Que políticas e legislações têm sido desenvolvidas por Portugal e pela União Europeia em...

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Que políticas e legislações têm sido desenvolvidas por Portugal e pela União Europeia em matéria de consumo e tráfico de drogas leves

O contadorAlmada Negreiros

Um novo quadro europeu de coordenação e cooperação

2005, entrada em vigor de dois novos Regulamentos e de uma decisão do Conselho sobre as novas drogas;

Reforço de novos instrumentos jurídicos no domínio do branqueamento de capitais e da confiscação dos produtos do crime;

Nova estratégia da União Europeia de luta contra a droga para 2005-2012 com dois planos de acção.

Leis

Europa

Itália

Reino Unido

Bélgica

Portugal

Holanda

NOVAS LEGISLAÇÕES NA EUROPA

Alterações à lei em Fevereiro de 2006: Classificação das drogas em dois grandes grupos

(em vez de seis).

Eliminação do conceito de drogas leves e duras.

Distinção entre o uso pessoal e o tráfico.

ITÁLIA

ITÁLIA

Aumento do acesso às penas alternativas à prisão.

Direito de escolha dos consumidores ao tipo, local de tratamento e instituição que confirma a sua situação de toxicodependência, sendo esses serviços apenas prestados pelo sector público.

Revisão das sanções, incluindo prisão domiciliária e

prestação de trabalho à comunidade.

REINO UNIDO Lei da droga de 2005

Presunção da existência de intenção de tráfico, quando determinada quantidade de droga é apreendida.

Permissão à polícia da submissão dos infractores à análise no momento da detenção, exigindo que as pessoas com resultados positivos nessas análises sejam avaliadas quanto ao consumo.

Os tribunais devem ter em conta as circunstâncias agravantes (como por exemplo a venda de estupefacientes próximo das escolas), quando pronunciam a sentença.

Os tribunais podem manter a custódia policial durante um período que pode ir até 8 dias (anteriormente eram 4 dias) sobre as pessoas que engulam as embalagens com droga.

BÉLGICA

Lei de 2003, artigo 16º

Registo policial simples desde que não haja circunstâncias agravantes para a posse de uma pequena quantidade de cannabis para uso pessoal (máximo de 3 gramas ou uma planta) por pessoa adulta.

PORTUGAL

Lei nº 30/2000 de 20 de Novembro Artigo 4º

Apreensão e identificação do consumidor pelas autoridades policiais e, eventualmente, a sua revista e apreensão das substâncias, perdidas a favor do Estado, que elaboram um auto da ocorrência a ser enviado à Comissão territorialmente competente. Detenção do consumidor sem identificação pelas autoridades policiais, como garantia da sua comparência perante a Comissão.

Artigo 10ºJuízo sobre a natureza e circunstâncias do consumo

A comissão, depois de ouvir o consumidor, reúne os restantes elementos para formular um juízo sobre: se o indivíduo é toxicodependente ou não, as circunstâncias, o local e a sua situação económica. O consumidor tem o direito de pedir a participação de um terapeuta à sua escolha.

Para a formulação do juízo referido no nº 1, a comissão ou o consumidor podem propor a realização de exames médicos. O exame é deferido pela comissão ao serviço de saúde, sendo suportado pelo consumidor em caso de escolha de um serviço privado, que se realizará num prazo não superior a 30 dias.

Artigo 15ºSanções

Aos consumidores não toxicodependentes poderá ser aplicada uma coima ou, em alternativa, sanção não pecuniária.

Aos consumidores toxicodependentes são aplicadas sanções não pecuniárias.

A comissão determina a sanção em função da necessidade de prevenção do consumo de estupefacientes e substâncias psicotrópicas.

HOLANDA

Início dos anos 1970, o Governo Holandês efectuou alguns estudos sobre as drogas.

Proposta da legalização do haxixe.

1978, alteração da lei pelo Governo, fazendo a distinção entre drogas leves e drogas duras.

A posse e o tráfico de pequenas quantidades passaram a ser considerados de ofensa menor.

Nos últimos anos, crescimento das coffeeshops e aumento da qualidade do haxixe.