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Universidade Federal da ParaíbaCentro de Comunicação, Turismo e Artes
Departamento de Educação Musical
Relatório de Estágio Supervisionado II
Wênia Xavier de Medeiros
Relatório apresentado ao curso de Licenciatura em Música como cumprimento da exigência final da disciplina Estágio Supervisionado II, no período 2014.1.
João Pessoa
Julho/2014
Universidade Federal da ParaíbaCentro de Comunicação, Turismo e Artes
Departamento de Educação Musical
Relatório de Estágio Supervisionado II (1413625)
Coordenador da OnG: Prof. Ms. Caroline Brendel Pacheco
Supervisora da disciplina: Prof. Dra. Alice Lumi Satomi
Supervisora na instituição: Prof. Nadya Amorim
Estagiária: Wênia Xavier de Medeiros (Matrícula 11127676)
Período do estágio: de 30 de abril a 26 de julho de 2014
Número de horas na Instituição:
58 horas (14 horas práticas ministrando aulas + 8 horas participando de workshops + 36
horas teóricas de estudos, reuniões e planejamentos)
Local: Laboratório de Educação Musical Infantil da UFPB (LEMI)
Endereço: Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Cidade Universitária S/N – Castelo Branco - CCTA – Bloco 100 – S. 106 - –
CEP: 58051-900 João Pessoa – PB
João Pessoa
Julho/2014
Dedico este trabalho aos meus filhos Uirá e Júlia,
meus primeiros alunos informais de musicalização infantil
A Caroline Brendel Pacheco
A todos que fazem a Musicalização Infantil da UFPB
3
AGRADECIMENTOS
A Coordenação do Curso de Licenciatura em Música da UFPB.
À professora Alice Lumi Satomi pelo acompanhamento durante o estágio.
À professora e coordenadora do Laboratório de Educação Musical Infantil da UFPB Caroline Brendel Pacheco pela acolhida, pelo interesse no meu trabalho, pelo compromisso com o ensino e aprendizagem da música para crianças pequenas, pelo compromisso com a formação de educadores musicais, pela competência e disposição em ajudar sempre.
Aos meus colegas, professores Moézio Porfírio, Juliana Samento e Nadya Amorim pelo trabalho de equipe, momentos de diversão, superação, pelo incentivo e especialmente e Nadya Amorim pela supervisão.
Aos demais professores do LEMI: Samara, Igor, Nina, Luciano, Estér, Edson, Rodrigo, os Felipes, Lidja, Olga, Antônio, por todos os momentos de cooperação, muito obrigado!
A todos os pais, mães e responsáveis pela confiança no nosso trabalho
Ao meus filhos, Uirá e Júlia, pela paciência em esperar minhas aulas e compreensão em acordar bem mais cedo por minha causa aos sábados
À Thiago Martins, pelo apoio, paciência, compreensão e dedicação incondicional durante a realização deste trabalho.
A Deus, e toda a espiritualidade superior, que me guiaram dando forças para a conclusão deste estágio e da licenciatura em Música
A todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho.
4
LISTA DE FIGURAS
PÁG.
Figura 01: Logomarca do Projeto Musicalização infantil na UFPB................. 12
Figura 02: Equipe da Musicalização Infantil em 2010..................................... 13
Figura 03: Aula aberta no SECITEAC, 2010.................................................... 13
Figura 04: Convite para o encerramento do semestre em 2011........................ 14
Figura 05: Equipe do LEMI em aula aberta de encerramento do semestre em 2011......................................................................................................................
14
Figura 06: Espetáculo Pirralhim “Música para Crianças Pequenas” em 2012 percorrendo os CREIS. ................................................................................
15
Figura 07: Equipe do LEMI em 2013. Foto: acervo do projeto 16
Figura 08 – Encerramento do semestre 2013.1 (aula aberta) no Auditório Radegundis Feitosa ............................................................................................
16
Figura 09:Alguns instrumentos da Musicalização Infantil da UFPB ................. 19
Figura 10: Workshop com Graça Boal Palheiros, sala do LEMI, 18 de julho de 2014 ....................................................................................................................
20
Figura 11: Workshop com Olga Alves sobre o Coco do Gurugi e Ipiranga em 03/05/14 .............................................................................................................
24
Figura 12: Turma de 1 a 2 anos (A) da Musicalização Infantil da UFPB, 2014.1 .................................................................................................................
29
5
LISTA DE TABELAS
PÁG.
Tabela 01: Turmas e horários da musicalização infantil da UFPB, 2014.1 .................. 18
Tabela 02: Datas e carga horária da estagiária .............................................................. 21
Tabela 03: Calendário de matrículas do LEMI para o semestre 2014.1 ........................ 23
Tabela 04: Tabela dos valores de matrículas do LEMI para o semestre 2014.1 ........... 23
Tabela 05: Rotina de uma aula da Musicalização Infantil da UFPB ............................. 28
6
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 08
2. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO..................................................................... 12
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................................
19
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS............................................................... 28
5. CONCLUSÃO.......................................................................................................... 32
6. REFERÊNCIAS.. ..................................................................................................... 34
ANEXOS........................................................................................................................ 36
ANEXO 1: TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO.......................................... 37
ANEXO 2:PLANO DE ATIVIDADES DO ESTÁGIO ................................................
40
ANEXO 3: CONTROLE DE FREQUÊNCIA DOS ALUNOS.....................................
42
ANEXO 4: CONTROLE DE FREQUÊNCIA DA ESTAGIÁRIA ...............................
45
ANEXO 5: PLANOS DE AULA DIÁRIOS DE BORDO DA ESTAGIÁRIA .............
48
7
APRESENTAÇÃO
Segundo o Projeto Político Pedagógico do Curso Licenciatura em Música
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, 2005), o Curso de Licenciatura em
Música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) foi criado no ano de 2005 pela
Resolução nº 17/2005 do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão
(CONSEPE), e seu Projeto Político Pedagógico aprovado pela Resolução nº 35/2005 do
CONSEPE. O curso recebeu sua primeira turma no primeiro período do ano de 2006.
No mesmo documento consta que a estruturação do curso está condizente com
as bases legais para a área de Artes no Brasil, especificadas através da LDB 9394/96, e
das sugestões apresentadas pelo MEC nos PCN para a área de Artes na educação básica,
que traz definições específicas para o campo da música (apud PENNA, 1998, 2001).
Já no site oficial do referido curso (http://www.ccta.ufpb.br/clm), há
informações de que o curso tem como objetivo habilitar professores para o ensino de
música, capacitando-os para a atuação em escolas de educação básica, escolas
especializadas da área e demais contextos de ensino e aprendizagem da música,
formando assim profissionais dotados de competências e habilidades enquanto músicos,
educadores musicais e agentes de produção cultural.
Pela mesma fonte acima, há informações de que para atingir tais objetivos, o
curso está estruturado de forma a garantir: (1) a formação musical, através de conteúdos
específicos de teoria, história e estética musical, assim como de práticas interpretativas,
trajetória que culmina com a performance de conclusão de curso; (2) a formação
pedagógica, composta por disciplinas de fundamentos e gestão da educação, além de
didática, todas estas ministradas por profissionais do Centro de Educação da
universidade; (3) a formação complementar, através de disciplinas que orientam o
contato dos alunos com o universo da pesquisa, habilitando-os à preparação da
monografia de conclusão de curso, (4) um corpo de disciplinas optativas, na qual os
estudantes podem refletir sobre suas necessidades formativas e escolher entre
disciplinas musicais, pedagógicas, pedagógico-musicais, entre outros e (5) uma
formação pedagógico-musical, por meio de disciplinas que abordam as diferentes
metodologias de ensino da música e suas práticas de ensino - estágios - em diversos
contextos (educação básica, escolas especializadas da área e espaços não formais).
8
Deste corpo de disciplinas, o estágio supervisionado é realizado na segunda
metade do Curso – conforme a Resolução CNE/CP 2/2002 (BRASIL, 2002), e a
Resolução 04/2004 do CONSEPE (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA,
2004) –, em parceria dos Departamentos responsáveis pelo curso de Licenciatura em
Música da UFPB com o Departamento responsável pela formação pedagógica no
campus I da UFPB, conforme determina o Artigo 6º da referida Resolução do
CONSEPE. Ao longo do estágio, o aluno vivenciará diferentes campos de atuação do
ensino da música, sendo garantida aos estudantes a orientação devida para a
concretização significativa de suas experiências na área de Educação Musical. As
particularidades do Estágio serão regulamentadas pelo Colegiado do Curso.
A resolução CCLM nº 01 – 2012, dispõe sobre o estágio supervisionado: O
Curso de Licenciatura em Música – práticas interpretativas, conta com 3 estágios
supervisionados. O Estágio supervisionado I trata da prática no ensino de música nas
escolas de educação básica, tendo como base os fundamentos teórico-metodológicos
para a atuação profissional nesse contexto, com ênfase na formação do professor e sua
inserção no mercado de trabalho. O estágio supervisionado II refere-se a prática no
ensino de música em contextos não formais, como ONGs, associações comunitários
e demais espaços educativo-musicais, considerando a realidade educacional brasileira
em suas distintas possibilidades de atuação. O estágio supervisionado III é dirigido para
a prática no ensino de música em escolas especializadas da área, tendo como base os
fundamentos da metodologia, instrumentação e avaliação do ensino musical nas suas
distintas dimensões educativas. Recomenda-se ainda cursar, previamente ou
concomitantemente, as disciplinas de metodologia do ensino do instrumento
relacionadas a cada estágio.
Os estágios seguem regulamentação federal, por meio da Lei 11788 / 2008 e
necessitam de um convênio entre a instituição de origem do aluno e a instituição onde o
estágio será realizado. Assim, dois formulários foram preenchidos pelos alunos e
assinados por representantes legais das duas instituições envolvidas. Além disso foi
realizado um seguro para o aluno durante a vigência do estágio.
1) Seguro: Inicialmente foi disponibilizado para a professora orientadora de estágio os
seguintes dados: nome, número da matrícula, RG, CPF, data de nascimento, telefone,
endereço e e-mail. Esses dados foram encaminhados para a Coordenação de Estágios da
9
UFPB pela professora orientadora e pela coordenação de curso, para que os alunos
estivessem com um seguro assumido pela universidade durante o horário de estágio.
2) Carta de apresentação do estagiário: cada aluno deve ter uma carta de apresentação
ao se apresentar na instituição pleiteando um espaço para realização do estágio. Os
alunos também preencheram e encaminharam para o setor de estágios na Reitoria os
seguintes documentos: (1) Termo de Compromisso de Estágio (no meu caso, estágio
interno, conforme anexo 01) e plano de atividades (anexo 02). Os documentos
forneceram dados gerais (código da disciplina, quantidade de créditos, nome e matrícula
SIAPE da docente) fornecidos pela professora orientadora. Os demais dados, de
responsabilidade dos alunos, do formulários foram preenchidos a mão, e assinados: (a)
pelo próprio estagiário; (b) pela unidade concedente, ou seja, o espaço de atuação do
estágio; (c) pela coordenação de curso, e; (d) pela coordenação de estágio. Após
recolher as assinaturas levei uma via de cada documento devidamente assinadas e
carimbadas até a Coordenação de Estágios na Reitoria. Após a assinatura da
Coordenação de Estágios da UFPB, fiz quatro cópias de cada formulário (já assinados) e
entreguei uma via para cada pessoa ou órgão que assinou os documentos. O estágio se
iniciou após a entrega da documentação.
A disciplina Estágio Supervisionado II (código 1413625) foi ministrada no
semestre 2014.1 (abril a agosto) pela Professora Dra. Alice Lumi Satomi no CCTA
(Centro de Comunicação, Turismo e Artes) da UFPB, Bloco 100, sala 101, nas terças-
feiras das 15h às 18h, correspondendo a 09 créditos (135 horas/aula).
O objetivo geral da disciplina foi propiciar a vivência pedagógica em espaços
alternativos conveniados com a universidade, aplicando as bases teórico-metodológicas
em educação musical, apreendidas durante o curso e a própria disciplina. Os objetivos
específicos foram: (1) Conhecer, ou revisar, e aplicar os principais métodos em
educação musical, específicos do ensino em contextos não escolares, sobretudo da
realidade brasileira. (2) Promover a reflexão, a análise e compreensão acerca do
contexto não formal da educação musical, discutindo as problemáticas do ensino e
aprendizado musical. (3) Favorecer o desenvolvimento da capacidade operacional do
discente para o planejamento, execução e avaliação da atividade pedagógica e (4)
Elaborar um relatório contendo não apenas o registro diário, mas as observações dos
sucessos e dificuldades encontrados, articuladas com as bases teóricas e metodológicas
apreendidas.
10
Dessa forma, estruturei os dados relativos ao estágio seguindo a seguinte ordem:
apresentação de dados referentes à legislação vigente sobre o estágio supervisionado nas
universidades no Brasil e especificamente na UFPB; a necessidade do ensino de música
em espaços não-formais, a caracterização do espaço onde foi realizado o estágio, bem
como a descrição e os resultados das atividades desenvolvidas, seguidas da conclusão
deste relato. Nos anexos é possível ter acesso aos documentos firmados (termo de
compromisso de Estágio assinado por todos os envolvidos e plano de atividades), ao
plano de ensino, aos planos de aula, ao controle de frequência da estagiária assinado
pela professora supervisora do espaço do estágio, ao controle de frequências dos alunos
e aos diários de bordo (anotações) da estagiária, como também a algumas fotos.
O estágio realizado em espaços não-formais é uma grande oportunidade para o
licenciando em música colocar em prática e articular uma boa parte dos conhecimentos
acumulados e adquiridos ao longo do curso. O terceiro setor envolve ONGs
(Organizações Não Governamentais) e demais espaços alternativos como associações
de bairro, creches, casas e cursos de apoio ao idoso e aos portadores de necessidades
especiais, entre outros. Uma ONG, segundo OLIVEIRA (p. 93, 2003)
“é uma organização não-governamental criada para solucionar problemas específicos de um contexto sociocultural, que de outra forma, não seriam solucionados pelo governo ou pela sociedade em geral. Um grupo de pessoas capacitadas e comprometidas com a missão da ONG precisa estar unido em torno dos objetivos, das metas, das atividades e dos problemas surgidos, a fim de que as propostas principais da instituição sejam cumpridas e a sobrevivência auto-suficiente seja atingida e mantida”(Oliveira, p.93, 2003)
Para Oliveira (p.96, 2003), os aspectos da formação musical são
importantíssimos para o perfil daquele que vai trabalhar numa ONG que tem a música
como elemento básico, pois definem realmente o que pode acontecer como atividades
músico-pedagógicas na prática. Diversos fatores podem interferir decisivamente para o
sucesso do profissional numa determinada ONG como o gosto musical, os níveis de
habilidades musicais (voz e instrumento), a capacidade criativa e expressiva, o nível de
apreciação crítica do repertório musical, a auto compreensão sobre os próprios saberes e
competências, sabedoria, modéstia, autoconfiança, alegria pelos feitos além de ser capaz
de trabalhar interdisciplinarmente e possuir habilidades administrativas e pedagógicas.
De uma forma geral, as ONGs se propõem a atuar para o desenvolvimento da cidadania,
11
usando a música como elemento agregador e de desenvolvimento psicossocial e estético
e o repertório pode variar muito de contexto para contexto.
No contexto da educação musical infantil (musicalização infantil) em espaços
não-formais, há em João Pessoa, na UFPB, um projeto de extensão denominado LEMI
– Laboratório de Educação Musical Infantil, onde foi desenvolvido o meu estágio, alvo
deste relatório sobre o qual descrevo primeiro sobre o projeto, em seguida sobre as
atividades desenvolvidas.
CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO
Figura 01: Logomarca do Projeto Musicalização Infantil na UFPB. Fonte: Blog do projeto.
Breve Histórico
O LEMI (Laboratório de Educação Musical Infantil) é um laboratório vinculado
ao Departamento de Educação Musical (DEM) e ao Centro de Comunicação, Turismo e
Artes (CCTA) da UFPB, coordenado pela Professora Ms. Caroline Brendel Pacheco. O
LEMI desenvolve, desde 2010 o Projeto Musicalização Infantil na UFPB inicialmente
para bebês e crianças de 6 meses a 6 anos e a partir de 2014 para bebês e crianças de 6
meses a 9 anos. Sendo que, as atividades direcionadas para bebês e crianças até 3 anos
são acompanhadas por pais e/ou cuidadores (avós, parentes, babás, etc) – o que
aproxima também as famílias e a comunidade acadêmica.
O Projeto Musicalização Infantil da UFPB é uma proposta única no estado da
Paraíba e tem como objetivos principais oferecer aulas de musicalização infantil para
12
bebês e crianças e desenvolver um laboratório-escola para formação de educadores
musicais especializados no atendimento à infância.
A ideia é estimular a aprendizagem por pares (peer teaching) através do
envolvimento de alunos dos cursos de Música nas aulas de musicalização infantil.
Inicialmente, foi formado em 2010 um grupo de estudo de educação musical
infantil composto por: Caroline Pacheco (coordenação); Izadora França; Andréa
Queiroz; Nadya Amorim; Ana Catarina Leão; Jaqueline Alves; Samara Oliveira;
Carolina Gomes e Daniella Gramani.
Figura 02: Equipe da Musicalização Infantil em 2010. Foto: acervo do projeto.
A equipe realizou neste mesmo ano, aulas abertas dentro do evento da UFPB
SECITEAC (Semana de Ciência, Tecnologia Esporte, Arte e Cultura).
Figura 03: Aula aberta no SECITEAC, 2010. Foto: Acervo do Projeto.
13
No ano de 2011, foi possível desenvolver atividades de educação musical
infantil de qualidade para 135 famílias da comunidade de João Pessoa e região, com o
apoio e a colaboração de sete estudantes dos cursos de música da UFPB (Licenciatura e
Sequencial), uma professora da rede pública de ensino, além de três docentes e uma
funcionária administrativa da UFPB. A primeira aula aberta aconteceu em 03 de
dezembro de 2011.
Figura 04: Convite para o encerramento do semestre em 2011. Fonte: e-mail da coordenação do projeto.
A partir deste ano, passei a acompanhar as aulas do projeto enquanto mãe de
dois alunos. Uma vez que um deles tinha 03 anos de idade, pude participar ativamente
das aulas e chegando até a apresentação de encerramento do semestre no palco no
auditório do CCHLA (Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes), centro ao qual, os
cursos de música eram vinculados antes da criação do CCTA.
Figura 05: Equipe do LEMI em aula aberta de encerramento do semestre em 2011. Foto: Wênia Xavier
14
Em 2012 as atividades da Musicalização Infantil prosseguiram e o encerramento
do semestre foi realizado na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes com o
espetáculo "Pirralhim - Música para Crianças Pequenas”. O Pirralhim percorreu 10
CREIs (Centros de Referência em Educação Infantil) da cidade realizando
apresentações exclusivas para as crianças que frequentam as unidades de ensino
vinculadas a Prefeitura Municipal de João Pessoa.
Figura 06: Espetáculo Pirralhim “Música para Crianças Pequenas” em 2012 percorrendo os CREIS. Foto: Acervo pessoal do Projeto.
No primeiro semestre de 2013, o projeto realizou atividades regulares com
novos integrantes na equipe e o encerramento do semestre foi uma aula aberta no
Auditório Radegundis Feitosa. No segundo semestre de 2013, o Projeto realizou, em
julho, oficinas de musicalização infantil no Festival de Artes de Areia e visitou 5
creches, sendo três na zona rural e duas na zona urbana.
15
Figura 07: Equipe do LEMI em 2013. Foto: acervo do projeto.
No primeiro semestre de 2014, o LEMI ampliou o número de vagas para a
comunidade, incluindo turmas para crianças de sete a nove anos (conjunto musical) e
iniciou suas atividades no dia 25 de maio. Não será possível incluir registros
fotográficos do encerramento do semestre 2014.1 (semestre do estágio) pois a data da
aula aberta será dia 09 de agosto e a data limite para entrega deste relatório é dia 29 de
julho.
Figura 08 – Encerramento do semestre 2013.1 (aula aberta) no Auditório adegundis Feitosa. Foto: Acervo do projeto.
16
Estrutura física e Equipe de Professores
No Centro em que o projeto está situado, funcionam os cursos de Música,
Teatro, Jornalismo, Relações Públicas, Radialismo, Cinema, Turismo e Hotelaria,
Regência de Bandas e Fanfarras, Dança e Música Popular.
As aulas do projeto em 2011 e 2012 foram realizadas nas salas dos blocos do
CCHLA. A partir de 2013, as aulas passaram a ser ministradas nas salas de aula do
bloco 100 do CCTA e a coordenação na sala 112. Em 2014, as aulas continuaram a ser
ministradas nas salas do bloco 100 e a coordenação do LEMI mudou para uma sala com
uma estrutura maior, a sala 106. As aulas acontecem aos sábados pela manhã.
As aulas do Projeto acontecem nas salas 101, 105, 106 e 107. A equipe trabalha
em grupos de professores Assim sendo, cada aula dura 45 minutos e são dadas por
duplas ou trios compostos de um professor mais experiente com um, dois ou três
professor(es) novato(s) (peer teaching).
Foram formados 6 grupos de professores: (1) Caroline, Igor e Lidja (2) Wênia,
Moézio, Nadya e Juliana; (3) Estér, Olga e Igor, (4) Samara, Felipe Jonhne, Edson e
Lidja e (5) Luciano, Nina e Rodrigo e (6) Antônio, Olga, Estér e Filipe Hauers. As
equipes foram assim distribuídas:
0 - 1 ano A: Antônio, Olga, Estér e Filipe Hauers
0 - 1 ano B: Antônio, Olga, Estér e Filipe Hauers
1 - 2 anos A: Wênia, Moézio, Nadya e Juliana
1 – 2 anos B: Wênia, Moézio, Nadya e Juliana
1 – 2 anos C: Antônio, Olga, Estér e Filipe Hauers
2 ½ a 3 ½ A: Luciano, Nina e Rodrigo
2 ½ a 3 ½ B: Luciano, Nina e Rodrigo
4 – 5 anos A: Samara, Felipe Jonhne, Edson e Lidja
4 – 5 anos B: Samara, Felipe Jonhne, Edson e Lidja
5 a 6 anos A: Estér, Olga e Igor
5 a 6 anos B: Wênia, Moézio, Nadya e Juliana
6 a 9 anos (Conjunto musical): Caroline, Igor e Lidja
17
Cada grupo de professores ficou com duas ou três turmas organizado nos
seguintes espaços:
MUSICALIZAÇÃO INFANTIL DA UFPB – 2014.1
HORÁRIO SALA 101 SALA 106 SALA 105 SALA 107
8h às 8h45 0 a 1 ano A 1 a 2 anos A 4 a 5 anos A
8h50 às 9h35 0 a 1 ano B 1 a 2 anos B 2 ½ a 3 ½ A 4 a 5 anos B
9h40 às 10h25 1 a 2 anos C 5 a 6 anos B 2 ½ a 3 ½ B
10:40h às 12h 6 a 9 anos (conjunto musical infantil) Local: LEMI (106)
Tabela 01: Turmas e horários da musicalização infantil da UFPB, 2014.1
Embora, o grupo de professores no qual eu estava fosse responsável por 3
turmas ( 1 a 2 anos A, 1 a 2 anos B e 5 a 6 anos B), para efeito deste estágio contabilizei
apenas as aulas ministradas para as turmas de 1 a 2 anos pois necessitaria faltar três
aulas das turmas de 5 a 6 anos e assim o trabalho com a turma, de minha parte não seria
efetivo.
O LEMI possui uma estrutura física com carteiras, ar condicionado, boa
iluminação, cerca de 15 teclados de percussão (instrumental Orff), um acervo de livros e
partituras, quadro de giz e quadro para caneta, data show, som, dois computadores de
mesa, birôs, sons, emborrachados de diversos tamanhos para sentar no chão, tules (para
atividades com movimento) e um variado número de caixas com instrumentos como
pandeiros, pandeirolas, coquinhos, tambores, triângulos, ganzás, chocalhos, ovinhos,
baquetas, agogôs de madeira e flautas. As salas não são revestidas com tratamento
acústico, porém, as aulas das outras salas não atrapalharam o desenvolvimentos das
atividades das nossas turmas. Todo este material fica à disposição dos grupos de
professores, porém é necessário reservar os instrumentos e sons com antecipação na
reunião da quarta-feira.
18
Figura 09:Alguns instrumentos da Musicalização Infantil da UFPB
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
As atividades desenvolvidas no estágio supervisionado com as turmas de 1 a 2
anos A e 1 a 2 anos B tiveram como objetivos: vivenciar a canção, identificando os
elementos da música; cantar a escala maior; memorizar e associar as notas da escala
musical com um esquema de movimentos corporais; identificar diferentes timbres de
instrumentos de percussão: alfaia, ganzá, zabumba, pandeiro, agogô e triângulo; realizar
prática instrumental nos ritmos propostos: marchinha, ciranda, coco e xote e demonstrar
engajamento em diversos tipos canções infantis: cantigas de roda, canções conhecidas e
canções da cultura popular. Entre os conteúdos propostos no plano de ensino estão: o
repertório: Marchinha, Ciranda, coco e xote; a escala maior, percussão corporal,
propriedades do som: duração, altura, intensidade, timbre; elementos da música: ritmo,
melodia/harmonia, dinâmica, instrumentação e instrumentos cordofônicos,
membranofônicos e idiofônicos. Não foi possível apresentar instrumentos aerofônicos,
pois este relatório foi entregue antes da aula com este conteúdo.
A carga horária da disciplina Estágio Supervisionado II foi dividida basicamente
em 4 partes: a primeira presencial (45 horas) com a professora da disciplina, nas terças-
feiras das 15h às 18h onde foram realizados seminários em grupo, discussões, estudos
de texto e apresentações de planos de ensino.
19
A segunda parte da carga horária (14 horas + 8 horas de workshops = 22 horas)
foi utilizada nas quartas-feiras pela manhã no LEMI das 8h às 11h, onde foram
realizadas reuniões, estudo de textos e planejamento em grupo das aulas do semestre. A
cada quarta-feira era preparada a aula do próximo sábado. Antes das aulas começarem,
algumas quartas-feiras foram utilizadas para realização de workshop sobre o Coco do
Gurugi e Ipiranga, para planejamento e realização das matrículas, organização e limpeza
das salas, materiais e instrumentos musicais. Outros workshops foram realizados
durante as reuniões da comissão de pesquisa para a ISME (International Society of
Musical Education) com as professoras Cláudia Glushankof (Israel) e Graça Boal
Palheiros (Portugal), ambos sobre apreciação musical ativa.
Figura 10: Workshop com Graça Boal Palheiros, sala do LEMI, 18 de julho de 2014
A terceira parte da carga horária (14 horas) foi dedicada à regência das aulas
propriamente dita, onde pude compartilhar e aprender com as experiências dos demais
professores. A última parte da carga horária (54 horas, cerca de 3,5 horas semanais) foi
dedicada ao estudo individual, preparação de seminários, pesquisa de repertório para as
aulas, escrita de relatório e formatação de trabalhos.
O número de aulas pelo calendário escolar, neste semestre foi reduzido, em
função da copa do mundo no Brasil, onde ficamos três sábados sem aula (dois pela copa
e um pelo feriado de São João). Na data de 26 de julho, feriado municipal pela morte de
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João Pessoa, a UFPB funcionou normalmente. Assim, as atividades, datas e horários da
primeira, segunda e terceira parte foram organizados e cumpridos da seguinte forma:
DATA HORÁRIO ATIVIDADE
30/04/2014 8h – 11h Reunião e planejamento
03/05/2014 8h – 11h Workshop sobre o Coco do Gurugi e Ipiranga
14/05/2014 8h – 11h Reunião e planejamento
17/05/2014 8h – 11h Reunião e planejamento
21/05/2014 8h – 11h Reunião, matrículas e organização do LEMI
24/05/2014 7h30 – 12h 1ª aula
28/05/2014 8h – 11h Reunião e planejamento
31/05/2014 7h30 – 12h 2ª aula
04/06/2014 8h – 11h Reunião e planejamento
07/06/2014 7h30 – 12h 3ª aula
11/06/2014 8h – 11h Reunião e planejamento
14/06/2014 7h30 – 12h 4ª aula
25/06/2014 8h – 11h Varal de Partituras
02/07/2014 8h – 11h Reunião e planejamento
05/07/2014 7h30 – 12h 5ª aula
09/07/2014 8h – 11h Reunião e planejamento
14/07/2014 9h – 12h Workshop com Cláudia Glushankof
16/07/2014 8h – 11h Reunião e planejamento
18/07/2014 18h – 19h Workshop com Graça Boal Palheiros
19/07/2014 7h30 – 12h 6ª aula
23/07/2014 8h – 11h Reunião e planejamento
26/07/2014 7h30 – 12h 7ª aula
Tabela 02: Datas e carga horária da estagiária
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Inicialmente conversei com a professora Caroline Pacheco sobre a possibilidade
de estagiar na Musicalização Infantil da UFPB que funciona aos sábados pela manhã. A
professora concordou com minha participação e me informou o dia da primeira reunião
(26/04). Assim, o LEMI divulgou uma chamada para novos professores voluntários e
fez uma sondagem inicial neste dia. O projeto conta com dois também bolsistas
PROBEX (Programa de Bolsas de Extensão). Tive dificuldades, a princípio, para
conciliar os horários do LEMI com os horários do trabalho, mas no final, deu certo.
Na reunião do dia 30/04, fomos informados de que o LEMI tem uma página
institucional (www.ccta.ufpb.br/lemi). Foi feita uma sondagem com os professores
sobre a viabilidade futura de oferecer aulas de instrumento. Fomos informados de que
todos deveriam ter o cadastro no SIGPROJ e o currículo na plataforma LATTES pois a
PRAC (Pró Reitoria para Assuntos Comunitários) não dá certificado para quem não tem
cadastro no SIGPROJ. Cada um deveria mandar para o e-mail da monitoria
(monitoria.lemi@gmail.com) um currículo de 5 linhas com uma foto. Fomos
informados também sobre as inscrições para um Mestrado Profissional em Artes.
Acontecerá no mês de julho o encontro da ISME (Internacional Society of Musical
Education) no Brasil, em Porto Alegre. Antes do encontro, acontecerão as reuniões das
comissões por áreas. A de educação musical infantil será em Brasília, a de educação
profissional em Natal, a comissão de pesquisa em João Pessoa, entre outras. Na
oportunidade, a coordenadora Caroline está articulando um possível workshop gratuito
para os professores do LEMI.
O público alvo do projeto são bebês e crianças de 6 meses a 9 anos, sendo as
crianças distribuídas em 10 turmas de 15/16 alunos em cada turma, num total de 160
crianças beneficiadas. Cada grupo de professores tem de 2 a 3 turmas. O horário de
chegada ao LEMI aos sábados é as 7h30, com a primeira aula se iniciando pontualmente
às 8h. A terceira turma se encerra às 10h25. De 10h30 às 12h os grupos de professores
devem guardar todo o material utilizado e se reunir para discutir e registrar os diários de
bordo das turmas. O diário de bordo é um espaço para registrar como foram as
atividades, o que deu certo e o que não deu. Foi verificado se os ar-condicionados das
salas estão funcionando. Dois grupos foram formados: um para trabalhar nas matrículas
e outro para fazer a limpeza do LEMI e dos instrumentos antes do início das aulas. Foi
repassado também o calendário das matrículas, que teve suas datas postergadas devido
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ao bloco 100 fechado, pela greve dos funcionários da UFPB. O calendário repassado e
valores de matrícula foi o seguinte:
DATA CATEGORIA
08 e 09 de maio Alunos antigos
10 de maio Organização do LEMI para as vagas remanescentes
11 de maio Alunos novatos, dependentes de professores, alunos ou
funcionários da UFPB
12 de maio Alunos novatos da comunidade em geral
Tabela 03: Calendário de matrículas do LEMI para o semestre 2014.1
Nº DE FILHOS ESCOLA PARTICULAR ESCOLA PÚBLICA
01 filho R$ 80,00 R$ 25,00
02 filhos R$ 120,00 R$ 40,00
03 ou mais filhos R$ 160,00 R$ 50,00
Tabela 04: Tabela dos valores de matrículas do LEMI para o semestre 2014.1
Os alunos de 6 anos podem se matricular simultaneamente no conjunto musical
e pagam só uma matrícula. Neste dia (30/04), a professora Samara, uma das mais
antigas no projeto, apresentou slides sobre a história do projeto. A professora Caroline
indicou para o próximo encontro a leitura do capítulo 04 livro Audição Musical Ativa
(Wuytack) sobre os aspectos pedagógicos de se ouvir música. Foi indicado que todas as
atividades fossem centradas na canção, pois a voz tem um papel central na comunicação
com a criança. Cada grupo de professores deve escolher e basear suas atividades em um
eixo temático central. O eixo temático pode ser uma ideia, um estilo para ser usado em
todo o semestre. Deve-se buscar canções que possam ser utilizadas para isso.
No dia 03/05 foi realizado um workshop com a professora Olga Alves sobre o a
manifestação cultural do Coco do Gurugi e Ipiranga localizado na comunidade do
Gurugi, no município do Conde (PB), próximo a Jacumã.. A professora Olga participa
do “Programa de Etnodesenvolvimento: ações otimizadoras para desenvolver o
potencial econômico-cultural das comunidades quilombolas do Gurugi e Ipiranga (PB)”.
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Assim, tivemos informações centradas principalmente na música e na dança, onde
pudemos aprender e vivenciar sobre seus instrumentos, letras, melodias, dança, entre
outros.
Figura 11: Workshop com Olga Alves sobre o Coco do Gurugi e Ipiranga em 03/05/14. Foto: Igor de Tarso.
No dia 17/05 planejamos as matrículas. A matrícula teve duas fases. A primeira
é a matrícula propriamente dita e a segunda a confirmação da matrícula. Na matrícula se
deveria confirmar a garantia da vaga (antigos), preencher a ficha de inscrição, o
responsável receber a GRU (Guia de Recolhimento da União) e incluir o nome da
criança na lista da turma. Na confirmação da matrícula, devemos receber a GRU paga,
confirmar o nome da criança na lista no arquivo digital e entregar o comprovante de
matrícula para o responsável pela criança. Deve-se informar que é obrigatório a
apresentação do comprovante de matrícula no primeiro dia de aula. Nos dias de
matrícula dos novatos vinculados a UFPB, deve-se comprovar o vínculo. Discutiu-se
também a conduta e direcionamento das aulas para os professores que tem alunos com
necessidades educacionais complexas. Nas turmas nas quais ministrei aulas, não teve
casos de necessidades especiais, porém quatro alunos incluídos nestes casos, um deles
com TID (Transtorno Invasivo de Desenvolvimento) e um com paralisia cerebral.
No dia 04/06 realizamos um estudo sobre o texto “Audição Musical Ativa” de
Jos Wuytack e pudemos discutir sobre vários aspectos sobre o papel da música na
educação infantil. Também discutimos sobre a questão da linguagem para os bebês.
Para os linguistas, os bebês falam primeiro; para os músicos, os bebês cantam primeiro.
Nos foi indicado, a leitura de artigos como o de Júlia Hummes (2000) na Revista da
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ABEM (Associação Brasileira de Educação Musical) que faz um paralelo entre a
música na escola e os usos e funções da música de Alan Merriam (The Antropology of
Music, 1964). Pudemos discutir sobre os pontos necessários para a compreensão da
linguagem o léxico (conjunto de palavras – lexical – pronomes, artigos, substantivos),
sintaxe (forma de organização das palavras estabelecida pela gramática) - semântico
(estudo da semiologia, semiótica, significado para as pessoas) e pragmático (Shomsk,
estruturalista).
Algumas considerações sobre este dia de estudo: a palavra música não existe em
muitas comunidades. Paulo Tatit se esforça para mostrar que existe semântica em
música (linguistas), todavia a compreensão pelo receptor é pessoal. Para JOAM
RUSSELL (2005), uma aula de música muito boa não está baseada na conversação e
sim na música. Quanto mais você fala, mais fica difícil de dar aula com os alunos. Já
EDWIN GORDON trata da teoria da aprendizagem musical com uma proposta de não
se usar letra com crianças de até 8 anos, só sílabas. Uma das seguidoras de Gordon é
Elizabeth Botton. Se está ensinando música, o conteúdo deve ser musical. Não se deve
justificar a música pelos seus elementos extra-musicais. Existem duas correntes: a da
apreciação não intencional (por exemplo, escuta a música e comprar o produto) e a
intencional (com benefícios a longo e curto prazo). Num nível mais tradicional Kodaly e
Willems trabalhavam com a proporção dupla e tripla com crianças de 6 anos. Para eles é
possível ensinar teoria para crianças nesta faixa etária. Kodály trabalhava o solfejo
humano brincando com as notas musicais em duas linhas no chão. Não se deve ensinar
clave no início do aprendizado, mas uma leitura relativa. Estudos demonstram que a
música desenvolve a inteligência e o teatro, desenvolve as habilidades sociais. A
professora Carol desenvolveu um estudo com crianças, no qual constatou que crianças
que tem alto desenvolvimento das habilidades musicais, tem alto desenvolvimento das
habilidades da linguagem. Para Schlaug, o cérebro dos músicos é maior, tem mais
massa do que os cérebros dos que não são músicos.
A cada dia de estudo no LEMI diversos assuntos foram debatidos no tocante ao
desenvolvimento global da criança (cognitivo, motor, psicossocial, pedagógico etc), sua
relação com a família, a postura do professor, os conteúdos de ensino e a própria
didática.
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No dia 25/06 foi realizado um Varal de Partituras com a coordenação e os
professores do LEMI. Cada um deveria levar pelo menos um material musical, livro ou
partitura para ampliarmos ou renovarmos as atividades e canções do nosso repertório. A
professora Caroline trouxe diversos materiais, e a equipe fez uma leitura exploratória.
Ao final, cada um apresentou uma atividade nova. Registrei, por fim, diversas
referências para aquisição ou conhecimento futuro:
ALMEIDA, Maria Berenice de; PUCCI, Magda Dourado. Outras Terras, Outros Sons. Callis, S/ ano
BANCE, Linda. STREET, Alison. Voiceplay 32 Ssongs for Young Children. Oxford, 2006.
BEINEKE, Viviane. Canções e Parlendas para Brincar. Núcleo de Educação Musical, 2004.
BOLTON, Beth M. Child Song Learning the Language of Music. Book 2. Best Bael Music, 2002.
CHAN, Telma. CRUZ, Thelmo.Divertimentos de corpo e voz. Exercícios musicais para crianças. Via. Cultura Ed. Musicais, 2003.
CHAN, Telma. Que delícia...! Canções para Coral Juvenil.
COELHO, Márcio. FAVORETTO, Ana. Batuque Batuta. Música na Escola. Saraiva, 2010.
DRUMMOND, Elvira. Som e Movimento. Atividades para Iniciação Musical. Fortaleza: MINC, 1991.
FERES, Josette S. M. Bebê, Música e Movimento Orientações para Musicalização Infantil. Jundiaí, 1998.
FONTOURA, Mara; SILVIA, Lídio Roberto. Cancioneiro Folclórico Infantil: um pouco mais do que já foi dito. Cancioneiro: Curitiba, 2001.
FRANÇA, Cecília Cavalieri. Poemas Musicais: ondas, meninas, estrelas e bichos. Para Cantar, Tocar e Musicalizar. Belo Horizonte, 2003.
FUHRE, Uli; RIZZI, Werner. Jazz Kanons. Ostinati e Patterns.Fidula, 1989.
GARCIA, Rose Maria Reis; MARQUES, Lilian Argentina. Brincadeiras Cantadas. Porto Alegre: Kuarup, 1988.
KIEFER, Bruno. Música para Gente Miúda. Vol. 1.Movimento, 1986.
LEMOS, Cristina; GOMES, Solange Maranhão. Musicando. Curitba: Gramofone, 2005.
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MADALOZZO, Tiago. Fazendo Música com Crianças. Editora UFPR, 2011
MENALLY, Jo. Young Voiceworks. 32 songs for Young Singers. Oxford, 2006.
PAZ, Ermelinda Azevedo. 500 Canções Brasileiras. Rio de Janeiro: Luís Bogo Editor, 1989.
ROCHA, Carmen Maria Mettig.Canções Pedagógicas para Iniciação Musical. São Paulo: Ricordi, 1972.
SCHLAGENHAUFER, Gisela Olsson. Apostila de Técnica Vocal para as Crianças. 2003.
VILLA-LOBOS, Heitor. Guia Prático. 1º volume. Separata. Ed. FUNARTE: Rio de Janeiro, 2009.
______, Guia Prático. 3º caderno. Ed. FUNARTE: Rio de Janeiro, 2009.
WUYTACK, Jos; PALHEIROS, Graça Boal. Canções de Mimar. Associação Wuytack de Pedagogia Musical, 2000.
No dia 14/07 participamos do workshop “Apreciação Musical Ativa” com a
Professora de Israel Cláudia Glushankof. Na primeira parte, realizamos oito atividades
práticas com música erudita, incluindo um saltarello, uma tarantela, um movimento do
Carnaval dos Animais (Saint Saens), uma valsa para piano a 4 mãos de Brahms, entre
outras. A segunda parte do workshop foi teórica relacionando as atividades práticas
realizadas. A cada parte explicativa, a professora apresentava vídeos das atividades que
realizamos, só que realizados com crianças e de diversas formas. Tratou de assuntos
como condutas musicais difíceis, de professores que se consideram “anti-musicais” e
fazem mais música do que outros que se consideram musicais. Falou das condutas
musicais Apreciação-reprodução-produção (criação), e questões como a função da
audição musical na sala. Falou ainda de experiências musicais guiadas e sobre como
explorar uma obra musical quanto as suas características mais constantes e salientes,
sobre sua estrutura, instrumentação, sobre elementos da música, sobre a percepção na
ótica das crianças, sobre as respostas espontâneas dos alunos, timbres, sobre as
habilidades em empresar-se através do movimento corporal., sobre diferenças de estilos,
sobre a mediação do professor e as estratégias utilizadas. entre outros. Enfim, uma
oportunidade única, de poder participar em minha própria cidade, de forma gratuita,
dentro do meu estágio com uma profissional referência na área.
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As reuniões de planejamento aconteceram sempre nas quartas-feiras das 8h às
11h, onde cada grupo de professor planejava segundo uma sequência de atividades a
aula do próximo sábado. Assim, no dia 14/05 foi planejada a aula do dia 24/05; no dia
28/05 foi planejada a aula do dia 31/05; no dia 04/06 foi planejada a aula do dia 07/06;
no dia 11/06 foi planejada a aula do dia 14/06; no dia 02/07 foi planejada a aula do dia
05/07; no dia 09 e 16/07 foi planejada a aula do dia 19/07; no dia 23/07 foi planejada a
aula do dia 26/07. Para efeitos deste relatório, paramos na 7ª aula (7 para a turma 1 e
anos A e 7 para a turma 1 e 2 anos B)., uma vez que o relatório deveria ser entregue em
29/07. Todavia a estagiária permanece no Projeto até o encerramento do semestre.
Sendo assim, no dia 30/07 é planejada a aula de 02/08 e no dia 09/08, o semestre é
encerrado com uma aula aberta ao público no Auditório Radegundis Feitosa. No
planejamento do dia 02/07 fizemos um levantamento das atividades que foram
realizadas com menor frequência e passamos a dar mais atenção a elas segundo a rotina
do quadro a seguir.
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Todas as atividades planejadas e desenvolvidas são baseadas na canção, na busca
de que as aulas oferecidas possam proporcionar uma vivência musical proveitosa e
prazerosa. A partir da canção, foi estabelecida a rotina demonstrada na tabela 05.
IDEIA INICIAL PARA 2014
INÍCIO Entrada/ Limpeza de ouvidos
DESENVOLVIMENTO Canção (ou canção conhecida)
Percussão corporal
Movimento sem locomoção
Escala/ jogo de exploração sonora
Prática Instrumental
Apreciação ativa
Criação
Canção com locomoção
Apresentação de instrumento musical
Escrita (para maiores de 5 anos)
CONCLUSÃO Relaxamento
Despedida
Tabela 05: Rotina de uma aula da Musicalização Infantil da UFPB
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Cada grupo de professores deveria escolher um eixo temático, por exemplo, um
grupo escolheu o tema “músicas do mundo”. Meu grupo de professores escolheu como
eixo temático “Cultura popular”. Dentro da rotina, deveria ser incluído elementos que
tivessem conexão com o eixo temático. Desse modo, trabalhamos os seguintes temas
nas aulas: marchinha junina, ciranda, xote e coco de roda. Os planos de aula detalhados
encontram-se no anexo 5, como também os diários de bordo das aulas encontram-se no
anexo 6.
Descrevo agora, o que representa cada idem da rotina. A canção de entrada é
geralmente uma música que saúda a todos, professores e alunos. São incluídos nas
canções os nomes de todos. Geralmente a letra contém um “bom dia” e é um convite
aos alunos a começar as atividades daquela aula. Os pais sempre acompanham os alunos
(até os 3 anos de idade). As canções utilizadas foram “Alô, bom dia” e “O sol”. A
configuração da atividade inclui todas as crianças descalças, sentadas em círculo em um
grande quebra cabeça colorido emborrachado, como na figura 12.
Figura 12: Turma de 1 a 2 anos (A) da Musicalização Infantil da UFPB, 2014.1. Foto: Juliana Sarmento.
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A canção conhecida é geralmente uma canção de domínio público ou uma
cantiga de roda de conhecimento dos pais, que contribuíram todo o período com o
canto. Cantamos algumas canções como “O cravo brigou com a rosa”, “Meu limão, meu
limoeiro”, “Fui no Itororó”, “”Capelinha de Melão”, “Alecrim” e “A Barata”. A
configuração desta atividade são todas as crianças sentadas em círculo.
Foram realizadas diversas atividades de percussão corporal onde as músicas são
cantadas acompanhadas de gestos como bater palmas, bater os pés, bater na barriga, nas
coxas, fazer sons com a bochecha, com a boca e estalar os dedos. As canções utilizadas
foram: “Eu vou fazer”, “bate a mão”, “”Bate com as mãos”, “quem sabe fazer comigo
assim”, “eu vou fazer” e “Zé buchecha”.
As atividades de canções com movimento sem locomoção geralmente são
configuradas com todas as crianças sentadas em círculo cantando e realizando os gestos
(movimentos corporais). Foram utilizadas as canções “A janelinha”, “Oi trá lá lá”, “Eu
conheço um jacaré”, “Tá caindo fulô”, “Cai cai balão”, “carneirinho, carneirão”, “Pelo
muro abaixo” e o “O urso pardo”.
A escala foi utilizada em diversas canções como um jogo de exploração sonora
de alturas e esquema corporal, relacionando a cada nota musical cantada, tocar uma
parte do corpo (DO – pés; RE – pernas; MI- joelhos; FA –coxas, SOL – barriga; LA –
peito; SI – ombros e DO – cabeça) em movimentos ascendentes e descendentes. A
configuração desta atividade são todas as crianças sentadas em círculo com as pernas
alongadas. Assim, utilizamos as canções “O saci” e “O sabiá”.
A prática instrumental foi realizada também a partir da canção e do eixo
temático. Foram utilizados os instrumentos: triângulos, ovinhos, tambores, pandeirolas,
coquinhos e ganzás. As canções utilizadas foram “Ciranda de Lia – Lia de Itamaracá”,
(ganzás) “O fusquinha” (ovinhos), “Pirulito que bate bate” (ovinhos), “Olha pro Céu –
Luiz Gonzaga” (triângulos), “O meu tambor” (tambores), “O meu tambor” (pandeirolas)
e “O fusquinha” (coquinhos).
A apreciação ativa foi realizada a partir de gravações de canções com
movimento ou com locomoção. Foram utilizadas as músicas “ Mon Manège – Edith
Piaf”, “A noite no Castelo”, “Ciranda dos Bichos – Palavra cantada “O xote das
meninas – Luiz Gonzaga” e “Areia – Selma do Coco”. A configuração destas atividades
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são todos de pé (crianças, professores e pais) acompanhando a música e seguindo os
comandos da letra.
As atividades de criação foram baseadas nas canções “O sapo gosta de pular”, Se
você está contente” e “Eu conheço um jacaré”. A configuração desta atividade são todas
as crianças de pé, cantando e sugerindo os comandos.
As canções com locomoção geralmente são canções que exigem que a criança
além de movimentar-se possa se deslocar na realização da atividade. Foram utilizadas as
canções “Casa de farinha”, “Ciranda de Lia”, “Caranguejo não é peixe”, “Morena eu
quero chá”, “O jacaré passeando na lagoa” e “Areia”.
A escrita musical (notação tradicional) não foi utilizada uma vez que as turmas
de estágio tinham de 1 a 2 anos de idade e a recomendação seria para crianças acima de
5 anos.
Foram apresentados diversos instrumentos de percussão e cordas como: ganzás
de diferentes tamanhos, zabumba, triângulo, agogô, pandeiro, violão e alfaia. As
crianças ouviam um pequenino relato sobre o instrumento, percebiam o som e podiam
explorar suas sonoridades, caso quisessem. A configuração desta atividade geralmente
era com todas as crianças sentadas e a professora no círculo apresentando o instrumento
novo.
A atividade de relaxamento, uma preparação para a despedida e um momento de
relaxar, como o próprio nome diz teve como configuração todas as crianças deitadas no
emborrachado ou no colo dos pais, ouvindo uma gravação de uma música tranquila,
com as luzes apagadas e os professores interagiam calmamente e de forma afetiva
através do toque. Foram utilizadas diversas canções como as músicas CD Palavra
Cantada faixa “Vagarinho”, CD Caixinha de Música, faixas “dancinha” e “Doce
Canção”, “CD Bach para Crianças – faixa 01” e “Negro Céu”.
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CONCLUSÃO
Foram realizadas sete aulas com cada uma das turmas (1 a 2 anos A e 1 a 2 anos B) até
a data de entrega do relatório. Em cada uma das aulas, foram realizadas cerca de doze
canções atendendo a objetivos diferentes. Durante o processo, pude me embasar e
articular na prática, diferentes conteúdos de outras disciplinas especialmente com os
conteúdos das disciplinas “oficinas de música”. O estágio supervisionado me
possibilitou ampliar o conhecimento e a capacidade de regência de sala de aula e
domínio de uma turma.
A participação em diferentes vivências como os workshops de Graça Boal
Palheiros (Portugal) e Cláudia Glushankof (Israel) me possibilitou ampliar o leque de
possibilidades e estratégias de ensino, especialmente no que diz respeito à apreciação
ativa. A partir destes encontros também pude ter acesso a um rico material de
musicalização infantil, como os trabalhos de Jos Wuytack, diversificando a ampliando
meu repertório.
A fase de preparação das aulas foi fundamental na execução do plano de ensino
e não foi necessário modificar o plano após o início das aulas. Não foi aplicado nenhum
questionário inicial sobre o que os alunos costumam ouvir, uma vez que os alunos, por
sua idade (1 ano), ainda estão em fase de desenvolvimento da oralidade e adquirindo as
primeiras experiências musicais. O que se pode notar, foi uma presença significativa de
pais músicos e mães musicistas que levam seus filhos a frequentarem desde cedo as
aulas de música.
O maior desafio encontrado foi dar aula para crianças em tão tenra idade, onde a
comunicação, na maioria das vezes não é verbal (por palavras), mas sim corporal. A
partir dos gestos, da oralidade, da tentativa de entoar, da presença do movimento, da
atenção concentrada, do entusiasmo e interesse das crianças e de seu progresso, aos
poucos saindo dos colos dos pais, perdendo a vergonha e interagindo, foi possível
concluir que a avaliação foi positiva.
A proposta utilizada no Projeto, de ensinar por pares (peer teaching), foi uma
das principais estratégias de ensino, ao meu ver, que contribuiu para manter o domínio
da turma e o foco na atividade. A participação do pais também foi fundamental para a
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construção do conhecimento, pois, de certa forma, eles são os multiplicadores que
trabalham em parceria com os professores, além dos muros da sala de aula.
O repertório proposto no eixo temático está diretamente ligado com a realidade
da cultura local, tornando a vivência musical potencialmente imbuída de significados. É
necessária e urgente a prática docente na formação do educador. O estágio foi,
indubitavelmente, a fase mais rica desta experiência da minha graduação, possibilitando
meios de repensar o ensino da música em espaços não-formais.
Por estes motivos, acredito os conteúdos e atividades propostas foram adequadas
ao nível dos alunos e que os objetivos foram alcançados, tanto os meus, em relação a
formação pedagógica, quanto os do ensino e aprendizagem da música no Projeto
Musicalização Infantil da UFPB das turmas que me foram confiadas. Foi uma
experiência muito gratificante.
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REFERÊNCIAS
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Projeto Político Pedagógico. Curso de Licenciatura em Música. João Pessoa, 2005
34
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WUYTACK, Jos. & BOAL PALHEIROS ,Graça Audição musical activa. Porto: Associação Wuytack de Pedagogia Musical, 1995.
________.Canções de Mimar. Porto: Associação Wuytack de Pedagogia Musical, 1993.
35
Recommended