A mesma deve vigiar e certificar-se que ambos são realizados com
transparência, eficiência e honestidade, com a aproximação do Estado com o Cidadão.
4. AVALIAÇÃO
181
A avaliação enquanto mediadora do processo ensino aprendizagem sugere que o
professor adote procedimentos que leve o aluno a explicitar o método de construção de
seu raciocínio, nas aplicações matemáticas que realiza.
Desta forma, desconsidera-se apenas o resultado final das questões propostas,
abrindo espaço para reflexões sobre a relação do aluno com o conhecimento, sua
interpretação e discussão sobre os conteúdos trabalhados, considerando as noções que
já possui a partir de sua vivência.
Neste processo então, o professor poderá observar, intervir e revisar quando
necessário, buscando alternativas avaliativas que possibilitem esta análise do processo
de construção do raciocínio.
Assim, a avaliação ocorrerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem e
não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes
etapas de trabalho. Compreenderá provas, atividades lúdicas, atividades escritas,
atividades orais, indicações de acompanhamento escolar e participação em sala, e
trabalhos pré-estabelecidos, demonstrações, trabalhos em laboratório (feiras e amostras),
possibilidades de intervenções no cotidiano.
Ou seja, a avaliação dar-se-á de forma global e individual, em sala de aula,
através de observações sistemáticas, análise das produções dos alunos e atividades
específicas, deixando bem claro para os alunos o quê se pretende avaliar, e qual a função
da avaliação. O registro se dará através do livro de chamada, e representará em que
medida o aluno atribui significado ao que aprendeu e em que medida consegue
materializar situações que exigem raciocínio matemático, abordando principalmente as de
relevância social. De forma processual, com objetivo diagnóstico, nos dará a clareza
necessária para reavaliarmos, permanentemente nossa prática pedagógica, nossa
metodologia. A recuperação é concomitante e é oferecida a todos os alunos e serve de
reflexão da pratica docente, nos conhecimentos matemáticos.
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.
REGIMENTO ESCOLAR – Colégio Rural Estadual José Alves dos Santos.
PPP – Projeto Político Pedagógico do Colégio Rural Estadual José Alves dos Santos.
183
6.1.13 Proposta Pedagógica Curricular de Química
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A química é uma das ciências mais recente, quando comparada com Física,
Astronomia e matemática, mas técnicas químicas já eram utilizadas cerca de 1500 a.C., e
eram desenvolvidas pelos alquímicos que fabricavam utensílios metálicos, vidro, bebidas,
corantes e outros. Os conhecimentos foram somados, passando da Alquimia para a
Iatroquímica, onde a preocupação era com a obtenção de substâncias que curassem as
enfermidades. Pode-se dizer que a química só se firmou como ciência no transcorrer do
século XVII e XVIII.
Em nosso dia-a-dia encontramos varias indicações de substâncias químicas
como, nos frascos de remédio, produtos de limpeza, embalagens de alimentos e entre
outros. Os conhecimentos químicos tornaram-se indispensáveis em nossas casas,
hospitais, indústrias e nas mais diferentes modalidades.
Do mesmo modo que as substâncias químicas podem contribuir para o bem estar
da humanidade, elas também podem causar doenças, mortalidade de plantas,
desequilíbrio ambiental, potencialização do efeito estufa e do consequente aumento da
temperatura da Terra devido a queima de combustíveis fósseis se usadas incorretamente.
No decorrer do curso muitas vezes a química utiliza ferramentas de outras áreas,
conforme as DCEs, onde a interdisciplinaridade é uma questão epistemológica e está na
abordagem teórica e conceitual dada ao conteúdo em estudo, concretizando-se na
articulação das disciplinas cujos conceitos, teorias e práticas enriquecem a compreensão
desse conteúdo.
Entender química significa conhecer as transformações ocorridas na matéria e no
mundo físico, sendo capaz de interferir nas suas aplicações tecnológicas, ambientais,
sociais, políticas e econômicas. E a química é um dos meios, bastante eficaz, de
interpretação e utilização do mundo físico.
É claro que o conhecimento químico, aliado aos conhecimentos de outras
disciplinas afins vem dar embasamento à compreensão do mundo em que vivemos.
Enfim, os objetivos propostos para o ensino da Química, podem contribuir para a
formação da pessoa como cidadão crítico e transformador de sua realidade.
Aprender química é se envolver num mundo das substâncias ao nosso redor, de
onde vêm, quais suas vantagens, ou problemas que nos trazem. A meta é ajudar o aluno
184
a compreender melhor alguns conceitos fundamentais e sua relação com o dia-a-dia.
Um aluno participativo é capaz de tomar as melhores decisões para si e para sua
comunidade entre outras coisas, ter noção clara sobre ciência. Assim dominar os
conceitos científicos e compreender os fenômenos que acontecem ao nosso redor é uma
importante condição para a cidadania.
Desse modo, os aprendizes são levados a desenvolver uma explicação provável
que se aproximada dos conceitos e teorias científicas pelos docentes, permite, uma
melhor compreensão da cultura e prática científica na reflexão de como são construídos e
validados os conceitos cientificamente aceitos.
2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
� Estimular o aluno a propor um problema e solucioná-lo segundo seus
conhecimentos adquiridos nas aulas;
� Determinar relações entre a teoria e a prática em ciências e química;
� Explorar os conhecimentos científicos e aplicá-los no cotidiano, através da
realização de experimentos;
� Fazer com que o aluno tenha seu próprio senso crítico relacionado a uma
fundamentação teórica.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
- Antiga Grécia
- Química
- Importância da Química
- Essência da matéria
- Matéria
- Energia
- Propriedades da Matéria
- Estados Físicos
- Mudança de Estado
- Densidade
- Substâncias e Misturas
185
- Substância pura
- Mistura
- Modelos atômicos
- Estrutura da Matéria
- Representação dos átomos
- Substâncias simples e compostas
- Estrutura Atômica
- Natureza elétrica
- Experiência de Rutherford
- Modelo Atômico
- Número atômico e número de massa
- Isótopos
- Isóbaros
- Isótonos
- Postulados de Bohr
- Configuração Eletrônica
- Orbital
- Distribuição eletrônica
- Classificação Periódica dos Elementos
- Tabela Periódica Atual
- Períodos
- Famílias
- Configuração eletrônica e localização
- Propriedades dos Elementos
- Tamanho do átomo
- Potencial de ionização
- Eletroafinidade
- Eletronegatividade
- Reatividade química
- Densidade
- Volume atômico
- Ponto de fusão
186
- Aspectos macroscópicos e microscópicos
- Métodos de separação
- Análise imediata
- Fenômeno e Reação Química
- Fenômeno físico e químico
- Leis ponderais das reações químicas
- Ligações Químicas
- Estabilidade atômica
- Ligação iônica ou eletrovalente
- Ligação covalente ou molecular
- ligação covalente dativa
- Polaridade das ligações
- Geometria molecular
- Ligação metálica
- Forças intermoleculares
- Número de oxidação
- Funções Químicas
- Ácidos
- Bases
- Sais
- Óxidos
BIOGEOQUÍMICA
- Interações entre hidrosfera, litosfera e atmosfera
- Reações Químicas
- Determinação dos coeficientes de uma reação química.
- Tipos de reações
- Síntese ou adição
- Análise ou decomposição
- Simples troca ou deslocamento
- Dupla troca
- Oxidação-redução
- Balanceamento
- Método das tentativas
187
- Oxirredução
- Ocorrência de reações
- Reações de deslocamento
- Reações de dupla troca
- Quantidades e medidas
- Massa atômica de um elemento
- Massa da molécula
- Quantidade de matéria
- Estado Gasoso
- Pressão de um gás
- Volume de um gás
- Temperatura de um gás
- Transformações gasosas
- Transformação isotérmica
- Transformação isobárica
- Transformação isocórica
- Hipótese de Avogadro
- Equação de Clapeyron
- Densidade absoluta de um gás
- Densidade relativa de um gás
- Historicamente sobreposição biologia, geologia e química
-Cálculos Químicos
- Fórmula Porcentual
- Fórmula Mínima
- Fórmula Molecular
- Soluções
- Dispersões
- Soluções
- Concentração de soluções
- Concentração comum
- Molaridade
- Título
- Densidade absoluta
- Fração molar
- Molalidade
- Diluição de soluções
188
- Mistura de soluções
- Termoquímica
- Reações químicas e energia
- Medidas de calor
- Calor nas reações químicas
- Entalpia
- Gráficos de entalpia
- Fatores que influenciam a variação de entalpia
- Calor de formação
- Calor de combustão
- Calor de neutralização
- Energia de ligação
- Lei de Hess
- Radiatividade
- Radiações
- Radiações alfa
- Radiações beta
- Radiações gama
- Lei da desintegração radiativa
- Efeitos fisiológicos das radiações
- Cinética radiativa
- Energia nuclear
- Fissão nuclear - Fusão nuclear
QUÍMICA SINTÉTICA
- Síntese de novos produtos e novos materiais
- Produtos farmacêuticos.
-Introdução à Química Orgânica
- Estudo do carbono
- Classificação das cadeias carbônicas
- Funções Orgânicas
- Conceito e nomenclatura
- Hidrocarbonetos
- Haletos orgânicos
- Álcoois
- Fenóis
189
- Aldeídos
- Cetonas
- Ácidos carboxílicos
- Sais Orgânicos
- Ésteres
- Anidridos
- Cloretos de ácido
- Éteres
- Aminas
- Amidas
- Nitrocompostos
- Nitrilos
- Isomeria
- Isomeria plana
- Isomeria espacial
- Isomeria óptica
- Industria alimentícia ( conservantes, acidulantes, aromatizantes e
edulcorantes)
- Química na agricultura
- Química na indústria
- Química dos alimentos
- Avanços tecnológicos.
- Compostos Orgânicos Naturais
- Petróleo
- Carvão
- Bulha
- Glicídios
- Aminoácidos
- Polímeros
- Borracha
- Plásticos
4. METODOLOGIA
O ensino de química deve partir do conhecimento prévio dos estudantes,
190
utilizando-o para e elaboração de um conhecimento cientifico. Uma das mais importantes
estratégias é a abordagem experimental, pois tem papel investigativo e função
pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão, enfim, na
significação dos conceitos químicos.
A química utiliza linguagem própria, que ao longo do curso o aluno estará
adquirindo informações que lhe permitirão entender essa linguagem, fazendo leitura com
o entendimento de fórmulas, símbolos e abreviações.
A utilização de artigos e revistas é de importância, sendo que estes trazem
informações sobre a realidade do seu meio, enriquecendo seu desenvolvimento
intelectual, aumentando a capacidade de argumentação e vocabulário científico.
Outro recurso de grande ajuda é a aula expositiva, que propicia ao estudante
condições para o entendimento da natureza e dos fatos tecnológicos ou culturais.
A abordagem que não envolvem dados numéricos (qualitativa) é uma das
primeiras ações a serem desenvolvidas. Somente num segundo momento é que se
introduz o tratamento que provêm de medidas e constituem-se de dados numéricos
(quantitativamente), para que dessa forma o aluno perceba as relações quantitativas sem
a utilização de algoritmo.
Os conteúdos abordados, partindo de temas que permitam a contextualização do
conhecimento, ganham flexibilidade e interatividade e permite que se desenvolvam
competências para identificar fontes de informação, sabendo interpretá-las nos aspectos
químicos. Considerando também as implicações sócio políticas, culturais e econômicas,
os conteúdos químicos devem ser abordados com vista às leis 10639/03 referente a
Historia e Cultura Afro-brasileiro e Africana, lei 11645/3/2008 referente a História e Cultura
dos Povos Indígenas e lei 9795/55 referente à Política nacional de Educação Ambiental.
Com isso torna-se possível reconhecer os limites éticos e morais do conhecimento
científico, tecnológico e das suas relações. Na disciplina de Química também prevê o
trabalho com a temática da Educação ambiental que é destinada a desenvolver nas
pessoas conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a preservação do meio
ambiente. Pode ocorrer dentro das escolas, empresas, universidades, repartições
públicas, etc. Esta educação pode ser desenvolvida por órgãos do governo ou por
entidades ligadas ao meio ambiente.
Deve estar presente dentro de todos os níveis educacionais, com o objetivo de
atingir todos os alunos em fase escolar. Os professores podem desenvolver projetos
ambientais e trabalhar com conceitos e conhecimentos voltados para a preservação
191
ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.
No Brasil, existe uma lei específica que trata da educação ambiental. A Lei número 9.795
de 27 de abril de 1999, dispõe sobre a educação ambiental, instituindo a política nacional
de educação ambiental.
O ensino de Química também abordará a Educação Fiscal para a cidadania que é uma
forma da comunidade escolar saber onde, quando e como foram gastas ou aplicadas as
verbas inerentes a Instituição. Estas verbas são públicas, isso faz com que seja direito da
comunidade essa sapiência e dever da mesma de cobrar a prestação eficiente e clara de
contas.
Ainda nova no campo educacional busca discutir as relações do cidadão com o
Estado no campo financeiro, integrando suas duas vertentes: arrecadação e gasto
público. A mesma deve vigiar e certificar-se que ambos são realizados com transparência,
eficiência e honestidade, com a aproximação do Estado com o Cidadão.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação não deve ser considerada como uma etapa final do processo de
ensino, mas sim de forma abrangente devendo fornecer ao professor informações sobre o
aprendizado do aluno.
O professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos para verificar
se seus objetivos foram alcançados, bem como informar o aluno sobre seu desempenho,
avanço e dificuldades.
O desenvolvimento das capacidades do aluno devem estar relacionados à
aprendizagem de todos os conteúdos estruturantes e básicos.
Avaliar, não se resume à mecânica do conceito formal e estatístico; não é
simplesmente atribuir notas, obrigatórias à decisão de avanço ou retenção em
determinadas disciplinas, mas sim possibilitar tomadas de decisões, relativas a promover
a aprendizagem dos alunos, quanto aos resultados alcançados.
O que afirma Pedro Demo (2002,p.18):[...] a avaliação, ao contrário do que se
aventa, é feita para classificar, busca comparar, contrasta as pessoas sobre cenários onde
sempre há quem esteja mais em cima e quem esteja mais em baixo. Assim em vez de
negar seu contexto classificatório, é bem melhor – e mais realista – argumentar sobre as
razões pedagógicas de classificação e seus riscos óbvios. Avaliamos, entre outras coisas,
para saber a distância entre o lugar que ocupa no momento o aluno e o lugar onde
192
deveria estar. Pretendemos descobrir os motivos por que não aprende e gostaríamos que,
sabendo disso, pudesse recuperar a posição onde deveria estar. Para tanto, é mister,
primeiro classificar sua posição desfavorável, claramente, com o melhor manejo do
conhecimento, porque só podemos mudar o que bem conhecemos. Esta informação é
necessária ao professor para que ele encontre meios e estratégias que venham ajudar os
alunos a resolver essas dificuldades. Ela é necessária também aos alunos para se
aperceberem delas e tentarem ultrapassá-las com a ajuda do professor e com o próprio
esforço. Por isso, a avaliação tem uma intenção formativa.
Luckesi (2002p.81) ainda afirma que:[...] a avaliação deverá ser assumida como
um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o
aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar
no processo de aprendizagem. Se é importante aprender aquilo que se ensina na escola,
a função da avaliação será possibilitar ao educador condições de compreensão do
estágio em que o aluno se encontra, tendo em vista poder trabalhar com ele para que saia
do estágio defasado em que se encontra e possa avançar em termos dos conhecimentos
necessários.
A avaliação realizada com os alunos possibilita ao sistema de ensino verificar
como esta atingindo os seus objetivos, portanto nesta avaliação ele tem uma possibilidade
de auto compreensão. O professor, na medida em que está atento ao andamento dos
seus alunos, poderá através da avaliação da aprendizagem, verificar o quanto o seu
trabalho está sendo eficiente e que desvio está tendo. O aluno, por sua vez, poderá estar
permanentemente descobrindo em que nível de aprendizagem se encontra, dentro de sua
atividade escolar, adquirindo consciências do seu limite e das necessidades de avanço.
Além disso, os resultados manifestados por meio dos instrumentos de avaliação poderão
auxiliar o aluno num processo de automotivação, na medida em que lhe fornece
consciência dos níveis obtidos de aprendizagem.
Cabe ao professor desafiá-lo a superar as dificuldades e fazer com que ele
continue progredindo na construção dos conhecimentos. Ao aluno permite verificar em
que aspectos ele deve melhorar durante seu processo de aprendizagem e aos familiares
no sentido que venham auxiliar a escola para que o aluno chegue aos conhecimentos
estabelecidos como necessários.
O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo
compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a necessária retomada
do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos e estratégias
193
para que ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvem:
� Origem e evolução do universo;
� Constituição e propriedades da matéria;
� Sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;
� Conservação e transformação de energia;
� Diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem,
bem como os processos evolutivos envolvidos.
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode
propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante
aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar
sobre os procedimentos a serem utilizados.
A avaliação será contínua, processual e cumulativa, utilizando instrumentos como:
�Trabalhos individual e/ou em dupla
�Provas escritas, individual e/ou coletivas e orais.
�Tarefa de casa e/ou em sala de aula e cadernos
Nestes termos, avaliar no ensino de Química implica intervir no processo ensino
aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos
científicos escolares e do objeto de estudo de Química, visando uma aprendizagem
realmente significativa para sua vida.
6. REFÊRENCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Lei das Diretrizes Básicas da Educação Nacional. Lei: 9394/96. Brasília: Ministério da educação, 1996.
CHAGAS, A. P. Como se Faz Química. Editora UNICANP. 3a edição. São Paulo, 2001.
COVRE, G. J. Química Total. Editora FTD S.A. São Paulo, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Química para Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.
MATEUS, A. L. Química na Cabeça. Editora UFMG. Belo Horizonte, 2005.
194
TITO & CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Editora Moderna. 1a Edição. São
Paulo, 1995.
SARDELLA, A ; FALCONE, M. QUÍMICA: Série Brasil. São Paulo: ÁTICA, 2004.
SARDELLA, A ; MATEUS, E. Dicionário escolar de Química. 3 ed. São Paulo, ÁTICA
PARANÁ/ SEED/DESG. Reestruturação do Ensino de 2° Grau – Química. Curitiba:
SEED/DESG, 1993.
195
6.1.14 Proposta Pedagógica Curricular de Sociologia
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Pode-se dizer que a sociologia enquanto ciência que se respalda nos
conhecimentos das ciências humanas, estuda os homens, seu contexto histórico, seus
relacionamentos e sua forma organização espaço/social. A sociologia que se consolida
enquanto disciplina a partir de meados do século XVIII tem forte ligação com a
implantação e consolidação do capitalismo, que com a Revolução Industrial, trouxe várias
mudanças ao contexto social europeu e mundial.
As mudanças ocorridas no cenário mundial e no contexto histórico da época
fizeram com que novas formas de explicar a sociedade e sua organização fossem
buscadas. As antigas formas de organização social foram sendo alteradas com a
experiência da modernidade que propõe, entre outros aspectos, a utilização da razão
como preceito básico da realidade.
Em nosso contexto, percebemos que a sociologia pode ser uma importante
ferramenta no que diz respeito a uma educação que alerte para o senso crítico enquanto
ponto passivo para a formação cidadã. Desta forma, a Lei 9.394/96 estabelece como uma
das principais finalidades do Ensino Médio a orientação no que respeita a cidadania, no
que se evidencia a importância da disciplina de sociologia na grade curricular.
Tendo em vista o fato de que o conhecimento pautado pela sociologia tem como
preceitos básicos a investigação, a interpretação, a reflexão crítica sobre pessoas, coisas
e fatos, consideramos que seja de fundamental importância sua discussão e ensino. O
importante neste contexto é que o aluno consiga desvelar as várias formas de leitura de
mundo existentes, e com elas consiga estruturas a sua foma de interpretar e ler as coisas.
Desta maneira, as aulas de sociologia devem ensinar o aluno a ler e interpretar os
textos e as coisas que acontecem a sua volta, instigando aos questionamentos a respeito
de sua realidade e da organização social da qual ele, enquanto agente social/histórico, faz
parte. Por isso, é importante que nas aulas, sempre que possível, se parta da realidade
dos alunos para que assim, possamos passar para o conhecimento científico
historicamente acumulado.
Partindo de situações ou problemas sociais da realidade do educando, da
comunidade escolar, podemos observar e se utilizar do método de investigação
sociológico, construindo assim o conhecimento em sala de aula que fará parte da
196
realidade do educando.
Diferenciando o senso comum do senso crítico, os alunos conseguem ter uma nova
visão de mundo, ao mesmo tempo que conseguem compreender que aquela é uma forma
de leitura da realidade que fora por ele até este momento utilizada, contudo ainda o
rodeia. Desta forma, o educando consegue ter uma visão crítico/reflexiva das coisas, bem
como se indagar daquilo que lê, ouve, assiste.
Assim, o ensino de sociologia pela sua praticidade, pela sua importância na
formação do cidadão e pela sua estruturação enquanto disciplina baseada nas ciências
que buscam compreender melhor o homem e seu mundo. Sendo assim, os objetivos
principais desta disciplina são despertar nos alunos a percepção sociológica,
desenvolvendo nele ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: um raciocínio e uma
abordagem específicos no entendimento da realidade social. Despertar e sensibilizar o
aluno para as questões sociais e os desafios que as transformações no mundo ao nosso
redor, ajudando a prepará-los para uma intervenção responsável na vida social e no
exercício cidadania. Ajudá-los a reconhecer alguns conceitos e autores principais das
ciências sociais, para que esses possam nortear as análises empíricas dentro e fora de
sala de aula.
A Sociologia nos oferece elementos para nos voltarmos, o tempo todo, para os
problemas que o homem enfrenta no seu dia-a-dia em sociedade. Todos possuímos
conhecimentos práticos de como agir, como participar de instituições, de grupos, etc.
Esse conhecimento é parte de um certo senso comum acerca da sociedade. Assim
sendo, a Sociologia está próxima de nossos problemas diários, mas não se limita a repetir
o que já se sabe, ou seja, os ensinamentos do senso comum.
O objeto de estudo da Sociologia, então, constitui -se historicamente como o
conjunto de relacionamentos que os homens estabelecem entre si na vida em sociedade.
Interessa, para a Sociologia, portanto, não o indivíduo isolado, mas interrelacionado com
os diferentes grupos sociais dos quais faz parte, como a escola, a família, os grupos de
amigos, de trabalho, as classes sociais, dentre outros. Não é o homem enquanto ser
isolado da história que interessa ao estudo da sociedade, mas os homens enquanto seres
que vivem e fazem a história.
Tudo isso nos coloca algumas questões centrais: Como os homens agem em
sociedade? Como as ações de diferentes indivíduos se influenciam reciprocamente?
Como as pessoas obedecem às regras definidas pela sociedade? Como as práticas
sociais acabam definindo individualidades e, ao mesmo tempo, grupos homogêneos?
197
É nessa perspectiva que a Sociologia vem ao encontro à identidade de um Ensino
Médio que se quer capaz de instrumentalizar o aluno para prosseguir seus estudos e/ou
participar ativamente do mundo do trabalho.
As políticas públicas implantadas como o concurso para licenciados em Ciências
Sociais, as Diretrizes Curriculares de Sociologia, a construção do Livro Didático Público
de Sociologia, a formação continuada, a Biblioteca do professor, vêm reforçar a
importância dada ao conhecimento sociológico para a efetivação da qualidade da
educação pública do Estado do Paraná.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
1º ANO
Conteúdo Estruturante: O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
1 – O surgimento da Sociologia
� Antiguidade
� Idade Média
� Renascimento
� Iluminismo
� Modernidade
2 – As teorias sociológicas na compreensão do presente
� A sociologia positivista - Augusto Comte
� A sociologia funcionalista - Émile Durkheim
� A sociologia compreensiva - Max Weber
� A sociológica dialética - Karl Marx
3 – A produção sociológica brasileira
� 1ª Fase: Os modernistas e Euclides da Cunha
� 2ª Fase: Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Nelson Wernek Sodré.
� 3ª Fase: Florestan Fernandes.
Conteúdo Estruturante: O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
1 – A Instituição Escolar
198
� Contexto histórico da escola;
� Funções da escola.
2 – A Instituição Religiosa
�Religião e religiosidade
�Religiões originárias do Extremo-Oriente
�Religiões originárias do Oriente-Médio
�Religiões de origem africana
3 – A Instituição Familiar
� Contexto histórico da família
� Conceitos de família
� Funções da família
2º ANO
Conteúdo Estruturante: Cultura e Indústria Cultural
1 – Cultura
� Conceitos de Cultura e Estrutura Social
� Cultura Indígena
� Cultura Africana
� Cultura Brasileira
2 – Indústria Cultural
�Mídia (música, TV, cinema, produções artísticas).
�Indústria da Moda
�O império do consumismo
3 – Grupos Sociais (modos de Vida)
�Indígenas
�Ciganos
�Circo
�Hippies
�Punks
199
Conteúdo Estruturante: Trabalho, Produção e Classes Sociais
1 – Trabalho;
� Conceitos de trabalho;
� Contexto histórico do trabalho.
2 – Produção
�O processo de trabalho;
�A organização do trabalho.
3 – A divisão Social
� Estamentos;
� Castas;
� Classes sociais;
�As desigualdades sociais;
�A violência nas sociedades contemporâneas.
3º ANO
Conteúdo Estruturante: Poder, Política e Ideologia
1 – Poder
� Conceito de poder;
� As formas de poder;
� Liberalismo;
� Capitalismo;
� Socialismo;
� Comunismo;
� Anarquismo;
� Fascismo;
� Nazismo;
� Democracia.
2 – Política
� Formação do Estado Moderno;
� Pensamento político moderno.
200
3 – Ideologia
� Conceito de ideologia
� Traços gerais da ideologia:
� A anterioridade
� A generalização
� A lacuna
� Globalização
Conteúdo Estruturante: Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
1 – Direito
� Conceito de poder
� Direitos civis, políticos e sociais.
� Direitos humanos e da criança.
2 – Cidadania
� Conceitos de cidadania
� Contexto histórico da cidadania
� Critica social
3 – Movimentos Sociais
� Contexto histórico dos Movimentos Sociais;
� Movimentos Agrários no Brasil;
� Movimento Estudantil.
3. METODOLOGIA
O programa de ensino que aqui expomos, juntamente com o Plano de Trabalho
Docente não é necessariamente estanque, sendo que se pode alterar a ordem e a
maneira de trabalho dos conteúdos no decorrer do ano letivo. No ensino de sociologia,
propomos o redimensionamento de aspectos da realidade por meio de uma análise crítica
de situações e problemas sociais.
201
Levamos em consideração que o educando é um agente ativo no processo
educativo, desta forma, atentando ao fato de que esta disciplina tem compromisso com a
formação humana e com a cultura de maneira geral, os conteúdos serão articulados com
a realidade específica da comunidade escolar, considerando a dimensão sócio-histórica,
vinculado ao mundo do trabalho, às ciências, às novas tecnologias, a pluralidade cultural,
dentre outros assuntos.
As unidades, conforme se apresentam separadas serão trabalhadas em aulas
expositivas, leitura, análise e interpretação de textos em sala de aula, atividade que
poderá ser individual ou em grupo; utilização de filmes e documentários para introdução
de temas a serem estudados bem como objeto de análise complementando os textos;
realização de debates e discussões em sala de aula, bem como de pesquisas em
periódicos e na internet com relação aos assuntos estudados.
Cada temática e conceito serão estudados a partir de análises e discussões
fazendo ligação com questões da atualidade, instigando assim o trabalho de pesquisa e
análise. Desta forma, entendemos que o conhecimento sociológico deve ir além de
definições, conceituações e classificações, devendo estabelecer correlações com os
aspectos da realidade social, sendo tarefa primordial do conhecimento sociológico
explicar e esquadrinhar os fenômenos e problemas sociais, vindo a desconstruir pré-
conceitos e noções pré estabelecidas, que algumas vezes representam entraves para o
conhecimento e visão crítica das coisas.
A Sociologia no Ensino Médio se pautará em explicar como ações individuais podem
ser pensadas no seu relacionamento com outras ações como, por exemplo, as eleições,
ou como os indivíduos incorporam as regras determinadas pela sociedade, seja através
da escola, das igrejas, ou de outros grupos dos quais faz parte, ou ainda como práticas
coletivas acabam definindo diferentes grupos sociais, como as associações de bairros, os
sindicatos ou os diferentes movimentos sociais.
Em todas essas situações citadas, estará em jogo o relacionamento entre indivíduo
e sociedade. Por isso, a Sociologia não deverá tratar o indivíduo como um dado da
natureza, isto é, como um ser autônomo, livre e absoluto desde o nascimento, mas,
também, como um produto social, em alguma medida. É necessário mostrar que a idéia
de individualidade é historicamente constituída, ou seja, em cada sociedade, em certo
momento histórico, há uma visão específica a respeito do problema da individualidade.
A Sociologia possui um campo teórico capaz de orientar o estudo da cultura, dos
processos de socialização – informal e formal –, as relações entre política, poder e
202
ideologia, os movimentos sociais, a indústria cultural, os processos de trabalho e
produção num mundo globalizado, a violência – institucionalizada ou não –, as
desigualdades sociais e, assim, ajudar os alunos a confrontar com a realidade de seu
Bairro, Cidade, Município, Estado, País e Mundo.
Independente, entretanto, do caminho a ser feito, se pela teoria, pelos conceitos ou
por temas, deve-se partir sempre da prática social dos alunos, o que permitirá a tomada
de consciência sobre essa mesma prática. A prática aqui pensada não é apenas o que
pensam ou sentem os alunos, mas é, também, uma expressão social do grupo do qual ele
faz parte.
Teorizar sobre essa prática permitirá que se busque um suporte teórico capaz de
desvelar, explicitar e explicar essa realidade. Este é o caminho pelo qual nossos alunos
poderão passar do conhecimento empírico para o teórico ou, dito de outra forma, passar
do senso comum para conceitos científicos. Passando pela teorização da prática social, o
aluno pode se posicionar de maneira diferente em relação à sua prática, pois pode
entendê-la. Seu pensar e agir passam a ser em direção da transformação da realidade.
Na medida em que se trabalha os conteúdos estruturantes, básicos e específicos,
serão também trabalhados os conteúdos obrigatórios, como:
� História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; através do trabalho
dos conteúdos: Cultura e Indústria Cultural, Cidadania e Movimentos
Sociais.
� Prevenção do uso indevido de drogas; através do trabalho dos conteúdos: O
Processo de Socialização, Direito, Cidadania.
� Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; através do
trabalho dos conteúdos: O Processo de Socialização, Direito, Cidadania e
Movimentos Sociais.
� Direito das Crianças e Adolescente; através do trabalho dos conteúdos:
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais.
� Educação Tributária e Fiscal; através do trabalho dos conteúdos: Poder,
Política e Ideologia.
� Sexualidade humana; do trabalho dos conteúdos: Cultura, Indústria Cultural
e Movimentos Sociais.
� Educação Ambiental; do trabalho dos conteúdos: Teoria do conhecimento e
Cultura, Indústria Cultural, Cidadania e Movimentos Sociais.
203
4. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação deve ter vistas a uma aprendizagem satisfatória dos
educandos que articule teoria e prática numa visão crítico/reflexiva da realidade social.
Assim, o processo avaliativo ocorre concomitantemente às aulas, através de debates,
discussões e participação nas aulas, leitura e análise dos textos, apresentação de
trabalhos e do caderno completo, bem como das avaliações previamente marcadas e
feitas em sala de aula. Serão elaboradas avaliações com questões objetivas e subjetivas
visando estimular a capacidade de reflexão e análise dos alunos. Entendemos que o
processo de avaliação será contínuo, observando os avanços dos alunos como um todo
durante o trabalho dos conteúdos programados.
A avaliação não pode ser feita de forma isolada pois não se trata de algo estático, que
ocorre num dado momento do processo educacional. E nem podemos confundir avaliar
com medir, privilegiando unilateralmente o produto observável, mensurável e
quantificável.
A avaliação deve conceber o educando como o sujeito do processo educativo e não
como mero objeto. Por isso, devemos conceber a avaliação como processo diagnóstico,
isto é, ela não possui uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e até
mesmo redimensionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista
garantir a qualidade do resultado, que educador e educando estão construindo
coletivamente.
Avaliar é algo complexo, e tem que se considerar alguns aspectos que ajudarão:
� é essencial que exista um profundo respeito pela pessoa e posição do aluno,
mesmo que o professor não concorde com elas;
� uma postura doutrinadora dogmática inaceitável filosoficamente falando, pois não
há verdades absolutas, nem uma única filosofia, mas vária correntes, vários pontos
de vista;
� o que poderá ser levado em consideração é o trabalho concreto com os conceitos,
a capacidade em construir e avaliar proposições e em detectar os princípios
subjacente aos temas e discursos;
� avaliar a capacidade dos alunos em reformular questões de maneira organizada e
estruturada, procedendo de forma sistemática, com métodos determinados,
procurando as raízes e encaminhando as diversas dimensões do problema num
todo articulado.
204
Isso pode ser feito através de exercícios do “estilo reflexivo” nas aulas, nos
trabalhos de pesquisa, nas discussões, nas leituras de textos e comentários escritos,
reconstruindo as idéias com as suas próprias argumentações.
A avaliação não é feita para quantificar o educando sabe, mas diagnosticar as
dificuldades e intervir no processo para que possa atingir uma maior qualidade de
reflexão. Recursos de Avaliação: Produção de texto, leitura de Textos Clássicos e
interpretação. Será avaliado:
� A compreensão e não apenas a memorização dos conteúdos;
� Será considerado o desenvolvimento das capacidades dos alunos com relação à
aprendizagem dos conceitos, procedimentos e atitudes.
� O entendimento dos conteúdos por meio do processo da resolução de atividades
propostas
Quanto á Recuperação:
• Refacção da prova com análise dos erros e acertos (como revisão de conteudos
• Retomada dos conteúdos explicados pelo professor;
• Atividades de revisão e fixação no caderno do aluno;
• Prova de recuperação individual e escrita; ou trabalho de recuperação;
• Plano de estudos ao final do ano letivo para o aluno que não alcançou à média final.
5. REFERÊNCIAS BOMENY, Helena; FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Tempos modernos, tempos de Sociologia. 1ª Ed. São Paulo: Editora Brasil – Fundação Getulio Vargas 2010. GALLIANO, Guilherme. Introdução à sociologia. São Paulo, Harper & Row do Brasil, 1981. OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. 24ª Ed. São Paulo: Ática 2001. PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio.Curitiba: SEED, 2008. SOCIOLOGIA, ensino médio/vários autores. Livro didático público, 2ª Ed. Curitiba: SEED, 2007. TOMAZI, Nelson. Sociologia para o Ensino médio. 1ª Ed. São Paulo: Saraiva 2010.
206
6.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO CELEM – ESPANHOL
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A escolha da Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM) a compor o currículo,
bem como os métodos de ensino sempre estiveram atrelados a fatores políticos, sociais e
econômicos.
A princípio, valorizava-se no Brasil o ensino das línguas clássicas (Grego e
Latim).
Somente em 1809, com a assinatura do decreto de 22 de junho, D.João VI criou
as cadeiras de Inglês e Francês para atender às demandas que surgiram com a abertura
dos portos ao comércio, o que marcou o início da valorização deste ensino no Brasil.
Neste momento o método de ensino adotado era o Tradicional, onde a língua era
concebida como um conjunto de regras gramaticais a serem memorizadas.
No final do século XIX e início do século XX aumentou, consideravelmente, o
número de imigrantes no país. Estes se organizaram para construir escolas para seus
filhos onde a língua de seus ascendentes era ensinada como língua materna. Porém,
estas foram fechadas em 1917 numa tentativa de manter o nacionalismo. Esta medida foi
intensificada durante o governo Getúlio Vargas.
Com a Reforma Francisco Campos, em 1931, o Método Direto foi estabelecido
como o primeiro método oficial de ensino de Língua Estrangeira no Brasil. Este apregoava
que para adquirir fluência em Língua Estrangeira deve-se evitar a tradução e o uso da
língua materna, o significado deve ser construído por meio de figuras e gestos e a
gramática aprendida de forma indutiva.
A partir do governo Vargas, o país foi tomado por uma política nacionalista. Nesta
conjuntura o MEC autorizava o ensino das Línguas Estrangeiras que não tivessem um
número relevante de imigrantes no país, pois assim evitaria o fortalecimento de suas
línguas e de suas culturas. Como a presença de imigrantes da Espanha era restrita no
Brasil, o Espanhol foi introduzido, no curso secundário, como matéria obrigatória
alternativa ao ensino de Alemão. Outro fator que influenciou para a valorização da Língua
Espanhola foi o fim do prestígio das línguas, alemã, japonesa e italiana, em função da
Segunda Guerra Mundial.
[...] o espanhol, que até então não havia configurado como componente
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curricular é escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. [...] Ao mesmo tempo, era a língua de um povo que [...] (mesmo com) importante participação na história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça para o governo durante o Estado Novo. (PICANÇO, 2003 apud DCE, 2008, p.42).
Na década de 1950, para atender à demanda do mercado de trabalho, o currículo
passou a ser mais técnico. Isso culminou na retirada da obrigatoriedade do ensino de
Língua Estrangeira Moderna no colegial pela Lei de Diretrizes e Bases n.4.024,
promulgada em 1961.
Após a Segunda Guerra Mundial surgiu a necessidade de formar falantes em
Língua Estrangeira Moderna rapidamente, o que ocasionou o surgimento de novos
métodos: audiovisual e audio-oral. Nestes, a língua era ensinada pela observação e
repetição. A língua era concebida como um conjunto de hábitos a serem automatizados. O
ganho destes métodos foram os recursos didáticos.
Na época da ditadura militar as Línguas Estrangeiras deixaram de ser obrigatórias
tanto no currículo do primeiro quanto do segundo grau (Lei N. 5692/71), numa tentativa
exacerbada de impedir a entrada de outras culturas e ideologias no país. Em 1976 a
disciplina voltou a ser obrigatória ao segundo grau, porém o parecer n.581/76 do
Conselho Federal determinou que esta fosse ensinada por acréscimo, conforme as
condições de cada estabelecimento. Essa abertura fez com que muitas escolas
reduzissem o ensino de Língua Estrangeira para uma hora semanal, por apenas um ano,
de um único idioma. Isso gerou um descontentamento por parte dos professores, que se
mobilizaram para protestar contra o parecer n.581/76. Estas mobilizações culminaram na
criação do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15 de agosto de
1986.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna no
Ensino Fundamental, a partir da quinta série, ficando a escolha do idioma a critério da
comunidade escolar. (Art.26, 5o). Já para o Ensino Médio a lei determinou que uma
Língua Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar, seja disciplina
obrigatória e uma segunda seja ofertada em caráter optativo, dentro das disponibilidades
de cada estabelecimento de ensino (Art. 36, Inciso III).
Em função do Mercosul, foi assinada em 5 de agosto de 2005 a lei n.11.161, que
tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio,
208
com matrícula facultativa para o aluno; tendo os estabelecimentos de ensino 5 anos para
implementá-la.
Na década de 80 ganhou força no Brasil um novo método de ensino: a
Abordagem Comunicativa, que concebia a língua como um sistema de escolhas de
acordo com o contexto de uso. Nesta os alunos deveriam comunicar-se em Língua
Estrangeira por meio de jogos e dramatizações. O trabalho com esta abordagem é a
proposta que fundamenta os Parâmetros Curriculares Nacionais. Porém, com o
crescimento da pedagogia histórico-crítica no Brasil, a Abordagem Comunicativa começou
a ser criticada, pois está centrada em funções da linguagem no cotidiano, sem considerar
as diferentes vozes que permeiam as relações sociais, o que esvazia as práticas sociais
mais amplas de uso da língua.
Atualmente o ensino de Língua Estrangeira Moderna na rede pública de ensino
do Paraná tem como referencial teórico as Diretrizes Curriculares da Educação Básica
para o ensino de Língua Estrangeira Moderna (doravante DCE), que foram construídas
com a colaboração dos professores da rede. As Diretrizes Curriculares da Educação
Básica, fundamentadas na pedagogia crítica e na teoria do Discurso proposta pelo Círculo
de Bakhtin, consideram que tanto o idioma quanto a opção teórico - metodológica são
marcados por questões político-econômicas e ideológicas, logo não são neutros.
Nesta perspectiva, segundo as Diretrizes (2008, p.53),
Propõem-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
As Diretrizes adotam a língua como objeto de estudo da disciplina de Língua
Estrangeira Moderna. Esta concebida como espaço de construções discursivas e
indissociáveis dos contextos em que adquire sua materialidade. Ela é heterogênea,
ideológica e opaca. Ainda, apresentam como Conteúdo Estruturante o Discurso como
prática social. Isto pressupõe um trabalho com a língua viva, em uso, que vai além da
simples decodificação, porque:
[...] a língua não pode ser vista tão simplistamente como uma questão, apenas, de certo e errado, ou como um conjunto de palavras que
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pertencem a determinada classe e que se juntam para formar frases, à volta de um sujeito e de um predicado. A língua é muito mais que isso tudo. É parte de nós mesmos, de nossa identidade cultural, histórica, social. É por meio dela que nos socializamos, que interagimos, que desenvolvemos nosso sentimento de pertencimento a um grupo, a uma comunidade. É a língua que nos faz sentir pertencendo a um espaço. É ela que confirma nossa declaração: Eu sou daqui. Falar, escutar, ler, escrever reafirma, cada vez, nossa condição de gente, de pessoa histórica, situada em um tempo e um espaço. Além disso, a língua mexe com valores. Mobiliza crenças. Institui e reforça poderes. (ANTUNES, 2007, p.22)
Mais do que formar para o mundo do trabalho ou para o uso das tecnologias, o
ensino de Língua Estrangeira Moderna proposto deve contribuir para formar alunos
críticos e transformadores, que saibam utilizar as operações de linguagem para agir no
mundo em situações de comunicação.
Espera-se que o aluno use a língua em situações de comunicação oral e escrita e
compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,
passíveis de transformação na prática social.
O Colégio Rural Estadual José Alves dos Santos é uma escola do campo, onde os
alunos são filhos de pequenos agricultores (assentados) e muitas vezes têm acesso
restrito aos meios de informação e comunicação. Nesta comunidade a escola é a principal
fonte de conhecimento e talvez o único local onde eles terão acesso aos diferentes
discursos que permeiam as sociedades. Neste sentido, o principal objetivo de ofertar o
ensino de Língua Espanhola no Centro de Línguas Estrangeiras Moderna (CELEM), é
oportunizar aos alunos o acesso aos diversos discursos que circulam globalmente a fim
de que percebam que há várias formas de produção e circulação de textos em nossa
cultura e em outras e sejam capazes de lhes conferir sentidos. Ao possibilitar o trabalho
com gêneros, aos quais os alunos dificilmente teriam acesso em outro ambiente, a escola
estará promovendo um trabalho inclusivo.
Sobre o trabalho com gêneros, Cristóvão e Santos dizem que o domínio por parte do
aluno de uma determinada informação poderá inseri-lo e engajá-lo discursivamente na
sociedade.
A partir da retenção do conhecimento e da reflexão de como o assunto do texto foi tratado, os alunos estarão aptos a participar da vida social e discutir com maior propriedade a respeito das questões relacionadas a este texto, assim como a própria utilização destas informações e reflexões para suas experiências pessoais enquanto cidadão em construção. (CRISTÓVÃO; SANTOS)
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2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
De acordo com as Diretrizes (2008), o que se pretende com o ensino da Língua
Estrangeira na Educação Básica é a compreensão de que ensinar e aprender língua é
ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido, é formar
subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos
comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.
� Atender às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da
equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira Moderna em relação
às demais obrigatórias do currículo;
� Resgatar a função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira no
currículo da Educação Básica;
� Proporcionar ao aluno o reconhecimento e compreensão da diversidade linguística
e cultural envolvendo-o e possibilitando-o a construção de significados em relação
ao mundo em que vive;
� Propiciar práticas de leitura de diferentes gêneros textuais;
� Possibilitar ao aluno o uso da língua em diferentes situações de comunicação oral
e escrita;
� Estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
� Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural.
3. CONTEÚDOS CURSO BÁSICO DO CELEM (02 ANOS DE DURAÇÃO)
CONTEÚDOS BÁSICOS – P1
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
ESFERA COTIDIANA Exposição oral; Álbum de família;fotos; Cartão pessoal; Carta pessoal; Cartão felicitações; Cartão postal; Bilhetes; Convites; Música/cantigas (folclore; Quadrinhas; Provérbios; Receitas; Relatos de experiências vividas; Trava-línguas.
ESFERA Autobiografia; Biografias; História em Quadrinhos;
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LITERÁRIA/ARTÍSTICA Lendas; Letras de Música; Narrativas; Poemas; Conto; Crônica; Fábula
ESFERA ESCOLAR Exposição Oral*; Cartazes; Diálogo/discussão**; Mapas;
Resumo. ESFERA IMPRENSA Artigo de Opinião; Caricatura; Cartum; Charge;
Classificados; Entrevista** (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico; Manchete; Notícia; Reportagens**; Sinopses de filmes; Tiras; Anúncio.
ESFERA PUBLICITÁRIA Anúncios**; Cartazes; Comercial para TV; E-mail;Folder; Fotos; Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial; Comercial para radio*.
ESFERA PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas; Regras de jogo; Placas; Rótulo/embalagens.
ESFERA MIDIÁTICA Chat; Desenho animado; E-mail; Entrevista; Filmes; Telejornal*; Telenovelas*; Torpedos; Vídeo Clipe*.
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da
língua.
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centrados no leitor:
�Tema do texto;
�Aceitabilidade do texto;
�Finalidade do texto;
�Informatividade do texto;
�Intencionalidade do texto;
�Situacionalidade do texto;
�Papel do locutor e interlocutor;
�Conhecimento de mundo;
�Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
�Adequação do discurso ao gênero;
�Turnos de fala;
�Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centrados no texto:
�Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
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�Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos,
gírias, expressões, repetições);
�Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centrados no leitor:
� Tema do texto;
� Conteúdo temático do gênero;
� Elementos composicionais do gênero;
� Propriedades estilísticas do gênero;
� Aceitabilidade do texto;
� Finalidade do texto;
� Informatividade do texto;
� Intencionalidade do texto;
� Situacionalidade do texto;
� Papel do locutor e interlocutor;
� Conhecimento de mundo;
� Temporalidade;
� Referência textual.
Fatores de textualidade centrados no texto:
� Intertextualidade;
� Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
� Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,
travessão, negrito);
� Partículas conectivas básicas do texto.
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centrados no leitor:
� Tema do texto;
� Conteúdo temático do texto;
213
� Elementos composicionais do gênero;
� Propriedades estilísticas do gênero;
� Aceitabilidade do texto;
� Finalidade do texto;
� Informatividade do texto;
� Intencionalidade do texto;
� Situacionalidade do texto;
� Papel do locutor e interlocutor;
� Conhecimento de mundo
� Temporalidade;
� Referência textual.
Fatores de textualidade centrados no texto:
� Intertextualidade;
� Partículas conectivas básicas do texto;
� Vozes do discurso: direto e indireto;
� Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,
formação das palavras, figuras de linguagem;
� Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e
explicitas;
� Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
� Acentuação gráfica;
� Ortografia;
� Concordância verbal e nominal.
CONTEÚDOS BÁSICOS - P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
ESFERA COTIDIANA Exposição oral*;Cartão pessoal; Carta pessoal; Cartões(sociais);Convites;Advinhas;Anedotas**; Diário; Canções (culturais); Curriculum Vitae; Comunicado; Ficha de inscrição; Lista de compras; Telefonema**; Piada.
214
ESFERA LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Biografias; História em Quadrinhos; Lendas; Letras de Música; Narrativas (Aventura, Ficção); Paródias; Poemas; Romances; Textos dramáticos; Contação de História*; Peça de teatro*;
ESFERA ESCOLAR Exposição Oral; Resenha; Mapas; Resumo; Relatos;
Texto Argumentativo; Texto de Opinião; Verbetes de Enciclopédias; Aula em vídeo**; Ata de reunião; Palestra*; Diálogo/discussão Argumentativa **.
ESFERA IMPRENSA Artigo de Opinião; Caricatura; Cartazes; Carta ao Leitor; Carta do Leitor; Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística; Editorial; Entrevista** (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico; Manchete; Notícia; Reportagens**; Mapas; Sinopses de filmes; Tiras; Obituário.
ESFERA PUBLICITÁRIA Anúncios**; Caricatura; Comercial para TV*; E-mail; Folder; Fotos; Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial; Publicidade Institucional; Publicidade Oficial; Texto Político; Inscrições em muro; Propaganda**.
ESFERA PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas; Regras de jogo; Placas; Rótulo/embalagens; Instrução de montagem; Instrução de uso; Manual técnico; Regulamento.
ESFERA MIDIÁTICA Aula Virtual; Conversação; Chat; E-mail; Torpedos; Vídeo Clipe*.
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir. ** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua. PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centrados no leitor:
� Tema do texto;
� Aceitabilidade do texto;
� Finalidade do texto;
� Informatividade do texto;
� Intencionalidade do texto;
� Situacionalidade do texto;
� Papel do locutor e interlocutor;
� Conhecimento de mundo;
� Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
� Adequação do discurso ao gênero;
215
� Turnos de fala;
� Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centrados no texto:
� Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
� Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como
conectivos, gírias, expressões, repetições);
� Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centrados no leitor:
� Tema do texto;
� Conteúdo temático do texto;
� Elementos composicionais do gênero;
� Propriedades estilísticas do gênero;
� Aceitabilidade do texto;
� Finalidade do texto;
� Informatividade do texto;
� Intencionalidade do texto;
� Situacionalidade do texto;
� Papel do locutor e interlocutor;
� Conhecimento de mundo;
� Temporalidade;
� Referência textual.
Fatores de textualidade centrados no texto:
� Intertextualidade;
� Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
� Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
� Partículas conectivas básicas do texto;
� Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas,
sublinhadas, números, substantivos próprios;
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� Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais
recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centrados no leitor:
� Tema do texto;
� Conteúdo temático do texto;
� Elementos composicionais do gênero;
� Propriedades estilísticas do gênero;
� Aceitabilidade do texto;
� Finalidade do texto;
� Informatividade do texto;
� Intencionalidade do texto;
� Situacionalidade do texto;
� Papel do locutor e interlocutor;
� Conhecimento de mundo;
� Temporalidade;
� Referência textual.
Fatores de textualidade centrados no texto:
� Intertextualidade;
� Partículas conectivas básicas do texto;
� Vozes do discurso: direto e indireto;
� Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das
palavras, figuras de linguagem;
� Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
� Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
� Acentuação gráfica;
� Ortografia;
� Concordância verbal e nominal.
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4.METODOLOGIA
Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da disciplina,
propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através das práticas da
leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o discurso.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua
Estrangeira Moderna (2008, p.53): “[...] a língua concebida como discurso, não como
estrutura ou código a ser decifrado, constrói significados e não apenas os transmite. O
sentido da linguagem está no contexto de interação verbal e não no sistema linguístico”.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou não verbal,
para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos. Logo, as atividades
desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão questões linguísticas, sócio-
pragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que ensinar estruturas linguísticas, o que se
pretende é ensinar ao aluno como construir significados e subjetividade para agir por meio
da linguagem.
Para Antunes (2007), restringir o estudo da língua à gramática é limitar-se a um de
seus componentes, é perder de vista sua totalidade. A gramática regula muito, mas não
regula tudo. Para ser eficaz comunicativamente, não basta saber apenas as regras
específicas da gramática; isso é necessário, mas não suficiente.
Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do aluno de agir
em diferentes situações de comunicação e que a linguagem permeia todas as relações
sociais, faz-se necessário que ele compreenda que cada situação exige um agir
específico e para tal se propõe um estudo de textos de diferentes gêneros discursivos.
De acordo com as Diretrizes (2008, p.66), “ao interagir com textos diversos, o
educando perceberá que as formas linguísticas não são idênticas, não assumem sempre
o mesmo significado, mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que
a prática social de uso da língua ocorre”.
O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas, analisando a
função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de
informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente
depois de tudo isso, a gramática em si. Uma vez que a leitura, numa concepção
discursiva, deve ser crítica, o aluno será sempre questionado sobre quem disse o quê,
para quem, onde, quando e por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças
subjacentes ao texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno
218
compreenda que a língua não é neutra.
Para cada texto escolhido, considerar-se-á:
• Gênero – explorar o gênero escolhido;
• Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde, quando e por que
(contexto de produção e circulação);
• Variedade Linguística – formal ou informal;
• Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção de sentidos;
• Atividades de pesquisa, discussão e produção.
Segundo as orientações das Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008) a
prática discursiva oralidade tem como objetivo expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos. As atividades deverão oportunizar ao aluno
expressar suas ideias, ainda que com limitações. Mais importante que o uso funcional da
língua, será o engajamento discursivo. As interações em Língua Estrangeira Moderna
serão conduzidas de modo que familiarizem os alunos com os sons da língua que estão
aprendendo e lhes possibilite desenvolver a capacidade de adequar as diferentes
variedades linguísticas conforme as situações de comunicação.
Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar para o
aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar para quem se
está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno (escritor) estabelecer um
diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu discurso, isto será definitivo para a
legitimidade desta interação. Neste processo, o professor deverá ser solícito para oferecer
ao aluno elementos discursivos, linguísticos, socio-pragmáticos e culturais para auxiliá-lo
na produção. Ainda, será feita a refacção dos textos sempre que necessário.
Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos
diferenciados conforme suas especificidades, é importante esclarecer que estas não
serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção discursiva leitura,
oralidade e escrita não se separam em situações concretas de comunicação.
Conforme orientam as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino
de Línguas Estrangeiras Modernas (2008), as discussões poderão acontecer em Língua
Materna quando os alunos não possuírem léxico suficiente para engajar-se
discursivamente por meio da Língua Estrangeira Moderna. Quando possível, poderão
mesclar as duas línguas. Esta abertura para que a Língua Portuguesa contribua com o
ensino de Língua Estrangeira não significa barateá-lo, pelo contrário, oferece subsídios
para que o aluno produza em Língua Estrangeira Moderna.
219
Serão critérios para a seleção dos textos o seu conteúdo ao que se refere às
informações, de modo que instiguem à pesquisa e discussão. Dentro das temáticas que
serão desenvolvidas, estarão os Desafios Educacionais Contemporâneos e as leis: Lei
10.639/03 “História e Cultura Afro”, Lei 13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.795/99 “Meio
Ambiente” e Lei 11645/08 “História e cultura dos povos indígenas”. Por tratar-se de uma
Escola do Campo os textos abordados ainda procurarão contemplar os eixos temáticos: A
divisão social e territorial do trabalho; cultura e identidade; interdependência campo-
cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável e organização política,
movimentos sociais e cidadania. As temáticas dos textos selecionados muitas vezes
exigirão o conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará
com as demais, numa perspectiva interdisciplinar.
Uma vez que o Conteúdo Estruturante é o discurso, e este não é algo pronto, à
disposição dos falantes, mas como diz Stam, apud DCE (2008) “a linguagem, em Bakhtin,
não é um sistema acabado, mas um contínuo processo de vir a ser”, os conteúdos
poderão ser retomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma não linear,
posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para que se
expressem ou construam sentidos aos textos.
Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de
Espanhol/ Português/Espanhol encaminhados pela SEED a este estabelecimento, a TV
multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais na língua-alvo para leitura e
para recorte, CD e CD-ROM.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB n.9394/96,
das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua Estrangeira
Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED. Logo, será formativa,
diagnóstica e processual.
Uma vez que nosso conteúdo é língua numa concepção discursiva e discurso não
é algo pronto, acabado, à disposição dos falantes, mas é construído passo a passo,
interação a interação, engajamento a engajamento, a avaliação processual é a concepção
de avaliação que melhor se ajusta a esta prática pedagógica.
A opção pela avaliação processual representa o respeito à diversidade, uma vez
que os alunos têm ritmos de aprendizagem diferentes e devem ser respeitados em sua
220
individualidade. Nesse sentido,
O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato pelo aluno das noções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos equivalentes. Essencialmente, por que não há paradas ou retrocessos nos caminhos da aprendizagem. Todos os aprendizes estão sempre evoluindo, mas em diferentes ritmos e por caminhos singulares e únicos. O olhar do professor precisará abranger a diversidade de traçados, provocando-os a progredir sempre. (HOFFMANN, 1991, p. 47)
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2008) é
importante que o professor observe diariamente a participação dos alunos e o
engajamento discursivo entre eles, deles para com ele e com o material didático, tanto
nas discussões em Língua Estrangeira Moderna quanto em Língua Portuguesa.
Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-discursiva
de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento diante do que está
sendo lido.
Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua
Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da variedade
linguística para diferentes situações.
Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem para
resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno conseguiu explicitar
seu posicionamento de forma coerente e se houve planejamento, adequação ao gênero,
articulação das partes e escolha da variedade lingüística adequada na atividade de
produção. É importante considerar o erro como efeito da própria prática.
Para tais verificações servirão de instrumentos atividades de leitura, debates,
pesquisas, produção de textos e relatórios, apresentações orais, seminários, trabalhos em
grupos, avaliações escritas e apresentações de peças teatrais, jograis e cantos.
O principal objetivo da avaliação será verificar os avanços e dificuldades dos
alunos para rever a prática pedagógica e intervir quando necessário. Neste sentido, é que
se propõe a avaliação diagnóstica:
“[...] a avaliação não é o ato pelo qual A avalia B. É o meio pelo qual A e B avaliam juntos uma prática, seu desenvolvimento, os obstáculos encontrados ou os erros e equívocos por ventura cometidos. Daí o seu diálogo. (...) Neste sentido, em lugar de ser um instrumento de fiscalização, a avaliação é a problematização da própria ação.” (FREIRE, 1997, p.26)
221
Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão ofertados
estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24, alínea e, da Lei de
Diretrizes e Bases n.9394/96 e estes serão organizados “com atividades significativas, por
meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados anotados em Livro Registro
de Classe (Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED, Item 6, subitem 10).
6.REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. 3 ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. CRISTÓVÃO, Vera Lúcia Lopes; SANTOS, Lucas Moreira. Ensino de Língua Inglesa, gêneros textuais e inclusão social: algumas contribuições para a educação. Disponível em: < http://www2.uel.br/revistas/afroatitudeanas/volume-2-2007/Artigo%20Lucas.pdf > Acesso em 24/05/2009. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1997. HOFFMANN, Jussara. Avaliação, mito e desafio: uma perspectiva construtiva. Porto Alegre: Educação e Realidade, 1991. LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna, Curitiba: 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo, Curitiba: 2008. PARANÁ, SUED/ SEED. Instrução Normativa Nº 019/2008.
6.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA DA SALA DE RECURSOS
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Historicamente o conceito de deficiência esteve relacionado à insuficiência. As
pessoas que apresentavam estas condições eram vistas como um mal para a sociedade,
devendo elas serem segregadas do convívio social, pois estas não correspondiam a
expectativa de normalidade estabelecidas pelos padrões sociais vigentes.
O parecer nº 17/2001 do Conselho Nacional de Educação ( BRASIL, 2001) ,
222
instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica e definiu
como alunos com necessidades educacionais especiais aqueles que apresentam,
durante o processo ensino-aprendizagem:
I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de
desenvolvimento que dificultem acompanhamento das atividades curriculares, não
vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações ou
deficiência;
II - aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências.
III - dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos,
demandando a utilização de linguagem e códigos aplicáveis;
IV - altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem
dominando rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.
Portanto, consideram-se alunos com necessidades educacionais especiais
aqueles que manifestem comportamentos particulares que impossibilite
encaminhamentos rotineiros das práticas pedagógicas, pois é necessário que o professor
faça ajustamentos curriculares, sem os quais eles conseguirão realizar as aprendizagens
ao nível de suas potencialidades.
A Constituição Federal (1988), o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei
8069/90), a Lei de Diretrizes e Bases ( 9394/96) Declaração Mundial de Educação
para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994) afirmam que é dever do estado
assegurar educação à criança e ao adolescente e o atendimento educacional
especializado a crianças com necessidades educacionais especiais preferencialmente na
rede regular de ensino.
A inclusão desses alunos na rede regular de ensino não consiste somente na
permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a
ousadia de rever concepções, de desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando
suas diferenças e individualidades e principalmente atendendo as suas necessidades.
Não basta estar presente, é preciso participar e adquirir conhecimento.
A Valorização e o respeito à diversidade dos alunos exigem que a escola defina
sua responsabilidade no estabelecimento possibilitando a criação de espaços
inclusivos, reflita e repense sobre qual é a verdadeira função social da escola. Não é o
aluno que precisa adaptar-se à escola, mas é ela que, deve se colocar à disposição do
aluno, tornando o espaço verdadeiramente inclusivo.
O Colégio Rural Estadual José Alves dos Santos disponibiliza a Sala de Recursos
223
ofertada no período contrário daquele em que o aluno frequenta na Classe Comum, com
professor especializado, espaço físico adequado, atendimento pedagógico específico
individual ou em pequenos grupos com cronograma de atendimento.
Este é um serviço de atendimento educacional especializado aos alunos que
apresentam ao longo de sua aprendizagem algumas necessidades educacionais
especiais, que por sua vez serão beneficiados com estratégias teóricas metodológicas
eficientes, currículo adequado às condições do aluno e disponibilidade de recursos.
Nessa área de atendimento, os professores de sala de recursos e sala regular
deverão reunir-se periodicamente, para juntos refletir sobre suas praticas e sobre o
desenvolvimento de cada aluno. Isso tudo para evitar que a aprendizagem de
determinados alunos se torne responsabilidade exclusiva do professor especializado.
Esses momentos de reflexão sobre o processo ensino e aprendizagem, nortearão o
trabalho pedagógico, permitindo identificar quais adaptações curriculares que se fazem
necessárias no contexto regular de ensino.
O ingresso à sala de recursos, deve acontecer a partir do momento em que os
professores esgotarem seus recursos pedagógicos em sala de aula e tendo buscado
apoio junto à equipe pedagógica. Ou seja, se após envolvimento da família, professores,
equipe pedagógica, não se evidenciar avanços na aprendizagem, sugere-se
encaminhamento para avaliação psicoeducacional, realizada pelo professor
especializado, equipe técnico-pedagógicada escola e equipe multiprofissional, cujo
objetivo é buscar alternativas e procedimentos que contribuam na aprendizagem do
aluno.
Todas as pessoas têm direito à educação. Assim, os indivíduos que apresentam
necessidades educacionais especiais devem fazer parte das escolas as quais devem
modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos, pois não basta estar presente; é
preciso participar e adquirir conhecimento.
Amparada pelos dispositivos legais, toda pessoa tem direito de frequentar as
instituições de ensino; mas não basta apenas frequentar; o aluno precisa fazer parte do
sistema, tendo condições de participar das atividades escolares e adquirir conhecimento.
Portanto, inclusão significa o aluno estar na escola participando, aprendendo e
desenvolvendo suas potencialidades com as devidas adaptações para o seu
desenvolvimento integral.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
224
Habilidades do desenvolvimento
� Desenvolvimento das capacidades que possam levar o sujeito ao conhecimento,
compreensão, aplicação, analise, síntese e avaliação das informações;
� Analise, síntese e interpretação de dados, fatos e situações.
� Planejamento das atividades;
� Raciocínio lógico-dedutivo;
� Calculo mental;
� Conceito de número;
� Processos aritméticos;
� Classificação, ordenação e seriação;
� Compreensão analítica do todo.
Habilidade Sensorial
� Associação áudio-verbal;
� Memória auditiva;
� Sequência auditiva;
� Descriminação visual de forma;
� Diferenciação visual figura fundo;
Memória visual e auditiva
Habilidade Motora
� Destreza motora;
� Equilíbrio e ritmo.
Habilidade Psicomotora
� Organização do corpo no espaço;
� Lateralidade;
� Orientação no tempo e no espaço;
225
� Coordenação viso motora fina.
Habilidade da linguagem
� Vocabulário;
� Fluência Verbal;
� Habilidade para lidar com as palavras;
� Compreensão de leitura;
� Escrita;
� Gestos.
Habilidade afetivo-emocional
� Valores;
� Atitudes;
� Sentimentos;
� Emoções;
� Relações frente às situações de aprendizagens.
Habilidade social
� Habilidade em lidar com pessoas (interpessoal);
� Aceitação e reconhecimento social;
� Julgamento de valor;
� Maturidade social;
� Conhecimento de valores e normas;
� Reação frente regras sociais;
� Adaptação;
� Controle sobre a própria conduta;
� Aprendizagem de hábitos sociais;
Saberes Pedagógicos
� Língua Portuguesa:
226
• Domínio da Linguagem Oral:
• Concordância Verbal;
• Omissões ou trocas de fonemas;
• Raciocínio lógico (sequência, coerência e coesão).
� Linguagem Receptiva:
• Concentração na tarefa;
• Compreensão do falado (simples ou complexo);
• Atenção;
• Quantidade de informações recebidas.
� Linguagem Expressiva:
• Clareza de ideias;
• Construção do vocabulário;
• Articulação e organização do pensamento;
• Pronuncia das palavras;
• Coesão e coerência;
• Criatividade;
• Imaginação;
• Criação de detalhes;
• Produção textual oral.
� Domínio da leitura ( silenciosa, oral e interpretação de texto):
• Leitura com fluência;
• Entonação e ritmo;
• Valor expressivo do texto e relação com os sinais de pontuação;
• Oralidade da ideia principal do texto;
• Sinais de pontuação;
• Acentuação;
• Relação entre o texto e o título do mesmo;
• Nomear os personagens principais e secundários.
227
� Domínio da escrita (ditado, copia, produção de texto espontânea);
• Função da escrita na sociedade;
• Escrita convencional como forma de registro;
• Relação entre a escrita e a fala;
• Escrita para registrar opiniões sobre fatos, textos e obras;
• Concordância verbal;
• Letras maiúsculas e minúsculas;
• Acentuação
• Trabalhar com palavras do texto quanto à flexão dos substantivos;
• Concordância nominal;
• Tonicidade;
• Escrita;
• Gêneros textuais;
• Legibilidade;
• Conteúdos defasados.
� Matemática
• Classificação, seriação e números;
• Relação entre numero e quantidades;
• Seriação numérica;
• Registro de quantidade;
• Leitura e escrita de números;
• Noções antecessor/sucessor, par/impar, igualdade/ desigualdade, crescente/
decrescente;
• Agrupamento, trocas (sistema de numeração decimal);
• Resolução de problemas;
• Operações básicas 5ª a 8ª (adição, subtração, multiplicação, divisão. Raiz
quadrada e potencia);
• Construção de algoritmos; cálculo, metade, dobro, etc;
• Medidas;
• Geometria (quadrado, retângulo, triangulo e círculo);
228
• Cálculos matemáticos usando incógnitas;
• Conteúdos defasados.
3. METODOLOGIA
É de fundamental importância ter uma ambiente de aprendizagem organizado, no
qual se flexibiliza o processo pedagógico, onde todos tenham acesso ao currículo,
conhecimentos e informações. Uma sala organizada, de promove a interação do grupo e
seu professor, dos diferentes entre si, onde cada um com suas experiências contribuirão
para o crescimento de todos.
O trabalho na Sala de Recursos será desenvolvido partindo das necessidades e
dificuldades de aprendizagem de cada aluno, disponibilizando recursos e promovendo
atividades para desenvolver o potencial dos mesmos. O professor deve oferecer
subsídios pedagógicos diferenciados, contribuindo para que estes possam acompanhar
os conteúdos aplicados na classe do ensino regular.
O atendimento será de forma individual ou grupal, dando ênfase aos
conhecimentos científicos das diversas áreas do conhecimento.
Levando em consideração todos os aspectos citados, as alternativas
metodológicas serão as seguintes:
�Trabalhos em grupos e individualizados;
�Atividades sequenciadas;
�Aulas expositivas, dialógicas e interativas;
�Aulas a passeio;
�Leituras dirigidas, individuais e coletivas;
�Experiências;
�Filmes;
�Jogos pedagógicos
�Entre outros.
5. AVALIAÇÃO
A avaliação inicia-se no contexto escolar e deve assumir características
diferentes, uma vez que a proposta é atender as necessidades especificas de cada aluno.
Os instrumentos avaliativos devem informar o desenvolvimento individual e atual
229
do aluno, a forma como ele enfrenta as situações de aprendizagens e as intervenções
necessárias a seu desenvolvimento, para que o professor a partir destes elabore
estratégias de intervenção e reflita sobre as alternativas metodológicas que deverá usar
para que o aluno tenha avanços em seu processo de aprendizagem.
A avaliação será diagnóstica, contínua e processual realizada pelo professor
durante a execução das atividades em sala de aula em conjunto com os professores do
ensino regular e equipe pedagógica.
Semestralmente, será elaborado um relatório de desempenho individual do aluno,
para uma avaliação de todas as áreas trabalhadas e o seu desenvolvimento no período.
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05/10/1988. Brasília: Senado Federal, 1988.
______, Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996. ______, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, 1998.
______, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares, 1998. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED – Pr., 2006.
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994.
MANTOAN, Maria Tersa Égler. Uma escola de todos, para todos e com todos: o Mote da inclusão. In: STOBAUS, Claus Dieter e MOSQUERA, Juan José Mouriño (Orgs.). Educação Especial: em direção a educação inclusiva. 3ª ed. Porto alegre: EDIPUCRS, 2006. Cap. 3, p. 29.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Parecer CNE/CEBN. 017/2001
230
7. REFERÊNCIAS
CALDART, R. S. Por uma educação no campo: traços de uma identidade em construção. In______Educação do campo: Identidade e políticas publicas – Caderno 4. Brasília: articulação nacional por uma educação do campo, 2002.
CASTEELS, M. Fim do milênio. In: A era da informação: economia, sociedade e cultura. São
Paulo: Paz e Terra, v. 3, 2002.
DEWEY, John. Vida e Educação. São Paulo: Edições Melhoramento, 1971.
ELIAS, M. D. C. Pedagogia Freinet – Teoria e prática. São Paulo: Papirus, 2000.
FERNANDES, B. M. Diretrizes de uma caminhada. In:______ Educação do campo: Identidade e políticas publicas – Caderno 4. Brasília: articulação nacional por uma educação do campo, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
MUSIL, Robert. O Homem sem Qualidades. 2004. Disponível em: <http://silencio.weblog.com.pt/arquivo/083768.html> Acesso em: 12/07/2010
SANTOMÉ, T. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In.: Silva, T. (org.) Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Rio de Janeiro: Vozes, 1992.
SANTOS, J. V. T. A violência na escola: conflitualidade social e ações civilizatórias. Educação e Pesquisa. v. 27, n. 1. São Paulo: jun. 2001.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED – Pr., 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação do Campo. Curitiba: SEED – Pr., 2006.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Programa FICA Comigo: enfrentamento à evasão escolar. Curitiba: SEED – Pr., 2009.
SIGNORELLI, Carlos Francisco. Educar para a Cidadania. Disponível em: <www.sefaz.ce.gov.br/Content/aplicacao/.../educarparacidadania.pdf > Acesso em: 02/06/2010
231
VEIGA, I. P. Projeto Político da Escola: uma construção coletiva. In:______ Projeto Político Pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, p. 11-35, 1995.
VEIGA, I.P. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In: ______ Escola: Espaço do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus, p.9-32, 1998.
9.1 SITES CONSULTADOS
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal http://www.mec.gov.br http://www.jogoscolegiais.pr.gov.br http://www.diaadia.pr.gov.br/nre/laranjeirasdosul 9.2 OBRAS CONSULTADAS HOFFMAN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 1995. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. 9.3 LEIS CONSULTADAS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009.Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, CONSELHO PLENO. Resolução nº 1, de 17 de Junho de 2004. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Racias e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. LEI Nº 13807 DE 30 DE SETEMBRO DE 2002. (Hora-atividade) LEI Nº 13.381/2001 – (Ensino de História e Geografia do Paraná) LEI Nº 11788/2008 (Estágio não-obrigatório)
232
INSTRUÇÃO Nº 06/2009 – SUED/SEED (Estágio não-obrigatório) LEI Nº 16105/2009 – (Gravidez na Adolescência) LEI Nº 15674 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2007 – (Dia da Consciência Negra) LEI Nº 9795/1999 – (Política Nacional de Educação Ambiental) INSTRUÇÃO Nº 02/2010 – DAE/SUDE – Orienta sobre o Programa de Prontidão Escolar Preventiva – PEP, nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública Estadual.
234
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOAnexo da Resolução N º 4901/2011- GS/SEED
Turno ( X ) Diurno ( ) NoturnoModalidade: ( X ) Regular ( ) Educação de Jov ens e Adultos
COLÉGIO RURAL ESTADUAL JOSÉ ALVES DOS SANTOSJaneiro Fevereiro Março
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 1 2 3
1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 21
8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 2422 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 3129 30 31
Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 28 9 10 11 12 13 14 18 6 7 8 9 10 11 12 22 3 4 5 6 7 8 9 18
15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias
22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2329 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 3 1 2 3 4 18 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 21 2 3 4 5 6 7 8 18
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 2229 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29
3007 Dia do Funcionário de Escola
Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 1 2 3 17 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 13
14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 2228 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29
30 31
Formação Cont. SEED/NRE 2 dias Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesFeriado Municipal - 1 dia Janeiro 31 janeiro/férias 30Reunião Pedagógica 1 dia fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15Replanejamento 1 dia julho 18 dez/recesso 12Dias letivos 200 dezembro 12 outros recessos 3
Total 68 Total 60Início/Término Conselho de Classe
Planejamento Reunião Pedagógica Início e término - TrimestreFérias Feriado municipal 1º Trim. 08/02 a 18/05Recesso Atividade Cons. Negra 2º Trim. 21/05 a 06/09
Semana Pedagógica Replanejamento 3º Trim. 10/09 a 19/12Formação Continuada NRE
Jogos - dia da familia na escolaCarimbo e assinatura do diretor(a)
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012
1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 - Carnav al 19 - Reunião Pedagógica
6 - Paixão 1 - Dia do Trabalho 7 - Corpus Christi21- Tiradentes 19 - Conselho de Classe 13 - Feriado Municipal26 -Formação Continuada 26 - Reunião Pedagógica
21- Reunião Pedagógica 7 - Independência6 - Replanejamento 24 - Reunião Pedagógica30 - Conselho de Classe 25 - Formação Continuada
12 - N. S. Aparecida 2 - Finados 19- Emancipação Pol. do PR
11 - Dia da familia na escola 15 - Proclamação da República 1 e 20 - Conselho de Classe
15 - Dia do Professor 20 - Dia Nacional da Consc Negra 25 - Natal
235
COLÉGIO RURAL ESTADUAL JOSÉ ALVES DOS SANTOS
– ENS. FUND. E MÉDIO
ASSENTAMENTO IRENO ALVES DOS SANTOS
RIO BONITO DO IGUAÇU - PR
Matriz Curricular Ensino Fundamental
NRE: 31 - LARANJEIRAS DO SUL – MUNICIPIO: 2234 - RIO BONITO DO IGUAÇU
ESTABELECIMENTO: 00302 - COLÉGIO R. EST. JOSÉ ALVES DOS SANTOS
ENDEREÇO: ASSENTAMENTO IRENO ALVES DOS SANTOS -
TELEFONE: (42) 8808-7974
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DE ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 - ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano
TURNO: MANHÃ/TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
ARTE 2 2 2 2
CIENCIAS 3 3 3 4
EDUCAÇÃO FISICA 3 3 3 2
ENSINO RELIGIOSO* 1 1 - -
GEOGRAFIA 3 3 4 3
HISTÓRIA 3 3 3 4
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
BA
SE N
AC
ION
AL
CO
MU
M�
MATEMÁTICA 4 4 4 4
� SUB-TOTAL 23 23 23 23
PD�
L.E.M. – INGLÊS 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
236
Matriz Curricular de acordo com a LDB Nº 9394/96 * Ensino Religioso – Disciplina de matricula facultativa.
_____________________________________ OLIVIR GAVLIK
DIRETOR
COLÉGIO RURAL ESTADUAL JOSÉ ALVES DOS SANTOS – ENS. FUND. E MÉDIO
ASSENTAMENTO IRENO ALVES DOS SANTOS RIO BONITO DO IGUAÇU - PR
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: LARANJEIRAS DO
SUL – 31
MUNICIPIO: RIO BONITO DO IGUAÇU - 2234
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO R. EST. JOSÉ ALVES DOS SANTOS - 00302
ENDEREÇO – ASSENTAMENTO IRENO ALVES DOS SANTOS – FONE: (42) 8808-7974
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DE ESTADO DO PARANÁ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA
CURSO: ENSINO MÉDIO – 0009 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: TARDE
DISCIPLINAS 1ª 2ª 3ª
ARTE 2 2 -
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FISICA 2 2 2
FISICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 2 2 4
MATEMÁTICA 3 3 3
QUÍMICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
BA
SE N
AC
ION
AL
CO
MU
M�
SOCIOLOGIA 2 2 2
� SUB-TOTAL 23 23 23
L.E.M. – INGLÊS 2 2 2
PD�
LEM – ESPANHOL* 4 4 4
SUB-TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL
29 29 29
Recommended