PUNÇÃO ARTICULAR DO OMBRO

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Rafael Felix

TERAPÊUTICO LABORATORIAL DIAGNÓSTICO IMAGEM*

ÀS CEGAS

ULTRASSONOGRAFIA

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA:

FLUOROSCOPIA:

movimentação do ombro

Articulações Músculos Tendões Ligamentos Bursas

Articulação glenoumeral

Articulação acromioclavicular

Tendões e músculos

Bursas

Para o estudo destas estruturas atualmente a artro-ressonancia é o melhor método diagnóstico. Através da distensão da cápsula articular pelo meio de contraste (gadolíneo), é possível ampliar o campo de estudo. Desta maneira facilita a insinuação do contraste nas lesões mesmo que pequenas, tanto do labrum e tendões, como da própria cápsula articular.

1.  Avaliação de instabilidade gleno-umeral (luxação e subluxação do ombro). Esta técnica permite a avaliação do labrum da glenóide, dos ligamentos e da morfologia da cápsula, geralmente comprometidas nesta condição.

2. Diagnóstico e tratamento da capsulite adesiva do ombro, que é uma condição em que há dor e perda da mobilidade articular em decorrência de aderências intra-articulares. A artro-ressonância permite uma boa avaliação das condições da cápsula e promove sua distensão, contribuindo para melhor mobilidade e redução da dor.

3. Avaliação da instabilidade de fragmentos osteocondrais, decorrentes de trauma ou de processo degenerativo como a artrose. O fragmento osteoarticular que se tenha desprendido é visto circundado por contraste.

4. Definição da conduta cirúrgica (plicatura, fixação do lábio glenoidal) ou também em estabelecer parâmetros de medidas no tratamento clínico, informando, por exemplo, a espessura dos ventres musculares.

5. Avaliação pós-cirúrgica

As contra-indicações da artro-ressonância são as mesmas observadas para a RM convencional.

São muito raros os casos de alergia ao contraste empregado na RM (Gadolíneo).

As punções são realizadas com anestesia local, não havendo necessidade de preparo prévio do paciente ou de repouso após o procedimento.

As complicações são incomuns e vão desde um hematoma local até hemartrose e infecção. Pode ocorrer extravasamento de contraste para as partes moles adjacentes, o que não causa sintomas, e na maioria das vezes, não prejudica a interpretação do exame.

O local da punção pode ficar dolorido após cessar o efeito da anestesia. O meio de contraste introduzido na articulação é absorvido e eliminado pelo organismo algumas horas depois.

Várias técnicas de injeção intra-articular de material de contraste foram descritas desde o seu início, em 1933.

Materiais e métodos: Com o paciente em decúbito dorsal, o local da punção é determinado através do posicionamento do membro superior com leve rotação externa, sob observação direta através da radioscopia. Após localizada a cavidade glenóide e a cabeça umeral, utiliza-se como ponto de punção o terço inferior da articulação.

Pode-se, ainda, realizar a punção pela abordagem posterior ou através do intervalo dos rotadores. Lembrando que a introdução de contraste pode ser feita através de fluoroscopia, ultra-sonografia (US) ou tomografia computadorizada (TC).

Realiza-se rigorosa anti-sepsia, com colocação dos campos estéreis fenestrados previamente à anestesia local. No C.M.N.G. utilizamos xilocaína sem vasoconstritor (5 a 10ml). Injetamos de 2 a 5ml de contraste iodado, para nos certificar do correto posicionamento intra-articular da punção, pois o contraste recobrirá a cartilagem articular tanto da cavidade glenóide quanto da cabeça umeral.

O próximo passo é a injeção de 8 a 10 ml da solução de gadolínio diluído na proporção de 2:100 com soro fisiológico 0,9%. A partir daí o paciente é encaminhado para a ressonância e deve ser iniciado o exame até 30 minutos após a injeção, evitando a perda da distensão capsular e absorção do meio de contraste.

Rafael Felix

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