Upload
others
View
5
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
MANCHAS EM DERMATOLOGIA
1. DESCREVER A EMBRIOLOGIA E HISTOLOGOA DA PELE.
2. DIFERENCIAR LESÕES ELEMENTARES, ENFATIZANDO AS MANCHAS E MÁCULAS
3. DESCREVER A SEQUÊNCIA SEMIOLÓGICA DAS LESÕES DA PELE
4. RELACIONAR OS ASPECTOS SEMIOTÉCNICOS A AVALIALIAÇÃO DAS MANCHAS,
INCLUINDO O EXAME DERMATOLÓGICO
5. DESCREVER: VITILIGO, LEUCODERMIA, PTIRÍASE VERSICOLOR, PTIRÍASE ALBA,
MELANOSE, MELASMA HIPO/HIPERCROMIA PÓS INFLAMATÓLRIA
FITOFOTOCROMATOSA E SURTO REACIONAL, HANSENÍASE
❖ EMBRIOLOGIA DA PELE
• Embriologicamente a pele deriva dos folhetos:
o Ectoderme: responsável pela origem da epiderme, do sistema nervoso central e periférico,
retina do olho, entre outras estruturas. Ela ainda é dividida em ectoderma superficial,
ectoderma neural e da crista neural (de onde deriva os melanócitos)
o Endoderme: responsável pela formação da derme, dos epitélios de revestimento interno
das vias respiratórias e do trato gastrointestinal.
o Mesoderme: origem do músculo liso, dos tecidos conjuntivos e vasos associados com
tecidos e órgãos, por parte do sistema cardiovascular, das células sanguíneas e da medula
óssea, do esqueleto, dos músculos estriados e dos órgãos reprodutores e de excreção.
o 3ª semana células indiferenciadas sofrem mitose e aumentam o número de camadas e
formação de nexos cutâneos. Nesta semana, ocorre a gastrulação a qual é o início da
morfogênese, ou seja, do desenvolvimento da forma e do corpo do embrião. É neste
período forma-se a ectoderme, a mesoderme e endoderme.
o 9ª semana: início da formação do aparelho pilocebásseo
o 10ª semana: elementos da matriz ungueal no dorso dos dedos.
o 14ª semana: início da formação das glândulas sudoríparas.
o 2º - 4º mês de vida: derme e o tecido subcutâneo iniciam-se por um material mixomatoso
desprovido de fibras, vasos sanguíneos e estruturas nervosas
❖ HISTOLOGIA DA PELE
• A pele é composta essencialmente de três grandes
camadas; Epiderme, derme e hipoderme. Se
constitui como o maior órgão do corpo,
compreendendo 16% do peso corporal
• Funções da pele
o Proteção contra desidratação e atrito (queratina);
o Recebe informações sobre o ambiente e envia
para o sistema nervoso central (terminações
nervosas sensitivas);
o Termorregulação do corpo (vasos sanguíneos,
glândulas e tecido adiposo);
o Excreção de várias substâncias (glândulas sudoríparas);
o Proteção contra raios ultravioleta (melanina);
o Defesa contra microrganismos invasores (células do sistema imunitário)
• Pele fina e pele grossa
2
o Podem ser distinguidas a pele fina e a pele espessa;
o Pele espessa: palma das mãos, planta dos pés e algumas articulações;
▪ Apresenta as 5 camadas da epiderme
o Pele fina: o resto do corpo. Geralmente possui estrutura mais simples, possuindo uma
camada córnea escassa e faltando as camadas granulosa e lúcida
• Epiderme
o Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado → é organizado em camadas. As células
mais próximas à membrana basal costumam ser cúbicas ou cilíndricas enquanto que as
células mais próximas à superfície são achatadas. Na superfície deste tipo de tecido há
uma grande taxa de descamação fazendo com que ocorra uma grande renovação celular.
Conforme as células basais vão subindo e indo em direção a superfície, perdem organelas
e seu citoplasma se enche de queratina.
o Células mais abundantes: queratinócitos;
o Outros tipos celulares: melanócitos (produzem melanina e injetam nos queratiócitos),
células de Langerhans (APC), células de Merkel (células do Tato-mrcanorreceptores);
o Camadas da epiderme
▪ Camada basal:
◊ Células prismáticas ou cubóides, basófilas,
repousando sobre a membrana basal. A camada
basal é rica em células-tronco (germinativa); Há
renovação a cada 15 a 30 dias
▪ Camada espinhosa
◊ células cubóides ou ligeiramente achatadas,
núcleo central, citoplasma com curtas expansões
(contém desmossomos para fixar uma célula na outra
os espinhos) com feixes de filamentos de queratina
(tonofilamentos). Mitoses ocorrem em menor
número.
▪ Camada granulosa
◊ 3-5 fileiras de células poligonais achatadas, núcleo central, citoplasma carregado de
grânulos basófilos (querato-hialina). Grânulos lamelares→ formam lipídeos e estes
são lançados entre as células = impermeabilização da pele.
▪ Camada lúcida
◊ Mais evidente na pele espessa. Delgada camada de células achatadas, eosinófilas,
cujos núcleos e organelas citoplasmáticas foram digeridos por enzimas lisossomais
e desapareceram. Citoplasma com
numerosos filamentos de queratina.
▪ Camada córnea
◊ Espessura muito variável; células
achatadas, mortas, sem núcleo.
Citoplasma repleto de queratina
• Derme
o Tecido conjuntivo onde se apoia a epiderme e une a pele ao tecido subcutâneo ou
hipoderme;
o Apresenta espessura variável de acordo com a região observada.
3
o Abaixo da derme encontra-se a hipoderme ou tecido celular subcutâneo: não faz parte da
pele, apenas lhe serve de união com órgãos adjacentes – Pode conter muitas células
adiposas, constituindo o panículo adiposo
o Camadas da derme
▪ Camada papilar
◊ Camada delgada de Tecido conjuntivo frouxo
◊ Superfície irregular, com saliências (papilas dérmicas),
que acompanham as reentrâncias da epiderme,
aumentam a área de contato entre derme e epiderme
e são mais frequentes nas zonas sujeitas a pressões e
atritos
◊ Fibrilas especiais de colágeno: mantêm derme e
epiderme presas
◊ Pequenos vasos sanguíneos responsáveis pela
nutrição e oxigenação da epiderme
▪ Camada reticular
◊ Mais espessa
◊ Tecido conjuntivo denso (caracterizado pela abundância de
fibras colágenas, o que lhe dá grande resistência)
◊ Muitas fibras do sistema elástico, responsáveis pela
elasticidade da pele
◊ Vasos sanguíneos, linfáticos, nervos, folículos pilosos,
glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
◊ Fibras oxitalanicas e elauínicas
◊
• Hipoderme
o Tecido conjuntivo frouxo
o Une a derme aos órgãos subjacentes de maneira pouco firme
o Poderá ter uma camada variável de tecido adiposo (panículo
adiposo)
o O panículo modela o corpo, é uma reserva de energia e
proporciona proteção contra o frio (isolante térmico
• Vasos da pele
4
o Vasos arteriais formam dois plexos: entre a
derme e a hipoderme e entre as camadas
reticular e papilar da derme;
o Cada papila tem uma alça vascular, com um
ramo arterial ascendente e um venoso
descendente;
o Três plexos venosos: dois na posição descritas
nas artérias e mais um na região média da
derme;
o O sistema de vasos linfáticos convergem para
um plexo entre as camadas papilar e reticular;
o Desse plexo, partem ramos para outro plexo entre a derme e a hipoderme
• Receptores sensoriais da pele
o Receptores encapsulados (corpúsculos de Ruffini, VaterPacini, Meissner e Krause) e não-
encapsulados na derme e na hipoderme;
o Terminações nervosas sensíveis ao toque e à pressão, variações de temperatura, dor,
coceira…
• Pelos
o Estruturas delgadas queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma invaginação da
epiderme, crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de
crescimento;
o As características dos pelos de certas regiões do corpo são influenciadas por hormônios,
principalmente hormônios sexuais.
o Cada pelo se origina do folículo piloso
(invaginação da epiderme);
o Bulbo piloso: presente no pelo em fase de
crescimento;
o Papila dérmica: centro do bulbo piloso;
o Células que recobrem a papila dérmica formam
a raiz do pelo, de onde emerge o eixo dele;
o Separando o folículo do Tecido Conjuntivo,
encontra-se a membrana vítrea
o Dispostos obliquamente encontram-se os músculos eretores dos pelos, cuja contração
puxa o pelo para uma posição mais vertical, tornando-o eriçado.
• Unhas
o Placas de células queratinizadas localizadas na superfície dorsal das falanges terminais dos
dedos;
5
o Porção proximal: raiz da unha – onde ocorre sua formação, por
proliferação e diferenciação de células epiteliais, que
gradualmente se queratinizam, formando uma placa córnea
o Camada córnea do epitélio da dobra de pele que cobre a raiz da
unha: cutícula da unha
• Glândulas sebáceas
o Situam-se na derme; seus ductos, revestidos por epitélio estratificado, desembocam em
folículos pilosos;
o Em certas regiões (lábios, mamilos), os ductos abrem-se diretamente na superfície;
o São glândulas acinosas; vários ácinos desembocam em um ducto curto (A porção secretora
assume a forma de um cacho de uvas)
o Células acumulam no citoplasma o produto de secreção, de natureza lipídica;
o As células mais centrais dos ácinos morrem e formam a secreção (secreção holócrina);
o Distúrbios no fluxo na secreção forma a acne.
o
• Glândulas sudoríparas
o Merócrinas: tubulosas simples enoveladas, cujos ductos se abrem na superfície da pele e
não se ramificam, têm menor diâmetro do que a porção secretora;
o Células mioepiteliais ajudam a expulsar o produto da secreção;
o Dois tipos de células secretoras: escuras e claras;
o O ducto é constituído de epitélio cúbico estratificado (duas camadas de células) que
repousa sobre a membrana basal;
6
o Ao atingir a superfície da pele, o suor se evapora, fazendo baixar a temperatura corporal.
Os catabólitos presentes mostram que essas glândulas participam da excreção de
substâncias inúteis ao organismo.
❖ SEMIOLOGIA DA PELE
• Diferentemente de outras áreas, na dermatologia primeiro realizamos o exame objetivo e
posteriormente a anamnese mais direcionada de acordo com os achados.
• Exame Objetivo
o Inspeção
▪ Pele, cabelos, unhas e mucosas → Nas erupções disseminadas, deve-se examinar,
inicialmente, entre 1 e 2 metros, para uma visão geral e, depois, aproximar-se entre 20
e 30 centímetros de distância.
▪ Quando necessário, utilizar lupa para observar detalhes.
o Palpação
▪ Verificar presença de lesões sólidas, localização e volume.
▪ O pinçamento digital informa espessura e consistência.
o Digitopressão e vitropressão
▪ Provoca-se isquemia no tecido pela pressão dos dedos ou lâmina de vidro → distinção
o eritema da púrpura ou outras manchas vermelhas.
▪ Nevo anêmico→ pele em torno da lesão deve ficar idêntica à área do nevo anêmico
o Compressão
▪ Reconhecer ou confirmar edema
▪ Avaliação de dermografismo
o Exame físico geral
▪ Tipos de erupção (monomórficas ou polimórficas), tempo de evolução e época do
susgimento
▪ Distribui~ção (simetrixa, assimpetrica, folicular, ageminada, reticulada)
▪ Organização (linear, zosreriforme, herpertiforme, ageminada, reticulada)
▪ Arranjo lesional (anular, circinada, numular, serpiginosa,
o Fenômeno de Koebner: reprodução de lesões tópicas de uma determinada doença no
nocal com morfologia do agente traumatixante (vitiligo)
o Fenômeno isotópico ou isotópico de Wolf: aparecimento de uma nova doença
dermatológica no local da ocorrência de doença cutânea prévia já curada, com a qual não
guarda qualquer relação
o Fenômeno de patergia: desenvolvimento de pústulas ou piora das lesões com mínimos
traumas
o Sinal de Darier: formação ponfosa (mastocitose)
o Sinal de Nikolsky: atrito da região perilesional lesão com descamação parcial ou total da
epiderme.
7
• Exame subjetivo
o Prurido: presença, ausência, surtos, evolução, intensidade, período de maior
acometimento. Escabiose, líquen plano e eczema, em que o prurido é sintoma constante.
Em outras, como psoríase e pitiríase rósea, ocorre, ocasionalmente, prurido discreto
o Ardor: remete a processos inflamatórios. A dor, forte, intensa e segmentar, é característica
do herpes-zóster. Já a menos intensa, localizada e paroxística, é encontrada em tumores
como o leiomioma e o glomus. Dores musculares podem ser observadas em algumas
doenças sistêmicas, por exemplo, a dermatomiosite.
• Anamnese
o Orientada pelo exame objetivo
o Identificação: nome, sexo, idade, profissão raça, procedência, comorbidades
o Localização inicial, característica original, modo de extensão, evolução contínua, surtos,
o Tratamentos prévios (tópicos ou sistêmicos)
o Fatores desencadeantes ou agravantes
o Antecedentes: fmiliares, presença de quadro prévio similar, comorbidades, cirurgias,
reações adversas, medicamentos em uso, local do aparecimento do quadro (ambiente)
o Interrogatório geral e especial: estado geral, alterações nos diversos sistemas
• Exames complementares
o Biópsia
o Curetagem metódica de Brocq (sinal da vela/orvalho sangrante/psoríase)
o Dermatoscopia: emprega-se aparelhagem óptica com aumento variável de 6-400x. os
portáteis – 10x
o Capilaroscopia
o Diascopia
o Luz de Wood
❖ LESÕES ELEMENTARES
São classificadas em grupos bem definidos: alterações de cor, elevações edematosas, formações
sólidas, coleções líquidas, alterações de espessura, perdas e reparação tecidual
Deve ser considerado o aspecto morfológico, clínico e patológico subjacente
• Alterações de cor
o Mancha ou mácula
▪ Alteração de cor sem relevo ou depressão → vasculossanguínea (vasodilatação,
vasoconstrição, extravasamento de hemácias), pigmentares (aumento ou diminuição de
melanina, ou depósitos de outros pigmentos na derme). Quando o pigmento é
depositado sobre a pele, constitui uma mancha artificial.
▪ Vasculosanguínea:
1. Eritema: mancha vermelha por vasodilatação que desaparece à digitopressão
a. Transitórias: eritema/ enantema, cianose,
b. Permanentes: relacionadas com a proliferação vascular, telangectasias, constrição
vascular (nevo anêmico)
8
Cianose Rubor Enantema Exantema Eritema figurado
eritema arroxeado, por
congestão passiva
ou venosa, com
diminuição da temperatura
eritema rubro por vasocongestão
ativa ou arterial ou
aumento da temperatura
eritema em mucosa eritema disseminado, agudo
e efêmero, que pode ser:
morbiliforme ou rubeoliforme –
quando há áreas de manchas
entremeadas com pele sã; e
escarlatiniforme – quando é difuso e
uniforme.
mancha eritematosa, de borda
bem definida, ligeiramente elevada
(eventualmente) e de forma e tamanho
variáveis.
2. Mancha lívida: cor plúmbea, do pálido ao azulado, e
temperatura fria, por isquemia. Eritema pigmentar fixa,
comum pós medicamento (AIINES)
3. Mancha angiomatosa: cor vermelha permanente, por aumento névico do
número de capilares. Esmaece por forte vitropressão.
4. Mancha anêmica: mancha branca, permanente, por agenesia vascular. A
vitropressão da mancha e de área circunjacente igual a esta mancha,
mostrando haver diminuição ou ausência de vasos sanguíneos.
9
5. Púrpura: mancha vermelha, que não
desaparece pela vitropressão, por
extravasamento de hemácias na derme. Na
evolução, adquire, sucessivamente, cor
arroxeada e verde-amarelada pela
alteração da hemoglobina. Pode
denominar-se: petéquia – até um
centímetro de tamanho; equimose – maior
que 1cm ; e víbice – em forma linear (esse
termo também é empregado para lesão
atrófica linear).
▪ Manchas pigmentares ou discromias
Resultam da diminuição ou aumento da melanina ou do depósito de outros pigmentos ou
substancias na derme.
Leucodermia – sarda branca Hipercromia Pigmentação externa
Ausência de melanina. A diminuição é a hipocromia, cor branco-nácar, enquanto
a falta total é a acromia, cor branco-marfim.
cor variável por aumento de melanina ou pigmentos na
pele -melanina e hemossiderina:
castanho claro a preto. - Amarelo: pigmentos biliares
(icterícia), caroteno ou lipídeos
-drogas como ouro, praram bismuto etc podem causar
pigmentações
Drogas tópicas (alcatrão, antralina, nitrato de prata) – cinza a preto - oxidação da queratina pela di-hidroxiacetona determina escurecimento temporário da pele. - corantes de cosméticos
10
• Elevações edematosas
Trata-se de elevações circunscritas causadas por edema na derme ou hipoderme.
Urtiga Edema angioneurótico
Elevação irregular na forma e na extensão, de cor variável (rosa a vermelha) e pruriginosa. A absorção do edema faz a urticária desaparecer em horas
Área de edema circunscrito que pode ocorrer no subcutâneo, causando tumefação ou saliência na superfície (edema de Quincke) → afeta preferencialmente os tecidos moles do organismo (lábios, pálpebras, genitália, língua, laringe
• Formações sólidas
Resultam de processo inflamatório ou neoplásico, atingindo, isolada ou conjuntamente, a
epiderme, a derme e a hipoderme.
Pápula Nódulo Tubérculo Nodosidade ou tumor
Goma Vegetação Verrucosidade
lesão circunscrita, elevada, menor que 1 cm, por processo patológico epidérmico, dérmico ou misto. A placa é a confluência de várias pápulas
lesão circunscrita, saliente ou não, de 1 a 3 cm. O processo patológico localiza- se na epiderme e derme e/ou hipoderme. Corresponde também a cistos e gomas.
designação em desuso. Significa pápula ou nódulo que evolui deixando cicatriz.
formação sólida, circunscrita, saliente ou não, maior que 3 cm. O termo tumor é usado, preferentemente, para neoplasia.
nódulo ou nodosidade que se liquefaz na porção central e pode ulcerar, eliminando material necrótico. Enduração → amolecimento e necrose→ esvaziamento com fistulização → reparação/ fibrose
lesão sólida, pedunculada ou com aspecto de couve-flor, branco-avermelhada, que sangra facilmente por papilomatose e acantose.
lesão sólida, elevada, de superfície dura, inelástica e amarelada, por hiperqueratose.
11
• Coleções líquidas
Hematoma subungueal faz diagnóstico diferencial com melanoma.
• Alterações de espessura
Queratose Liquenificação Edema
espessamento da pele, duro, inelástico,
amarelado e de superfície eventualmente áspera,
por aumento da camada
córnea.
espessamento da pele com acentuação
dos sulcos e da cor própria, com aspecto quadriculado.
Ocorre, principalmente, em virtude do aumento da camada malpighiana.
*dermatite atópica
aumento de espessura, depressível, com a
cor própria da pele ou rósea-branca, por extravasamento
de plasma na derme e/ou hipoderme.
Vesícula Bolha ou flictenema
Pústula Abcesso Hemtoma
elevação circunscrita de
até 1 cm de tamanho, contendo
líquido claro. O conteúdo,
inicialmente claro (seroso), pode-se tornar
turvo (purulento) ou
rubro (hemorrágico)
*herpes Podem ulcerar
elevação circunscrita contendo
líquido claro, maior que 1 cm. O conteúdo,
inicialmente claro, pode-
se tornar turvo-
amarelado (bolha
purulenta) ou vermelho-escuro (bolha hemorrágica). Saliência em
aboboda
elevação circunscrita de
até 1 cm de tamanho,
contendo pus. *folicular (foliculite)
*interfoliculares (impetigo)
acne
formação circunscrita, de
tamanho variável, proeminente ou não, por líquido purulento
na pele ou nos tecidos
subjacentes. Há calor, dor e flutuação
e, eventualmente, rubor.
formação circunscrita, de tamanho variável,
proeminente ou não, por derrame de sangue
na pele ou nos tecidos subjacentes. Tem cores variáveis e pode se infectar apresentando
os sinais flogísticos
12
• Ceratose actínica (prémalígna) e seratosa
infiltração Esclerose Atrofia
alteração da espessura e aumento da
consistência da pele, com menor evidência dos sulcos,
limites imprecisos. Pela vitropressão, surge fundo de cor
café com leite. Resulta da presença de
infiltrado celular na derme, às vezes, com edema e
vasodilatação *tumoral, inflamatória (leish, hans) por deposito (musina,
amiloide)
alteração da espessura com aumento da
consistência da pele, que se torna lardácea ou coriácea.
A pele pode estar espessada ou adelgaçada,
não é depressível e o pregueamento é difícil ou
impossível. Pode haver hipo ou hipercromia.
Resulta de fibrose do colágeno
*esclerodermia
diminuição da espessura da pele que se torna
adelgaçada e pregueável. Ocorre em virtude da redução
do número e do volume dos constituintes teciduais.
Víbice é uma atrofia linear da pele, mas este
nome também designa uma lesão purpúrica linear
• Perdas e reparações teciduais
Trata-se das lesões oriundas da eliminação ou destruição patológicas e de reparações de tecidos
cutâneos
Escama Erosão ou exulceração
escoriação Ulcera Fissura ou ragádia
13
massa furfurácea, micácea ou foliácea,
que se desprende da
superfície cutânea, por alteração da queratinização
Perda superficial, somente da epiderme
Erosão traumática, geralmente por
coçagem.
Ulceração crônica Bem profunda atingindo
a derme, hipoderme, tecidos profundos
podendo chegar ao osso
perda linear da epiderme e derme,
no contorno de orifícios naturais ou em área de
prega ou dobras. *psoríase
*rachaduras
Crosta Escara Fístula Cicatriz
concreção de cor amarelo-clara, esverdeada ou vermelho-escura, que se forma em área de perda tecidual.
Resulta do dessecamento de serosidade,
pus ou sangue misturado com restos epiteliais.
área de cor lívida ou preta, limitada, por
necrose tecidual. O termo também
é empregado para designar a ulceração
resultante da eliminação do
esfácelo.
Solução de continuidade de
trajeto linear que geralmente se inicia de uma
estrutura profunda ou mesmo da
hipoderme, através da qual há
eliminação de material necrótico
de outros elementos
lesão de aspecto variável. Pode ser saliente
ou deprimida, móvel, retrátil ou aderente. Não tem
sulcos, poros e pelos. Resulta da reparação de processo
destrutivo da pele e associa atrofia, fibrose e
discromia. *atróficas, hipertróficas e
queloidianas
❖ DISCROMIAS
A cor da pele é dada pela melanina, pelos tecidos constitutivos da pele e subcutâneo e pele
sangue dos vasos da derme.
Funções da melanina: filtragem das radiações principalmente entre 200 e 800nm, absorve
radicais livres citoplasmáticos e é termorreguladora.
14
Discromias são alterações na cor da pele, resultantes da diminuição (leucodermias) ou aumento
da melanina (melanodermias) ou da deposição, na derme, de pigmentos ou substancias de
origem endógena ou exógena (hipercromias)
• LEUCODERMIAS
o Leucodermias congênitas e hereditárias
▪ Albinismo
◊ Acromia-hipocromia hereditária autossômica recessiva causada pela ausência total ou
quase total da melanina na pele, cabelo e olhos → o número de melanócitos é normal,
defeito na síntese de melanina,
◊ O albinismo cutâneo-ocular: cor branca da pele, cabelos amarelados, íris translúcida e
rósea, nistagmo, diminuição a acuidade visual, fotofobia, e fundo de olho
hipopigmentado.
◊ Diagnóstico: aspecto histológico normal, detecção da tirosinase que pode ser negativa
na epiderme e positiva nos bulbos pilosos
◊ Evolução: a falta de melanina deixa a pele
sensível às exposições solares, provocando
queimaduras, pode provocar lesões de pele e
até tumores malignos
◊ Tratamento: uso de fotoprotetores,
criocirugia, curetagem, eletrocoagulação,
exérese precoce de queratose e tumores
malignos
▪ Nevo acrômico / hipocrômico ou
despigmentoso
◊ Área com hipocromia de tamanho e forma variada. Pode ser imperceptível ao
nascimento, manifestando-se com a exposição solar.
◊ Pode estar associado com retardo mental, convulsões e hipertrofia do membro
◊ Diagnóstico diferencial: deve ser feita com vitiligo e nevo anêmico. O exame com luz de
Wood revela uma hipocromia, sem mostrar a cor branco-nacarada do vitiligo. A
vitropressão na borda da lesão e a pele normal com a mesma coloração pela compressão
dos vasos permitem confirmar a diagnose de nevo anêmico.
15
o Leucodermias Adquiridas
▪ Vitiligo
◊ Afeta em torno de 1% da população
◊ Lesões acrômicas devido à destruição dos melanócitos de causa não completamente
conhecida. Há o componente genético, pois em 30% dos casos há ocorrências na família
◊ Teorias citotóxica
◊ Teoria imunológica
◊ Teoria neural
◊ Característica da lesão: no início manchas
hipocrômica→ acrômicas → marfínicas. Possuem
limites nítidos, geralmente com bordas
hiperpigmentadas com forma e extensão variada e
não pruriginosa. Tendência à simetria, áreas
maleolares, punhos, face anterolateral das pernas,
dorso das mãos, dedos, axilas, pescoço e genitália. No
couro cabeludo há poliose
◊ Em 7% ocorre uma uveíte subclínica e lesão na
mácula.
◊ Síndrome de Vogt-Koyanagi: associação de manchas
vitiliginosas, poliose cilicar, áreas alopécicas e
alteração do sistema nervoso.
◊ Diagnóstico: exame pela luz de Wood que, tornando as lesões mais evidentes
◊ Diagnóstico diferencial: com nevo acrômico, acromias de contato por derivados de
hidroquinona, pitiríase alba, hipocromia residual na pitiríase versicolor e psoríase;
hanseníase com lesões hipocrômicas
◊ Evolução: imprevisível podendo progredir ou regredir. A repigmentação não é rara,
iniciando com ilhotas pontuadas ou gotadas nos óstios foliculares no interior da mancha,
ou de fora para dentro → reativação dos melanócitos
◊ Tratamento: uso de fotoprotetores (lesões de vitiligo queimam-se mais facilmente,
doses suberitemaosas podem estimular os melanócitos
֎ Corticoides tópicos: betametasona em soluções e cremes aplicados diariamente →
repigmentação inicia-se em 3-4 meses em 50% dos doentes.
֎ Psoralêmicos tópicos: óleo de bergamota aplicado nas manchas, com exposição ao
sol após 15 minutos, inicialmente de 2 a 3 minutos, aumentando na mesma
proporção a cada 2 ou 3 dias. Raiz mamica de cadela
֎ Imunomoduladores: pimecrolimo e tacrolimo → lesões localizadas e após uso de
corticoide
֎ Corticoides sistêmicos: primeira opção em adultos na fase inicial com lesões
disseminadas (prednisolona 1mg kg/dia ou pulsoterapia
֎ Psorasol: segunda opção em formas com lesões múltiplas ou disseminadas é a
associação entre psoralênico e luz solar → Administrar comprimidos de trioxsaleno
(0,3 a 0,6 mg/kg), 2 a 3 vezes por semana, e expor ao sol após 2 a 3 horas da
ingestão do medicamento, preferivelmente entre 10 e 14 horas, com duração
inicial de 10 minutos, aumentando progressivamente até 60 minutos. A
repigmentação só se inicia após 30 a 40 exposições
֎ PUVA (Psoralênico-UltraVioleta A) – Metoxsalen (8-MOP): terceira opção. Após a
administração do psoralênico, faz-se a exposição ao ultravioleta A. feito sob
16
supervisão do dermatologista → aplicações por longos períodos podem contribuir
para o fotoenvelhecimento, quertoses actinicas, carcinomas e catarata
֎ Despigmentação: quando o vitiligo atinge área superior a 50% a possibilidade de
repigmentação é diminuta. Nessa condição, é indicada a despigmentação feita com
monobenzileter de hidroquinona a 20% em creme (Benoquin R), com 1 ou 2
aplicações diárias.
֎ Enxertos de pele autóloga normal
֎ Betacatoteno 50mg dia
֎ Camuflagem com produtos cosméticos
֎ Fator emocional: desencadeamento ou agravamento, pode promover disfunção
emocional demandando tratamento psicológico
▪ Pitiríase alba
◊ Hipocromia, principalmente em crianças e adolescentes, em particular em indivíduos de
pele morena com asteatose (Secura da pele por falta de secreção
gordurosa). Pode ser considerado um dos sintomas da dermatite
atópica.
◊ Fator desencadeante: exposição solar (verão), banhos e sabão que
agravam a asteatose.
◊ Característica clínica: mancha hipocrômica, ligeiramente
descamativa, localizadas na face, porção superior do dorso, faces
externas do braço. Possui tamanho variável, assintomáticas
◊ Diagnóstico: exame com luz de Wood ou o micológico
◊ Disgnóstico diferencial: distingue-se do vitiligo por ser mancha
hipocrômica e não acrômica e da pitiríase versicolor por não afetar o tronco.
◊ Tratamento: Creme hidratante depois do banho ou da exposição solar, para a qual um
creme fotoprotetor sempre deve ser usado. Corticoides são insicados apenas se
minimanifestações;
▪ Pitiríase versicolor (Tinea versicolor)
◊ Infecção fúngica comum do estrato córneo pela Malassezia fufor (Pytirosporum ovale –
P. orbiculare), levedura lipofílica. Tem maior prevalência em regiões de clima quente e
úmido. Compromete adultos de ambos os sexos, sendo menos prevalente em crianças
e idosos.
◊ Fatores predisponentes: má nutrição, hiperidroses e imunodepressão.
◊ Manifestações clínicas:
17
֎ Evidencia-se por manchas de cores variadas. Nos
indivíduos de pele clara as máculas são acastanhadase, cor
de café com leite ou hipocrômicas. Nos de pele escura ou
negra são hipocrômicas e menos frequentemenre
hipercrômicas.
֎ Passando a unha sobre a mancha surge uma descamação
furfurácea (sinal da unha), que pode ser observado pelo
estiramento da pele (sinal de Zileri)
֎ As máculas são múltiplas, de formatos variáveis, podendo
atingir grandes áreas corporais. Geralmente se situa no
pescoço, tórax e nas porções proximais dos membros
superiores.
֎ Em alguns casos, pode-se tornar uma fungemia quando
introduzidas no organismo, por exemplo por sonda,
particularmente em neonatos prematuros ou pacientes imunodeprimidos.
◊ Diagnóstico: exame em luz de Wood que revela fluorescência róseo-dourada
característica, exame micológico de escamas de lesão
◊ Diagnóstico diferencial: A pitiríase alba localiza-se nas porções superiores do tórax e
nos braços, vitiligo é de cor branca-nacarada e atinge outras áreas.
◊ Tratamento tópico
֎ Tioconazol, isoconazol, bifonazol (solução ou loção a 1%). Aplicar diariamente, após
banho, por quatro semanas.
֎ Sulfeto de selênio (xampu a 2,5%) aplicado diariamente por duas semanas, antes
do banho. Em seguida, uma vez por semana, por quatro semanas. Melhor resultado
se esperados 15 minutos para o banho.
֎ Hipossulfito de sódio a 25% em solução aquosa, uma vez por dia, após o banho.
Acrescentar água-de-colônia, na proporção de 5 a 10%, para melhorar o odor.
֎ Pelo comprometimento do couro cabeludo, usar simultaneamente xampu de
cetoconazol ou de ciclopiroxolamina.
◊ Tratamento sistêmico
֎ Itraconazol 100 mg após o café e 100 após o jantar/ dia, por cinco dias.
֎ Fluconazol 150 mg/semana, quatro semanas, ou 450 mg, dose única, que pode ser
repetida após três semanas.
֎ Cetoconazol 200 mg/dia por dez dias.
◊ Após o tratamento, verifica-se com frequência hipopigmentação residual, que pode
persistir por meses até a recuperação dos melanócitos lesados
▪ Pitiríase versicolor recidivante
◊ Há doentes em que a infecção é recidivante na ausência de qualquer fator
predisponente. É um quadro constitucional gerado provavelmente pela seborreia ou
pela composição do sebo, que propicia o desenvolvimento da M. furfur.
◊ Prevenção com uso semanão de xampu e medicamentos tópicos ou administrar
itraconazol 200 mg/por mês ou cetoconazol 400 mg/mês, por seis meses. Em casos
resistentes, administrar isotretinoína 0,5 a 1 mg/kg por 4 a 5 meses.
o Hipocromia/acromia pós inflamatória
▪ Pode surgir como consequência de qualquer processo de inflamatório, sendo rara uma
verdadeira acromia.
18
▪ Bem mais raro é uma acromia decorrente de inflamação ou trauma representar um
fenômeno de Kõebner de um vitiligo latente.
▪ É característica a acromia que pode ocorrer após crioterapia.
▪ Nos pacientes com fototipos mais elevados frequentemente há hipercromia simultânea.
o Hipercromia pós-inflamatória
▪ Pode ocorrer tanto na derme como na epiderme, independente da natureza deixa
manchas hipercrômicas que tendem a esmaecer lentamente.
▪ Se for na epiderme pode ser tratada com hidroquinona, tretinoína e corticosteroide
associado.
▪ Se o pigmento for dérmico, pode ser usado o laser.
o Fitofotodermatose
▪ Quadro de manchas acastanhadas de formas bizarras.
▪ Localização comum: mãos e colo.
▪ Causa mais comum e inicialmente observada foi com perfumes que eram produzidos
com limão taiti que possui um composto fotossensibilizante (o bergapteno do grupo
psoralênico).
▪ Após o contato com a pele + exposição solar → manchas eritematosas com disposição
irregular nas áreas de contato-exposição, pode haver bolhas eventualmente.
▪ Em seguida surge a melanodermia gradualmente esmaecerá, desaparecendo em
algumas semanas, mesmo sem tratamento.
▪ Outros vegetais que causam essa reação: frutos de limoeiros, tangerina, limeira, fruto da
figueira, aipo, alcaravia angélica, coentro, cenoura, salsa, erva-doce e pastinaca,
mostardeiro e nabo.
▪ Uso de fotoprotetor nas manchas hipercrômicas é recomendado, assim como, em uma
fase inicial, o uso de corticoide tópico.
▪ A evolução natural é com o esmaecimento gradual da hipercromia, desaparecendo por
completo em poucas semanas, mesmo sem tratamento.
• Melanodermias
o Melasmas (cloasma)
19
▪ Melanodermia que ocorre na face, quase sempre em mulheres maiores de 25 anos, após
gravidez ou terapia hormonal. Pode ocorrem em mulheres jovens que nunca
engravidaram, em uso de ACO e também em homens
▪ É um quadro desfigurante que pode causar distúrbios emocionais
▪ Etiologias
◊ Predisposição constitucional: familiar ou racial (pele castanha à parda)
◊ Gravidez (50-70%): há estímulo melanogênico, com aumento da pigmentação da
aréola e linha nigra
◊ ACO, terapia de substituição hormnal: 29%
◊ Exposição solar: a radiação UV aumenta a atividade dos melanócitos. Geralmente
melhora no inverno e se agrava no verão
◊ Cosméticos: produtos com derivados do petróleo e outras drogas fotossensibilizantes
▪ Características clínicas: manchas castanho claras a escuras, nas regiões malares,
podendo atingir as regiões frontal, labial superior, nasal e mental. Possuem intensidade
variável.
▪ Diagnóstico é clínico. Diferencial com melanodermia de contato pela localização e
caráter evolutivo. A melanodermia tóxica é difusa, atingindo áreas de maior contato,
como as regiões frontal e malar, e, com frequência, a região retroauricular e o pescoço
▪ Tratamento
◊ Fotoproteção
◊ Derivados fenólicos: hidroquinona 2-4%(mais efetiva, inibe a melanogênese atuando
sobre o melanócito → é irritante → eritemna → descamação → despigmentação.
Pode ser associada com corticoide que atenua a ação irritativa, ou com a tretinoína
eu aumenta a penetração da hidroquinona; A fórmula original contém hidroquinona
5%, tretinoína 0,1% e dexametasona 0,1% em creme hidrofílico ou solução álcool-
propilenoglicol.
◊ Retinóides: Tretinoína tópica ( concentração de 0,05 a 0,1%, deve ser usada apenas
a noite pela ação fotossensibilizante. Pode ser aplicada com a hidroquinona ou áciso
azelaico) ; ácido azelaico (ácido dicarboxílico, de ocorrência natural, empregado em
concentração de 20%, interfere na síntese de melanina)
◊ Miscelânia: acido ascóbico, ácido Kojico
◊ Esfoliação e dermatoabrasão – não devem ser empregados.
◊ Lasers – os resultados com diversos tipos de laser
◊ são irregulares
▪ Melanose periocular ou periorbital: 168-169; 434; 530
◊ Hiperpigmentação periorbital, conhecida comumente como olheiras, é uma
hipercromia na região periocular, observada mais em mulheres, particularmente
morenas, devido ao aumento da melanina na epiderme das pálpebras.
◊ Fatores desencadeantes: rinite alérgica, dermatite atópica, envelhecimento cutâneo
com flacidez e excesso de pele e atrofia da pele, que torna o plexo vascular superficial.
◊ Tratamento: base corretora cosmética, fotoproteção, cremes despigmentantes com
ácido retinóico, hidroquinona
o Melanose actínica ou solar
▪ Muito frequente e origina-se pela ação cumulativa da luz solar na pele após 3° ou 4°
década de vida.
▪ É causada por um aumento do número e da atividade dos melanócitos.
▪ O quadro histológico é idêntico ao do lentigo juvenil, há hiperplasia de melanócitos, com
o acréscimo de alterações degenerativas do colágeno.
20
▪ É pouco provável que possam transformar-se em melanomas, o tratamento, de
finalidade estética.
▪ O surgimento das lesões depende do tempo de exposição solar e do tipo de pele.
▪ São manchas de alguns milímetros até 1,5cm, castanho-claras ou escuras, localizadas no
dorso das mãos, punho, antebraços e face. Quando associado com queratose actínica
tem aspecto rugoso.
▪ Tratamento: uso constante de fotoprotetores. Melhor resultado com crioterapia com
neve carbônica (CO2) ou nitrogênio liquido com aplicação por 2-4s. O laser,
principalmente o rubi-laser, é usado. A tretinoína (0,05% a 0,1%), aplicada à noite e
retirada pela manhã, propicia melhora após alguns meses de uso.
❖ REFERÊNCIAS
AULA DA PROFESSORA Prof.ª Camila Amato Montalbano 04/02/2020.
Rivitti, Evandro A. Manual de dermatologia clínica de Sampaio e Rivitti [recurso eletrônico] /
Evandro A. Rivitti. – Dados eletrônicos. – São Paulo: Artes Médicas, 2014.
Azulay, Rubem David. Dermatologia I Rubem David Azulay, David Rubem Azulay, Luna Azulay-
Abulafia. - 6. ed., rev. E atual. - [Reimpr.] - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.