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REDAÇÃO NO ENEM

Edson Munck Jr

REDAÇÃO: CRITÉRIO DECISIVO NO SISU E NA VIDA

A nota da redação no Enem é fundamental para a

conquista da vaga no vestibular e, certamente, faz toda a diferença;

O uso da modalidade escrita da língua é essencial

na vida acadêmica e no exercício profissional, sendo um diferencial no mercado de trabalho.

http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_

participante/2018/manual_de_redacao_do_enem_2018.pdf

O QUE SE AVALIA NA REDAÇÃO DO ENEM?

Texto em prosa;

Tipologia dissertativa-argumentativa;

Tema de ordem social, científica, cultural ou política;

Apresentação de tese, argumentos e proposta de intervenção;

Domínio da norma padrão escrita da Língua Portuguesa;

Articulação do repertório cultural.

COMO MINHA REDAÇÃO É AVALIADA?

Pelo menos, dois professores avaliam a redação, de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro.

Em casos de discrepância de mais de 100 pontos na nota total ou de mais de 80 pontos em cada competência, a redação é corrigida por um terceiro professor.

COMO MINHA REDAÇÃO É AVALIADA? A redação receberá nota 0 (zero) se apresentar uma das características a

seguir:

fuga total ao tema;

não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa;

extensão de até 7 linhas;

cópia integral de texto motivador;

impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação;

parte deliberadamente desconectada do tema proposto;

assinatura, nome, apelido ou rubrica fora do local devidamente designado;

texto predominantemente em língua estrangeira

folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho.

COMO MINHA REDAÇÃO É AVALIADA?

Competência 1

Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.

COMO MINHA REDAÇÃO É AVALIADA?

Competência 2

Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.

COMO MINHA REDAÇÃO É AVALIADA?

Competência 3

Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

COMO MINHA REDAÇÃO É AVALIADA?

Competência 4

Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

COMO MINHA REDAÇÃO É AVALIADA?

Competência 5

Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

COMO MINHA REDAÇÃO É AVALIADA?

Em cada uma das cinco competências, o texto é avaliado de 0 (zero) a 200 (duzentos) pontos.

HISTÓRICO: TEMAS DE REDAÇÃO NO ENEMANO TEMA

2010 O trabalho na construção da dignidade humana

2011Viver em rede no século 21:

os limites entre o público e o privado

2012 Movimento imigratório para o Brasil no século 21

2013 Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

2014 Publicidade infantil em questão no Brasil

2015A persistência da violência contra a mulher

na sociedade brasileira

2016Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

Caminhos para combater o racismo no Brasil (2ª aplicação)

2017

Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

Consequências da busca por padrões de beleza

idealizados (2ª aplicação)

A PROPOSTA DE REDAÇÃO NO ENEM

A PROPOSTA DE REDAÇÃO NO ENEM

Leia com muita atenção a proposta de redação;

Identifique o potencial argumentativo dos textos motivadores;

Destaque as informações e os posicionamentos relevantes;

Elabore seu rascunho:

Qual é minha tese sobre o tema?

Quais argumentos vou utilizar?

Quais propostas de intervenção posso usar?

A PROPOSTA DE REDAÇÃO NO ENEM

Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil:

Desafios

para a formação educacional

de surdos

no Brasil

A PROPOSTA DE REDAÇÃO NO ENEM

Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil:

Caminhos

para combater

a intolerância religiosa

no Brasil

A PROPOSTA DE REDAÇÃO NO ENEM

A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira:

A persistência

da violência

contra a mulher

na sociedade brasileira

COMO ESCREVER O TEXTO?

Uma boa redação depende de

planejamento e de

organização das ideias que

serão apresentadas.

INTRODUÇÃO

Contextualização;

Problematização;

Proposição (tese).

ARGUMENTAÇÃO

Estratégias argumentativas:exemplos; dados estatísticos; pesquisas; fatos comprováveis; citações ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto; pequenas narrativas ilustrativas; alusões históricas; comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos; causa e consequência; contra-argumentação etc.

ARGUMENTAÇÃO

Após a leitura dos textos motivadores, você deve se perguntar: “O que eu sei sobre esse assunto que não apareceu aqui?”.

Mobilize seus conhecimentos gerais (atualidades, contexto político, social, econômico, cultural etc.) e seus conhecimentos específicos (História, Geografia, Literatura, Física, Química, Matemática, Biologia, Filosofia, Sociologia etc.) a fim de ativar seu repertório cultural.

CONCLUSÃO

Retomada ou reafirmação da tese;

Apresentação das propostas de intervenção:

O que fazer?

Quem vai fazer?

Como fazer?

Por que fazer?

Para que fazer?

Ação, agente, meio, razão, finalidade.

1º parágrafo

2º parágrafo

3º parágrafo

4º parágrafo

Introdução

Argumentação

Conclusão

COMO ESCREVER O TEXTO?

Planeje seu texto, demonstre autoria;

Tenha atenção à norma padrão da língua;

Opte pelo uso de 3ª pessoa: impessoalização;

Elabore tópicos frasais para organizar o texto;

Diversifique as estratégias argumentativas;

Utilize os conectores: coesão e coerência;

Acione um vocabulário diversificado;

Invista tempo na preparação e na finalização da redação.

Educação inclusiva

Beatriz Albino Servilha (Rio de Janeiro)

Durante o século XIX, a vinda da Família Real ao Brasil trouxe

consigo a modernização do país, com a construção das escolas e

universidades. Também, na época, foi inaugurada a primeira

escola voltada para a inclusão social de surdos. Não se vê,

entretanto, na sociedade atual, tal valorização educacional

relacionada à comunidade surda, posto que os embates que

impedem sua evolução tornam-se cada vez mais evidentes.

Desse modo, os entraves para a educação de deficientes

auditivos denotam um país desestruturado e uma sociedade

desinformada sobre sua composição bilíngue.

A princípio, a falta de profissionais qualificados dificulta o

contato do portador de surdez com a base educacional

necessária para a inserção social. O Estado e a sociedade

moderna têm negligenciado os direitos da comunidade surda,

pois a falta de intérpretes capacitados para a tradução

educativa e a inexistência de vagas em escolas inclusivas

perpetuam a disparidade entre surdos e ouvintes, condenando

os detentores da surdez aos menores cargos da hierarquia

social. Lê-se, pois, que é paradoxal, em um Estado

Democrático, ainda haver o ferimento de um direito previsto

constitucionalmente: o direito à educação de qualidade.

Além disso, a ignorância social frente à conjuntura bilíngue do

país é uma barreira para capacitação pedagógica do surdo.

Helen Keller – primeira mulher surdo-cega a se formar e

tornar-se escritora – definia a tolerância como maior presente

de uma boa educação. O pensamento de Helen não tem se

aplicado à sociedade brasileira, haja vista que não se tem

utilizado a educação para que se torne comum aos cidadãos a

proximidade com portadores de deficiência auditiva, como

aulas de Libras, segunda língua oficial do Brasil. Dessa forma,

torna-se evidente o distanciamento causado pela inexperiência

dos indivíduos em lidar com a mescla que forma o corpo social.

Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação dos

desafios para a capacitação educacional dos surdos. Para que

isso ocorra, o Ministério da Educação e Cultura deve realizar a

inserção de deficientes auditivos nas escolas, por meio da

contratação de intérpretes e disponibilização de vagas em

instituições inclusivas, com o objetivo de efetivar a inclusão

social dos indivíduos surdos, haja vista que a escola é a

máquina socializadora do Estado. Ademais, a escola deve

preparar surdos e ouvintes para a convivência harmoniosa, com

a introdução de aulas de Libras na grade curricular, a fim de

uniformizar o laço social e, também, cumprir com a máxima de

Nelson Mandela que constitui a educação como segredo para

transformar o mundo. Poder-se-á, assim, visar a uma educação,

de fato, inclusiva no Brasil.

"OS LIMITES DA MINHA LINGUAGEM SÃO OS LIMITES DO MEU MUNDO."

Ludwig Wittgenstein (Áustria, 1889-1951)

REDAÇÃO NO ENEM

Edson Munck Jr