Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)

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PROVA 1 – DERMATOLOGIA

DESCRIÇÕES DE LESÕES DE PELE

Manchas pigmentadas, de distribuição simétrica e limites imprecisos, nas regiões malares.

Pigmentação na pele adjacente ao ângulo da boca. 

Pigmentação difusa da lâmina ungueal.

Manchas hipercrômicas na gengiva.

Placas branco-acinzentadas, de aspecto edematoso, localizadas na mucosa jugal.

 Manchas azul-acinzentadas localizadas nas nádegas e na região lombar.

Manchas (máculas) hipercrômicas ao redor da boca, causadas por dermatite de contato

Múltiplas manchas (máculas) acrômicas na face, causadas por vitiligo.

Manchas hipopigmentadas confluentes, mal definidas, não descamativas, localizadas no tronco

Manchas hipocrômicas, mal delimitadas, pouco descamativas, acometendo a face.

Pápulas e pústulas foliculares nos pelos da barba

Placas e nódulos brilhantes, endurecidos, ultrapassando os limites da ferida original

Múltiplas pápulas pequenas, hiperpigmentadas, localizadas na face.

 Úlceras circulares, com fundo amarelado, de margens bem definidas, localizadas na perna direita, e cicatrizes atróficas na esquerda

Espessamento aveludado da pele e hiperpigmentação na região cervical.

Placa ligeiramente eritematosa com descamação espessa no couro cabeludo.

Placas e nódulos fibróticos na nuca.

Área de alopecia na linha frontal e parietotemporal.

Manchas eritematodescamativas evoluindo para hipocromia na região da barba.

Manchas hipercrômicas de limites precisos e contornos irregulares localizada nas regiões zigomática, malar e superciliar.

Manchas acrômicas no lábio inferior.

Manchas eritematosas de lúpus eritematoso subagudo na face evoluindo para acromia. 

Comedões, manchas hipercrômicas e cicatrizes na face.

Cistos, abcessos e crostas disseminados pela face.

 Cicatrizes queloideanas em lesões prévias de acne.

Comedões e pápulas na região frontal.

Lesões eczematosas subagudas na face, poupando apenas a região nasal e extensora

Pápulas foliculares e placas descamativas, de distribuição simétrica, nas regiões extensoras dos antebraços.

Pápulas eritematosas foliculares, algumas escoriadas, no tronco (?).

Manchas numulares, hiperpigmentadas, bem delimitadas, de distribuição difusa no braço e no tórax.

Placa descamativa, liquenificada e discrômica, acometendo toda a região cervical posterior.

Pápulas e placas lisas e brilhantes distribuídas simetricamente nas regiões palpebrais

Múltiplas pápulas e placas, algumas coalescentes, bem delimitadas, descamativas, com ligeiro eritema, localizadas na região abdominal.

Pápulas e placas brilhantes, acinzentadas, algumas lineares, localizadas difusamente no tronco e no membro superior

Placas hiperceratósicas isolada, de distribuição simétrica, nos cotovelos

Placas eritematodescamativas, de aspecto eczematoso, acometendo a superfície dorsal e palmar dos quirodáctilos, acompanhadas de edema das articulações interfalangeanas.

Placa com centro hiperpigmentado e bordas eritematosas, bem delimitada, localizada na região malar.

Placas anulares, com centro hipercrômico e bordas ligeiramente eritematosas, de distribuição perioral.

 Lesões hiperceratóticas e hiperpigmentadas, monomorfas, comprometendo a superfície palmar

Manchas hipocrômicas lenticulares, descamativas, distribuídas na face e no pescoço.

Mancha hipercrômica, com descamação predominantemente nas bordas, bem delimitada, na região inguinocrural.

Lesão pigmentada, bem delimitada, com 1 cm, no canto do olho direito. (CBC)

Massa vegetante acometendo e destruindo a glande. (carcinoma espinocelular)

Lesão úlcero-vegetante, em cicatriz prévia de queimadura, na região do joelho esquerdo, se estendendo para a perna e coxa.

Pigmentação acometendo o leito ungueal e a unha do hálux, infiltrando tecidos adjacentes.

Mancha hipocrômica, mal delimitada, localizada na região da fossa ilíaca direita.

REFERÊNCIA

• http://piel-l.org/libreria/item/1668

BACILOSCOPIA HANSENÍASE

3.2 Orientações específicas de coleta: • Dar ao paciente uma breve explicação sobre o exame a ser realizado; • azer anti-sepsia do local a ser coletado com álcool 70 %; • Com auxílio de uma pinça de Kelli curva fazer uma boa isquemia para impedi o fluxo de sangue; • Com o auxílio de um bisturi, cortar a pele em mais ou menos 5 mm de comprimento por 2 mm

de profundidade;• Com o lado não cortante da lâmina, raspar o bordo interno do corte 2 a 3 vezes até obter boa

quantidade de linfa;

• Transferi-la para uma lâmina de vidro com borda fosca,bem limpa e nova previamente identificada com lápis de vídea ou com ponta de diamante, sempre do mesmo lado que serão colocados os esfregaços;

• Espalhar o material com a parte plana da lâmina do bisturi em movimentos circulares a fim de obter um esfregaço uniforme abrangendo uma nova área de cerca de 5 a 7 mm de diâmetro;

• Os 4 esfregaços serão colocados um ao lado do outro com a distância de 1 cm na seqüência da coleta do material. Cada lâmina deverá ter no máximo 4 esfregaços. Obedecer à seqüência da coleta, conforme a figura 11: lóbulo de orelha direta (LOD), lóbulo da orelha esquerda (LOE), cotovelo direito (CD) e cotovelo esquerdo (CE) ou á critério médico, quando necessário, joelho direito e esquerdo e lesão.

• Os esfregaços não devem conter sangue, pois esse poderá interferir no exame microscópio; • Para o mesmo paciente usa-se a mesma lâmina de bisturi após limpá-la com álcool 70% e flambá-la

em chama; • Deixar os esfregaços secarem à temperatura ambiente e a seguir passar na chama de lamparina a

álcool, por 3 vezes rapidamente. Observar que a face onde se encontra o esfregaço fique para cima; • Usar sempre lâmina de bisturi e de vidro novos para cada paciente; • A incisão feita no paciente deve ser coberta com um curativo estéril.

DIAGNÓSTICO HERPES SIMPLES

• Qualquer dúvida referente à presença de infecção por herpes simples pode ser dirimida por qualquer um dos vários procedimentos diagnósticos:

A. A biópsia cutânea de uma vesícula virótica típica mostrará -um quadro característico: (1) uma lesão intra-epidérmica na epiderme média a superior; (2) degeneração balonizante das células; (3) células acantolíticas livres; e (4) grandes células gigantes multinucleadas. Inclusões intranucleares podem ser vistas nas células gigantes, bem como em outras células epidérmicas infectadas.

B. Um esfregaço citológico da vesícula, com o propósito de pesquisar células gigantes e corpos de inclusão, é feito fácil e rapidamente.

Os esfregaços são positivos em aproximadamente 75% dos casos de herpes facial recidivante com cultura para vírus positiva, mas apenas em cerca de 40% de lesões genitais ulceradas. É importante que uma vesícula jovem seja escolhida tanto para biópsia quanto para o esfregaço citológico. As lesões de herpes simples, herpes zóster e varicela terão aspecto idêntico ao exame histopatológico e ao esfregaço de tecido. A citologia esfoliativa é especialmente útil como método para detectar infecções cervicais ou vaginais assintomáticas mas, nas grávidas, não substitui a cultura para vírus.

C. O vírus recuperado do conteúdo da vesícula pode ser cultivado fácil e rapidamente (24-48 horas).

D. Os títulos de anticorpos neutralizantes específicos se elevarão após a primeira semana da infecção primária e terão seu pico em duas a três semanas. Alterações no título dos anticorpos não podem ser utilizadas como critério para lesões recidivantes.

E. Quando disponíveis reagentes e equipamentos adequados, os seguintes procedimentos podem ser executados, se indicados:

1. O vírus pode ser identificado com facilidade à microscopia eletrônica.

2. O vírus pode ser encontrado em amostras de tecido, usando-se técnicas de imunofluorescência ou imunoperoxidase.

3. O vírus pode ser tipificado pelas provas sorológicas apropriadas.

• REFERÊNCIA: http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/bmbooks/dermato/livro5/cap/cap15.htm

DIAGNÓSTICO PSORÍASE

(Curetragem de Brocq)

• A identificação da psoríase é eminentemente clínica em face do tipo e distribuição das lesões; sendo necessária a histologia para o diagnóstico correto. A curetagem de Brocq auxilia na diferenciação de doenças cuja descamação não é estratificada.

A curetagem metódica de Brocq consiste no raspado das lesões com cureta e fornece dois importantes sinais:

a) Sinal da vela - destacam-se escamas semelhantes às encontradas na raspagem de uma vela. As escamas são aderentes e podem apresentar uma aparência de ostra ou micácea, representando uma queratinização incompleta;b) Sinal do orvalho sangrento ou de Auspitz - quando, após a retirada das escamas, encontra-se superfície vermelho brilhante recoberto por uma fina membrana (Duncan) que se solta facilmente e abaixo dela há presença de pontos hemorrágicos.

Na histopatologia há alterações que são consideradas essenciais, especialmente a acantose. No início, há vasodilatação com infiltrado perivascular na derme que invade a epiderme. Surge discreta espongiose, invasão de neutrófilos e paraqueratose. Posteriormente se nota alongamento das cristas epiteliais, com afinamento na porção suprapapilar. As papilas estão alargadas e edemaciadas. Na epiderme ocorre paraqueratose, desaparecimento da camada granulosa e presença de agrupamentos de neutrófilos – os microabscessos de Munro. Na psoríase pustulosa, podemos encontrar cavidades contendo neutrófilos – as pústulas espongiforme de Kogoj.O quadro histológico da psoríase não é específico, porém, sugestivo. A presença de dessas últimas estruturas deve ser considerada como altamente sugestiva da diagnose.

• REFERÊNCIA: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5055

VITILIGO

• Definição: O vitiligo é uma doença não contagiosa que consiste numa discromia cutânea, caracterizada clinicamente pela presença de máculas branco-nacaradas de diferentes tamanhos e formas com tendência a aumentar centrifugamente de tamanho.

• Sintomas: A maioria dos pacientes com vitiligo não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele. Entretanto, em alguns casos, os pacientes relatam sentir sensibilidade e  dor na área afetada. Zonas afetadas: Pele; Cabelos (pelo, couro cabeludo, sobrancelhas, pestanas, barba); Interior da boca; Genitais.

• Tipos de vitiligo: O vitiligo pode ser dividido em dois tipos: Unilateral (ou Segmentar) ou Bilateral. O unilateral manifesta-se apenas numa parte do corpo,  normalmente quando o paciente ainda é jovem. O bilateral é o tipo mais comum, manifesta-se nos dois lados do corpo. Em geral, as manchas surgem inicialmente em extremidades como mãos, pés, nariz, boca.

• Causas: As causas de vitiligo ainda são desconhecidas. O que se sabe até agora é que a doença ocorre quando os melanócitos morrem ou deixam de estar funcionais. Os médicos ainda não sabem explicar o por quê dos melanócitos param de cumprir a sua função, mas acredita-se que o vitiligo possa ser uma doença autoimune, em que o próprio sistema imunológico ataca e destrói os melanócitos. Evidências médicas também sugerem que o vitiligo possa estar relacionada à herança genética ou a fatores externos, como exposição excessiva ao sol, a situações de stress e a produtos químicos.

• Diagnóstico: O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico, pois as manchas despigmentadas possuem geralmente localização e distribuição características. A biópsia cutânea revela a ausência completa de melanócitos nas zonas afetadas, exceto nos bordos da lesão, e o exame com lâmpada de Wood é fundamental nos pacientes de pele branca, para deteção das áreas de vitiligo.

• Tratamento: Até meados do século XX, o vitiligo foi uma dermatose com poucas possibilidades terapêuticas. Em 1947, foi usado pela primeira vez o 8-metoxipsoraleno, molécula purificada da planta Ammi majus, associada com a exposição solar. Mais tarde, a molécula foi usada em associação com a radiação UVA artificial. Este tratamento, denominado de PUVA, é ainda amplamente utilizado no tratamento do vitiligo. Simultaneamente, na década 50, foi iniciado o tratamento com corticosteroides tópicos. Estas abordagens terapêuticas constituíram a base do tratamento do vitiligo nas últimas décadas. Com o intuito de melhorar os resultados obtidos e minimizar os efeitos secundários, têm sido testadas outras moléculas como o 5-metoxipsoraleno, a fenilalanina, a kellin, o levamisole, a pseudocatalase, os extratos placentários. Recentemente, o tacrolimus e os derivados da vitamina D também são utilizados no tratamento do vitiligo. Os enxertos de melanócitos e a transplantação de melanócitos a partir de culturas in vitro, constituem fontes de melanócitos para as lesões de vitiligo. Como os tratamentos não resolvem o problema a 100% muitas pessoas utilizam maquilhagem para disfarçar as manchas.

• Epidemiologia: Estima-se que aproximadamente entre 0,5 e 2% da população mundial apresente vitiligo. A doença geralmente começa na infância ou na idade adulta, com um pico de início entre os 10 e os 30 anos. Todas as raças e ambos os sexos são igualmente afetados, embora alguns estudos relatem uma preponderância do sexo feminino, que pode ser explicada pela maior preocupação estética por pacientes mulheres, o que leva á maior procura por atendimento especializado.

• REFERÊNCIA: http://pt.slideshare.net/pedroseabra121/vitiligo-44981533?qid=923b7db5-b383-4ae0-ac78-7e7a8af9db61&v=default&b=&from_search=4

DERMATOLOGIA

LESÕES ELEMENTARES

LESÕES ELEMENTARES

• Pode-se classificar as lesões elementares em cinco grupos básicos de alterações individualizadas da pele:

• Alterações da cor• Formações sólidas• Coleções líquidas• Alterações da espessura• Perdas teciduais

ALTERAÇÕES DA COR Manchas Vásculo-Sanguíneas• Eritema: Cor vermelha conseqüente à vasodilatação que

desaparece por pressão digital ou vitropressão.

ALTERAÇÕES DA COR Manchas Vásculo-Sanguíneas• Cianose: Eritema arroxeado por congestão venosa ou passiva, com

diminuição da temperatura.

ALTERAÇÕES DA COR Manchas Vásculo-Sanguíneas

• Rubor: eritema rubro, conseqüente de vasocongestão ativa ou arterial com aumento de temperatura.

ALTERAÇÕES DA COR• Enantema: eritema localizado nas mucosas.

ALTERAÇÕES DA COR• Exantema: eritema generalizado, agudo, de duração relativamente

curta. Pode ser morbiliforme ou rubeoliforme, quando há áreas de eritema entremeadas com áreas de pele são ou escarlatiniforme quando é difuso e uniforme.

ALTERAÇÕES DA COR• Eritemas figurados: são manchas eritematosas de formas várias

e de limites bem definidos.

ALTERAÇÕES DA COR• Eritrodermia: eritema generalizado, crônico e persistente que se

acompanha freqüentemente de descamação.

ALTERAÇÕES DA COR • Lividez: é uma mancha de cor lívida, do chumbo pálido ao azulado,

de temperatura fria, por isquemia.

ALTERAÇÕES DA COR• Mancha angiomatosa: é mancha de cor vermelha, permanente,

plana, que desaparece quase completamente por vitropressão forte, causada por neoformação névica de capilares da derme.

ALTERAÇÕES DA COR• Mancha anêmica: área esbranquiçada, permanente, determinada

por agenesia vascular. A vitropressão da pele circunjacente igual a esta à mancha, mostrando que se trata de mancha anêmica, excluindo hipocromia.

ALTERAÇÕES DA COR• Telangiectasia: lesão filamentar, sinuosa, permanente devido à

presença de capilares dilatados na derme.

ALTERAÇÕES DA COR• Púrpura: mancha vermelha que não desaparece pela vitropressão. É

devida ao extravasamento de hemáceas na derme e na sua evolução torna-se sucessivamente, arroxeada e verde-amarelada. Até um centímetro de diâmetro chama-se petéquia, maior, equimose e, se linear, víbice.

Petéquias

ALTERAÇÕES DA COR Manchas Pigmentares• As manchas pigmentares ou discrômicas resultam da ausência,

diminuição ou aumento de melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele.

ALTERAÇÕES DA COR• Leucodermias: é a mancha branca e compreende a acromia, de cor

branco marfim, causada pela falta total de melanina ou a hipocromia de cor branco-nácar, causada pela diminuição da melanina.

ALTERAÇÕES DA COR• Hipercromia: Mancha de cor variável, causada pelo aumento da

melanina ou depósito de outro pigmento. O aumento da melanina – mancha melanodérmica tem cor variável do castanho claro ao escuro, azulado ou preto. As manchas resultantes do depósito de hemossiderina ou do ácido homogentísico têm também cor do castanho escuro ao preto. A cor amarelada da pele é observada na icterícia e na carotinemia. As tatuagens apresentam coloração variável de acordo com o pigmento e profundidade da sua localização.

FORMAÇÕES SÓLIDAS

Resultam de processo inflamatório ou neoplásico, atingindo isolada ou conjuntamente a epiderme, derme ou hipoderme. Distinguem-se vários tipos:

• Pápula: lesão sólida, circunscrita elevada, menor que 1 cm, por processo

patológico epidérmico, dérmico ou misto.

FORMAÇÕES SÓLIDAS

• Placa papulosa: é a lesão elevada de altura inferior a 1 cm, em plataforma que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser individual ou constituir aglomerado de pápulas.

FORMAÇÕES SÓLIDAS

• Nódulo: lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme.

FORMAÇÕES SÓLIDAS• Nodosidade ou tumor: formação sólida, circunscrita, elevada ou

não, maior que 3 cm. O termo tumor é usado principalmente para processo neoplásico.

FORMAÇÕES SÓLIDAS• Tubérculo: designação em desuso, significava pápula ou nódulo que

evolui deixando cicatriz.

FORMAÇÕES SÓLIDAS• Goma: é um nódulo ou nodosidade que se liquefaz na porção central

e que pode ulcerar-se, eliminando substância necrótica.

FORMAÇÕES SÓLIDAS• Vegetação: pápula pedunculada ou com aspecto de couve flor,

branco avermelhada, que sangra facilmente, devida ao aumento da camada espinhosa, cristas epiteliais e papilas dérmicas.

FORMAÇÕES SÓLIDAS• Verrucosidade: pápula ou placa papulosa de superfície dura, inelástica

e amarelada por aumento peculiar da camada córnea.

FORMAÇÕES SÓLIDAS• Urtica: elevação de forma irregular, cor variável do róseo ao vermelho,

pruriginosa, com duração efêmera. Resulta da exsudação aguda da derme. É também chamada de pápula urticariana. Quando atinge vários centímetros de extensão denomina-se placa urticada.

COLEÇÕES LÍQUIDAS

As lesões elementares incluídas no grupo das coleções líquidas são aquelas com conteúdo líquido que pode ser serosidade, sangue ou pus. Compreendem as vesículas, pústulas, bolhas, gomas, abcessos e hematomas.

• Vesículas: elevação circunscrita, contendo líquido claro, até 1 cm de tamanho. O líquido, primitivamente claro (seroso), pode se tornar turvo (purulento) ou rubro (hemorrágico).

COLEÇÕES LÍQUIDAS• Bolha: elevação contendo líquido claro, maior que 1 cm em tamanho.

O líquido, primitivamente claro, pode se tornar turvo-amarelado ou rubro, formando-se bolha purulenta ou hemorrágica.

COLEÇÕES LÍQUIDAS

• Pústula: elevação circunscrita, contendo pus até 1 cm em tamanho. É um abcesso superficial.

COLEÇÕES LÍQUIDAS

• Abscesso: coleção de pus na pele ou subcutâneo, circunscrita, proeminente ou não, de tamanho variável. A pele pode estar ruborizada e há calor, dor e flutuação.

COLEÇÕES LÍQUIDAS

• Hematoma: coleção de sangue na pele ou subcutâneo, circunscrita, proeminente ou não e de tamanho variável.

ALTERAÇÕES DE ESPESSURA

• Queratose: espessamento da pele, duro, inelástico, amarelado e de superfície eventualmente áspera. É causado pelo aumento da espessura da camada córnea.

ALTERAÇÕES DE ESPESSURA

• Liquenificação: espessamento da pele com acentuação dos sulcos e da cor própria da pele, com aspecto quadriculado, de malhas poligonais bem definidas. É devida ao aumento da camada malpighiana.

ALTERAÇÕES DE ESPESSURA

• Edema: aumento da espessura, depressível, com cor própria da pele ou rósea-branca. É determinado pelo acúmulo de líquido na derme e/ou hipoderme.

ALTERAÇÕES DE ESPESSURA

• Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se, as vezes, de eritema discreto. Pela vitropressão, surge fundo de cor café com leite. Resulta da presença na derme de infiltrado celular, as vezes com edema e vasodilatação.

ALTERAÇÕES DE ESPESSURA• Esclerose: alteração da espessura com aumento da consistência da pele

que se torna lardácea ou coriácea. A pele pode estar espessada ou adelgaçada, não é depressível e o pregueamento é difícil ou impossível. Resulta de fibrose do colágeno.

ALTERAÇÕES DE ESPESSURA• Atrofia: diminuição da espessura da pele, localizado ou difuso, que pode se

acompanhar de adelgaçamento e pregueamento da pele. É devido a redução do número e volume dos constituintes teciduais. A atrofia linear chama-se víbice, nome que também serve para designar uma lesão purpúrica linear.

ALTERAÇÕES DE ESPESSURA• Cicatriz: lesão lisa, plana, saliente ou deprimida, sem os sulcos, poros e

pêlos, móvel, aderente ou retrátil. Associa atrofia com fibrose e discromia. É resultante da reparação de processo destrutivo da pele.Podem ser: (a) Atrofica – fina, pregueada, papirácea; (b) Críbrica – perfurada por pequenos orifícios; (c) Hipertrófica – nodular, elevada, vascular, com excessiva proliferação fibrosa, com tendência a regredir.

PERDAS TECIDUAIS

São as lesões oriundas da eliminação exagerada ou da destruição dos tecidos cutâneos.

Escama: massa laminada, furfurácea, micácea ou foliácea que se desprende da superfície cutânea. É devida à alteração da queratinização.

PERDAS TECIDUAIS

• Erosão ou exulceração: perda superficial que atinge somente a epiderme.

PERDAS TECIDUAIS

• Escoriação: erosão linear que é consequente à coçagem.

PERDAS TECIDUAIS

• Ulceração: perda de epiderme e derme eventualmente atingindo a hipoderme e outros tecidos.

PERDAS TECIDUAIS

• Úlcera: é uma ulceração persistente e de evolução crônica.

PERDAS TECIDUAIS

• Fissura ou ragádia: perda linear da epiderme e derme, no contorno de orifícios naturais ou em áreas de pregas ou dobras da pele.

PERDAS TECIDUAIS• Crosta: concreção de cor amarelo-claro ao esverdeado ou vermelho-escuro,

que se forma em área de perda tecidual. Resulta do dessecamento de serosidade (melicérica), pus (purulenta) ou sangue (hemorrágica), de mistura com restos epiteliais.

PERDAS TECIDUAIS

• Escara: área da pele de cor lívida ou negra, limitada, resultante de necrose tecidual. O termo é também empregado para a ulceração após a eliminação do esfacelo. Ainda que as lesões elementares possam se apresentar isoladamente, na maioria das vezes apresentam-se associadas ou combinadas, daí decorrendo variedade de expressões, como eritêmato-papulosa, pápulonodular, atrófico-escamosa, ulcero-crostosa, vésico-bolhosa e inúmeras outras.

TERMOS DESIGNATIVOS

Formas, Contornos e Dimensões

• Anular: em anel• Arcada: em arco• Circinada: em círculo• Corimbiforme: em corimbo, ou seja, lesão principal central e outras satélites• Discóide: em forma de disco• Figurada: com borda de contorno bem definida.• Geográfica: de contorno irregular, lembrando mapa geográfico• Girata: em giro ou espiral• Gotada: em gotas• Irisada: com círculos concêntricos• Lenticular: como lentilha• Linear: em linha• Miliar: como grânulos de mílio.• Numular: como moeda.• Pontuada: em pontos.• Serpiginosa: em linha ou contorno sinuoso.• Zosteriforme: consoante um trajeto de um nervo.

DISTRIBUIÇÃO E NÚMERO

• Disseminada: lesões numerosas individuadas em várias regiões cutâneas.

• Generalizada: erupção difusa e uniforme, atingindo várias regiões cutâneas.

• Universal: comprometimento total, incluindo o couro cabeludo.

SINAIS ESPECÍFICOS

Caracterizam Síndromes ou Afecções• Aftas: pequena ulceração em mucosa.

SINAIS ESPECÍFICOS

• Alopécia: ausência de pêlos em locais pilosos.

SINAIS ESPECÍFICOS

• Calo: hiperqueratose em cunha, que se introduz causando dor. Devida a irritação ou pressão mecânica dos pés.

SINAIS ESPECÍFICOS

• Calosidade: hiperqueratose circunscrita em áreas de pressão ou fricção nos pés e mãos.

SINAIS ESPECÍFICOS

• Celulite: inflamação da derme e/ou do tecido celular subcutâneo.

SINAIS ESPECÍFICOS

• Cisto: formação elevada ou não, constituída cavidade fechada envolta por um epitélio contendo líquido ou substância semi-sólida.

SINAIS ESPECÍFICOS• Comêdo ou comedão: acúmulo de corneócitos no infundíbulo

folicular (cravo branco) ou de queratina e sebum em um folículo piloso dilatado (cravo preto).

SINAIS ESPECÍFICOS• Corno: excrescência cutânea circunscrita e elevada formada por

queratina.

SINAIS ESPECÍFICOS• Eritrodermia: eritema generalizado, persistente e crônico, com

descamação.

SINAIS ESPECÍFICOS• Fístula: canal com pertuito na pele que drena foco profundo de

supuração ou necrose.

SINAIS ESPECÍFICOS• Milium (milio): pequeno cisto de queratina, branco amarelada,

superficial na pele.

SINAIS ESPECÍFICOS• Placa: uma área de pele elevada com mais de 2 cm de diâmetro.

SINAIS ESPECÍFICOS• Poiquilodermia: sinal caracterizado por atrofia, telangiectasias e

pigmentação, geralmente reticulada.

SINAIS ESPECÍFICOS• Quelóide: formação elevada por proliferação fibrosa da pele, pós

trauma, que não regride.

SINAIS ESPECÍFICOS• Sero-pápula: é formada por uma vesícula sobre o centro de um

pequena pápula urticada. Lesão típica do estrófulo.

SINAIS ESPECÍFICOS• Sulco (túnel): pequena saliência linear, inferior a um cm, com

vesícula perlácea, do tamanho da cabeça de um alfinete na extremidade. Lesão típica da escabiose.

SINAIS ESPECÍFICOS• Sinal de Auspitz ou do orvalho sangrento: aparecimento de

ponteado hemorrágico quando se raspam as escamas na psoríase. Também conhecido como sinal da vela.

SINAIS ESPECÍFICOS• Sinal de Darier: fricção da lesão determina urtica. Típica da urticária

pigmentosa (masticitose).

SINAIS ESPECÍFICOS• Fenômeno (sinal) de Koebner: aparecimento de lesões similares às da

dermatose por trauma. Típico da psoríase e liquen plano.

Líquen plano

Fenômeno de Köbner ou Isomorfismo = Ocorre em doenças como psoríase e líquem plano, em que uma escoriação ou traumatismo em uma área de pele normal determina o aparecimento de lesão própria da afecção no trajeto escoriado.

SINAIS ESPECÍFICOS• Sinal de Sampaio: bainha gelatinosa nas raízes dos cabelos,

encontrada na pseudopelada e lúpus eritematoso. Indica atividade da doença.

Sinal de Sampaio = Utilizado em alopécias. Arrancando-se alguns fios de cabelo nas áreas de alopécia, observa-se a presença de bainha gelatinosa aderida ao bulbo. Este fenômeno ocorre no Lupus Eritematoso Sistêmico.

SINAIS ESPECÍFICOS• Sinal de Zileri: descamação observada pelo estiramento da pele na

pitiríase versicolor.

SINAIS ESPECÍFICOS• Sinal de Nikolsky = Ao se atritar a pele saudável do paciente com

pênfigo vulgar, a mesma se desprende.

GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICOSebastião de Almeida Prado Sampaio

• Acantólise: perda de adesão entre células epiteliais por degeneração dos desmosomas ou da substância cimentante intercelular o que permite a formação de bolhas ou vesículas.

• Acantose ou hiperacantose: aumento moderado ou excessivo da camada malpighiana.

• Alteração cavitária: edema intracelular com formação de cavidades no interior de células malpighianas. É a fase inicial da degeneração reticular.

• Anaplasia: alteração de células que apresentam núcleos grandes, irregulares e hipercromáticos e com eventual presença de mitoses atípicas, característica de neoplasias malignas.

GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO

• Bolha: cavidade epidérmica ou sub-epidérmica, contendo serosidade, hemácias ou células. A bolha inferior a 1 cm de diâmetro pode ser chamada de vesícula. A lacuna é uma vesícula pequena, intra-epidérmica.

• Degeneração balonizante: alteração de células epidérmicas que assumem forma em balão por edema e perdem as conexões intercelulares o que possibilita a formação de bolhas ou vesículas. É característica das infecções virais.

• Degeneração basófica ou colágeno: presença de material basófilo na derme papilar por degeneração das fibras colágenas e elásticas em áreas expostas à luz solar.

• Degeneração fibrinóide do colágeno: depósito de fibrina entre a fibras colágenas ou em torno de vasos, que se caracteriza por cor eosinófilica brilhante e aspecto homogêneo. É encontrada no lúpus eritematoso, vasculites alérgicas e nódulos reumatóides.

GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO

• Degeneração granulosa da epiderme: também chamada Hiperqueratose epidermolítica. Atinge as porções superior e média da camada malpighiana, produzindo intenso edema intracelular, levando à perda dos contornos celulares. Acompanha-se de hiperqueratose e produção excessiva de grânulos de querato-hialina grandes e irregulares. Ocorre em doenças congênitas.

• Degeneração hidrópica ou de liquefação: vacuolização das células basais conseqüente e edema na derme, encontrada em numerosas afecções, como lupus eritematoso, líquen plano, líquen escleroso e atrófico e outros.

• Degeneração hialina do colágeno: neste tipo de degeneração os feixes colágenos apresentam-se de volume aumentado, mais eosinófilos e homogêneos, com diminuição dos fibroblastos. É encontrada nas cicatrizes, quelóides e esclerodermia.

• Degeneração reticular: edema intenso, intracelular que estoura as células epidérmicas e forma vesícula septada, sendo os septos restos de membranas celulares. É encontrada nas doenças virais e em dermatites agudas.

GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO

• Desmosoma: estrutura conetiva das células epidérmicas, anteriormente chamadas de ponte intercelular.

• Disqueratose: alteração do processo de queratinização no qual ocorre uma queratinização prematura e individual de queratinócitos. Pode ocorrer em neoplasias malignas ou em algumas afecções congênitas.

• Espongiose: edema intercelular na camada malpighiana que pode levar à formação de vesícula ou bolha. É encontrada nas dermatites agudas. É característica do grupo pênfigo porém pode ser encontrada na queratose actínica e epiteliomas, bolhas virais e doença de Darier.

• Incontinência pigmentar: depósito de melanina na derme, livre ou no interior de macrófagos, por perda devida à lesão das células melanocíticas (células claras) na camada basal.

GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO

• Infiltrado inflamatório agudo: presença na derme de polimorfos nucleares com fenômenos exsudativos de edema, vaso-dilatação e congestão.

• Infiltrado inflamatório crônico inespecífico: presença na derme de histiócitos, linfócitos e plasmócitos com fenômenos proliferativos do conjuntivo, porém sem qualquer arranjo característico.

• Infiltrado inflamatório granulomatoso: presença na derme de infiltrado constituído por todos ou alguns dos seguintes elementos celulares: linfócitos, histiócitos, plasmócitos, células epitelióides e gigantócitos, com fenômenos proliferativos do conjuntivo. O infiltrado tem um arranjo sugestivo de agente específico, infeccioso ou corpo estranho.

GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO

• Infiltrado neoplásico maligno: infiltrado na derme com a presença de células com pleomorfismo e anaplasia.

• Lisosoma: corpúsculo intracitoplasmático que contém enzimas capazes de digerir material endógeno ou exógeno fagocitado.

• Melanócito: célula dentrítica presente na camada basal da epiderme e na matriz pilosa, que produz melanina.

• Melanófago: macrófago ou histiócito que fagocitou melanina.

• Microabscesso: pequeno acúmulo de neutrófilos, eosínófilos ou células linfo-histiocitárias na epiderme e ápice das papilas dérmicas. O microabscesso de Munro-Sabouraud é constituído por acúmulo de neutrófilos degenerados na camada córnea ou de para queratose na psoríase. O microabscesso de Pautrier é constituído por células atípicas linfo-histiocitárias na camada Malpighiana.

GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO

• Necrose caseosa: necrose em que o tecido perde sua estrutura e há um material eosinófilo, amorfo, finamente granuloso podendo ser encontrados fragmentos nucleares.

• Necrose coliquativa: necrose tecidual com presença de neutrófilos degenerados, isto é com formação de pus.

• Papilomatose: proliferação das papilas dérmicas com alongamento das cristas epiteliais.

• Papiloma: é uma papilomatose circunscrita com hiperqueratose. É o substrato do nevo verrucoso, queratose seborreica, queratose actínica, e verruga vulgar. Em geral é possível a distinção entre essas varias afecções.

• Paraqueratose: alteração do processo de queratinização normal com a presença de núcleos na camada córnea e diminuição ou desaparecimento da camada granulosa.

• Queratinócito: são as células epidérmicaas que em um processo de diferenciação formam a camada córnea, queratinosa.

• Queratose e hiperqueratose: espessamento moderado ou excessivo da camada córnea.

REFERÊNCIA• Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de Atenção

Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais Técnicos; n° 174 • MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Políticas de SaúdeDepartamento de Atenção BásicaÁrea Técnica de Dermatologia SanitáriaBRASÍLIA / DF – 2002 • Glossário Dermatológico • Sebastião de Almeida Prado Sampaio

MANCHAS VASCULO-SANGUINEAS

MANCHAS PIGMENTARES

EXAME SEMIOLÓGICO

Rotina recomendada• História clínica - Inspeção geral e específica • A HISTÓRIA DERMATOLÓGICA: obtenção do diagnóstico das doenças da pele (somatoscopia a outros

métodos de exame dermatológico).• PROBLEMAS MAIS COMUNS:

– Anormalidades localizadas interpretadas pelo paciente como de gravidade considerável, como tumorações etc

– NUNCA DEVEMOS TENTAR ADVINHAR A QUEIXA DE UM PACIENTE. Um jovem portador de acne facial importante pode se queixar de uma micose plantar, ou de intertrigo.

– Lembrar ainda que erupções generalizadas podem eventualmente acometer anexos como cabelo, unhas e glândulas sudoríparas.

– Devemos investigar sempre a queixa principal, sua duração, a natureza da lesão inicial e suas alterações evolutivas, os sintomas associados, assim como sua resposta a medicamentos previamente utilizados. Existem antecedente dermatológico ? Dermatite seborrêica na infância (confundidas ou precursoras de psoríase)? alergias ?; Doenças de outra natureza, como as ocupacionais ou regionais ? Hobbies ? História familiar ??

• Ao exame físico procuramos caracterizar: – A inspeção: sempre sob luz clara (se possível natural), obrigatoriamente sem a roupa, primeiro com o

paciente sentado na mesa de exame clínico, depois de pé para exame do dorso. – DISTRIBUIÇÃO DAS LESÕES - SUA MORFOLOGIA (elementar): A COR – UMIDADE – ESPESSURA – SIMETRIA –

HIGIENE – TEMPERATURA – TEXTURA – MARGENS - TURGOR – MOBILIDADE – A palpação (que nunca deve ser omitida): ESPESSAMENTOS (ausente nas máculas); PRESENÇA DE CÁLCIO

OU CISTOS SUBCUTÂNEOS – TEMPERATURA - CROSTAS quando presentes devem ser cuidadosamente removidas o que ajuda a diferencia-las de queratina (QUE É PARTE INTEGRANTE DA LESÃO) ou descamações que devem ser escarificadas para o diagnóstico da psoríase (sinal de Nicolsky ??)

SEGUE:• Caracterize a lesão quanto a: TAMANHO – FORMA – COR – TEXTURA

– ELEVAÇAO OU DEPRESSÃO – PEDUNCULAÇÃO – EXSUDAÇÃO – PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO – LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO.

• CABELO E PELOS: COR – DISTRIBUIÇÃO – QUANTIDADE – PALPE A TEXTURA

• OBSERVE NAS UNHAS : COR – COMPRIMENTO – CONFIGURAÇÃO – SIMETRIA –LIMPEZA – TEXTURA – FIRMEZA UNIFORMIDADE E ADERÊNCIA AO LEITO

• OBSERVE AINDA NA PARTE LATERAL : HIPEREMIA – EDEMA – DOR – PRESENÇA DE PÚS, VERRUGAS, CISTOS OU TUMORES

• Outras investigações: – PESQUISA do Acarus NA ESCABIOSE;– EXAME COM A LUZ DE WOOD (que detecta vários graus de florescência e

pigmentação); – BIOPSIA CUTÂNEA (complementada por colorações especiais ou imuno-

histoquimica quando necessário );

INTRODUÇÃO• Pele: grande importância clinica:

– Importante papel fisiológico (comunicação corporal com o mundo exterior);

– importância ao revelar precocemente doenças sistêmicas;• A pele é visível em todas suas dimensões, pode ser

diretamente palpável e é tão fina, que mesmo suas camadas mais profundas estão a apenas alguns milímetros do examinador.

• Os quadros dermatológicos, embora claramente visíveis, podem se exteriorizar de forma amplamente variável dificultando sobremaneira sua análise e interpretação.

SUPERFÍCIE CUTÂNEA

• A pele normal tem coloração uniforme (exceto nas regiões pudendas e nas áreas expostas), não apresenta soluções de continuidade, e costuma ser avaliada clinicamente quanto a sua temperatura, umidade, textura, turgor, mobilidade, elasticidade, vascularização e espessura.

COLORAÇÃO• a) Quanto a sua coloração pode ser classificada

como: – Leucodermo: indivíduo de pele de coloração branca. – Melanodermo: indivíduo de pele de coloração escura.

• As anormalidades de coloração, em geral de difícil avaliação em indivíduos de pele escura podem ser divididas basicamente em: – 1) PALIDEZ: (generalizada: anemias, estresse físico ou

emocional ou localizada/segmentar: isquemias). A palidez deve ser pesquisada nas regiões palmo-plantares e sempre correlacionada com a coloração das mucosas corporais.

COLORAÇÃO– 2) VERMELHIDÃO: generalizada (indivíduos obesos com

policitemia relativa em geral hipertensos em uso de diurético) ou segmentar (persistente: processos inflamatórios com dor e calor locais; fugaz ou de duração efêmera: pessoas emotivas ou após a ingestão de bebidas alcoólicas). O eritema da pele pode ainda ser decorrente de vasodilatação capilar epidérmica (doenças exantemáticas, alergias medicamentosas e outras septicemias).

COLORAÇÃO– 3) CIANOSE: coloração azulada da pele (niveis elevados

de hemoglobina reduzida – que está ligada ao hidrogênio – acima de 5g/dL no sangue circulante). Influência: hematócrito, débito cardíaco/perfusão tissular, cor da pele, temperatura corporal.

A cianose pode ser caracterizada como: central (baixa saturação arterial de O2), periférica (maior extração de O2, saturação normal) e diferencial (quando é vista preferencialmente nos membros inferiores ou superiores). Elas podem ser mistas!

COLORAÇÃO• 3.1 CIANOSE CENTRAL (características clinicas) –

com hipoxemia: Generalizada; acometendo mucosas (AVALIAR A LÍNGUA); história de depressão respiratória; pneumopatia ou tabagismo; cardiopatia prévia; época de aparecimento).

Deve-se investigar os seguintes aspectos:– A) Fluxo pulmonar: aumentado ou hiperfluxo e

diminuído ou hipofluxo pulmonar;– B) Época de aparecimento: Cianose grave desde o

nascimento; cianose moderada durante a primeira semana de vida; cianose progressiva; cianose tardia na infância.

COLORAÇÃO• 3.2 Cianose periférica - sem hipoxemia: Não acomete

mucosas: DADO MAIS IMPORTANTE para o seu reconhecimento clínico!; Localizada (ou generalizada); Aliviada pelo aquecimento da área acometida pela cianose; Saturação normal de oxigênio na hemoglobina circulante; Checar sempre a vascularização.

• 3.3 Cianose diferencial: Nos PÉS - ductus arteriosus (Com complexo de Eisenmenger); Nas MÃOS: - transposição dos grandes vasos e fluxo reverso através do ducto arterioso (que melhora a oxigenação dos membros inferiores).

COLORAÇÃO• Complicações clínicas esperadas em pacientes

com cianose crônica: – Baqueteamento digital;– Policitemia secudária a hipoxemia;– Embolia paradoxal / abscesso cerebral; – Retardo mental e do crescimento; – Distúrbios da coagulação (Htc >60%); – “Posição preferencial de cócoras”;

COLORAÇÃO– 4) ICTERÍCIA;

• PRINCIPAIS CAUSAS DE COLORAÇÃO ANORMAL DA PELE:– MARROM: D. de Addison; hemocromatose porfiria

cutânea tarda; esclerodermia; neurofibromatose.– AMARELO: icterícia; anemia (especialmente perniciosa);

carotenemia; abuso de quinacrina.– CINZENTA: depósito de sais de ouro ou ferro (uso via

IM); depósito de prata (ARGIRIA); uso crônico de fenotiazina.

EXAMES DA SUPERFÍCIE DA PELE

• LESÕES ELEMENTARES DA PELE: – A- Lesões primárias: Mácula ou mancha; Pápula;

Nódulo; Tumor; Vesícula; Bolha; Pústula – B- Lesões secundárias: Crosta; Escama;

Escoriação; Fissura; Ulceração; Cicatriz; Pigmentação secundária; Liquenificação; Atrofia.

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS• Mácula ou mancha - área de coloração diferente circundada por pele

sem alteração do seu plano ou da sua superfície. Podem ser divididas em:– Hipocrômicas - vitiligo, lepra, ptiriase versicalor, etc. – Hipercrômicas - efélides, manchas hipercrômicas causadas por: depósitos

pigmentares.• Outras formas comuns de pigmentação são as hemorrágicas que

dividimos em: – Petéquias - de forma arredondada com até 2 mm de diâmetro vistas na

plaquetopenia e anormalidade funcional dos capilares- pesrsistem após a vitro pressão.

– Equimoses - em forma de placa, decorre de traumatismos ou deficiências de fatores de coagulação. (Hematomas são volumosas equimoses confluentes que ocupam espaço)

– Víbices: com forma linear (possuem fisiopatologia semelhante a das petéquias).

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS• Outras MANCHAS encontradas na prática clínica são

as telangiectasias que representam pequenas dilatações vasculares, observação comum nos membros inferiores de pessoas (especialmente do sexo feminino, multíparas) que são pequenas varizes; as telangiectasias podem ainda ser encontradas na face anterior do tronco de pacientes com cirrose hepática onde se denominam aranhas vasculares (-”spider nevi”), nas extremidades de pacientes com a doença de Rendu-Osler (telangiectasia hemorrágia familiar) ou com nevos vasculares, etc.

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS• Pápulas - são pequenas lesões (1 mm a 1 cm), sólidas, delimitadas que

fazem relevo; involuindo sem deixar cicatriz. São causas comuns a sifílide papulosa, o líquen plano, as placas de urticária e as lesões de prurigo. O tubérculo é uma lesão que apresenta infiltração celular mais profunda que a pápula, e em geral com maiores dimensões; atinge toda o derme e por isso mesmo, deixa cicatriz quando involui. A lepra, sarcoidose, tuberculose, sífilis tardia entre outras são exemplos a serem considerados em pacientes com esta anormalidade.

• Nódulos - são formações sólidas que se localizam na hipoderme. São exemplos os nódulos da lepra, tuberculose, eritema nodoso, metástase cutânea carcinomatosa, os nódulos da artrite reumatóide, da febre reumática, etc. Um tipo especial de nódulo é a goma que se acompanha de necrose e ulceração e que ocorrem na sífilis, micoses, etc.

* Chamamos PLACA - uma confluência de nódulos ou pápulas.

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS• Tumor - Nódulo acima de 2 cm de diâmetro, classicamente representado

pelos lipomas, epiteliomas, ou doença de Von Recklinghausen que se exterioriza por múltiplos tumores pediculados que se espalham pelo corpo em geral acompanhados por uma mancha de cor “café com leite”.

• Vesícula - Elevação circunscrita da pele decorrente da coleção de líquido seroso e de diâmetro entre 1 mm a ½ cm. A varicela e o herpes (nas fases iniciais de evolução), queimaduras são seus exemplos mais comuns.

• Bolha - Coleção líquida, serosa intra-epidérmica ou sub-epidérmica acima de ½ cm. Encontrada nas queimaduras, pênfigos, etc.

• Pústula - Coleção purulenta encontrada na varíola (já extinta) ou nas piodermites.

* Na prática diária é comum encontrarmos a associação de lesões elementares como: lesões máculo-pápulosas, vésico-bolhosas, vésico-pápulo-bolhosas, etc. • Crosta - Resíduo proveniente do ressecamento de secreção serosa,

sangüínea, purulenta ou mista. Encontrada nas úlceras, feridas e piodermites.

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS• Escoriação - Arrancamento epidérmico simples. É a lesão deixada

pelos arranhões ou ato de coçar o que deve nos levar a considerar nesses pacientes possíveis doenças que possam causar prurido.

• Fissura - Solução de continuidade da pele ou mucosa comprometendo toda a extensão da camada epitelial. Comum nos eczemas, fissuras dos lábios devidas ao frio, fissuras anais, etc.

• Ulceração - Perda delimitada de camada epitelial, atingindo camadas mais profundas (derma e submucosa). Deixa cicatriz. São exemplos: cancro, úlcera dos processos de estase venosa crônica dos membros inferiores, proliferações malignas, etc. Denomina-se escara ao ferimento conseqüente a processos abrasivos ou isquêmicos de pacientes acamados, impossibilitados de se locomover adequadamente.

* Cicatriz - Reposição de tecido destruído, por tecido fibroso.

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS• Liquenificação: Espessamento da pele com exuberância dos

acidentes naturais da pele. Comuns nos eczemas de longa duração, linfedemas e neurodermite.

• Hiperqueratose - Aumento da espessura da camada córnea da pele, que surge conseqüente a processos traumáticos, na avitaminose A (xerodermia), atrito contínuo (calosidades).

• Atrofia: Adelgaçamento da pele que pode ser encontrada como seqüela das dermatoses em geral, e na esclerodermia. A pele senil é o exemplo mais objetivo.

* Nas lesões secundárias as combinações são também comuns, como por exemplo: lesão escamato-crostosa, úlcero-crostosa etc.

• As avaliações podem ser feitas ainda de acordo com a região acometida – conforme exemplos apresentados a seguir:

TEMPERATURA DA PELEA temperatura da pele deve ser analisada com a face dorsal da mão, e comparando simetricamente cada segmento examinado. AS ALTERAÇÕES DA TEMPERATURA DA PELE SÃO: • Hipertermia:1) Generalizada: Febre - Que conceituamos como elevação da temperatura

corporal, acima de 37,7 graus, que é mediada pela elevação do limiar termoregulatório hipotalâmico ou Hipertermia quando a elevação da temperatura corporal acima do limiar hipotalâmico é secundária a dissipação de calor insuficiente. Como ocorres no exercício intenso, uso de drogas que inibem a perspiração ou na presença de aumento do calor ambiental.

2) Segmentar: a hipertermia segmentar geralmente se acompanha de dor, rubor e eventualmente tumor, tendo em vista serem os processos inflamatórios as causas mais freqüentes de hipertermia segmentar. Outros exemplos de hipertermia segmentar são: hipertireoidismo (mãos quentes), cardiopatias hipercinéticas (extremidades), fístulas arteriovenosas (local ou região da fístula), tromboflebites etc.

TEMPERATURA DA PELE• Hipotermia: 1. Generalizada nos casos de má perfusão tissular primária

(estados de choque) ou secundária a vasoconstrição por ansiedade, frio ambiental etc

2. Segmentar comum nos processos de oclusão arterial. A hipotermia segmentar pode ser encontrada nas síndromes paralíticas. A frialdade das extremidades (mãos e pés) é achado freqüente em pessoas normais (constitucional) e nos indivíduos simpaticotônicos e neuróticos.

Existem aparelhos especiais que podem registrar com precisão a temperatura de diversos segmentos do corpo; são os chamados termômetros cutâneos, e que fornecem com alta fidelidade a temperatura cutânea do segmento que interessa investigar.

UMIDADE DA PELE• A pele apresenta normalmente certo grau de umidade e oleosidade.

Estudaremos separadamente as alterações da secreção líquida e da secreção sebácea.

• ALTERAÇÕES DA UMIDADE e DA SECREÇÃO SEBÁCEA DA PELE1. Hiperidrose - pode ser fisiológica, após exercícios, emoções, ambientes

quentes ou consequência de febres, hipertireoidismo, fístulas arteriovenosas periféricas, dos distúrbios do sistema nervoso autônomo, decorrentes do uso de drogas simpaticomiméticas, de neuroses, de quadros dolorosos excruciantes, de choque enfim com quadros onde existe “hiperatividade simpática’.

2. Hipoidrose / anidrose - que é a diminuição ou ausência da sudorese encontrada na desidratação ou em neuropatias e dermatopatias crônicas, ictiose, esclerodermia, mixedema, avitaminose A, diabete, insuficiência renal crônica, intoxicação pela atropina. Em alguns grupos de pacientes como os idosos, que apresentam certo grau de atrofia das glândulas sudoríparas, esse achado pode ser considerado constitucional.

UMIDADE DA PELE• A sudorese pode apresentar variações de coloração. Nos

pacientes ictéricos, por exemplo, podemos, às vezes, observar sudorese amarelada. Outros distúrbios do metabolismo pigmentar podem provocar transpiração de coloração variada. O suor de odor forte e desagradável é denominado de bromidrose. Na mucoviscidose, teores de sódio no suor acima de 60 mEq/L possui grande valor para o diagnóstico da doença.

• Aumento da secreção sebácea, reconhecido pela oleosidade excessiva da pele, é chamado seborréia, condição que, ocasionalmente, pode acompanhar outras alterações da pele que por se acompanharem de prurido e de descamacão, é mais conhecida como dermatite seborréica. A hipoleosidade da pele confere à mesma uma aspereza discreta, anormalidade que será estudada na textura da pele.

TEXTURA DA PELE• A textura corresponde à sensação que temos, quando

deslizamos a mão levemente sobre a pele, e a encontramos lisa, aveludada, áspera, ou com outra qualquer qualidade contextual.

1. Pele fina: encontrada nos estados de senilidade, na esclerodermia, em regiões recentemente edemaciadas, no hipertireoidismo etc.

2. Pele áspera: trabalhadores braçais, dos indivíduos que mantêm contato prolongado e permanente com o sol ou ambientes superaquecidos (pescadores, foguistas, etc.), mixedema, dermatoses crônicas, etc.

TURGOR E ELASTICIDADE DA PELE• É a propriedade que a pele normal tem de, ao ser

pinçada entre dois dedos, apresentar uma consistência tal que, quando desfeita a manobra, volte rapidamente ao lugar primitivo, sem deixar pregas residuais.

1. Aumento do turgor: encontrado nos edemas, nas pessoas com excesso de panículo adiposo, etc.

2. Diminuição do turgor: NÃO TRADUZ DESIDRATAÇÃO ! pessoas idosas (fisiológico), e como importante sinal nos estados de desidratação ou não em que ocorre depleção do sódio sérico (Hiponatremia dilucional).

TURGOR E ELASTICIDADE DA PELE• A pele normal é móvel em relação aos seus planos mais

profundos com os quais entra em contato. A pele é menos móvel ou mesmo imóvel nos edemas, tumores malignos, na esclerodermia e nos locais onde exista retração cicatricial. Aumento da sua mobilidade pode ser vista em pessoas idosas, caquéticas, obesos que perderam quantidade apreciável de peso ou no abdome das multíparas. A pele hiperelástica tem como sua causa clássica as síndromes secundárias ao acometimento do colágeno como a síndrome de Ehlers-Danlos (cútis hiperelástica) ou o pseudoxantoma elástico que a exemplo da primeira é reconhecida pela presença de hiperelasticidade da pele.

ESPESSURA DA PELE• A espessura da pele está aumentada nos processos

que conduzem à hipertrofia e diminuída nos estados atróficos. A pele atrófica caracteriza-se pelo aspecto mais translúcido assim como pela perda das suas dobras naturais. A pele é menos espessa nos velhos, nos recém-natos, na esclerodermia, nos pacientes com linfedema ou mixedema. O aumento da espessura cutânea costuma ser encontrado em processos de regeneração epitelial (cicatrizes) e nas hiperqueratoses.

VASCULARIZAÇÃO• Em condições normais, podemos visualizar, a olho

nu, relevos e trajetos de vasos de topografia superficial. Estes vasos são sempre mais facilmente visualizados em locais onde a pele é mais fina (lóbulo da orelha, asa do nariz, bolsa escrotal, etc.).

Funções da pele • Proteção: isola o meio interno do externo =2 barreiras:

camada córnea e a melânica.- Camada córnea: queratinócitos e lipídeos intercelulares que impedem a perda excessiva de água=evita desidratação.- Barreira melânica: contra queimaduras solares, fotocarcinogênese e o fotoenvelhecimento causados pela RUVMelanina=evita o aumento da lesão no DNA nuclear- Receptores e terminaçòes nervosas livres= defesa contra agentes nocivos

Funções da pele • Endócrinas: ativação de hormônios

(conversão de testosterona em 5-di-hidrotestosterona ou estradiol e de t4

em t3) . Participa na síntese de vitamina D

Função da pele• Imunológica:integridade da pele depende do

sistema imune cutâneo:células dendríticas,linfócitos T de memória,mastócitos e os macrófagos

• Células dentríticas:células de langerhans =apresentadoras de atg da pele aos linfócitos T –transformam em linfócitos T de memória.Quando atgs apresentados previamente são reexpostos na pele,os linfócitos T de memória reconhecem através de seus receptores e sintetizam

citocinas

Reparação das Feridas Cutâneas

• 3 Fases:inflamatória=coágulo sanguíneo-hemostasia-ativa cascata da coagulação e via do complemento = geram fatores quimiotáticos que estimulam a migração de leucócitos para ferida

• Esses leucócitos removem partículas estranhas e bactérias• Reepitalização começa=queratinócitos se deslocam do

tecido friável e a crosta • Os queratinócitos da borda da ferida se proliferam e

epiderme se restaura

Reparação das Feridas Cutâneas

• Formação da cicatriz :A partir do tecido de granulação e pela remodelação do colágeno

• Caracteriza-se pela síntese e destruição do colágeno que diminui o número de células na derme.

Propedêutica Dermatológica• Ambiente iluminado• Exame físico precede a anamnese Exame Físico:• Inspeção:localização,topografia e distribuição

das lesões • Palpação:espessura,volume,consistência,elastic

idade • Digitopressão ou vitopressão:pressiona com

dedo ou vidro as lesões =isquemia• Compressão:avalia edema e linear verifica o

dermografismo

• Importância :A pele pode revelar precocemente doenças sistêmicas

• Problemas internos podem se exteriorizar através de reações cutâneas

• Ex:xantelasma =hipercolesterolemia

Lesões Elementares :• Degenerações:Perda da estrutura original • Alterações Metabólicas:No processo de síntese

e degradação dos nutrientes da célula .• Proliferações:Replicação das células • Mal formações:Anomalia estrutural ou

funcional na constituição da pele• Disfunções:Perda da função da pele• Inflamações:Processo responsivo à agressão.

Classificações em Grupos 1)Alterações de cor (mancha ou mácula)2)Formações sólidas3)Coleções líquidas4)Alterações da espessura5)Perdas e reparaçõesObs: lesões primárias:Mácula,nódulo,tumor, vesícula,bolha,pústula

secundárias:crosta,escama,escoriações,fissura,ulceração,cicatriz,liquenificação, atrofia

MANCHAS VÁSCULO SANGUÍNEAS

Eritema figuradoMancha lívidaMancha angiomatosaMancha anêmicaPúrpura-não desaparece à digitopressão• Petéquia-1cm• Equimose +1cm• Víbice

MANCHAS PIGMENTARES

Leucodermia• Hipocromia• AcromiaHipercromia• Melanodermia• Outros pigmentosPigmentação Exógena

2-Formações Sólida:

Pápula:<1cm—placa =confluência de pápulas e >1cm

Nódulo:1-3cmTubérculo:localização dérmica(em desuso)Nodosidade ou tumor:>3cmGoma:nódulo que se liquefaz no centroVegetação:’’couve flor’’Verrucosidade:dura e hiperqueratósica

4)Alteraçòes da Expessura

Queratose=↑camada córneaLiquenificação=acentuação dos sulcosEdema=por extravasamento de plasma Infiltração=menor evidência dos sulcos pelo

infiltrado celular na derme Esclerose=↑consistência da pele pela fibrose de

colágenoAtrofia=↓espessura

5)Perdas e Reparações teciduaisPor eliminação ou destruição e reparações de

tecidos

Escamas:por alteração de queratinização

Erosões ou exulcerações:perda da epiderme

Escoriações:arrancamento epidérmico simples =arranhões ou coçagem

Ulceração:perda circunscrita da derme e epiderme

Úlcera:ulceração crônica

Fissura:perda linear da epiderme e dermeem área de orifícios naturais,dobras

Crosta: resulta do dessecamento da serosidade,pús ou sangue.

Escara: úlcera de decúbito por pressão consequente falta de oxigênio e nutrição dos tecidos.

PERDAS E REPARAÇÕES TECIDUAIS

Cicatriz:Resulta da reparação• Atrófica• Críbrica(‘’ponto crivo’’)• Hipertrófica

TÉCNICAS SEMIÓTICAS ESPECIAIS

Curetagem metódica de Brocq: Sinal da vela Sinal de Auspitz ou‘’orvalho sangrante’’Sinal de NikolskySinal da Unha e Sinal de zileriLuz de Wood-em local escuro Pesquisa de sensibilidadeDermatoscopia

SINAL DE NIKOLSKY-PÊNFIGOS

SINAL DA UNHA E SINAL DE ZILERY-PITIRÍASE VERSICOLOR

LUZ DE WOOD• Dimensões das lentes: 0,10m x 0,06m.• 2 lâmpadas fluorescentes negras de 4W.• Alimentação elétrica: 110 ou 220 volts.• Opcional: Lâmpada fluorescente branca

DERMATOSCOPIA

EXAMES COMPLEMENTARES

LaboratoriaisAnatomo Patológicos-biópsiaExame de imagens:USG-100MH ,comdopller colorido-Alterações vasculares Genéticos:Alteração cromossômica Identificação do gene mutado Aconselhamento genético: genodermatoses

Exames complementares • Imuno-histoquímicas:enzimas,hormônios,

polipeptídeos ,imunoglobulinas,antígeno de desenvolvimento oncogênico,virais...

• Associado ao diagnóstico patológico• Micológico direto e cultura-Micoses• Citologias:tzanck no herpes simples tipo 1 e 2 • IFD :detecta atg,atc e componentes

celulares:Pênfigos,Lupus..• IFI:pesquisa de atc no sangue.

Exames Complementares

• IGg=pesquisa de anticorpo em fase crônica da doença

• IGg=fase ativa da doença:Doenças exantemáticas :Rubéola,Sarampo,Dengue

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