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FACULDADE FACEL CURITIBA
PSICOLOGIA CLÍNICA
BIANCA RODRIGUES DE LIMACAROLINA VALERETO ROMANO
MOEMA BARBOSA DUTRA NUNESNAYARA LETICIA LEITE PEREIRA
CURITIBASETEMBRO - 2012
BIANCA RODRIGUES DE LIMACAROLINA VALERETO ROMANO
MOEMA BARBOSA DUTRA NUNESNAYARA LETICIA LEITE PEREIRA
PSICOGIA CLÍNICA
Trabalho apresentado a Professora
Carolina da disciplina Ciência e Profissão
da turma PSI090, turno Diurno do curso
de Psicologia.
Faculdade FACEL
Curitiba - 2012
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO p.03
2- HISTÓRIA DA PSICOLOGIA p.04
3- LEGISLAÇÃO p.063.1– Homossexualismo3.2– Hipnose3.3- Psicoterapia3.4– Discriminações Raciais3.5- Acupuntura
4- MERCADO DE TRABALHO p.15
5- ENTREVISTAS p.15
6- BIBLIOGRAFIA p.19
03
1-INTRODUÇÃO
* Pesquisa sobre a psicologia clinica, as leis importantes para essa área e
entrevista de uma paciente relatando sua experiência no tratamento e o
relato de psicólogo.
04
2 - HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
No fim do século XIX a psicologia ainda fazia parte da Filosofia. Nessa época
a necessidade dela tornar-se uma ciência era eminente. Falava-se em psicologia,
mas ainda não havia um método científico que a caracterizasse como ciência. Nesse
contexto, foi que Wilhelm Wundt, criou o 1º laboratório de psicologia experimental do
mundo, criando um método para estudá-la. O termo "psicologia clínica" foi usado
pela primeira vez pelo americano Lightner Witmer (1867-1956), aluno de Wundt. Ele
fundou a primeira clínica psicológica na Universidade de Pensilvânia (Estados
Unidos).
A Psicologia no Brasil foi reconhecida como profissão em 1962 sob a lei
4119. Anteriormente aqui no nosso país essa profissão era “exercida“ por médicos,
filósofos e outros.
A Psicologia Clínica é uma vertente da Psicologia e como tal “dispõe de um
conjunto de técnicas e de conhecimentos que lhe possibilitam compreender o que o
outro diz, compreender as expressões e gestos que o outro faz, integrando tudo isso
em um quadro de análise que busca descobrir as razões dos atos, dos
pensamentos, dos desejos, das emoções.”
Cada psicólogo clínico pode usar várias abordagens entre elas o
behaviorismo, Psicanálise, Psicologia analítica, Humanismo entre outros. O
psicólogo também pode fazer uso da prática da acupuntura e da hipnose.
De acordo com a Legislação do Conselho Federal de Psicologia, Resolução
013/2007 o psicólogo clínico “Atua na área específica da saúde, em diferentes
contextos, através de intervenções que visam reduzir o sofrimento do homem,
levando em conta a complexidade do humano e sua subjetividade. Estas
intervenções tanto podem ocorrer a nível individual, grupal, social ou institucional e
implicam em uma variada gama de dispositivos clínicos já consagrados ou a serem
desenvolvidos, tanto em perspectiva preventiva, como de diagnóstico ou curativa.
Sua atuação busca contribuir para a promoção de mudanças e transformações
visando o benefício de sujeitos, grupos, situações, bem como a prevenção de
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dificuldades. Atua no estudo, diagnóstico e prognóstico em situações de crise, em
problemas do desenvolvimento ou em quadros psicopatológicos, utilizando, para tal,
procedimentos de diagnóstico psicológico tais como: entrevista, utilização de
técnicas de avaliação psicológica e outros. Desenvolve trabalho de orientação,
contribuindo para reflexão sobre formas de enfrentamento das questões em jogo.
Desenvolve atendimentos terapêuticos, em diversas modalidades, tais como
psicoterapia individual, de casal, familiar ou em grupo, psicoterapia lúdica, terapia
psicomotora, arteterapia, orientação de pais e outros. Atua junto a equipes
multiprofissionais, identificando, compreendendo e atuando sobre fatores
emocionais que intervêm na saúde geral do indivíduo, especialmente em unidades
básicas de saúde, ambulatórios e hospitais. Atua em contextos hospitalares, na
preparação de pacientes para a entrada, permanência e alta hospitalar, inclusive
pacientes terminais, participando de decisões com relação à conduta a ser adotada
pela equipe, para oferecer maior apoio, equilíbrio e proteção aos pacientes e seus
familiares. Participa de instituições específicas de saúde mental, como hospitais-dia,
unidades psiquiátricas e outros, podendo intervir em quadros psicopatológicos tanto
individual como grupalmente, auxiliando no diagnóstico e no esquema terapêutico
proposto em equipe. Atende a gestante, no acompanhamento ao processo de
gravidez, parto e puerpério, contribuindo para que a mesma possa integrar suas
vivências emocionais e corporais. Atua junto aos indivíduos ou grupos na prevenção,
orientação e tratamento de questões relacionadas a fases de desenvolvimento, tais
como adolescência, envelhecimento e outros. Participa de programas de atenção
primária e centros e postos de saúde na comunidade, organizando grupos
específicos na prevenção de doenças ou no desenvolvimento de formas de lidar
com problemas específicos já instalados, procurando evitar seu agravamento em
contribuir ao bem estar psicológico. Acompanha programas de pesquisa,
treinamento e desenvolvimento de políticas de saúde mental, participando de sua
elaboração, coordenação, implementação e supervisão, para garantir a qualidade
da atenção à saúde mental em nível de macro e microssistema.”
A Psicologia Clínica pode ser aplicada tanto em consultório, com sessões de
1h aproximadamente, ou também na Clínica ampliada. O que isso significa?
06
Significa que a consulta poderá ser realizada fora do ambiente do consultório, como
de costume. Essa prática poderá ser levada para onde melhor apresentar resultados
com o paciente. O importante para o psicólogo não é o ambiente em que ele se
encontra , mas a atenção e a escuta que ele terá com o outro. Figueiredo (1996)
afirma que a clínica psicológica se caracteriza não pelo local em que se realiza - o
consultório -, mas pela qualidade da escuta e da acolhida que se oferece ao sujeito:
a escuta e a acolhida do excluído do discurso. Assim, não importa em que lugar ou
espaço o ato clínico aconteça, seja no âmbito privado ou público, numa relação
diádica, grupal ou coletiva. Este será sempre um fazer psicológico que se pautará
em concepções teóricas e metodológicas que refletirão essa postura diante do
sofrimento ou fenômeno psicológico que se coloca diante dele. Melhor dizendo, o
ato clínico se pautará muito mais por uma ética do que por referenciais teóricos
fechados. (Dutra, 2004, s/p).
E por fim, gostaríamos ainda de salientar as possibilidades de trabalharmos
em conjunto com outras especialidades na área da saúde, como a fisioterapia,
fonoaudiologia, psiquiatria, educadores físicos, pedagogia, e tantos outros formando
assim, quando há a necessidade, uma equipe multiprofissional.
3 - LEGISLAÇÃO
3.1 - RESOLUÇÕES CFP N° 001/99 DE 22 DE MARÇO DE 1999
"Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da
Orientação Sexual"
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições
legais e regimentais,
CONSIDERANDO que o psicólogo é um profissional da saúde;
CONSIDERANDO que na prática profissional, independentemente da área
em que esteja atuando, o psicólogo é frequentemente interpelado por questões
ligadas à sexualidade.
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CONSIDERANDO que a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte
da identidade do sujeito, a qual deve ser compreendida na sua totalidade;
CONSIDERANDO que a homossexualidade não constitui doença, nem
distúrbio e nem perversão;
CONSIDERANDO que há, na sociedade, uma inquietação em torno de
práticas sexuais desviantes da norma estabelecida sócio-culturalmente;
CONSIDERANDO que a Psicologia pode e deve contribuir com seu
conhecimento para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo
a superação de preconceitos e discriminações;
RESOLVE:
Art. 1° - Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão
notadamente aqueles que disciplinam a não discriminação e a promoção e
bem-estar das pessoas e da humanidade.
Art. 2° - Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma
reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e
estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas
homoeróticas.
Art. 3° - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a
patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação
coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que
proponham tratamento e cura das homossexualidades.
Art. 4° - Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de
pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a
reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como
portadores de qualquer desordem psíquica.
Art. 5° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
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Art. 6° - Revogam-se todas as disposições em contrário.
Brasília, 22 de março de 1999.
ANA MERCÊS BAHIA BOCK
Conselheira Presidente
3.2 - RESOLUÇÃO CFP N.º 013/00 DE 20 DE DEZEMBRO
DE 2000
Aprova e regulamenta o uso da Hipnose como recurso auxiliar de trabalho do
Psicólogo. O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, que lhe são conferidas pela Lei nº 5.766, de
20 de dezembro de 1971 e; CONSIDERANDO o valor histórico da utilização da
Hipnose como técnica de recurso auxiliar no trabalho do psicólogo e;
CONSIDERANDO as possibilidades técnicas do ponto de vista terapêutico
como recurso coadjuvante e
CONSIDERANDO o avanço da Hipnose, a exemplo da Escola Ericksoniana
no campo psicológico, de aplicação prática e de valor científico.
CONSIDERANDO que a Hipnose é reconhecida na área de saúde, como um
recurso técnico capaz de contribuir nas resoluções de problemas físicos e
psicológicos e;
CONSIDERANDO ser a Hipnose reconhecida pela Comunidade Científica
Internacional e Nacional como campo de formação e prática de psicólogos,
Art. 1º – O uso da Hipnose inclui-se como recurso auxiliar de trabalho do
psicólogo, quando se fizer necessário, dentro dos padrões éticos, garantidos a
segurança e o bem estar da pessoa atendida;
Art. 2º - O psicólogo poderá recorrer a Hipnose, dentro do seu campo de
atuação, desde que possa comprovar capacitação adequada, de acordo com o
disposto na alínea “a” do artigo 1º do Código de Ética Profissional do Psicólogo.
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Art. 3º - É vedado ao psicólogo a utilização da Hipnose como instrumento de
mera demonstração fútil ou de caráter sensacionalista ou que crie situações
constrangedoras às pessoas que estão se submetendo ao processo hipnótico.
Art. 4° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5° - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília (DF), 20 de dezembro de 2000.
ANA MERCÊS BAHIA BOCK
Conselheira-Presidente
3.3 - RESOLUÇÃO CFP N.º 010/00 DE 20 DE DEZEMBRO
DE 2000
Especifica e qualifica a Psicoterapia como prática do Psicólogo.
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, que lhe são conferidas pela Lei nº 5.766, de 20 de dezembro
de 1971 e;
CONSIDERANDO a natureza pública do Conselho Federal de Psicologia, da
qual decorre tanto a necessidade de aprimorar os serviços técnicos dos
psicoterapeutas, quanto a defesa da população usuária desses serviços e do
cidadão e;
CONSIDERANDO o disposto no art. 2º, alíneas “e” e “n” do Código de Ética
Profissional do Psicólogo, que veda ao psicólogo utilizar-se do relacionamento
terapêutico para induzir a pessoa atendida à convicção religiosa, política, moral ou
filosófica, bem como estabelecer com a mesma relacionamento que possa interferir
negativamente nos objetivos do atendimento ou qualquer outro que viole princípios
técnicos, éticos ou científicos,
RESOLVE:
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Art. 1º – A Psicoterapia é prática do psicólogo por se constituir, técnica e
conceitualmente, um processo científico de compreensão, análise e intervenção que
se realiza através da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas
psicológicos reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional
Promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrentamento de
conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos.
Art. 2º - Para efeito da realização da psicoterapia, o psicólogo deverá
observar os seguintes princípios e procedimentos que qualificam a sua prática:
I – buscar um constante aprimoramento, dando continuidade à sua
formação por meio de centros especializados que se pautem pelo respeito ao
campo teórico, técnico e ético da psicologia como ciência e profissão;II - pautar-se
em avaliação diagnóstica fundamentada, devendo, ainda,
manter registro referente ao atendimento realizado: indicando o meio utilizado
para diagnóstico, ou motivo inicial, atualização, registro de interrupção e alta;
III – esclarecer à pessoa atendida o método e as técnicas utilizadas,
mantendo-a informada sobre as condições do atendimento, assim como seus
limites e suas possibilidades;
IV – fornecer, sempre que solicitado pela pessoa atendida ou seu
responsável, informações sobre o desenvolvimento da psicoterapia, conforme
o Código de Ética Profissional do Psicólogo;
V – garantir a privacidade das informações da pessoa atendida, o sigilo
e a qualidade dos atendimentos;
VI – estabelecer contrato com a pessoa atendida ou seu responsável;
VII – Dispor, para consulta da pessoa atendida, de um exemplar do
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Código de Ética Profissional do Psicólogo, no local do atendimento.
Art. 3º - Os casos omissos serão resolvidos pelo Plenário do CFP.
Art. 4° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5° - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília (DF), 20 de dezembro de 2000.
ANA MERCÊS BAHIA BOCK
Conselheira-Presidente
3.4 - RESOLUÇÃO CFP N.º 018/2002
Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação ao preconceito
e à discriminação racial.
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, que lhe são conferidas pela Lei n.º 5.766, de 20 de dezembro
de 1971 e pelo Decreto 79.822;
CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos Humanos, onde se lê:
“todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade humana” e a “Declaração de
Durban”, adotada em 8 de setembro de 2001, que reafirma o princípio de igualdade
e de não discriminação;
CONSIDERANDO a Convenção Internacional Sobre a Eliminação de Todas
as Formas de Discriminação Racial;
CONSIDERANDO que o racismo é crime inafiançável e imprescritível
conforme o
art. 5º, XLII da Constituição Federal de 1988;
CONSIDERANDO os dispositivos da lei 7.716, de 1989, que define os crimes
resultantes de preconceito de raça ou de cor;
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CONSIDERANDO os artigos VI e VII dos Princípios Fundamentais do Código
de Ética Profissional dos Psicólogos:
“Art. VI – O Psicólogo colaborará na criação de condições que visem a
eliminar a opressão e a marginalização do ser humano.
Art. VII – O Psicólogo, no exercício de sua profissão, completará a definição
de suas responsabilidades, direitos e deveres de acordo com os princípios
estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em
10/12/1948 pela Assembléia Geral das Nações Unidas;”
CONSIDERANDO que o art. 27 do Código de Ética do Psicólogo prevê a
quebra do sigilo quando se tratar de fato delituoso cujo conhecimento for obtido
através do exercício da atividade profissional;
CONSIDERANDO que o preconceito racial humilha e a humilhação social faz
sofrer;
CONSIDERANDO a decisão tomada na reunião plenária do dia 19 de
dezembro de 2002,
RESOLVE:
Art. 1º - Os psicólogos atuarão segundo os princípios éticos da profissão
contribuindo com o seu conhecimento para uma reflexão sobre o preconceito e para
a eliminação do racismo.
Art. 2º - Os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a
discriminação ou preconceito de raça ou etnia.
Art. 3º - Os psicólogos, no exercício profissional, não serão coniventes e nem
se omitirão perante o crime do racismo.
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Art. 4º - Os psicólogos não se utilizarão de instrumentos ou técnicas
psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou
discriminação racial.
Art. 5º - Os psicólogos não colaborarão com eventos ou serviços que sejam
de natureza discriminatória ou contribuam para o desenvolvimento de culturas
institucionais discriminatórias.
Art. 6º - Os psicólogos não se pronunciarão nem participarão de
pronunciamentos públicos nos meios de comunicação de massa de modo a reforçar
o preconceito racial.
Art. 7º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Brasília-DF, 19 de dezembro de 2002.
ODAIR FURTADO
Conselheiro-Presidente
3.5 - RESOLUÇÃO CFP N° 005/2002 Dispõe sobre a
prática da acupuntura pelo Psicólogo
O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições
legais e regimentais, que lhe são conferidas pela Lei n° 5.766, de 20 de dezembro
de 1971 e;
CONSIDERANDO que a Acupuntura está incluída no Catálogo Brasileiro de
Ocupações, editado pelo Ministério do Trabalho, em 1977, em convênio com a
Organização Internacional do Trabalho – OIT (Min.Trab./OIT/Unesco/BRA/70/550 n°
0.79-15 – Acupunturista), no qual se prevê que o acupunturista execute o tratamento
de moléstias psíquicas, nervosas e de outros distúrbios orgânicos e funcionais;
CONSIDERANDO que os Conselhos da Área de Saúde, a propósito do
Seminário sobre o Exercício da Acupuntura no Brasil, realizado em 1993 e
promovido pela Secretaria de Vigilância Sanitária – MS/SVS/DETEN DSERV –
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DEHSA, em ofício assinado pelos conselhos federais da área da saúde, entre os
quais o de Psicologia, recomenda o exercício democrático da acupuntura pelos
profissionais da área de Saúde no Brasil, desde que formados em curso específico,
entre outras considerações;
CONSIDERANDO que a Justiça Federal reconheceu a Acupuntura como
atividade profissional vinculada à Saúde Pública;
CONSIDERANDO que algumas Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde, especialmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, criaram e
autorizaram, por ato próprio, os serviços de Acupuntura na área da Saúde.
CONSIDERANDO que a prática da Acupuntura, no país, vem sendo ensinada
desde 1958, conforme histórico da Acupuntura no Brasil, através de cursos que
seguem normas instituídas pelo MEC;
CONSIDERANDO a utilização da Acupuntura como instrumento de ajuda e
eficiência aos modelos convencionais de promoção de saúde;
CONSIDERANDO a proximidade de propósitos entre a Acupuntura e a
Psicologia, no sentido da intervenção e ajuda ao sofrimento psíquico ou distúrbios
psicológicos propriamente ditos (segundo Catálogo Brasileiro de Ocupações/ MTE e
a concepção da própria acupuntura).
CONSIDERANDO a decisão deste Plenário em reunião realizada no dia 24 de
maio de 2002,
R E S O L V E:
Art.1o- Reconhecer o uso da Acupuntura como recurso complementar no
trabalho do psicólogo, observados os padrões éticos da profissão e garantidos a
segurança e o bem-estar da pessoa atendida;
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Art 2o – O psicólogo poderá recorrer à Acupuntura, dentro do seu campo de
atuação, desde que possa comprovar formação em curso específico de acupuntura
e capacitação adequada, de acordo com o disposto na alínea “a” do artigo 1o do
Código de Ética Profissional do Psicólogo;
Art.3o- Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação;
Art. 4o – Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 24 de maio de 2002.
ODAIR FURTADO
Conselheiro Presidente CFP
4- MERCADO DE TRABALHO
O mercado está meio saturado em relação à Psicologia clínica,não temos muitas vagas,a maioria das pessoas abrem sua própria clinica e viram autonomos a média por sessão de analise esta em R$100,00 mais varia muito de profissional,o profissional muitas vezes é obrigado a cobrar quantias mais baixas para conseguir competir ou mesmo sobreviver,quanto mais barato mais facil é de conseguir clientes. A concorrencia é forte nessa area,o marketing é bastante limitado na área da saúde, muitas vezes impedindo maior divulgação, porém o que ajuda sob o ponto de vista de que seus pacientes o indicarão no famoso “boca a boca” para novos pacientes chegarem ao consultório. Sinal de trabalho bem feito! Apesar de tudo, no resta confirmar ainda de que seu sucesso na clínica dependerá de seu grau de estudo e comprometimento, tanto para com seu consultório, quanto com a promoção de saúde do indivíduo que está sob tratamento psicológico.A psicologia clinica é um lugar assegurado no mercado de trabalho. O seu ambiente de trabalho pode ser tanto em clinicas,consultório particular quanto em instituições e em equipe multiprofissional. Hoje o Psicologo clinico tem desenvolvido seu trabalho também em contexto hospitalar abrindo assim a oportunidade de que a psicologia clinica chege a toda a comunidade. É cada vez maior a preocupação com o comportamento, lazer, bem-estar e qualidade de vida das pessoas. Sendo assim, a atuação de psicólogos tem sido mais requisitada e valorizada, exigindo estudo e acompanhamento das tendências do mercado. É um ramo da psicologia que tem como objetivo a compreensão da pessoa na sua totalidade, na sua singularidade, em situação e em evolução, considerando-a como um ser único, singular, não semelhante a qualquer outra.Embora os psicólogos clínicos estejamos inseridos no campo da saúde, em geral, e da saúde mental, em particular, é importante saber que os psicólogos não receitam remédios.
16O crescimento da área clínica vem acompanhado do crescimento de diversas
características do trabalho associadas a esta área de atuação. Assim, cresce o percentual de autônomos e decresce o número de empregados; aumenta o contingente dos que conseguiram o trabalho investindo recursos próprios, diminuindo formas de concurso ou seleção. A Psicologia Clínica é um campo complexo que intervém essencialmente ao nível da saúde mental. Apresenta como finalidade a prevenção, o diagnóstico, o tratamento, o aconselhamento e a ajuda a pessoas com problemas de natureza emocional e comportamental, com dificuldades, perturbações e conflitos psicológicos.
5- ENTREVISTAS
5.1 Paciente
1) Nome?Deisiane Veiga
2) Como surgiu a idéia de ir ao psicólogo?
Entrei num período de profunda tristeza, só chorava e com o tempo não conseguia mais trabalhar. Tive que me afastar e fui pra um SPA e lá me indicaram tanto um psiquiatra quando a psicóloga que me atenderam no próprio SPA.
3) O que é um psicólogo para você? Como você o descreve?
O psicólogo é uma pessoa que nos auxilia a achar o melhor caminho pra tratar das depressões, das tristezas. A minha, por exemplo, me ajudou muito na minha relação com meu marido e profissão.
4) Qual sua opinião sobre o valor cobrado por consulta?No meu caso acho justo, visto o custo benefício
5) Há quanto tempo faz terapia com o psicólogo?3 anos
6)Até agora tem te ajudado? O que esperava antes de começar a terapia?Tem me ajudado demais. Estava super mal com algumas questões e com o
tempo ela foi me mostrando o que eu deveria fazer como reagir em certas ocasiões. Percebo meu crescimento como pessoa.
Não esperava ter o retorno que tenho. Não achava que fosse me ajudar. Fiz por ordem médica.
5.2 Psicólogo
1 - Por que a psicologia, O que atraiu a fazer o curso: indicação, curiosidade,
gosto pela profissão?
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R: Gosto do ser humano, acredito na profissão e sou apaixonada pelo que
faço.
2 - E Por que a clínica?
R:Pela importância da qualidade de vida emocional dos clientes.
3– O que você entende sobre a psicologia ser uma profissão de ajuda?
R: Ajuda, bom.o ser humano a se perceber, lidar com suas limitações e
emoções, seus desejos de uma forma mais saúdavel.
4 - Qual é o seu objetivo clínico final quando atende um paciente?
R: Qualidade de vida.
5 - Até agora (tanto tempo depois da formação) a profissão tem atendido suas
expectativas (pessoal e financeiramente)?
R: Sim, estou muito feliz.
6 - Qual sua rotina de trabalho?
R: Trabalho com grupos de dependência química no Caps ad Cajurú, que a
partir de segunda-feira será Caps ad III; tenho consultório na 24 de maio; dou
supervisão para os consultores em Dependência Química da Ong.
Abrasa.Trabalho bastante, corro muito atrás.
7 - Como está o mercado de trabalho em relação à vagas e remuneração?
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(Na área Clínica)
R: Mercado de trabalho é concorrido, mas acredito que para bons profissionais
sempre terá espaço. Minha formação é Reichiana que concluí na época da
faculdade, especialização em Saúde Mental pela Unicemp
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6- BIBLIOGRAFIA
História da Psicologia Moderna - 4ª edição - C. James Goodwin
História da Psicologia Moderna - Duane P. Schultz, Sydney Ellen Schultz
Algumas reflexões acerca da clínica social /www.scielo.com.brwww.cfp.org.br
Material da Internet
SÃO PAULO. (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e organizações ambientais em matéria de meio ambiente.
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